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Lição 8
25 de Fevereiro de 2018
Uma Aliança Superior
Texto Áureo Verdade Prática
"Porque este é o concerto que, depois
daqueles dias, farei com a casa de Israel,
A Nova Aliança em tudo é superior à Antiga
diz o Senhor: porei as minhas leis no seu
porque se fundamenta em promessas
entendimento e em seu coração as
superiores.
escreverei; e eu lhes serei por Deus, e
eles me serão por povo." (Hb 8.10)
Comentário
INTRODUÇÃO
O capítulo oito da Carta aos Hebreus apresenta uma aliança superior; um santuário superior
e também um sumo sacerdote, Cristo Jesus, com um ministério igualmente superior. O antigo
santuário terreno, com seu complexo sistema de ritos, dera lugar a um novo santuário, o celestial,
onde o próprio Jesus oficia como Sumo Sacerdote. Mas Ele não é apenas um Sumo Sacerdote,
Ele é o sumo sacerdote-rei, que está sentado à destra do Pai para interceder pelo seu povo. A
Nova Aliança tornou obsoleta a Antiga por ser de natureza espiritual, interior e de se firmar em
superiores promessas. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25 fev 18)
O trabalho do sacerdote era fazer as oferendas e sacrifícios no santuário (8.3). Como nosso
Sumo Sacerdote celestial, Jesus também serve num santuário, mas este é um santuário que não
foi feito por mãos humanas, como o foi o tabernáculo. Jesus é, não somente superior aos profetas
do Velho Testamento, aos anjos, a Moisés e a Aarão, mas é também um melhor sumo sacerdote,
que ministra num santuário melhor. Ele é o mediador de uma aliança melhor estabelecido sobre
melhores promessas (8.2,6). Matthew Henry comenta:
“A substância ou resumo do declarado era que os cristãos tinham um Sumo Sacerdote como
o que necessitavam. Assumiu a natureza humana, se manifestou na terra e ali se deu como
sacrifício a Deus pelos pecados de seu povo. não nos atrevamos a aproximar-nos a Deus, ou
apresentar-lhe nada, senão em Cristo e através dEle, dependendo de seus méritos e mediação,
porque somos aceitos somente no Amado. Em toda obediência e adoração devemos manter-
nos perto da Palavra de Deus, que é a norma única e perfeita. Cristo é a substância e a finalidade
da lei da justiça. Mas a aliança aqui aludida foi feita com Israel como nação, assegurando-lhes
os benefícios temporais. As promessas de todas as bênçãos espirituais e da vida eterna,
reveladas no evangelho, e garantidas por meio de Cristo, são de valor infinitamente maior.
Abençoemos a Deus porque temos um Sumo Sacerdote idôneo para nossa indefensa
condição.”. (Comentários Bíblicos. Disponível em: https://bibliacomentada.com.br/biblia/mobile/hebreus-capitulo-8-versiculo-6-comentado-por-
versiculo.html. Acesso em 19 fev, 2018)
Não obstante estar Cristo assentado à destra de Deus, e tendo concluído sua obra, quando
do seu ministério terreno, Ele é aqui descrito como “ministro do santuário e do verdadeiro
tabernáculo” (v.2). Nos céus, o Mestre amado continua a executar seu ministério ou serviço
divino, como nosso mediador, intercessor, advogado e Sumo Sacerdote perante o Pai, pois
entrou no santo dos Santos. Abrindo um pouco o véu da eternidade, a Bíblia revela-nos algo
sobre o trabalho de Cristo nos céus. De lá, Ele controla todas as coisas, tanto as que estão nos
céus, quanto as que estão na terra, no universo, enfim. Ele está assentado “à destra da
majestade”, “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (1.3). É muita coisa! Em
relação a nós, diz a Bíblia, que “ele está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm
8.34b). [Prof. Luiz Henrique])Vamos pensar maduramente a fé cristã?
Hebreus 8.5 fala-nos de figuras e das sombras das coisas celestiais. Foi dito por Deus a
Moisés (Ex 25.8) que construísse um santuário, sendo-lhe revelado inclusive seu modelo no
monte Sinai (Ex 24.18). Tudo foi feito como o Senhor Deus ordenara a Moisés (Ex 39 e 40). Seus
construtores, Bezaleel e Aoleabe o fizeram em detalhes, minuciosamente (Ex 31.1-6). O
Tabernáculo seria algo que homem algum jamais teria imaginado. Foi construído para que as
verdades fundamentais no Novo Testamento fossem compreendidas. Cada detalhe e objeto
falava da obra redentora de Jesus Cristo.
