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AULA 1
PROFESSOR: RICARDO GOMES
Prezados(as) Alunos(as)!
Art. 1º
(...)
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá
instruções para sua fiel execução.
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal
Superior,
(...)
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à
execução deste Código;
Lei nº 9.504/1997
Art. 105. Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal
Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem
restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das
previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções
necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente,
em audiência pública, os delegados ou representantes dos
partidos políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009)
CF - 88
Art. 1º
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.
CF-88
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
Código Eleitoral
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se
alistarem na forma da lei. REVOGADO
CF-88
Art. 14
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
o analfabetos
o maiores de 16 anos e menores
de 18 anos
FACULTATIVOS
o maiores de 70 anos
Resumo: 16 anos < X < 18 anos;
X > 70 anos
Por outro lado, como não poderemos nos esquecer do nosso velho
Código Eleitoral, é importante considerarmos que é previsto nele maiores
disposições sobre a obrigatoriedade do alistamento e do voto. Como regra, não
são cobrados em concursos tanto quanto o conhecimento do texto
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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS
AULA 1
PROFESSOR: RICARDO GOMES
1
Faço apenas uma pequena observação de que, segundo a Res.-TSE no 21.920/2004, em seu art. 1º, o alistamento
eleitoral e voto obrigatórios para pessoas portadoras de deficiência.
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CF-88
Art. 14
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e,
durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
A CF-88, no seu art. 12, §1º, assegura aos portugueses com residência no país
os direitos inerentes ao brasileiro se houver reciprocidade em favor dos
brasileiros em Portugal. Isso assegura, de fato, aos portugueses, uma espécie
de quase naturalização. Desse modo, poderão alistar-se da mesma maneira
que um brasileiro naturalizado o poderá. Veremos logo à frente que os
Portugueses sofrem limitações apenas quanto à elegibilidade.
CF-88
Art. 12
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
Os Conscritos, segundo Alexandre de Moraes, são aqueles
médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam serviço militar
obrigatório na forma da Lei nº 5.292, e aqueles que prestam serviço militar na
condição de prorrogação de engajamento.
Segundo a Res.-TSE no 15.850/89: a palavra “conscritos” alcança
também aqueles matriculados nos órgãos de formação de reserva e os
mencionados médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam
serviço militar inicial obrigatório.
Este conceito é apenas para entendermos o que são os conscritos.
De todo modo, o que importa é lembrarmos que, segundo a CF-88:
Estrangeiros
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Conscritos (art. 14, §2º)
2
O TSE em recente decisão, de 01/06/2010, no bojo de consulta formulada pelo Juiz Eleitoral de Tabatinga/AM,
decidiu que a recepção ou não do dispositivo deveria ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal. O voto do Ministro
Henrique Neves, no entanto, foi pela não recepção.
Código Eleitoral
Art. 5
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais,
aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais,
sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para
formação de oficiais.
CF-88
Art. 14
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato
da diplomação, para a inatividade.
COMENTÁRIOS:
COMENTÁRIOS:
Esta questão exige conhecimento da Resolução TSE nº 21.538/03, matéria a
ser estudada na AULA 7. No entanto, vale comentar o item “a’, por ser correto
e guardar vinculação com o assunto tratado nesta Aula (Alistamento eleitoral):
Item “a” – está correto, com base no citado art. 14 da Resolução TSE nº
21.538/03, que possibilita a inscrição eleitoral de menor de 16 anos desde que
comprove que na data da eleição possua 16 anos completos. Lembro que esta
possibilidade só ocorre no ano em que se realizarem as eleições.
COMENTÁRIOS:
Tício – alistamento e voto são obrigatórios, pois é brasileiro (naturalizado,
não estrangeiro) e possui 40 anos de idade (maior de 18 anos e menor que
70 anos).
Paulus – alistamento e o voto são facultativos, pois apesar de possuir 18
anos de idade, é analfabeto.
COMENTÁRIOS:
O alistamento é obrigatório apenas para os brasileiros (natos ou naturalizados)
ou portugueses equiparados maiores de 18 anos e menores que 70 anos de
idade.
