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Distribuição e pobreza
A distribuição, pelos vários agentes da economia, dos frutos da atividade
dessa mesma economia, é um elemento essência para a compreensão do
sistema económico.
De facto, o nível de satisfação das necessidades de um agente está ligado
ao montante de recursos que lhe estão disponíveis para o efeito. Estes
recursos, que ele pode mobilizar no sentido de ter acesso aos bens que
satisfazem as suas necessidades, e que determinam se ele é pobre ou rico,
são de tipos variados: saúde, liberdade, inteligência, e não apenas dinheiro.
Um pobre não é apenas uma pessoa que não tem dinheiro, mas uma pessoa
a quem faltam meios concretos para satisfazer as necessidades mais
básicas.
Porém tem se verificado que um baixo nível de rendimentos pode gerar um
acesso limitado à saúde, liberdade ou dignidade, compondo-se assim um
fenómeno associado que perpetua o estado de pobreza. Daí que se fale de
uma cultura de pobreza, mais do que uma situação de pobreza.
Assim é possível verificar que o problema da distribuição é extremamente
complexo e globalizante.
Mercados de fatores
Ao abordar o problema da distribuição dos frutos da produção pelos vários
agentes é importante referir uma distinção ente duas fontes de ganhos para
o agente:
Rendimento Corresponde ao dinheiro recebido como remuneração
dos fatores detidos pelo agente (salários, rendas, lucros)
Transferências Depois de recebido o rendimento, o agente paga e
recebe dinheiro devido a outras atividades, que nada têm a ver com a
produção. Na verdade, ele vê-se obrigado a passar parte desse ganho
para outro, por meio de impostos, multas, ofertas etc., mas por outro
lado recebe subsídios e ofertas (remessas dos emigrantes p.exe.).
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Mas como funciona o mercado de fatores?
O mercado dos fatores é um mercado como outro qualquer com uma:
- Oferta – feita pelas famílias, que oferecem trabalho, emprestam capital
ou arrendam terra.
- Procura – feita pelas empresas.
W=PmL*P
R= Pmk*P
T=PmT*P
Se:
Custo marginal<Produtividade marginal* receita marginalQd do fator
Custo marginal>Produtividade marginal* receita marginalQd do fator
O ótimo será quando Cm=Pm*Rm
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O mesmo se passa nos outros fatores. Ou seja a regra ótima de distribuição,
consiste em igualar o preço do fator à sua produtividade marginal.
Como a produtividade marginal é decrescente, as curvas da procura dos
fatores são decrescentes.
Terra
A terra engloba todos os recursos que se tiram diretamente da natureza.
A terra tem a característica de, de certa forma, a sua oferta ser fixa. A
disponibilidade de recursos naturais é geralmente limitada a uma
quantidade definida, sem possibilidade de ser alargada. Por essa razão,
qualquer que seja a remuneração dada à terra, a quantidade oferecida é a
mesma: a curva da oferta da terra é uma reta vertical.
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podem descer até zero o preço, e a oferta nada pode fazer senão continuar a
oferecer a mesma quantidade.
Trabalho
Ao contrário da terra e do capital, que são compostos por coisas, o trabalho
é composto por pessoas.
Daí que deve haver cuidados particulares com o trabalho, justificando um
estudo mais pormenorizado, a consideração de fatores não económicos etc.
Por exemplo se há remunerações diferentes para pessoas diferentes
(médicos e mecânicos), as consequências são muito mais importantes para
a sociedade, do que quando e trata de outro fator.
O mesmos e diz do desemprego. Economicamente, o desemprego de
trabalho é igual ao de outro fator, mas socialmente não. Uma máquina
parada têm muito menos consequências que uma pessoa desocupada, como
efeitos psicológicos, sociais etc.
O trabalho como atividade humana exige um tratamento especial.
Mas por outro lado, as leis económicas aplicam-se igualmente aos serviços
de trabalho como aos outros bens e fatores. Por exemplo: se se atirar pela
janela uma pessoa, as consequências psicológicas sociais culturais etc. são
muito mais graves do que se atirar uma cadeira. Mas, em termos físicos, a
pessoa e a cadeira obedecem igualmente, na queda, à lei da gravidade.
Assim, em economia, por exemplo, se o preço do trabalho sobe, tal como o
de outro bem, é de esperar redução da procura.
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remuneração de uma hora de trabalho, o agente estará disposto a
sacrificar mais descanso ou lazer, pois o ganho do trabalho é agora
mais atraente.
Exemplo:
Um trabalhador trabalha 40horas semanais, a 10 euros por hora, pelo que
ganhará 400 euros por semana. O que sucederá se o salário passar para 15
euros por hora?
Se o indivíduo poder escolher o número de horas que trabalha, pode
trabalhar apenas 35 horas semanais ao novo salário, ganhando 525 euros
por semana, ou seja, com um maior salário pode ganhar mais, trabalhando
menos horas.
Porquê?
Porque o efeito de substituição é dominado pelo efeito rendimento. Se no
caso normal se verifica o raciocínio de que “salário maior torna o descanso
mais caro, pois deixa-se de ganhar mais dinheiro para descansar”, que
incorpora o efeito de substituição. Por vezes o efeito rendimento é
suficientemente forte para inverter o sentido da relação. Nesse caso o
raciocínio passa a ser “já estou a ganhar tanto, que já chega, vou gozá-lo,
trabalhando menos”. O trabalhador agora, a salário superior, consegue o
mesmo rendimento com menos trabalho e, por isso, reduz o esforço,
invertendo o sentido da curva.
Isto põe explicar, por exemplo, o comportamento dos habitantes dos países
subdesenvolvidos, que ao receber o salário de segunda-feira deixam de
trabalhar o resto da semana. Num país onde existem poucas coisas para
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comprar, não há incentivo para trabalhar mais do que o necessário para
satisfazer as necessidades básicas. Para quê acumular rendimentos, se
quase não há bens para comprar?
Capital
Este fator, ao contrário dos outros dois, é um fator produzido.
A principal razão da importância dada ao capital reside no facto de se ter
verificado que os métodos indiretos de produção são extremamente mais
produtivos que os diretos. A diferença entre apanhar peixes à mão e fazê-lo
indiretamente através de uma cana de pesca é muito grande. Assim, parar
de apanhar peixe à mão durante um dia e construir uma cana de pesca para
produzir menos peixe hoje, mas compensa dando muito mais peixe de
futuro. É esta a produtividade marginal do capital, que determina a procura
de capital.
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Obrigações e letras: constituem dividas desse
capital
Depósitos: que se baseiam na entrega de
dinheiro a um intermediário, que depois o
transformará em capital
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Pobreza e equidade
O mecanismo do mercado de fatores dá uma distribuição dos rendimentos,
mas essa distribuição apesar de ser eficiente não é necessariamente justa.
A justiça de distribuição depende da situação inicial de riqueza, ou seja da
posse de fatores produtivos.
Assim convém saber o que determina essa distribuição inicial da
propriedade dos fatores produtivos. O que determina essa distribuição é:
Riqueza material (ligada à terra e ao capital) – Os ricos são os que
possuem grandes quantidades de recursos naturais ou que dominam
capital físico ou financeiro.
Riqueza ligada ao trabalho – Muitas desigualdades no acesso aos
resultados da produção resulta de uma desigual distribuição dos
elementos humanos, que se relacionam com o trabalho, como
discriminação, educação, capacidades pessoais, influência político-
social.
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Para além da distinção destes vários tipos de pobreza, com diferentes
naturezas, causas e remédios é importante notar um outro aspeto, essencial
para a compreensão da pobreza. Trata-se da constatação de que a pobreza
tem características cumulativas de círculo vicioso. As várias causas de um
certo estado de pobreza tendem a agir e reagir entre si, criando uma
interação de motivações que constituem uma verdadeira armadilha de
pobreza. Daí falar-se em cultura de pobreza. Um pobre é pobre porque é
pobre.
Por exemplo: Um pobre, desempregado, devido à sua situação de carência,
tem tendência a ter fome e problemas de saúde. Estes reduzem a sua
possibilidade de encontrar e manter um emprego e, consequentemente, de
ganhar dinheiro. Sendo pobre, é marginalizado, sem formação, o que
aumenta as suas dificuldades em melhorar a sua situação.
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em alguns casos, poucos anos depois a distribuição continua tão
assimétrica como antes, apenas tendo mudado os titulares de riqueza.
Esforços de estabilização e desenvolvimento – Estes esforços
dirigem-se mesmo ás causas fundamentais da situação de pobreza,
constituindo portanto método mais adequado para a eliminar.
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Igualdade de resultados económicos (que se atinge quando toda a
gente se encontra sempre na mesma situação económica).
Ciclos Económicos
Situação Inicial:
Imagine-se uma economia composta por 3 pessoas: Robinson Crusoé,
Sexta-feira; Adam Smith. O quadro seguinte representa as procuras que
cada agente faz de cada tipo de bem:
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por exemplo o pão, apenas é preciso procurar a forma de medir o valor dos
outros bens nesta unidade, ou seja obter o preço de equilíbrio das bananas e
das explicações em termos de pão.
