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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS

AULA 1
PROFESSOR: RICARDO GOMES

DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS


AULA 1
Prof. RICARDO GOMES

Prezados(as) Alunos(as)!

2. CÓDIGO ELEITORAL (Lei nº 4.737/1965).


2.1. Considerações Iniciais (continuação).
Principiamos nesta AULA 1 pelo assunto mais relevante na seara
do Direito Eleitoral! A saber, o Código Eleitoral!
Como já assinalado por mim na Aula Demonstrativa, o Código
Eleitoral é matéria básica em todo concurso que exija Direito Eleitoral,
especialmente nos concursos de TREs.
Nos os Editais, é o ponto inicial e, quase sempre, o mais
extenso dos conteúdos programáticos! Isso para todos os cargos, inclusive
Técnico e Analista Judiciário. Vejamos os mais atuais de TREs para
compararmos:

TRE/AM (11/2009) TRE/RS (04/2010) TRE/AC (07/06/2010)


TÉCNICO ADMINISTRATIVO TÉCNICO ADMINISTRATIVO TÉCNICO ADMINISTRATIVO
Noções de Direito Eleitoral: ANALISTA PROCESSUAL e ANALISTA PROCESSUAL
Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65): ANALISTA ADMINISTRATIVO Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65):
Composição e Competência dos Direito Eleitoral: Introdução (arts. 1º a 11),
Órgãos da Justiça Eleitoral: Conceito e fontes. Composição e Competência dos
Tribunal Superior Eleitoral. Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965 e Órgãos da Justiça Eleitoral: Tribunal
Tribunais Regionais Eleitorais. alterações posteriores): Superior Eleitoral, Tribunais
Juízes Eleitorais. Introdução; Regionais Eleitorais, Juízes
ANALISTA – ÁREA JUDICIÁRIA Dos órgãos da Justiça Eleitoral; Eleitorais, Juntas Eleitorais (arts. 12 a
e ADMINISTRATIVA Dos recursos (Disposições 41). Alistamento Eleitoral: Da
Direito Eleitoral: Código Eleitoral preliminares). qualificação e inscrição (arts. 42 a
(Lei n.º 4.737/65): Observem para todos os 50). Do cancelamento e da exclusão
Introdução (Arts. 1º a 11) de eleitores (arts. 71 a 81).
cargos foram exigidas as
Composição e Competência dos Observem que para
Órgãos da Justiça Eleitoral: mesmas matérias! Não
todos os cargos foram
Tribunal Superior Eleitoral. apenas para os cargos
exigidas as mesmas
Tribunais Regionais Eleitorais. de nível superior!
Juízes Eleitorais. matérias! Não apenas
Juntas Eleitorais (Arts. 12 a 41) para os cargos de nível
(...)
superior!

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Nesta parte a ser estudada e nas futuras, por questões de ordem


didático-pedagógicas e materiais, deteremos maior atenção e salientaremos os
dispositivos mais relevantes, que demandam maior explicitação de seu
conteúdo e que, principalmente, caem com maior freqüência nas provas de
Direito Eleitoral. Os demais exigirão dos estudantes apenas simples leitura do
texto legal.
O principal objetivo deste Curso é apresentar ao estudante linhas
Teóricas do Direito Eleitoral e facilitar a resoluções de questões de prova de
Direito Eleitoral.
Ainda, vale lembrar que muitos dos dispositivos do Código Eleitoral
estão tacitamente revogados pela Constituição Federal de 1988, que regulou
quase inteiramente algumas matérias. O Código Eleitoral hoje uma verdadeira
“colcha de retalhos”! Com isso, faremos constantes digressões ao texto
constitucional, sem fugir do roteiro previsto na Lei Eleitoral, que, apesar disso,
é pedida nos concursos públicos.
Como estamos trilhando os editais da FCC, seguirei o roteiro do
Código Eleitoral. Ressalto, todavia, que a abordagem desta 1ª Aula será com
base nas normas constitucionais do Direito Eleitoral.

QUADRO SINÓPTICO DA AULA:

1. Introdução ao Código Eleitoral


a. Capacidade Eleitoral Ativa (Alistabilidade);
b. Capacidade Eleitoral Passiva (Elegibilidade)
c. Inelegibilidades;

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2.2. INTRODUÇÃO AO CÓDIGO ELEITORAL (arts 1º ao


11).
2.2.1. PODER REGULAMENTAR DO TSE (Art. 1º)
Cabe aqui repisar esta matéria já ventilada na Aula Demonstrativa.
Como estudamos linhas atrás, as Resoluções do TSE estão entre as
principais fontes do Direito Eleitoral! O art. 1º, parágrafo único, e o art. 23,
inciso IX, do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65), como também o art. 105 da
Lei nº 9.504/97 (Lei das Eleições), são os principais dispositivos legais que dão
suporte ao Poder Regulamentar do TSE.
No Direito Público o Poder Regulamentar é conceituado como
aquele conferido à Administração Pública de explicitar, esclarecer, conferir
execução às leis ou disciplinar matéria que não se sujeita à iniciativa de lei.
É isso que faz o TSE rotineiramente. Este Poder de
Regulamentação Eleitoral é uma competência conferida ao Tribunal Superior
Eleitoral de regular as eleições e todo o sistema eleitoral, expedindo instruções
julgadas convenientes à execução do Código Eleitoral e da Constituição
Federal. Constitui um dos aspectos diferenciadores da Justiça Eleitoral.
Explicito melhor a função reguladora da Corte Eleitoral. Em
critérios práticos, a depender do fundamento legal para a edição de atos
normativos, a função regulamentadora do TSE tem se consubstanciado em 2
espécies normativas: Instruções Normativas e Resoluções.
1. INSTRUÇÕES NORMATIVAS - quando o TSE edita atos
regulamentares de caráter genérico sobre matéria eleitoral,
com base no art. 1º, parágrafo único, e art 23, IX, do Código
Eleitoral;
2. RESOLUÇÕES – quando o TSE regulamenta especificamente
as Eleições, consoante o art. 105 da Lei nº 9.504/97,
A despeito dessa diferenciação prática realizada pelo TSE, o que
importa é saber a existência desse Poder Normativo de regulação sobre
matéria eleitoral.

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Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965)

Art. 1º
(...)
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá
instruções para sua fiel execução.
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal
Superior,
(...)
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à
execução deste Código;

Lei nº 9.504/1997
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções
necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente,
em audiência pública, os delegados ou representantes dos
partidos políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)

2.2.2. FONTE DO PODER POLÍTICO (Art. 2º)


O Código Eleitoral em seu texto inicial de 1965 previu a cláusula
democrática de que o Poder Político teria como titularidade o “povo”. É
também o direito de voto conferido ao povo. Mais modernamente, a
Constituição Federal de 1988 destaca o povo como única fonte de todo o poder
político, nos seguintes termos:

CF - 88
Art. 1º
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.

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Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965)


Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu
nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente,
dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais,
ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na
Constituição e leis específicas.

Em vista da normação conferida pelo diploma constitucional, a


doutrina considera que este dispositivo do Código Eleitoral está parcialmente
revogado. A despeito disso, basta decorarmos o conteúdo do dispositivo
constitucional, que por sinal, é de fácil assimilação.

2.2.3. CAPACIDADE ELEITORAL.


Conceitos Fundamentais.
Na lição de Pedro Lenza, os Direitos Políticos “nada mais são do
que os instrumentos através dos quais a CF garante o exercício da soberania
popular, atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem na condução da
coisa pública, seja direta ou indiretamente”.
O cidadão só participa dos direcionamentos do Estado se o forem
garantidas certas prerrogativas. Por isso que os Direitos Políticos podem ser
resumidos como as prerrogativas que permitem ao cidadão tomar parte nos
comandos da coisa pública. Isso porque os Direitos Políticos são o conjunto de
regras que disciplinam as formas de atuação da soberania popular (“todo o
poder emana do povo”).
O Sufrágio é o direito de votar e de ser votado. Consiste no mais
notável elemento dos Direitos Políticos. Com isso, a capacidade votar e de
ser votado, por decorrência lógica, são igualmente elementos essenciais dos
Direitos Políticos dos cidadãos.
Assim, podem-se classificar os Direitos Políticos em:

1. Capacidade Eleitoral Ativa (Alistabilidade) – direito de


votar, capacidade de ser eleitor;
2. Capacidade Eleitoral Passiva (Elegibilidade) – direito de
ser votado.

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Mas, Professor, o que mesmo é o Voto?


Vamos então diferenciar rapidamente alguns conceitos
indispensáveis à compreensão deste assunto.
o Nacionalidade – é um vínculo jurídico e político que liga um
indivíduo a um Estado. Ex: provavelmente você é brasileiro
porque preencheu as específicas regras sobre nacionalidade
previstas no art. 12 da CF-88;
o Cidadania – pressupõe a existência de vínculo com o Estado
(Nacionalidade) e o efetivo alistamento eleitoral. Somente o
Nacional alistado como eleitor é considerado cidadão. Em
tese, é possível o nacional não ser cidadão ao não se alistar-
se como eleitor;
o Soberania Popular - é um postulado normativo que implica
na absoluta atribuição do poder político ao povo. Ela é
exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,
com valor igual para todos, mediante plebiscito, referendo e
iniciativa popular, consoante art. 14, caput, da CF-88;
o Sufrágio - é o direito de votar e de ser votado (capacidade
votar e de ser votado); Obs: o sufrágio no Brasil é
universal. O Sufrágio Universal quer dizer que o direito de
votar no Brasil é concedido a todos os nacionais,
independentemente de condições que diferenciem uns de
outros nacionais. Assim, não existe em nosso País o sufrágio
censitário e capacitário, que implicam em exigências mínimas
de renda ou de qualificação dos nacionais;

o Voto - o voto decorre do direito de sufrágio, sendo o ato pelo


qual o eleitor manifesta sua vontade. O sufrágio é o próprio
direito de votar, enquanto que o voto é o ato prático do
direto de votar, do direito de sufrágio.
O sufrágio (direito de votar e ser votado) é também exercido
pelo próprio voto!

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Características do Voto no Brasil:


1. Direto – os eleitores elegem representantes por si
próprios, sem intermediários;
2. Igualdade – todos os eleitores (cidadãos) têm o
mesmo valor, para cada cidadão, um voto
correspondente - cláusula do “one man, one vote”
(um homem, um voto);
3. Periodicidade – os mandatos políticos são
temporários (cláusula pétrea constitucional), logo o
voto também será periódico;
4. Sigilosidade – o voto do eleitor não pode ser revelado
para terceiros;
5. Liberdade – o eleitor não pode ser constrangido a
escolher determinado candidato (obrigatoriedade
apenas de comparecer ás urnas);
6. Personalidade – o voto não pode ser exercido por
interposta pessoa, apenas pessoalmente;
7. Obrigatório – o exercício do voto, como regra, é
obrigatório (obrigatoriedade apenas de comparecer ás
urnas), salvo as exceções constitucionais pela
facultatividade para os analfabetos, maiores de 70 anos
e os menores de 18 e maiores de 16 anos (art. 14,
§1º, da CF-88).

Leiamos como a CF-88 aborda sobre os Direitos Políticos:

CF-88
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;

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III - iniciativa popular.

Como vimos, uma das formas de se levar a efeito a soberania


popular é o exercício do direito de voto. No entanto, a CF-88, em seu art. 14
acima, preleciona que a soberania popular será também exercida pelo
plebiscito, referendo e iniciativa popular. Vejamos então o que é cada um.
I – PLEBISCITO – é uma consulta Prévia feita aos cidadãos a
respeito de matéria política que será ainda discutida pelo Congresso Nacional.
Ocorre antes da manifestação do Congresso.
II – REFERENDO – é uma consulta posterior sobre determinado
ato governamental já, para Ratificá-lo, Referendá-lo. Só se ratifica ou
referenda algo a posteriori, para frente.
PLEBISCITO X REFERENDO

Plebiscito – Prévia Consulta (PP), antes que seja apreciada pelo


Congresso.

Referendo – Ratificadora (RR), Referendadora Consulta


(realizada posteriormente ao ato governamental já editado).

III – INICIATIVA POPULAR – é uma das formas de por em ação


a soberania popular prevista na CF-88, em seu art. 61, §2º, por meio da qual
os cidadãos poderão, por conta própria,/ proporem à Câmara dos Deputados
que votem um projeto de lei de seus interesses. Um exemplo emblemático de
Projeto de Lei de Iniciativa Popular é o Projeto “Ficha Limpa”, aprovado pelo
Senado Federal e sancionado recentemente pelo Presidente da República.
CF-88
Art. 61.
§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por
cento dos eleitores de cada um deles.

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Requisitos Constitucionais para a INICIATIVA POPULAR:

1. 1% mínimo do eleitorado nacional;


2. 5 Estados – número mínimo;
3. 0,3% (três décimos por cento) dos eleitores de cada
um desses Estados.

IV – VOTO - o voto decorre do direito de sufrágio, sendo o ato


pelo qual o eleitor manifesta sua vontade.

A Lei nº 9709/98 regulamente o art. 14, caput, da CF-88, trazendo


os conceitos e os contornos legais de plebiscito, referendo e iniciativa popular:
Art. 2o Plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo
para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de
natureza constitucional, legislativa ou administrativa.
§ 1o O plebiscito é convocado com anterioridade a ato
legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar
ou denegar o que lhe tenha sido submetido.
§ 2o O referendo é convocado com posterioridade a ato
legislativo ou administrativo, cumprindo ao povo a respectiva
ratificação ou rejeição.
Art. 3o Nas questões de relevância nacional, de competência do
Poder Legislativo ou do Poder Executivo, e no caso do § 3o do art.
18 da Constituição Federal, o plebiscito e o referendo são
convocados mediante decreto legislativo, por proposta de um
terço, no mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas
do Congresso Nacional, de conformidade com esta Lei.
Art. 13. A iniciativa popular consiste na apresentação de projeto
de lei à Câmara dos Deputados, subscrito por, no mínimo, um por
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco
Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores
de cada um deles.

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Com esse arcabouço teórico, voltamos aos conceitos delineados no


Código Eleitoral e na CF-88.

2.2.3.1. CAPACIDADE ELEITORAL ATIVA


(ALISTABILIDADE)
A Capacidade Eleitoral Ativa ou Alistabilidade, como visto, é a
capacidade de ser eleitor, que constitui o direito de votar.
Para que adquira o direito de votar, é preciso que o indivíduo faça
seu ALISTAMENTO na Justiça Eleitoral, nos termos do art. 4º do Código
Eleitoral, derrogado parcialmente pelo art. 14, §1º, da CF-88, que regulou com
mais detalhes a obrigatoriedade do alistamento, da seguinte maneira:

Código Eleitoral
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se
alistarem na forma da lei. REVOGADO

CF-88
Art. 14
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Examinemos com mais detalhes o dispositivo constitucional. Friso


aos alunos que os arts. 4, 5 e 6, do Código Eleitoral são considerados pela
doutrina como tacitamente revogados pela CF-88. Daí porque nos
deteremos às normas previstas na Constituição.
O art. 14, §1º, da CF-88 dispõe, portanto, sobre a

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obrigatoriedade do alistamento e do voto. Abaixo um quadro esquemático


para memorização:

ALISTAMENTO ELEITORAL e VOTO

Apenas para os maiores de 18 anos


OBRIGATÓRIOS e menores de 70 anos
18 anos < X < 70 anos

o analfabetos
o maiores de 16 anos e menores
de 18 anos
FACULTATIVOS
o maiores de 70 anos
Resumo: 16 anos < X < 18 anos;
X > 70 anos

Observação: Regulando o dispositivo constitucional em estudo, a


Resolução TSE nº 21.538/2003, em seu art. 14 prevê, em outras palavras, que
é preciso comprovar a idade 16 anos completos na data do pleito, e não
necessariamente na data do alistamento eleitoral, desde que a inscrição seja
no mesmo ano eleitoral. Assim, é possível alistar-se com 15 anos de idade,
desde que se prove possuir os 16 anos completos quando da eleição.
Resolução TSE nº 21.538/03
Art. 14. É facultado o alistamento, no ano em que se realizarem
eleições, do menor que completar 16 anos até a data do pleito,
inclusive.
Calma pessoal!
Este só foi um aperitivo! Estudaremos na AULA 7 especificamente a
Resolução TSE nº 21.538/03.