Assim, apenas o item “b” atende ao comando da questão (naturalizados
maiores de 18 anos).
Lembrando que os inválidos e os que se encontrarem fora do país, segundo o
art. 6º do Código Eleitoral, têm seu alistamento considerado como
facultativo.
a) brasileiros naturalizados.
b) estrangeiros.
c) analfabetos.
d) maiores de 16 e menores de 18 anos.
e) inválidos.
COMENTÁRIOS:
Os brasileiros naturalizados devem alistar-se; os analfabetos e os maiores de
16 e menores de 18 anos podem facultativamente alistar-se como eleitores.
A vedação constitucional expressa para alistarem-se como eleitores é para
os estrangeiros e os conscritos. Logo, a resposta certa é o item “b”
(estrangeiros).
Mais uma vez, quanto aos inválidos, previstos no item “e”, como comentado
na parte teórica, o Código Eleitoral, no art. 6º, I, a, prevê especificamente que
os inválidos não são abrangidos pela obrigatoriedade do alistamento eleitoral.
Eles não são obrigados a alistarem-se, mas podem alistar-se. O Código
Eleitoral não veda que os inválidos façam seus alistamentos eleitorais.
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros
de um e outro sexo, salvo:
I - quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
COMENTÁRIOS:
Segundo o art. 6º do Código Eleitoral, o alistamento não é obrigatório para os
inválidos, os que maiores de 70 anos e os que se encontrem fora do
país.
Conforme o art. 14, §2º, da CF-88, é também facultativo o alistamento para os
analfabetos, para os maiores de 70 anos e para os em idade entre 16 e
18 anos.
Desse modo, tem como facultativos os alistamentos eleitorais: José, por se
encontrar fora do país; João, por ser analfabeto; Maria, por ser inválida.
Portanto, a resposta correta é o item “b”.
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros
de um e outro sexo, salvo:
I - quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os que se encontrem fora do país.
COMENTÁRIOS:
Trazendo o quadrinho sobre a obrigatoriedade do alistamento e do voto em
sede constitucional:
o analfabetos
o maiores de 16 anos e menores
de 18 anos
FACULTATIVOS
o maiores de 70 anos
Resumo: 16 anos < X < 18 anos;
X > 70 anos
COMENTÁRIOS:
O alistamento eleitoral tem por finalidade inserir o cidadão no gerenciamento
da coisa pública, através do processo eleitoral.
Não tem como escopo tão somente fixar o número de votantes na eleição
(item a), muito menos possível previsão inconstitucional de afastar das urnas
os analfabetos.
De outro lado, o simples alistamento não assegura ao alistado o direito de ser
votado, apenas o de votar, e, também, não viabiliza a candidatura para
qualquer posto eletivo. Para ser eleito é preciso preencher as condições de
elegibilidade.
Com isso, só resta como correto o item “c”, pois, de fato, o alistamento integra
o cidadão nacional (nato ou naturalizado) no corpo eleitoral (no grupo de
cidadãos).
COMENTÁRIOS:
Essa é uma típica questão que o aluno deve responder por eliminação. Isso
porque ela exige conhecimento meramente literal do que preleciona a CF-88. A
FCC, nessa questão, não quer saber se o aluno sabe o que diz a comentada
Resolução TSE nº 21.538/03.
Vamos então: os itens “b” e “e” estão errados, pois os analfabetos podem
alistar-se; o item “c” também errado porque os maiores de 70 anos também
podem facultativamente alistar-se; o item “d” está errado porque os menores
de 18 anos podem alistar-se, desde que sejam maiores de 16 anos.
Quanto ao item “a”, está correto, à luz do art. 14, §2º, da CF-88, porque a CF-
88 não fala “menor de 16 anos”, ela diz que são facultativos o alistamento e o
voto do “maior de 16 anos e menor de 18 anos”.
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Temos que tomar cuidado como interpretamos a Lei e Questão da Prova! Ok?
COMENTÁRIOS:
Como vimos anteriormente, o Plebiscito é uma consulta Prévia
feita aos cidadãos a respeito de matéria política que será ainda discutida pelo
Congresso Nacional. Ocorre antes da manifestação do Congresso. Já o
referendo é uma consulta posterior sobre determinado ato governamental para
Ratificá-lo, Referendá-lo.
