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21 de fevereiro de 2018

Lição 8: Uma Aliança Superior

O Material de apoio gratuito aos professores e alunos de escola dominical


Plano de aula preparado por Francisco Barbosa. Pode ser baixado e usado como desejar.
- Estamos mudando para nos adaptar às normas da ABNT -

Lição 8
25 de Fevereiro de 2018
Uma Aliança Superior
Texto Áureo Verdade Prática
"Porque este é o concerto que, depois
daqueles dias, farei com a casa de Israel,
A Nova Aliança em tudo é superior à Antiga
diz o Senhor: porei as minhas leis no seu
porque se fundamenta em promessas
entendimento e em seu coração as
superiores.
escreverei; e eu lhes serei por Deus, e
eles me serão por povo." (Hb 8.10)

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


Hebreus 8.1-10
Almeida Corrigida e
Nova Versão Internacional King James Atualizada
Revisada Fiel

O mais importante do que Ora, o mais importante de


1 ORA, a suma do que temos
estamos tratando é que tudo o que temos afirmado é
dito é que temos um sumo
temos um sumo sacerdote que, sim, temos um Sumo
sacerdote tal, que está
como esse, o qual se Sacerdote, o qual se
assentado nos céus à destra
assentou à direita do trono da assentou à direita do trono da
do trono da majestade,
Majestade nos céus Majestade nos céus,
2 Ministro do santuário, e do e serve no santuário, no como ministro do santuário e
verdadeiro tabernáculo, o verdadeiro tabernáculo que o do verdadeiro tabernáculo
qual o Senhor fundou, e não Senhor erigiu, e não o que o Senhor ergueu, não
o homem. homem. como ser humano.
3 Porque todo o sumo Todo sumo sacerdote é Pois todo sumo sacerdote é
sacerdote é constituído para constituído para apresentar constituído para apresentar
oferecer dons e sacrifícios; ofertas e sacrifícios, e por ofertas e sacrifícios; por essa
por isso era necessário que isso era necessário que razão, era imprescindível que
este também tivesse alguma também este tivesse algo a este Sumo Sacerdote fizesse
coisa que oferecer. oferecer. a sua oferta pessoal.
Entretanto, se Ele estivesse
4 Ora, se ele estivesse na Se ele estivesse na terra, na terra, nem seria
terra, nem tampouco nem seria sumo sacerdote, considerado sumo sacerdote,
sacerdote seria, havendo visto que já existem aqueles tendo em vista que já foram
ainda sacerdotes que que apresentam as ofertas constituídos aqueles que
oferecem dons segundo a lei, prescritas pela lei. apresentam as ofertas
prescritas pela Lei.
5 Os quais servem de Eles servem num santuário Esses servem num santuário
exemplo e sombra das coisas que é cópia e sombra daquele que é representação e
celestiais, como Moisés que está nos céus, já que sombra daquele que está nos
divinamente foi avisado, Moisés foi avisado quando céus, já que Moisés foi
estando já para acabar o estava para construir o avisado quando estava para
tabernáculo; porque foi dito: tabernáculo: "Tenha o construir o tabernáculo:
Olha, faze tudo conforme o cuidado de fazer tudo “Observai tudo com cautela,
modelo que no monte se te segundo o modelo que lhe foi para que façais todas as
mostrou. mostrado no monte". coisas de acordo com o
modelo que vos foi revelado
no monte”.
Contudo, agora, Jesus
Agora, porém, o ministério recebeu um ministério ainda
6 Mas agora alcançou ele
que Jesus recebeu é superior mais excelente que o dos
ministério tanto mais
ao deles, assim como sacerdotes, assim como
excelente, quanto é mediador
também a aliança da qual ele também a aliança da qual Ele
de uma melhor aliança que
é mediador é superior à é o mediador; aliança muito
está confirmada em melhores
antiga, sendo baseada em superior à antiga, pois que é
promessas.
promessas superiores. fundamentada em
promessas excelsas.
Ora, se aquela primeira
7 Porque, se aquela primeira Pois se aquela primeira
aliança não tivesse
fora irrepreensível, nunca se aliança fosse perfeita, não
imperfeições, não seria
teria buscado lugar para a seria necessário procurar
necessário buscar lugar para
segunda. lugar para outra.
a segunda.
Deus, porém, achou o povo Porquanto Ele declara,
8 Porque, repreendendo-os,
em falta e disse: "Estão repreendendo o povo por
lhes diz: Eis que virão dias,
chegando os dias, declara o suas faltas: “Dias virão, diz o
diz o Senhor, Em que com a
Senhor, quando farei uma Senhor, em que
casa de Israel e com a casa
nova aliança com a estabelecerei com a casa de
de Judá estabelecerei uma
comunidade de Israel e com a Israel e com a casa de Judá
nova aliança,
comunidade de Judá. uma nova aliança.
Não conforme a aliança que
9 Não segundo a aliança que
Não será como a aliança que fiz com seus antepassados,
fiz com seus pais No dia em
fiz com os seus antepassados no dia em que os tomei pela
que os tomei pela mão, para
quando os tomei pela mão mão, para os conduzir até
os tirar da terra do Egito;
para tirá-los do Egito; visto fora da terra do Egito; pois
Como não permaneceram
que eles não permaneceram eles não continuaram na
naquela minha aliança, Eu
fiéis à minha aliança, eu me minha aliança, e Eu me
para eles não atentei, diz o
afastei deles", diz o Senhor. afastei deles”, assevera o
Senhor.
Senhor!
10 Porque esta é a aliança
"Esta é a aliança que farei “Esta é a aliança que farei
que depois daqueles dias
com a comunidade de Israel com a casa de Israel,
Farei com a casa de Israel,
depois daqueles dias", passados aqueles dias”,
diz o Senhor; Porei as minhas
declara o Senhor. "Porei garante o Senhor. “Gravarei
leis no seu entendimento, E
minhas leis em suas mentes as minhas leis na sua mente
em seu coração as
e as escreverei em seus e as escreverei em seu
escreverei; E eu lhes serei
corações. Serei o Deus deles, coração. Eu lhes serei Deus,
por Deus, E eles me serão
e eles serão o meu povo. e eles serão o meu povo,
por povo.