Por outro lado, como não poderemos nos esquecer do nosso velho
Código Eleitoral, é importante considerarmos que é previsto nele maiores
disposições sobre a obrigatoriedade do alistamento e do voto. Como regra, não
são cobrados em concursos tanto quanto o conhecimento do texto
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constitucional, mas iremos enfrentá-los para uma eventual cobrança da FCC.


O Código Eleitoral prevê no seu art. 6º, caput, que o “alistamento e
voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo”. No entanto, vige
atualmente o previsto no art. 14, § 1º, I e II da CF-88:
ƒ alistamento e voto obrigatórios para os maiores de
dezoito anos (18 anos).
ƒ alistamento e voto facultativos para os analfabetos,
para os maiores de setenta anos (70 anos) e para os
maiores de dezesseis e menores de dezoito anos (16
anos < x < 18 anos).

Com efeito, prevê o mesmo art. 6º uma certa facultatividade para


o alistamento e para o voto, nos seguintes termos:

Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros


de um e outro sexo, salvo:
I - quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os que se encontrem fora do país.
II - quanto ao voto:
a) os enfermos;
b) os que se encontrem fora do seu domicílio;
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os
impossibilite de votar.

Com isso, segundo o Código Eleitoral, o alistamento seria


facultativo para:
ƒ INVÁLIDOS;1

1
Faço apenas uma pequena observação de que, segundo a Res.-TSE no 21.920/2004, em seu art. 1º, o alistamento
eleitoral e voto obrigatórios para pessoas portadoras de deficiência.
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ƒ MAIORES DE 70 ANOS (> 70 anos) – já previsto no novo


texto constitucional;
ƒ OS QUE SE ENCONTREM FORA DO PAÍS (brasileiros natos
ou naturalizados que estejam fora do Brasil);
Por sua vez, o voto seria facultativo para:
ƒ ENFERMOS;
ƒ OS QUE SE ENCONTREM FORA DO SEU DOMICÍLIO;
ƒ FUNCIONÁRIOS CIVIS E OS MILITARES, EM SERVIÇO
QUE OS IMPOSSIBILITE DE VOTAR

Por fim, há que se dedicar especial atenção à previsão


constitucional da obrigatoriedade e facultatividade do alistamento e do voto,
não se esquecendo desta previsão contida no Código Eleitoral.
ATENÇÃO!
IMPEDITIVOS PARA O ALISTAMENTO!
Você sabia que os “conscritos” não podem ser eleitores?? E,
igualmente, os estrangeiros?
Como é Professor? o que diabos é “conscrito”?
Vamos lá!
O art. 14, §2º, determina que não podem alistar-se como eleitores
os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os
conscritos.

CF-88
Art. 14
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

Estrangeiro é fácil! Por exclusão, é aquele que não é brasileiro,


nato e naturalizado. Se o estrangeiro quiser votar, é preciso que, primeiro,
faça a devida naturalização, segundo as regras constitucionais.
Observação 1: A especial condição dos Portugueses no Brasil.

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A CF-88, no seu art. 12, §1º, assegura aos portugueses com residência no país
os direitos inerentes ao brasileiro se houver reciprocidade em favor dos
brasileiros em Portugal. Isso assegura, de fato, aos portugueses, uma espécie
de quase naturalização. Desse modo, poderão alistar-se da mesma maneira
que um brasileiro naturalizado o poderá. Veremos logo à frente que os
Portugueses sofrem limitações apenas quanto à elegibilidade.
CF-88
Art. 12
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
Os Conscritos, segundo Alexandre de Moraes, são aqueles
médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam serviço militar
obrigatório na forma da Lei nº 5.292, e aqueles que prestam serviço militar na
condição de prorrogação de engajamento.
Segundo a Res.-TSE no 15.850/89: a palavra “conscritos” alcança
também aqueles matriculados nos órgãos de formação de reserva e os
mencionados médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam
serviço militar inicial obrigatório.
Este conceito é apenas para entendermos o que são os conscritos.
De todo modo, o que importa é lembrarmos que, segundo a CF-88:

NÃO PODEM ALISTAR-SE COMO ELEITORES os Estrangeiros e os


Conscritos.

A despeito do quanto aduzido sobre a revogação tácita do Código


Eleitoral pela previsão contida no art. 14 da CF-88, em respeito ao histórico da
FCC de cobrar a literalidade do texto de lei sem sequer adentrar no mérito da
validade e eficácia da norma, faremos uma breve incursão sobre o que diz a
Lei Eleitoral.
Vejamos o que diz o art. 5, caput, do Código Eleitoral:

Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:


I os analfabetos; (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da
Constituição/88)

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II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;


III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente
dos direitos políticos.

Um exemplo dos que “não sabem exprimir-se na língua nacional” é


o caso dos Índios. Caso ainda sem solução pelo TSE, não se sabe ao certo se
foi ou não recepcionado pela CF-88.2
O que importa é saber para provas da FCC que os que não
souberem a língua nacional, não souberem exprimir-se na língua nacional, não
podem alistar-se como eleitores.
Da mesma forma, os privados dos direitos políticos, seja
temporário ou definitivamente, também não podem alistar-se, consoante o
Código Eleitoral. Esta norma é para aqueles que estejam com seus direitos
políticos perdidos ou suspensos, na forma atual previsão do art. 15 da CF-
88. Mais à frente enfrentaremos o tema.
Então, se na questão vier disposto apenas o seguinte “não podem
alistar-se os estrangeiros e os conscritos”, estará certa. Se também vier que
“não podem alistar-se os privados dos seus direitos políticos” ou “os que não
saibam exprimir-se na língua nacional”, também estará certa, mesmo não
fazendo expressa menção ao Código Eleitoral.

NÃO PODEM ALISTAR-SE


DIPLOMA NORMATIVO
ELEITORES:

ƒ Estrangeiros
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ƒ Conscritos (art. 14, §2º)

ƒ os que não sabem exprimir-


se na língua nacional;

CÓDIGO ELEITORAL (Lei nº 47 ƒ os privados dos seus direitos


políticos, temporária ou
definitivamente. (art. 5º, caput, do
Código Eleitoral)

2
O TSE em recente decisão, de 01/06/2010, no bojo de consulta formulada pelo Juiz Eleitoral de Tabatinga/AM,
decidiu que a recepção ou não do dispositivo deveria ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal. O voto do Ministro
Henrique Neves, no entanto, foi pela não recepção.

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O alistamento dos militares tem previsão constitucional, não sendo


mais eficaz o parágrafo único do art. 5 do Código Eleitoral. Apesar disso,
discorro abaixo:

Código Eleitoral
Art. 5
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais,
aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais,
sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para
formação de oficiais.

Vale frisar que, conforme o art. 14, §2º da CF-88, é vedado o


alistamento apenas aos conscritos, durante o serviço militar!
Com isso, os militares não estão apartados do alistamento
eleitoral. Pelo contrário, como regra, os militares são alistáveis. Inclusive,
adianto as condições para eleição de militares alistáveis (previstas no art. 14,
§8º, da CF-88):
ƒ se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
ƒ se contar com mais de 10 anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da
diplomação, para a inatividade.

CF-88
Art. 14
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato
da diplomação, para a inatividade.

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Assiná-lo que se estes últimos dispositivos do Código Eleitoral


forem cobrados em provas da FCC, bastará o conhecimento de sua literalidade,
não exigindo maiores esforços interpretativos.

Resumo abaixo os requisitos constitucionais para possuir a


Capacidade Eleitoral Ativa (Alistabilidade):

1. Alistamento Eleitoral - é preciso que o indivíduo se aliste


perante a Justiça Eleitoral (lógico, como poderá votar se
sequer se cadastrou como eleitor?);
2. Nacionalidade Brasileira – precisa ser brasileiro, nato ou
naturalizado, de qualquer sexo, porque os estrangeiros estão
impedidos de se alistar;
3. Idade mínima de 16 anos;
4. Não ser conscrito – tanto os estrangeiros, quanto os
conscritos não podem se alistar.

Agora vamos praticar!!


EXERCÍCIOS:

QUESTÃO 2: TRE-AM – Administrativa - [FCC] – 31/01/2010. João


completou 18 anos de idade; Juan é brasileiro naturalizado; Pedro tem 15 anos
de idade e completará 16 anos na data do pleito; Paulo era analfabeto, mas
deixou de sê-lo; e Manuel é português e está trabalhando numa empresa no
Brasil. É facultativo o alistamento eleitoral de:
a) Juan e Paulo.
b) Juan e Manuel
c) Juan e Pedro
d) Paulo.
e) Pedro.

COMENTÁRIOS:

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Relembrando sobre a obrigatoriedade do alistamento eleitoral:


É obrigatório o alistamento para os maiores de 18 anos e menores de 70 anos;
É facultativo o alistamento para os analfabetos, maiores de 70 anos e os que
possuem idade entre 16 e 18 anos na data do pleito.
Com isso, é obrigatório o alistamento de João (que possui 18 anos de idade),
que deve ser brasileiro nato. Pelo menos é o que se pôde interpretar da
questão.
Juan é naturalizado brasileiro – esse dado, por si só, não implica na
obrigatoriedade do alistamento. Não preencheu nenhum critério da
facultatividade do alistamento.
Pedro terá 16 anos na data do pleito, o que implica facultatividade de sua
inscrição eleitoral.
Paulo agora não é mais analfabeto, tornando-se obrigatório o seu alistamento.
Manuel, por ser português com residência no Brasil, tem garantidos os
mesmos direitos que um brasileiro naturalizado, podendo e devendo se alistar
como eleitor.
Logo, apenas o Pedro tem como facultativa sua inscrição eleitoral.

RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 3: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


02/08/2009. A respeito do alistamento eleitoral, é correto afirmar que:
a) é facultativo o alistamento do menor que completar 16 anos até a data do
pleito, inclusive, no ano em que se realizarem eleições.
b) o brasileiro nato deve alistar-se até seis meses após a data em que
completar 18 anos de idade.
c) o brasileiro naturalizado deve alistar-se até três meses depois de adquirida
a cidadania brasileira.
d) o certificado de quitação do serviço militar é documento obrigatório para o
alistamento de maiores de 16 e menores de 18 anos, do sexo masculino.
e) caberá recurso interposto por qualquer delegado de partido, no prazo de 15

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dias contados da publicação da listagem, do despacho que indeferir o


requerimento de inscrição.

COMENTÁRIOS:
Esta questão exige conhecimento da Resolução TSE nº 21.538/03, matéria a
ser estudada na AULA 7. No entanto, vale comentar o item “a’, por ser correto
e guardar vinculação com o assunto tratado nesta Aula (Alistamento eleitoral):
Item “a” – está correto, com base no citado art. 14 da Resolução TSE nº
21.538/03, que possibilita a inscrição eleitoral de menor de 16 anos desde que
comprove que na data da eleição possua 16 anos completos. Lembro que esta
possibilidade só ocorre no ano em que se realizarem as eleições.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 4: TRE-SP - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] -


10/05/2006. Tício é brasileiro naturalizado, alfabetizado e tem 40 anos de
idade. Paulus é brasileiro nato, tem 18 anos de idade, mas é analfabeto. Petrus
é brasileiro nato, alfabetizado e tem 72 anos de idade. O alistamento eleitoral
e o voto são
a) obrigatórios para Tício e facultativos para Paulus e Petrus.
b) facultativos para Tício e Paulus e obrigatórios para Petrus.
c) facultativos para Tício e Petrus e obrigatórios para Paulus.
d) obrigatórios para Tício, Paulus e Petrus.
e) facultativos para Tício, Paulus e Petrus.

COMENTÁRIOS:
Tício – alistamento e voto são obrigatórios, pois é brasileiro (naturalizado,
não estrangeiro) e possui 40 anos de idade (maior de 18 anos e menor que
70 anos).
Paulus – alistamento e o voto são facultativos, pois apesar de possuir 18
anos de idade, é analfabeto.

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Petrus – alistamento e o voto são facultativos porque possui 72 anos de


idade (> 70 anos).
Logo, a resposta correta é o item “a” (obrigatórios para Tício e facultativos
para Paulus e Petrus).

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 5: TRE-MG - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] -


18/07/2009.
O alistamento eleitoral é obrigatório para brasileiros
a) analfabetos.
b) naturalizados maiores de 18 anos.
c) inválidos.
d) que se encontrarem fora do país.
e) naturalizados maiores de 16 e menores de 18 anos.

COMENTÁRIOS:
O alistamento é obrigatório apenas para os brasileiros (natos ou naturalizados)
ou portugueses equiparados maiores de 18 anos e menores que 70 anos de
idade.
Assim, apenas o item “b” atende ao comando da questão (naturalizados
maiores de 18 anos).
Lembrando que os inválidos e os que se encontrarem fora do país, segundo o
art. 6º do Código Eleitoral, têm seu alistamento considerado como
facultativo.

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 6: TRE-PE - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


25/01/2004. NÃO podem alistar-se como eleitores, dentre outros, os

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a) brasileiros naturalizados.
b) estrangeiros.
c) analfabetos.
d) maiores de 16 e menores de 18 anos.
e) inválidos.

COMENTÁRIOS:
Os brasileiros naturalizados devem alistar-se; os analfabetos e os maiores de
16 e menores de 18 anos podem facultativamente alistar-se como eleitores.
A vedação constitucional expressa para alistarem-se como eleitores é para
os estrangeiros e os conscritos. Logo, a resposta certa é o item “b”
(estrangeiros).
Mais uma vez, quanto aos inválidos, previstos no item “e”, como comentado
na parte teórica, o Código Eleitoral, no art. 6º, I, a, prevê especificamente que
os inválidos não são abrangidos pela obrigatoriedade do alistamento eleitoral.
Eles não são obrigados a alistarem-se, mas podem alistar-se. O Código
Eleitoral não veda que os inválidos façam seus alistamentos eleitorais.
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros
de um e outro sexo, salvo:
I - quanto ao alistamento:
a) os inválidos;

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 7: TRE-AM - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


23/11/2003 - José é brasileiro nato, tem 19 anos de idade, mora e estuda na
Espanha desde os 14 anos de idade. João tem 21 anos, mas é analfabeto.
Maria tem 18 anos, mas é inválida. O alistamento eleitoral é
a) obrigatório para José e facultativo para João e Maria.
b) facultativo para José, João e Maria.
c) facultativo para Maria e obrigatório para José e João.
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d) obrigatório para José, João e Maria.


e) facultativo para João e obrigatório para José e Maria.

COMENTÁRIOS:
Segundo o art. 6º do Código Eleitoral, o alistamento não é obrigatório para os
inválidos, os que maiores de 70 anos e os que se encontrem fora do
país.
Conforme o art. 14, §2º, da CF-88, é também facultativo o alistamento para os
analfabetos, para os maiores de 70 anos e para os em idade entre 16 e
18 anos.
Desse modo, tem como facultativos os alistamentos eleitorais: José, por se
encontrar fora do país; João, por ser analfabeto; Maria, por ser inválida.
Portanto, a resposta correta é o item “b”.
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros
de um e outro sexo, salvo:
I - quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os que se encontrem fora do país.

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 8: TRE-AC - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


12/10/2003 . O alistamento eleitoral e o voto são
a) facultativos para os estrangeiros e para os analfabetos.
b) obrigatórios para os analfabetos e facultativos para os estrangeiros.
c) obrigatórios para os estrangeiros e facultativos para os analfabetos.
d) facultativos para os maiores de 70 anos e obrigatórios para os analfabetos.
e) facultativos para os analfabetos e para os maiores de 70 anos.