A iniciativa popular é uma forma dos cidadãos proporem à
Câmara dos Deputados que votem um projeto de lei de seus interesses.
Os itens I e II trocaram os conceitos de plebiscito e referendo. O
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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS
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item III é cópia do texto constitucional descrito no art. 61, §2º, sendo o único
correto:
Art. 61.
§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo
menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por
cento dos eleitores de cada um deles.
Código Eleitoral
Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo
eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de
elegibilidade e incompatibilidade.
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador*;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado
e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
CF-88
Art. 12
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.
O português residente no Brasil, além de eleitor, em tese, poderia
ser Governador de Estado, Senador ou Deputado (mas não Presidente de
quaisquer das Casas do Congresso, já que, como dito anteriormente, estas
funções são reservadas aos brasileiros natos) e, preenchidos os requisitos
constitucionais e legais, poderá também ser Vereador.
Contudo, segundo José Afonso da Silva, o acesso a cargos públicos
eletivos no Brasil está vedado aos portugueses por não existir lá a mesma
reciprocidade quanto à acessibilidade de cargos públicos. In verbis:
“A Constituição brasileira admite a possibilidade de o português
residente aqui ser (se houvesse reciprocidade): Ministro de Estado,
Senado, Deputado federal e estadual, Governador de Estado,
Secretário de Estado, Prefeito e Vereador. O acesso a esses cargos
e funções, contudo, está vedado aos portugueses aqui
residentes, porque a Constituição de Portugal não admite
que se outorgue a brasileiro o direito e acesso a cargos e
funções correspondentes”.
Logo, especificamente quanto ao alistamento eleitoral, os
Portugueses com residência no Brasil e não naturalizados formalmente como
brasileiros, poderão alistar-se como eleitores normalmente, não sendo
considerados estrangeiros.
RESUMO
6. Idade mínima:
A CF-88 estabeleceu idades mínimas a depender do cargo eletivo
pretendido. Quadro esquemático abaixo para facilitar a fixação:
Idade Mínima para Elegibilidade:
o Presidente e Vice-Presidente da
República
35 ANOS
o SENADOR!!! (Senador é sempre
velho!!)
Governador e Vice-Governador de
30 ANOS
Estado e do DF
Vereador 18 ANOS
Observação: À luz do art 11, §2º, da Lei nº 9.504/97, estas idades mínimas
são verificadas na data da posse do candidato e não no ato do pedido de
registro da candidatura:
Lei nº 9.504/97
Art. 11
§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como
condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a
data da posse.
COMENTÁRIOS:
Vamos relembrar o quadrinho de idades previstas na CF-88 como condição de
elegibilidade:
Quadro esquemático abaixo para facilitar a fixação:
Idade Mínima para Elegibilidade:
o Presidente e Vice-Presidente da
República
35 ANOS
o SENADOR!!! (Senador é sempre
velho!!)
Governador e Vice-Governador de
30 ANOS
Estado e do DF
Vereador 18 ANOS
Desse modo, como a questão pede, tem idades mínimas para: Governador (30
anos), Deputado Federal (21 anos) e Senador (35 anos). A única resposta que
atende a esta conclusão é o item “b”.
COMENTÁRIOS:
Com o mesmo quadrinho acima respondemos esta questão.
Tem como idades mínimas para Deputado Federal (21 anos), Prefeito (21 anos
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COMENTÁRIOS:
Estudamos que os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República são
privativos de brasileiro nato, de acordo com o art. 12, §3º, da CF-88. Logo,
Sanches, por ser brasileiro apenas naturalizado nunca poderá ser Presidente e
nem Vice.
CF-88
Art. 12
§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; (...)
Por outro lado, pela idade de Sanches (28 anos), somente poderá pleitear aos
cargos de Vereador, Prefeito, Juiz de Paz, Deputado Federal e Estadual. Não
poderá ser Governador, Senador, e muito menos Presidente da República.
Assim, apenas o item “a” mostra-se correto.
a) Governador.
b) Prefeito.
c) Vice-Governador de Estado.
d) Senador.
e) Vice-Presidente da República.