Cada mercado da economia só estará em equilíbrio se a procura for igual à
oferta. Mas por que razão os agentes produzirão exatamente a quantidade
que seja igual à procura? O único motivo que leva os produtores a
produzirem é a vontade de consumir. Só há oferta porque há procura.
Cada oferta de alguém só existe porque esse alguém quer procurar alguma
coisa. Cada um produz o que sabe fazer melhor e troca-o pelos bens que
pretende consumir. Mas, sendo racional, só quer produzir um valor igual ao
do seu consumo, para poder consumir tudo o que pretende, mas não
desperdiçar. Por essa razão, a oferta de cada mercado tem de ser, em
valor igual à procura de bens de consumo que o produtor faz.
Igualando a procura e a oferta de cada mercado, todos medidos em pão
obtém-se o equilíbrio desejado.
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Entrada de novo membro:
Imagine-se que entrou nesta nova economia um economista com as
mesmas características de Adam Smith. Assim sendo a ilha passou a
apresentar a seguinte situação económica:
È visível que esta chegada veio perturbar todos os mercados, que agora se
encontram todos desequilibrados e existia mesmo desemprego no mercado
das explicações, com um excesso da oferta de 30 unidades.
A Introdução de Moeda:
Voltando-se á situação inicial, decidiu-se introduzir uma moeda que serviria
de intermediário nas trocas e definiu-se que o preço do pão era igual a meia
moeda; preço da banana era igual a uma moeda e preço das explicações era
igual a uma moeda e meia.
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Procuras diárias de bens, medidas em moeda
R. Crusoé Sexta-Feira Adam Smith Total
Pão - 4 3 7
Bananas 4 - 12 16
Explic.Economia 3 12 - 15
Total 7 16 15 38
Aparece o desemprego:
Robinson decidiu um dia não comer três bananas, e Smith comia menos
duas bananas e menos quatro pães.
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Existe um desequilíbrio não só individual, mas também agregado com
grave desemprego global: a lei de Say falhou. Para explicar este
acontecimento surgiu a lei de Walras. Esta lei afirma que, numa
economia, a soma de toda as ofertas é sempre igual, em valor À soma
de todas as procuras.
Só que, ao referir-se a todas esta lei quer mesmo dizer todas, ou seja,
incluindo também a moeda. Note-se que existe uma procura excedentária
de moeda, no valor de 7 unidades exatamente igual ao excesso de oferta
total no mercado de bens, portanto a lei de Walras verifica-se.
O problema nasce do facto de, para produzir moeda, não se necessário o
emprego de fatores de produção. A moeda vale porque a sociedade
convenciona que ela vale. Daí que, quando há um desequilíbrio no mercado
da moeda, existe necessariamente, devido à lei de Walras, um desequilíbrio
de sinal contrário nos mercados dos bens agregados, resultando nu
desemprego agregado ou num excesso agregado de procura na economia.
Medição Económica
De forma a estudar a economia agregada temos de adicionar as várias
partes para estudar o todo.
Ora pretendemos medir a utilidade total retirada por todos as pessoas da
economia a partir do consumo de todos os bens. No entanto a utilidade é
extremamente difícil de medir por duas razões:
Não temos unidade para medir a utilidade
Não conseguimos que ninguém nos diga qual a utilidade média de
um bem, quanto mais conseguir medir a utilidade média de toda a
sociedade.
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Assim temos de procurar outra forma aproximada de medir a utilidade: o
preço.
O preço é medido numa unidade clara: a moeda
O preço é conhecido por todos, pois é divulgado no mercado.
Assim apesar de não ser igual à utilidade, está relacionado com ela.
No entanto o preço é uma má aproximação:
O preço, no mercado concorrencial, é uma aproximação da utilidade
marginal e não da utilidade média. Isso quer dizer que, ao medir a
utilidade pelo preço, exclui-se o excedente do consumidor, que não
passa pelo mercado. O produto do preço pela quantidade, não capta a
utilidade total, escapando-lhe exatamente o excedente do
consumidor.
Para bens como a água, que tem um enorme excedente do
consumidor, esta aproximação é bastante má.
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Assim a nossa abordagem ao agregado passa a ser a seguinte:
Y= pl *q1 + p2*q2 + p3*q3 + … pn*qn
Onde cada preço multiplica a quantidade do bem.
X(1+Vn) = X(1+Vr)*(1+Vp)
Onde:
Vn Crescimento nominal (a preços correntes)
Vr crescimento real
Exemplo:
O valor do produto nacional português em 1972, a preços de 1971, foi de
214503. Assim temos:
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Produto Nacional Português
Preço 1971 Preços 1972
Quantidade de 71 198585
Quantidade de 72 214503 231244
- Despesa nacional
- Produto nacional
- Rendimento nacional
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este circuito é um fluxo logo, podendo ser medido durante certo tempo.
Estas três medidas têm de dar necessariamente o mesmo valor apesar de
significam coisas diferentes. Logo:
Produto nacional
Verificando o fluxo à saída das empresas, medimos o montante de bens
produzidos, a que chamamos produto nacional, a soma dos bens realizados
e comprados:
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Despesa Nacional
Outra forma de medir o mesmo fluxo é procura-lo à porta de casa dos
utilizadores dos bens. Nesse caso estamos a medir as compras com
outro agregado chamado a despesa nacional.
Calcula-se:
Rendimento Nacional
A terceira forma de medir o mesmo fluxo é fazê-lo no lado do mercado
dos fatores. Aí medimos os rendimentos, ou seja o dinheiro que há para
gastar.
Calcula-se:
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Interno/ Nacional
Produto Interno – Tudo o que é produzido dentro do país,
independentemente de ser produzido por portugueses, americanos ou
chineses etc.
Produto Nacional – O que é produzido por residentes habituais no
país.
Exemplo:
1) O Benfica vai jogar a Liverpool, a receita que daí advém será
registada no PIB da Inglaterra, e no PNB de Portugal (dado que os
jogadores são residentes habituais em Portugal).
2) Os emigrantes portugueses a residirem em França. É PIB de França
pois é produzido dentro das fronteiras de França e PNB de França
pois residem em França.
Rendimento Nacional
Transferências
Os rendimentos são aquilo que paga os fatores produtivos. Mas quando os
rendimentos são entregues aos que os ganham há logo perturbações como:
impostos, subsídios, ofertas, movimentos de dinheiro que nada têm a ver
com o pagamento dos fatores, mas que no fim determinam quem fica com
o dinheiro. a tudo isto dá-se o nome de transferências.
A alteração que as transferências fazem no montante de cada agente recebe
é que vai determinar realmente quanto dinheiro cada um tem para gastar.
Quem recebe o rendimento são as famílias, o estado (por ter terra e
dinheiro emprestado), e as empresas (se os seus donos deixarem lá ficar
dinheiro). Se ao rendimento recebido pelas famílias somarmos as
transferências internas (o que as famílias recebem do Estado) e as
transferências externas (exemplo: remessas dos emigrantes) que elas
recebem temos o rendimento pessoal.
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Rendimento pessoal = w+j+Re+L+ transferências internas+ Transferências
externas
Rendimento Nacional
+ Transferências do Estado para particulares (trp)
+ Remessas
= Rendimento Pessoal
- Contribuições
- Impostos indiretos
= Rendimento disponível
Rendimento/ Riqueza
Rendimento é um fluxo, enquanto que riqueza é um stock, acumulação
de tudo que o país foi juntando por sucessivas poupanças, e é composto
pela moeda, pela propriedade e os títulos financeiros.
Importantes igualdades:
Despesa nacional = PNB ( a preços de mercado)
Rendimento nacional = PNL (a custo de fator)
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uma manutenção do índice com uma subida brusca no fim, ou de
uma subida seguida de descida parcial.
3) Daí se calcule a taxa média que é a variação percentual da média
do índice nos últimos 12 meses e relação a média dos 12 meses
anteriores.
Cuidado com as estatísticas
As estatísticas gostariam de medir tudo, mas não conseguem. Por exemplo:
nas medições do produto, despesa e rendimento o cálculo estatístico é feito
apenas para as transações que passam pelo mercado. Assim, se alguém
produz e vende, as estatísticas contam essas transações, mas se alguém
produz para si próprio essa atividade já não é contada.
Medida de localização
Uma vez obtida a amostra queremos ter informação concreta sobre “à
volta de quanto anda este fenómeno”. Para isso a teoria estatística
utiliza as medidas de localização, que são essencialmente 3:
o Média – A mais usada, mas que é uma construção
aritmética sobre valores da distribuição
o Moda – Representa o valor mais vezes observado
o Mediana – Observação do meio, aquela que tem tantos
valores observados acima com abaixo.
Estas são três alternativas que nos permitem ter uma ideia da localização do
problema. As três são boas mas dão nos resultados diferentes. Exemplo:
Uma fábrica de sapatos, ao lançar o seu produto, decide contratar uma
empresa de estudos de mercado para lhe dizer qual o tamanho do pé das
pessoas dessa região. O estudo concluiu que a dimensão do pé era de
tamanho 40. Lançando muitos sapatos de tamanho 40, a empresa teve um
grande prejuízo e a razão foi simples: o tamanho dos pés dos homens era de
41, das mulheres era 39, a média dava 40, mas quase não havia pessoas
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com o pé nº 40. Ou seja a medida que deveria ser usada era a moda e não a
média.
