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Fichamento - História Antiga 1

CHAMOUX, François. A civilização grega - na época arcaica e clássica. Lisboa:


Edições 70, 2010.

Introdução

1. Biografia do autor e obras:

2. Resumo:

3. Identificar os objetivos principais: listá-los em forma de citação.

a)- Trata-se sim de oferecer ao leitor, numa forma acessível e sucinta, uma espécie
de meditação acerca dos principais aspectos do helenismo arcaico e clássico, tal
como hoje surgem a um homem que os estudo desde há umas dezenas de anos -
Pg. 8.

4. Identificação do tema: o tema não é o problema ou o objetivo do texto, mas o


assunto que está sendo tratado. Por isso é só listar os temas principais abordados
pelo (s) autor/es.

5. Tese (s) do autor (es): nem sempre a tese está explicita, nem mesmo no início do
texto; ela pode estar nas entrelinhas ou no final do texto.

6. Ideias:

a)- A dívida do mundo moderno para com o povo grego é enorme. Foi este povo
quem definiu, pela primeira vez, as categorias de pensamento que continuam a ser
as nossas - Pg. 7

b)- A língua grega está representada por textos literários desde o século VIII a.C.
até aos nossos dias, sem qualquer interrupção...Nenhuma outra língua humana
oeferece ao estudo uma literatura tão rica, repartida por um tão longo período da
história, ou seja, quase três mil e quinhentos anos - Pg. 7

c)- A Grécia constitui a extremidade meridional da península balcânica. Tem


dimensões modestas: não são mais de 400 quilômetros desde o maciço do Olimpo,
que marca o limite setentrional da Tessália, até ao Cabo Ténaro (ou Cabo Matapão),
o ponto mais meridional do Peloponeso - Pg. 10.

d)- A fraca produção de cereais fazia pesar sobre ela uma constante ameaça de
carência: por pouco que a população crescesse, sofria de falta de terra (em grego,
stenokhoria) que foi uma das principais causas da emigração grega para o
estrangeiro - Pg. 12.

A civilização micênica

e)- É esta opinião tão geralmente admitida que devemos agora abandonar [povo
micênico como pré-helênico]. Ao lerem pela primeira vez os documentos em Linear
B, Ventris e Chadwick demonstram que o povo micênico era grego, ou que pelo
menos falavam grego, o que, na nossa opinião, é o essencial, uma vez que a
pertença ao helenismo manifesta-se, antes de mais, pela língua - Pg. 14.

f)- A língua grega passa desde então a ser conhecida por textos que se estendem
desde o séc. XV antes da nossa era até aos nossos dias - Pg. 14.

g)- Michael Ventris, partindo da hipótese de a língua escrita em Linear B ser grego,
estabeleceu, com a ajuda do seu compatriota John Chadwick [...] Desde então, e
apesar da morte acidental de Ventris, em 1956, a decifração foi prosseguida com
entusiasmo e tenacidade, confirmando, no essencial, a descoberta do jovem
estudioso prematuramente desaparecido - Pg. 15.

h)- Com efeito, verifica-se que os valores atribuídos aos diferentes signos do
silabário devem admitir um certo jogo para se chegar a uma transcrição coerente
num dialecto grego, mesmo de um tipo muito arcaico - Pg. 15.

i)- Neles, podem ler inventários de bens, provisões, arrendamento de gado e objetos
mobiliários; lista de funcionários, de operários ou de soldados; inventário das rendas
ao soberano ou das oferendas às divindades - Pg. 16.