COMENTÁRIOS:
Com 23 anos de idade somente será possível concorrer ao cargo de Vereador
(18 anos), Prefeito e Deputado Estadual e Federal. O único item que atende
corretamente à resposta é o “b”.
COMENTÁRIOS:
Itens I e III estão corretos, pois as idades mínimas para Presidente e Prefeito
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COMENTÁRIOS:
Como já adiantado por mim conhecimento da Lei nº 9.504/97, estas idades
mínimas são verificadas na data da posse do candidato e não no ato do
pedido de registro da candidatura. Com isso, a resposta correta é o item “d”.
Lei nº 9.504/97
Art. 11
§ 2º A idade mínima constitucionalmente estabelecida como
condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a
data da posse.
b) Presidente da República.
c) Vereador.
d) Deputado Federal.
e) Deputado Estadual.
COMENTÁRIOS:
Como possui apenas 19 anos de idade, o único cargo possível de ser pleiteado
é o de Vereador (mínimo de 18 anos). Somente quando completar 21 anos
poderá concorrer aos cargos de Prefeito, Deputado Federal e Estadual.
COMENTÁRIOS:
Já sabemos, não é verdade? Para Prefeito é preciso ter pelo menos 21 anos;
para Vereador, apenas 18 anos. Resposta correta: item “b”.
COMENTÁRIOS:
Governador (30 anos), Deputado Federal (21 anos) e Senador (35 anos = a
Presidente da República).
Resposta correta: item “b”.
COMENTÁRIOS:
Deputado Federal e Prefeito (21 anos); Vereador (18 anos).
2.2.3.3. INELEGIBILIDADES
CF-88
Art. 14
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
CF-88
Art. 14
3
Será estudado com mais detalhes na AULA 8.
Resumo:
São INALISTÁVEIS:
1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88);
2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam
privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos
(segundo o Código Eleitoral).
INELEGIBILIDADES ABSOLUTAS:
CF-88
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Art. 14
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e
do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido,
ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos
para um único período subseqüente. (Redação da EC 16/97)
CF-88
Art. 14
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
Art. 14
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.
4
Súmula superada: TSE Súmula nº 6 - DJ 28, 29 e 30/10/92.Cargo de Prefeito - Inelegibilidade - Cônjuge, Parentes
e Titular que Haja Renunciado. É inelegível para o cargo de Prefeito, o cônjuge e os parentes indicados no § 7º do Art.
27/11/2001).
Agora, segundo o TSE, o Cônjuge e os parentes do chefe do Executivo são
elegíveis para o mesmo cargo do titular, quando este for reelegível e tiver
se afastado definitivamente até seis meses antes do pleito.
Desse modo, com o afastamento do Chefe do Executivo 6 meses antes da
eleição, seus parentes poderão concorrer a todos os cargos eletivos, inclusive
ao cargo por ele ocupado, desde que este pudesse reeleger-se. Assim, poderá
ele, através da renúncia, afastar por completo a inelegibilidade reflexa sobre
seus parentes.
Outra circunstância é se o Chefe do Executivo estiver em seu 2º mandato! Se
não puder mais reeleger-se no mesmo cargo, a renúncia ao mesmo em até 6
meses do pleito não surtirá qualquer efeito sobre a inelegibilidade de seus
parentes para o mesmo cargo de Chefe do Executivo. Isto porque, se a lei
permitisse os parentes candidatarem-se ao mesmo cargo de Chefe do
Executivo com a renúncia do titular 6 meses antes do pleito, estando ele no
seu 2º mandato, estaria ela possibilitando um 3º, um 4º..., mandato
consecutivo na família.
Por outra banda, os parentes não estarão inelegíveis para concorrerem a
outros cargos, diversos do titular (ex: Vereador, Deputado Estadual e Federal,
Senador, etc), se o titular renunciar antes de 6 meses das eleições, mesmo
sendo o 2º mandato do Chefe do Executivo!
Assim, o filho do Prefeito poderá concorrer ao cargo de Vereador se o Prefeito,
estando no 1º ou mesmo no 2º mandato, renunciar ao cargo em até 6 meses
do pleito.
