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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E AUTOMAÇÃO

DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

Conceitos
▪ Contatos → São elementos que tem por objetivo dar continuidade
ou não à passagem de corrente elétrica. São definidos no seu
estado de repouso, sem atuação de agentes externos, como
sendo normalmente abertos (NA) ou Normalmente fechados (NF).
Sendo que quando estão no estado aberto, não permitem a
passagem da corrente elétrica e quando estão no estado
fechado permitem.
• Acionamento em Carga → Um dos grandes problemas existentes
em instalações elétricas é a abertura e o fechamento de circuitos
em carga, ou seja, quando existe corrente elétrica. Se o
acionamento for feito de forma incorreta, lenta, o faiscamento
nos contatos que, é inevitável, terá proporções maiores,
provocando danos ao equipamento. Para minimizar os efeitos da
faísca, os dispositivos projetados para operarem em carga têm
acionamento rápido e podem também ter seus contatos imersos
em ambientes que fazem a extinção do arco mais rapidamente.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

Conceitos
• Corrente Nominal → Todo equipamento elétrico tem por
objetivo a condução de corrente, fazendo com que os seus
componentes internos, nos quais circula a corrente, tenham
seções adequadas. Isto faz com que, para um mesmo tipo de
equipamento, haja variações nas dimensões das partes
condutoras, em função da magnitude da corrente que o
mesmo deve conduzir, ou seja, da sua corrente nominal.
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CHAVES SECCIONADORAS
Também chamadas de chaves faca, são aquelas que através de
um movimento de rotação de uma lâmina condutora, abrem ou
fecham os seus contatos. Apesar de existirem alguns tipos para
acionamento em carga, a grande maioria das chaves
seccionadoras são para abrirem ou fecharem circuitos sem
corrente, apenas com tensão, portanto não devem ser usadas
para ligar ou desligar equipamentos. Servem apenas para dar
continuidade aos circuitos ou isolá-los para manutenção.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

DISJUNTORES
São dispositivos de manobra que permitem o acionamento em
carga por possuírem um disparo por molas fazendo com que o
movimento dos contatos seja rápido. Além do acionamento
rápido, a abertura e o fechamento dos contatos também se dá
dentro de uma câmara de extinção de arco especialmente
projetada para isto.
Os disjuntores não são apenas dispositivos de comando, pois
possuem também elementos de proteção, térmico para
sobrecorrente e magnético para curto-circuito.

20A 25A 80A


CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

DISJUNTORES
O relé magnético, utilizado como proteção de curto circuito,
consiste de uma bobina em série com a alimentação, que ao ser
percorrida por uma corrente da ordem de 10 vezes a nominal,
(valor este que varia com o fabricante e o tipo do disjuntor), cria
uma força magnética que vence a ação de uma mola fazendo
com que se abra o contato instantaneamente, interrompendo o
circuito.
Os disjuntores são dispositivos de comando que devem ser usados
para operações com baixa freqüência. Para acionamentos mais
freqüentes devem ser usados contatores, que serão vistos a
seguir. Os disjuntores podem também possuir dispositivos de
motorização possibilitando o comando remoto.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

DISJUNTORES
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

CONTATORES
Contatores são dispositivos que se utilizam de princípios
eletromagnéticos para acionar contatos, da seguinte forma:
• Uma bobina ao ser percorrida por uma corrente elétrica
produz um fluxo magnético, que atrai um núcleo móvel.
• Ao ser aberto o circuito elétrico desta bobina o fluxo
magnético é interrompido, fazendo com que cesse a força de
atração, e o núcleo móvel volta a sua posição de repouso, pela
ação de uma mola.
• Junto com este movimento são “arrastados” os contatos,
fazendo com que se abram ou se fechem.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

