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(Continuação do Acórdão referente ao Processo n° 31.521/2017...........................................)
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reflutuação da embarcação, o que foi feito, mas não foi comunicada a faina à Delegacia
da Capitania e o paradeiro da embarcação é desconhecido. Uma equipe de Inspetores
Navais foi ao local do naufrágio e constatou que a embarcação não estava mais naquele
local; foi feito contato com o fiel depositário para a apresentação da embarcação para
perícia, mas este não atendeu ao solicitado e a embarcação não pode ser vistoriada.
Os Peritos consideraram que não foi possível determinar se os fatores humano,
material e operacional contribuíram e concluíram que não foi possível determinar a causa
do acidente, porque a perícia ficou prejudicada, devido ao desaparecimento da
embarcação, após ter sido reflutuada, pelo seu fiel depositário.
Nas fls. 30 a 32 consta o Boletim de Informações Ambientais, com a
informação de que a região esteve sob a influência de instabilidades atmosféricas
associadas à passagem de uma frente fria nos dias 18 e 19 de novembro de 2016.
No Relatório, fls. 40 a 44, o Encarregado do IAFN, depois de resumir os
depoimentos e o Laudo de Exame Pericial, na análise dos dados obtidos constatou que a
embarcação se encontrava amarrada à sua boia, na Enseada do Camorim, quando
naufragou; devido à não apresentação da embarcação para perícia, depois que foi
reflutuada, tornou o Laudo de Exame Pericial inconclusivo; que, pelo Boletim de
Informações Ambientais ocorreu chuva fraca a moderada, com ventos de 9 a 20 nós e não
foi possível determinar se as condições climáticas influenciaram diretamente para o
acidente, não apontando possível responsável.
A Douta Procuradoria, fls. 52 e 53, em uniformidade de entendimento com o
Encarregado do IAFN, entendeu que a não apresentação da embarcação para perícia,
depois que foi reflutuada, não foi possível apurar a causa determinante do naufrágio e,
diante da carência de provas sólidas, requereu o arquivamento dos presentes autos.
Foi publicada Nota para Arquivamento, tendo decorrido o prazo legal sem que
possíveis interessados se manifestassem.
Por todo o exposto, deve-se concordar com a promoção da Douta Procuradoria
Especial da Marinha e mandar arquivar os presentes autos.
Assim,
ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à
natureza e extensão do acidente da navegação: naufrágio da traineira “GUERREIRO”,
com danos materiais, mas sem registro de danos pessoais ou ambientais; b) quanto à
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causa determinante: indeterminada; e c) decisão: julgar o acidente da navegação,
tipificado no art. 14, letra “a” (naufrágio), da Lei nº 2.180/54, como decorrente causa não
apurada, mandando arquivar os presentes autos, conforme promoção da Douta
Procuradoria Especial da Marinha, de fls. 52 e 53.
Publique-se. Comunique-se. Registre-se.
Rio de Janeiro, RJ, em 04 de outubro de 2018.
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Assinado de forma digital por COMANDO DA MARINHA
DN: c=BR, st=RJ, l=RIO DE JANEIRO, o=ICP-Brasil, ou=Pessoa Juridica A3, ou=ARSERPRO, ou=Autoridade Certificadora SERPROACF, cn=COMANDO DA MARINHA
Dados: 2018.12.14 14:42:35 -02'00'