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Leitura Fora Da Caixa
Leitura Fora Da Caixa
Presidência da República
PNBE na escola
Ministério da Educação Literatura fora da caixa
Secretaria Executiva
Secretaria da Educação Básica Educação Infantil
Presidência da República Sumário
Ministério da Educação
Secretaria Executiva
Secretaria de Educação Básica
Diretoria de Formulação de Conteúdos Educacionais
Coordenação Geral de Materiais Didáticos
ISBN: 978-85-7783-154-8
Tiragem
Guia 1 – PNBE: Literatura fora da caixa – Educação Infantil
71 PNB E 2 0 1 4
563.634 exemplares Ob r a s s e l e c i o na da s
7
Apresentação
Ministério da Educação
1
Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me001878.pdf
2
Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Avalmat/literatura_na_in-
fancia.pdf
3
Disponíveis em http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=ar-
ticle&id=16896&Itemid=1134
4
Disponível em http://portaldoprofessor.mec.gov.br/linksCursosMateriais.html?cate-
goria=117
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Introdução
Magda Soares
Você tem em mãos o guia da Educação a você um conjunto de textos que representam os
Infantil do PNBE 2014. Este volume é um dos gêneros selecionados para o acervo: prosa, verso,
dos três guias que serão disponibilizados pelo imagem e história em quadrinhos.
MEC para acompanhar os acervos selecionados
pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola. Divisão interna do Guia
Além deste guia, foram produzidos mais dois:
um para os anos iniciais do Ensino Fundamen- Cada um dos textos, impressos após a apre-
tal e um para a Educação de Jovens e Adultos, sentação deste guia, foi planejado especialmente
segmentos contemplados por esta edição do para você, mediador de leitura; são textos escri-
Programa. Esperamos que você, de posse deste tos em linguagem simples e direta onde cada au-
guia, tenha uma oportunidade concreta de cres- tor(a) procura discutir as especificidades de cada
cimento como mediador(a) de leitura literária gênero, abordando obras que o representam, no
na escola e de enriquecimento de sua formação intuito de que essas leituras funcionem como
como leitor de literatura, o que, acreditamos, exemplos e incentivo para a apropriação dos
o ajudará a dar um novo significado às práticas acervos pelos mediadores de leitura, de forma
de leitura literária com seus alunos, em sala de a enriquecer as atividades de leitura na escola.
aula, ou na biblioteca escolar. Além desses textos básicos, há, ao final de
Nosso propósito com esse “guia”, esse ma- cada guia, a relação de todos os títulos sele-
terial de apoio, é possibilitar a você um acesso cionados no PNBE 2014, separados por seg-
dialogado ao universo literário das obras que mento, categoria e gênero. Esperamos, com
constituem os acervos do PNBE 2014, propon- esse nosso esforço, duas coisas: socializar com
do orientações de uso desses acervos na escola, você os livros selecionados no PNBE 2014, a
pelos professores e pelos profissionais que atuam fim de que você possa usufruir desse acervo
nas bibliotecas escolares, com apresentação e como leitor(a) de literatura, independente do
discussão pedagógica de gêneros, autores, temá- segmento em que atue, provocando em você
ticas, competências literárias e outras formas de o desejo de lê-los e compartilhá-los com seus
conhecimento e apreciação das obras. alunos. Por outro lado, esse nosso movimento
Assim, além dessa apresentação inicial, que de apresentar visualmente, ao final de cada guia,
explicita nosso desejo de contribuir efetivamente todo o acervo do PNBE 2014 também pretende
com a circulação e leitura das obras que compõem fomentar uma curiosidade nos mediadores de
os acervos do PNBE 2014, e, de modo muito leitura, assim como uma maior circulação das
especial, com sua formação leitora, apresentamos obras na escola, ao deixar claro o quanto são
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tênues as separações por segmento, faixa etária, ou qualquer outro tipo Agora, com base no quadro a seguir, pres- – que recebe o maior número de inscrições
de categorização e que, o mais importante, é a literatura de qualidade te especial atenção na quantidade de escolas e de livros pelas editoras: mais da metade dos
estar disponível. alunos atendidos no período de 2006 a 2013 e inscritos. Por outro lado, a inscrição é muito
Por fim, gostaríamos de ressaltar que a relação das obras adquiridas projete a espantosa quantidade de livros distri- pequena para livros destinados às crianças de 0