O próximo Oriente no final do 2º Milênio a.C.

a)- Os recém-chegados impuseram a sua língua a estes antigos habitantes, uma


língua indo-europeia que se tornaria o grego micênico [...] A partir do início do
Bronze Recente (ca. 1600-1100), os Helenos do continente, que até então tinham
mantido relaçõs sobretudo com o nordeste do mar Egeu e com as Cíclades,
começaram a estabelecer contactos frequentes com a Creta minóica. Estes
contactos tiveram uma importância decisiva. Os guerreiros gregos encontravam-se
agora em contacto com uma civilização antiga, brilhante e desenvolvida. Nesta
época, Creta era um Estado centralizado, com uma capital, Cnosso, povoada por
mais de 50.000 habitantes - Pg. 17.

b)- Os gregos desembarcaram na grande ilha por volta de 1450 a.C. e aniquilaram
o Estado minóico para se instalarem em seu lugar - Pg. 18.

c)- A Guerra de Tróia, que aconteceu realmente - como o demonstraram as


escavações americanas - por volta do final do séc. XIII ou início do séc. XII, é um
dos últimos episódios dessa expensão que logo a serguir iria dar lugar, no decurso
do século XII, a uma decadência profunda e duradoura - Pg. 18.

d)- É, portanto, no decurso deste período privilegiado, que vai desde o final do século
XV até o final do século XIII antes da nossa era, que devemos considerar a primeira
civilização grega, então no seu apogeu - Pg. 18.

e)- Esta civilização deve o nome de micênica, pelo qual é geralmente conhecida [...]
porque foi toda a civilização helênica do 2º milênio, até então inteiramente
esquecida, que surgiu do solo de Micenas - Pg. 18.

f)- Túmulos micênicos - O mais impressionante destes túmulos, construído na


segunda metade do século XIV, é aquele a que tradicionalmente se chama o
Tesouro de Atreu - Pg. 19.
g)- As mesmas características de construção podem ser admiradas a alguma
distância deste local, nas fortificações da muralha principal que cerca a Acrópole [...]
Porta dos Leões - Pg. 19.

h)- É aqui [Micenas] que vemos aparecer pela primeira vez uma forma arquitectónica
à qual os Gregos iriam ficar ligados: os propileus, ou seja, uma entrada monumental
em que a porta aberta numa parede é precedida em cada um dos lados por um
alpendre de colunas - Pg. 21.

i)- Foi numa sela à esquerda da entrada que foram descobertos os arquivos Linear
B que tornaram célebre esta escavação: as placas de argila mole ficaram cozidas
no incêndio do palácio e foram por isso miraculosamente preservadas - Pg. 21.

j)- O pintor micênico transformou a graciosa visão num puro esquema gráfico que
abraça a curva do vaso com uma soberana elegância [...] O desenho é normalmente
muito tosco nestas obras ousadamente inovadoras; mas, mais do que quaisquer
outras, elas fazem-nos penetrar diretamente no mundo da história, como o célebre
vaso dos guerreiros Micenas, ou no da lenda, como a cratera de Enkomi, em Chipre,
em que alguns dizem reconhecer uma cena mítica de que se teriam conservados
ecos na Ilíada - Pg. 23.

k)- Placas em Linear B, túmulos, fortalezas e palácios, cerâmicas e peças de marfim


são, pois, os documentos que nos permitem esboçar um quadro ainda muito
provisório da civilização micênica [...] É assim que uma primeira expansão helénica,
a partir do Peloponeso e da própria Grécia, cobre já, nos séculos XIV e XIII, toda a
bacia oriental do Mediterrâneo e começa a fazer-se notar às portas do Ocidente -
Pg. 25.

l)- A decifração do Linear B forneceu nomes de numerosas divindades a quem o


povo micênico levava oferendas e revelou assim, para nossa surpresa, que a
maioria dos Olímpicos do panteão clássico eram já objeto de culto durante o
segundo milênio - Pg. 26.

m)- Ainda em tempos recentes se invocava a invasão dórica para explicar a ruína
do mundo micênico e a decadência tão profunda que, entre os séculos XII e X,
marca o período conhecido por Idade Média helênica. Os Dórios eram Gregos
menos evoluídos que, a partir das regiões montanhosas do Noroeste da península,
ocuparam a pouco e pouco a Grécia Central, a maior parte do Peloponeso e, por
fim, as ilhas do Sul do mar Egeu e mesmo Creta, no decurso de uma longa e lenta
progressão que se estendeu por todo o século XI e por uma parte do século X - Pg.
27.