Nestas circunstâncias, para o filho do Prefeito concorrer ao cargo de Prefeito
Municipal, o atual Prefeito deveria estar em seu 1º mandato e deveria
renunciar até 6 meses antes das eleições. Neste caso o filho seria elegível. No
entanto, se o Prefeito estivesse em seu 2º mandato, nem com a renúncia
prévia do Prefeito o seu filho poderia candidatar-se, pois se fosse possível,
haveria pelo menos 3 mandatos na família.
14 da Constituição, do titular do mandato, ainda que este haja renunciado ao cargo há mais de seis meses do pleito.
Resumo:
1. a inelegibilidade reflexa é aquela que decorre da vinculação de
parentesco com um Chefe do Executivo, tornando inelegíveis o cônjuge e
parentes consangüíneos e afins até 2º, bem como adotivos;
2. com a renúncia do Chefe do Executivo em até 6 meses antes do pleito,
estando ele em seu 1º mandato, resta afastada esta inelegibilidade
reflexa dos parentes, tanto para concorrerem ao mesmo cargo do titular
(Chefe do Executivo), quanto para qualquer outro cargo;
3. caso o Chefe do Poder Executivo esteja em seu 2º mandato, a prévia
renúncia afastará a inelegibilidade de seus parentes para concorrerem a
outros cargos, mas não afastará para concorrerem ao mesmo cargo de
Chefe do Executivo (evitar a perpetuação da família no Poder).
4. com a dissolução do casamento no 1º mandato, as inelegibilidades
reflexas são também eliminadas; no 2º mandato as inelegibilidades
remanescem.
CF-88
Art. 14
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no
ato da diplomação, para a inatividade.
4. Inelegibilidades Legais.
A CF-88, em seu art. 14, §9º, que LEI COMPLEMENTAR
estabeleceria outros casos de inelegibilidades não dispostos no texto da
Constituição. In verbis:
CF-88
Art. 14
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
5
TSE – Resolução nº 21.475 – Consulta nº 923 – Rel. Min. Barros Monteiro, decisão: 26-8-03.
EXERCÍCIOS:
QUESTÃO 22: TRE-AM - Técnico Judiciário – Administrativa [FCC] -
23/11/2003. Os analfabetos são inelegíveis
a) para qualquer cargo eletivo.
b) apenas para Presidente e Vice-Presidente da República.
c) para Governador e Vice-Governador de Estado, entre outros.
d) para Senador e Deputado Federal, entre outros.
e) para Deputado Estadual, Prefeito e Vice-Prefeito, entre outros.
COMENTÁRIOS:
São absolutamente inelegíveis os INALISTÁVEIS e os ANALFABETOS.
O que é mesmo inelegível? Aqueles que não podem concorrer a qualquer cargo
público! São destituídos da capacidade eleitoral passiva (direito de ser eleito),
não podendo concorrer em qualquer pleito eleitoral.
Lembrando que os analfabetos mantêm a capacidade eleitoral ativa
(alistabilidade), pois têm como facultativo seu alistamento eleitoral.
Desse modo, os analfabetos são inelegíveis para qualquer cargo eletivo
(resposta certa: “a”).
COMENTÁRIOS:
Analisamos anteriormente sobre a renúncia à Chefia do Executivo e a
inelegibilidade reflexa dos parentes do titular.
Vimos que, segundo entendimento do TSE, se o titular estiver em seu 1º
mandato, com a sua renúncia em até 6 meses antes do pleito, resta
afastada esta inelegibilidade reflexa dos parentes, tanto para concorrerem ao
mesmo cargo do titular (Chefe do Executivo), quanto para qualquer outro
cargo.
Somente se ele estiver em seu 2º mandato, a prévia renúncia não afastaria a
inelegibilidade dos parentes para concorrerem ao mesmo cargo de Chefe do
Poder Executivo.
Na questão não foi informado o dado se estaria o Prefeito Alexandre em seu 1º
ou 2º mandato. Este é um dado crucial para que a resposta da questão fosse
precisa.