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seguir, a percentagem dos inscritos para os dois de número tão pequeno de livros de imagem, crianças na faixa etária correspondente à Edu- Na educação infantil não poderia ser di-
níveis da Educação Infantil por agrupamento e, que muito atraem as crianças não alfabetizadas, cação Infantil; qualidade temática, que se ferente. Nesta fase, a leitura literária conta em
portanto, as possibilidades de escolha oferecidas ou ainda em processo inicial de alfabetização. manifesta na diversidade e adequação dos temas, grande medida com a mediação de professores
para a composição dos acervos: Apesar do desequilíbrio no número de li- e no atendimento aos interesses das crianças, aos e bibliotecários, em atividades de contação de
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introdução, o mesmo não podemos dizer da sua voz do docente não pode ser isolada, todos Os livros na sala de aula
recepção, circulação e uso nas escolas públicas são mediadores de leitura, os professores, os
do País. Com menos segurança ainda podemos profissionais da biblioteca, os gestores, enfim, Nas salas de atividade,
elencar ações que viabilizam a formação de os diferentes mediadores de leitura do con- berçários e áreas externas,
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Concluindo
Agora, finalmente, você vai poder entrar em contato com os textos
Na educação
que discutem as principais categorias de seleção do PNBE Educação
Infantil 2014 – prosa, verso, imagem e história em quadrinhos. Pesquisa- infantil, versos
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principalmente em se tratando de textos da li- O primeiro passo para se garantir mediações Título da
teratura, exige de quem lê uma abertura tal que bem-sucedidas consiste em conhecer os acervos Autor(a) Ilustrador(a) Síntese
obra
o ato de leitura, para o qual nós, adultos, apenas e o que eles podem oferecer a atividades de
História em versos sobre os cinco
emprestamos a voz, pareça ter sido realizado pela leitura planejadas para esse público. O bosque
Ignacio Sanz Noemí Villamuza dedos das mãos e a imaginação que
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poética como as rimas, e que exploram temáticas que agradam as crian- à expressão. O humor incide nessa noção de hora, que para a vida dos
ças – e neste quesito, os bichos se destacam. Mas para perceber o que os gatos não faz nenhum sentido. Daí o grande achado humorístico de a
livros de fato podem propiciar na criação de atividades de leitura junto às narrativa ser iniciada com a expressão “dez pra daqui a pouco” – que
crianças seria necessário ler cada um deles para apreender o tratamento esvazia a indicação cronológica real –, e finalizada com “dez e lá vai
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porta de entrada para a interação literária que expressiva da marcação da passagem dos mi- descuidar das ilustrações que dialogam com as palavras nas páginas do livro.
se propõe. No caso da narrativa poética em nutos, recurso que aparece em destaque no Elas captam nesta obra, com muita propriedade, características típicas dos
questão, na capa os dois personagens olham de primeiro verso que se destaca como um título. felinos, insinuando imageticamente suas ações. Mesmo estáticas, conse-
frente para o leitor, posicionados em volta de guem representar a leveza dos movimentos dos felinos e seu modo de ser
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Com muito humor, o que era para ser uma história em três atos a princípio pode se fechar para a criança, no sem que se evitem entradas para a percepção
acaba como uma história com 2 ratos e 1 ato, que recomeça em pro- qual se relaciona ‘ato’ à materialidade sonora das do funcionamento de elementos gráficos que
posta circular para quem está apenas descobrindo o funcionamento da palavras ‘gato’,‘pato’ e ‘rato’. Na conversa sobre participam da história. Aos 6 ou 7 anos, com
linguagem escrita: o título com as crianças, esta materialidade pode certeza, a História em 3 atos permitirá outros
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ao que se propõe na história lida, juntando partes de seus nomes. Uma das imagens da capa, passa-se ao título, através o foco no eixo principal da narrativa que tem
exposição com os bichos e seus nomes, escritos pela professora, pode ser do qual se tem a confirmação de que se trata como estrutura básica: 1) a redução paulatina do
montada na sala de aula ou na biblioteca escolar. de uma lagoa e de que os patinhos são mesmo número de patinhos, 2) o perigo permanente
sete. O fato de o nome do jacaré não aparecer que os ameaça, 3) as artimanhas do jacaré para
