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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA

UNIDADE CICUTA
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA


PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Renato Fonseca Curty Cunha de Moura


Renner da Silva Soares Júnior

Barra Mansa
2015
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
CURSO DE ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Renato Fonseca Curty Cunha de Moura


Renner da Silva Soares Júnior

Monografia apresentada ao Curso de


Engenharia de Controle e Automação do
Centro Universitário de Barra Mansa,
como requisito parcial para a obtenção do
título de Graduação em Engenharia de
Controle e Automação, sob a orientação
do Prof. Msc. Miguel Alexandre Vieira
Fusco.

Barra Mansa
2015
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Renato Fonseca Curty Cunha de Moura


Renner da Silva Soares Júnior

Monografia apresentada ao curso de


Engenharia de Controle e Automação do
Centro Universitário de Barra Mansa,
submetida à aprovação da Banca Examinadora
composta pelos seguintes membros:

Miguel Alexandre Vieira Fusco.

Cintia Corrêa de Souza

Fernanda Vescovi Gonçalves

Barra Mansa
2015
AGRADECIMENTOS

Agrademos a Deus por ter nos dado força e sabedoria nessa trajetória, nossa família
pelo constante apoio e compreensão nos momentos de stress. Agradecemos também a
oportunidade de estudar com uma turma unida que podemos tirar proveito de diversas
experiências profissionais e trocar informações que vamos levar para nossa carreira
profissional. E por fim agradecemos os grandes profissionais da instituição que sem eles nada
disso seria possível e em especial ao nosso orientador e co-orientador Miguel Alexandre
Vieira Fusco e Pedro Luiz da Cruz Saldanha respectivamente que com seus profundos
conhecimentos técnicos nos deram o embasamento científico necessário para a conclusão
deste projeto.
RESUMO

CURTY, Renato & SOARES, Renner. Estação de Tratamento de Água Automatizada,


Estado do Rio de Janeiro – Brasil. 2015.
Monografia (Graduação em Engenharia de Controle e Automação). Centro
Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ.

A automatização nos processos industriais tem grande importância em quase todas as


empresas presentes no mundo e com ela surgiram novos equipamentos, dispositivos, válvulas
de grande e pequeno porte, instrumentos das mais diversas funcionalidades obtendo
produções mais rápidas e eficientes.
O objetivo do presente trabalho é abordar a importância do controle automático de processo e
no que ele pode acrescentar em um processo de tratamento de água, seja ele, industrial ou em
estações de tratamento públicas, visando o melhoramento contínuo e otimização do processo.
Foi realizado nesta pesquisa a implementação de um sistema automatizado contendo
diferentes tipos de instrumentos e válvulas que permitam solidificar a operacionalidade das
atividades, visando à qualidade e a excelência nos serviços prestados.
Para o controle do sistema, optou-se pela utilização de um sistema de controle lógico
programável (CLP), integrado a um sistema supervisório que por sua vez pode demonstrar
uma simulação de uma estação de tratamento de água automatizada.
ABSTRACT

CURTY, Renato & SOARES, Renner. Automated Water Treatment Plant, State of Rio
de Janeiro – Brazil. 2015. Monograph (Undergraduate Control and Automation
Engineering). University Center of Barra Mansa, Barra Mansa, RJ.

The automation in industrial processes is very important in almost all present companies all
the word and with it being made appeared new equipment, devices, large and small valves,
instruments from different functionalities getting faster and more efficient production.
The aim of this study is to discuss the importance of automatic process control and he can add
in a water treatment process be it industrial or public treatment plants aimed at continuous
improvement, process optimization and minimal loss in own.
This study was conducted to implement an automated system containing different types of
instruments and valves operation of the business activities to be solidified, with a view
toassuring quality and excellence in the services provided.
For system control, we opted for the use of a system a programmable logic controller system
(PLC), integrated into a supervisory system which shows a simulation of an automated water
treatment plant.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Turbidímetro para alto valor de turbidez - Fonte: Digimed acesso em 2014. ......... 19
Figura 2 - Turbidímetro para baixo valor de turbidez - Fonte: Digimed acesso em 2014. ...... 19
Figura 3 - Analisador/ Transmissor/ Controlador de PH - Fonte: Digimed acesso em 2014. .. 20
Figura 4 - Analisador de condutividade - Fonte: Yokogawa América do Sul aceso em 2014. 21
Figura 5 - Analisador de oxigênio dissolvido - Fonte: Yokogawa América do Sul acesso em
2015. ......................................................................................................................................... 22
Figura 6 - Analisador de cloro livre - Fonte: Yokogawa América do Sul acesso em 2015. .... 22
Figura 7 - Transmissor de vazão - Fonte: KROHNE acesso em 2014. .................................... 23
Figura 8 - Válvula de controle linear - Fonte: Foxwall acesso em 2014. ................................. 24
Figura 9 - Válvula de controle rotativa - Fonte: Foxwall acesso em 2014. .............................. 25
Figura 10 - Válvula manual tipo borboleta - Fonte: Casa do vapor acesso em 2015. .............. 26
Figura 11 - Válvula manual tipo gaveta - Fonte: Mangueiras Recol acesso em 2015. ............ 26
Figura 12 - Válvula manual tipo globo - Fonte: Grupo JCN acesso em 2015. ........................ 27
Figura 13 - Posicionador eletropneumático - Fonte: SMAR acesso em 2015.......................... 27
Figura 14 - Posicionador eletropneumático - Fonte: Foxwall acesso em 2015. ....................... 28
Figura 15 - Válvula de controle com posicionador eletropneumático - Fonte: SMAR acesso
em 2015. ................................................................................................................................... 28
Figura 16 - Válvula de controle com posicionador eletropneumático - Fonte: Foxwall acesso
em 2015. ................................................................................................................................... 28
Figura 17 - Bomba dosadora - Fonte: SNatural acesso em 2015. ............................................ 29
Figura 18 - Transmissor de nível - Fonte: Nivelco acesso em 2015. ....................................... 30
Figura 19 - Transmissor de Temperatura - Fonte: Smar acesso em 2015. ............................... 31
Figura 20 - Termopar tipo K - Fonte: Smar acesso em 2015. .................................................. 31
Figura 21 - Transmissor de pressão - Fonte: Smar acesso em 2015......................................... 32
Figura 22 - Transmissor de vazão por pressão diferencial - Fonte: Smar acesso 2015. ........... 32
Figura 23 - Controlador TWIDO - Fonte: Schneider Eletric acesso em 2015. ........................ 33
Figura 24 - Módulos de expansão de I/O - Fonte: Schneider Electric acesso em 2015. .......... 35
Figura 25 - Software Indusoft - Fonte: Indusoft Schneider Eletric acesso em 2015. ............... 35
Figura 26 - Rio paraíba do sul, Barra Mansa - Fonte: Arquivo digital acervo diário do vale
acesso em 2014. ........................................................................................................................ 38
Figura 27 - Estação de tratamento de água, Belmonte, Volta Redonda - Fonte: Arquivo digital
acervo jornal Diário do vale acesso em 2014. .......................................................................... 38
Figura 28 - Lista de Tag's - Fonte: Próprio autor 2015. ........................................................... 43
Figura 29 - Lista de Tag's - Fonte: Próprio autor 2015. ........................................................... 44
Figura 30 - Lista de tag's - Fonte: Próprio autor 2015. ............................................................. 45
Figura 31 - Menu Principal - Fonte: Próprio autor 2015. ......................................................... 46
Figura 32 - Vista Geral - Fonte: Próprio autor 2015. ............................................................... 46
Figura 33 - Sistema de captação - Fonte: Próprio autor 2015. ................................................. 47
Figura 34 - Sistema de coagulação - Fonte: Próprio autor 2015. ............................................. 47
Figura 35 - Sistema de Floculação - Fonte: Próprio autor 2015. .............................................. 48
Figura 36 - Sistema de decantação - Fonte: Próprio autor 2015. ............................................. 48
Figura 37 - Sistema de filtração - Fonte: Próprio autor 2015. .................................................. 49
Figura 38 - Sistema de Armazenamento e distribuição - Fonte: Próprio autor 2015. .............. 49
Figura 39 - Casa de Química - Fonte: Próprio autor 2015. ...................................................... 50
Figura 40 - Tela de Alarmes - Fonte: Próprio Autor 2015. ...................................................... 51
Figura 41 - Gráficos dos níveis da casa de química - Fonte: Próprio autor 2015. ................... 52
Figura 42 - Gráficos dos níveis dos tanques - Fonte: Próprio autor 2015. ............................... 52
Figura 43 - Gráficos de PH - Fonte: Próprio autor 2015. ......................................................... 53
Figura 44 - Gráficos de turbidez - Fonte: Próprio autor 2015. ................................................. 53
Figura 45 - Gráficos de vazão - Fonte: Próprio autor 2015. ..................................................... 54
Figura 46 - Gráficos de pressão - Fonte: Próprio autor 2015. .................................................. 54
Figura 47 - Gráficos de temperatura - Fonte: Próprio autor 2015. ........................................... 55
Figura 48 - Gráfico de condutividade - Fonte: Próprio autor 2015. ......................................... 56
Figura 49 - Gráfico de Cloro - Fonte: Próprio autor 2015........................................................ 56
Figura 50 - Gráficos de oxigênio na água - Fonte: Próprio autor 2015. ................................... 57
Figura 51 - Tela de Relatório - Fonte: Próprio autor 2015. ...................................................... 58
LISTA DE ABREVIATURAS