n)- A decadência parece ter conhecido várias etapas e a insegurança instalou-se a


pouco e pouco, provocando o abandono progressivo das regiões menos bem
defendidas - - Pg. 27.

o)- Povos do mar - uma coligação heterogênea na qual participaram certamente


contingentes gregos. Estas invasões, de início repelidas e depois parcialmente
vitoriosas, afectaram gravemente o equilíbrio político do Oriente Próximo [...] As
condições que tinham favorecido o comércio na bacia oriental do Mediterrâneo
desapareceram face ao aumento da pirataria - - Pg. 27.
A civilização Geométrica ou a Época de Homero

a)- A decadência dos Estados aqueus e a invasão das tribos dorias provocaram,
durante três séculos, movimentações de população que modificaram profundamente
a repartição do povo na bacia do Mar Egeu - Pg. 29

b)- Conhecem-se mal os pormenores destas migrações que se prolongaram durante


séculos e cuja recordação apenas se conservou na memória dos gregos na forma
de lendas, nas quais é muito difícil de perceber claramente o substrato histórico [...]
Como as mais importantes destas colônias falavam o dialecto jônico, designa-se
normalmente por migração jônica o fenômeno histórico que levou à sua fundação -
Pg. 29.

c)- [...] são as pequeníssima arqueológicas que permitem precisar a data da


chegada dos colonos gregos aos diferentes pontos da Costa asiática [...] parece que
os gregos teriam chegado a Mileto e a Claro no século XIV, talvez depois de os
cretenses já aí estarem estabelecidos - Pg. 29

d)- Os próprios dorios acompanharam o movimento, conquistando as ilhas do Sul -


Creta e Rodes - e vários pontos da Ásia Menor. No séc. IX, termina a parte essencial
destas migrações - Pg. 30

e)- O antigos distinguiam os gregos em função de grandes divisões linguísticas


fundadas nos dialetos, que pensavam corresponder a divisões étnicas [...] fala-se o
dialecto eólico [...] os colonos eólicos são originários da Tessália e da Beócia, onde
o dialecto eólico, após a sua partida, sofreu influências norte-ocidentais [...]
populações de língua jônica estabeleceram-se na Ática, na Eubéia, nas Cíclades
(exceto no sul) e no litoral anatólio desde Esmirna até ao norte de Halicarnasso,
assim como nas grandes ilhas de Quio e de Samos [...] tribos dóricas submeterem,
impondo aí a sua língua, a região de Mégara, Corinto, a Argólida, Lacônia, as
Cíclades do Sul, Creta, Rodes, e o Dodecaneso [...] por fim, em duas regiões muito
distantes entre si, na Arcádia e na ilha de Chipre, conservou-se um dialeto chamado
arcádio-cipriota que parece ter mantido grandes afinidades com o antigo grego
micênico - Pg. 30.

f)- É verdade que a comunhão das tradições religiosas, que, tanto para os jonios
como para os dorios, se juntava à comunhão da língua, teve um importante papel
na conservação do sentimento de seu parentesco original - Pg. 31

g)- No plano da civilização, a diversidade dos dialectos continuou a ser durante muito
tempo um traço essencial do helenismo [...] O exemplo mais notável, e, ao mesmo
tempo, o mais antigo é o da língua épica na qual se combinam, numa síntese tão
complexa quanto harmoniosa, elementos jônicos e elementos eólicos submetidos
às exigências de uma métrica apurada - Pg. 32

h)- Os séculos IX e VIII são habitualmente designados por época geométrica devido
ao caráter original da cerâmica deste tempo [...] linhas retas e motivos geométricos
simples [...] o estilo geométrico destacou-se, de forma lenta e progressiva, da
tradição micênica - Pg. 33

i)- Não é de admirar a importância atribuída à cerâmica para o estabelecimento da


cronologia deste período da história grega. Não temos conhecimento sobre os fatos
políticos durante os séculos obscuros e a pesquisa arqueológica, a única que nos
pode dar algumas informações deve basear-se nos documentos que normalmente
se encontram nas escavações, ou seja, nos fragmentos de argila cozida - Pg. 34.