De todo modo, o que se afigura é o seguinte:
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DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS
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COMENTÁRIOS:
O item I é uma pegadinha! O examinador trocou o termo “salvo” por “mesmo”
no texto do art. 14, §º, da CF-88. Vejam o texto original:
Art. 14
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição
Assim, o item I tornou-se errado porque a CF-88 ressalva a possibilidade de
reeleição de parente já titular de mandato eletivo (nesse caso o parente é
plenamente elegível, não é inelegível).
Os itens II e III requerem conhecimento da Lei Complementar nº 64/90,
oportunamente estudada na AULA 8. De todo modo, o II está errado e o III
correto.
COMENTÁRIOS:
Foi abordado o tema na questão 23. Como o cargo pretendido pelo Jonas, filho
adotivo do Prefeito Antônio, é diverso do de Chefe do Executivo (no caso,
Prefeito), então pouco importa se Antônio está no 1º ou no 2º mandato, pois a
renúncia dele antes dos 6 meses das eleições afasta a inelegibilidade de Jonas
para concorrer a outros cargos.
Nesse caso, Jonas poderá sim concorrer para o cargo de Vereador Municipal,
desde que seu Pai, Antônio, Prefeito, renuncie no prazo constitucional.
Lembrando que filhos adotivos também são considerados como parentes para
fins de inelegibilidade reflexa pela CF-88.
Nesse caso, a resposta correta é o item “d”.
COMENTÁRIOS:
Mais uma vez caiu em provas! Analfabeto é absolutamente inelegível!
Lembrando que é plenamente alistável.
COMENTÁRIOS:
No caso dado na questão, Manoel é cunhado de José, parente por afinidade
de 2º grau. Da mesma forma que o cônjuge e os parente por
consangüinidade, para Manoel candidatar-se ao cargo de Vereador, será
preciso que José renuncie ao cargo de Prefeito em até 6 meses antes do pleito.
Caso não renuncie, Manuel será inelegível para qualquer cargo na circunscrição
Municipal.
O item certo, portanto, é o “b”.
Da mesma forma que na questão 25, o examinador não entrou no mérito se
era 1º ou 2º mandato, fato que não tinha relevância para a resposta da
questão.
Deve-se lembrar que a CF-88 abrange parentes consangüíneos e afins até 2º
grau. Não é só parente consangüíneo, mas os afins também.
COMENTÁRIOS:
Como já comentado, caso o titular do cargo executivo não renuncie no prazo
constitucional, mantém-se a inelegibilidade dos parentes.
A questão não disse, mas se a separação judicial foi no 1º mandato,
considerando que esta também extingue o vínculo de parentesco para fins
eleitorais, não há mais que se falar em inelegibilidades dos parentes. Em
outras palavras, caso a separação tenha ocorrido no 1º mandato, e é o que a
questão insinua, as inelegibilidades dos parentes são eliminadas pela
eliminação do vínculo que os unia ao titular.
Desse modo, com a dissolução do casamento, no caso da questão, o ex-
cunhado não sofrerá mais a inelegibilidade que detinha quando ainda era
cunhado.
COMENTÁRIOS:
Como já examinamos anteriormente, o Militar tem algumas condições de
elegibilidade diferenciadas, mas são plenamente alistáveis. Logo item “b” está
errado.
Para o Militar ser considerado elegível, além das condições de elegibilidade
previstas para todo cidadão, é preciso que atenda às condições previstas na
CF-88, senão será considerado inelegível.
As condições são as seguintes:
se contar com menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da
atividade;
se contar com mais de 10 anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da
diplomação, para a inatividade.
CF-88
Art. 14
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes
condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no
Desse modo, como Rinaldo é Militar com mais de 10 anos de serviço, caso
ele seja eleito passará automaticamente para a inatividade no ato da
diplomação, o que atende perfeitamente ao disposto no item “a” da questão.
O item “c” somente estaria correto se Rinaldo tivesse menos de 10 anos de
serviço.
O Militar é sempre alistável, salvo se não preencher as condições do art. 14,
§8º, da CF-88. Não existe a condição prevista no item “d” de 20 anos de
serviço.
O Militar sempre será afastado de suas funções, tendo mais ou menos de 10
anos de serviço. Por isso, está errado o item “e”.