CLP. Controlador Lógico Programável

CONAMA. Conselho Nacional de Meio Ambiente

ETA. Estação de Tratamento de Água

HZ. Hertz retirar em todos

I/O. Input/Output

IHM. Interface Homem Máquina

Mv. Milivolts

Mg/l. Miligrama por litro

PDF. Portable Document Format

PID. Proporcional Integral Derivativo

PLC. Programmable Logic Controller

PH. Potencial Hidrogeniônico

SCADA. Supervisão Controle e Aquisição de Dados

SNIS. Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

TXT. Texto

UnT. Unidade de Turbidez

µS/cm². Micro Siemens por centímetro quadrado


SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 10
2.1. PRINCIPAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA ............................................... 10
2.2. TRATAMENTO DA ÁGUA........................................................................................ 14
2.2.1. Etapas do processo .............................................................................................. 14
2.2.1.1. Captação ................................................................................................. 14
2.2.1.2. Coagulação ............................................................................................. 14
2.2.1.3. Floculação .............................................................................................. 15
2.2.1.4. Alcalinização .......................................................................................... 15
2.2.1.5. Dosagem de coagulante alcalinizante .................................................... 16
2.2.1.6. Decantação ............................................................................................. 16
2.2.1.7. Filtração .................................................................................................. 16
2.2.1.8. Desinfecção ............................................................................................ 16
2.2.1.9. Distribuição ............................................................................................ 17
2.3. INSTRUMENTAÇÃO PARA MEDIÇÃO E CONTROLE ........................................ 17
2.3.1. Análise de turbidez ............................................................................................. 17
2.3.1.1. Análise de altos valores de turbidez ....................................................... 18
2.3.1.2. Análise de baixos valores de turbidez .................................................... 19
2.3.2. Análise de ph ...................................................................................................... 19
2.3.2.1. Analisador de ph..................................................................................... 19
2.3.3. Análise de condutividade .................................................................................... 20
2.3.4. Analisador de oxigênio dissolvido...................................................................... 21
2.3.5. Analisador de cloro ............................................................................................. 22
2.3.6. Medição de vazão da água bruta ......................................................................... 23
2.3.7. Válvulas .............................................................................................................. 23
2.3.7.1. Tipos de válvulas de controle ................................................................. 23
2.3.8. Válvulas manuais para by-pass ........................................................................... 25
2.3.9. Posicionadores eletropneumáticos ...................................................................... 27
2.3.10. Bombas dosadoras ............................................................................................ 29
2.3.11. Medição de nível ............................................................................................... 29
2.3.12. Medição de temperatura ................................................................................... 30
2.3.13. Medição de pressão........................................................................................... 31
2.3.14. Medição de vazão ............................................................................................. 32
2.3.15. Plc ..................................................................................................................... 33
2.3.16. Supervisório ...................................................................................................... 35
3. METODOLOGIA............................................................................................................... 37
3.1. COLETA DE INFORMAÇÕES ................................................................................... 37
4. DESENVOLVIMENTO..................................................................................................... 39
4.1. DESCRIÇÃO DE FUNCIONAMENTO...................................................................... 39
4.2. SISTEMA DE EMERGÊNCIA .................................................................................... 40
4.3. INSTRUMENTOS........................................................................................................ 41
4.4. PLC ............................................................................................................................... 41
4.4.1. Programação ....................................................................................................... 41
4.4.2. Entradas e saídas ................................................................................................. 41
4.5. SUPERVISÓRIO .......................................................................................................... 41
4.5.1. Tag’s ................................................................................................................... 42
4.5.2. Telas .................................................................................................................... 45
4.5.3. Símbolos ............................................................................................................. 50
4.5.4. Alarmes ............................................................................................................... 50
4.5.5. Gráficos ............................................................................................................... 51
4.5.6. Relatório ............................................................................................................. 57
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 59
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 60
7. ANEXOS ............................................................................................................................. 62
7.1. ANEXO 1 - PADRÕES PARA QUALIDADE DA ÁGUA ........................................ 62
7.2. ANEXO 2 – PORTARIA 2914 MINISTÉRIO DA SAÚDE ....................................... 62
8. APÊNDICE ......................................................................................................................... 62
8.1. ANEXO 1 - PROGRAMAÇÃO EM LADDER ........................................................... 62
8.2. ANEXO 2 - TABELA DE VALORES DOS INTRUMENTOS .................................. 62
8.3. ANEXO 3 – RELATÓRIO GERADO NO SUPERVISÓRIO ..................................... 62
8

1. INTRODUÇÃO

A água constitui o fator mais importante na sobrevivência do ser humano dentro da


sociedade comum. Nenhuma sociedade pode viver ou evoluir sem o uso da água em
condições de consumo.

O abastecimento de água à população em quantidade suficiente a sua sobrevivência


deve-se ao fato do reaproveitamento de água já utilizada e/ou a sua captação de rios e/ou
represas para o abastecimento das zonas urbanas e suburbanas dando o seu tratamento
adequado de acordo com a legislação vigente do ministério da saúde. (Portaria nº 2.914, de 12
de dezembro de 2011).

A principal finalidade do tratamento da água é adequá-la aos padrões de consumos


estabelecidos pelo ministério da saúde reduzindo suas impurezas e tornando-a potável. O
tratamento em si torna-se mais ou menos complexo dependendo da qualidade de água bruta
coletada.
De maneira geral o sistema de abastecimento público ou privado de água é
constituído pelos seguintes processos:
a. Sistema de captação: situado em poços, represas, rios ou barragens para a captação da água
bruta.
b. Linhas de adutoras: são tubulações que transportam água captada até a estação de tratamento.
c. Estação de tratamento: sua complexidade e dimensão variam de acordo com a quantidade de
água a ser tratada e distribuída à população ou processo.
d. Sistema de bombeamento: vai desde o sistema de captação até a armazenagem e distribuição.
e. Sistema de armazenamento: os reservatórios de água tratada devem ser estudados para que
sejam instalados em áreas estratégicas da planta de abastecimento para que a água já tratada
chegue às residências com maior pressão. Além disso, os reservatórios possuem a função de
dar resposta de água em alguma situação de emergência ou de até estiagem para que a
população ou processo não sofra sem água.
f. Sistema de distribuição: Constituídos de várias linhas e tubulações que leva a água até as
residências ou áreas de processo.

O tratamento típico de água é derivado de várias etapas de processo as quais são:


captação, coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção.
Na Estação de tratamento de água (ETA) várias análises são feitas durante o processo
de tratamento. Periodicamente o operador do processo faz essas análises e analisando-as com
9

equipamentos de bancada com retiradas de amostras durante o processo. Com os resultados


obtidos o operador saberá a necessidade de algum tipo de correção química que ele deverá
realizar durante o tratamento.
Essas condições poderiam ser melhoradas com a instalação de um sistema
automático, online de instrumentos analíticos de medidas e análises como: analisadores de
turbidez, analisadores de PH, analisadores de condutividade. Para que essas medidas e
correções possam ser feita de forma automática sem intervenção da operação, garantindo
assim, ergonomia para a operação pelas diversas atuações em caso de correções com válvulas
manuais e na questão da qualidade da água final em que os dosadores automáticos possam
fazer uma injeção de material mais detalhada.
Esse sistema de controle automático com instrumentos analíticos possui
equipamentos capazes de fornecer monitoramento de redes de distribuição de água, fornecer
dados em tempo real, controle automático de dosagem de produtos químicos, identificação de
anomalias e falha, etc.
Neste trabalho mostraremos a descrição da implantação desses instrumentos
analíticos e sistema de controle do processo.
10

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Conforme a portaria nº 2.914/2011 do ministério da saúde, a água para ser


considerada potável, deverá atender alguns requisitos como taxa de cloro presente na água
com valor máximo de 0,5mg/l, turbidez com valor máximo de 2 UnT, PH com valores entre 6
e 8, etc. Para o cumprimento dessas especificações são importantes para a escolha dos
instrumentos a serem usados no processo e, por isso, deverão ser conhecidas. Outro fator a ser
levado em consideração será o método de controle do sistema de tratamento; as quantidades
de variáveis, a complexidade do sistema e os tipos de variáveis de processo serão
determinantes para a melhor escolha dos controladores e monitoração.