Medida de dispersão
É fundamental ter ideia de qual o grau de confiança que se pode ter na
informação. Dois alunos com média de 12 podem ser completamente
diferentes: um pode ter notas regulares todas à volta do 12, e outro
pode ser extremamente irregulares com notas entre 5 a 18. Para o
primeiro a média é relevante enquanto que para o segundo o valor 12
nada significa.
Assim sempre que nos dão uma medida de localização (por exemplo
uma média) devem sempre dar-nos alguma forma de ter uma ideia de
qual a garantia que se pode ter na qualidade dessa informação.
Exemplo:
Uma possível informação relevante é o tamanho da amostra. Ter
uma amostra com 200 pessoa sé diferente a ter uma amostra de
10.
Outra informação relevante é a frequência dos acontecimentos.
Num estudo sobre a poliomielite foi escolhida uma amostra com
200 crianças. A vacina foi administrada a 100 crianças, enquanto
as outras 100 não eram vacinadas. O resultado foi um sucesso
nenhuma das 100 crianças teve a doença. Mas por acaso nenhuma
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das outras 100 crianças também teve a doença, visto esta doença
ser rara.
Informação errónea
Um dos erros mais frequentes na interpretação das estatísticas, e um dos
mais difíceis de evitar, dá-se quando a informação que se fornece é
verdadeira, esta relacionada com a conclusão, mas não é informação
relevante para a conclusão. Exemplo: é verdade que morreu mais gente em
desastres de aviação o ano passado que em 1910. Mas isso não significa
que os aviões sejam menos seguros agora do que no passado, o que
acontece é que agora muito mais gente anda de avião. O indicador correto
aqui deveria ser uma percentagem (percentagem de passageiros que
morreram em desastres) e não um valor absoluto.
Outro exemplo idêntico é quando se compara a riqueza de dois países
através dos seus produtos nacionais. È claro que um país maior tem de ter
mais produto, só porque tem mais gente. O indicador que deveria ser
utilizado é o PIB per capita.
Outra situação verifica-se na escolha do período base de cálculo de uma
taxa de crescimento. Os sindicatos escolhem como referência o ano em que
os salários estiveram mais altos, para acentuar a descida, enquanto que os
patrões escolhem o ano de crise.
Correlacção errónea
Falácia do post hoc – uma correlação não implica uma causalidade, e pode
até ser coincidência.
Por exemplo quando uma conclusão tirada num momento de tempo é
extrapolada para o futuro, ou a suposição de que a evolução futura será
igual à do passado, ou seguirá uma linha proporcional à verificada.
Representação errónea
Um dos meios mais fáceis de dar uma ideia errada de um número é
representá-lo num gráfico. Um gráfico é uma das formas mais simples de
sugerir uma interpretação errada das estatísticas.
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O equilíbrio económico global
Os consumidores comportam-se de forma a igualar, para todos os bens
(x,y) que consomem, a taxa marginal de substituição ao rácio dos
respetivos preços.
Rmx=Cmx Rmy=Cmy
px*PmLx= w; px*PmKx= r
py*PmLy = w; py*PmKy=r
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Principio da racionalidade que se encontra nas equações w= PmL*p
e PmK*p
Principio do equilíbrio dos mercados, que faz com que w e r sejam
iguais para as empresas, o que significa que os mercados de trabalho
e de capital estão em equilíbrio.
A dedução é que para qualquer fator (K ou L), o rácio das
produtividades desse fator nas duas produções tem de ser igual ao rácio
dos preços. Chamemos a este rácio de produtividades marginais taxa
marginal de transformação (TMT).
A taxa marginal de transformação significa o que se ganha de y, se
sacrificar uma unidade de x ao transferir recursos de x para y. Se tirar
uma unidade de recursos (L ou K) de x para y, ganho TMT de y por
cada unidade de x perdida. É a forma como na produção se troca, se
transforma x em y. Trata-se da inclinação da curva de possibilidades de
produção, que no ponto de equilíbrio será igual à inclinação da curva de
indiferença.
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pena passar recursos das empresas que produzem y para as que
produzem x, até ao ponto onde a linha de mercado é tangente à curva
das possibilidades de produção.
Em resumo:
Consumidor:
y
TMSx,y= Umgx/Umgy=px/py
px
py
x
Produtor:
y
TMST L,K= PmgL/PmK= W/r
W
R
x
TMSTx L, K= PmgxL/PmgxK= W/r
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TMSTy L, K= PmgyL/PmgyK= W/r
Logo,
W= px*Pmg Lx = py*PmgLy
R= px*PmgKx= py*PmgKy
TMT= PmgLy/PmgLx
Se a produtividade de y for mais alta, o preço de x é que deve ser mais alto,
daí a inversão de correspondência.
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O tempo em que ele não está a descansar está a apanhar cocos. A função de
produção é:
O dia tem apenas 24 horas, logo o lazer e o trabalho somados têm de ser
24. Assim l= 24-d
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Exercício:
Suponha o modelo de Robinson Crusoé, cuja função de produção de apanha de cocos é
dada pelo seguinte quadro:
Horas de trabalho 0 1 2 3 4 5 6
Cocos apanhados 0 20 35 45 50 53 55
Horas de trabalho 0 1 2 3 4 5 6
Cocos apanhados 0 20 35 45 50 53 55
Pm L 20 15 10 5 3 2
B) Considere que Robinson Crusoé descobriu um instrumento rudimentar, mas que lhe
permite apanhar mais 5 cocos independentemente do número de horas de trabalho.
Calcule a nova função de produção e produtividade marginal. Represente graficamente.
Horas de trabalho 0 1 2 3 4 5 6
Cocos apanhados a) 0 20 35 45 50 53 55
Pm L (a) 20 15 10 5 3 2
Cocos apanhados b) 5 25 40 50 55 58 60
PmLc b) 20 15 10 5 3 2
C) Se o descanso e os cocos forem bens normais, será que o Robinson vai trabalhar
mais, e portanto consumir mais cocos, após ter feito esta descoberta?
Dado que a produtividade marginal é a mesma, os preços relativos não alteram. O que
acontece foi que ele ficou mais rico visto que obtém mais 5 cocos trabalhando o mesmo.
A sua riqueza aumenta, pelo efeito rendimento. Se aumenta a riqueza diminui o
trabalho, apesar do seu consumo aumentar.
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D) Suponha agora que ele descobre outro instrumento, que tem a característica de lhe
permitir apanhar mais 20% de cocos do que antes de qualquer descoberta. Calcule a
nova função de produção e de produtividade marginal, e represente graficamente.
Horas de trabalho 0 1 2 3 4 5 6
Cocos apanhados a) 0 20 35 45 50 53 55
Pm L (a) 20 15 10 5 3 2
Cocos apanhados c) 0 24 42 54 60 64 66
PmLc c) 24 18 12 6 4 2
A economia descentralizada
Caracteriza-se por existir uma enorme quantidade de pessoas a tomar
decisões.
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As famílias querem maximizar a sua utilidade, mas estão sujeitas à
restrição orçamental: p*c=W(T-d)+A
Onde,
p é o nível geral de preços
c é o conjunto de todos os bens consumidos
p*c é o preço do consumo salário real medido em unidades de
bens de consumo, que dão utilidade.
T é o período de tempo
D o descanso
W o salário e
A os lucros
Umc/Umd=P/w
Máximo consumo
Descanso=0
descanso
Máximo descanso
Consumo= 0
A interação das famílias e das empresas gera o equilíbrio geral, que será no
ponto:
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Agregando as restrições orçamentais para todas as famílias temos:
p*C=W*L+A
que diz que o total o consumo da economia iguala a soma dos salários com
os lucros.
A= p*Y- w*L
Esta equação diz que a despesa total(p*c) é igual ao produto (p*Y) que é
igual ao rendimento (A+w*L). Chegamos novamente há expressão
rendimento = despesa = produto.
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são diferentes. Mas vamos supor que é possível transportar consumo de
hoje para amanhã. Mas não guardando fisicamente o bem. Como
transportar consumo então?
Através do mercado do crédito, ou seja dos títulos, um papel que se compra
hoje por 1 unidade e que amanha rende 1 unidade mais um juro.
O aparecimento deste titulo e do corresponde mercado (mercado de
crédito), permitem um novo tipo de transações, as transações através do
tempo. O título é a única coisa que passa de um período para o outro tudo o
resto desaparece.
Onde o lado direito representa o que ele tem para gastar nos dois momentos
de tempo, enquanto o lado esquerdo representa o consumo que se pode
fazer também no mesmo horizonte.
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Se chamarmos riqueza (W= rendimento e poupança) ao que o consumidor
tem para gastar, e considerarmos W constante, então a restrição pode
escrever-se:
W= c1+c2/(1+r) ou,
Imagine-se duas pessoas que são iguais em tudo menos no padrão temporal
de rendimento (recebem a mesma riqueza mas em períodos diferentes).
Então vemos que W= r1+R2/(1+r) e o total W (riqueza) é igual para os
dois.