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COMENTÁRIOS:
Trazendo o quadrinho sobre a obrigatoriedade do alistamento e do voto em
sede constitucional:

Apenas para os maiores de 18 anos


OBRIGATÓRIOS e menores de 70 anos
18 anos < X < 70 anos

o analfabetos
o maiores de 16 anos e menores
de 18 anos
FACULTATIVOS
o maiores de 70 anos
Resumo: 16 anos < X < 18 anos;
X > 70 anos

Resta concluir que é certa o item “e”.


RESPOSTA CERTA: LETRA E

QUESTÃO 9: TRE-CE - Analista Judiciário [FCC] - 01/11/2002 - O


alistamento eleitoral produz o efeito de
a) fixar o número de votantes nos pleitos eletivos.
b) assegurar, em relação ao alistado, o direito de votar e ser votado.
c) integrar o nacional no corpo eleitoral.
d) afastar das urnas os analfabetos.
e) viabilizar a candidatura para todos os postos eletivos.

COMENTÁRIOS:
O alistamento eleitoral tem por finalidade inserir o cidadão no gerenciamento
da coisa pública, através do processo eleitoral.
Não tem como escopo tão somente fixar o número de votantes na eleição

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(item a), muito menos possível previsão inconstitucional de afastar das urnas
os analfabetos.
De outro lado, o simples alistamento não assegura ao alistado o direito de ser
votado, apenas o de votar, e, também, não viabiliza a candidatura para
qualquer posto eletivo. Para ser eleito é preciso preencher as condições de
elegibilidade.
Com isso, só resta como correto o item “c”, pois, de fato, o alistamento integra
o cidadão nacional (nato ou naturalizado) no corpo eleitoral (no grupo de
cidadãos).

RESPOSTA CERTA: LETRA C

QUESTÃO 10: TJ-RN - Juiz Substituto [FCC] - 01/01/1999. NÃO podem


alistar-se eleitores os
a) menores de 16 anos.
b) analfabetos e os conscritos durante o serviço militar
c) maiores de 70 anos
d) conscritos durante o serviço militar e os menores de 18 anos.
e) os estrangeiros e os analfabetos.

COMENTÁRIOS:
Essa é uma típica questão que o aluno deve responder por eliminação. Isso
porque ela exige conhecimento meramente literal do que preleciona a CF-88. A
FCC, nessa questão, não quer saber se o aluno sabe o que diz a comentada
Resolução TSE nº 21.538/03.
Vamos então: os itens “b” e “e” estão errados, pois os analfabetos podem
alistar-se; o item “c” também errado porque os maiores de 70 anos também
podem facultativamente alistar-se; o item “d” está errado porque os menores
de 18 anos podem alistar-se, desde que sejam maiores de 16 anos.
Quanto ao item “a”, está correto, à luz do art. 14, §2º, da CF-88, porque a CF-
88 não fala “menor de 16 anos”, ela diz que são facultativos o alistamento e o
voto do “maior de 16 anos e menor de 18 anos”.
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Temos que tomar cuidado como interpretamos a Lei e Questão da Prova! Ok?

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 11: TJ-AL - Juiz Substituto [FCC] - 28/01/2007


Considere as assertivas:
I. Referendo é uma consulta prévia que se faz aos cidadãos no gozo de seus
direitos políticos sobre determinada matéria a ser, posteriormente, discutida
pelo Congresso Nacional.
II. Plebiscito é uma consulta posterior sobre determinado ato governamental
para ratificá-lo, para conceder-lhe eficácia ou para retirar-lhe a eficácia.
III. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos
de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) III.
b) II.
c) II e III.
d) I e III.
e) I e II.

COMENTÁRIOS:
Como vimos anteriormente, o Plebiscito é uma consulta Prévia
feita aos cidadãos a respeito de matéria política que será ainda discutida pelo
Congresso Nacional. Ocorre antes da manifestação do Congresso. Já o
referendo é uma consulta posterior sobre determinado ato governamental para
Ratificá-lo, Referendá-lo.
A iniciativa popular é uma forma dos cidadãos proporem à
Câmara dos Deputados que votem um projeto de lei de seus interesses.
Os itens I e II trocaram os conceitos de plebiscito e referendo. O
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item III é cópia do texto constitucional descrito no art. 61, §2º, sendo o único
correto:
Art. 61.
§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por
cento dos eleitores de cada um deles.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

Fim dos exercícios de fixação!

Pensaram que me esqueci do art. 3 do Código Eleitoral? Não


esqueci não!
Vamos agora tratar da CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA
(ELEGIBILIDADE).

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2.2.3.2. CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA


(ELEGIBILIDADE)
Vimos anteriormente, a capacidade eleitoral ativa (alistabilidade),
capacidade de votar, de ser eleitor. Agora, veremos o outro lado, a capacidade
de ser votado (elegibilidade).
A capacidade eleitoral passiva é possibilidade de concorrer a um
mandato eletivo, de eleger-se (é o direito de ser votado).
Para adquirir o direito de participar de uma eleição para um
determinado cargo político, é preciso o preenchimento das chamadas
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE e que sejam ausentes as CAUSAS DE
INEGIBILIDADES.
Por seu turno, aquele cidadão que não preenche as condições de
elegibilidade é considerado também inelegível pela Justiça Eleitoral.
O art. 3 do Código Eleitoral, de fato, previa normas sobre
elegibilidade. Contudo, a CF-88 regulou inteiramente a matéria em seus arts.
14, §§ 3º-11º.

Código Eleitoral
Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo
eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de
elegibilidade e incompatibilidade.

O §3º do art. 14 da CF-88 delineou todas as Condições de


Elegibilidades:
CF-88
Art. 14
3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
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V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador*;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado
e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.

Vamos por partes! Igual a “Jack, o Estripador”. Rsrsrs


Para concorrer a algum mandato eletivo (para ser votado), o
cidadão precisa preencher as seguintes CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE:
1. Nacionalidade brasileira – se para ser eleitor é necessária
que tenha nacionalidade brasileira (nato ou naturalizado),
tanto o mais para ser candidato a algum posto político. Desse
modo, mais uma vez os estrangeiros ficam alijados do
processo democrático no nosso País, não pode ser eleitores e
muito menos concorrerem a qualquer pleito;
Observação 1: A CF-88, no art. 12, §3º, exige a nacionalidade originária (ser
brasileiro nato) para assunção, por eleição, aos cargos de Presidente e
Vice-Presidente da República:
CF-88
Art. 12
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; (...)
Observação 2: A especial condição dos Portugueses no Brasil.
A CF-88, no seu art. 12, §1º, assegura aos portugueses com
residência no país os direitos inerentes ao brasileiro se houver reciprocidade
em favor dos brasileiros em Portugal. Isso assegura, de fato, aos portugueses,
uma espécie de quase naturalização. Desse modo, poderão alistar-se da
mesma maneira que um brasileiro naturalizado o poderá.
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CF-88
Art. 12
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
O português residente no Brasil, além de eleitor, em tese, poderia
ser Governador de Estado, Senador ou Deputado (mas não Presidente de
quaisquer das Casas do Congresso, já que, como dito anteriormente, estas
funções são reservadas aos brasileiros natos) e, preenchidos os requisitos
constitucionais e legais, poderá também ser Vereador.
Contudo, segundo José Afonso da Silva, o acesso a cargos públicos
eletivos no Brasil está vedado aos portugueses por não existir lá a mesma
reciprocidade quanto à acessibilidade de cargos públicos. In verbis:
“A Constituição brasileira admite a possibilidade de o português
residente aqui ser (se houvesse reciprocidade): Ministro de Estado,
Senado, Deputado federal e estadual, Governador de Estado,
Secretário de Estado, Prefeito e Vereador. O acesso a esses cargos
e funções, contudo, está vedado aos portugueses aqui
residentes, porque a Constituição de Portugal não admite
que se outorgue a brasileiro o direito e acesso a cargos e
funções correspondentes”.
Logo, especificamente quanto ao alistamento eleitoral, os
Portugueses com residência no Brasil e não naturalizados formalmente como
brasileiros, poderão alistar-se como eleitores normalmente, não sendo
considerados estrangeiros.
RESUMO

ƒ Os Portugueses podem alistar-se como eleitores –


não têm limitação quanto à alistabilidade;
ƒ Os Portugueses, pela ausência de reciprocidade, não
podem concorrer a determinados cargos eletivos
no Brasil – sofrem limitação na sua elegibilidade;

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2. Pleno exercício dos direitos políticos – os direitos


políticos devem estar vigentes. Caso ocorra alguma das
hipóteses de perda ou suspensão dos direitos políticos
previstas no art. 15 da CF-88, não terá o cidadão
elegibilidade, capacidade para ser eleito.
Observação: Não se trata de cassação dos direitos políticos. É vedada a
cassação dos direitos políticos! Para conhecimento, o art. 15 da CF-88:
CF-88
Art. 15. É VEDADA A CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja
PERDA ou SUSPENSÃO só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada
em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

3. Alistamento Eleitoral – deve-se adquirir a cidadania, com o


alistamento eleitoral, para concorrer à eleição. Basta a
comprovação da inscrição eleitoral no juízo eleitoral do
domicílio do alistando. Evidentemente, é condição básica ao
candidato que seja pelo menos eleitor, não é verdade?;
4. Domicílio Eleitoral na circunscrição – é um Princípio do
Direito Eleitoral a vinculação do domicílio eleitoral á
circunscrição do mandato eletivo postulado pelo candidato;
5. Filiação Partidária – seguindo o ditame constitucional, a Lei
nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos), em seu art. 18
determina que os cidadãos estejam filiados em pelo menos 1
ano antes das Eleições;

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6. Idade mínima:
A CF-88 estabeleceu idades mínimas a depender do cargo eletivo
pretendido. Quadro esquemático abaixo para facilitar a fixação:
Idade Mínima para Elegibilidade:

o Presidente e Vice-Presidente da
República
35 ANOS
o SENADOR!!! (Senador é sempre
velho!!)

Governador e Vice-Governador de
30 ANOS
Estado e do DF

o Deputado Federal, Estadual ou


Distrital
o Prefeito e Vice-Prefeito!!! 21 ANOS
o Juiz de Paz (para casar precisa ter
pelo menos 21 anos!!!)

Vereador 18 ANOS

Observação: À luz do art 11, §2º, da Lei nº 9.504/97, estas idades mínimas
são verificadas na data da posse do candidato e não no ato do pedido de
registro da candidatura:
Lei nº 9.504/97
Art. 11
§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como
condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a
data da posse.

Observação: condições de elegibilidade específicas dos Militares. Cabe aqui


delinear novamente as condições previstas no art. 14, §8º, da CF-88, para os
Militares:
ƒ se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
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ƒ se contar com mais de 10 anos de serviço, será agregado pela


autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da
diplomação, para a inatividade.
CF-88
Art. 14
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no
ato da diplomação, para a inatividade.

Dever de casa! Rsrs


EXERCÍCIOS:

QUESTÃO 12: TRE-SP - Analista Judiciário – Contabilidade [FCC] -


10/05/2006. É considerada uma das condições de elegibilidade do
Governador de Estado, Deputado Federal e do Senador, a idade mínima,
respectivamente, de
a) trinta e cinco anos, trinta anos e vinte e um anos.
b) trinta anos, vinte e um anos e trinta e cinco anos.
c) vinte e um anos, trinta anos e trinta e cinco anos.
d) trinta e cinco anos, vinte e um anos e trinta anos.
e) trinta anos, trinta e cinco anos e vinte e um anos.

COMENTÁRIOS:
Vamos relembrar o quadrinho de idades previstas na CF-88 como condição de
elegibilidade:
Quadro esquemático abaixo para facilitar a fixação:
Idade Mínima para Elegibilidade:

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o Presidente e Vice-Presidente da
República
35 ANOS
o SENADOR!!! (Senador é sempre
velho!!)

Governador e Vice-Governador de
30 ANOS
Estado e do DF

o Deputado Federal, Estadual ou


Distrital
o Prefeito e Vice-Prefeito!!! 21 ANOS
o Juiz de Paz (para casar precisa ter
pelo menos 21 anos!!!)

Vereador 18 ANOS

Desse modo, como a questão pede, tem idades mínimas para: Governador (30
anos), Deputado Federal (21 anos) e Senador (35 anos). A única resposta que
atende a esta conclusão é o item “b”.

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 13: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


15/01/2008. A idade mínima para ser elegível aos cargos de Deputado
Federal, Prefeito e Vereador, respectivamente, é de
a) 21 (vinte e um), 21 (vinte e um) e 18 (dezoito) anos.
b) 25 (vinte e cinco), 18 (dezoito) e 18 (dezoito) anos.
c) 30 (trinta), 21 (vinte e um) e 18 (dezoito) anos.
d) 30 (trinta), 30 (trinta) e 21 (vinte e um) anos.
e) 35 (trinta e cinco), 30 (trinta) e 21 (vinte e um) anos.

COMENTÁRIOS:
Com o mesmo quadrinho acima respondemos esta questão.
Tem como idades mínimas para Deputado Federal (21 anos), Prefeito (21 anos
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também) e Vereador (18 anos).


A resposta correta é o item “a”.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 14: TRE-AM - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] -


23/11/2003. Sanchez é espanhol naturalizado brasileiro. Está em pleno gozo
de seus direitos políticos, possui alistamento eleitoral regular e domicílio
eleitoral na circunscrição. É filiado a Partido Político e tem 28 anos de idade.
Sanchez pode candidatar-se, dentre outros, aos cargos de
a) Deputado Federal e Prefeito.
b) Presidente da República e Vice-Presidente da República.
c) Senador e Vice-Presidente da República.
d) Governador do Estado e Presidente da República.
e) Deputado Estadual e Presidente da República.

COMENTÁRIOS:
Estudamos que os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República são
privativos de brasileiro nato, de acordo com o art. 12, §3º, da CF-88. Logo,
Sanches, por ser brasileiro apenas naturalizado nunca poderá ser Presidente e
nem Vice.
CF-88
Art. 12
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; (...)
Por outro lado, pela idade de Sanches (28 anos), somente poderá pleitear aos
cargos de Vereador, Prefeito, Juiz de Paz, Deputado Federal e Estadual. Não
poderá ser Governador, Senador, e muito menos Presidente da República.
Assim, apenas o item “a” mostra-se correto.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

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QUESTÃO 15: TRE-MS - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


25/03/2008. João completou vinte e três anos de idade e pretende concorrer
a cargo no Legislativo ou no Executivo. Nesse caso, poderá ele ser eleito
somente para

a) Governador.
b) Prefeito.
c) Vice-Governador de Estado.
d) Senador.
e) Vice-Presidente da República.

COMENTÁRIOS:
Com 23 anos de idade somente será possível concorrer ao cargo de Vereador
(18 anos), Prefeito e Deputado Estadual e Federal. O único item que atende
corretamente à resposta é o “b”.

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 16: TRE-BA - Técnico Judiciário – Programação [FCC] -


21/09/2003. Considere as proposições relacionadas à elegibilidade.
I. A idade mínima exigida para se candidatar a Presidente da República é 35
anos.
II. Para se candidatar a Deputado Federal, a idade mínima exigida é 30 anos.
III. Exige-se do candidato a Prefeito a idade mínima de 21 anos.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) II.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

COMENTÁRIOS:
Itens I e III estão corretos, pois as idades mínimas para Presidente e Prefeito
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são, respectivamente, 35 anos e 21 anos. Item II errado, pois a idade mínima


para Deputado Federal é 21 anos.

RESPOSTA CERTA: LETRA D

QUESTÃO 17: TRE-BA - Técnico Judiciário [FCC] - 21/09/2003


A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de
elegibilidade é verificada por ocasião do pedido de registro de candidatura,
tendo por referência a data
a) da convenção partidária que indicou o candidato.
b) em que o pedido de registro foi protocolado.
c) do pleito eleitoral.
d) da posse.
e) do último dia de prazo para registro de candidatura.

