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Podemos perceber que o conceito de Didática começa a se tornar mais complexo quando
nos fazemos as seguintes perguntas:
como se dá esse trabalho docente?
como é a prática desse professor em sala de aula?
o que estamos fazendo, aqui, nesse espaço virtual de aprendizagem?
qual o sentido de minha prática nesse espaço virtual de aprendizagem ou
em outros espaços em que estou presencialmente?
será que se trata apenas de adotar uma estratégia de ensino, uma técnica
específica?
lançar mão de um recurso didático, do instrumental?
São tantos questionamentos que, talvez, possamos dizer que Didática é isso que estamos
fazendo, e é muito importante ressaltar que a ação do professor, a sua prática, o seu
“estar aqui”, a sua didática é influenciada pela concepção que ele tem de Educação,
que é construída ao longo de sua trajetória acadêmica e profissional.
Significa:
incentivar a reflexão (perceba o que estamos fazendo);
fazer questionamentos;
instigar o pensamento crítico;
dialogar sobre o objeto de estudos;
problematizar conceitos;
construir conhecimentos;
compartilhar, socializar conhecimentos;
mediar os diversos saberes;
articular o conhecimento científico e o popular, ou seja, do senso comum;
estabelecer relações entre teoria e prática;
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produzir conhecimentos;
buscar novas respostas para o objeto de estudos em questão;
romper com o determinismo e buscar novas respostas com os parceiros de
aprendizagem;
lidar com situações inusitadas, com o aluno real, levando em conta que
uma turma nunca é igual a outra;
ser professor autônomo, produtor de conhecimentos e não reprodutor;
transformar o que está posto, determinado, escrito, dissertado, falado por
outros;
exercitar a práxis;
pensar no que faz porque faz;
desestabilizar, desacomodar o universo cognitivo, provocar, desconstruir
conceitos, desafiar...
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Há quem diga que a Didática é o caminho, mas, por que não o descaminho? Será que se
trata de delimitarmos esse conceito?
O professor pode tomar como referência o que os autores discutem a respeito, mas,
apresentar a sua própria resposta, a sua própria prática, pois, afinal, não somos
Libaneo, nem Regina Haydt, Vera Candau etc.
Somos nós que vamos estar em sala de aula, precisando apresentar uma prática pessoal,
tomar decisões do lugar que ocuparmos na sociedade, contextualizando o ensino, daí,
a relevância de nos aprofundarmos teoricamente, visando à apropriação crítica do
saber, à transformação.
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É preciso que você compreenda que para se apropriar criticamente acerca das teorias,
do que já está escrito, determinado, dissertado por alguém, por nós ou por autores de
livros, — para que, no futuro próximo, apresente as suas próprias respostas sobre como
ser professor, com autonomia —, requer:
aprofundamento teórico,
interiorização dos conceitos,
estudo,
leitura,
debate,
participação em aula, seja presencial ou a distância, e nos fóruns de
discussão.