2.1. PRINCIPAIS PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA

2.1.1. Cor

Cor da água pode ser resultado da presença de íons de compostos químicos naturais
como ferro ou Manganês, de vegetais, de resíduos industriais, entre outros. A cor deve ser
removida deixando a isenta para tornar a água adequada ao uso geral e industrial. Fonte?

2.1.1.1. Definição

O termo cor é significado de cor verdadeira, isto é, aquela devido a íons dissolvidos,
onde a turbidez foi removida. O termo cor aparente inclui não somente a cor devido a
substâncias em solução, mas também devido a materiais em suspensão (turbidez). A cor
aparente é determinada na amostra original sem filtração ou centrifugação. Fonte?

2.1.1.2. Determinação da cor

Para determinar a cor por métodos aceitos atualmente, a turbidez deve ser removida
antes da análise, um excelente método para remoção de turbidez sem remoção de cor não foi
implantado ainda. A filtração produz resultados que são aceitáveis, entretanto, alguns
procedimentos de filtração podem remover a cor verdadeira. A centrifugação evita interação
da cor com o material filtrante, mas os resultados variam de acordo com amostra e a
velocidade de centrifugação. Quando é necessária a diluição da amostra, dependendo se ela
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precede ou segue a remoção de turbidez, esta pode alterar a cor medida se corpos coloridos
maiores estão presentes. Fonte?

2.1.1.3. Método de medição

Os dois métodos utilizados são de comparação visual e o espectrofotométrico. No


primeiro método a cor é determinada pela comparação visual da amostra de água com uma
solução colorida de concentração conhecida. O segundo possui sensibilidade muito baixa para
valores abaixo de 5mg/l e a escala é limitada a 500 mg/l. Fonte?
Para medição de cor aparente e cor verdadeira existem analisadores em linha que
utilizam o método espectrofotométrico.

2.1.1.4. Interferências

A turbidez presente na água interfere na medição de cor e deve ser eliminada. Para
isto recomenda-se a centrifugação. Se para a remoção de turbidez for utilizada a filtração,
porém como descrito anteriormente se não utilizar um filtro adequado parte da cor poderá ser
removida. O PH da água também interfere nos resultados das medidas. Fonte?

2.1.2. Turbidez

Turbidez é a propriedade óptica que provoca a dispersão e absorção de luz ao invés


de sua propagação em linha reta através de uma amostra. É expressa em UnT (unidade de
turbidez).
Uma amostra de água colorida por substâncias dissolvidas é um sistema homogêneo.
Uma amostra de água contendo substâncias não dissolvidas atenua a radiação incidente, e em
adição, as partículas não dissolvidas, as quais estão presentes, dispersam a radiação
desigualmente em todas as direções.

No Brasil a resolução nº357/05 do Conselho nacional do meio ambiente (CONAMA)


fala que a unidade de turbidez para a água é UnT.
O método atualmente utilizado para medição de turbidez é o método nefelométrico.
É baseado na comparação da intensidade de luz dispersa pela amostra sob condições
12

definidas com a intensidade de luz dispersa por uma suspensão de referência. Quanto maior a
intensidade de luz dispersa, maior a turbidez. O polímero formazina é usado como a
suspensão padrão para turbidez de referência.
A grande parte dos turbidímetros comerciais disponíveis no mercado para medir
baixos valores de turbidez, dá comparativamente boas indicações da intensidade de luz
dispersa. Estes nefelômetros apesar de serem influenciados por pequenas mudanças nos
parâmetros de projeto são especificados como o instrumento padrão para medição de baixos
valores de turbidez.
Para águas com altos valores de turbidez é feita a medição da atenuação da luz
incidente.
A turbidez pode ser determinada para qualquer amostra de água que esteja livre de
decantação e partículas pesadas de rápida sedimentação, A presença de bolhas de ar, e os
efeitos de vibrações que prejudicam a visibilidade da superfície da amostra darão resultados
falsos. A Cor verdadeira, isto é, a cor da água devido a substâncias dissolvidas que absorvem
luz provoca redução nas medidas de turbidez.

2.1.3. PH

O "PH" ou potencial hidrogeniônico é um termo que expressa à intensidade da


condição ácida de determinada solução. É uma medida da concentração de íons de hidrogênio
(h+) e definido como sendo o cologaritmo decimal da concentração efetiva ou atividade dos
íons hidrogênio. A determinação do PH é uma das mais importantes tarefas no que se diz
tratamento de água. Na ETA o PH intervém na coagulação química, controle da corrosão e
desinfecção.

Os analisadores de PH usam métodos eletroquímicos para a determinação da


atividade de íons de hidrogênio, pela medição do PH quando se utiliza um eletrodo com
membrana de vidro mergulhado na amostra e um eletrodo de referência.
O eletrodo de vidro é um bulbo construído em vidro especial contendo uma solução
de concentração fixa de ácido clorídrico em contato com o eletrodo de referência interno,
normalmente constituído de prata revestida de cloreto de prata, que assegura um potencial
constante na interface da superfície interna do sensor com o eletrólito. O elemento sensor do
eletrodo, situado na extremidade do bulbo, é constituído por uma membrana de vidro que,
hidratada, forma uma camada de gel, externa, seletiva de íon hidrogênio. Ocorre, na camada
13

externa do sensor, a geração de um potencial que é função da atividade do íon hidrogênio na


solução. A variação do potencial do eletrodo como resposta à variação do PH do meio de
medição é linear. O eletrodo de vidro gera uma tensão de aproximadamente 58mV / PH. O
ponto zero elétrico é o valor do PH da solução tamponada interna ao eletrodo, que usualmente
tem PH igual a 7.
O eletrodo de referência é caracterizado pelo fato de ser independente do valor do pH
do meio de medição. O eletrodo Ag/AgCl é o mais utilizado atualmente e consiste de um fio
de prata revestido com cloreto de prata imerso diretamente.

A temperatura influencia as medidas de PH sendo que se pode considerar um aumento


de 5mV/unidade de PH a cada 25°C. Em torno do ponto isopotencial o valor do PH é
independente da temperatura. Em quaisquer outras condições, a compensação de temperatura
é requerida para se obter medidas precisas.
Normalmente são empregados sensores de temperatura do tipo PT 100, incorporados
aos eletrodos.
A conexão entre o eletrodo de referência e o meio é estabelecida por íons. A
interrupção ou obstrução desta conexão iônica afeta o valor medido. Incrustações no eletrodo
de vidro e no diafragma do eletrodo de referência influenciam as medidas e podem ser
minimizados, reduzindo-se a necessidade de intervenções frequentes no instrumento, através
do uso de eletrodos apropriados.
Um aspecto importante a ser observado é relativo às características da unidade
eletrônica que deve garantir alta resistência a interferências eletromagnéticas e alto grau de
proteção à interferência de tensões provenientes do meio onde se faz a medição, devido a
cargas eletrostáticas e aterramento inadequado de dispositivos tais como bombas, agitadores,
etc. É fundamental que a unidade eletrônica tenha alta impedância de entrada.

2.1.4. CONDUTIVIDADE

Condutividade é uma medida da capacidade de uma solução conduzir a corrente


elétrica, materiais nos quais a corrente é conduzida por íons ao invés de elétrons (como em
condutores metálicos) são chamados eletrólitos, eles são divididos em dois grupos, eletrólitos
fortes e eletrólitos fracos. A água é um exemplo de eletrólito fraco, pois a dissociação em íons
ocorre parcialmente. A condutividade é expressa em microsiemens por centímetro (µs/cm²).
14

Na prática a condutividade é medida usando-se célula de medição de condutividade.


A condutividade é medida usando-se corrente alternada. As frequências mais utilizadas estão
na faixa de 50 Hz a 5 KHz. Baixas frequências são preferencialmente utilizadas na medição
de baixos valores de condutividade.

A condutividade depende do tipo de eletrólito, da concentração total de íons e da


temperatura da solução. Dependendo do tipo de substância dissolvida (ácido fraco, ácido
forte) e das propriedades eletroquímicas da substância específica associada (valência,
eletronegatividade, tamanho do íon, mobilidade do íon, grau de dissociação), o aumento da
condutividade elétrica mantém uma relação linear com o aumento na concentração de sólidos
totais presentes na água.