Assim se uma pessoa tiver de rendimento R1 e R2, o seu consumo de
equilíbrio pode ser c1 e c2, mas isso implica que ele peça emprestado no
primeiro período (c1-R1) e pague no segundo (R2-c2= (c1-r1)(1+r))
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Enquanto isso o outro agente consome exatamente o mesmo que o primeiro
(pois tem iguais preferências), mas agora poupa inicialmente, para
consumir mais no período seguinte.
Exercício:
1) Considere-se um modelo a funcionar em dois momentos de tempo (1,2), com dois
agentes económicos (Z, V). Os valores da poupança nominal (b0,b2) e de rendimento
real (R1, R2) dos dois agentes são os do quadro abaixo. A taxa de juro é 5% e o nível
geral dos preços é 1.
B0 B2 R1 R2
Z 50 20 70 80
V 50 50 100 90
A) qual a riqueza que cada agente tem para gastar em consumo, o longo da sua vida?
W= R1+R2/(1+r)+b0*(1+r)/p –b2/(p(1+r))
Wz= 70+ 80/(1.05)+50*(1.05)/1 – 20/(1.05)= 179,64
179,64= c1+c2(1,05)
C2= 188,62 -1,05c1
190,60= C1+C2/1,05
C2= 200,13 -1,05C1
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d) Suponha agora que, nas condições iniciais, a taxa de juro sobe 1 ponto percentual
qual o efeito sobre a restrição orçamental do senhor V?
Agente V
190,60= C1+C2/1,05
1,05= 100/(c1)^2
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C2= 189,86
C1= 9,76
Agente Z
50(1,05)+70= 9,76+b1
b1= 112,74
Agente V
50(1,05)+100= 9,76+b1
b1= 142,74
39
situação liquida do consumidor. Suponha-se que domina o efeito
substituição.
Choques temporários:
Exemplo: mau ano agrícola
40
Isso vai fazer com que se verifique um efeito rendimento e substituição que
altere C1 e L1, hoje, mas não amanhã. Na situação intertemporal, verifica-
se o seguinte:
Choques permanente:
Exemplo: Choque de petróleo que se reflete nos dois momentos.
41
Isso vai fazer com que se verifique um efeito rendimento e substituição que
altere o consumo e o trabalho (lazer), hoje e no futuro.
Na situação intertemporal verifica-se o seguinte:
As pessoas estão mais pobres hoje e amanhã, assim não haverá uma tensão
de capitais, pelo que a inclinação da nova reta, ou seja a taxa de juro, seja
modificada. Não há pois efeito de substituição intertemporal. Há apenas um
efeito riqueza, muito mais forte que no primeiro caso.
42
A restrição orçamental do agente passa a ser:
Onde a riqueza que ele tem é o que produziu este período (p*R1) mais o
que guardou do período anterior (1+r)*bo+mo
Choque na produção:
Para além das perturbações já estudadas, a descida do produto (e no caso
do choque temporário, da subida da taxa de juro) isso tem o efeito de
descer a procura de moeda. Como resultado dá-se uma subida dos preços.
43
produção, o único efeito é a subida do preço. O aumento da moeda tem
efeito sobre a riqueza mas a subida de preços faz descê-la, e anula esse
efeito.
Nos outros mercados não tem qualquer efeito visto que se está em
equilíbrio.
Exemplo:
Analise os efeitos sobre o nosso modelo dos seguintes choques e represente
graficamente:
a) Descoberta do petróleo em Xabregas.
È um choque permanente positivo
M= P*y/v(i)
A taxa de juro não varia logo v(i) mantém-se. No
entanto, o rendimento altera logo y sobe. Se as
pessoas estão mais ricas, procuram mais moeda
para gastar, logo dá-se um deslocamento da curva,
pelo que baixa o preço.
Note-se que o dinheiro que o Estado recebe, não chega a sair da sociedade,
visto que o Estado retira esse montante com o propósito de os gastar na
sociedade. Assim, o total dos recursos que a sociedade dispõe antes e
depois dos impostos é igual. Mesmo que o dinheiro seja desperdiçado ou
gasto em corrupção, ele continua a circular na economia e não chega a sair
da sociedade. No entanto, o controlo desse dinheiro é retirado às empresas,
para ser entregue ao Estado. Nesse sentido o dinheiro do domínio da
sociedade para o Estado, e as pessoas vão mudar as suas decisões por terem
menos dinheiro.
A utilidade que as pessoas tiram dos gastos do Estado, não nos interessa,
pois o importante é estudar o ciclo económico, ou seja a reação da
economia aos choques que vai sofrendo. Quando o Estado tira dinheiro à
sociedade, ela vai reagir, pois agora tem menos dinheiro do que antes, é
isso que nos interessa. O benefício dos gastos do Estado não tem impacto
neste estudo.
Há, no entanto, um destino que o Estado pode dar ao seu dinheiro que
elimina os efeitos do choque sobre a economia. Se as despesas de Estado
45
forem gastas em subsídios, ou transferências para a sociedade, o dinheiro
passa de umas mãos para outras, mas a sociedade como um todo fica com o
mesmo montante de dinheiro para gastar.
46
Como o Estado não produz nada, divida são impostos adiados. O que se
verifica é que o Estado tira ás pessoas, prometendo pagar no futuro, mas no
futuro, de forma a pagar o que deve a uns vai tirar a outros. Logo, hoje á
uma descida na produção disponível para consumo dos particulares e
amanhã há só um efeito redistributivo.
Pode existir divida externa, onde os gastos são financiados à borla para o
país, mas no futuro é preciso paga-lo ao exterior, com impostos amanhã, e
logo isso significa uma descida do consumo. Trata-se do inverso do choque
temporário pago com impostos hoje, pois o efeito dá-se amanhã. Isso vai
descer a taxa de juro e descer os preços hoje.
47
inflação é um imposto, pelo que este modelo comporta-se exatamente como
os modelos anteriores, excetuando o mercado monetário. Neste mercado
além de aumentar o produto (e de subir a taxa de juro no caso de Aumento
temporário), sobe a oferta da moeda, o que sobe os preços.
Exercicio 27:
Considere as seguintes medidas de politicas e faça análise gráfica dos seus efeitos sobre
os vários indicadores da economia agregada.
a) Compra especial de automóveis pelo Estado, este ano, financiada por impostos.
Aumento dos gastos financiados por impostos –transitório
Trabalho: Por efeito riqueza sobe o trabalho hoje, mas no futuro não se altera.
Consumo: desce o consumo hoje, o consumo não se altera
Produto: Sobe o produto hoje porque se trabalha mais, mas no futuro não se altera
Taxa de juro: A taxa de juro sobe como resultado da redução da poupança
Salário real: Se a produtividade marginal do trabalho diminui é natural que o salário
desça, mas no futuro não há efeitos
Nível geral de preços: A taxa de juro sobe logo por esta via a procura de moeda desce
No entanto a produção sobe logo a procura de moeda sobe. Se a produção se sobrepor á
taxa de juro, a procura de moeda sobe logo os preços descem.
48
b)Construção de um novo aeroporto em Lisboa, financiada por emissão de dívida
interna.
Não é possível financiar G de forma permanente por dívida já que ela tem de ser paga
em algum momento. Logo é idêntica à alínea anterior visto que hoje há uma redução
dos bens disponíveis para consumo, e amanhã há que pagar a divida cobrando impostos
para o efeito. No período dois só há um efeito redistributivo, o estado tira a uns para
pagar a outros.
Conclusão:
1) O equilíbrio geral, numa economia perfeitamente competitiva, é obtido
através da consideração simultânea de todas as condições marginalistas
dos vários problemas individuais. Esta constatação é importante visto
que mostra que nenhuma decisão individual está em equilíbrio enquanto
não estiverem todas em equilíbrio. De facto, consumidores, produtores,
empregadores precisam de obter preços para reagir a eles. E os preços
só aparecem como resultado de todas as decisões.
49
todos os mercados menos um estiverem em equilíbrio, então o outro
também tem de estar equilibrado.
Desemprego e inflação
Desemprego
Desemprego: situação de quem quer trabalhar e não o faz pois não
encontra emprego.
50
Não existe um mas sim vários tipos de desemprego:
Desemprego Voluntário
Desemprego Friccional
Desemprego Involuntário
Desemprego voluntário
Este tipo de desemprego é composto por pessoas que, ao nível de
salário verificado, não querem trabalhar. Trata-se de pessoas que não
encontram o tipo de trabalho ou de remuneração que pensam suficiente
para justificar o esforço. É o caso de advogados que se mantém
desempregados por não ter lugar como advogados, mesmo que possam
arranjar trabalho como varredores de ruas.
Desemprego Friccional
Qualquer pessoa que deixe um emprego, mesmo que queira continuar a
trabalhar e haja lugar para ele na economia, é normal que leve algum
tempo a encontrá-lo. Assim, em cada momento, existe sempre um certo
número de pessoas nesta situação: querem trabalhar e há emprego para
elas, mas ainda não o encontraram. Há portanto uma falta de informação
entre procura e oferta de trabalho. Ocorre por exemplo: aquando da
procur ado primeiro emprego e mudança de emprego.
51
Fatores: A causa deste desemprego reside portanto na imperfeição dos
mecanismos de ajustamento do mercado de trabalho. Mau sistema de
informação sobre as vagas de trabalho, dificuldades de transporte e
comunicação são as razões mais frequentes deste desajustamento.