Comentário
INTRODUÇÃO
O capítulo oito da Carta aos Hebreus apresenta uma aliança superior; um santuário superior
e também um sumo sacerdote, Cristo Jesus, com um ministério igualmente superior. O antigo
santuário terreno, com seu complexo sistema de ritos, dera lugar a um novo santuário, o celestial,
onde o próprio Jesus oficia como Sumo Sacerdote. Mas Ele não é apenas um Sumo Sacerdote,
Ele é o sumo sacerdote-rei, que está sentado à destra do Pai para interceder pelo seu povo. A
Nova Aliança tornou obsoleta a Antiga por ser de natureza espiritual, interior e de se firmar em
superiores promessas. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25 fev 18)

O trabalho do sacerdote era fazer as oferendas e sacrifícios no santuário (8.3). Como nosso
Sumo Sacerdote celestial, Jesus também serve num santuário, mas este é um santuário que não
foi feito por mãos humanas, como o foi o tabernáculo. Jesus é, não somente superior aos profetas
do Velho Testamento, aos anjos, a Moisés e a Aarão, mas é também um melhor sumo sacerdote,
que ministra num santuário melhor. Ele é o mediador de uma aliança melhor estabelecido sobre
melhores promessas (8.2,6). Matthew Henry comenta:
“A substância ou resumo do declarado era que os cristãos tinham um Sumo Sacerdote como
o que necessitavam. Assumiu a natureza humana, se manifestou na terra e ali se deu como
sacrifício a Deus pelos pecados de seu povo. não nos atrevamos a aproximar-nos a Deus, ou
apresentar-lhe nada, senão em Cristo e através dEle, dependendo de seus méritos e mediação,
porque somos aceitos somente no Amado. Em toda obediência e adoração devemos manter-
nos perto da Palavra de Deus, que é a norma única e perfeita. Cristo é a substância e a finalidade
da lei da justiça. Mas a aliança aqui aludida foi feita com Israel como nação, assegurando-lhes
os benefícios temporais. As promessas de todas as bênçãos espirituais e da vida eterna,
reveladas no evangelho, e garantidas por meio de Cristo, são de valor infinitamente maior.
Abençoemos a Deus porque temos um Sumo Sacerdote idôneo para nossa indefensa
condição.”. (Comentários Bíblicos. Disponível em: https://bibliacomentada.com.br/biblia/mobile/hebreus-capitulo-8-versiculo-6-comentado-por-
versiculo.html. Acesso em 19 fev, 2018)

Não obstante estar Cristo assentado à destra de Deus, e tendo concluído sua obra, quando
do seu ministério terreno, Ele é aqui descrito como “ministro do santuário e do verdadeiro
tabernáculo” (v.2). Nos céus, o Mestre amado continua a executar seu ministério ou serviço
divino, como nosso mediador, intercessor, advogado e Sumo Sacerdote perante o Pai, pois
entrou no santo dos Santos. Abrindo um pouco o véu da eternidade, a Bíblia revela-nos algo
sobre o trabalho de Cristo nos céus. De lá, Ele controla todas as coisas, tanto as que estão nos
céus, quanto as que estão na terra, no universo, enfim. Ele está assentado “à destra da
majestade”, “sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder” (1.3). É muita coisa! Em
relação a nós, diz a Bíblia, que “ele está à direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm
8.34b). [Prof. Luiz Henrique])Vamos pensar maduramente a fé cristã?