2.1.5. OXIGÊNIO DISSOLVIDO

O Oxigênio Dissolvido é a quantidade de oxigênio presente na água, indispensável


aos organismos aeróbios; a água, em condições normais, contém oxigênio dissolvido, cujo
teor depende da altitude e da temperatura em que ela se encontra; águas com baixos teores de
oxigênio dissolvido indicam que receberam matéria orgânica; a decomposição da matéria
orgânica por bactérias aeróbias é acompanhada pelo consumo e redução do oxigênio
dissolvido da água; o teor de oxigênio dissolvido pode alcançar valores muito baixos, ou
quase zero. Fonte? OK

2.2. TRATAMENTO DA ÁGUA

2.2.1. Etapas do processo

2.2.1.1. Captação

O processo de captação utiliza basicamente a água de rios e/ou represas, a água passa
por um sistema de retenção de partículas sólidas (folhas, galhos, etc.) através de peneiras
estática e bombeada até a estação de tratamento através de adutoras.

2.2.1.2. Coagulação

A etapa de coagulação consiste em unir as substâncias impuras na forma de suspensão


fina, suspensão coloidal, e em particulados maiores que se encontram na água antes do seu
tratamento facilitando assim sua remoção.
15

Para que seja possível a coagulação é necessária à adição de materiais químicos


como a cal hidratada (hidróxido de cálcio) e o sulfato de alumínio (Al2(SO4)318H2O).

2.2.1.3. Floculação

O processo de floculação consiste em agitar a água lentamente a fim de facilitar a


união de partículas de sujeira da água formando os flocos. Este processo ocorre nas chamadas
câmaras de mistura rápida e lenta, como segue respectivamente:

2.2.1.3.1. Câmara de mistura rápida

A Câmara de mistura rápida utiliza gradientes eletromecânicos como motores


acoplados a hélices para fazer a dispersão dos agentes coagulantes presentes na água.

2.2.1.3.2. Câmara de mistura lenta

Logo após a mistura eficiente os flocos que inicialmente estavam macroscópicos


agora estão em peso específico e tamanho adequado a decantação. Obtêm-se essas qualidades
através de uma agitação suave de modo que os aglomerados irão aderir-se uns aos outros para
ficarem em condições de decantação. Para resultados satisfatórios na floculação a energia tem
que ser suficiente para que se formem flocos compactos e a velocidade de mistura tende de
ser controlada para que os flocos já formados ou em formação não se quebrem pela força de
cisalhamento.
O tipo de câmara lenta mais usada hoje em estações de tratamento e a hidráulica,
com isso a água efetua movimentos sinuosos produzindo uma turbulência com isso provoca
contato entre as partículas e a floculação.

2.2.1.4. Alcalinização

Alcalinização consiste em transformar o PH ácido da água em alcalino ou básico, ou


seja, diminuir o seu valor.
Quando a alcalinidade natural da água bruta não for suficiente para entrar em reação
com o coagulante à adição de reagente alcalinizante torna-se necessária. Existem no mercado
alguns tipos de alcalinizantes, mas os mais utilizados são:
a. Cal hidratada (Hidróxido de Cálcio – Ca (OH)2): o mais utilizado para correção.
16

b. Barrilha (Carbonato de Sódio – Na2CO3): produto de fácil manipulação possui elevada


pureza, e é altamente solúvel, possui um custo altamente elevado por isso usa-se
ocasionalmente.

2.2.1.5. Dosagem de coagulante alcalinizante

A água bruta possui características físico-químicas que são importantes na hora de se


fazer a dosagem de material químico para se adequar a legislação vigente.
A quantidade de coagulante a ser adicionada a água bruta possui relação direta com a turbidez
da água.
O PH possui influência direta no processo de coagulação e floculação. A dosagem de
produtos químicos tem de ser correta para se obter a redução esperada de turbidez, odor, cor,
organismos patogênicos, matéria orgânica e outros tipos de agentes poluidores. Além de que
não se precise no processo futuro fazer correções drásticas na água fazendo com que seu custo
de eleve consideravelmente.
Para se determinar a quantidade adequada de material químico a água e realizado um
ensaio de clarificação que proporciona a eficiência desejada com o menor custo.

2.2.1.6. Decantação

Na etapa de decantação a água se mantém em estado de inércia e os flocos gerados


do processo de floculação vão se depositando no fundo do tanque separando-se da água, esse
processo dura em torno de três horas. Durante esse processo forma-se um lodo no fundo do
tanque e pode ser transformado em adubo. Esse processo é feito com a ajuda de duas pás com
movimentos lentos que arrastam a sujeira para o centro do decantador que o próprio possui
uma saída para um poço que posteriormente será bombeado para um canal de esgoto.

2.2.1.7. Filtração

No processo de filtração a água passa por filtros constituídos por camadas de carvão
ativados, areia e cascalho que servem para retirar o odor e o sabor das substâncias químicas,
filtrar as impurezas restantes e sustentar a areia e o carvão respectivamente.

2.2.1.8. Desinfecção

A desinfecção é a parte final do processo de tratamento de água onde na saída dos


17

filtros é feito o processo de desinfecção da água onde pode ser feita a remoção de agentes
patogênicos, bactérias e vírus da água e feita à última correção do PH. Diversos agentes
químicos efetuam essa remoção, porém cloro e o agente desinfetante mais utilizado nas
estações de tratamento, pois ele se mantém presente na água até as residências ou processo
sem perda. Para que seja possível o cloro precisa ficar em contato com a água por no mínimo
30 minutos. O uso de dióxido de cloro também se faz muito uso, mas como desinfetante
secundário.

a. Dióxido de Cloro

E um desinfetante muito utilizado por suas diversas aplicações. A sua ação


desinfetante e é mais forte e independente do valor do PH. O dióxido de cloro apresenta
vantagens quando comparado aos demais compostos clorados. Ele possui maior estabilidade
em soluções aquosas, hidrolisa compostos fenólicos (diminuindo a possibilidade de sabores e
odores) e reage em menor intensidade com a matéria orgânica.

b. Cloro

Cloro é o desinfetante mais utilizado nas estações de tratamento pelo seu baixo valor
de mercado e alto poder de desinfecção, porém e um elemento químico que se deve ter uma
atenção, pois o excesso de cloro presente na água pode acarretar problemas de saúde para a
população e corrosão nas tubulações industriais.
Após a desinfecção, a água deve conter um teor mínimo de cloro residual livre de 0,5 mg/l,
sendo obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/l em qualquer ponto da rede de
distribuição, recomendando-se que a cloração seja realizada em PH inferior a 8,0.

2.2.1.9. Distribuição

E a etapa final do processo de tratamento de água, depois que ela foi desinfetada e
feita as últimas correções químicas no processo anterior ela é armazenada em tanques e
depois distribuída através de adutoras a outras partes da indústria.

2.3. INSTRUMENTAÇÃO PARA MEDIÇÃO E CONTROLE

2.3.1. Análise de turbidez

Turbidímetros são equipamentos capazes de identificar se água está turva ou não. a


18

turvação é originada mediante substâncias dispersas não solúveis na água. Turvação tem a
propriedade de dispersar e refletir a luz irradiada sobre o mesmo. A intensidade da luz
refletida proporciona-nos informação sobre a dimensão da turvação.

Para ser realizada análise de turbidez da água serão instalados 2 turbidímetros na


água de captação e 2 na água já decantada.

2.3.1.1. Análise de altos valores de turbidez

Para a análise da água bruta os turbidímetros foram instalados próximos ao local de


coleta da água, isso foi feito para se caso a turbidez do rio esteja fora dos padrões para coleta
essa captação poderá ser interrompida para se evitar desperdícios de materiais químicos ou até
danificar equipamentos.
A escolha do medidor de turbidez tem que se levar em conta o processo de análise,
neste caso no processo de água captada e na água no decantador foi escolhido analisadores de
turbidez que fazem compensação de cor, pelo fato de que a água pode conter substancias que
absorvem luz. Fonte?
A sua instalação tem que ser adequada para que o equipamento faça a leitura correta
da água sem divergências, alguns fatores são determinantes para que essa análise seja feita da
forma correta que são:

a. Presença de bolhas de ar
b. Variações bruscas na vazão de amostra
c. Presença de feixes de luz no elemento sensor de medição
d. Vibrações

A figura 1 mostra o turbidímetro a ser instalado na coleta da água bruta.


19

Figura 1 - Turbidímetro para alto valor de turbidez - Fonte: Digimed acesso em 2014.

2.3.1.2. Análise de baixos valores de turbidez

Para a análise da agua já decantada e tratada com baixos valores de turbidez, foram
instalados 2 analisadores um logo após a saída do decantador e o outro após os filtros. A
figura 2 mostra o analisador a ser instalado.

Figura 2 - Turbidímetro para baixo valor de turbidez - Fonte: Digimed acesso em 2014.