COMENTÁRIOS:
Como já adiantado por mim conhecimento da Lei nº 9.504/97, estas idades
mínimas são verificadas na data da posse do candidato e não no ato do
pedido de registro da candidatura. Com isso, a resposta correta é o item “d”.
Lei nº 9.504/97
Art. 11
§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como
condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a
data da posse.

RESPOSTA CERTA: LETRA D

QUESTÃO 18: TRE-BA - Técnico Judiciário [FCC] - 21/09/2003.


Joaquim, brasileiro nato, com 19 anos de idade, em pleno exercício de seus
direitos políticos, é filiado a partido político e alistado eleitoralmente. O cargo
mais elevado ao qual poderá concorrer como candidato é o de
a) Senador.

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b) Presidente da República.
c) Vereador.
d) Deputado Federal.
e) Deputado Estadual.

COMENTÁRIOS:
Como possui apenas 19 anos de idade, o único cargo possível de ser pleiteado
é o de Vereador (mínimo de 18 anos). Somente quando completar 21 anos
poderá concorrer aos cargos de Prefeito, Deputado Federal e Estadual.

RESPOSTA CERTA: LETRA C

QUESTÃO 19: TJ-AL - Juiz Substituto [FCC] - 28/01/2007. São condições


de elegibilidade, na forma da lei, para os cargos de Prefeito Municipal e
Vereador, dentre outras, a idade mínima de
a) vinte e um anos.
b) vinte e um e dezoito anos, respectivamente.
c) trinta e dezoito anos, respectivamente.
d) trinta e vinte e um anos, respectivamente.
e) trinta e cinco e trinta anos, respectivamente.

COMENTÁRIOS:
Já sabemos, não é verdade? Para Prefeito é preciso ter pelo menos 21 anos;
para Vereador, apenas 18 anos. Resposta correta: item “b”.

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 20: TRE-SP - Analista Judiciário – Contabilidade [FCC] -


10/05/2006.
É considerada uma das condições de elegibilidade do Governador de Estado,
Deputado Federal e do Senador, a idade mínima, respectivamente, de
a) trinta e cinco anos, trinta anos e vinte e um anos.
b) trinta anos, vinte e um anos e trinta e cinco anos.

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c) vinte e um anos, trinta anos e trinta e cinco anos.


d) trinta e cinco anos, vinte e um anos e trinta anos.
e) trinta anos, trinta e cinco anos e vinte e um anos.

COMENTÁRIOS:
Governador (30 anos), Deputado Federal (21 anos) e Senador (35 anos = a
Presidente da República).
Resposta correta: item “b”.

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 21: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


15/01/2007. A idade mínima para ser elegível aos cargos de Deputado
Federal, Prefeito e Vereador, respectivamente, é de
a) 21 (vinte e um), 21 (vinte e um) e 18 (dezoito) anos.
b) 25 (vinte e cinco), 18 (dezoito) e 18 (dezoito) anos.
c) 30 (trinta), 21 (vinte e um) e 18 (dezoito) anos.
d) 30 (trinta), 30 (trinta) e 21 (vinte e um) anos.
e) 35 (trinta e cinco), 30 (trinta) e 21 (vinte e um) anos.

COMENTÁRIOS:
Deputado Federal e Prefeito (21 anos); Vereador (18 anos).

RESPOSTA CERTA: LETRA A

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2.2.3.3. INELEGIBILIDADES

Como já descrito anteriormente, para que o cidadão possua o


direito de ser votado (capacidade eleitoral passiva – elegibilidade), é
preciso que preencha todas as condições de elegibilidades acima
comentadas e, também, não incorra nas chamadas CAUSAS DE
INELEGIBILIDADES.
Mas, Professor, o que são essas inelegibilidades?
É simples. As inelegibilidades são circunstâncias previstas na CF-
88 e em Lei Complementar que impedem o cidadão de exercitar sua
capacidade de eleger-se. São circunstâncias que restringem a elegibilidade do
cidadão, limitam a sua possibilidade de candidatar-se em uma eleição.
Antes de particularizarmos o tema das inelegibilidades, cabe aqui
fazer uma pequena diferenciação terminológica, que evitará possíveis dúvidas
aos alunos:

1. INELEGIBILIDADE – obsta a elegibilidade do cidadão


eleitor (a capacidade eleitoral passiva);
2. INALISTABILIDADE – impede o exercício do direito de ser
eleitor (a capacidade eleitoral ativa).
3. INCOMPATIBILIDADE – o cidadão já eleito é impedido do
exercício do mandato. A incompatibilidade configura-se após
a eleição, obrigando o candidato à escolha entre o mandato e
o cargo. 3

As fundamentais causas de inelegibilidades estão previstas no art.


14, §§ 4º-8º, da CF-88.
A principal sede normativa das inelegibilidades é a CF-88. Contudo,
o próprio texto constitucional prevê a possibilidade de instituição de outras
circunstâncias que obstariam a elegibilidade do cidadão. Esta previsão está
insculpida no art. 14, §9º, da CF-88:

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CF-88
Art. 14
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)

A CF-88 previu que apenas LEI COMPLEMENTAR poderá


estabelecer novos casos e regrar as inelegibilidades. Não confundir com Lei
Ordinária!

As inelegibilidades são previstas unicamente na CONSTITUIÇÃO


FEDERAL e em LEI COMPLEMENTAR!

Em atenção ao comando da CF-88, foi editada a Lei


Complementar nº 64/90, que disciplina mais casos de inelegibilidade e
prazos de cessação.
O estudo deste diploma legal será realizado na AULA 8. Por isso,
passaremos ao estudo das inelegibilidades previstas no texto da constituição.

As causas de inelegibilidades podem ser absolutas ou


relativas:
o INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS – constituem impedimento para
assunção de qualquer cargo eletivo. O cidadão impedido
absolutamente não poderá concorrer em nenhuma eleição, não
poderá pleitear nenhum mandato eletivo. São os seguintes, conforme
o (art. 14, §4º, da CF-88):

CF-88
Art. 14

3
Será estudado com mais detalhes na AULA 8.

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§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

ƒ INALISTÁVEIS – A elegibilidade tem como pressuposto inicial a


alistabilidade. Se não pode sequer ser eleitor, não poderá também,
por óbvio, ser candidato.
Segundo a CF-88, são Inalistáveis os Estrangeiros e os Conscritos,
durante o serviço militar obrigatório.
No entanto, como a FCC pode cobrar a literalidade do Código Eleitoral,
devemos ficar atentos que, segundo o art. 5 do referido diploma, são
também inalistáveis os que não saibam exprimir-se na língua
nacional e os que estejam privados, temporária ou
definitivamente dos direitos políticos.

Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:


I os analfabetos; (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da
Constituição/88)
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente
dos direitos políticos.

Desse modo, caso na questão seja afirmado que são inalistáveis os


estrangeiros e os conscritos, estará correta, pois remonta ao texto
constitucional. Caso afirme: “segundo o Código Eleitoral, são
inalistáveis os estrangeiros e os conscritos”, a questão estará errada.
Até porque o Código Eleitoral nem trata destes inalistáveis, apenas a
CF-88.
Por outro lado, se a questão listar estas 2 hipóteses previstas no
Código Eleitoral (não saibam exprimir-se na língua nacional e os que
estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos
políticos), com certeza estará cobrando o conhecimento do art 5º da
Lei Eleitoral.

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Resumo:

São INALISTÁVEIS:
1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88);
2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam
privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos
(segundo o Código Eleitoral).

ƒ ANALFABETOS – apesar de ter direito a ser eleitor (por ser


facultativo o seu alistamento e voto), o analfabeto não pode ser
eleito. Por disposição constitucional expressa no art. 14, §4º, da
CF-88, o analfabeto não tem capacidade eleitoral passiva.
Observação 1: A jurisprudência do TSE tem apontado que a
inelegibilidade do analfabeto, quando não apresentado pelo candidato
documento de escolaridade mínima, deve ser aferida por submissão à
prova elementar de alfabetização perante o Juiz Eleitoral. Poderá,
desse modo, ser realizado teste simples, na presença do Juiz, para
aferição se o candidato é ou não analfabeto.
Observação 2: o semi-analfabeto, aquele que demonstra mínimos
atributos de alfabetização, é considerado pela Jurisprudência como
elegível.

INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS:

Não poderão concorrer para qualquer cargo, estão absolutamente impedidos


de elegerem-se, os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS!

Gente, não confundir alguns conceitos!


Considerações:
1. O Inalistável é ≠ de Inelegível: o inalistável não poderá sequer se
alistar como eleitor; o inelegível apenas não poderá eleger-se para
determinados cargos (inelegibilidade relativa) ou para todos os cargos
(inelegibilidade absoluta);
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2. Todo inalistável é inelegível! mas nem todo inelegível é inalistável; os


analfabetos são inelegíveis e nem por isso são inalistáveis (ao contrário,
tem como facultativa sua alistabilidade); se fossem inalistáveis, os
analfabetos seriam considerados “não-cidadãos”, pois não teriam
participação democrática em nosso país.

o INELEGIBILIDADES RELATIVAS – são inelegibilidades não


vinculadas diretamente com a pessoa do candidato (se é inalistável ou
analfabeto), mas referentes apenas a determinados cargos ou
mandatos.
Em linguagem simples, o cidadão inelegível relativamente ficará apenas
impedido de concorrer a algum ou alguns cargos eletivos específicos, o
que não o impedirá de eventualmente concorrer outros que não esteja
inelegível.
A doutrina costuma dividir as inelegibilidades relativas em:
1. por Motivos Funcionais
2. por Motivos de Parentesco
3. dos Militares
4. Legais

1. Inelegibilidades por Motivos Funcionais.


Por sua vez, divide-se em:
a) para o MESMO CARGO – é simples! O Presidente da República, os
Governadores de Estado e do DF, os Prefeitos e quem os houver sucedido
ou substituído (Chefes do Poder Executivo) no curso dos mandatos não
poderão ser reeleitos para um TERCEIRO MANDATO!
Em suma: os Chefes do Poder Executivo (Presidente da República,
os Governadores de Estado e do DF, os Prefeitos e quem os houver sucedido
ou substituído) somente poderão ser reeleitos uma única vez consecutiva!!
Esta norma está prevista no art. 14, §5º, da CF-88:

CF-88
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Art. 14
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e
do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido,
ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos
para um único período subseqüente. (Redação da EC 16/97)

Este dispositivo foi inserido pela Emenda Constitucional nº


16/1997, que trouxe o instituto da REELEIÇÃO no Brasil. Antes não existia
reeleição no Brasil, está lembrado disso. No Governo de Fernando Henrique
Cardoso é que foi instituída tal possibilidade.
Friso que a CF-88 veio a permitir apenas uma única reeleição
consecutiva.
Professor, após 2 mandatos, eles poderão se candidatar
novamente? ou estarão sempre impedidos de se candidatarem para o mesmo
cargo?
O impedimento é para uma 2ª reeleição consecutiva no mesmo
cargo! Isto é, o impedimento é para reeleições logo após o termino da primeira
reeleição!
Com isso, poderão os Chefes do Poder Executivo, passado pelo
menos 1 pleito (4 anos), voltarem a se candidatar em uma nova eleição para o
mesmo cargo que ocuparam por pelo menos 2 mandatos. Isso pode ocorre
com o LULA! Nosso atual Presidente, se quiser, poderá se candidatar nas
eleições de 2014 para o mesmo cargo que agora ocupa.
Destaco que o impedimento de REELEIÇÃO é somente para os
Chefes do Poder Executivo, não abrangendo os ocupantes dos cargos do
Poder Legislativo (Deputados Federais e Estaduais, Senadores, Vereadores)!
Atenção que o impedimento a sucessivas reeleições é aplicável a
quem tenha “sucedido ou substituído no curso dos mandatos”! Assim, se o
Vice sucedeu ou substituiu o titular, terá ele a mesma limitação a uma única
reeleição consecutiva.
A sucessão dar-se-á ocorrendo a vacância do cargo e a
substituição em hipóteses de impedimento de caráter temporário.
A doutrina é discordante a respeito da simples substituição do
titular, pelo caráter temporário, ser um impeditivo para reeleições sucessivas
do Vice. Todavia, para concursos da FCC devemos seguir o que reza a
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Constituição, que abrange os que hajam sucedido ou substituído o titular no


curso do mandato como também proibidos de mais de uma reeleição
sucessiva.
Sobre o Vice, o TSE foi consultado, diante de divergências de
decisões dos Tribunais Regionais. O TSE decidiu mediante a Resolução-TSE nº
20.889/01, de 14.12.2001, que, caso o Vice tivesse sucedido o titular no
cargo e quisesse concorrer ao mesmo cargo do atual Presidente, Governador
ou Prefeito, poderia apenas candidatar-se por um único período
subseqüente em virtude da transmissibilidade do cargo com a sucessão.
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem referendado este
entendimento do TSE. In literris:
“(...) Vice-prefeito que ocupou o cargo de prefeito por força de
decisão judicial que determinou o afastamento do titular. Registro
de candidatura a uma terceira assunção na chefia do Poder
Executivo municipal. (...) Nos termos do § 5º do art. 14 da CF,
os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no
curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
período subseqüente.” (RE 464.277-AgR, Rel. Min. Carlos Britto,
julgamento em 9-10-2007, Primeira Turma, DJE de 4-4-2008.)
“Vice-governador eleito duas vezes para o cargo de Vice-
governador. No segundo mandato de vice, sucedeu o titular. Certo
que, no seu primeiro mandato de vice, teria substituído o
Governador. Possibilidade de reeleger-se ao cargo de
Governador, porque o exercício da titularidade do cargo dá-
se mediante eleição ou por sucessão. Somente quando
sucedeu o titular é que passou a exercer o seu primeiro
mandato como titular do cargo. Inteligência do disposto no § 5º
do art. 14 da CF." (RE 366.488, Rel. Min. Carlos Velloso,
julgamento em 4-10-2005, Segunda Turma, DJ de 28-10-2005).

b) para OUTROS CARGOS – serão considerados inelegíveis


para outros cargos eletivos o Presidente da República, os Governadores dos

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Estados e do DF e os Prefeitos que não renunciarem aos respectivos mandatos


até 6 (seis) meses antes do pleito.
Esta limitação está disposta no art. 14, §6º, da CF-88:

CF-88
Art. 14
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.

Esta renúncia prevista na CF-88 é o chamado instituto da


DESINCOMPATIBILIZAÇÃO.
O que Professor? Este não é um Palavrão?
Palavrão acredito que não, é apenas uma palavra grande! Rsrs.
A desincompatibilização é ato pelo qual o candidato é obrigado a
se afastar do cargo eletivo ocupado com vistas à disputa eleitoral.
A CF-88 reza que a desincompatibilização dos Chefes do Poder
Executivo que queiram concorrer a outros cargos deve se dar até 6 meses
antes do pleito. Caso não se afaste, serão considerado inelegível para
concorrer a outros cargos. O afastamento antes dos 6 meses, portanto, elimina
a inelegibilidade e, também, a incompatibilidade para o exercício do mandato.
Assim, os Chefes do Poder Executivo que queiram se candidatar a
outros cargos (ex: um Prefeito Municipal que queira concorrer à eleição do
cargo de Deputado Federal) deverão se afastar definitivamente do cargo,
através da renúncia, em até 6 meses da eleição.
É evidente, porém importa considerar, que a desincompatibilização
só é aplicável quando o Chefe do Poder Executivo for concorrer a outros
cargos diversos do que atualmente ocupa. Para concorrer à reeleição ao
mesmo cargo que ocupa, não há que se falar em renúncia.