TÓPICO l - UM SANTUÁRIO SUPERIOR

1. Pertencente a uma dimensão superior. Tanto o judaísmo como o cristianismo estavam


familiarizados com a figura do tabernáculo de Moisés. No livro do Êxodo constam as instruções
dadas por Deus a Moisés para a construção do Santuário (Êx 25.1-9). As recomendações dadas
a Moisés, conforme expõe o registro sagrado, eram destinadas a construção de um santuário,
onde Deus habitaria com eles (Êx 25.8). Essa era, portanto, a finalidade terrena do tabernáculo
móvel e era nesse tabernáculo que tanto os sacerdotes como o sumo sacerdote exerciam seus
ministérios. Todavia, foi no santuário celestial que Cristo entrou para oficiar, como Sumo
Sacerdote, em nosso favor. Para o escritor aos Hebreus, esse tabernáculo é o próprio céu que
é chamado de "verdadeiro Tabernáculo" por pertencer à dimensão celestial. (LB CPAD, 1º Trim
2018, Lição 8, 25 fev 18)

Hebreus 8.5 fala-nos de figuras e das sombras das coisas celestiais. Foi dito por Deus a
Moisés (Ex 25.8) que construísse um santuário, sendo-lhe revelado inclusive seu modelo no
monte Sinai (Ex 24.18). Tudo foi feito como o Senhor Deus ordenara a Moisés (Ex 39 e 40). Seus
construtores, Bezaleel e Aoleabe o fizeram em detalhes, minuciosamente (Ex 31.1-6). O
Tabernáculo seria algo que homem algum jamais teria imaginado. Foi construído para que as
verdades fundamentais no Novo Testamento fossem compreendidas. Cada detalhe e objeto
falava da obra redentora de Jesus Cristo.

“O tabernáculo é a morada de Deus. Sendo Ministro, Jesus Cristo nos leva à própria presença
de Deus, onde temos plena comunhão com Ele. Por ser de uma superior aliança, Cristo nos
prepara e equipa para entrarmos e morarmos no Lugar Santíssimo. Aleluia!.” (Revista CPAD - 3º Trimestre
de 2001 - Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes” - Comentarista: Elinaldo Renovato)

É importante que se diga que o Tabernáculo não foi uma ideia de Moisés; este recebeu do
próprio Deus a ordem para erguê-lo – instruções sobre planta e objetos para culto, e Moisés fez
conforme toda ordem divina, ordem esta recebida no Sinai. O modelo dado a Moisés deveria
seguir exatamente todos os detalhes do projeto a ele revelado. Assim, compreendemos qual a
finalidade de Deus abrir o coração dos egípcios a fim de que abençoassem os hebreus quando
saíram do Egito, o Tabernáculo seria construído com os recursos vindos desta providência divina.
“Pelo tabernáculo são vistas “as figuras das coisas que estão no céu” (Hebreus 9.23, 24). A
morada divina, onde Cristo entrou, “para comparecer por nós perante a face de Deus” (v. 24) foi
representada pelo “santuário feito por mãos”, ou seja, o tabernáculo (v. 24, “figura do
verdadeiro”). Pela exatidão da figura do tabernáculo do Velho Testamento representar o céu, a
verdadeira morada de Deus no céu é chamada “o templo do tabernáculo do testemunho”
(Apocalipse 15.5). Como o povo de Deus entrava no tabernáculo, assim, hoje, podemos entrar
no céu.” (Cap 12 - O Tabernáculo. Disponível em:http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/tabernaculo/cap12.html. Acesso em: 19
fev, 2018)

2. Possuidor de uma natureza superior. O santuário terreno, mesmo tendo sido construído
com objetos e metais preciosos, não era o verdadeiro tabernáculo, mas apenas um modelo do
verdadeiro. Na verdade, o tabernáculo terreno era um tipo que aponta para o santuário celestial:
"Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou" (Hb 8.5). Ele era o lado visível
de uma realidade invisível. Invisível, mas real! O santuário terreno era por natureza temporal,
figura do verdadeiro santuário, que é espiritual e eterno. Foi nesse santuário que Jesus se tornou
"ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo" (Hb 8.2). (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8,
25 fev 18)

O tabernáculo representa como Deus se relaciona conosco:


“É útil estudar sobre o tabernáculo para aprender mais da pessoa de Cristo. O espírito da profecia
é Cristo (Apocalipse 19.10, “E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha
não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus. Adora a
Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia.”; I Pedro 1.10,11). O nosso
conhecimento de Cristo não é danificado pelo estudo do Velho Testamento, mas é instruído e
fortalecido pelo estudo do Velho Testamento. Por isso convém estudar o que diz a Bíblia sobre
o tabernáculo.” (Cap 12 - O Tabernáculo. Disponível em: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/tabernaculo/cap12.html.
Acesso em: 19 fev, 2018)

O tabernáculo representa o céu claramente. Em Hebreus ficamos sabendo que Deus


estabeleceu o tabernáculo comoi um padrão Deus para “servir de exemplo e sombra das coisas
celestiais” (8.5), “uma alegoria para o tempo presente” (9.9). O Plano dda Salvação está
exemplificado pelo tabernáculo. Nele nós vemos explícita a necessidade de um Mediador e de
um Sacrifício Aceitável. Todas as alegorias encontradas ali apontam e cumprem-se em Cristo,
como Ele mesmo declarou, ninguém entra no céu senão pelo sacerdócio de Cristo oferecendo o
Seu próprio sangue diante de Deus. Cristo é tanto o Sacerdote escolhido por Deus para ministrar
diante do Seu trono quanto é o Cordeiro que ofereceu o Seu próprio sangue. Como diz o autor
de Hebreus, Cristo, o Sacerdote “está assentado nos céus à destra do trono da majestade” (Hb
8.1-5; 9.1-9).