2.3.2. Análise de PH

2.3.2.1. Analisador de ph

A análise do PH se faz necessária para se obter resultados que serão de extrema


importância a continuidade do tratamento. A primeira é que o sistema saberá qual
20

procedimento adotar, colocar mais alcalinizante ou reduzir para assim encontra um pH


correto. A segunda é o PH da água tratada que não deverá ser ácida para evitar que as
tubulações sofram corrosão, também não pode ser básica, pois deixa gosto a água e ph
elevado ocorre incrustações nas tubulações.
Analisadores de PH ajudam a aperfeiçoar significativamente a dosagem dos
produtos, possibilitam o controle de qualidade do tratamento da água, sem utilização de
reagentes.
A leitura do medidor de PH é feita em função da leitura da tensão (usualmente em
milivolts) que o eletrodo gera quando submerso na amostra de água.
Os analisadores de PH foram instalados em vários pontos do processo, na saída da
água bruta para avaliar a água captada, na saída do coagulador para se analisar se os agentes
coagulantes diminuíram ou aumentaram o PH e se necessário fazer a correção, na saída dos
filtros para saber se a agua já tratada está adequada a distribuição. A figura 3 mostra o
analisador a ser instalado nos pontos do processo.

Figura 3 - Analisador/ Transmissor/ Controlador de PH - Fonte: Digimed acesso em 2014.

2.3.3. Análise de condutividade

A condutividade elétrica é a capacidade que a água possui de conduzir corrente


elétrica. Essa característica está relacionada com a presença de íons dissolvidos na água, que
21

são partículas carregadas eletricamente. Quanto maior for a quantidade de íons dissolvidos,
maior será a condutividade elétrica na água.
O método de medição está baseado na maior ou menor capacidade de uma solução
em conduzir corrente elétrica. FONTE? OK
Como a condutividade elétrica de uma solução depende de todos os íons nela
existentes, o condutivímetro é um analisador não especifico.
O presente instrumento que será instalado na água bruta, ele possui algumas
vantagens como: poder medir variáveis distintas como PH, condutividade, oxigênio
dissolvido e fazer as análises ao mesmo tempo de 2 dessas variáveis. A figura 4 mostra o
analisador a ser utilizado. Fonte?

Figura 4 - Analisador de condutividade - Fonte: Yokogawa América do Sul aceso em 2014.

2.3.4. Analisador de oxigênio dissolvido

A análise de oxigênio presente na água tratada consiste em um fator a ser levado em


consideração, pois ele determina também a qualidade da água, a quantidade de oxigênio
determina a quão rica a água e em oxigênio determinante para a vida aquática e para o próprio
consumo. Outro fator que torna essa análise necessária e que se o oxigênio ficar abaixo de
valores determinados pelo CONAMA, pode acarretar o desenvolvimento de espécies
anaeróbicas, que sobrevivem com ausência de oxigênio, com isso ocorre um mal odor na
água.
O analisador de oxigênio dissolvido será o mesmo modelo implantado na
condutividade, que como já foi descrito possui essa característica de duas análises distintas
22

dependendo do sensor analítico instalado. E este está descrito na figura 5.

Figura 5 - Analisador de oxigênio dissolvido - Fonte: Yokogawa América do Sul acesso em 2015.

2.3.5. Analisador de cloro

Conhecer o teor de cloro ativo que permanece após a desinfecção (cloração) da água,
permite garantir a qualidade microbiológica da água, ou seja, se ela está em condições de uso,
além de excesso de cloro nas linhas de água em um processo industrial aumentam a corrosão
nas tubulações, no caso de abastecimento público doenças. Por isso o uso de um analisador de
cloro se faz necessário a fim de se evitar esse tipo de ocorrências.

Figura 6 - Analisador de cloro livre - Fonte: Yokogawa América do Sul acesso em 2015.
23

2.3.6. Medição de vazão da água bruta

Água bruta é entregue a ETA através de adutoras, para se ter o controle da


quantidade de água captada e a vazão que chega na estação para ser tratada instala-se
medidores de vazão nas adutoras. As medições de vazão em tubulações de grande porte são
difíceis de avaliar em questão da exatidão da informação obtida por isso o medidor de vazão a
ser instalado é do tipo ultrassônico por tempo de transito ele elimina a manutenção e possui
alta rentabilidade.
O seu funcionamento se dá por dois transdutores que são acoplados na parede
externa da tubulação eles emitem e recebem pulsos de ultrassom. O tempo que o pulso e envio
e recebido o circuito eletrônico efetuas os cálculos e converte em unidades de engenharia.
O transmissor a ser utilizado na ETA está representado na figura 7.

Figura 7 - Transmissor de vazão - Fonte: KROHNE acesso em 2014.

2.3.7. Válvulas

As válvulas no processo de tratamento serão utilizadas para bloquear, direcionar,


limitar a pressão de entrada em alguma etapa, controlar a saída ou permitir o escoamento da
água em um sentido único.
Na estação de tratamento de água automatizada a ser abordada, serão utilizadas os 4
grupos de válvulas quanto a sua função em relação ao escoamento do fluxo que seriam:
bloqueio, controle, retenção e alivio de pressão.

2.3.7.1. Tipos de válvulas de controle

São divididas em duas categorias que são classificadas de acordo com o movimento
24

de seu obturador. No processo de tratamento da água bruta e necessário o uso dos dois tipos
de válvulas de controle devido necessidade em cada etapa do processo.

2.3.7.1.1. Válvula de movimento linear

São utilizadas como, por exemplo: em todas as etapas o processo de tratamento que
necessita da aplicação para maiores taxas de fluxo e menores quedas de pressão e também
oferecem menor resistência e baixa perda de carga. A figura 8 mostra a válvula descrita.

Figura 8 - Válvula de controle linear - Fonte: Foxwall acesso em 2014.

2.3.7.1.2. Válvula de movimento rotativo

São utilizadas, por exemplo: na etapa de captação de água bruta, pois necessitam de
maiores quedas de pressão e menores taxas de fluxo e oferecem grande resistência ao
escoamento do fluido consequentemente obtendo alta perda de carga. A figura 9 mostra a
válvula do tipo “borboleta” descrita.
25

Figura 9 - Válvula de controle rotativa - Fonte: Foxwall acesso em 2014.

2.3.8. Válvulas manuais para by-pass

Válvulas manuais deverão ser instaladas em paralelo as válvulas controladoras para


se ter a garantia do funcionamento contínuo da estação de tratamento, pois caso venha ocorrer
alguma anomalia ou manutenção com as válvulas controladoras e/ou com os posicionadores
essas válvulas poderão ser abertas de acordo com o processo e dar continuidade ao
tratamento. Serão usados alguns modelos de válvulas dependendo da etapa do processo,
tubulação, etc.
26

Figura 10 - Válvula manual tipo borboleta - Fonte: Casa do vapor acesso em 2015.

Figura 11 - Válvula manual tipo gaveta - Fonte: Mangueiras Recol acesso em 2015.
27

Figura 12 - Válvula manual tipo globo - Fonte: Grupo JCN acesso em 2015.

2.3.9. Posicionadores eletropneumáticos

São elementos de controle utilizados em válvulas para se obter controle do fluxo do


fluido desejado, como na ETA estudada necessita de um controle de fluxo de água nas etapas
do processo; o uso de posicionadores se faz necessário para se obter uma precisão na vazão ou
no controle do nível. Como algumas válvulas possuem limitações de posicionadores serão
utilizados dois modelos de posicionadores. Os posicionadores selecionados estão descritos nas
figuras 13 e 14, que possuem excelente precisão no controle, baixa manutenção e baixo custo
e o modelo da Foxwall possuir auto calibração.

Figura 13 - Posicionador eletropneumático - Fonte: SMAR acesso em 2015.


28

Figura 14 - Posicionador eletropneumático - Fonte: Foxwall acesso em 2015.

Figura 15 - Válvula de controle com posicionador eletropneumático - Fonte: SMAR acesso em 2015.

Figura 16 - Válvula de controle com posicionador eletropneumático - Fonte: Foxwall acesso em 2015.
29

2.3.10. Bombas Dosadoras

O sistema de dosagem no processo de tratamento para que se possa obter uma


qualidade e precisão de dosagem necessitam de um controle uniforme e preciso na dosagem
de material para que a água não fique sem qualidade, perda da produção por excesso de
material, gastos maiores com material ou até mesmo problemas nas linhas da indústria por
excesso de corrosão nas linhas de abastecimento.
Para se obter esse controle de dosagem será instalado nas etapas bombas dosadoras
de diafragma, essas bombas possuem vazão controlada dependendo da quantidade a ser
injetada no processo, como o processo da indústria as vazões de água são bem maiores que
um tratamento mais detalhado essa vazão não necessita ser muito baixa e precisa ter controle
em grandes vazões. Além de possuir baixa manutenção, boa precisão e excelente
rentabilidade.

Figura 17 - Bomba dosadora - Fonte: SNatural acesso em 2015.