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ERA UM A VEZ... UM A
CAIXA DE HISTÓRIAS:
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Complicado? Achamos que não, mas para facilitar a compreensão comer moscas e outros insetos. Prevemos então Se no esquema de três atos a estrutura é gene-
vamos demonstrar em um quadro descritivo: que nas páginas seguintes ele vai procurar outra ralizante, pois aborda apenas aquilo que está mais
coisa para comer. E é o que acontece. Na es- claro, na estrutura de Claude Bremond (1972) per-
Quadro I – Esquema de 3 atos trutura do texto narrativo de Bremond (1972), cebemos variáveis como: o ponto de vista daqueles
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levam a surpresas – por exemplo, em Eu vi! o aliadas, pois são eles quem arrumam a solução, Outro assunto que nós educadores devemos levar em conta é que
leitor é convidado a descobrir o que o narrador embarcando o rinoceronte para seu país de origem. geralmente as histórias infantis utilizam animais como protagonistas. O
viu.“Eu vi dois olhos.../ nas asas da borboleta./ Já o melhoramento de Daisy só é conquistado ao acervo do PNBE não fugiu à regra. Sobre isso, vamos abrir um novo
Eu vi um labirinto.../nas escamas da cobra” final, quando, depois da viagem do rinoceronte, tópico, pois cremos que entender o que alguns bichos vivem – suas pre-
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Outros livros do PNBE 2014 também tra- Neste sentido, nós educadores temos na escola de personagens retiradas dos filmes ou desenhos o que tem dentro dele é o objetivo de todas as
zem animais com desejos e características huma- os espaços como aliados: a sala de aula, o pátio, animados, entre outros. Esse tipo de produção personagens da narrativa. A surpresa vai fazer
nas. É o caso dos já mencionados anteriormente: a biblioteca, o parquinho, a sala de merenda, consegue chamar a atenção dos pequenos, mas, todos darem muitas risadas.
Rinocerontes não comem panquecas e Sapo Comilão. algumas instituições têm brinquedotecas, e to- se tratando de incentivar o gosto por livros in- Se a sala de aula é um dos espaços para as
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O parque da escola também é local de lei- crianças, ou seja, ao dar vida aos objetos trans- ler em voz alta de modo coerente, convidativo, deste livro: os educadores devem mesclar histórias
tura. Neste sentido, por ser um espaço aber- formando-os em personagens, o professor utiliza agradável e apropriado. Desta maneira, numa novas, desconhecidas dos pequenos, com histórias
to, daremos dicas não só de como preparar o também da estratégia de leitura da visualiza- sessão de leitura em voz alta, o educador deve já conhecidas e aquelas preferidas pelo grupo de
ambiente, mas também de como apresentar os ção. Neste sentido, oportuniza que os pequenos estar atento a três questões: 1) Para que idade crianças. Não há nada de errado em ler o mesmo
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Já um tom mais baixo pode ser utilizado na passagem do texto Será Antes de passarmos às atividades práticas, dada pela tia do menino, que explica ter em sua
mesmo que é bicho?: “Debaixo da árvore apareceu um menino. A libélula precisamos compreender que sessões de leitura casa um balde mágico que troca chupetas por
viu o menino e foi voando chamar os outros bichos. – Que bicho será? – têm potencial para despertar as crianças como presentes. O menino gosta pois “[...] junto das
Será que está morto? E os bichos, curiosos, começaram a pesquisar” (s/n). futuros leitores. Nas palavras de Fox (2001):“[...] amigas a pepeta seria feliz para sempre” (p.30).
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família de ursos chega em casa compreende que Discutir a capa do livro, em que Cachinhos
o melhoramento – comer o mingau – não será de Ouro dorme tranquilamente e um dos mem-
realizado, pois já não há mais mingau para todos. bros da família dos ursos, Mamãe Ursa, olha
Os ursos, ao perceberem que alguém esteve na desapontada para a cena, é função do educador,
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o mingau do Ursinho, quebra sua cadeira e adormece na sua caminha.Até exposições didáticas ou apresentações, no qual fica preso da Mamãe Ursa?”, “O que ela parece estar pen-
essa passagem o melhoramento de Cachinhos não é obtido. Quando a um bloco de papel em rolo. sando?” e “O que será que vai acontecer?”. Esse
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fessor combina com a cozinheira de naquele Bacon, 2001. ministra oficinas de confecção de livros artesanais para a sala de aula.