CONTATORES
Os contatores possuem três contatos NA, chamados de contatos
principais ou de força, destinados a fechar e a abrir as três fases de
alimentação de um motor trifásico. Sabendo-se que para cada
potência de motor é solicitada uma corrente diferente da rede, os
contatores devem ser especificados de acordo com esta corrente
nominal. Além destes três contatos, que têm que ter a corrente nominal
coerente com a corrente do motor, os contatores possuem outros
contatos auxiliares (NA) ou (NF), acionados pelo mesmo núcleo, com
capacidade de corrente fixa normalmente (5 A), chamados de
contatos auxiliares, que são destinados para fazer o automatismo.
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RELÉS AUXILIARES OU CONTATORES AUXILIARES


São dispositivos com acionamento idêntico aos contatores só que
não possuem os três contatos principais de força, NA, com
capacidade de corrente variando em função do motor.
Possuem apenas os contatos auxiliares. Não são utilizados para
ligar motores, mas sim para fazer o automatismo. Com a aplicação
cada vez maior dos sistemas de automação utilizando PLC’s estes
componentes vêm perdendo a função no mercado.
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RELÉS TEMPORIZADOS E RELÉS CÍCLICOS


Relés temporizados são aqueles que quando têm que comutar
seus contatos eles contam um tempo antes de o fazê-lo. Eles
podem ser temporizados na energização ou na desenergização.
Temporizados na energização são aqueles que quando as
bobinas recebem tensão, contam um tempo para comutar os
seus contatos, sendo que, ao se retirar a tensão, o retorno às
condições iniciais se faz de forma instantânea. Temporizados na
desenergização é o caso inverso ou seja : quando a sua bobina é
energizada comuta seus contatos instantaneamente e quando é
desenergizada, conta um tempo para retornar à sua posição de
repouso.
=> Temporizado na energização
=> Temporizado na desenergização
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RELÉS TEMPORIZADOS E RELÉS CÍCLICOS


Relés Cíclicos são aqueles que comutam os seus contatos em
uma seqüência pré-determinada no tempo, e ao terminá-la,
recomeçam novamente. São usadas por exemplo para repetir
operações todos os dias ou à cada intervalo de horas pré
ajustadas.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

RELÉS TEMPORIZADOS E RELÉS CÍCLICOS


CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

BOTOEIRAS
São elementos de comando que servem para energizar ou
desenergizar contatores, sendo que comutam seus contatos NA
ou NF através de acionamento manual. Podem variar quanto às
cores, formato e proteção do acionador, quantidade e tipos de
contatos, e reação ao acionamento. Quanto ao formato e
proteção do acionador temos desde as botoeiras tipo soco, que
têm o acionador grande na forma de “cogumelo”, sendo de
fácil acionamento, destinadas à situações de emergência; até
as botoeiras com acionador protegido por tampa, que evitam o
acionamento por toque acidental e somente devem ser
operadas conscientemente.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

BOTOEIRAS
A variação quanto à reação ao acionamento consiste de dois
tipos: as de posição mantida que trocam a condição do
contado NA ou NF toda vez que são operadas e permanecem
na nova posição até o próximo acionamento; e as pulsantes,
que trocam a condição do contato somente enquanto existir a
pressão externa, voltando às condições iniciais assim que cesse
a mesma.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

CHAVES SELETORAS
São chaves de baixa corrente, inseridas nos circuitos do
automatismo, que servem para selecionar os tipos de comando,
elas podem variar quanto ao número de posições e o número de
contatos, bem como a programação dos mesmos, para atender
as necessidades exigidas pelo projeto. Como exemplo podemos
citar as chaves que selecionam os tipos de comandos
(manual/automático), que selecionam as prioridades de entrada
de bombas (B1/B2/B3), chaves de transferência voltimétrica que
seleciona qual das tensões será indicada no voltímetro (RS/ST/TR),
chaves de transferência amperimétrica, que selecionam qual das
correntes de fase vai ser indicada no amperímetro (R/S/T), etc.
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CHAVES SELETORAS
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

