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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 31.782/2017........................................)
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Laudo Pericial e dos depoimentos concluiu que foi observado pelo Oficial de Segurança
do Navio que os estivadores iniciaram a operação de despeação com procedimentos
impróprios, como, por exemplo “jogar as barras de peação por cima do nível da ponte de
peação”, entretanto, não restou confirmado se o estivador acidentado era um dos
trabalhadores que executaram tais condutas.
Ficou constatado que o acidentado estava fazendo uso de botas de borracha,
conforme fotos juntadas aos autos, fls. 14.
O Estivador acidentado informou que a barra escapou de sua mão, não
sabendo, entretanto, informar o nome ou qualquer outro elemento que identificasse o
indivíduo que estava trabalhando com ele. Dessa forma, não há como apurar com
precisão o acidente com o estivador, uma vez que o próprio acidentado não esclareceu o
ocorrido e que o mesmo não conseguiu identificar a única testemunha do fato.
A D. Procuradoria, após descrever os fatos extraídos dos autos, se manifestou
pelo arquivamento do feito em face da insuficiência de provas, especialmente a pericial,
eis que a causa determinante do fato da navegação, que causou lesões corporais no
Estivador vitimado, não restou devidamente apurado.
Publicada Nota de Arquivamento os prazos foram preclusos sem que
interessados se manifestassem.
Decide-se.
De tudo o que consta nos presentes autos, conclui-se que a natureza e
extensão do fato da navegação sob análise, tipificados no art. 15, alínea e, da Lei nº
2.180/54, ficaram caracterizadas como acidente pessoal de tripulante ao se ferir com uma
barra de peação provocando-lhe uma fratura no pé esquerdo.
A causa determinante não foi apurada com a devida precisão.
Analisando-se os autos, verifica-se que as condições do tempo e de mar no
momento do acidente eram boas e que o navio se encontrava em bom estado.
De acordo com o depoimento da própria vítima verifica-se que ao escapar o
varão de 3m (long bar) de sua mão, a barra foi ao piso e atingiu seu pé esquerdo. Que
tudo aconteceu por uma fatalidade não tendo que apontar uma causa determinante para o
fato. Que o equipamento utilizado era apropriado para a faina em andamento e que o
Estivador era cursado em Peação e Despeação de carga, estando, portanto, qualificado
para tal tarefa.
Pelo exposto deve-se considerar procedente o pedido de arquivamento
formulado pela D. PEM, mandando-se arquivar os autos do presente Inquérito.
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(Continuação do Acórdão referente ao Processo nº 31.782/2017........................................)
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Assim,
ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à
natureza e extensão do fato da navegação: acidente pessoal de tripulante ao se ferir com
uma barra de peação provocando-lhe uma fratura no pé esquerdo; b) quanto à causa
determinante: não foi apurada com a devida precisão; e c) decisão: julgar o fato da
navegação, previsto no art. 15, alínea e, da Lei nº 2.180/54, como decorrente de origem
indeterminada, mandando arquivar o IAFN, conforme promoção da PEM.
Publique-se. Comunique-se. Registre-se.
Rio de Janeiro, RJ, em 11 de setembro de 2018.
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Assinado de forma digital por COMANDO DA MARINHA
DN: c=BR, st=RJ, l=RIO DE JANEIRO, o=ICP-Brasil, ou=Pessoa Juridica A3, ou=ARSERPRO, ou=Autoridade Certificadora SERPROACF,
cn=COMANDO DA MARINHA
Dados: 2018.12.10 14:12:04 -02'00'