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A obra Mar de sonhos apresenta ao leitor livros de imagem e 3 de palavras-chave compõem este ano uma seleção
apenas por imagens uma menina, uma praia e a cuja característica é a ênfase visual, ainda que entre eles haja diversidade
brincadeira de construir castelos de areia. Mas, de temas e de formas de conhecimento de contextos literários. Esta soma
ao entardecer, quando a água do mar invade a de 12 livros de forte apelo visual – 24% do conjunto – mostra-se afim aos
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detalhes, e desde a capa até a estrutura de miolo vá interpretando as partes Potencial do livro de imagem
da história, enquanto as apresenta à turma, sempre atento às reações dos Os livros de imagem, se bem observados, livro impresso em prosa, também pode em sua
alunos e a possíveis manifestações de vontade de participação. Organizados
têm função narrativa – mostram cenas, ações estrutura editorial ser construído considerando
em rodinha, os alunos poderão escutar a história, registrar um conteúdo
encadeadas e na configuração do espaço e si- personagens, tempo, espaço e conflito. Por isso,
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sentido emocional e cognitivo que envolve as cenas, suas sequências e ênfa- coleção valoriza a diversão, o desafio e a percepção cumulativa de partes
ses, assim como os personagens, o encadeamento das ações e um desfecho. para um entendimento do todo. Igualmente, a obra introduz uma noção
Além disso, o livro na infância pode ser apreendido como mais do de unidade pela apresentação de partes constitutivas. Confira esta obra
que um objeto material; sua função pode incluir a brincadeira cultural no seu acervo!
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valor emocional, isto é, o valor do livro como que PODE SER o significado da imagem há Como professora, compartilho com todos os meus colegas de pro-
objeto mágico, que atravessa o prazer dos senti- um campo para a interpretação que suplanta o fissão este sentimento: ler sempre será uma forma de nos situarmos no
dos. Como forma de pensar a cultura do seu simples olhar e constatar. mundo dos acontecimentos à disposição.
tempo e de organizar seus pensamentos, o livro Sempre que narramos uma história em voz A qualidade articulada da linguagem permite grandes entrosamentos
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alguns elementos são muito importantes, como a percepção dos ritmos: • O professor deve exemplificar para os alunos modos de contar livros de
visual, gráfico, poético, sonoro etc. imagem, partindo do folhear que valoriza a apresentação das imagens
O convite aqui manifesto, professor, é então o de que, desde cedo, e dando sequência oral aos acontecimentos representados visualmente
exercitemos nas crianças leitoras certas noções, como as descritivas, sen- na obra.
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Espacial e ritmicamente, a obra O jornal consegue, imageticamente, espaço mental, em prol de um desenvolvimento cognitivo e de seus
“puxar conversa” com o leitor de todas as idades – por isso é uma das jogos em movimento.
obras que você deve procurar logo no acervo 2014. De modo natural • Para uma compreensão da materialidade como mensagem: o suporte
acompanhamos o personagem principal em seu tédio inicial, depois de leitura – quase sempre ainda em papel, mas ano a ano diversificado
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Referências bibliográficas
AUERBACH, Patricia. O jornal. São Paulo: PORTIS, Antoinette. Não é uma caixa. 2.ed.
QUANDO UMA
Brinque-Book, 2012.
CARDON, Laurent. Calma, camaleão! São Pau-
Trad. Cassiano Elek Machado. São Paulo: Cosac
Naify, 2013. IMAGEM VALE MAIS
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narrativa ou ajudando a descrever personagens, A valorização do potencial estético e narra- recursos dos quadrinhos. Assim, não há nenhuma característica formal
cenários e situações. Assim, o texto verbal era tivo das ilustrações (e de seu diálogo com o texto que, de imediato, defina que uma obra se trata de um livro de imagem
sempre mais valorizado do que o texto imagético verbal) permitiu ainda a consolidação de outros ou de um livro de história em quadrinhos.
e as ilustrações, por mais belas que fossem, per- gêneros no campo da literatura infantil, como Como buscar um critério para conseguir diferenciar e classificar
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visual para a história, a mudança no uso das cores ganha ainda um caráter Atentos às ilustrações percebemos que quase todos os personagens aparecem
simbólico ou metafórico, estando associada à superação da condição de desenhados em traços pretos sobre o fundo branco. Assim, vemos apenas
preconceito das crianças em relação ao homem estranho e misterioso. os contornos de seus corpos. No entanto, o pequeno protagonista aparece
colorido, criando assim um contraste visual de sua forma com o cenário.