Desemprego involuntário
Este desemprego caracteriza-se por não existir suficientes postos de
trabalho para as pessoas que querem trabalhar ao salário de mercado.
Ora esta situação só pode acontecer se existir algo que impeça o
mercado de se ajustar.
Ora nesta análise de que todos os mercados equilibram isto é
impossível, o mercado pode levar algum tempo a ajustar, no entanto,
não é possível conceber uma situação em que o mercado se mantém
sistematicamente fora do equilíbrio.
52
altos, leis que impeçam o despedimento, ou contratos coletivos de
trabalho distorcidos etc.
Assim, segundo o nosso modelo, a única razão porque alguém pode estar
desempregado são:
Ou porque não está disposto a trabalhar por esse salário
Ou porque estando disposto ainda não encontrou o lugar que
existe vago para si.
Inflação
A inflação define-se como a subida sustentada e generalizada dos preços.
MV(i)= PY
Onde,
M= stock de moeda
V(i)= velocidade de circulação da moeda
I= taxa de juro (influencia positivamente a V(i))
53
P = Preços
Y= Produção
54
A economia Keynesiana
A grande depressão de 1929 caracterizou-se por um choque na economia,
onde predominavam o desemprego e deflação e que pôs em causa toda a
teoria existente (teoria do equilíbrio geral). E permitiu o aparecimento de
uma nova teoria que conseguia explicar o ambiente dessa altura- teoria
keynesiana.
O centro da ideia de Keynes é que os mercados não equilibram, pelo menos
a curto prazo, porque a economia está sempre a ser perturbada sendo
instável.
Quanto aos agentes estão dominados por estados de espirito alternados, que
causam contínuos choques, os quais se mantém devido ao mau
ajustamento. Assim os agentes não são racionais.
Repare-se que se violam os dois princípios básicos da Economia: os
mercados não equilibram (pelo menos em parte), e os agentes são
irracionais (pelo menos em certas situações). Se os agentes são irracionais e
os mercados não equilibram, então toda a análise feita até agora não é
válida, porque foi esse o ponto de partida.
A principal conclusão que se retira desta teoria é que agora o Estado pode e
deve manipular o sistema, no sentido de melhora-lo, calculando através dos
modelos qual o choque que a economia sofre e qual a política correta para
o corrigir.
É importante não esquecer que esta teoria não vai romper com a teoria
existente anteriormente, mas sim procura explicar a situação de exepção
que ocorreu em 1929.
Lado do consumo
No lado da procura, o consumo das famílias é a parte mais importante na
despesa da sociedade.
Para estudar o consumo, Keynes inventou o conceito de função consumo,
que define as principais determinantes do nível de consumo em certo
momento. O autor resume essas determinantes do nível de consumo
completamente ao nível do produto: o consumo privado das famílias (C) de
uma sociedade depende fundamentalmente do rendimento global (Y) dessa
sociedade.
Na visão keynesiana existem dois conceitos fundamentais:
Propensão marginal de consumo (PmC) – definida como o
55
Propensão média ao consumo (PMC) – o peso médio do consumo
no produto
C= a + b*Y
Lado da oferta
A economia encontrava-se abaixo da curva de possibilidades de produção,
num uso deficiente dos recursos disponíveis: havia desemprego. Dado este
facto é possível aumentar a produção sem quaisquer custos adicionais. O
salário não sobe se aumentar a procura, porque os desempregados são
muitos e estão todos dispostos a trabalhar. Repare-se que aqui há almoços
grátis.
A função oferta pode ser representada dizendo que a produção realizada é
inferior ao máximo que seria produzivel com determinados recursos, o
produto potencial (Yp).
Y<Yp
56
Equilíbrio Keynesiano
Graficamente temos:
Vamos supor que a propensão a consumir é menor que 1 (b<1), ou seja por
cada escudo recebido, o consumo é menor que esse escudo. Nesse caso só
há um ponto de igualdade entre a procura e a oferta. Nesta estrutura geral
de desequilíbrio, chama a esse ponto equilíbrio keynesiano.
É claro que este equilíbrio keynesiano que nasce de uma estrutura que é de
desequilíbrio e de irracionalidade, tem um significado muito diferente do
equilíbrio do modelo anterior. Neste caso apenas significa que neste ponto
a procura total (causada por esse nível de rendimentos) é igual á oferta
total, ou seja:
Y= D= a+ b*Y + G
57
Determinado o ponto de equilíbrio, será que haverá algum mecanismo de
ajustamento que leve a economia a esse ponto?
Sim, se a oferta for maior que Y*, as empresas não conseguem vender e
vão acumulando stock de bens invendáveis, sendo obrigadas a reduzir a
produção. Se a produção for pouca, haverá excesso de pressão sobre os
stocks, e as empresas são levadas a produzir mais. Assim se tende para o
ponto de equilíbrio.
Y*= (a+G)/(1-b)
A produção é baixa
58
È portanto um ciclo vicioso.
Segundo Keynes a razão mais importante deste desentendimento entre
agentes reside na presença de moeda. Se os trabalhadores fossem pagos em
bens, isso criaria a própria procura de bens para a empresa. A lei de Walras
diz exatamente que os bens só são produzidos porque alguém os procura, e
a procura é igual á oferta. Mas como o salário é pago em dinheiro, e as
empresa não sabe como esse dinheiro será gasto, se vai fazer procura dos
seus bens, a empresa não arrisca, não contrata trabalhadores, e por isso não
dá dinheiro o que confirma os seus temores.
Mas será que o estado pode alterar esta situação?
Logo se:
∆ G= 1000
59
∆ Y= 1000 + b1000 + b²1000 + b³1000 ...
Como a parcela é mais pequena com a anterior, logo isso dará uma soma
finita determinada pela seguinte expressão:
1000 =ع/(1-b)
60
Extensão do modelo
Vamos inserir a este modelo 3 componentes, de forma a torna-lo mais
realista:
Impostos
Investimentos
Moeda
Impostos
O total de consumo não deve ser determinado pelo rendimento, mas pelo
rendimento disponível. O dinheiro pago em impostos, em princípio, é
considerado perdido pelos agentes, e não afeta as decisões de consumo.
Logo:
C= a + b*(Y-T)
Moeda
O mercado monetário é parecido com o modelo anterior:
M* V(i) = P * Y
Agora considera-se a taxa de juro e não os preços (visto que não nos
interessa estudar os preços pois eles são sempre constantes), com as
consequentes implicações para os gráficos. A oferta de moeda continua a
ser independente e a procura é agora decrescente com a taxa de juro (visto
61
que é o custo de oportunidade de ter moeda, aumentando a velocidade de
circulação quando sobe e, assim, diminuindo a procura de moeda).
Investimento
A consideração da taxa de juro leva a tomar em conta os seus efeitos no
mercado de bens.
Visto que a taxa de juro pode ser tomada como o preço ou, mais
exatamente, o custo de oportunidade de um investimento, ao subir a taxa de
juro desce o investimento e o consumo.
Este raciocínio reside na hipótese de que a taxa de juro é o custo do
empréstimo que quem quer investir tem de fazer.
É claro que esta ideia esquece que o juro é o custo para quem investe ou
compra a crédito, mas é o ganho para quem poupa e empresta. Sendo um
preço tem de ter como determinante uma oferta e uma procura. Keynes
esquece este facto, tornando esta análise muito mais simples.
D= C + I + G
Logo, uma subida da taxa de juro diminui a procura global (visto que fica
mais caro pedir emprestado para investir, as pessoas investem menos
a procura diminui).
Deste modo, o equilíbrio no mercado monetário determina o nível de taxa
de juro de equilíbrio que depois vai definir o montante de investimento
dessa economia, como se pode ver no gráfico:
62
M =P¯ L(Y,i) Preferência por liquidez
Y< Yp Estado de depressão
Exercício 39 e 40:
1)Considere a função consumo C= 4+0,85 Y
a)Interprete a componente autónoma da função consumo.
A componente autónoma é 4 e significa o rendimento que ele consome,
independentemente do seu rendimento.
Rendimento Y 30 32 34 36 38 40 42
Consumo C 31,2 33 34,6 36,1 37,5 38,8 40
Rendimento Y 30 32 34 36 38 40 42
Consumo C 31,2 33 34,6 36,1 37,5 38,8 40
PMC= C/Y 1,04 1,03 1,02 1,00 0,99 0,97 0,95
PmC= Var c/ Var Y nd 0,9 0,8 0,75 0,7 0,65 0,6
PMS= S/Y -0,04 -0,03 -0,02 0 0,01 0,03 0,05
PmS= Var S/ Var Y Nd 0,1 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4
b) Calcule a curva de procura total desta economia. E compare a procura total com o
produto disponível. Classifique cada ponto, em termos de situação face ao equilíbrio.
Calcule o ponto de equilíbrio em que a procura iguala o produto. Represente
graficamente.
Rendimento Y 30 32 34 36 38 40 42
Consumo C 31,2 33 34,6 36,1 37,5 38,8 40
G 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5
D=C+G 31,7 33,5 35,1 36,6 38 39,3 40,5
63
Y- D -1,7 -1,5 -1,1 -0.6 0 0,7 1,5
D>Y D>Y D>Y D>Y Y=D D<Y D<Y
Exercício 41:
Considere a função C=4+0,85Y e que os gastos públicos são 0,5.
a)Calcule o ponto de equilíbrio da economia.