COMENTÁRIOS:
COMENTÁRIOS:
O item “a” está correto, como exaustivamente estudamos linhas atrás.
Presidente, Vice e Senador exigem, no mínimo, 35 anos de idade.
Para concorrer a outros cargos, os Chefes do Executivo devem
obrigatoriamente renunciar aos cargos em até 6 meses da eleição, não
existindo qualquer ressalva constitucional referente à desnecessidade de
renúncia caso esteja em seu 2º mandato. Assim, o item “b” está incorreto.
CF-88
Art. 14
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da
República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal
e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
Sobre o item “c” veremos linhas à frente. De todo modo, está errado porque a
CF-88 prevê hipóteses de suspensão e de perda dos direitos políticos. O que
COMENTÁRIOS:
O cidadão aspirante a vereador, por ter sobre si condenação criminal
transitada em julgado, tem seus direitos políticos suspensos até o total
cumprimento da sanção penal. Com isso, não preenche as condições de
elegibilidade constitucionais, tornando-se inelegível.
Apesar de ter sido interposta Revisão Criminal, está não tem o condão de
alterar o trânsito em julgado da sentença penal. Por isso, os direitos políticos
remanescem suspensos enquanto durar os efeitos da sentença condenatória, o
que o torna inelegível.
Assim, o item correto é “b”.
O assunto Perda e Suspensão dos Direitos Políticos, a despeito de já
comentarmos anteriormente, será tema específico de aula futura.
Art. 15. É VEDADA A CASSAÇÃO de direitos políticos, cuja
PERDA ou SUSPENSÃO só se dará nos casos de:
COMENTÁRIOS:
Apenas o maior de 70 anos não sofre as limitações de idade para assunção de
cargos eletivos disposta na CF-88. Todos os outros previstos na questão, de
alguma estão limitados em sua elegibilidade para algum cargo.
Desse modo, apenas o item “d” está correto.
COMENTÁRIOS:
Esta questão exige conhecimentos de inelegibilidade e de perda e suspensão
dos direitos políticos (a ser visto em aula futura).
Não obstante, a Justiça Eleitoral apenas homologará a sentença penal
condenatória transitada em julgado para determinação dos efeitos eleitorais
(suspensão dos direitos políticos e fixação da inelegibilidade do eleitor-
cidadão). Não tem a Justiça Eleitoral competência penal para julgamento de
crimes comuns, por isso não pode, ao seu alvedrio, alterar decisão judicial da
justiça comum.
Desse modo, o item está errado.
COMENTÁRIOS:
O semi-analfabeto, pela doutrina, é considerado elegível. Tão somente o
analfabeto, segundo a CF-88 é inelegível. Basta preencher requisitos mínimos
de alfabetização que tem por afastada a inelegibilidade. Assim, o item “a” está
incorreta, como o caput da questão requer.
Prof. Ricardo Gomes www.pontodosconcursos.com.br 65
DIREITO ELEITORAL - TEORIA E EXERCÍCIOS – TRIBUNAIS
AULA 1
PROFESSOR: RICARDO GOMES
COMENTÁRIOS:
As inelegibilidades por motivos funcionais podem ser divididas para o mesmo
Quanto ao item “e”, o irmão não poderá concorrer a qualquer cargo público,
mas somente à reeleição e àqueles não vedados pela inelegibilidade reflexa.
Ex: poderá candidatar-se a Governador, Deputado Federal ou Estadual de
outros Estados diversos do que seu irmão é Governador, ou mesmo a
Presidente da República.
Art. 14
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à
reeleição.
CF-88
Art. 14
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade
e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994)
EXERCÍCIOS
e) os estrangeiros e os analfabetos.
c) II e III.
d) I e III.
e) I e II.
a) Governador.
b) Prefeito.
c) Vice-Governador de Estado.
d) Senador.
e) Vice-Presidente da República.
01/02/2009.