SENSORES (INSTRUMENTAÇÃO)
São dispositivos que indicam, através de contatos, o estado ou a
posição de alguma variável. Exemplos:
- chaves fim de curso → possuem contatos que são comutados
por uma haste, que é acionada por uma parte móvel do objeto
sob estudo, indicando assim a sua posição.
- chaves bóia → comutam os contatos através do acionamento
de uma bóia sobre um líquido. Existem também outros tipos de
acionamento, (capacitivo, indutivo) e que servem para detectar
altura de sólidos (grãos).
- células foto elétricas → detectam a presença de luz, claridade.
- sensores de aproximação → detectam através de raio
infravermelho a aproximação de seres vivos.
- detetores de pressão, vazão, umidade, calor .
SENSORES (INSTRUMENTAÇÃO)
Medição de Nível
Condutivo
Funciona com base no circuito formado entre as paredes do reserva-
tório e o líquido condutor.
Interligados por eletrodos, se o nível atinge determinadas posições,
abre ou fecha o circuito.
Medição de Nível
Capacitivo
Para materiais isolantes.
Funciona baseado na variação da capacitância do reservatório
onde o fluido ou grão atua como dielétrico.
Medição de Nível
Radiométricos
Utiliza raios gama (césio ou cobalto). Grande precisão. Alto custo.
É a solução quando nenhum sensor atende à aplicação.
Muito usado na indústria de petróleo. Na Siderurgia é aplicado na
medição de nível de aço líquido na máquina de lingotamento.
Inviável para alimentos.

A diferença de fase do
sinal permite indicar
o nível.

Há custos adicionais e
cuidado com radiação.
Sensor Radiação Infravermelha
HMD (Hot Metal Detector) – Detetor de Metal Quente
O detetor de metal quente é uma fotocélula sensível à radiação
infravermelha emitida por metais quentes como fios, barras, chapas,
etc, cuja temperatura seja maior que 250 °C.
É um sensor amplamente utilizado na indústria siderúrgica, em
processos de laminação à quente e lingotamento contínuo.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

FUSÍVEIS
São elementos de proteção contra curto-circuito que operam
pela fusão de seu elo, que é o elemento especialmente
projetado para se fundir com o aquecimento provocado pela
passagem de corrente elétrica acima de determinado valor.
Existem vários tipos, sendo os mais simples e baratos os dos tipos
rolha e cartucho.
Os mais sofisticados, caros, melhores e mais precisos são os
Diazed e os NH, cujas características em comum são do elo ser
feito de cobre e a fusão se dar em um ambiente cheio de areia,
o que propicia fácil extinção do arco, fazendo com que cortem
correntes de até 100 kA com segurança. Possuem também a
sinalização de queima e são feitos nas versões rápido e
retardado, sendo este último utilizado em circuitos de motores,
não atuando indevidamente durante a partida, dos mesmos,
instante no qual é solicitada uma corrente de 8 vezes a corrente
nominal do motor.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

FUSÍVEIS
=> Fusíveis Diazed => Fusíveis NH
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

RELÉ TÉRMICO
O relé térmico é um relé de sobrecorrente de atuação temporizada
efetuada por um bimetal. O bimetal consiste de duas lâminas, de
dois matérias com coeficientes de dilatação diferentes, coladas
longitudinalmente, e sendo enrolado sobre elas um condutor, no
qual passa a corrente da carga . Com a passagem desta corrente,
o calor dissipado faz com que estas duas lâminas se dilatem de
forma desigual, fazendo uma deflexão, responsável pela abertura/
fechamento de contatos auxiliares, localizados na sua extremidade
livre. A atuação da proteção, com consequente parada do motor,
se dá através da bobina do contator. Esta proteção é usada como
sobrecarga e é normalmente regulada para um aumento de
corrente da ordem de 20 a 60%. É temporizada por ser realizada
através de efeito térmico, o qual leva um tempo para se propagar/
estabilizar. Construtivamente o relé térmico já vem com seus
terminais próprios para serem ligados diretamente no contator.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

RELÉ TÉRMICO
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

RELÉ DE FALTA DE FASE


Para um motor a falta de uma fase leva-o à queima, pois o
mesmo pode não girar, ficando travado, puxando muita corrente
da rede. Para proteger o sistema da falta de fase, que pode
ocorrer pela queima de um fusível, existe um relé que sente esta
falta e manda desligar o contator, impedindo a energização do
motor.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS

RELÉS DE SUB E DE SOBRETENSÃO


Como o próprio nome diz, eles operam com baixa tensão e com
alta tensão respectivamente, fazendo com que se desenergize
a rede nestas condições. O relé de subtensão pode entrar no
automatismo fazendo com que, na inexistência de tensão na
alimentação principal, providencie a entrada de outra como
segurança, por exemplo um grupo gerador-diesel.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS
ESQUEMA DE FORÇA DE UM CONJUNTO DE
PARTIDA DIRETA DE UM MOTOR
A chave de partida direta é aplicada em máquinas com qualquer
tipo de carga; máquinas que permitem normalmente suportar o
conjugado (torque) de aceleração; fonte com disponibilidade de
potência para alimentação (corrente de 5 a 8 vezes “in” do motor);
confiabilidade de serviço pela composição e comando simples.
Q1 + k1 + FT1: Q1 = disjuntor – motor, com função de proteção
contra curto-circuito e sobrecarga, sem contato auxiliar para
comando; k1 = contator de força com função de estabelecer e
interromper a alimentação do motor; FT1 = relé de sobrecarga
bimetálico com função de proteção contra sobrecargas, através
da inserção de seu contato auxiliar para comando no esquema de
comando.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS
ESQUEMA DE FORÇA DE UM CONJUNTO DE
PARTIDA DIRETA DE UM MOTOR

DISJUNTOR
Proteção
Elétrica
(TERRA)

CONTATOR

RELÉ TÉRMICO
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS
ESQUEMA DE COMANDO DE UM CONJUNTO DE
PARTIDA DIRETA DE UM MOTOR
- L1 e L2: alimentação do comando conforme tensão de bobina
do contator. Normalmente a bobina do contator é fabricada
para: 380, 220 ou 110 Vac, ou 48, 24 ou 12 Vdc.
- F21 e F22: fusíveis, ou disjuntor mono ou bipolar, para proteção
do circuito do comando, sendo F22 de uso obrigatório quando o
circuito de comando alimentado entre fases, ou entre positivo e
negativo.
- NF de Q1 ou NF de FT1: contato auxiliar dos dispositivos de
proteção com função de proteção do motor indiretamente com
a abertura do circuito alimentador da bobina do contator.
- SE + S0 + S1: SE = botão tipo soco para emergência, com trava;
S0 = botão pulsador com função de DESLIGA; S1 = botão
pulsador com função de LIGA.
CONJUNTOS DE MANOBRA E DISPOSITIVOS
ESQUEMA DE COMANDO DE UM CONJUNTO DE
PARTIDA DIRETA DE UM MOTOR

FUSÍVEIS

CONTATO DISJUNTOR
E RELÉ TÉRMICO

BOTÃO TIPO SOCO

BOTÃO PULSADOR
DESLIGA

BOTÃO PULSADOR CONTATO DO


LIGA CONTATOR K1
CIRCUITOS LÓGICOS

CIRCUITO LIGA
Quando a chave A está aberta (estado “0”), a lâmpada X está
apagada (estado “0”. Quando a chave A está fechada (estado
“1”), a lâmpada X está acesa ( estado “1”).
A equação deste circuito é A=X.
CIRCUITOS LÓGICOS

CIRCUITO DESLIGA (NOT)


Quando a chave A está aberta (estado “0”), a lâmpada X está
acesa (estado “1”). Quando a chave A está fechada (estado
“1”), a lâmpada X está apagada ( estado “0”).
A equação deste circuito é Ā = X .
CIRCUITOS LÓGICOS

CIRCUITO “E” (AND)


Somente quando ambas as chaves, A e B, estão ligadas (estado
“1”) , a lâmpada X está acesa (estado “1”).
A equação deste circuito é A.B = X.
CIRCUITOS LÓGICOS

CIRCUITO “OU” (OR)