2. Inelegibilidade por Motivos de Parentesco.


Regra prevista no art. 14, § 7º, da CF-88, que impõe a
inelegibilidade, no território da circunscrição do titular, do cônjuge e dos

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parentes consangüíneos e afins, até 2º grau ou por adoção dos Chefes do


Poder Executivo (Presidente da República, Governadores dos Estados e do DF e
Prefeitos), ou de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato á
reeleição.
Esta é a inelegibilidade chamada de reflexa pela doutrina, pois é
uma inelegibilidade decorrente da titularidade de um mandato eletivo que
reflete diretamente nos parentes do titular.
Texto constitucional:

Art. 14
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.

Esta regra proibitiva tem fundamento para existir: evitar a


perpetuação de famílias no Poder! Nessa linha, decisão do STF:
“Inelegibilidade. Art. 14, § 7º, da Constituição do Brasil. O art. 14,
§ 7º, da Constituição do Brasil, deve ser interpretado de maneira a
dar eficácia e efetividade aos postulados republicanos e
democráticos da Constituição, evitando-se a perpetuidade ou
alongada presença de familiares no poder.” (RE 543.117-AgR, Rel.
Min. Eros Grau, julgamento em 24-6-2008, Segunda Turma, DJE
de 22-8-2008.)
Cabem aqui algumas considerações:
1. a inelegibilidade é no território da circunscrição do
titular. Assim, na esfera Municipal, o cônjuge, e parentes até
o 2º grau do Prefeito não poderão candidatar-se aos cargos
de Prefeito e Vereador; por sua vez, na esfera Estadual, o
cônjuge e referidos parentes do Governador não poderão
candidatar-se a qualquer cargo eletivo em todo o Estado
(Governador, Deputado Federal, Senador, Deputado

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Estadual, Prefeito e Vereador de qualquer Município


pertencente ao Estado); por fim, quanto ao Presidente da
República, estão impedidos de pleitearem qualquer cargo
eletivo no país inteiro!
2. parentes envolvidos: cônjuge (por casamento), parentes
consangüíneos ou afins até o 2º grau ou por adoção. É
costume em provas trocarem 2º grau por 3º ou 4º grau, ou
afirmarem que são elegíveis os parentes por adoção, para
levarem o candidato a erro. Tomem cuidado!
3. os parentes dos substitutos do titular nos últimos 6 meses
anteriores ao pleito também são alcançados pela
inelegibilidade!
4. os parentes que já possuem mandato eletivo poderão
normalmente concorrem à reeleição ao mesmo cargo. Ex:
filho do Presidente da República que já é Deputado Federal,
poderá se candidatar a sua reeleição sem incidir a
inelegibilidade; no entanto, caso queira candidatar-se a
Governador de Estado, será considerado inelegível. Isto
porque a CF-88 faculta apenas concorrer à reeleição, não
autoriza a pleitear outro cargo.
Observação 1: Renúncia de mandato e inelegibilidade por Motivos de
Parentesco.
Item interessante de análise no Direito Eleitoral, possivelmente cobrado em
provas de nível mais elevado, decorrente da grande casuística desse tema
(inelegibilidades), é a questão da renúncia de mandato para que parentes
possam concorrer a determinados cargos eletivos.
O TSE tinha adotado antigo entendimento na Súmula 6 de que seriam
inelegíveis os parentes do Chefe do Poder Executivo independentemente de
renúncia antes dos 6 meses do pleito. 4
Este entendimento, contudo, foi superado em novas decisões exaradas pela
Corte, que não mais aplicam tal orientação (Acórdão nº 19.442, de
21/08/2001, Resolução nº 20.931, de 20/11/2001 e Acórdão nº 3043. de

4
Súmula superada: TSE Súmula nº 6 - DJ 28, 29 e 30/10/92.Cargo de Prefeito - Inelegibilidade - Cônjuge, Parentes
e Titular que Haja Renunciado. É inelegível para o cargo de Prefeito, o cônjuge e os parentes indicados no § 7º do Art.

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27/11/2001).
Agora, segundo o TSE, o Cônjuge e os parentes do chefe do Executivo são
elegíveis para o mesmo cargo do titular, quando este for reelegível e tiver
se afastado definitivamente até seis meses antes do pleito.
Desse modo, com o afastamento do Chefe do Executivo 6 meses antes da
eleição, seus parentes poderão concorrer a todos os cargos eletivos, inclusive
ao cargo por ele ocupado, desde que este pudesse reeleger-se. Assim, poderá
ele, através da renúncia, afastar por completo a inelegibilidade reflexa sobre
seus parentes.
Outra circunstância é se o Chefe do Executivo estiver em seu 2º mandato! Se
não puder mais reeleger-se no mesmo cargo, a renúncia ao mesmo em até 6
meses do pleito não surtirá qualquer efeito sobre a inelegibilidade de seus
parentes para o mesmo cargo de Chefe do Executivo. Isto porque, se a lei
permitisse os parentes candidatarem-se ao mesmo cargo de Chefe do
Executivo com a renúncia do titular 6 meses antes do pleito, estando ele no
seu 2º mandato, estaria ela possibilitando um 3º, um 4º..., mandato
consecutivo na família.
Por outra banda, os parentes não estarão inelegíveis para concorrerem a
outros cargos, diversos do titular (ex: Vereador, Deputado Estadual e Federal,
Senador, etc), se o titular renunciar antes de 6 meses das eleições, mesmo
sendo o 2º mandato do Chefe do Executivo!
Assim, o filho do Prefeito poderá concorrer ao cargo de Vereador se o Prefeito,
estando no 1º ou mesmo no 2º mandato, renunciar ao cargo em até 6 meses
do pleito.
Nestas circunstâncias, para o filho do Prefeito concorrer ao cargo de Prefeito
Municipal, o atual Prefeito deveria estar em seu 1º mandato e deveria
renunciar até 6 meses antes das eleições. Neste caso o filho seria elegível. No
entanto, se o Prefeito estivesse em seu 2º mandato, nem com a renúncia
prévia do Prefeito o seu filho poderia candidatar-se, pois se fosse possível,
haveria pelo menos 3 mandatos na família.

14 da Constituição, do titular do mandato, ainda que este haja renunciado ao cargo há mais de seis meses do pleito.

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Observação 2: Dissolução de casamento e inelegibilidades.


Vale consignar que o atual entendimento do TSE é de que com a dissolução
do casamento (separação ou divórcio) do titular do cargo executivo na
vigência do 1º mandato importa em dissolução também para fins eleitorais.
Com isso, com a separação judicial ou divórcio no 1º mandato são eliminadas
as inelegibilidades reflexas aos parentes do titular do cargo.
No entanto, se a dissolução somente se der no 2º mandato, o TSE tem
entendido que as inelegibilidades remanescem em vista do “comprometimento
da lisura eleitoral” 5

Resumo:
1. a inelegibilidade reflexa é aquela que decorre da vinculação de
parentesco com um Chefe do Executivo, tornando inelegíveis o cônjuge e
parentes consangüíneos e afins até 2º, bem como adotivos;
2. com a renúncia do Chefe do Executivo em até 6 meses antes do pleito,
estando ele em seu 1º mandato, resta afastada esta inelegibilidade
reflexa dos parentes, tanto para concorrerem ao mesmo cargo do titular
(Chefe do Executivo), quanto para qualquer outro cargo;
3. caso o Chefe do Poder Executivo esteja em seu 2º mandato, a prévia
renúncia afastará a inelegibilidade de seus parentes para concorrerem a
outros cargos, mas não afastará para concorrerem ao mesmo cargo de
Chefe do Executivo (evitar a perpetuação da família no Poder).
4. com a dissolução do casamento no 1º mandato, as inelegibilidades
reflexas são também eliminadas; no 2º mandato as inelegibilidades
remanescem.

3. Inelegibilidade dos Militares.


Consoante já exposto nessa aula, o Militar será inelegível se não
atender às seguintes condições de elegibilidade específicas:

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ƒ se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da


atividade;
ƒ se contar com mais de 10 anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da
diplomação, para a inatividade.

CF-88
Art. 14
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no
ato da diplomação, para a inatividade.

4. Inelegibilidades Legais.
A CF-88, em seu art. 14, §9º, que LEI COMPLEMENTAR
estabeleceria outros casos de inelegibilidades não dispostos no texto da
Constituição. In verbis:

CF-88
Art. 14
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)

Entende a doutrina que nenhuma outra espécie normativa (Lei

5
TSE – Resolução nº 21.475 – Consulta nº 923 – Rel. Min. Barros Monteiro, decisão: 26-8-03.

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Ordinária, Medidas Provisórias, Resoluções, Portarias, etc) poderá estabelecer


normas sobre inelegibilidades, sendo inconstitucional qualquer normação sobre
inelegibilidade que não seja por Lei Complementar.
Ademais, as Leis Complementares somente poderão disciplinar
novas inelegibilidades relativas, pois as inelegibilidades absolutas
(inalistáveis e analfabetos) são previstas expressamente na Constituição
Federal.
Sobre as inelegibilidades legais, como já afirmei anteriormente,
veremos na AULA 8 - Lei Complementar nº 64/90 (Lei das Inelegibilidades).

EXERCÍCIOS:
QUESTÃO 22: TRE-AM - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -
23/11/2003. Os analfabetos são inelegíveis
a) para qualquer cargo eletivo.
b) apenas para Presidente e Vice-Presidente da República.
c) para Governador e Vice-Governador de Estado, entre outros.
d) para Senador e Deputado Federal, entre outros.
e) para Deputado Estadual, Prefeito e Vice-Prefeito, entre outros.

COMENTÁRIOS:
São absolutamente inelegíveis os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS.
O que é mesmo inelegível? Aqueles que não podem concorrer a qualquer cargo
público! São destituídos da capacidade eleitoral passiva (direito de ser eleito),
não podendo concorrer em qualquer pleito eleitoral.
Lembrando que os analfabetos mantêm a capacidade eleitoral ativa
(alistabilidade), pois têm como facultativo seu alistamento eleitoral.
Desse modo, os analfabetos são inelegíveis para qualquer cargo eletivo
(resposta certa: “a”).

RESPOSTA CERTA: LETRA A

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QUESTÃO 23: TRE-BA - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


21/09/2003.
Alexandro, Prefeito Municipal da cidade de Rio Turvo, renuncia ao cargo até 6
meses antes do pleito eleitoral. Nesse caso,
a) está caracterizada a inelegibilidade indireta apenas para os cargos de
Governador do Estado e de Deputado Estadual do Estado que o município
integra, não tendo aplicação a outros mandatos eletivos.
b) está presente a inelegibilidade reflexa para o cargo de Presidente da
República, de Governador do Estado e de Prefeito, assim como para os demais
cargos eletivos do Poder Legislativo.
c) não está presente a inelegibilidade reflexa, permitindo-se a candidatura
para quaisquer cargos dos Poderes Executivo e Legislativo.
d) está caracterizada a inelegibilidade indireta, que se aplica à candidatura de
mandatos eletivos no Poder Legislativo, mas não tem aplicação à candidatura
no Poder Executivo.
e) está presente a inelegibilidade reflexa somente para o cargo de Prefeito,
não tendo aplicação para a candidatura a outros mandatos eletivos.

COMENTÁRIOS:
Analisamos anteriormente sobre a renúncia à Chefia do Executivo e a
inelegibilidade reflexa dos parentes do titular.
Vimos que, segundo entendimento do TSE, se o titular estiver em seu 1º
mandato, com a sua renúncia em até 6 meses antes do pleito, resta
afastada esta inelegibilidade reflexa dos parentes, tanto para concorrerem ao
mesmo cargo do titular (Chefe do Executivo), quanto para qualquer outro
cargo.
Somente se ele estiver em seu 2º mandato, a prévia renúncia não afastaria a
inelegibilidade dos parentes para concorrerem ao mesmo cargo de Chefe do
Poder Executivo.
Na questão não foi informado o dado se estaria o Prefeito Alexandre em seu 1º
ou 2º mandato. Este é um dado crucial para que a resposta da questão fosse
precisa.
De todo modo, o que se afigura é o seguinte:
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1) caso estivesse Alexandre em seu 1º mandato, a sua renúncia antes dos 6


meses do pleito afastaria a inelegibilidade reflexa de seus parentes para
concorrerem a qualquer cargo, inclusive o de Prefeito Municipal;
2) caso fosse o seu 2º mandato, a renúncia prévia não afastaria a
inelegibilidade reflexa para o cargo de Prefeito, mas apenas para os outros
cargos diversos do de Chefe do Executivo.
O gabarito da questão veio como certo o item “e”. No entanto, com base na
orientação atual do TSE, entendo que nenhum item apresentado mostra-se
correto. O item “e” estaria correto se a questão indicasse que Alexandre
estaria em seu 2º mandato de Prefeito. Por sua vez, o item “c” estaria correto
se a questão indicasse que ele estivesse em seu 1º mandato.

NENHUMA RESPOSTA CERTA

QUESTÃO 24: TRE-BA - Técnico Judiciário [FCC] - 21/09/2003.


Considere as afirmações:
I. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, do
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, do Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, mesmo se
já forem titulares de cargo eletivo e candidatos à reeleição.
II. São inelegíveis, para qualquer cargo, os que forem condenados
criminalmente, com sentença transitada em julgado, por crimes eleitorais, pelo
prazo máximo de 2 anos após o cumprimento da pena.
III. São inelegíveis, para qualquer cargo, os Ministros de Estado até 6 meses
depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
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COMENTÁRIOS:
O item I é uma pegadinha! O examinador trocou o termo “salvo” por “mesmo”
no texto do art. 14, §º, da CF-88. Vejam o texto original:
Art. 14
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição
Assim, o item I tornou-se errado porque a CF-88 ressalva a possibilidade de
reeleição de parente já titular de mandato eletivo (nesse caso o parente é
plenamente elegível, não é inelegível).
Os itens II e III requerem conhecimento da Lei Complementar nº 64/90,
oportunamente estudada na AULA 8. De todo modo, o II está errado e o III
correto.

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 25: TRE-MS - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


25/03/2007. Antonio é Prefeito Municipal de uma cidade do interior do
Estado. Seu filho adotivo, Jonas não é titular de mandato eletivo, mas
pretende candidatar-se ao cargo de Vereador. Nesse caso, Jonas
a) não pode em nenhuma situação ser candidato a Vereador, ainda que
Antonio renuncie o mandato de Prefeito.
b) pode ser candidato a Vereador, porque se trata de outra eleição, diferente
daquela em que Antonio se elegeu Prefeito Municipal.
c) pode ser candidato a Vereador, porque o impedimento legal não alcança os
filhos adotivos do Prefeito Municipal.
d) só pode ser candidato a Vereador se Antonio renunciar o mandato de
Prefeito Municipal até 6 meses antes do pleito.

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e) pode ser candidato a Vereador, posto que o impedimento decorrente da


condição de descendente não se aplica às eleições municipais.

COMENTÁRIOS:
Foi abordado o tema na questão 23. Como o cargo pretendido pelo Jonas, filho
adotivo do Prefeito Antônio, é diverso do de Chefe do Executivo (no caso,
Prefeito), então pouco importa se Antônio está no 1º ou no 2º mandato, pois a
renúncia dele antes dos 6 meses das eleições afasta a inelegibilidade de Jonas
para concorrer a outros cargos.
Nesse caso, Jonas poderá sim concorrer para o cargo de Vereador Municipal,
desde que seu Pai, Antônio, Prefeito, renuncie no prazo constitucional.
Lembrando que filhos adotivos também são considerados como parentes para
fins de inelegibilidade reflexa pela CF-88.
Nesse caso, a resposta correta é o item “d”.

RESPOSTA CERTA: LETRA D

QUESTÃO 26: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


10/05/2006.
O analfabeto
a) pode ser eleito para as Assembléias Legislativas.
b) pode ser eleito para a Câmara dos Deputados.
c) só pode alistar-se se souber ao menos assinar o nome.
d) pode ser eleito Prefeito Municipal.
e) é inelegível para qualquer cargo eletivo.

COMENTÁRIOS:
Mais uma vez caiu em provas! Analfabeto é absolutamente inelegível!
Lembrando que é plenamente alistável.