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empregados do que o desenho realista. No caso de A visita, o traço solto, ou Lá vem o homem do saco. Já a obra Rapunzel, cabe ao leitor, baseado em sua memória e experi-
levemente impreciso, com o aspecto de um esboço, contribui para tornar de Thais Linhares (2012), segue uma proposta ências concretas anteriores, reconhecer os diversos
tudo um pouco mais fugaz e efêmero, reforçando a interpretação da obra diferente. Trata-se de uma adaptação do con- elementos visuais e completar as lacunas da nar-
pelo viés de uma reminiscência da infância. to popularizado, primeiramente, pelos irmãos rativa. Enquanto o leitor percorre cada fragmento
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Seguindo essa mesma lógica, o estado de espírito e os sentimentos as imagens enquanto um recurso expressivo e narrativo. Nas páginas 14/15
vivenciados pelos personagens devem ser sugeridos por meio de suas e 16/17, as imagens em composições semelhantes enfatizam as diferenças
expressões faciais e corporais. Baseado em sua experiência de vida e em entre cada momento, bem como as relações distintas que Rapunzel esta-
sua memória, o leitor reconhece as poses e os gestos dos personagens e belece com o cavaleiro e com a bruxa, sua antagonista na história.
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que a leitura que fazemos das imagens também to, representados nas imagens, podem ser proble-
deve ser aprendida e exercitada para que possamos matizados pelos leitores e justificados, levando
fruir e apreciar, de forma crítica e ativa, grandes em conta o contexto geral da cena e a idade da
obras de arte, sejam elas pinturas, grafites, filmes, personagem em cada momento. Se for necessário,
livros de imagem ou histórias em quadrinhos. pode-se ajudar as crianças a identificarem os ele-
No entanto, se devemos buscar compreender mentos visuais que indicam a passagem do tem-
os princípios e elementos básicos que regem a po, ou ainda os elementos que indicam como a
conformação destas imagens, devemos evitar o personagem mantém suas lembranças de infância
estímulo a uma leitura fria e mecânica que busque e sua ligação com o campo. Por fim, não menos
estritamente decodificar e definir cada elemento, interessante é identificar os objetos estranhos ao
sem perceber suas interações. É importante que contexto dos contos de fada (como o guarda-pó
uma etapa mais analítica não determine uma úni- e os instrumentos de laboratório), deixando as
crianças livres para imaginarem explicações para
Obras selecionadas
ca intepretação da história e dos elementos visuais
PNBE
que a compõem. Acima de tudo, é importante a presença destes elementos na cena.
respeitar e manter as ambiguidades assim como as
aberturas do discurso visual, preservando o espaço Referências bibliográficas
para uma leitura ativa e participativa. HIRATSUKA, Lúcia. A visita. São Paulo: Farol
Se, como diz o provérbio, uma imagem vale Literário, 2012.
2014
mais do que mil palavras, devemos sensibilizar MENDES, André. O amor e o diabo em Angela
nossos jovens leitores – e leitores iniciantes – Lago: a complexidade do objeto artístico. Belo Ho-
para que estes possam efetivamente se apropriar rizonte: UFMG, 2007.
e construir sentido para as imagens que con- McCLOUD, Scott. Desvendandos os quadrinhos.
templam, sem perder de vista o prazer que elas São Paulo: M. Books do Brasil, 2005.
podem nos proporcionar.
LINHARES,Thaís. Rapunzel. São Paulo: Mun-
do Mirim, 2012.