2.3.11. Medição de nível

A medição de nível nas etapas do processo de tratamento de água será de extrema


importância, para caso haja um rompimento nas adutoras e os tanques venham a se esvaziar,
perda do controle do fluxo de enchimento dos tanques, possa ser identificada com maior
30

rapidez sem consequência para o meio ambiente, perda de trabalho e atuação rápida da
manutenção para a solução do problema, o transmissor escolhido e o tipo ultrassônico figura
18, esse tipo de transmissor e largamente utilizado em reservatório e sistemas com material
químico corrosivo, pois ele não possui contato com o elemento a ser medido, pois seu sistema
de medição e totalmente feito na emissão de pulsos de ultrassom por um sensor que será
instalado no reservatório e que será refletido pelo material, além disso, possui excelente
rentabilidade e baixa manutenção.

Figura 18 - Transmissor de nível - Fonte: Nivelco acesso em 2015.

2.3.12. Medição de temperatura

A medição de temperatura como em todo processo industrial é de extrema


importância para se atingir o produto final desejado sem perda da qualidade e para controle
preciso do processo. Por isso serão instalados transmissores de temperatura em todas as etapas
do processo de tratamento desde a captação da água bruta até o reservatório para distribuição.
O modelo de transmissor a ser instalado e o da figura 19, ele foi escolhido por ser bastante
versátil em diversas aplicações e custo relativamente baixo.
O elemento de medição dos transmissores de temperatura, ou seja, o seu termopar a
ser usado será um tipo K, mostrado na figura 20 que possui ampla faixa de medição, com
precisão e boa rentabilidade.
31

Figura 19 - Transmissor de Temperatura - Fonte: Smar acesso em 2015.

Figura 20 - Termopar tipo K - Fonte: Smar acesso em 2015.

2.3.13. Medição de pressão

A medição de pressão constitui se não a mais uma das mais importantes variáveis de
medição em um processo industrial, sendo de extrema importância na segurança do processo
e das pessoas que em si trabalham diretamente com ele. No processo de tratamento de água
não é diferente, a medição de pressão importante para se ter controle dos reservatórios e nas
adutoras para se saber se houve rompimento, saber se possui água nas linhas para evitar
queima das bombas e até mesmo alguma anomalia no processo, para se ter esse controle na
estação de tratamento serão instalados transmissores de pressão manométrica nas adutoras,
nos tanques de processo e no reservatório de água já tratada.
Esse transmissor foi escolhido por possuir características de baixa manutenção, boa
rentabilidade e precisão.
32

Figura 21 - Transmissor de pressão - Fonte: Smar acesso em 2015.

2.3.14. Medição de vazão

A medição de vazão será importante no processo de tratamento para se saber se as


bombas estão eficientes, se não possui obstrução nas linhas, se as válvulas controladoras estão
operando corretamente, e se for necessário saber o consumo de água. Esse transmissor de
pressão diferencial que pode ser utilizado como medidor de vazão somente mudando sua
montagem no processo e alterando seus parâmetros foi escolhido por ter uma excelente
precisão e baixa manutenção.
A pressão diferencial é gerada por um elemento de vazão primário e a medida da
vazão é obtida pela função raiz quadrada.
O transmissor está descrito na figura 22.

Figura 22 - Transmissor de vazão por pressão diferencial - Fonte: Smar acesso 2015.
33

2.3.15. PLC

O PLC será essencial para se obter o controle da malha do tratamento, fazer a


simulação de como deverá ser o controle e programação da ETA será utilizado um
controlador TWIDO da Schneider Eletric, pois é um controlador bem versátil na sua
programação e utilização.
O modelo do controlador será um modelo com número de I/O um pouco limitado e
com controlador PID integrado para que se possa fazer o controle ideal dos tanques com
abertura e fechamento das válvulas controladoras e bombas dosadoras.
Como o número de I/O será limitado o uso de módulos de expansão de I/O será
necessário.

Figura 23 - Controlador TWIDO - Fonte: Schneider Eletric acesso em 2015.

2.3.15.1. Software de programação

Para que seja feita a programação do controle da estação de tratamento, será necessário o uso
de um software apropriado para esse uso. Na programação da lógica da ETA será utilizado o
software TWIDO SUITE, além de ser compatível com o controlador usado, ele e bastante
versátil na sua programação além de ser um software livre e pode ser baixado no site da
Schneider Eletric.

2.3.15.2. Introdução

Um controlador lógico programável pode ser definido como:

“Controlador lógico programável e um equipamento de controle


34

industrial microprocessado, criado inicialmente para efetuar


especificamente o controle lógico de várias discretas e hoje utilizados
para praticamente todos os tipos de controle”. (FINKEL, 2006, p.515)

2.3.15.3. Finalidade

A finalidade de um controlador lógico programável pode ser definida como:

“O CLP foi inventado para substituir os relés de um circuito lógico


sequencial ou combinacional para controle industrial. O CLP funciona
sequencialmente, olhando o estado dos dispositivos ligados as suas
entradas, operando a lógica de seu programa interno e determinando o
estado dos seus dispositivos ligados a suas saídas, é o usuário quem
carrega o programa, geralmente vi software, que produz os resultados
desejados”. (FINKEL, 2006, p.515).

2.3.15.4. Características Técnicas do PLC

O controlador possui algumas características relevantes como:

a. Nº de blocos PID: 14
b. Nº de instruções: 3000
c. Nº de blocos temporizadores: 128
d. Nº de blocos contadores: 128
e. Nº de instruções com extensão: 6000
f. Nº máximo de módulos de expansão: 7

2.3.15.5. Módulos de Expansão

Como o próprio nome já diz são módulos para expansão de entradas e saídas caso
haja necessidade. Em caso de expansão da planta, melhorias ou no caso de o controlador não
suportar a quantidade de variáveis do processo. Abaixo na figura 24, os módulos de expansão
que serem utilizados no controlador.
35

Figura 24 - Módulos de expansão de I/O - Fonte: Schneider Electric acesso em 2015.

2.3.16. Supervisório

O software do sistema supervisório a ser utilizado será o Indusoft da Schneider


Eletric ele foi escolhido por ser amigável a sua elaboração, por ser um software gratuito e
baixado no site da Indusoft, possui licença de elaboração completa a estudantes, e possuir
uma gama muito de boa de itens a serem utilizados na elaboração das telas.

Figura 25 - Software Indusoft - Fonte: Indusoft Schneider Eletric acesso em 2015.

2.3.16.1. Características técnicas do software

Os projetos do Indusoft Web Studio são executados em microcomputadores


conectados em tempo real com máquinas ou processadores através de controladores
programáveis, equipamentos de I/O remotos, e outros equipamentos de aquisição de dados.
Estes projetos consistem de telas com interfaces animadas de operação, drivers configuráveis
de CLP (controlador lógico programável) e outros dispositivos controláveis de I/O, um banco
de dados de tag’s do projeto, e módulos opcionais como monitores de alarme, lógica, gráficos
de tendências, receitas, organizadores, e um sistema de segurança.
36

2.3.16.2. Tag’s

Tag é praticamente o núcleo de qualquer aplicação de sistema supervisório. São


variáveis usadas pelo software para receber e armazenar dados dos sensores, atuadores,
posicionadores, situados na planta de processo e transmitem as telas de IHM dos
computadores nas salas de controle. Podem também manipular objetos nas telas, e controlar
tarefas da aplicação.
37

3. METODOLOGIA

3.1. COLETA DE INFORMAÇÕES

O presente estudo foi realizado com base em pesquisas na internet, livros de


instrumentação industrial e válvulas, artigos e reportagens de perdas de água no país, por
experiência profissional de mais de 5 anos, de ambos os idealizadores com empregos na
indústria de siderurgia, em áreas com uso de água reutilizada, (qual é a experiência dos
idealizadores??)por troca de conhecimento com outros profissionais conhecidos atuantes na
área.
??????? > Na metodologia deverá ser informado que foi realizada uma pesquisa.
Como e onde foi realizada. Deverá mostrar os resultado somente na análise de resuldados.
Com base em dados coletados nas pesquisas o estudo da implantação dos novos instrumentos
de análise da água e sistemas de controle do processo foi escolhido como principal assunto
abordado. Foram coletados dados de tempos de tratamentos(em arquivos coletados na
internet), métodos de análises de amostras (portaria nº 2.914 do ministério da saúde), rotina da
operação (em arquivos coletados na internet) tipos de instrumentos já utilizados em processos
atuais (conversas com profissionais atuantes na área), rotina da manutenção(em arquivos
coletados na internet) e sugestões de melhorias, em processos atuais (conversas com
profissionais atuantes na área) Onde?
A figura 26 e 27 mostram o rio Paraíba do sul, fonte de água para captação na região
sul fluminense, e uma estação de tratamento de água situada no bairro Belmonte em Volta
Redonda, respectivamente. o que é essa indústria? Ela que é o principal o o principal é o rio?
38

Figura 26 - Rio Paraíba do sul, Barra Mansa - Fonte: Arquivo digital acervo diário do vale acesso em 2014.