“O tabernáculo é a morada de Deus. Sendo Ministro, Jesus Cristo nos leva à própria presença
de Deus, onde temos plena comunhão com Ele. Por ser de uma superior aliança, Cristo nos
prepara e equipa para entrarmos e morarmos no Lugar Santíssimo. Aleluia!.” (Revista CPAD - 3º Trimestre
de 2001 - Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes” - Comentarista: Elinaldo Renovato)
É importante que se diga que o Tabernáculo não foi uma ideia de Moisés; este recebeu do
próprio Deus a ordem para erguê-lo – instruções sobre planta e objetos para culto, e Moisés fez
conforme toda ordem divina, ordem esta recebida no Sinai. O modelo dado a Moisés deveria
seguir exatamente todos os detalhes do projeto a ele revelado. Assim, compreendemos qual a
finalidade de Deus abrir o coração dos egípcios a fim de que abençoassem os hebreus quando
saíram do Egito, o Tabernáculo seria construído com os recursos vindos desta providência divina.
“Pelo tabernáculo são vistas “as figuras das coisas que estão no céu” (Hebreus 9.23, 24). A
morada divina, onde Cristo entrou, “para comparecer por nós perante a face de Deus” (v. 24) foi
representada pelo “santuário feito por mãos”, ou seja, o tabernáculo (v. 24, “figura do
verdadeiro”). Pela exatidão da figura do tabernáculo do Velho Testamento representar o céu, a
verdadeira morada de Deus no céu é chamada “o templo do tabernáculo do testemunho”
(Apocalipse 15.5). Como o povo de Deus entrava no tabernáculo, assim, hoje, podemos entrar
no céu.” (Cap 12 - O Tabernáculo. Disponível em:http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/tabernaculo/cap12.html. Acesso em: 19
fev, 2018)
2. Possuidor de uma natureza superior. O santuário terreno, mesmo tendo sido construído
com objetos e metais preciosos, não era o verdadeiro tabernáculo, mas apenas um modelo do
verdadeiro. Na verdade, o tabernáculo terreno era um tipo que aponta para o santuário celestial:
"Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou" (Hb 8.5). Ele era o lado visível
de uma realidade invisível. Invisível, mas real! O santuário terreno era por natureza temporal,
figura do verdadeiro santuário, que é espiritual e eterno. Foi nesse santuário que Jesus se tornou
"ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo" (Hb 8.2). (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8,
25 fev 18)
Ao estudarmos as Escrituras notamos que a graça de Deus sempre existiu, contudo, sua
revelação se deu de forma gradativa. O autor de Hebreus nos ensina que no Antigo Testamento
a graça de Deus é manifesta através de enigmas, símbolos, cerimônias e profecias (Hb 1.1;
10.1). Desse fato entendemos que o Plano de Salvação sempre esteve exposto desde o começo
do mundo.