j)- Está cerâmica geométrica é conhecida em muitos pontos do mundo grego: em


Corinto, em Argos, na Beócia, nas Cíclades, e mais precisamente, em Terá, em
Rodes, em Chipre e até na Itália - Pg. 34

k)- [...] motivo grego - está sempre perfeitamente adaptado à zona que lhe é
atribuída, e as correspondências ou transposições estão sutilmente dispostas numa
ordem ajustada ao mínimo pormenor [...] o elemento humano que está presença
introduz num conjunto puramente abstrato atuará como um fermento de dissolução
que depressa modificará o seu caráter - Pg. 35

l)- Este predomínio de Atenas na cerâmica geométrica eclipsa as outras


manifestações da civilização material desta época [...] Mas a Grécia fez muito mais
pela civilização: deu-lhe o alfabeto e Homero - Pg. 36.

m)- A adoção do alfabeto fenício pelos Gregos situa-se provavelmente no século IX


ou no início do século VIII [...] Certamente não é por acaso que as duas primeiras
obras literárias de grande envergadura, a Ilíada e Odisseia, são agora, pela maioria
dos estudiosos, datadas do século IX ou, talvez melhor, do século VIII, isto é, no
momento em que os helenos começaram a usar a escrita alfabética - Pg. 36.

n)- Embora o estilo épico, pelo seu caráter formulário, conserve ainda traços do
estilo oral, deve admitir-se que o autor de Ilíada e Odisseia, ainda que uma lenda
tardia o tenha feito passar por cego, transcreveu desde o início as suas grandes
composições [...] A própria perfeição das duas epopeias demonstra que são o
resultado de uma longa tradição [...] é certo que o poeta compôs a sua obra no
mundo das cidades jônicas da Ásia Menor - Pg. 37

o)- A Odisseia despertava a imaginação pela narração das aventuras longínquas


nos mares ocidentais, tais como as que os marinheiros de Eubéia e da própria
Grécia, depois dos Fenícios, começavam a fazer e reviver [...] A partir das
descobertas da arqueologia micênica e sobretudo desde a decifração do Linear B,
os comentadores modernos esforçam-se por sublinhar nos poemas homéricos tudo
aquilo que pode relacionar-se com esta tradição micênica e, de fato, a importância
deste legado do segundo milênio é considerável - Pg. 38

p)- Por conseguinte, é com razão que insistimos, desde há alguns anos e por várias
vezes, nas afinidades que a arte de Homero apresenta com a dos mais belos vasos
geométricos [...] as duas grandes epopeias jônicas mostram-nos tudo isto, que
encontramos igualmente nas obras-primas dos oleiros áticos do século VIII - Pg. 38

q)- A arte do poeta e a arte do pintor assentam ambas no perfeito domínio de um


ofício que lhes é fornecido por fórmulas ou esboços feitos pelos seus antecessores
[...] O encontro entre duas formas de arte que pertencem a domínios tão diferentes,
mas tão visivelmente inspiradas por mesmo espírito, é um fato de civilização
revelador - Pg. 39.

7. Problematizações principais
Civilização micênica

a)- Mas costumava-se sublinhar o parentesco desta civilização com a civilização


cretense, das ruínas de Cnosso em Creta, aquela que sir Arthur Evans tinha feito
surgir, no início do século, das ruínas de Cnosso em Creta, e pensava-se que entre
o florescimento da cultura micênica, por volta dos séculos XIV-XII, e o início da
Grécia arcaica, no séc. VIII, havia um corte radical - Pg. 13.

8. Listar as fontes e os principais autores (historiografia) mencionados no texto

9. síntese crítica do texto:

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