Sugestão de atividade
RENNÓ, Regina. Lá vem o homem do saco. Porto
Um recurso que funciona bem com as Alegre: EdiPUCRS, 2013.
crianças menores, especialmente de 3 a 5 anos,
é conferir-lhes o papel de narrador a partir Sugestões de leitura
da observação das imagens. A eficácia pode
R, Will. Quadrinhos e arte sequencial. São Paulo:
ser maior se o professor ou mediador iniciar a
Martins Fontes, 2001.
narração e introduzir o cenário e os persona-
gens, deixando que a criança assuma o papel CAMARGO, Luís. Ilustração do livro infantil. Belo
de contador. Diante de algumas informações Horizonte: Lê, 1995.
que a criança interpreta a partir das imagens HUNT, Peter. (Org.) Children’s literature: an
e apresenta aos adultos, pode-se pedir à crian- illustrated history. Oxford/New York: Oxford
ça que justifique as informações, ajudando-a a University Press, 1995.
elaborar melhor as próprias descobertas. Nesse MOYA, Álvaro de (org.). Shazam! 2.ed. São
sentido, é importante saber valorizar respostas Paulo: Perspectiva, 1972.
inusitadas e inesperadas, evitando impor uma SRBEK, Wellington. Um mundo em quadrinhos.
única interpretação sobre a narrativa. João Pessoa: Marca de Fantasia, 2005.
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Categoria 1 . Educação Infantil . 0 a 3 anos . Acer vo 1 Categoria 1 . Educação Infantil . 0 a 3 anos . Acer vo 1
ERA UMA VEZ TRÊS VELHI- CACHINHOS DE OURO HUM, QUE GOSTOSO! MEU CORAÇÃO
NHAS... É UM ZOOLÓGICO
Texto (adaptação): Texto: Sonia Junqueira
Texto: Anna Claudia Ramos Ana Maria Machado Ilustrações: Texto e ilustrações: Michael Hall
Ilustrações: Ilustrações: Ellen Pestili Mariângela Haddad Editora: Paz e Terra
Alexandre Rampazzo Editora: Editora FTD Editora: Autêntica Categoria: Textos em verso
Editora:Editora Globo Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em prosa
Categoria: Textos em prosa
Categoria 1 . Educação Infantil . 0 a 3 anos . Acer vo 1 Categoria 1 . Educação Infantil . 0 a 3 anos . Acer vo 2
Texto e ilustrações: Texto e ilustrações: Texto: Tatiana Belinky Texto: Vera Lúcia Dias
Hervé Tullet Marcelo Xavier Ilustrações: Claudius Ilustrações: Romont Willy
Editora: Editora Ática Editora: Livraria Saraiva Editora: Moderna Editora: MMM
Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em prosa
Eu te disse
O BOSQUE ENCANTADO
Texto e ilustrações: Taro Gomi QUE BICHO SERÁ maria que ria
Texto: Ignacio Sanz QUE BOTOU O OVO?
Editora: Berlendis & Texto e ilustrações: Rosinha
Verteccchia Editores Ilustrações: Noemí Villamuza
Texto: Angelo Machado Editora: Araguaia
Categoria: Textos em prosa Editora: Macmillan
Ilustrações: Roger Mello Categoria: Livros de
Categoria: Textos em verso
Editora: Edigraf Participações narrativas por imagens
Categoria: Textos em prosa
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Categoria 1 . Educação Infantil . 0 a 3 anos . Acer vo 2 Categoria 1 . Educação Infantil . 0 a 3 anos . Acer vo 2
BRANCA DE NEVE
DUAS FESTAS DE CIRANDA O GUERREIRO
Texto: Jacob Grimm e Wilhelm Grimm
Texto: Fábio Sombra Texto: Mary França
Adaptação: Laurence Bourguignon
e Sérgio Penna Ilustrações: Eliardo França
Iludstrações: Quentin Gréban
Ilustrações: Fábio Sombra Editora: Mary e Eliardo Editora
Editora: Comboio de Corda
Editora: Zit Editora Categoria: Textos em verso
Categoria: Textos em prosa
Categoria: Textos em verso
Categoria 2 . Educação Infantil. 4 e 5 anos . Acer vo 1 Categoria 2 . Educação Infantil. 4 e 5 anos . Acer vo 1
DUPLO DUPLO NÃO VOU DORMIR A PRINCESA MARIBEL MAS QUE MULA!