“No livro de Apocalipse, cena após cena, no céu, revela as coisas tipificadas no tabernáculo
terreno confirmando ainda que o tabernáculo figurava as coisas no céu. Pelo livro achamos “sete
castiçais de ouro” representado as sete igrejas da Ásia (1. 12); “sete lâmpadas de fogo” que
representam “os sete espíritos de Deus” (4.5); “o altar” representando o trono de Deus (6. 9); “um
incensário de ouro” que representa “as orações de todos os santos” (8. 3); “o templo de Deus e
a arca da Sua aliança” representando a Sua majestosa presença (11. 19). Conhecer fatos sobre
o tabernáculo nos ensina do céu. Crer Naquele que o tabernáculo figura, nos dá entrada no
céu.”. (Cap 12 - O Tabernáculo. Disponível em: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/tabernaculo/cap12.html. Acesso em: 19 fev,
2018)
1. No aspecto posicional. O autor mostra através de seus argumentos que Jesus, de fato,
deve ser visto como verdadeiro sumo sacerdote-rei. Já foi destacado em lições anteriores que
no Antigo Pacto nenhum rei exerceu de forma legítima a função de rei-sacerdote. Dois exemplos
bíblicos de reis que tentaram atuar como sacerdotes, mas que foram reprovados são os de Saul
e Uzias. Jesus é o único Sumo Sacerdote-Rei que cumpriu as exigências da profecia bíblica do
Salmo 110.4. Por ser de uma ordem superior, a ordem de Melquisedeque, Ele não está sujeito
às exigências do sistema levítico. E por ser Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque
também não está limitado a um tabernáculo terreno. O seu santuário, onde Ele oficiou, é divino,
além de maior e melhor em dois outros aspectos. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25 fev 18)
No verso 1 da leitura bíblica em classe temos: “Um sumo sacerdote tal…” (v.1a) - com esta
expressão, a Palavra de Deus visa mais uma vez enfatizar a singularidade de Cristo como Sumo
Sacerdote, destacando-o e diferenciando-o dos sumo sacerdotes comuns, frágeis, mortais, da
Antiga Aliança. A expressão “tal”, aqui, evidencia a incapacidade das palavras humanas para
descrever a grandeza de Cristo.
“Não obstante estar Cristo assentado à destra de Deus, e tendo concluído sua obra, quando do
seu ministério terreno, Ele é aqui descrito como “ministro do santuário e do verdadeiro
tabernáculo” (v.2). Nos céus, o Mestre amado continua a executar seu ministério ou serviço
divino, como nosso mediador, intercessor, advogado e Sumo Sacerdote perante o Pai, pois
entrou no Santo dos Santos.” (Revista CPAD - 3º Trimestre de 2001 - Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra
das coisas celestes” - Comentarista: Elinaldo Renovato)
Jesus, como Sumo Sacerdote constituído por Deus, no céu, exerce seu trabalho no
verdadeiro tabernáculo, fundado pelo Senhor, e não pelo homem. O antigo tabernáculo, montado
no deserto, deixou de existir.Sua exuberante glória desapareceu. Salomão construiu o majestoso
templo, que substituiu o tabernáculo (2 Cr 7.1,11). Mais tarde, esse templo foi destruído e
substituído por outro, que também desapareceu. Mas o tabernáculo celeste, no qual Cristo está,
é eterno e indestrutível.
No ano 70 d.C, Jerusalém foi arrasada pelo general Tito e desde então, não se tem registros
de sacrifícios de animais como adoração no meio Judeu. Hebreus foi escrito provavelmente antes
ou um pouco depois da destruição do templo, ocorrido em 70 d.C. Em vista do tema do livro, é
improvável que o autor tivesse deixado de mencionar a destruição do templo, no ano 70 d.C., se
esse evento tivesse ocorrido ao tempo da escrita. Uma vez que ele não citou esse evento para
apoiar seus argumentos, podemos aceitar que ainda não tivesse acontecido, e uma data próxima
ao ano 65 d.C. pode ser aceita para a escrita de Hebreus. Assim, o sistema de sacrifícios e o
Templo ainda estavam em pleno funcionamento.
Em Cristo, nós temos mais que um sacerdote, na terra, Jesus foi o “cordeiro de Deus”,
oferecendo-se a si mesmo como holocausto, entregando sua vida em nosso lugar (Jo 10.15,28).
Agora Ele exerce as funções sumo sacerdotais lá no céu: “ministério mais excelente” (1.4), que
o realizado por todos os sacerdotes e sumo sacerdotes terrenos, da Antiga Aliança. “Mediante a
intercessão de Cristo, aqueles que se chegam a Deus (i.e., se chega continuamente a Deus, pois
o particípio no grego está no tempo presente e salienta a ação contínua) pode receber graça
para ser salvo ‘perfeitamente’. A intercessão de Cristo como nosso sumo sacerdote é essencial
para a nossa salvação. Sem ela, e sem sua graça e misericórdia e ajuda que nos são outorgadas
através daquela intercessão, nos afastaríamos de Deus, voltando a ser escravos do pecado e
ao domínio de satanás, e incorrendo em justa condenação. Nossa esperança é aproximar-nos
de Deus por meio de Cristo, pela fé (ver 1 Pe 1.5).” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1907-1909).
Numa aliança, existem três elementos envolvidos. As partes, no mínimo duas, e um mediador.