RESPOSTA CERTA: LETRA E

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QUESTÃO 27: TRE-AC - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


12/10/2003.
José é Prefeito Municipal de uma cidade do interior. Seu cunhado Manoel
pretende candidatar-se ao cargo de Vereador. Manoel
a) pode ser candidato a Vereador, porque se trata de eleição de jurisdição
diversa daquela em que José se elegeu Prefeito Municipal.
b) só pode ser candidato a Vereador se José renunciar ao mandato de Prefeito
Municipal até 6 meses antes do pleito.
c) pode ser candidato a Vereador, porque o impedimento alcança apenas até o
primeiro grau de parentesco por afinidade com o Prefeito Municipal.
d) pode ser candidato a Vereador, porque o impedimento alcança apenas os
parentes consangüíneos, não alcançando os afins, do Prefeito Municipal.
e) pode ser candidato a Vereador, pois o impedimento decorrente do
parentesco não se aplica às eleições municipais.

COMENTÁRIOS:
No caso dado na questão, Manoel é cunhado de José, parente por afinidade
de 2º grau. Da mesma forma que o cônjuge e os parente por
consangüinidade, para Manoel candidatar-se ao cargo de Vereador, será
preciso que José renuncie ao cargo de Prefeito em até 6 meses antes do pleito.
Caso não renuncie, Manuel será inelegível para qualquer cargo na circunscrição
Municipal.
O item certo, portanto, é o “b”.
Da mesma forma que na questão 25, o examinador não entrou no mérito se
era 1º ou 2º mandato, fato que não tinha relevância para a resposta da
questão.
Deve-se lembrar que a CF-88 abrange parentes consangüíneos e afins até 2º
grau. Não é só parente consangüíneo, mas os afins também.

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 28: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


21/02/2010.

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Considerando o disposto no § 7.º, art. 14, da CF, no sentido de que "são


inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da
República, de governador de estado ou território, do Distrito Federal, de
prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição" e a
disciplina jurídica das relações de parentesco, julgue o seguinte item.

a) [79] Se determinado prefeito usufruirá do mandato até o seu final, então o


seu cunhado não poderá se candidatar ao mesmo cargo no pleito seguinte. De
maneira diferente ocorre em relação ao ex-cunhado, cujo vínculo de
parentesco se extingue com a dissolução do casamento.

COMENTÁRIOS:
Como já comentado, caso o titular do cargo executivo não renuncie no prazo
constitucional, mantém-se a inelegibilidade dos parentes.
A questão não disse, mas se a separação judicial foi no 1º mandato,
considerando que esta também extingue o vínculo de parentesco para fins
eleitorais, não há mais que se falar em inelegibilidades dos parentes. Em
outras palavras, caso a separação tenha ocorrido no 1º mandato, e é o que a
questão insinua, as inelegibilidades dos parentes são eliminadas pela
eliminação do vínculo que os unia ao titular.
Desse modo, com a dissolução do casamento, no caso da questão, o ex-
cunhado não sofrerá mais a inelegibilidade que detinha quando ainda era
cunhado.

RESPOSTA CERTA: ITEM 79 CORRETO.

QUESTÃO 29: MPE-PE - Promotor de Justiça [FCC] - 01/08/2008.


Muitas são as condições de elegibilidade que devem ser preenchidas para a
participação política ativa e passiva. Rinaldo é oficial da Polícia Militar do
Estado e conta mais de dez anos de serviço.
Resolveu ser candidato a Deputado Estadual. Nesse caso, ele é

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a) elegível e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para


a inatividade.
b) inelegível, porque os policiais militares estaduais são inalistáveis.
c) elegível e, se eleito, deverá permanecer afastado de suas funções até o
término do mandato.
d) inelegível, visto que o militar só pode ser candidato a cargo eletivo após
vinte anos de serviço.
e) elegível e só será afastado de suas funções se o requerer e não houver
compatibilidade de horários.

COMENTÁRIOS:
Como já examinamos anteriormente, o Militar tem algumas condições de
elegibilidade diferenciadas, mas são plenamente alistáveis. Logo item “b” está
errado.
Para o Militar ser considerado elegível, além das condições de elegibilidade
previstas para todo cidadão, é preciso que atenda às condições previstas na
CF-88, senão será considerado inelegível.
As condições são as seguintes:
ƒ se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
ƒ se contar com mais de 10 anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da
diplomação, para a inatividade.

CF-88
Art. 14
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no

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ato da diplomação, para a inatividade.

Desse modo, como Rinaldo é Militar com mais de 10 anos de serviço, caso
ele seja eleito passará automaticamente para a inatividade no ato da
diplomação, o que atende perfeitamente ao disposto no item “a” da questão.
O item “c” somente estaria correto se Rinaldo tivesse menos de 10 anos de
serviço.
O Militar é sempre alistável, salvo se não preencher as condições do art. 14,
§8º, da CF-88. Não existe a condição prevista no item “d” de 20 anos de
serviço.
O Militar sempre será afastado de suas funções, tendo mais ou menos de 10
anos de serviço. Por isso, está errado o item “e”.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 30: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -


19/04/2008.
A CF e as leis eleitorais brasileiras estabelecem a disciplina da nacionalidade do
candidato, que pode ter particularidades conforme o cargo pretendido. A esse
respeito, assinale a opção correta.
a) Um cidadão português que goze do estatuto da reciprocidade pode ser
candidato a presidente da República.
b) Em qualquer caso, a dupla nacionalidade de um cidadão brasileiro impõe a
inelegibilidade.
c) Brasileiro que se naturalizar alemão em virtude de imposição legal da
Alemanha perde a capacidade eleitoral passiva.
d) Estrangeiro nacionalizado brasileiro somente pode ser candidato a cargos
legislativos.
e) Cidadão brasileiro nascido no exterior e registrado no consulado do Brasil
pode ser candidato a presidente da República.

COMENTÁRIOS:

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O cidadão Português, pela previsão constitucional, poderá, em tese, também


concorrer a determinados cargos políticos no Brasil, sem se naturalizar
formalmente. No entanto, o art. 12, §3º, I, da CF-88 prevê que o cargo de
Presidente e Vice da Repúblicas são privativos de brasileiros natos. Com isso, o
item “a” está errado.
A dupla nacionalidade, por si só, não implica necessariamente na
inelegibilidade do cidadão. Itens “b” e “c” errados.
O estrangeiro nacionalizado brasileiro poderá concorrer a todos os cargos
eletivos, salvo os previstos no art. 12, §3º, da CF-88. Poderá, por exemplo,
concorrer ao cargo de Prefeito, Governador (Chefe do Poder Executivo):
Art. 12
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
O cidadão brasileiro nascido no exterior e registrado no consulado do Brasil
pode ser candidato a presidente da República porque este é considerado
brasileiro nato, nos termos do art. 12, I, c, da CF-88. Por isso, pode
concorrer ao cargo de Presidente da República. Item “E” está correto.
Art. 12, I,
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição brasileira
competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil
e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 54, de 2007)

RESPOSTA CERTA: LETRA E


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QUESTÃO 31: TRE - GO - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] -


01/02/2009.
Tendo em vista os direitos políticos, e em especial as condições de
elegibilidade, assinale a opção correta.
a) Não são elegíveis para os cargos de presidente e vice-presidente da
República e senador aqueles que contarem com menos de trinta e cinco anos
de idade.
b) Para concorrerem a outros cargos, os governadores e os prefeitos devem
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito, salvo se já
estiverem exercendo os mandatos pela segunda vez seguida.
c) A CF prevê casos de suspensão, mas não de perda definitiva de direitos
políticos, pois a privação terminante desses direitos configuraria ofensa ao
princípio da dignidade da pessoa humana.
d) É vedada a criação de outros casos de inelegibilidade fora daqueles
taxativamente expressos na CF.

COMENTÁRIOS:
O item “a” está correto, como exaustivamente estudamos linhas atrás.
Presidente, Vice e Senador exigem, no mínimo, 35 anos de idade.
Para concorrer a outros cargos, os Chefes do Executivo devem
obrigatoriamente renunciar aos cargos em até 6 meses da eleição, não
existindo qualquer ressalva constitucional referente à desnecessidade de
renúncia caso esteja em seu 2º mandato. Assim, o item “b” está incorreto.
CF-88
Art. 14
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
Sobre o item “c” veremos linhas à frente. De todo modo, está errado porque a
CF-88 prevê hipóteses de suspensão e de perda dos direitos políticos. O que

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não é permitido é a cassação dos direitos políticos.


O item “d” está errado, pois as inelegibilidades são previstas na Constituição e
na Lei Complementar nº 64 (Inelegibilidades Legais).

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 32: Senado Federal – Advogado [FGV] - 09/11/2008.


Determinado aspirante a vereador, com condenação criminal transitada em
julgado, porém com pedido de revisão criminal em curso, é:
a) elegível, ante a pendência da decisão na revisão criminal que visa à
nulidade do julgamento.
b) inelegível, pois há sentença condenatória que transitou em julgado.
c) inalistável, visto que teve seus direitos políticos cassados com a condenação
criminal.
d) alistável e elegível, até que a revisão criminal transite em julgado.
e) inalistável, porém elegível em função da propositura da revisão criminal.

COMENTÁRIOS:
O cidadão aspirante a vereador, por ter sobre si condenação criminal
transitada em julgado, tem seus direitos políticos suspensos até o total
cumprimento da sanção penal. Com isso, não preenche as condições de
elegibilidade constitucionais, tornando-se inelegível.
Apesar de ter sido interposta Revisão Criminal, está não tem o condão de
alterar o trânsito em julgado da sentença penal. Por isso, os direitos políticos
remanescem suspensos enquanto durar os efeitos da sentença condenatória, o
que o torna inelegível.
Assim, o item correto é “b”.
O assunto Perda e Suspensão dos Direitos Políticos, a despeito de já
comentarmos anteriormente, será tema específico de aula futura.
Art. 15. É VEDADA A CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja
PERDA ou SUSPENSÃO só se dará nos casos de:

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III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto


durarem seus efeitos;

RESPOSTA CERTA: LETRA B

QUESTÃO 33: MPE-PB - Promotor de Justiça [MPE/PB] - 01/01/2003.


Dentre os relacionados abaixo, são elegíveis para qualquer cargo:
a)os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos;
b)os maiores com 21 (vinte e um) anos;
c)os inalistáveis;
d)os maiores de 70 (setenta) anos;
e)os analfabetos.

COMENTÁRIOS:
Apenas o maior de 70 anos não sofre as limitações de idade para assunção de
cargos eletivos disposta na CF-88. Todos os outros previstos na questão, de
alguma estão limitados em sua elegibilidade para algum cargo.
Desse modo, apenas o item “d” está correto.

RESPOSTA CERTA: LETRA D

QUESTÃO 34: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


21/02/2010.
Acerca da competência jurisdicional, julgue o próximo item.
a) [86] Em caso de inelegibilidade de candidato por efeito da suspensão dos
direitos políticos em razão de condenação criminal, a justiça eleitoral é
competente para determinar a suspensão dos efeitos de decisão criminal
transitada em julgado em virtude da superveniência de lei penal mais benéfica
ao candidato.

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COMENTÁRIOS:
Esta questão exige conhecimentos de inelegibilidade e de perda e suspensão
dos direitos políticos (a ser visto em aula futura).
Não obstante, a Justiça Eleitoral apenas homologará a sentença penal
condenatória transitada em julgado para determinação dos efeitos eleitorais
(suspensão dos direitos políticos e fixação da inelegibilidade do eleitor-
cidadão). Não tem a Justiça Eleitoral competência penal para julgamento de
crimes comuns, por isso não pode, ao seu alvedrio, alterar decisão judicial da
justiça comum.
Desse modo, o item está errado.

RESPOSTA CERTA: ITEM ERRADO

QUESTÃO 35: TJ - MG - Juiz de Direito Substituto de Carreira [FGV] -


04/05/200.
Com relação aos analfabetos, é incorreto afirmar que:
a) a condição de semi-analfabeto, em que o interessado apenas assina e lê o
nome, torna o candidato inelegível.
b) é legítima a diligência judicial que, de ofício, busca apurar a condição de
alfabetizado do candidato.
c) o exercício de função pública não afasta a inelegibilidade do candidato
analfabeto.
d) é válida a aplicação de teste sumário para aferir o requisito de alfabetização
do candidato.
e) o artigo 14, § 4º, da CF consagra presunção juris et de jure (absoluta) de
incapacidade para o exercício do mandato.

COMENTÁRIOS:
O semi-analfabeto, pela doutrina, é considerado elegível. Tão somente o
analfabeto, segundo a CF-88 é inelegível. Basta preencher requisitos mínimos
de alfabetização que tem por afastada a inelegibilidade. Assim, o item “a” está
incorreta, como o caput da questão requer.
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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS
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O Juiz pode aferir, por critério sumário, a condição de alfabetizado do


candidato. Itens “b” e “d” estão corretos.
Não existe qualquer previsão legal de exceções à analfabetia do candidato,
inclusive o exercício de função pública. Por isso, o item “c” está correto
também.
As inelegibilidades absolutas são previstas exatamente no art. 14, §4º, da CF.
Item “e” correto.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 36: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -


02/12/2007.
Conforme a Constituição da República, o instituto da inelegibilidade destina-se
a proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do
mandato - em razão da qual se considera a vida pregressa do candidato - e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício da função, cargo ou emprego da
administração direta ou indireta. Considerando os princípios constitucionais e a
Lei de Inelegibilidade - Lei Complementar n.º 64/1990 -, assinale a opção
correta.
a) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a renunciar ao
mandato para candidatar-se a deputado federal.
b) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a se licenciar do
mandato para candidatar-se a deputado federal.
c) Cidadão analfabeto pode ser candidato a vereador, mas não, a prefeito.
d) Pessoa submetida a processo em que é acusada da prática de crime
hediondo somente pode candidatar-se após o trânsito em julgado.
e) Irmão de governador de estado pode ser candidato em qualquer eleição,
desde que já seja ocupante de algum cargo eletivo.

COMENTÁRIOS:
As inelegibilidades por motivos funcionais podem ser divididas para o mesmo

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cargo ou para outros cargos. Para o Chefe do Poder Executivo concorrer a


outros cargos quaisquer, por imperativo constitucional, deverão renunciar
pelo menos 6 meses antes do pleito.
CF-88
Art. 14
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
Nessa trilha, para o atual Governador candidatar-se a deputado federal e a
qualquer outro cargo, salvo a sua própria reeleição, deverá renunciar ao
mandato em até 6 meses antes das eleições. Com isso, o item “a” está
correto.
Não está obrigado a licenciar-se do cargo, mas a renunciar dele. Item “b”
errado.
Analfabeto é inelegível para todos os cargos, inclusive para Prefeito e
Vereador. Item “c” errado.
O cidadão somente perderá sua condição de elegibilidade de pleno exercício
dos direitos políticos com o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória. Destarte, aquele que está sendo processado por crime não tem
seus direitos políticos suspensos, pois o processo está pendente, sem decisão
definitiva, o que implica na sua regular elegibilidade. Item “d” errado.
A inelegibilidade reflexa é aquela decorrente da titularidade do Cargo de
Chefe do Executivo (Presidente da República, Governadores dos Estados e do
DF e Prefeitos) ou dos que o tiverem substituído, que reflete diretamente nos
parentes do titular. Implica na impossibilidade serem elegíveis, no território da
circunscrição do titular, os seguintes parentes: cônjuge e dos parentes
consangüíneos e afins, até 2º grau ou por adoção.
A CF-88 prevê a ressalva do parente já ser titular de mandato eletivo e
candidato á reeleição.
Então, parente seja também titular de mandato eletivo, poderá concorrer
somente à reeleição desse cargo. Não poderá pleitear outros cargos, salvo
aqueles não abrangidos pela inelegibilidade reflexa.