Quando uma das chaves, A ou B, ou ambas, estão fechadas
(estado “1”), a lâmpada X está acesa (estado ”1”).
A equação deste circuito é A + B = X .
CIRCUITOS LÓGICOS

BLOCOS LÓGICOS BÁSICOS


CIRCUITOS LÓGICOS

BLOCOS LÓGICOS BÁSICOS


CIRCUITOS LÓGICOS

BLOCOS LÓGICOS BÁSICOS


CIRCUITOS LÓGICOS

Circuito Lógico – Expressão Boleana


CIRCUITOS LÓGICOS

Tabela Verdade – Lógica de


Contatos (Ladder)
CIRCUITOS LÓGICOS

Circuito Lógico – Diagrama Ladder


CIRCUITOS LÓGICOS
Exercício:
Dado o circuito digital abaixo, obter o circuito equivalente em
lógica LADDER; e apresentar a tabela verdade.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

INTRODUÇÃO
• Dispositivos mecânicos, hidráulicos, pneumáticos e
elétricos passaram a ser utilizados em máquinas,
proporcionando algum automatismo.
• Estes sistemas , no decorrer dos tempos trouxe alguns
inconvenientes:
➢ Tempos extensos entre projeto e execução;
➢ Falta de flexibilidade e expansibilidade;
➢ Grandes tempos de parada de máquina por
dificuldade de manutenção;
➢ Grandes espaços físicos para instalação dos
painéis;
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

INTRODUÇÃO
Em vista dos problemas a GM em 1968, lançou um pré-
projeto de um CLP. Suas especificações/benefícios:
▪ Simplicidade para programar e reprogramar;
▪ Fácil manutenção e expansão;
▪ Maior confiabilidade operacional;
▪ Dimensões reduzidas;
▪ Capacidade de envio de informações a um sistema
central;
▪ Baixo custo;
▪ Capacidade de acionar diretamente válvulas e
solenóides;
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

INTRODUÇÃO
▪ Em 1969 surgiram os primeiros PLC. Construídos
pela GM;
▪ O equipamento pode ser ainda chamada de PC (
Bibliografias alemães) ou CLP ( Bibliografia
Brasileira);
▪ 1976: sua arquitetura passou a ser descentralizada;
▪ 1977 surgiu o primeiro CLP baseado em um
microcontrolador; desenvolvido pela Allen Bradley
Corporation, esta utilizou um 8080 da Intel
Corporation;
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

INTRODUÇÃO
O QUE FAZIAM?
▪ Interagiam com as máquinas enviando e
recebendo informações, ou seja, liga/desliga;
▪ Somente em 1985 os CLPs começaram a ser
conectados em PCs, através de redes,
possibilitando a supervisão do chão de
fábrica;
▪ A década de 90 trouxe controle de variáveis
contínuo descentralizado; (Entradas
analógicas)
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

RECURSOS
Recursos dos CLPs:
- Arquitetura de hardware modular;
- Grande disponibilidades de módulos para aplicações
específicas;
- Controle centralizado e distribuído;
- Linguagem de programação de fácil assimilação;
- Composto de operações lógicas, aritméticas,
temporização, contagem, comparação, conversão
de sistemas, etc...
- Facilidade para criação e depuração dos dados;
- Suporte facilitado para conexão de IHMs;
- Possibilidade de conexão em redes com outros CLPs
da mesma família.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL

FABRICANTES
▪ Rockwell Automation (Allen Bradley);
▪ Atos; ABB;
▪ Coel; Festo;
▪ General Eletric; Hitachi;
▪ Klockner Moeller; Mitsubishi Eletric;
▪ Siemens; Schneider Electric;
▪ WEG; Altus;
▪ SMAR
▪ Dentre outros.
ARQUITETURA DE HARDWARE DE UM PLC
ARQUITETURA GENÉRICA DE UM PLC

operador
Memórias CLP

Elementos de
comando

Processa
dor I/E Sensores
Elementos de Sistema
monitoração
Controlado
O/S Atuador
es
FUNCIONAMENTO DE UM PLC

• Sensores: Colhem informações do


sistema controlado e encaminha a I/E;