Tendo em vista os direitos políticos, e em especial as condições de
elegibilidade, assinale a opção correta.
a) Não são elegíveis para os cargos de presidente e vice-presidente da
República e senador aqueles que contarem com menos de trinta e cinco anos
de idade.
b) Para concorrerem a outros cargos, os governadores e os prefeitos devem
renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito, salvo se já
estiverem exercendo os mandatos pela segunda vez seguida.
c) A CF prevê casos de suspensão, mas não de perda definitiva de direitos
políticos, pois a privação terminante desses direitos configuraria ofensa ao
princípio da dignidade da pessoa humana.
d) É vedada a criação de outros casos de inelegibilidade fora daqueles
taxativamente expressos na CF.
GABARITOS OFICIAIS
RESUMO DA AULA
A função regulamentadora do TSE tem se consubstanciado em 2
espécies normativas: Instruções Normativas e Resoluções.
PLEBISCITO X REFERENDO
o analfabetos
o maiores de 16 anos e menores
de 18 anos
FACULTATIVOS
o maiores de 70 anos
Resumo: 16 anos < X < 18 anos;
X > 70 anos
No Código Eleitoral:
O alistamento é facultativo para:
INVÁLIDOS;6
MAIORES DE 70 ANOS (> 70 anos) – já previsto no novo
texto constitucional;
OS QUE SE ENCONTREM FORA DO PAÍS (brasileiros natos
ou naturalizados que estejam fora do Brasil);
Por sua vez, o voto é facultativo para:
ENFERMOS;
OS QUE SE ENCONTREM FORA DO SEU DOMICÍLIO;
FUNCIONÁRIOS CIVIS E OS MILITARES, EM SERVIÇO
QUE OS IMPOSSIBILITE DE VOTAR
6
Faço apenas uma pequena observação de que, segundo a Res.-TSE no 21.920/2004, em seu art. 1º, o alistamento
eleitoral e voto obrigatórios para pessoas portadoras de deficiência.
Estrangeiros
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Conscritos (art. 14, §2º)
o Presidente e Vice-Presidente da
República
35 ANOS
o SENADOR!!! (Senador é sempre
velho!!)
Governador e Vice-Governador de
30 ANOS
Estado e do DF
Vereador 18 ANOS
São INALISTÁVEIS:
1) os Estrangeiros e os Conscritos! (segundo a CF-88);
2) os que não saibam exprimir-se na língua nacional e os que estejam
privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos
(segundo o Código Eleitoral).
INELEGIBILIDADES RELATIVAS:
1. POR MOTIVOS FUNCIONAIS:
a. Para o mesmo cargo – impedimento de mais de 1
reeleição consecutiva;
b. Para outros cargos – serão considerados inelegíveis
para outros cargos eletivos o Presidente da República,
os Governadores dos Estados e do DF e os Prefeitos
que não renunciarem aos respectivos mandatos até 6
(seis) meses antes do pleito.
2. POR MOTIVOS DE PARENTESCO (inelegibilidade reflexa) – é
inelegível, no território da circunscrição do titular, o cônjuge
e os parentes consangüíneos e afins, até 2º grau ou por
adoção dos Chefes do Poder Executivo (Presidente da
República, Governadores dos Estados e do DF e Prefeitos), ou
de quem os haja substituído dentro dos 6 (seis) meses
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato á reeleição.
3. INELEGIBILIDADES DOS MILITARES – prevista no art. 14,
§8º, da CF-88.
4. INELEGIBILIDADES LEGAIS – previstas na LC nº 64/90.
LEITURA DA LEGISLAÇÃO
Para facilitar o estudo, direcionando-os à “leitura seca da lei”,
abaixo relaciono os dispositivos legais tratados na Aula, para que possam reler
diretamente no texto da lei:
CÓDIGO ELEITORAL
INTRODUÇÃO
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização
e o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para
sua fiel execução.
Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido em seu nome, por
mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados
por partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos
previstos na Constituição e leis específicas.
Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo,
respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e
incompatibilidade.
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem
na forma da lei.(Vide art. 14 da Constituição Federal)
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:
I - (Revogado pelo art. 14, § 1º, II, "a", da Constituição/88)
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional;
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos
políticos.
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais,
aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos
ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais.
Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um
e outro sexo, salvo:
I - quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os que se encontrem fora do país.
II - quanto ao voto:
a) os enfermos;
b) os que se encontrem fora do seu domicílio;
c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de
votar.
REFERÊNCIAS