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Quanto ao item “e”, o irmão não poderá concorrer a qualquer cargo público,
mas somente à reeleição e àqueles não vedados pela inelegibilidade reflexa.
Ex: poderá candidatar-se a Governador, Deputado Federal ou Estadual de
outros Estados diversos do que seu irmão é Governador, ou mesmo a
Presidente da República.
Art. 14
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.

RESPOSTA CERTA: LETRA A

QUESTÃO 37: MPF – Procurador [MPU] - 01/01/2001.


AS HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADES:
I - estão previstas no Código Eleitoral e resultam de decisões da justiça
Eleitoral nele baseadas;
II - são situações fáticas, sem previsão legal, apuradas em representações por
abuso de poder econômico e político;
III - estão previstas na Constituição Federal e ainda em lei complementar a fim
de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do
mandato, considerada a vida pregressa do candidato, a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta;
IV - são situações de direito eleitoral, tipificadas como crimes eleitorais, tendo
em vista a improbidade administrativa e as ilegalidades nos gastos nas
campanhas, corrupção, fraude e abuso do poder econômico.
Analisando-se as assertivas acima, pode-se afirmar que:
a) somente as de números I e IV estão corretas;

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b) estão corretas as de número II e III;


c) apenas a de número III está correta;
d) somente a de número I correta.
COMENTÁRIOS:
As inelegibilidades estão previstas na CF-88 e na Lei Complementar nº 64. Não
estão dispostas no Código Eleitora. Ademais, são situações fáticas com
previsão não somente legal, mas constitucional! Itens I e II errados.
Item III é o texto do art. 14, §9º, da CF-88. Item correto.
As inelegibilidades não são propriamente crimes eleitorais. Constituem-se
apenas hipóteses impedimento para assunção de cargos eletivos (supressão da
capacidade eleitoral passiva). Item IV errado.

CF-88
Art. 14
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)

RESPOSTA CERTA: LETRA C

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EXERCÍCIOS

QUESTÃO 1: [FCC] - 23/11/2003 - TRE-AM - Analista Judiciário –


Judiciária. Considere as seguintes normas jurídicas, além da Constituição
Federal e das Leis Complementares Federais:
I. Leis Ordinárias Federais.
II. Leis Complementares Estaduais.
III. Leis Ordinárias Estaduais.
IV. Leis Ordinárias Municipais.
V. Resoluções do Tribunal Superior Eleitoral.
São fontes diretas do Direito Eleitoral, APENAS
a) I e V.
b) I, III e V.
c) I, III, IV.
d) II e V.
e) IV e V.

QUESTÃO 2: TRE-AM – Administrativa - [FCC] – 31/01/2010. João


completou 18 anos de idade; Juan é brasileiro naturalizado; Pedro tem 15 anos
de idade e completará 16 anos na data do pleito; Paulo era analfabeto, mas
deixou de sê-lo; e Manuel é português e está trabalhando numa empresa no
Brasil. É facultativo o alistamento eleitoral de:
a) Juan e Paulo.
b) Juan e Manuel
c) Juan e Pedro
d) Paulo.
e) Pedro.

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QUESTÃO 3: TRE - PI - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


02/08/2009. A respeito do alistamento eleitoral, é correto afirmar que:
a) é facultativo o alistamento do menor que completar 16 anos até a data do
pleito, inclusive, no ano em que se realizarem eleições.
b) o brasileiro nato deve alistar-se até seis meses após a data em que
completar 18 anos de idade.
c) o brasileiro naturalizado deve alistar-se até três meses depois de adquirida
a cidadania brasileira.
d) o certificado de quitação do serviço militar é documento obrigatório para o
alistamento de maiores de 16 e menores de 18 anos, do sexo masculino.
e) caberá recurso interposto por qualquer delegado de partido, no prazo de 15
dias contados da publicação da listagem, do despacho que indeferir o
requerimento de inscrição.

QUESTÃO 4: TRE-SP - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] -


10/05/2006. Tício é brasileiro naturalizado, alfabetizado e tem 40 anos de
idade. Paulus é brasileiro nato, tem 18 anos de idade, mas é analfabeto. Petrus
é brasileiro nato, alfabetizado e tem 72 anos de idade. O alistamento eleitoral
e o voto são
a) obrigatórios para Tício e facultativos para Paulus e Petrus.
b) facultativos para Tício e Paulus e obrigatórios para Petrus.
c) facultativos para Tício e Petrus e obrigatórios para Paulus.
d) obrigatórios para Tício, Paulus e Petrus.
e) facultativos para Tício, Paulus e Petrus.

QUESTÃO 5: TRE-MG - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] -


18/07/2009.
O alistamento eleitoral é obrigatório para brasileiros
a) analfabetos.
b) naturalizados maiores de 18 anos.
c) inválidos.

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d) que se encontrarem fora do país.


e) naturalizados maiores de 16 e menores de 18 anos.

QUESTÃO 6: TRE-PE - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


25/01/2004. NÃO podem alistar-se como eleitores, dentre outros, os
a) brasileiros naturalizados.
b) estrangeiros.
c) analfabetos.
d) maiores de 16 e menores de 18 anos.
e) inválidos.

QUESTÃO 7: TRE-AM - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


23/11/2003 - José é brasileiro nato, tem 19 anos de idade, mora e estuda na
Espanha desde os 14 anos de idade. João tem 21 anos, mas é analfabeto.
Maria tem 18 anos, mas é inválida. O alistamento eleitoral é
a) obrigatório para José e facultativo para João e Maria.
b) facultativo para José, João e Maria.
c) facultativo para Maria e obrigatório para José e João.
d) obrigatório para José, João e Maria.

e) facultativo para João e obrigatório para José e Maria.

QUESTÃO 8: TRE-AC - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


12/10/2003 . O alistamento eleitoral e o voto são
a) facultativos para os estrangeiros e para os analfabetos.
b) obrigatórios para os analfabetos e facultativos para os estrangeiros.
c) obrigatórios para os estrangeiros e facultativos para os analfabetos.
d) facultativos para os maiores de 70 anos e obrigatórios para os analfabetos.
e) facultativos para os analfabetos e para os maiores de 70 anos.

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QUESTÃO 9: TRE-CE - Analista Judiciário [FCC] - 01/11/2002 - O


alistamento eleitoral produz o efeito de
a) fixar o número de votantes nos pleitos eletivos.
b) assegurar, em relação ao alistado, o direito de votar e ser votado.
c) integrar o nacional no corpo eleitoral.
d) afastar das urnas os analfabetos.
e) viabilizar a candidatura para todos os postos eletivos.

QUESTÃO 10: TJ-RN - Juiz Substituto [FCC] - 01/01/1999. NÃO podem


alistar-se eleitores os
a) menores de 16 anos.
b) analfabetos e os conscritos durante o serviço militar
c) maiores de 70 anos
d) conscritos durante o serviço militar e os menores de 18 anos.

e) os estrangeiros e os analfabetos.

QUESTÃO 11: TJ-AL - Juiz Substituto [FCC] - 28/01/2007


Considere as assertivas:
I. Referendo é uma consulta prévia que se faz aos cidadãos no gozo de seus
direitos políticos sobre determinada matéria a ser, posteriormente, discutida
pelo Congresso Nacional.
II. Plebiscito é uma consulta posterior sobre determinado ato governamental
para ratificá-lo, para conceder-lhe eficácia ou para retirar-lhe a eficácia.
III. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos
Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do
eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos
de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
a) III.
b) II.

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c) II e III.
d) I e III.

e) I e II.

QUESTÃO 12: TRE-SP - Analista Judiciário – Contabilidade [FCC] -


10/05/2006. É considerada uma das condições de elegibilidade do
Governador de Estado, Deputado Federal e do Senador, a idade mínima,
respectivamente, de
a) trinta e cinco anos, trinta anos e vinte e um anos.
b) trinta anos, vinte e um anos e trinta e cinco anos.
c) vinte e um anos, trinta anos e trinta e cinco anos.
d) trinta e cinco anos, vinte e um anos e trinta anos.
e) trinta anos, trinta e cinco anos e vinte e um anos.

QUESTÃO 13: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


15/01/2008. A idade mínima para ser elegível aos cargos de Deputado
Federal, Prefeito e Vereador, respectivamente, é de
a) 21 (vinte e um), 21 (vinte e um) e 18 (dezoito) anos.
b) 25 (vinte e cinco), 18 (dezoito) e 18 (dezoito) anos.
c) 30 (trinta), 21 (vinte e um) e 18 (dezoito) anos.
d) 30 (trinta), 30 (trinta) e 21 (vinte e um) anos.
e) 35 (trinta e cinco), 30 (trinta) e 21 (vinte e um) anos.

QUESTÃO 14: TRE-AM - Analista Judiciário – Administrativa [FCC] -


23/11/2003. Sanchez é espanhol naturalizado brasileiro. Está em pleno gozo
de seus direitos políticos, possui alistamento eleitoral regular e domicílio
eleitoral na circunscrição. É filiado a Partido Político e tem 28 anos de idade.
Sanchez pode candidatar-se, dentre outros, aos cargos de
a) Deputado Federal e Prefeito.
b) Presidente da República e Vice-Presidente da República.
c) Senador e Vice-Presidente da República.
d) Governador do Estado e Presidente da República.
e) Deputado Estadual e Presidente da República.

QUESTÃO 15: TRE-MS - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -

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25/03/2008. João completou vinte e três anos de idade e pretende concorrer


a cargo no Legislativo ou no Executivo. Nesse caso, poderá ele ser eleito
somente para

a) Governador.
b) Prefeito.
c) Vice-Governador de Estado.
d) Senador.
e) Vice-Presidente da República.

QUESTÃO 16: TRE-BA - Técnico Judiciário – Programação [FCC] -


21/09/2003. Considere as proposições relacionadas à elegibilidade.
I. A idade mínima exigida para se candidatar a Presidente da República é 35
anos.
II. Para se candidatar a Deputado Federal, a idade mínima exigida é 30 anos.
III. Exige-se do candidato a Prefeito a idade mínima de 21 anos.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) II.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

QUESTÃO 17: TRE-BA - Técnico Judiciário [FCC] - 21/09/2003


A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de
elegibilidade é verificada por ocasião do pedido de registro de candidatura,
tendo por referência a data
a) da convenção partidária que indicou o candidato.
b) em que o pedido de registro foi protocolado.
c) do pleito eleitoral.
d) da posse.
e) do último dia de prazo para registro de candidatura.

QUESTÃO 18: TRE-BA - Técnico Judiciário [FCC] - 21/09/2003.


Joaquim, brasileiro nato, com 19 anos de idade, em pleno exercício de seus

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direitos políticos, é filiado a partido político e alistado eleitoralmente. O cargo


mais elevado ao qual poderá concorrer como candidato é o de
a) Senador.
b) Presidente da República.
c) Vereador.
d) Deputado Federal.
e) Deputado Estadual.

QUESTÃO 19: TJ-AL - Juiz Substituto [FCC] - 28/01/2007. São condições


de elegibilidade, na forma da lei, para os cargos de Prefeito Municipal e
Vereador, dentre outras, a idade mínima de
a) vinte e um anos.
b) vinte e um e dezoito anos, respectivamente.
c) trinta e dezoito anos, respectivamente.
d) trinta e vinte e um anos, respectivamente.
e) trinta e cinco e trinta anos, respectivamente.

QUESTÃO 20: TRE-SP - Analista Judiciário – Contabilidade [FCC] -


10/05/2006.
É considerada uma das condições de elegibilidade do Governador de Estado,
Deputado Federal e do Senador, a idade mínima, respectivamente, de
a) trinta e cinco anos, trinta anos e vinte e um anos.
b) trinta anos, vinte e um anos e trinta e cinco anos.
c) vinte e um anos, trinta anos e trinta e cinco anos.
d) trinta e cinco anos, vinte e um anos e trinta anos.
e) trinta anos, trinta e cinco anos e vinte e um anos.

QUESTÃO 21: TRE-AP - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


15/01/2007. A idade mínima para ser elegível aos cargos de Deputado
Federal, Prefeito e Vereador, respectivamente, é de
a) 21 (vinte e um), 21 (vinte e um) e 18 (dezoito) anos.
b) 25 (vinte e cinco), 18 (dezoito) e 18 (dezoito) anos.
c) 30 (trinta), 21 (vinte e um) e 18 (dezoito) anos.
d) 30 (trinta), 30 (trinta) e 21 (vinte e um) anos.
e) 35 (trinta e cinco), 30 (trinta) e 21 (vinte e um) anos.

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QUESTÃO 22: TRE-AM - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -


23/11/2003. Os analfabetos são inelegíveis
a) para qualquer cargo eletivo.
b) apenas para Presidente e Vice-Presidente da República.
c) para Governador e Vice-Governador de Estado, entre outros.
d) para Senador e Deputado Federal, entre outros.
e) para Deputado Estadual, Prefeito e Vice-Prefeito, entre outros.

QUESTÃO 23: TRE-BA - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


21/09/2003.
Alexandro, Prefeito Municipal da cidade de Rio Turvo, renuncia ao cargo até 6
meses antes do pleito eleitoral. Nesse caso,
a) está caracterizada a inelegibilidade indireta apenas para os cargos de
Governador do Estado e de Deputado Estadual do Estado que o município
integra, não tendo aplicação a outros mandatos eletivos.
b) está presente a inelegibilidade reflexa para o cargo de Presidente da
República, de Governador do Estado e de Prefeito, assim como para os demais
cargos eletivos do Poder Legislativo.
c) não está presente a inelegibilidade reflexa, permitindo-se a candidatura
para quaisquer cargos dos Poderes Executivo e Legislativo.
d) está caracterizada a inelegibilidade indireta, que se aplica à candidatura de
mandatos eletivos no Poder Legislativo, mas não tem aplicação à candidatura
no Poder Executivo.
e) está presente a inelegibilidade reflexa somente para o cargo de Prefeito,
não tendo aplicação para a candidatura a outros mandatos eletivos.

QUESTÃO 24: TRE-BA - Técnico Judiciário [FCC] - 21/09/2003.


Considere as afirmações:
I. São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, do

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Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, do Prefeito ou de


quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, mesmo se
já forem titulares de cargo eletivo e candidatos à reeleição.
II. São inelegíveis, para qualquer cargo, os que forem condenados
criminalmente, com sentença transitada em julgado, por crimes eleitorais, pelo
prazo máximo de 2 anos após o cumprimento da pena.
III. São inelegíveis, para qualquer cargo, os Ministros de Estado até 6 meses
depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) I.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

QUESTÃO 25: TRE-MS - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


25/03/2007. Antonio é Prefeito Municipal de uma cidade do interior do
Estado. Seu filho adotivo, Jonas não é titular de mandato eletivo, mas
pretende candidatar-se ao cargo de Vereador. Nesse caso, Jonas
a) não pode em nenhuma situação ser candidato a Vereador, ainda que
Antonio renuncie o mandato de Prefeito.
b) pode ser candidato a Vereador, porque se trata de outra eleição, diferente
daquela em que Antonio se elegeu Prefeito Municipal.
c) pode ser candidato a Vereador, porque o impedimento legal não alcança os
filhos adotivos do Prefeito Municipal.
d) só pode ser candidato a Vereador se Antonio renunciar o mandato de
Prefeito Municipal até 6 meses antes do pleito.
e) pode ser candidato a Vereador, posto que o impedimento decorrente da
condição de descendente não se aplica às eleições municipais.

QUESTÃO 26: TRE-SP - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


10/05/2006.
O analfabeto

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a) pode ser eleito para as Assembléias Legislativas.


b) pode ser eleito para a Câmara dos Deputados.
c) só pode alistar-se se souber ao menos assinar o nome.
d) pode ser eleito Prefeito Municipal.
e) é inelegível para qualquer cargo eletivo.