No Antigo Pacto, vemos Deus de um lado e o povo de Israel de outro. O mediador era o sacerdote
ou o sumo sacerdote. Foi Deus quem propôs e estabeleceu a Antiga Aliança. Os sacerdotes
fizeram seu trabalho, mas fracassaram. Foram mediadores deficientes e falhos. O lado humano,
representado por Israel, arruinou-se apostatando. Mas Deus, por sua infinita misericórdia,
proveu-nos um Novo e melhor Concerto, “confirmado em melhores promessas” (v.6), através de
Cristo. O novo concerto aboliu o antigo (v.7) - “Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível,
nunca se teria buscado lugar para o segundo”. Em Jeremias, lemos: “Mas este é o concerto que
farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a minha lei no seu interior e
a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33). Ver Ez
36.25,26. Isto é muito significativo. No Antigo Pacto, o culto era mais exterior: havia os sacrifícios
de animais, os rituais, a guarda dos sábados, das luas novas, etc. O Novo Concerto trazido por
Cristo, em tudo é superior. A lei de Cristo é colocada no coração do homem. Em lugar de todos
os sacrifícios do Antigo Pacto, Cristo, entregando-se na cruz, efetuou um único e suficiente
sacrifício, expiador e redentor.
“Um indivíduo se tornava parte do povo de Israel pelo nascimento físico e era circuncidado
no oitavo dia como sinal da aliança. Mais tarde, quando o menino tinha idade bastante para
entender, era-lhe ensinada a lei com a esperança de que ele decidisse obedecê-la. A lei de
Moisés foi escrita em tábuas de pedra, mas muitos israelitas não escreveram a lei de Deus em
seus corações. O novo pacto, contudo, é diferente, como Jeremias profetizou. É ensinado às
pessoas primeiro e elas se tornam parte da nação escolhida de Deus somente depois de
aceitarem as condições para se tornarem parte dessa nação (Hebreus 8:11). Elas serão
verdadeiramente o povo de Deus porque sua lei estará escrita em seus corações. Todos na casa
espiritual de Israel (a igreja) conhecem o Senhor porque ninguém pode se tornar parte da nação
eleita sem primeiro conhecer o Senhor! Mas a nova aliança é diferente de outra maneira. O
perdão estaria disponível através do sacrifício de Jesus Cristo (8:12). Não haveria mais
necessidade de sacrifícios anuais no Dia da Expiação como a lei de Moisés exigia (veja Levítico
16). Jesus, o sacrifício perfeito, precisou oferecer a si mesmo somente uma vez. Por que
haveríamos de querer voltar ao velho e imperfeito, quando Deus providenciou um pacto novo e
melhor, com um melhor Sumo Sacerdote?” (Estudo Textual: Hebreus 8:1-13 - Uma Aliança Melhor. Disponível
em: https://www.estudosdabiblia.net/hebreus.htm#Hebreus%208:1-13. Acesso em: 19 fev, 2018)
Os doutores da lei que aparecem várias vezes nos Evangelhos e que nós os julgamos sempre
em contraste com Cristo são pessoas que dedicavam a própria vida a estudar a Lei, isto é a
Sagrada Escritura. Eles sabiam de cor os textos bíblicos. Sendo judeus, o texto sagrado deles
corresponde ao nosso Antigo Testamento e também inclui os pensamentos dos grandes rabinos.
Eram espertos na Palavra de Deus. Ou seja, eram Mestres de coisas relacionadas com a religião.
Os inúmeros debates entre Jesus e eles demonstram as ideias de religião presente em Cristo e
neles. [ABIBLIA.ORG].
Cristo, Sumo Sacerdote dos bens futuros (v.11). Esses “bens futuros” ainda não estão
plenamente ao nosso alcance. A salvação é presente, mas depende de nossa perseverança até
o fim (Mt 10.22; 24.13; cf. Rm 13.11). O reino absoluto de Cristo e a feliz eternidade com Deus
nos aguardam. Os céus nos esperam. A Nova Jerusalém está preparada para os santos do
Senhor.
O conhecimento de Deus é o assunto mais sublime de toda a Bíblia. O conhecimento de Deus
nos aguça em relação ao Supremo e ao mesmo tempo traz grande temor aos nossos corações.
