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Não fosse só isso, deve-se ver a máquina como instrumento falível, criada pela mente
humana, que pode apresentar ao longo do tempo, defeitos, que não podem, em
princípio ser atribuído a ato voluntário do consumidor, como quer a suplicada, visto
que não se sabe quem é o responsável pela irregularidade do medidor visto que o
mesmo está a mercê de ação de quaisquer pessoas, pois se encontra exposto à rua ou se
este está danificado por ação do tempo, o que pode muito bem ocorrer face a exposição
a intemperes climáticas(sol, chuva, frio, calor, etc) as quais ficam exposto diariamente
o aparelho.
9. O suplicante em todo o
tempo em que exerce o seu munus nunca teve problemas de
ordem de fraude com a suplicada, pagando as suas contas,
sendo cumpridor de suas obrigações, demonstrado, dessa
forma, que foi vítima da ação do tempo, com o perecimento do
medidor, bem como da ação de populares visto que o medidor
foi instalado para o lado da rua, vindo a suplicada arrancar o
aparelho sem qualquer perícia policial local, retirando o
medidor e se creditando de valores para cobrança sob a
ameaça de corte do fornecimento de energia, com a maculação
da honra e imagem do suplicante, que quando vivo era
individuo de moral ilibada e pessoa totalmente idônea, tendo
sido manchado o seu nome, bem como o da sua família ao ser
lançada a acusação de fraude no medidor, posto que quem
acompanhou os prepostos na inspeção do medidor e dos
aparelhos instalados no imóvel fora a Srª, inquilina da
requerente.
Art. 985. Até que o inventariante preste o compromisso (art. 990, parágrafo
único), continuará o espólio na posse do administrador provisório.
DO INTERESSE DE AGIR
Conforme toda documentação anexada junto a este petitório, verifica-se que a pericia
que supostamente constatou fora realizada por dois prepostos da empresa reclamada.
Segundo relato dos prepostos feito no termo de ocorrência nº 98017, cópia em anexo,
fora constatada procedimento irregular no medidor, estando o circuito de potencial
interrompido.
Ora Exa. é notório que a perecia técnica realizada por prepostos da requerida será
favorável a mesma, posto que tais peritos encontram-se no seu quadro de funcionários,
sendo subordinados a mesma.
Ocorre que tal verificação somente ocorreu no dia 03/03/2010, não tendo sido a parte
autora informada em momento algum da mudança da data agendada, impossibilitando
assim qualquer participação sua no procedimento de verificação de irregularidades, o
que torna o laudo totalmente parcial e favorável a empresa reclamada, não servindo
como prova para a comprovação da suposta fraude alegada.
O Tribunal de justiça do nosso Estado já decidiu acerca dessa questão, declarando a não
existência de fraude em virtude da não existência de prova pericial imparcial, senão
vejamos:
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
DANOS MORAIS - COBRANÇA DE VALORES A TÍTULO DE
RECUPERAÇÃO DE CONSUMO - FRAUDE NÃO COMPROVADA -
AUSÊNCIA DE PROVA TÉCNICA IMPARCIAL - DISTRIBUIÇÃO DO
ÔNUS DE SUCUMBÊNCIA IGUALITARIAMENTE ENTRE AS
PARTES EM RAZÃO DA SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.(TJSE – Processo nº
2009214143 – Des. Rel. OSÓRIO DE ARAUJO RAMOS FILHO).
Dessa forma, não restam duvidas de que os procedimentos adotados pela ENERGISA
SERGIPE para apontar a suposta fraude que detectou, foram realizados de forma
irregular, bem como o laudo fornecido fora formulado de forma totalmente unilateral,
tornando-se totalmente parcial e favorável a referida empresa, não sendo eficaz para
comprovar a existência de fraude ou não.
Alia
DA TAXA ADMINISTRATIVA
DOS PEDIDOS
Nestes termos,
Pede deferimento,
Aracaju, 21 de janeiro de 2004.