3. Possuidor de uma importância superior. É possível vermos a relevância do tabernáculo


celeste quando o contrastamos com o terrestre. Certo autor destaca três grandes importâncias
do tabernáculo terrestre. Primeiramente o tabernáculo propiciava as condições necessárias para
manter comunhão no relacionamento com Deus. No tabernáculo celestial essa condição é
plenamente satisfeita. Em segundo lugar, o tabernáculo era a garantia da presença divina no
meio do seu povo. Esse fato faz com que o tabernáculo se conforme em cada detalhe ao seu
caráter divino, isto é, unidade e santidade. Deus requer um santuário; o Deus santo exige um
povo santo (Lv 19.2). No tabernáculo celeste, habita a plenitude da divindade. Em terceiro lugar,
o tabernáculo revelava a perfeição e a harmonia do caráter do Senhor vistas na sua arquitetura,
tais como as gradações em metais e materiais, os graus de santidade exibidos no átrio, o lugar
santo e o santo dos santos. Mas tudo isso era apenas "sombra" da perfeição e harmonia do
tabernáculo celeste. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25 fev 18)

Ao estudarmos as Escrituras notamos que a graça de Deus sempre existiu, contudo, sua
revelação se deu de forma gradativa. O autor de Hebreus nos ensina que no Antigo Testamento
a graça de Deus é manifesta através de enigmas, símbolos, cerimônias e profecias (Hb 1.1;
10.1). Desse fato entendemos que o Plano de Salvação sempre esteve exposto desde o começo
do mundo.
“No livro de Apocalipse, cena após cena, no céu, revela as coisas tipificadas no tabernáculo
terreno confirmando ainda que o tabernáculo figurava as coisas no céu. Pelo livro achamos “sete
castiçais de ouro” representado as sete igrejas da Ásia (1. 12); “sete lâmpadas de fogo” que
representam “os sete espíritos de Deus” (4.5); “o altar” representando o trono de Deus (6. 9); “um
incensário de ouro” que representa “as orações de todos os santos” (8. 3); “o templo de Deus e
a arca da Sua aliança” representando a Sua majestosa presença (11. 19). Conhecer fatos sobre
o tabernáculo nos ensina do céu. Crer Naquele que o tabernáculo figura, nos dá entrada no
céu.”. (Cap 12 - O Tabernáculo. Disponível em: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/calvin_d/tabernaculo/cap12.html. Acesso em: 19 fev,
2018)

“Antes de considerar detalhadamente a obra sacerdotal de Cristo (cap. 9;10.1-18), o autor


apresenta um panorama geral, quanto à natureza, da relação entre o novo santuário (8.1-6) e a
Nova Aliança (8.7-13).
1. O novo santuário:- O autor inicia o argumento dizendo: “Quanto ao assunto em discussão,
este ponto é principal (a essência do que temos dito) porque agora possuímos um Sumo
Sacerdote, e Ele já está exercendo a obra sacerdotal condigna à sua posição no santuário
celeste”. Este santuário foi divinamente estabelecido sobre o trono da majestade nas alturas
(vv.1,2). A obra de Cristo como Sumo Sacerdote, nas regiões celestiais, de maneira nenhuma
poderia cumprir-se na terra, pois no tempo que foi escrita a epístola ainda havia uma ordem
sacerdotal (ultrapassada, contudo ainda funcionando) estabelecida pela lei mosaica. Uma vez
que Cristo não pertencia à tribo de Levi (7.13,14), naturalmente não podia atuar com eles (vv.5,6).
2. A nova aliança:- O sistema levítico baseava-se numa aliança que até os profetas
reconheceram imperfeita e transitória, pois falavam do propósito divino de estabelecer uma nova.
Se a primeira fosse perfeita, não haveria procura por uma segunda aliança (v.7). Daí entendemos
que havia no coração do povo santo que viveu no Antigo Testamento um senso de satisfação.
Procuravam algo superior. E essa aliança melhor já fora prometida, como provam as Escrituras
(Jr 31.31-34; Ez 36.25-29; vv. 8-12). (Comentário Bíblico - Hebreus, CPAD, págs.145-147.)

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TÓPICO II - UM MINISTÉRIO SUPERIOR

1. No aspecto posicional. O autor mostra através de seus argumentos que Jesus, de fato,
deve ser visto como verdadeiro sumo sacerdote-rei. Já foi destacado em lições anteriores que
no Antigo Pacto nenhum rei exerceu de forma legítima a função de rei-sacerdote. Dois exemplos
bíblicos de reis que tentaram atuar como sacerdotes, mas que foram reprovados são os de Saul
e Uzias. Jesus é o único Sumo Sacerdote-Rei que cumpriu as exigências da profecia bíblica do
Salmo 110.4. Por ser de uma ordem superior, a ordem de Melquisedeque, Ele não está sujeito
às exigências do sistema levítico. E por ser Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque
também não está limitado a um tabernáculo terreno. O seu santuário, onde Ele oficiou, é divino,
além de maior e melhor em dois outros aspectos. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25 fev 18)