• I/E: Recebe as informações dos


sensores;

• Processador: Recebe da I/E e processa


de acordo com programa pré
determinado armazenado na memória;
Encaminha resposta a O/S;
FUNCIONAMENTO DE UM PLC

• O/S: Submete o tratamento e


encaminha aos atuadores;

• Atuadores: Interferem no sistema


controlado, efetivando ações
determinadas pelo processador;
EX: Motores, eletroválvulas, banco de
resistências, etc...
FUNCIONAMENTO DE UM PLC

•Elementos de Comando: Permite o operador


enviar informações para o processador de
forma a interferir no controle;
EX: Botões, chaves, teclados alfanuméricos,
etc...

•Elementos de monitoração: Permite ao


operador acompanhar o estado de elemento do
sistema de controle:
Ex: IHM, monitores, Leds, etc...
PROCESSADOR DO PLC – MÓDULO CPU

MÓDULO CPU
• Interface com módulos de entrada e saída;
• Interface com terminal de programação
IHM;
• Memória ROM: Armazena um programa
imutável gravado na fábrica... Sistema
operacional.
• Memória RAM (usuário): memória destinada
a armazenar código de máquina das
instruções relativas ao programa de
aplicação; e armazena dados utilizados
durante o processamento;
PROCESSADOR DO PLC – MÓDULO CPU

MÓDULO CPU
• A capacidade de armazenamento desta
memória (RAM), limita o tamanho de aplicação
do CLP;
• Memória RAM (sistema): armazena informações
durante o processo de operação =>
• memória dos TMR (temporizadores);
• memória dos CNT (contadores);
• memória para data hora, etc.
• Processador: Cérebro da máquina do CLP e
divide seu tempo entre a execução do sistema
operacional e o programa do usuário.
PROCESSADOR DO PLC – MÓDULO CPU

CICLO DE PROCESSAMENTO DA CPU


CPU – LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO DE CLP
• De maneira geral, o programa do CLP é um conjunto
de expressões booleanas.
• As expressões são avaliadas uma a uma,
seqüencialmente a cada ciclo de varredura, e o
resultado correspondente é armazenado na memória
intermediária do CLP.
• Ao terminar a avaliação, a parte da memória
intermediária correspondente às saídas é copiada nas
saídas.
• Normalmente programa-se um controlador através de
um software que possibilita a sua apresentação ao
usuário em diferentes formas.
CPU – LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO DE CLP
➢ A norma IEC 61131-3 define as seguintes
linguagens de programação:
• Linguagens Gráficas:
- Diagramas de Funções Seqüenciais (Sequential
Function Chart – SFC).
- Diagramas de Contatos (Ladder Diagram – LD)
=> programação como esquemas de relés.
- Diagramas de Blocos de Funções (Function Block
Diagram – FBD) => blocos lógicos representando
portas “E”, “OU”, “Negação”, “Ou exclusivo”, etc.
CPU – LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO DE CLP
• Linguagens Textuais:
- Lista de Instruções (Instruction List – IL)
- Texto Estruturado (Structured Text – ST)

➢ A linguagem mais difundida é o diagrama de


contatos (Ladder), devido à semelhança com os
esquemas elétricos usados para o comando
convencional e a facilidade de visualização nas
telas de vídeo dos programadores.
CPU – LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

DIAGRAMA DE FUNÇÃO SEQUENCIAL


(SFC)
CPU – LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

DIAGRAMA DE CONTATOS (LADDER)

DIAGRAMA DE BLOCOS LÓGICOS


CPU – LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

LISTA DE INSTRUÇÃO
SIST. AUTOMAÇÃO - ARQUITETURA DE REDE SIMPLIFICADA
ARQUITETURA EXEMPLO DE REDE DE AUTOMAÇÃO

Redes de Automação
=> Nível de Controle e Sensor:
- Profibus - Devicenet
- Fieldbus - Controlnet
- Modbus
ARQUITETURA EXEMPLO DE REDE DE AUTOMAÇÃO

Ethernet Industrial

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