Y=D
Y=4,5+0,85Y
Y= 4,5/(1-0,85)= 30
b) Considere que os gastos passam para 0,7. Volte a calcular o ponto de equilíbrio.
Y=D
Y=4,7+0,85Y
U=4,7/(1-0,85)= 31,3
Choques
64
Neste modelo há apenas dois tipos de choques (políticas, neste caso):
Políticas monetárias
Financiamento por impostos
Políticas orçamentais Financiamento por divida
Financiamento por moeda
65
Aumento dos Gastos Financiados por dívida
O impacto imediato da subida dos gastos é uma subida da despesa nacional
que, depois, vai aumentar ainda mais, devido ao efeito multiplicador.
Simultaneamente, como o produto sobe, sobe a procura de moeda, o que,
como a oferta é a mesma, faz subir a taxa de juro, para repor a procura
igual à oferta. Isto vai ainda ter um efeito de descida de investimento, o que
compensa parte da subida inicial do produto.
66
Aumento dos Gastos Financiados por emissão de moeda
Como a oferta de moeda sobe, esta leva à descida da taxa de juro.
Se a taxa de juro desce, esta leva ao aumento dos Investimentos.
Se aumentam os investimentos, e se D=C+G+I, a despesa aumenta.
Se a despesa aumenta, Y aumenta logo de acordo com a expressão de
Fisher a procura de moeda aumenta.
Se a procura de moeda aumenta a taxa de juro volta a subir um pouco, logo
os investimentos diminuem e a despesa também.
Exercício 43:
Recorrendo ao modelo keynesiano, identifique os efeitos sobre os principais agregados
económicos (rendimento, investimento, taxa de juro e nível geral de preços) dos
seguintes acontecimentos.
b)O Estado decide construir o Centro Cultural de Belém, financiado por impostos.
c) O Banco central vende títulos do estado (em troca recebe moeda que retira de
circulação, pelo que a oferta de moeda desce.
67
A redução da oferta da moeda leva a uma subida da taxa de juro, o que se vai refletir
numa queda do investimento e consequentemente, da procura agregada e numa descida
do produto (com efeito multiplicador). A descida do produto irá fazer diminuir a procura
de moeda, descer a taxa de juro, aumentando o investimento e o produto. O efeito
dominante é no entanto o efeito inicial.
68
O debate da economia global
Segundo os Keynesianos, a economia deveria ser continuamente
acompanhada por uma política de estabilização onde, através de alterações
de G e T, se controla a procura agregada. O Governo deveria portanto
através dos seus gastos ou impostos, manipular a situação económica.
Chama-se a isso política orçamental.
No entanto este modelo torna-se ineficaz em períodos de pleno emprego
pois leva ao aparecimento de uma enorme inflação, que foi notória aquando
do choque do petróleo nos anos 70.
Nessa altura, tomaram força os que defendiam a antiga teoria do equilíbrio
e que tinha sido esquecida durante décadas pela hegemonia keynesiana.
Na verdade, os países devem optar por uma estratégia mista. O Estado tem
de intervir para corrigir falhanços de mercado, devido há falta de
concorrência, externalidades, etc. No entanto o papel do Estado não é o de
substituir a economia, não pode controlar totalmente a economia pois esta
não é controlável.
A função do estado é, sim, criar estabilidade e orientar e economia, no
sentido de permitir que os agentes possam exercer a sua função livremente.
Interdependência mundial
A grande diferença entre as relações internas e internacionais são:
Existência de leis diferentes, em cada território
A moeda
Comportamento do Estado na atividade económica é diferente: os
gastos públicos e os impostos, as dívidas internas e externas, o
montante emitido de moeda, são diferentes de país para país.
Segurança que o Estado cria para as transações internas e que falta
nas internacionais
Obstáculos culturais, geográficos, etc.
Balança de pagamentos
A balança de pagamentos É o documento contabilístico que regista
todos os fluxos económicos que se fazem através da fronteira, ou seja, das
relações económicas da sociedade com exterior. Este registo faz-se de
acordo com o método contabilístico básico das partidas dobradas. Todas as
transações têm um registo a débito e um registo a crédito, pelo que o saldo
da balança de pagamentos é zero.
69
Balança corrente + -
Balança comercial Exportações Importações
Balança de serviços (ex: turismo, transporte, seguros) Exportações Importações
Balança de rendimentos (ex: juros, rendas, dividendos Os pagamentos de salários… que Nosso pagamento
e salários) os nossos (que vivem cá!) a trabalhadores e
trabalhadores e investidores investidores
recebem no exterior. estrangeiros.
Balança de transferências unilaterais. Ex: remessas Oferta de dinheiro feitas por ele a Oferta de moeda
dos emigrantes, transferências da EU, cooperação entre nós feita por nós a ele
Estados, pensões de emigrantes regressados.
Balança monetária + -
Variação de reservas dos bancos Diminuição das reservas Aumento das reservas
Variação de reservas do banco central Diminuição das reservas Aumento das reservas
(Balança de Liquidação Oficial)
70
A soma de todos estes registos dará a balança de pagamentos cujo saldo
será sempre nulo.
Exercício:
Como se regista:
a) Uma exportação:
Créditona Balança corrente
Débitona balança de reservas se o pagamento for em dinheiro
Na balança de capitais a curto prazo se for uma letra
b) Remessa de emigrantes
Crédito Balança de transferências unilaterais
DébitoReservas dos bancos
Balança de capital
Transferências de capital e outros ativos não financeiros (são mudanças de propriedade sem
contrapartida, ex: transferências da EU para financiar infraestruturas, transferências de património resultante do regresso de emigrantes, perdão
de uma divida de um país terceiro face a Portugal)
Aquisição/ cedência de ativos não produzidos não financiados (patentes, licenças, marcas,
transferências de jogadores de futebol, aquisição de terrenos)
Balança financeira (inclui transações que implicam a mudança de titularidade entre residentes e não residentes de ativos e passivos
financeiros e outras variações nos ativos e passivos financeiros da economia sobre o exterior)
Investimentos diretos (criação de filiais)
- I.D. de Portugal no exterior
+ I.D. do exterior em Porugal
Investimentos de carteira (ex: aqisição por um residente de títulos de tesouraria americano)
71
- Ativos
+ Passivos
Balança de
operações
Derivados financeiros (ex: compra e venda de contratos de futuros ou opções)
não Outros investimentos (ex: variação de ativos e passivos de curto prazo nos bancos, incluindo créditos comerciais, e de ativos e
passivos das autoridades monetárias que não sejam classificadas como reservas)
monetárias
Ativos de Reserva (são os ativos de reserva do banco de Portugal denominados em moedas diferentes do euro, que representa as
responsabilidades face a não residentes na zona euro, ex: aquisição, pelo banco de Portugal, de títulos de divida americana.
Erros e omissões
Balança de pagamentos
Exercício 45:
Efetue os seguintes lançamentos na Balança de Pagamentos:
a) Exportação pagável a 3 meses.
Débito b. financeira – outros investimentos – concessão crédito
Crédito B. Mercadorias – comercial – exportações
b) Viagem feita por um português ao estrangeiro, paga a pronto
Débito B. serviços – importações
Crédito B. financeira – saída de reservas
c) Recebimento de uma transferência de um emigrante
Débito B. Financeira (outros investimentos) – entrada reservas
Crédito Transferências correntes (recebimento remessas)
d) Empréstimo externo obtido pelo Estado para financiar um novo centro cultural
Débito B. Financeira - Outros investimentos - (entrada de reservas)
Crédito B. Financeira – outros investimentos – obtenção de empréstimo
e) Oferta ao exterior de mercadorias
Débito Transferências Correntes (doação)
Crédito B. Mercadorias – comercial – exportação
f) Doação ao estrangeiro, posteriormente usada para nos comprar mercadorias
Débito Transferências correntes (doação)
Crédito B. financeira – outros investimentos - saídas reservas
Comércio internacional
Porque é que os países trocam entre si ? :
1. Diferenças na capacidade de produção – Certas características que
são diferentes de países para países como clima, recursos naturais,
cultura etc. assim os países que produzem certos melhor certos bens
vendem aos que não produzem ou o produzem mais caro.
72
2. Diferenças de gostos. Se dois países produzirem chá e café, mas cada
um deles gostasse de uma das bebidas, diferente da do vizinho, o
comércio seria muito intenso.
3. Rendimento de escala crescente – Se aumentar a escala de produção
cada produto fica mais barato. Este rendimento de escala crescentes
levam cada país a especializar-se num bem, comprando o resto do se
consumo aos demais.
O bem será exportado pelo país que tem o preço interno mais barato e
importado pelo que tem o preço mais elevado. A exportação fará subir o
preço no país exportador e descê-lo no país importador, até se chegar a um
preço intermédio, igual nos dois países (preço internacional).
A quantidade exportada será o excesso de oferta ao preço internacional e a
quantidade importada o excesso de procura no país importador.