Isso porque o conhecimento é o mais profundo conhecimento que podemos ter. “… porque, em
parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas quando vier o que é perfeito, então, o que é
em parte será aniquilado será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia
como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas
de menino. Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas então, veremos face a face;
agora conheço em parte, mas então, conhecerei como também sou conhecido.” (1Co 13.9-12) -
Jesus é o Mediador de algo superior; no santuário celestial. Ele ministra não apenas as palavras,
mas o Espírito”. A frase na sua mente imprimirei as minhas leis (Hb 8.10b ara) é, em seguida,
amplificada na declaração: E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao
seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até
ao maior (Hb 8.11). No sentido mais imediato, é pela remissão dos pecados e pela inscrição da
Lei divina dentro do coração humano que os crentes conhecem o Pai em experiência pessoal.
Não se trata de mero conhecimento sobre Deus, como aquele que se poderia obter ouvindo a
Lei externa, mas familiaridade com o próprio Deus em Cristo. Existe também um sentido mais
objetivo em que esse texto pode ser interpretado. No Antigo Testamento, a revelação não foi
completa, mas Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras (Hb 1.1); assim, as palavras dos
profetas, de Moisés em diante, deviam ser transmitidas a grupos cada vez maiores. E ainda, a
Lei de Moisés, sendo dada em preceitos e mandamentos, exigia interpretação, levando à
formação dos escribas, que se dedicavam a esta tarefa. Em Jesus Cristo, contudo, a revelação
tornou-se completa. E, mediante o Espírito Santo concedido no Pentecostes, a Palavra de Deus
foi rapidamente anunciada e difundida. Mas esta, transmitida oralmente durante algum tempo,
logo se fixou em um cânone de Escrituras, inspiradas pelo Espírito Santo. A nossa Bíblia, pois,
é a um tempo a Palavra de Deus e um registro dessa Palavra, e por isto tão-somente é que se
torna o fundamento de nossa fé e prática. Por esta Palavra apenas, que não é de interpretação
particular, podemos até julgar os que se levantam para pregar. Neste sentido, então, podemos
dizer que, desde o menor até o maior, desde as crianças até os teólogos e intérpretes, a Palavra
de Deus, em Sua capacidade de salvar, é acessível a todos. [Prof. Luiz Henrique].
A Antiga Aliança implicava mandamentos, estatutos e juízos, os quais não foram observados
pelo povo escolhido. Era um concerto transitório, como indica o escritor: “Porque se aquele
primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo” (v.7). Diante disso,
Jesus trouxe uma Nova Aliança, que se estabeleceu, não em atos exteriores, rituais, mas no
interior do homem, no entendimento e no coração. Por isso, é um melhor concerto. Que o Senhor
nos faça entender esse tema, e que o valorizemos em nossa vida cristã! Nosso relacionamento
não está baseada na lei e nem na obediência a elas, mas na graça de Deus, em Cristo, através
do Espírito Santo que mora em nós.
Uma vez que foi alcançado perdão completo e final, Deus não se lembra mais do pecado (v.
17), e nenhum outro sacrifício se faz necessário. Jamais me lembrarei de seus pecados não
significa propriamente esquecer, mas sim não manter mais o pecado voltado contra nós. O autor
de Hebreus conclui seu argumento com a afirmação categórica de que Cristo nunca mais
recordará nossos pecados. O perdão é completo e definitivo; não é necessário confessar
reiteradamente nossos pecados passados. Como crentes, podemos ter a certeza de que nossos
pecados, os que confessamos e abandonamos, foram perdoados e esquecidos.
CONCLUSÃO
O autor já havia mostrado a superioridade do sacerdócio de Jesus sobre o arônico e levítico
quando o coloca como pertencente à ordem de Melquisedeque. Agora, ele mostra que esse
sumo sacerdote possui um ministério superior porque ministra em um santuário superior e é o
fiador de uma superior aliança. Por pertencerem a essa Nova Aliança, os crentes desfrutam de
promessas superiores. Por isso glorificamos a Deus por essas bênçãos. (LB CPAD, 1º Trim 2018,
Lição 8, 25 fev 18)
“...Ele é poderoso para salvar definitivamente aqueles que, por intermédio dele achegam-se
a Deus, pois vive sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2018
PARA REFLETIR