Figura 27 - Estação de tratamento de água, Belmonte, Volta Redonda - Fonte: Arquivo digital acervo jornal
Diário do vale acesso em 2014.
39

4. DESENVOLVIMENTO

Este trabalho consiste na pesquisa de melhorias a serem implantadas em uma estação


de tratamento de água, foram feitas análises em alguns sistemas de tratamento existente na
cidade de volta redonda e barra mansa e em indústrias (quais?) para ser ter a base necessária
para o estudo e desenvolvimento do projeto.
A partir dessas análises foi entendido que para um sistema de tratamento de água
ideal é necessário a implementação de um sistema de controle automatizado para se obter a
qualidade da água, ergonomia operacional, economia e o mínimo impacto ambiental possível
com os produtos químicos utilizados, com isso utilizaremos um sistema de instrumentação
completo nas análises do processo, PLC’s para se fazer o controle, e um supervisório para se
obter um monitoramento adequado do processo a fim de corrigir falhas no sistema com mais
velocidade de resposta evitando perdas.

4.1. DESCRIÇÃO DE FUNCIONAMENTO

A planta de processo funcionará da seguinte maneira, o sistema de captação só entra


em operação se o PH, turbidez da água bruta estiverem dentro dos parâmetros estabelecidos,
caso contrário não dará permissível para ligar as bombas de captação. Outro parâmetro para se
ligar as bombas de captação e der início ao tratamento será a pressão na entrada da linha das
bombas, caso a linha esteja obstruída isso evitará a queima das mesmas, em seguida as
válvulas de controle só entrarão em funcionamento caso umas das bombas esteja ligada.
Na etapa de coagulação o processo somente entrará em funcionamento quando o
nível do tanque de coagulação chega ao parâmetro setado, entram em funcionamento as
bombas dosadoras de sulfato de alumínio e cal hidratada, independentemente do valor do ph e
da turbidez. Em seguida as bombas só entram em funcionamento caso tenha pressão na linha
das bombas para evitar a queima das bombas por falta de água na linha, a válvula de controle
somente entrará em funcionamento caso uma das bombas esteja ligada.
Na etapa de floculação após o nível da câmara rápida atingir o nível setado, o
misturador 1 entra em operação, após o tempo de mistura de 10 minutos, a válvula 3 para a
câmara de mistura lenta irá abrir e encher a câmara lenta até o nível setado, então o
misturador 2 entra em operação, após o tempo de 30 minutos de mistura lenta, o controlador
irá identificar se possui pressão na linha e se o tempo de tratamento na câmara de mistura
lenta atingir o tempo programado então enviará um comando para ligar a bomba de
floculação, após a bomba entrar em operação abrirá a válvula de controle 1.
40

Na etapa da decantação, após atingir o nível setado o misturador 1 entra em


operação. Após 3 horas de mistura no decantador o controlador identificará se tem pressão na
linha após o decantador para então ligar a bomba 1 do decantador, após a bomba estar ligada
o mesmo abrirá a válvula de controle 1.
Na etapa de filtração a água passará pelo filtro, logo após os filtros o analisador de
PH e de turbidez fará a análise dos parâmetros e fará a devida correção caso estejam fora dos
limites de acima de 8 para o PH e acima de 2 UnT na turbidez. Na desinfecção a água já
tratada e dentro das faixas de PH e turbidez será desinfetada com uso de cloro por um contato
mínimo de 30 mim setado no controlador, quando todos os parâmetros estiverem dentro das
faixas o mesmo enviará um comando para ligar a bomba 1 do filtro, após a bomba estiver
ligada este abrirá a válvula de controle 1.
No armazenamento a água de saída dos filtros é então estocada em um tanque; para
que essa água seja distribuída é preciso que os parâmetros de PH, cloro, turbidez, oxigênio,
pressão e nível estejam dentro dos valores, então o controlador enviará um comando para ligar
a bomba de distribuição 1 e abrindo a válvula de controle 1, finalizando assim o tratamento de
água. Todas essas etapas de controle da ETA terão variáveis de monitoramento de
temperatura da água, vazão nas adutoras, pressão dos tanques, condutividade, para se ter um
melhor controle no tratamento, alguns não serão permissíveis para continuidade ou
interrupção do tratamento.
Todas as bombas possuem um sistema de proteção e de intertravamento para que
somente fique operando uma e a outra em reserva, e uma entre caso a outra entre em falha ou
precise de manutenção.
Todos os valores para os analisadores têm como referência os parâmetros
estabelecidos pela portaria nº2914/2011 do ministério da saúde. Estes serão descritos nas
tabelas em apêndice 1.

4.2. SISTEMA DE EMERGÊNCIA

O sistema conta com um sistema de emergência caso haja alguma perda no controle
no nível dos tanques o controlador enviará um comando às válvulas de emergência levando
essa água até um reservatório de emergência. Esse sistema também entrará em funcionamento
caso haja também a perda no controle das dosagens de material químico, o mesmo será
fechado por válvulas de emergência. Para se evitar contaminação, garantindo a segurança do
meio ambiente.
41

4.3. INSTRUMENTOS

Nesse estudo de melhorias a serem adicionadas ao sistema de tratamento de água


será necessário a instalação de instrumentos eletrônicos de medição de temperatura, nível,
pressão, vazão, analisadores de PH, condutividade, turbidez e bombas dosadoras de material
químico para que possa obter os valores de variáveis em cada etapa do processo e que se
possa ter o controle ideal da estação.
Além de instrumentos eletrônicos a serem instalados no processo serão instalados
também instrumentos analógicos caso venha-se ter uma falha no sistema eletrônico o
operador ainda poderá ter uma referência de como anda o processo e como deve agir em caso
de anomalias.

4.4. PLC

O PLC será programado de modo que possa se fazer todo o controle da planta de
processo na maneira mais eficaz com economia, segurança e qualidade.

4.4.1. Programação

A programação foi realizada no formato LADDER, pois é uma linguagem de


programação mais usual entre os controladores, de fácil programação e pelo fato do
controlador TWIDO se programar nessa linguagem. No apêndice 2 encontra-se a lógica de
programação da estação de tratamento.

4.4.2. Entradas e saídas

O número de entradas e saídas tanto analógicas como digitais de qualquer


controlador é limitada.
Quanto ao seu porte, ou seja, quanto maior o número de I/O de um controlador maior
ele será. No controlador TWIDO utilizado no estudo ele possui um número limitado de I/O,
por isso serão utilizados módulos de expansão, pois como a estação de tratamento irá
necessitar de muitas variáveis de controle digitais e analógicas o uso desses módulos se faz
necessário.

4.5. SUPERVISÓRIO

O sistema supervisório possui basicamente a função de armazenar dados e capturar


42

informações da planta de processo, essas informações vêm através de transmissores acoplados


a sensores que capturam dados da área mais conhecidos como variáveis de processo
armazenam esses dados em um banco de dados (SCADA) e transmitem esses valores a uma
IHM.
Será descrito como o sistema supervisório da estação foi criado e simulado com
algumas de suas características.

4.5.1. Tag’s

Foram criadas tag’s (figuras 28, 29, 30) para os diversos tipos instrumentos a serem
inseridas no supervisório, dentre variáveis inteiras, reais e booleanas. Com um total de 92
tag’s.
43

Figura 28 - Lista de Tag's - Fonte: Próprio autor 2015.


44

Figura 29 - Lista de Tag's - Fonte: Próprio autor 2015.


45

Figura 30 - Lista de tag's - Fonte: Próprio autor 2015.

4.5.2. Telas

As telas gráficas criadas (figuras 31 a 39) têm o objetivo de se exemplificar a planta


do processo em uma interface IHM, com isso se facilita o trabalho da operação com atuação
no controle do processo.
Foram criadas telas para todas as etapas do processo separadas, tela de visão geral do
processo, alarmes, gráficos, menu principal e tela do estoque de material químico.

Penso que seria interessante falar um pouco mais sobre as telas


46

Figura 31 - Menu Principal - Fonte: Próprio autor 2015.

Figura 32 - Vista Geral - Fonte: Próprio autor 2015.


47

Figura 33 - Sistema de captação - Fonte: Próprio autor 2015.

Figura 34 - Sistema de coagulação - Fonte: Próprio autor 2015.


48

Figura 35 - Sistema de Floculação - Fonte: Próprio autor 2015.

Figura 36 - Sistema de decantação - Fonte: Próprio autor 2015.


49

Figura 37 - Sistema de filtração - Fonte: Próprio autor 2015.

Figura 38 - Sistema de Armazenamento e distribuição - Fonte: Próprio autor 2015.


50

Figura 39 - Casa de Química - Fonte: Próprio autor 2015.