No verso 1 da leitura bíblica em classe temos: “Um sumo sacerdote tal…” (v.1a) - com esta
expressão, a Palavra de Deus visa mais uma vez enfatizar a singularidade de Cristo como Sumo
Sacerdote, destacando-o e diferenciando-o dos sumo sacerdotes comuns, frágeis, mortais, da
Antiga Aliança. A expressão “tal”, aqui, evidencia a incapacidade das palavras humanas para
descrever a grandeza de Cristo.
“Não obstante estar Cristo assentado à destra de Deus, e tendo concluído sua obra, quando do
seu ministério terreno, Ele é aqui descrito como “ministro do santuário e do verdadeiro
tabernáculo” (v.2). Nos céus, o Mestre amado continua a executar seu ministério ou serviço
divino, como nosso mediador, intercessor, advogado e Sumo Sacerdote perante o Pai, pois
entrou no Santo dos Santos.” (Revista CPAD - 3º Trimestre de 2001 - Título: Hebreus — “... os quais ministram em figura e sombra
das coisas celestes” - Comentarista: Elinaldo Renovato)

Jesus, como Sumo Sacerdote constituído por Deus, no céu, exerce seu trabalho no
verdadeiro tabernáculo, fundado pelo Senhor, e não pelo homem. O antigo tabernáculo, montado
no deserto, deixou de existir.Sua exuberante glória desapareceu. Salomão construiu o majestoso
templo, que substituiu o tabernáculo (2 Cr 7.1,11). Mais tarde, esse templo foi destruído e
substituído por outro, que também desapareceu. Mas o tabernáculo celeste, no qual Cristo está,
é eterno e indestrutível.

2. No aspecto funcional. No Antigo Pacto, os sacerdotes adentravam no tabernáculo para


oferecer suas ofertas e sacrifícios muitas vezes, e o sumo sacerdote uma vez no ano (Hb 8.3).
Cristo, à semelhança do sistema sacerdotal arônico, também deveria ter oferta para oferecer.
Contudo, há duas coisas que diferenciam o sacerdócio de Cristo com o do Antigo Pacto: Ele
mesmo se deu em sacrifício (1Co 5.7) e este, ao contrário do sacrifício levítico, não mais se
repete, foi efetuado de uma vez por todas. Cristo, portanto, não está mais oferecendo sacrifício
no céu de forma repetida como fazia os sacerdotes levitas. Agora, Ele intercede por todos os que
o invocam. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25 fev 18)
Jesus Cristo e o verdadeiro tabernáculo (8.2), são as realidades invisíveis prefiguradas pelos
sacerdotes e o santuário físico do Antigo Testamento; a ‘Segunda Aliança’ (V. 7) é a realidade
prefigurada pelo antigo. Jesus trouxe-nos perfeita salvação. No modelo arônico, diversos
sacerdotes sucederam-se constantemente, visto que “pela morte foram impedidos de
permanecer”. Estes sacerdotes apenas intercediam pelos homens a Deus, mas não
os salvavam. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, não só “vive sempre para interceder” por nós,
como nos assegurou uma perfeita salvação por seu intermédio (Rm 8.34; Jo 5.24).
“DIFERENÇA FUNDAMENTAL ENTRE CRISTO E ARÃO
1. Jesus , sacerdote perfeito. A Lei previa a possibilidade de erro ou pecado por parte dos
sacerdotes (v.3; Lv 4.3). O próprio sumo sacerdote Arão tinha a orientação de DEUS para
oferecer sacrifícios não só pelo povo (Lv 16.15 ss.), mas por si próprio (Lv 16.11-14). Enquanto
o sumo sacerdote do Antigo Testamento estava sujeito a pecar, Jesus nunca pecou. Ele é
perfeito. Satisfez todas as condições para o perfeito sacerdócio. Foi ungido como Rei, como Filho
(Sl 2.6,7); e Sacerdote Eterno (Sl 110.4); foi enviado por Deus (Jo 5.30); veio em nome do Pai
(Jo 5.43). Jesus não se glorificou a si mesmo para fazer-se sumo sacerdote (v.6). Diante de
todas essas qualificações, o Mestre nunca ofereceu sacrifícios por si próprio. Ele deu-se a si
mesmo por nossos pecados (Gl 1.4).
2. Sacerdote eterno (v.6). O escritor aos hebreus faz referência a dois textos bíblicos no livro
de Salmos para demonstrar o caráter especial do sacerdócio de Cristo: um sacerdócio que não
tem fim: “Tu és meu filho; hoje te gerei” (Sl 2.7); e “Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem
de Melquisedeque” (Sl 110.4).”. (Ev Luiz Henrique, Lição 7 – O Sacerdócio Eterno de Cristo. Disponível em:
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao7-jc-osacerdocioeternodecristo.htm. Acesso em 5 fev, 2018).

