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PETRA S. MCGILLEN
24 de Abril de 2017, 21:33
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Foto
O escritor alemão Theodor Fontane, autor de notícias falsas nos anos 1860,
retratado por Carl Breitbach CREATIVE COMMONS
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À primeira vista, esta lógica não faz sentido. Mas, ao mesmo tempo, a
forma como Trump pensa sobre as notícias falsas revela o motivo
central pelo qual elas funcionam.
O mais espantoso – e a parte que continua a ter eco nos dias de hoje –
é como Fontane conseguiu fazer isto. A história de Fontane sobre o
Grande Incêndio ilustra o seu processo. Quando decidiu escrever sobre
o incêndio, este já decorria há dias e havia notícias sobre ele em
praticamente todos os jornais.
Fontane consultou estes relatos para ter noção daquilo que os leitores
já sabiam sobre a catástrofe. Recortou os artigos antigos, escolheu as
passagens mais relevantes e colou-as umas às outras para obter o seu
relato – isto torna-se claro ao comparar o seu texto com estas fontes.
Depois, para aumentar o drama, Fontane escreveu novas passagens
com detalhes e personagens que eram completamente fabricadas, tal
como o “companheiro” com privilégios especiais que, alegadamente, o
ajudou a atravessar o cordão de segurança da polícia em redor da zona
do incêndio.
Foto
O incêndio de 1861 em Tooley Street