No caso de um pequeno país, cujo volume de produção e comércio não é
suficientemente grande para alterar a procura e oferta mundial, ele vai
importar ou exportar, consoante o preço internacional for inferior ou
superior, respetivamente, ao preço interno, mas o seu comércio com o
exterior não afeta os preços internacionais.
73
muito do bem que ele foi exportado. foi por produzir pouco do
bem que ele foi importado.
Consumidores No entanto estes são menos importantes Pesam mais pois foi por
economicamente visto que foi por gostarem gostar do bem que ele é
pouco do produto que o preço desceu. importado
Exercício 47:
No quadro abaixo estão indicados as quantidades produzidas de vinho e tecidos entre
Portugal e Inglaterra:
74
Portugal Inglaterra
Vinho 4 2
Tecido 3 1
Portugal Inglaterra
Vinho Pv/Pt 0,75 0,55
Tecido Pt/Pv 1,33 2
Inglaterra tem vantagem relativa no vinho logo irá exportar vinho, Portugal tem
desvantagem relativo logo vai importar.
Portugal tem vantagem relativa no tecido logo irá exportar tecido, Inglaterra tem
desvantagem relativa logo irá importar.
Politica comercial
Muitos países continuam a criar obstáculos à entrada dos produtos
importados. Esses obstáculos são:
Cobrança de tarifas – Impostos sobre os produtos importados que
por isso lhe sobem o preço, tornando-os menos apetecíveis ao
consumidor.
Quotas – Que fixam quantidades máximas ás importações.
1) Tarifas
75
A importação desce de (A-A’) para (B-B’). Esta descida faz-se porque os
produtores nacionais aumentaram a sua produção de (A-B), ao longo da
curva da oferta, e a procura desceu de (A’-B’), ao longo da curva da
procura, ambos os movimentos causados pela subida do preço.
2) Quotas
Exercício 48:
Represente graficamente os efeitos económicos da proteção. Particularmente:
a) Promoção de ineficiência na produção nacional
b) Edução de consumo nacional
c) Receitas governamentais adicionais
76
Razões para a existência de protecionismo:
Não económicas – é preciso colocar barreiras para protege esta
indústria devido a razões não económicas (defesa, cultura) que se
sobrepõe à eficiência.
o Certificar-se que não haja nenhum motivo económico por
detrás desse motivo não económico (exemplo: ganhos para a
indústria a proteger)
o Será que a sociedade está disposta a pagar os custos de
ineficiência que resultam dessa barreira, para ter o tal
beneficio não económico.
Se assim for, deve-se usar subsídios e não cobrar tarifas visto que se o
governo e o povo querem manter essa produção, devem paga-lo
diretamente, e não refletir o custo disfarçadamente sobre os consumidores
de bens.
Económicos – vários motivos económicos têm sido apresentados:
o Produzir e comprar internamente é bom porque acumula
reservas e poupa moeda estrangeira. Isto está errado visto que
a acumulação de reservas não é um bem em si, não dando
diretamente utilidade.
o Temos de proteger os produtores nacionais deste setor da
concorrência externa. Surge o problema de porque é que que a
sociedade quer proteger produtores ineficientes, não tendo em
conta os custos enormes que a sociedade paga.
o Temos de evitar a concorrência do trabalho estrangeiro
barato. O que interessa é a produtividade assim se estes países
são mais produtivos, produzindo mais barato os outros países
devem procurar especializar-se noutros setores em que tenham
vantagem comparativa.
o Retaliação. Se os outros praticassem comércio livre, nós
eliminávamos as nossas barreiras, mas como os outros países
se protegem, é justo que também o façamos. Mas se os outros
fazem asneira, não é razão para nós também fazermos. Criar
barreiras traz enormes custos para a sociedade.
77
Indústria nascente – Pôr barreiras para proteger e ajudar uma
indústria que acabou de se fundar e que, por isso, tem dificuldade em
concorrer com as empresas estrangeiras, mais experientes. No
entanto é importante, nestes casos, saber se precisa mesmo de ajuda,
se a sociedade está disposta a abarcar com estes custos, e se
posteriormente ela trará benefícios que compensem os custos. Se
assim for deve-se optar pelos subsídios.
Redução do desemprego – Se o desemprego é uma distorção, a nova
distorça de barreiras pode melhorar a situação.
Os movimentos de capitais
O mercado financeiro funciona na mesma forma como no mercado de bens.
As pessoas que querem emprestar ou pedir emprestado podem aceder aos
mercados financeiros internacionais. Assim, como o comércio faria com
que os preços se igualassem para o mesmo bem, também aqui a interação
entre os agentes dos dois mercados igualam a taxa de juro entre os países.
78
Existe uma procura de moeda estrangeira por parte de todos os que
querem importar, enviar transferências, rendimentos e capitais lá para fora
e que só podem fazê-lo na moeda estrangeira.
Existe uma oferta de moeda estrangeira, por parte de todos os que
exportam, que recebem transferências, rendimentos e capitais lá de fora e
que querem converter a moeda estrangeira na nacional, para poderem fazer
compras cá.
O equilíbrio entre estas duas curvas determina a taxa de câmbio ou seja
quantas unidades da nossa moeda temos de dar pela moeda deles.
Exemplo:
Conversão do euro em dólar. A taxa de câmbio mede o número de euros a
dar por cada dólar.
79
Taxa de câmbio perfeitamente fixa – O Estado fixa por lei e
mantém-na, como qualquer outro preço tabelado. Assim, o mercado
cambial está normalmente desequilibrado. O equilíbrio do mercado
dar-se-á, ás vezes acima da taxa legal fixada, outras vezes abaixo,
criando saídas ou entradas de reservas, respetivamente.
Um dos casos mais frequentes dá-se quando alguns países as suas taxas de
câmbio a valores muito valorizados, isto é com taxas de cambio muito
baixas. Nesta situação a balança de operações não monetárias está em
défice permanente, o que implicaria uma saída permanente de reservas. De
forma a que as reservas não desapareçam, estes sistemas são acompanhados
por proibições ou limites nas transações. Daí que surja o mercado negro
onde se transaciona moeda estrangeira à taxa próxima da realidade do
equilíbrio. Entretanto os poucos que tem acesso à moeda estrangeira,
beneficiam de produtos estrangeiros a preços muito baixos.
Câmbios fixos mas não constante (crawling peg)– Alguns
países prevendo um crescimento da procura de meda estrangeira
no futuro, e querendo controlar a taxa de câmbio o governo fixa a
taxa de câmbio, mas numa trajetória ascendente e não num valor.
A lei diz o valor de uma taxa de câmbio inicial e afirma que ela
vai crescer todos os meses uma percentagem.
80
mercado através das reservas. Assim se houver um aumento da
procura de moeda estrangeira em vez de deixar desvalorizar o escudo
ou criar um défice que fizesse sair reservas, o que o banco português
faz é aumentar a oferta de dólares. Ao vender dólares livremente no
mercado, o Banco de Portugal coloca a oferta de dólares de tal forma
que a taxa de câmbio de equilíbrio é muito semelhante à que era
antes do choque de aumento das importações.
81
Mas se o especulador conseguir convencer muita gente que o euro vai
desvalorizar, as reservas dos Bancos Centrais podem não ser suficientes
para aguentar a pressão dos especuladores, e nesse caso terá de desistir.
O equilíbrio sobe acima da banda e o escudo desvaloriza-se. Os
especuladores, nesse caso, compram os escudos mais baratos, ou seja,
vendem as libras a um valor mais alto do que as compraram. Pagam os
escudos a quem lhos emprestou e ficam com a diferença de ganho.
п= п*+ê
I= i*+ê
Estas equações dizem que, numa situação de mercado sem barreiras, a taxa
de inflação interna (п) é igual à taxa de inflação externa (п*) somada com a
desvalorização que a moeda nacional sofre. O mesmo se passa com a
inflação.
Exercicio 49 e 50:
1) Diga se as seguintes moedas valorizaram ou desvalorizaram.
82
Quantidade de USD ou IENE por euros
USD IENE
2001 0,90 108,7
2002 0,95 118,6
2003 1,13 131,0
Variação= 0,95/0,9= 5,6%
USD/€ Var. (%) IENE/€ Var (%) As variações positivas significam
2001 0,9 108,7 apreciação da moeda nacional em
2002 0,95 5,6% 118,6 9,1% relação ás moedas estrangeiras e
1,13 18,9% 18,9% 131 10,5% vice versa.
83
A situação atual do mundo
Há uma distribuição desigual do produto e da população pelos vários
países.
Esta constatação permite a diviso do mundo em 4 grandes grupos.
A história do desenvolvimento
A primeira revolução que se deu no planeta foi a revolução neolítica que permitiu
ao homem pela primeira vez controlar as energias biológicas, possibilitando assim um
crescimento da população.
No entanto, até ao séc. XVIII o Mundo sofria fortes flutuações da evolução, quer
da produção quer da população motivados por vários choques naturais ou humanos.
Não se verificando até 1750, períodos de subida sustentada do nível do produto per
capita.
Foi com a revolução industrial, que se iniciou na Inglaterra, e o posterior
aproveitamento e exploração das riquezas coloniais que se iniciou o processo de
afastamento entre os países industrializados por um lado, e o conjunto dos restantes
países, por outro. Assim, até aos fins do século XVII os desvios nos níveis de
desenvolvimento económico e técnico dos diversos países eram pouco relevantes e
países que hoje considerarmos como desenvolvidos encontravam-se mais atrasados
quando comparados com algumas nações do Mundo Oriental como a China e Índia.