3. No aspecto cultual. O autor escreve a partir da perspectiva de que o culto levítico


continuava em pleno funcionamento. Havia ainda nos seus dias sacerdotes que ofereciam
sacrifícios e ofertas de acordo com a lei (Hb 8.4). A atividade sacerdotal juntamente com as
demais funções exercidas pelos sacerdotes estava estritamente relacionada ao culto. Nesse
aspecto, o sacerdócio de Cristo era superior porque sua atividade cultual era em tudo superior,
visto se realizar no santuário celestial. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25 fev 18)

No ano 70 d.C, Jerusalém foi arrasada pelo general Tito e desde então, não se tem registros
de sacrifícios de animais como adoração no meio Judeu. Hebreus foi escrito provavelmente antes
ou um pouco depois da destruição do templo, ocorrido em 70 d.C. Em vista do tema do livro, é
improvável que o autor tivesse deixado de mencionar a destruição do templo, no ano 70 d.C., se
esse evento tivesse ocorrido ao tempo da escrita. Uma vez que ele não citou esse evento para
apoiar seus argumentos, podemos aceitar que ainda não tivesse acontecido, e uma data próxima
ao ano 65 d.C. pode ser aceita para a escrita de Hebreus. Assim, o sistema de sacrifícios e o
Templo ainda estavam em pleno funcionamento.
Em Cristo, nós temos mais que um sacerdote, na terra, Jesus foi o “cordeiro de Deus”,
oferecendo-se a si mesmo como holocausto, entregando sua vida em nosso lugar (Jo 10.15,28).
Agora Ele exerce as funções sumo sacerdotais lá no céu: “ministério mais excelente” (1.4), que
o realizado por todos os sacerdotes e sumo sacerdotes terrenos, da Antiga Aliança. “Mediante a
intercessão de Cristo, aqueles que se chegam a Deus (i.e., se chega continuamente a Deus, pois
o particípio no grego está no tempo presente e salienta a ação contínua) pode receber graça
para ser salvo ‘perfeitamente’. A intercessão de Cristo como nosso sumo sacerdote é essencial
para a nossa salvação. Sem ela, e sem sua graça e misericórdia e ajuda que nos são outorgadas
através daquela intercessão, nos afastaríamos de Deus, voltando a ser escravos do pecado e
ao domínio de satanás, e incorrendo em justa condenação. Nossa esperança é aproximar-nos
de Deus por meio de Cristo, pela fé (ver 1 Pe 1.5).” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, págs. 1907-1909).

TÓPICO III - UMA PROMESSA SUPERIOR


1. De natureza interior e espiritual. Debaixo da Antiga Aliança, Deus havia chamado os
israelitas para ser o seu povo (Êx 19-5,6). Essa Aliança fora escrita em tábuas de pedras,
revelando assim o seu lado exterior. Nesse aspecto, a lei agia de fora para dentro (Hb 8.9). Tendo
o povo de Deus falhado em cumprir as exigências legais da Antiga Aliança, Deus prometeu fazer
uma Nova. Nessa Nova Aliança, a lei divina não mais seria escrita em tábuas de pedras, mas
sim no coração. Não mais do lado de fora, mas do lado de dentro (Hb 8.10). (LB CPAD, 1º Trim
2018, Lição 8, 25 fev 18)

Numa aliança, existem três elementos envolvidos. As partes, no mínimo duas, e um mediador.
No Antigo Pacto, vemos Deus de um lado e o povo de Israel de outro. O mediador era o sacerdote
ou o sumo sacerdote. Foi Deus quem propôs e estabeleceu a Antiga Aliança. Os sacerdotes
fizeram seu trabalho, mas fracassaram. Foram mediadores deficientes e falhos. O lado humano,
representado por Israel, arruinou-se apostatando. Mas Deus, por sua infinita misericórdia,
proveu-nos um Novo e melhor Concerto, “confirmado em melhores promessas” (v.6), através de
Cristo. O novo concerto aboliu o antigo (v.7) - “Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível,
nunca se teria buscado lugar para o segundo”. Em Jeremias, lemos: “Mas este é o concerto que
farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a minha lei no seu interior e
a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33). Ver Ez
36.25,26. Isto é muito significativo. No Antigo Pacto, o culto era mais exterior: havia os sacrifícios
de animais, os rituais, a guarda dos sábados, das luas novas, etc. O Novo Concerto trazido por
Cristo, em tudo é superior. A lei de Cristo é colocada no coração do homem. Em lugar de todos
os sacrifícios do Antigo Pacto, Cristo, entregando-se na cruz, efetuou um único e suficiente
sacrifício, expiador e redentor.
“Um indivíduo se tornava parte do povo de Israel pelo nascimento físico e era circuncidado
no oitavo dia como sinal da aliança. Mais tarde, quando o menino tinha idade bastante para
entender, era-lhe ensinada a lei com a esperança de que ele decidisse obedecê-la. A lei de
Moisés foi escrita em tábuas de pedra, mas muitos israelitas não escreveram a lei de Deus em
seus corações. O novo pacto, contudo, é diferente, como Jeremias profetizou. É ensinado às
pessoas primeiro e elas se tornam parte da nação escolhida de Deus somente depois de
aceitarem as condições para se tornarem parte dessa nação (Hebreus 8:11). Elas serão
verdadeiramente o povo de Deus porque sua lei estará escrita em seus corações. Todos na casa
espiritual de Israel (a igreja) conhecem o Senhor porque ninguém pode se tornar parte da nação
eleita sem primeiro conhecer o Senhor! Mas a nova aliança é diferente de outra maneira. O
perdão estaria disponível através do sacrifício de Jesus Cristo (8:12). Não haveria mais
necessidade de sacrifícios anuais no Dia da Expiação como a lei de Moisés exigia (veja Levítico
16). Jesus, o sacrifício perfeito, precisou oferecer a si mesmo somente uma vez. Por que
haveríamos de querer voltar ao velho e imperfeito, quando Deus providenciou um pacto novo e
melhor, com um melhor Sumo Sacerdote?” (Estudo Textual: Hebreus 8:1-13 - Uma Aliança Melhor. Disponível
em: https://www.estudosdabiblia.net/hebreus.htm#Hebreus%208:1-13. Acesso em: 19 fev, 2018)