QUESTÃO 27: TRE-AC - Analista Judiciário – Judiciária [FCC] -


12/10/2003.
José é Prefeito Municipal de uma cidade do interior. Seu cunhado Manoel
pretende candidatar-se ao cargo de Vereador. Manoel
a) pode ser candidato a Vereador, porque se trata de eleição de jurisdição
diversa daquela em que José se elegeu Prefeito Municipal.
b) só pode ser candidato a Vereador se José renunciar ao mandato de Prefeito
Municipal até 6 meses antes do pleito.
c) pode ser candidato a Vereador, porque o impedimento alcança apenas até o
primeiro grau de parentesco por afinidade com o Prefeito Municipal.
d) pode ser candidato a Vereador, porque o impedimento alcança apenas os
parentes consangüíneos, não alcançando os afins, do Prefeito Municipal.
e) pode ser candidato a Vereador, pois o impedimento decorrente do
parentesco não se aplica às eleições municipais.

QUESTÃO 28: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


21/02/2010.
Considerando o disposto no § 7.º, art. 14, da CF, no sentido de que "são
inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da
República, de governador de estado ou território, do Distrito Federal, de
prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição" e a
disciplina jurídica das relações de parentesco, julgue o seguinte item.

a) [79] Se determinado prefeito usufruirá do mandato até o seu final, então o


seu cunhado não poderá se candidatar ao mesmo cargo no pleito seguinte. De
maneira diferente ocorre em relação ao ex-cunhado, cujo vínculo de
parentesco se extingue com a dissolução do casamento.

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QUESTÃO 29: MPE-PE - Promotor de Justiça [FCC] - 01/08/2008.


Muitas são as condições de elegibilidade que devem ser preenchidas para a
participação política ativa e passiva. Rinaldo é oficial da Polícia Militar do
Estado e conta mais de dez anos de serviço.
Resolveu ser candidato a Deputado Estadual. Nesse caso, ele é
a) elegível e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para
a inatividade.
b) inelegível, porque os policiais militares estaduais são inalistáveis.
c) elegível e, se eleito, deverá permanecer afastado de suas funções até o
término do mandato.
d) inelegível, visto que o militar só pode ser candidato a cargo eletivo após
vinte anos de serviço.
e) elegível e só será afastado de suas funções se o requerer e não houver
compatibilidade de horários.

QUESTÃO 30: MPE - RN - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -


19/04/2008.
A CF e as leis eleitorais brasileiras estabelecem a disciplina da nacionalidade do
candidato, que pode ter particularidades conforme o cargo pretendido. A esse
respeito, assinale a opção correta.
a) Um cidadão português que goze do estatuto da reciprocidade pode ser
candidato a presidente da República.
b) Em qualquer caso, a dupla nacionalidade de um cidadão brasileiro impõe a
inelegibilidade.
c) Brasileiro que se naturalizar alemão em virtude de imposição legal da
Alemanha perde a capacidade eleitoral passiva.
d) Estrangeiro nacionalizado brasileiro somente pode ser candidato a cargos
legislativos.
e) Cidadão brasileiro nascido no exterior e registrado no consulado do Brasil
pode ser candidato a presidente da República.

QUESTÃO 31: TRE - GO - Analista Judiciário – Administrativa [CESPE] -


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01/02/2009.
Tendo em vista os direitos políticos, e em especial as condições de
elegibilidade, assinale a opção correta.
a) Não são elegíveis para os cargos de presidente e vice-presidente da
República e senador aqueles que contarem com menos de trinta e cinco anos
de idade.
b) Para concorrerem a outros cargos, os governadores e os prefeitos devem
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito, salvo se já
estiverem exercendo os mandatos pela segunda vez seguida.
c) A CF prevê casos de suspensão, mas não de perda definitiva de direitos
políticos, pois a privação terminante desses direitos configuraria ofensa ao
princípio da dignidade da pessoa humana.
d) É vedada a criação de outros casos de inelegibilidade fora daqueles
taxativamente expressos na CF.

QUESTÃO 32: Senado Federal – Advogado [FGV] - 09/11/2008.


Determinado aspirante a vereador, com condenação criminal transitada em
julgado, porém com pedido de revisão criminal em curso, é:
a) elegível, ante a pendência da decisão na revisão criminal que visa à
nulidade do julgamento.
b) inelegível, pois há sentença condenatória que transitou em julgado.
c) inalistável, visto que teve seus direitos políticos cassados com a condenação
criminal.
d) alistável e elegível, até que a revisão criminal transite em julgado.
e) inalistável, porém elegível em função da propositura da revisão criminal.

QUESTÃO 33: MPE-PB - Promotor de Justiça [MPE/PB] - 01/01/2003.


Dentre os relacionados abaixo, são elegíveis para qualquer cargo:
a)os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos;
b)os maiores com 21 (vinte e um) anos;
c)os inalistáveis;
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d)os maiores de 70 (setenta) anos;


e)os analfabetos.

QUESTÃO 34: TRE - BA - Analista Judiciário – Judiciária [CESPE] -


21/02/2010.
Acerca da competência jurisdicional, julgue o próximo item.
a) [86] Em caso de inelegibilidade de candidato por efeito da suspensão dos
direitos políticos em razão de condenação criminal, a justiça eleitoral é
competente para determinar a suspensão dos efeitos de decisão criminal
transitada em julgado em virtude da superveniência de lei penal mais benéfica
ao candidato.

QUESTÃO 35: TJ - MG - Juiz de Direito Substituto de Carreira [FGV] -


04/05/200.
Com relação aos analfabetos, é incorreto afirmar que:
a) a condição de semi-analfabeto, em que o interessado apenas assina e lê o
nome, torna o candidato inelegível.
b) é legítima a diligência judicial que, de ofício, busca apurar a condição de
alfabetizado do candidato.
c) o exercício de função pública não afasta a inelegibilidade do candidato
analfabeto.
d) é válida a aplicação de teste sumário para aferir o requisito de alfabetização
do candidato.
e) o artigo 14, § 4º, da CF consagra presunção juris et de jure (absoluta) de
incapacidade para o exercício do mandato.

QUESTÃO 36: MPE - AM - Promotor de Justiça Substituto [CESPE] -


02/12/2007.
Conforme a Constituição da República, o instituto da inelegibilidade destina-se
a proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do
mandato - em razão da qual se considera a vida pregressa do candidato - e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
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econômico ou o abuso do exercício da função, cargo ou emprego da


administração direta ou indireta. Considerando os princípios constitucionais e a
Lei de Inelegibilidade - Lei Complementar n.º 64/1990 -, assinale a opção
correta.
a) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a renunciar ao
mandato para candidatar-se a deputado federal.
b) Ocupante do cargo de governador de estado é obrigado a se licenciar do
mandato para candidatar-se a deputado federal.
c) Cidadão analfabeto pode ser candidato a vereador, mas não, a prefeito.
d) Pessoa submetida a processo em que é acusada da prática de crime
hediondo somente pode candidatar-se após o trânsito em julgado.
e) Irmão de governador de estado pode ser candidato em qualquer eleição,
desde que já seja ocupante de algum cargo eletivo.
QUESTÃO 37: MPF – Procurador [MPU] - 01/01/2001.
AS HIPÓTESES DE INELEGIBILIDADES:
I - estão previstas no Código Eleitoral e resultam de decisões da justiça
Eleitoral nele baseadas;
II - são situações fáticas, sem previsão legal, apuradas em representações por
abuso de poder econômico e político;
III - estão previstas na Constituição Federal e ainda em lei complementar a fim
de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do
mandato, considerada a vida pregressa do candidato, a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do
exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta;
IV - são situações de direito eleitoral, tipificadas como crimes eleitorais, tendo
em vista a improbidade administrativa e as ilegalidades nos gastos nas
campanhas, corrupção, fraude e abuso do poder econômico.
Analisando-se as assertivas acima, pode-se afirmar que:
a) somente as de números I e IV estão corretas;
b) estão corretas as de número II e III;
c) apenas a de número III está correta;
d) somente a de número I correta.
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GABARITOS OFICIAIS

1- A 2- E 3–A 4-A 5-B 6–B 7–B 8–E 9–C 10 -


A
11 - 12 – 13 - 14 - A 15 - 16 - 17 - 18 – C 19 - 20 -
A B A B D D B B
21 - 22 - 23 24 - B 25 - 26 - 27 - 28 - 29 - 30 -
A A NR D E B CERTO A E
31 - 32 - 33 - 34 - 35 - 36 - 37 -
A B D ERRADO A A C

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RESUMO DA AULA
A função regulamentadora do TSE tem se consubstanciado em 2
espécies normativas: Instruções Normativas e Resoluções.

3. INSTRUÇÕES NORMATIVAS - quando o TSE edita atos regulamentares de


caráter genérico sobre matéria eleitoral, com base no art. 1º, parágrafo
único, e art. 23, IX, do Código Eleitoral;
4. RESOLUÇÕES – quando o TSE regulamenta especificamente as Eleições,
consoante o art. 105 da Lei nº 9.504/97,

Classificação dos Direitos Políticos:

3. Capacidade Eleitoral Ativa (Alistabilidade) – direito de votar,


capacidade de ser eleitor;
4. Capacidade Eleitoral Passiva (Elegibilidade) – direito de ser votado.

Características do Voto no Brasil: Direto; Igual (um homem, um


voto); Periódico; Sigiloso; Livre; Personalíssimo, Obrigatório.

PLEBISCITO X REFERENDO

Plebiscito – Prévia Consulta (PP), antes que seja apreciada pelo


Congresso.

Referendo – Ratificadora (RR), Referendadora Consulta


(realizada posteriormente ao ato governamental já editado).

Requisitos Constitucionais para a INICIATIVA POPULAR:

4. 1% mínimo do eleitorado nacional;


5. 5 Estados – número mínimo;
6. 0,3% (três décimos por cento) dos eleitores de cada um desses
Estados.

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ALISTAMENTO ELEITORAL e VOTO

Apenas para os maiores de 18 anos


OBRIGATÓRIOS e menores de 70 anos
18 anos < X < 70 anos

o analfabetos
o maiores de 16 anos e menores
de 18 anos
FACULTATIVOS
o maiores de 70 anos
Resumo: 16 anos < X < 18 anos;
X > 70 anos

No Código Eleitoral:
O alistamento é facultativo para:
ƒ INVÁLIDOS;6
ƒ MAIORES DE 70 ANOS (> 70 anos) – já previsto no novo
texto constitucional;
ƒ OS QUE SE ENCONTREM FORA DO PAÍS (brasileiros natos
ou naturalizados que estejam fora do Brasil);
Por sua vez, o voto é facultativo para:
ƒ ENFERMOS;
ƒ OS QUE SE ENCONTREM FORA DO SEU DOMICÍLIO;
ƒ FUNCIONÁRIOS CIVIS E OS MILITARES, EM SERVIÇO
QUE OS IMPOSSIBILITE DE VOTAR

6
Faço apenas uma pequena observação de que, segundo a Res.-TSE no 21.920/2004, em seu art. 1º, o alistamento
eleitoral e voto obrigatórios para pessoas portadoras de deficiência.

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NÃO PODEM ALISTAR-SE


DIPLOMA NORMATIVO
ELEITORES:

ƒ Estrangeiros
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
ƒ Conscritos (art. 14, §2º)

ƒ os que não sabem exprimir-


se na língua nacional;

CÓDIGO ELEITORAL (Lei nº 47 ƒ os privados dos seus direitos


políticos, temporária ou
definitivamente. (art. 5º, caput, do
Código Eleitoral)

Requisitos constitucionais para possuir a Capacidade Eleitoral


Ativa (Alistabilidade):

5. Alistamento Eleitoral - é preciso que o indivíduo se aliste perante a


Justiça Eleitoral (lógico, como poderá votar se sequer se cadastrou como
eleitor?);
6. Nacionalidade Brasileira – precisa ser brasileiro, nato ou naturalizado, de
qualquer sexo, porque os estrangeiros estão impedidos de se alistar;
7. Idade mínima de 16 anos;
8. Não ser conscrito – tanto os estrangeiros, quanto os conscritos não
podem se alistar.

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Idade Mínima para Elegibilidade:

o Presidente e Vice-Presidente da
República
35 ANOS
o SENADOR!!! (Senador é sempre
velho!!)

Governador e Vice-Governador de
30 ANOS
Estado e do DF

o Deputado Federal, Estadual ou


Distrital
o Prefeito e Vice-Prefeito!!! 21 ANOS
o Juiz de Paz (para casar precisa ter
pelo menos 21 anos!!!)

Vereador 18 ANOS

4. INELEGIBILIDADE – obsta a elegibilidade do cidadão eleitor (a capacidade


eleitoral passiva);
5. INALISTABILIDADE – impede o exercício do direito de ser eleitor (a
capacidade eleitoral ativa).
6. INCOMPATIBILIDADE – o cidadão já eleito é impedido do exercício do
mandato. A incompatibilidade configura-se após a eleição, obrigando o
candidato à escolha entre o mandato e o cargo

As inelegibilidades são previstas unicamente na CONSTITUIÇÃO


FEDERAL e em LEI COMPLEMENTAR!

Não poderão concorrer para qualquer cargo, estão absolutamente impedidos


de elegerem-se, os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS!

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São INALISTÁVEIS:
1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88);
2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam
privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos
(segundo o Código Eleitoral).

INELEGIBILIDADES RELATIVAS:
1. POR MOTIVOS FUNCIONAIS:
a. Para o mesmo cargo – impedimento de mais de 1
reeleição consecutiva;
b. Para outros cargos – serão considerados inelegíveis
para outros cargos eletivos o Presidente da República,
os Governadores dos Estados e do DF e os Prefeitos
que não renunciarem aos respectivos mandatos até 6
(seis) meses antes do pleito.
2. POR MOTIVOS DE PARENTESCO (inelegibilidade reflexa) – é
inelegível, no território da circunscrição do titular, o cônjuge
e os parentes consangüíneos e afins, até 2º grau ou por
adoção dos Chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, Governadores dos Estados e do DF e Prefeitos), ou
de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato á reeleição.
3. INELEGIBILIDADES DOS MILITARES – prevista no art. 14,
§8º, da CF-88.
4. INELEGIBILIDADES LEGAIS – previstas na LC nº 64/90.

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LEITURA DA LEGISLAÇÃO
Para facilitar o estudo, direcionando-os à “leitura seca da lei”,
abaixo relaciono os dispositivos legais tratados na Aula, para que possam reler
diretamente no texto da lei:

CÓDIGO ELEITORAL
INTRODUÇÃO
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização
e o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para
sua fiel execução.
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por
mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados
por partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos
previstos na Constituição e leis específicas.
Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo,
respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e
incompatibilidade.
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem
na forma da lei.(Vide art. 14 da Constituição Federal)
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:
I - (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da Constituição/88)
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos
políticos.
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais,
aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos
ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais.
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um
e outro sexo, salvo:
I - quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os que se encontrem fora do país.
II - quanto ao voto:
a) os enfermos;
b) os que se encontrem fora do seu domicílio;
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de
votar.

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CONSTITUIÇAO FEDERAL DE 1988

DOS DIREITOS POLÍTICOS


Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o
período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e
Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito
Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.(Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses

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anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à


reeleição.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos
de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade
para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a
normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de
Revisão nº 4, de 1994)

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REFERÊNCIAS

BARROS, Francisco Dirceu: Direito Eleitoral: teoria, jurisprudência. 8.ed. –


Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em
5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral. Bauru: Edipro, 2002.
Código eleitoral anotado e legislação complementar. 8. ed. rev. e atual.
– Brasília : TSE, 2008.
CONEGLIAN, Olivar. Radiografia da Lei das Eleições 2010. 6.ed. Curitiba:
Juruá, 2010.
FAGA, Tânia Regina Trombini. Julgamentos e Súmulas do STF e STJ. São
Paulo: Método, 2009.
FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio: Introdução ao estudo de direito:
técnica, decisão, dominação. 3.Ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional. 25.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
PLÁCIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2001.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 9.ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2009.
RIBEIRO, Fávila. Direito Eleitoral. 5.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
SILVA, Fernando Carlos Santos da. Anotações de direito eleitoral. Brasília:
Vestcon, 2008.

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