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EQUILÍBRIO
Cuidar da mente para uma vida mais harmônica
Imagem: iStock
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05/02/2019 Estudo brasileiro mostra como a violência muda o cérebro do jovem - 05/02/2019 - UOL VivaBem
Tatiana Pronin
Colaboração para o UOL VivaBem
05/02/2019 04h00
A equipe do InsCer fez triagens em diversas escolas estaduais, inclusive nos bairros
mais violentos da capital gaúcha. Foram convidados a participar mais de 300 jovens de
10 a 12 anos e seus familiares, mas apenas 140 aceitaram. Depois da primeira parte da
avaliação, apenas 50 quiseram prosseguir para a fase dos exames de imagem, que são
totalmente indolores. Buchweitz diz que é difícil fazer estudos sobre violência no país,
pois as pessoas temem represálias.
represálias
Exposição precoce
Os meninos e meninas passaram por testes de inteligência e responderam a
questionários anônimos, com respostas "sim" e "não", que permitiram aos pesquisadores
medir a exposição a maus-tratos, crimes, abuso sexual ou agressões cometidas por
colegas ou irmãos. O resultado é preocupante: mais de 80% dos pré-adolescentes já
tinhan sofrido ou presenciado atos violentos ao menos uma vez na vida, e 70%, no ano
anterior à pesquisa.
pesquisa As proporções são bem mais altas que as encontradas em um
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estudo com 4.500 jovens norte-americanos (com resultado de 69,3%) e outro com 1.100
espanhóis (68,6%), sendo que, em ambos, os entrevistados eram mais velhos.
Foi alto o número de jovens que testemunharam atos violentos (42,5% da amostra),
seguido de vítimas de crimes convencionais, como assaltos ou tiroteios (37,5%) e
agressões cometidas por colegas ou irmãos (30%). Quase um quinto dos participantes
relatou ter sofrido maus-tratos (17,5%) e 7,5%, abuso sexual.
sexual Como esperado, os pré-
adolescentes mais expostos à violência foram os que apresentaram níveis mais altos de
cortisol. Há evidências de que a exposição crônica ao estresse tem efeito tóxico para o
desenvolvimento e aprendizagem de crianças e adolescentes.
Leitura de emoções
Durante o exame de ressonância magnética funcional, os participantes foram
submetidos a um teste para medir a capacidade de identificar emoções só de observar a
expressão nos olhos de alguém.
alguém Depois de analisar fotos com olhares destacados, os
jovens tinham que decidir se as pessoas retratadas estavam tristes, felizes, pensativas
etc. Eles tinham que escolher uma das duas alternativas oferecidas.
Esse teste é muito usado por psicólogos para avaliar a cognição social, ou seja,
capacidade de interpretar expressões ou comportamentos das pessoas. Isso é algo
fundamental para se desenvolver empatia e interagir com os outros: "Se
Se eu explico algo
e vejo que você virou os olhos para cima, é sinal de que estou sendo chato e talvez
tenha que mudar a minha maneira de explicar",
explicar ilustra o pesquisador, que também é
professor da Escola de Ciências da Saúde da PUCRS. A habilidade também é
importante para o adolescente, que busca a aprovação dos colegas para se sentir bem.
O nível de acerto, segundo Buchweitz, foi baixo, e reflete o achado mais importante do
estudo: os exames de imagem indicaram que as áreas do cérebro envolvidas na
cognição social eram menos ativadas quanto maior a exposição do jovem à violência.
violência Ao
mesmo tempo, uma dessas regiões, chamada de giro fusiforme, apresentava uma
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Possíveis consequências
A hipótese para explicar o resultado é que a vitimização levaria o jovem a receber uma
mensagem de "cuidado" da amígdala ao estabelecer contato visual com outra pessoa e,
num mecanismo de defesa, "desligasse" sua capacidade de ler a emoção alheia.
alheia Para
Buchweitz, é possível que esse funcionamento atípico cause prejuízos nos
relacionamentos, fazendo o adolescente reagir inadequadamente a respostas
emocionais, ou talvez nem reagir.
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quem contribui bastante p esse pânico todo é a mídia que durante 15 hrs por dias em rede nacional fica
mostrando somente o terror do dia dia...crimes, acidentes e tudo que é de ruim que acontece......de tanto
repetir e se repetir nos programas, a cabeça fica pirada mesmo......jornalismo terrorista só com intuito de
conseguir patrocinito para o programa.
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