2. De natureza individual e universal. A Antiga Aliança é contrastada com a Nova também


quanto ao seu alcance. Na Antiga Aliança, nem todos conheciam ao Senhor, o que estava
reservado somente ao sacerdote, ao escriba e àqueles que se especializavam em minúcias da
Lei. Nos dias de Jesus, era comum encontrar os "mestres da lei" que frequentemente eram
consultados sobre os detalhes da Tora. Todavia, na Nova Aliança o Senhor prometeu que "todos
me conhecerão" (Hb 8.11). Na Nova Aliança o conhecimento do Senhor está à disposição de
todos os crentes e não apenas de uma classe privilegiada. (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25
fev 18)

Os doutores da lei que aparecem várias vezes nos Evangelhos e que nós os julgamos sempre
em contraste com Cristo são pessoas que dedicavam a própria vida a estudar a Lei, isto é a
Sagrada Escritura. Eles sabiam de cor os textos bíblicos. Sendo judeus, o texto sagrado deles
corresponde ao nosso Antigo Testamento e também inclui os pensamentos dos grandes rabinos.
Eram espertos na Palavra de Deus. Ou seja, eram Mestres de coisas relacionadas com a religião.
Os inúmeros debates entre Jesus e eles demonstram as ideias de religião presente em Cristo e
neles. [ABIBLIA.ORG].
Cristo, Sumo Sacerdote dos bens futuros (v.11). Esses “bens futuros” ainda não estão
plenamente ao nosso alcance. A salvação é presente, mas depende de nossa perseverança até
o fim (Mt 10.22; 24.13; cf. Rm 13.11). O reino absoluto de Cristo e a feliz eternidade com Deus
nos aguardam. Os céus nos esperam. A Nova Jerusalém está preparada para os santos do
Senhor.
O conhecimento de Deus é o assunto mais sublime de toda a Bíblia. O conhecimento de Deus
nos aguça em relação ao Supremo e ao mesmo tempo traz grande temor aos nossos corações.
Isso porque o conhecimento é o mais profundo conhecimento que podemos ter. “… porque, em
parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Mas quando vier o que é perfeito, então, o que é
em parte será aniquilado será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia
como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas
de menino. Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas então, veremos face a face;
agora conheço em parte, mas então, conhecerei como também sou conhecido.” (1Co 13.9-12) -
Jesus é o Mediador de algo superior; no santuário celestial. Ele ministra não apenas as palavras,
mas o Espírito”. A frase na sua mente imprimirei as minhas leis (Hb 8.10b ara) é, em seguida,
amplificada na declaração: E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao
seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até
ao maior (Hb 8.11). No sentido mais imediato, é pela remissão dos pecados e pela inscrição da
Lei divina dentro do coração humano que os crentes conhecem o Pai em experiência pessoal.
Não se trata de mero conhecimento sobre Deus, como aquele que se poderia obter ouvindo a
Lei externa, mas familiaridade com o próprio Deus em Cristo. Existe também um sentido mais
objetivo em que esse texto pode ser interpretado. No Antigo Testamento, a revelação não foi
completa, mas Deus falou muitas vezes e de muitas maneiras (Hb 1.1); assim, as palavras dos
profetas, de Moisés em diante, deviam ser transmitidas a grupos cada vez maiores. E ainda, a
Lei de Moisés, sendo dada em preceitos e mandamentos, exigia interpretação, levando à
formação dos escribas, que se dedicavam a esta tarefa. Em Jesus Cristo, contudo, a revelação
tornou-se completa. E, mediante o Espírito Santo concedido no Pentecostes, a Palavra de Deus
foi rapidamente anunciada e difundida. Mas esta, transmitida oralmente durante algum tempo,
logo se fixou em um cânone de Escrituras, inspiradas pelo Espírito Santo. A nossa Bíblia, pois,
é a um tempo a Palavra de Deus e um registro dessa Palavra, e por isto tão-somente é que se
torna o fundamento de nossa fé e prática. Por esta Palavra apenas, que não é de interpretação
particular, podemos até julgar os que se levantam para pregar. Neste sentido, então, podemos
dizer que, desde o menor até o maior, desde as crianças até os teólogos e intérpretes, a Palavra
de Deus, em Sua capacidade de salvar, é acessível a todos. [Prof. Luiz Henrique].