Texto e ilustrações: Texto: Christiane Gribel Texto: Patacrúa Texto e ilustrações:
Menena Cottin Ilustrações: Orlando Ilustrações: Javier Solchaga Martina Schreiner
Editora: Pallas Editora: Gaudí Editorial Editora: Editora Positivo Editora: Editora Cata Sonho
Categoria: Livros com Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em prosa Categoria: Textos em verso
narrativa de palavras-chave
NÃO É UMA CAIXA JEREMIAS DESENHA Texto e ilustrações: Texto: Celso Sisto
UM MONSTRO Marcelo Xavier Ilustrações:
Texto e ilustrações:
Editora: Editora Saraiva Elisabeth Teixeira
Antoinette Portis Texto e ilustrações:
Peter McCarty Categoria: Textos em verso Editora: Piá
Editora: CosacNaify
Editora: Editora Globo Categoria: Textos em prosa
Categoria: Livros com
narrativa de palavras-chave Categoria: Textos em prosa
Categoria 2 . Educação Infantil. 4 e 5 anos . Acer vo 2 Categoria 2 . Educação Infantil. 4 e 5 anos . Acer vo 2
NÃO! A VISITA
MAR DE SONHOS SETE PATINHOS
NA LAGOA Texto e iustrações: Texto e iustrações:
Texto e ilustrações:
Marta Altés Lúcia Hiratsuka
Dennis Nolan Texto: Caio Riter
Editora: Escarlate Editora: Farol Literário
Editora: Singular Ilustrações: Laurent Cardon
Categoria: Textos em prosa Categoria: Livros de
Categoria: Livros de Editora: Biruta
Imagens e Livros de
narrativas por imagens Categoria: Textos em verso Histórias em Quadrinhos
Categoria 2 . Educação Infantil. 4 e 5 anos . Acer vo 2 Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 1
RINOCERONTES NÃO
COMEM PANQUECAS
A BRUXA E O VAI E VEM
Texto: Anna Kemp ESPANTALHO
Texto e ilustrações:
Ilustrações: Sara Ogilvie Texto e ilustrações: Laurent Cardon
Editora: Paz & Terra Gabriel Pacheco Editora: Gaivota
Categoria: Textos em prosa Editora: Jujuba Categoria: Livros de
Categoria: Livros de Imagens e Livros de
narrativas por imagens Histórias em Quadrinhos
Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 1 Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 2
Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 2 Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 2
Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 3 Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 3
Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 4 Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 4
EMIL E OS TRÊS GÊMEOS ERA UMA VEZ UM CÃO OS SINOS VISITA À BALEIA
Texto e ilustrações: Texto: Adélia Carvalho Texto: Manuel Bandeira Texto: Paulo Venturelli
Erich Kastner Ilustrações: João Vaz de Carvalho Ilustrações: Ilustrações:
Editora: Pavio Gonzalo Cárcamo Nelson Cruz
Editora: Editora Canguru
Categoria: Textos em prosa Editora: Gaudí Editorial Editora: Posigraf
Categoria: Textos em prosa
Categoria: Textos em verso Categoria: Textos em prosa
Categoria 3 . Anos iniciais do Ensino Fundamental . Acer vo 4 Categoria 4 . Educação de Jovens e Adultos . Acer vo 1
ADOLESCÊNCIA & CIA MAIS COM MAIS DÁ MENOS O SEGREDO E OUTRAS HISTÓ- CANTE LÁ QUE
Organização: Texto: Bartolomeu RIAS DE DESCOBERTA EU CANTO CÁ
Jorge Fernando dos Santos Campos de Queiroz Texto: Lygia Fagundes Telles Texto: Patativa do Assaré
Ilustrações: Cláudio Martins Ilustrações: Marcelo Drummond Ilustrações: Eloar Guazelli Editora: Editora Vozes
Editora: Miguilim e Marconi Drummond
Editora: Cia. das Letras Categoria: Textos em verso
Categoria: Textos em prosa Editora: RHJ Editora
Categoria: Textos em prosa
Categoria: Textos em prosa
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Categoria 4 . Educação de Jovens e Adultos . Acer vo 1 Categoria 4 . Educação de Jovens e Adultos . Acer vo 1
Categoria 4 . Educação de Jovens e Adultos . Acer vo 2 Categoria 4 . Educação de Jovens e Adultos . Acer vo 2