Com a revolução industrial, e em menos de dois séculos, o nível de crescimento
económico dos países que se industrializaram atingiram valores surpreendentes,
sobretudo se pensarmos na lenta evolução verificada até aquela data: a população
cresceu exponencialmente, o nível de vida da população cresceu, o volume de trocas e
a produção industrial aumentou. Viveu-se apartir daqui a Pax Britânica.
84
Os vizinhos da Grã-Bretanha começaram a copiar as experiências que aí se
faziam e que tão bem sucedidas se mostravam. Daí que a revolução industrial se
estendeu á França, Prússia e outros Estados da Europa Central e do Norte que
procuraram adaptar as suas unidades produtivas ás novas tendências de produção.
No resto do Mundo, a história foi diferente. Grande parte dos países estava debaixo
do domínio colonial até ao fim da II Guerra Mundial o que teve consequências nestes
países.
América Latina – aqui registaram-se alguns exemplos de desenvolvimento
precoce e bem sucedido, como a Argentina. Mas a instabilidade social e a
grande disparidade na apropriação de riqueza haveriam de gerar mais tarde lutas
politicas internas que destruiriam grande parte dos resultados obtidos.
Ásia – Grande variedade de resultados. Uns países fecharam-se a esta
revolução, outros não, uns países atingiram um enorme desenvolvimento e
outros não.
África – devido a várias razões a África foi a que apresentou mais obstáculos ao
desenvolvimento.
A grande guerra (1914- 1918) veio abalar esta fase de desenvolvimento,
destruindo as economias e alterando o equilíbrio de forma permanente:
A guerra foi uma das responsáveis pela revolução russa em 1917, e pela
subida de Lenine ao poder.
A destruição da economia dos países vencidos no conflito, as grandes
indemnizações exigidas aos vencidos, resultou na hiperinflação austríaca
e alemã dos anos 20, aproveitada pelos nazis.
Este facto também levou ao crash na bolsa de Nova Iorque em 1929 que
originou uma enorme deflação e desemprego.
De forma a fazer face à crise, os países desenvolvidos lançaram-se e politicas
Beggar-thy-Neighbour procedendo à subida das barreiras alfandegárias que
estenderam a crise para o resto do mundo.
A recuperação da crise foi lenta, ajudada por politicas de despesa pública, como o
New Deal nos EUA.
Entretanto a Revolução russa começara com o comunismo de guerra, que juntava
as ideias marxistas com as necessidades de guerra civil. Após a guerra civil a Rússia
estava de rastos pelo que Lenine teve de recuar face ás ideias marxistas, criando a
NEP, que consistia num mercado quase livre dos produtos agrícolas.
A morte de Lenine e a subida de Estaline ao poder levam:
Ao fim da NEP
Coletivização forçada dos camponeses
Aparecimento do plano quinquenal, concebido na Gosplan
Na Alemanha, a hiperinflação e situação de desordem, que se vivia na
Alemanha levaram à subida ao poder de Hitler que resolveu esta situação
através do rearmamento alemão, e levou á 2º Guerra Mundial.
85
Saída da II guerra mundial, a cena internacional vê-se dominada pelas duas
superpotências e pela guerra-fria.
O horror da instabilidade da década de 30 motivou os países a procurarem
fortemente a estabilidade. Daí se terem feito os acordos de Bretton Woods
(onde se reorganizou o sistema financeiro e se decidiu criar o fundo
Monetário Internacional e o banco internacional) e o Gatt.
Apesar de o mundo estar partido em dois blocos a hegemonia da única
potência com aparelho produtivo que não foi afetado pela guerra, e o
isolamento da União Soviética determinaram que as décadas de 50 a 60
fossem de Pax Americana. A calma internacional e o empurrão do Plano
Marshall permitiram um desenvolvimento entre 1945 a 1973 a que se deu o
nome de “os trinta gloriosos anos”.
A Europa que perdera a hegemonia caminhou para a unificação com a criação
da CEE no tratado de Roma.
A URSS livre de Estaline em 1953, abre-se ao exterior, procurando seguir
uma politica mais parecida com os restantes países da Europa.
Na China, triunfa uma revolução em 1949 liderada por Mão Tsé Tung que
enveredou por uma coletivização forçada, ainda mais radical que a soviética,
para tal lança vários programas de desenvolvimento:
1958 – Grando salto em frente
1966 – revolução cultural
que foram grandes fiascos. Só a liberalização permitiu o desenvolvimento
do país.
As independências levaram ao aparecimento de uma nova força que não se
identificava com nenhuma das potências da época: o Terceiro Mundo. Estes
começaram-se a organizar em 1955 em Bandung, onde se cria o Movimento dos Não
alinhados, que vai tomando cada vez mais uma característica revolucionária.
A meio da década de 60 começam-se a avistar problemas com o EUA que começa
a ter taxas de crescimento mais reduzidas, perante o crescimento de outras economias.
O Movimento dos países não alinhados também começa a contestar a hegemonia
americana.
O fim do sistema monetário internacional de Bretton woods em 1971, deixou a
economia mundial quase sem defesas necessárias para suportar os choques. E isto
torna-se evidente com o choque do petróleo em 1973.
Para fazer face a este choque os estados tomam medidas keynesianas, esquecendo-
se que o choque fora na esfera produtiva e não podia ser resolvido por expansão na
procura, como em 1929. Estas medidas agravaram assim a situação levando á
estagflação: onde existe ao mesmo tempo estagnação, desemprego e inflação.
O choque permitiu que os países exportadores de petróleo acumulassem grandes
excedentes, que não conseguiam gastar imediatamente, criando uma entrada de
depósitos nos grandes bancos internacionais. Assim os bancos desceram as taxas de
juro, o que aliciou muitos países a recorrerem a empréstimos, de forma a se
desenvolverem.
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No entanto as medidas keynesianas levaram a subida dos preços de todos os
produtos, o que originou uma nova subida do preço do petróleo: o segundo choque do
petróleo.
Para fazer face a este choque os países reduziram a procura o que levou à crise da
dívida. De facto os países de forma a se desenvolverem tinham pedido grandes
empréstimos quando a taxa de juro era baixa. No entanto a subida da taxa de juro
internacional e a diminuição da procura dos países desenvolvidos colocou estes países
em grandes dificuldades.
Em 1985 Gorbatchev inicia uma politica de abertura, glasnost e de reformas
Perestroika com poucos efeitos económicos, mas que liberta os países do Leste da
Europa em 1989 e desagrega a URSS.
A viragem do milénio foi marcada por uma abertura económica mundial sem
precedentes onde se vive um período de globalização caracterizado por paz, diálogo e
progresso tecnológico.
A história do desenvolvimento
Crescimento – é um conceito quantitativo que se refere ao aumento do rendimento per
capita, fruto do aumento do stock de capital, melhoria das técnicas de produção,
aumento da produtividade do trabalho, inovação tecnológica.
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nascem, e conscientes das vantagens e dos riscos do desenvolvimento pode
conseguir desenvolver-se.
Equilíbrio da pobreza:
“Pobre é pobre porque é pobre”
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Teoria e doutrina económica
Teoria – procura o conhecimento rigoroso e definitivo
Adam Smith – que descreveu o funcionamento do mercado,
através da mão invisível.
David Ricardo – introduziu as leis dos rendimentos decrescentes e
constrói o primeiro modelo da evolução da economia.
John Stuart Mill
Karl Marx – baseado no modelo ricardiano Marx cria o
comunismo, que aparece como alternativa à economia de
mercado.
Teoria marginalista que defende que o valor é dado pela utilidade
marginal e o custo pelo custo marginal.
Fisher – Apresentava a teoria monetária completa com a equação
M*V= P*Y
Keynes – Modelo de desequilíbrio, para uma economia em
depressão.
Doutrina – Opinião, visão particular
Temas da DSI:
Trabalho – Sendo o fator trabalho o principal ativo dos pobres a
Igreja preocupa-se com as relações entre o trabalho e o capital, os
problemas de desemprego, a dignidade do trabalho, igualdade no
trabalho no que respeita ao trabalho feminino, jovens, minorias etc.
Salário justo – O mercado livre pode gerar um salário abaixo do
mínimo necessário a uma vida decente, e nesse caso tal salário não
pode ser aceite.
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Função social da propriedade – apesar de defender o princípio da
propriedade privada, todas as pessoas, sendo filhas de de Deus,
devem partilhar os seus bens com os mais necessitados.
Sistema económico – a Igreja admite a importância da economia na
sociedade, mas chama a atenção para aplicação cega e automática
dos princípios económicos, esquecendo as realidades humanas que
lhe estão ligadas (economicismo).
Há que ter em conta que é indispensável que haja uma relação direta entre a
doutrina social da igreja e a teoria económica pois ambas são
indispensáveis para a realização da política económica. Verificar se existe
compatibilidade entre uma visão particular do mundo e os resultados da
análise rigorosa e cientifica da realidade é um elemento importante do
estudo de qualquer doutrina.
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