3. De natureza relacional. O aspecto relacional é posto em evidência na citação deste


versículo: "Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de
suas prevaricações não me lembrarei mais" (v.12). A Nova Aliança é um concerto de
misericórdia, graça e perdão. Certo autor destaca que o antigo sistema separava a religião da
vida. O homem podia ser reto cerimonialmente e perverso no coração, ou reto no coração e
incorreto cerimonialmente. Na Nova Aliança, em vez de uma "recordação de pecados todos os
anos" (Hb 10.3 -ARA), como na Antiga Aliança, Deus não mais se lembra dos pecados de seu
povo (Hb 10.17). (LB CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25 fev 18)

A Antiga Aliança implicava mandamentos, estatutos e juízos, os quais não foram observados
pelo povo escolhido. Era um concerto transitório, como indica o escritor: “Porque se aquele
primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo” (v.7). Diante disso,
Jesus trouxe uma Nova Aliança, que se estabeleceu, não em atos exteriores, rituais, mas no
interior do homem, no entendimento e no coração. Por isso, é um melhor concerto. Que o Senhor
nos faça entender esse tema, e que o valorizemos em nossa vida cristã! Nosso relacionamento
não está baseada na lei e nem na obediência a elas, mas na graça de Deus, em Cristo, através
do Espírito Santo que mora em nós.
Uma vez que foi alcançado perdão completo e final, Deus não se lembra mais do pecado (v.
17), e nenhum outro sacrifício se faz necessário. Jamais me lembrarei de seus pecados não
significa propriamente esquecer, mas sim não manter mais o pecado voltado contra nós. O autor
de Hebreus conclui seu argumento com a afirmação categórica de que Cristo nunca mais
recordará nossos pecados. O perdão é completo e definitivo; não é necessário confessar
reiteradamente nossos pecados passados. Como crentes, podemos ter a certeza de que nossos
pecados, os que confessamos e abandonamos, foram perdoados e esquecidos.

CONCLUSÃO
O autor já havia mostrado a superioridade do sacerdócio de Jesus sobre o arônico e levítico
quando o coloca como pertencente à ordem de Melquisedeque. Agora, ele mostra que esse
sumo sacerdote possui um ministério superior porque ministra em um santuário superior e é o
fiador de uma superior aliança. Por pertencerem a essa Nova Aliança, os crentes desfrutam de
promessas superiores. Por isso glorificamos a Deus por essas bênçãos. (LB CPAD, 1º Trim 2018,
Lição 8, 25 fev 18)

O tabernáculo terrestre era apenas uma sombra da realidade. O autor de Hebreus dá a


entender que a primeira aliança não estava sem efeito, não era a lei que estava defeituosa, mas
somente que a experiência do homem sob a lei era defeituosa. Se, na realidade, a lei tivesse
sido a resposta à necessidade do homem, não teria havido necessidade alguma de uma nova
aliança. Esta declaração é o sinal para o autor citar uma passagem extensiva de Jeremias a fim
de explicar sua abordagem à nova aliança. Jesus, como Sumo Sacerdote constituído por Deus,
no céu, exerce seu trabalho no verdadeiro tabernáculo, fundado pelo Senhor. O antigo
tabernáculo, montado no deserto, deixou de existir. O Templo foi destruído. Sua exuberante
glória desapareceu. Mas o tabernáculo celeste, no qual Cristo está, é eterno e indestrutível.

“...Ele é poderoso para salvar definitivamente aqueles que, por intermédio dele achegam-se
a Deus, pois vive sempre para interceder por eles” (Hebreus 7.25),
Francisco Barbosa
Campina Grande-PB
Fevereiro de 2018

PARA REFLETIR

A respeito de Uma Aliança Superior, responda:


• De acordo com o escritor aos Hebreus, onde "fica" o tabernáculo em que Jesus entrou para
oficiar?
Para o escritor aos Hebreus, esse tabernáculo é o próprio céu que é chamado "verdadeiro
Tabernáculo" por pertencer à dimensão celestial.
• Por que Jesus deve ser visto como Sacerdote-Rei?
Porque Jesus é o único Sacerdote-Rei que cumpriu as exigências da profecia bíblica do
Salmo 110.4.
• Cristo continua oferecendo sacrifícios no céu? Explique.
Não, pois Ele intercede por todos os que o invocam.
• Qual é a diferença da Nova Aliança, em relação à Antiga, em termos de alcance?
Na Nova Aliança o conhecimento do Senhor está à disposição de todos os crentes e não
apenas de uma classe privilegiada, como ocorria na Antiga Aliança.
• No aspecto relacional, qual a grande diferença entre a Nova e a Antiga Aliança?
Na Nova Aliança, em vez de uma recordação de pecados todos os anos (Hb 10.3 - ARA),
como na Antiga Aliança, Deus não mais se lembra dos pecados de seu povo (Hb 10.17). (LB
CPAD, 1º Trim 2018, Lição 8, 25 fev 18)
Postado por Francisco Barbosa

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