4.5.3. Símbolos

A lista de símbolos e o layout das telas gráficas foram acrescentados de modo que
venha a deixar o IHM o mais próximo possível do que é o processo na realidade, com a
interface amigável ao operador.
Foram inseridas as bombas de captação e transferências para outras etapas, válvulas
controladoras, indicadores de vazão, nível, temperatura, vazão, pressão, PH, condutividade e
turbidez e diferentes pontos do processo e tanques de estocagem.

4.5.4. Alarmes

Alarme é um item essencial à estrutura de um supervisório, pois com ele o operador


poderá identificar anomalias no processo como: falhas, desarmes ou oscilações nas variáveis
de controle e corrigi-las o mais rápido para que se tenha maiores perdas ao processo.
A tela de alarme (figura 40) irá gerar alarmes de muito alto, alto, baixo e muito
baixo, para: pressão, nível, temperatura e vazão, PH, condutividade, turbidez, cloro e
oxigênio. Serão gerados também alarmes de falhas nas bombas, falha no acionamento das
válvulas controladoras, falhas nas bombas de dosagem.

Incluir no texto a figura 40. Todas as figuras, tabelas e graficos precisam estar
51

descrito s e informados no texto. Seguir modelos acima.

Figura 40 - Tela de Alarmes - Fonte: Próprio Autor 2015.

4.5.5. Gráficos

Gráficos são itens de importância a ser considerado na hora de se fazer um sistema


supervisório, são elementos de monitoração das variáveis do processo, oscilação das
variáveis, histórico, e acompanhamento do processo.
Serão gerados gráficos (figura 41 a 50) para monitoração das variáveis de
temperatura, nível, vazão, pressão, PH, turbidez, condutividade, cloro e oxigênio a fim de ser
ter o histórico dessas variáveis para consultas caso venha ocorrer alguma anomalia, e controle
do processo. Cada linha no gráfico representa uma variável em uma etapa do processo, que
serão diferenciados por cores para melhor visualização geral da tela. Caso operador venha a
escolher apenas uma variável específica ele tem a opção de deixa-la única na tela, excluindo
as outras. Apenas desmarcando uma caixa de seleção.
A figura 41 demonstra os gráficos gerados pelos níveis dos tanques da casa de
material químico em função do tempo, variando de 0 a 100 %. O que significam as linhas
coloridas? Por que exite uma vermelha, uma amarela e etc? Penso que é importante explicar
isso.
52

Figura 41 - Gráficos dos níveis da casa de química - Fonte: Próprio autor 2015.

A figura 42 demonstra os gráficos gerados pelo supervisório das variações dos níveis
dos tanques do processo em função do tempo variando de 0 a 100 %.

Figura 42 - Gráficos dos níveis dos tanques - Fonte: Próprio autor 2015.

A figura 43 os gráficos do PH gerado nas etapas do processo em função do tempo,


variando de 0 a 10.
53

Figura 43 - Gráficos de PH - Fonte: Próprio autor 2015.

A figura 44 mostra os gráficos gerados para a turbidez nas etapas de captação,


coagulação, decantação e saída do filtro, na captação e coagulação variando de 0 a 400 UnT,
no decantador de 0 a 6 UnT, e na saída do filtro de 0 a 2 UnT.

Figura 44 - Gráficos de turbidez - Fonte: Próprio autor 2015.


54

A figura 45 mostra os gráficos gerados pelas variações das vazões nas adutoras do
tratamento, dentro da faixa de 0 a 300 m³/h.

Figura 45 - Gráficos de vazão - Fonte: Próprio autor 2015.

A figura 46 demonstra os gráficos das pressões nas adutoras e nos tanques do


processo de tratamento. As pressões variam de 0 a 10 Kgf/cm².

Figura 46 - Gráficos de pressão - Fonte: Próprio autor 2015.


55

Figura 45 - Gráficos de pressão - Fonte: Próprio autor 2015.

A figura 47 mostra os gráficos das temperaturas dentro do processo variando de 0 a


35Cº.

Figura 47 - Gráficos de temperatura - Fonte: Próprio autor 2015.

A Figura 48 mostra o gráfico da condutividade da água na captação, variando de 0 a


100 µS/cm².
56

Figura 48 - Gráfico de condutividade - Fonte: Próprio autor 2015.

A figura 49 mostra as variações do cloro na água nas etapas de desinfecção e na


distribuição, variando de 0 a 5 mg/l.

Figura 49 - Gráfico de Cloro - Fonte: Próprio autor 2015.

A figura 50 mostra os gráficos do oxigênio na água nas etapas de captação e


distribuição, variando de 0 a 5 mg/l.
57

Figura 50 - Gráficos de oxigênio na água - Fonte: Próprio autor 2015.

4.5.6. Relatório

O supervisório conta também com uma função que gera relatório com as variáveis do
processo, para o operador fazer comparativos de variações dentro do processo ou até mesmo
apresentar aos seus superiores como está o processo de tratamento, se está ocorrendo
anomalias.
Serão gerados relatórios em modo online e gerando relatórios salvos em disco, nos
formatos PDF (Portable Document Format) e TXT (texto).
A Figura 51 mostra a tela criada para gerar os relatórios.
58

Figura 51 - Tela de Relatório - Fonte: Próprio autor 2015.


59

5. CONCLUSÃO

A partir dos instrumentos instalados, a lógica de programação feita e o sistema


supervisório simulado espera-se que a qualidade da água a ser tratada melhore
consideravelmente, uma vez que, consegue-se ter um controle maior das características de
potabilidade. Com o investimento a ser feito, por mais que possa ser relativamente alto em
algumas etapas como os turbidímetro e analisadores, ganha - se a monitoração das pressões
nas adutoras que, caso venha a se ter uma perda na variável de pressão, identificará se há
vazamento e/ou rompimento, permitindo uma atuação mais eficaz de manutenção corretiva e
evitando elevadas perdas de água. Vale lembrar que hoje no Brasil cerca de 37% da água
tratada potável e desperdiçada por vazamentos, rompimentos, segundo SNIS (SISTEMA
NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO), conforme reportagem feita
pelo site G1.com em março de 2015, o instituto Trata Brasil aumenta essa perda em cerca de
39%.
Além disso, as tubulações sofrerão menos desgaste, uma vez que, o cloro em altas
quantidades corroem as tubulações e o PH quando está alcalino deixa a tubulação com
incrustações; consequentemente haverá menor manutenção e perda de produção proveniente
de processos que utilizam a água, como lingotamento contínuo em uma siderúrgica, por
exemplo. Na ergonomia operacional, porque em diversos casos de tratamento de água
utilizados hoje em dia pelas estações serem antigas a operação do processo é quase todo
manual, na dosagem de produtos, controle de fluxo com válvulas manuais, etc. Melhorar este
parágrafo. Ficou confuso.
A partir da simulação feita com o software TWIDO, a lógica de programação
funcionou de acordo com o esperado, assim poderá ser implantada em qualquer PLC apenas
fazendo download para o equipamento, desde que ele possua as mesmas características de
entrada e saídas analógicas e os instrumentos utilizados sejam semelhantes aos instrumentos
utilizados nesse estudo. Alterando apenas os valores se forem necessários de acordo com os
padrões de cada estação.
O sistema supervisório também poderá ser implantado em qualquer ETA, e
comunicado com o PLC, desde que adquira a licença com o fornecedor e tenha permissão
para utilizar o software comercialmente.
60

6. REFERÊNCIAS

MARION, Maria, Giovana, Ricardo, Fabiano. Estimativa da quantidade de lodo produzido


no tratamento de água do tipo convencional. Ponta Grossa, 2013 Disponível
em:<http://www.aeapg.org.br/8eetcg/anais/60154_vf1.pdf> Acesso em 13 de maio 2015.

Programa ABES de atualização profissional. 2014. Disponível em:<http://abes-


dn.org.br/cursos/catalogo2014.pdf>Acesso em 22 de novembro de 2014.

Gabriela. Controle e operação de estação de tratamento de água. Blumenau, 2010


Disponível em:<http://www.bc.furb.br/docs/re/2011/345741_1_1.pdf> Acesso 15 de março
de 2015.

Eduardo. Técnicas experimentais em controle ambiental. Alagoas. Disponível


em:<http://www.ctec.ufal.br/professor/elca/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20da%20discipli
na%20TECA.ppt>Acesso em 15 de Julho de 2015.

Mário Luiz. Avaliação do efeito da condutividade na eletro-coagulação-flotação aplicada


ao tratamento físico-químico de águas residuárias. Disponível
em:<http://www.uel.br/proppg/portal/pages/arquivos/pesquisa/semina/pdf/semina_28_2_22_2
8.pdf>Acesso em 15 de abril de 2015.

PCE MEDIDORES. Disponível em:<http://www.pce-


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<Http://www.exodocientifica.com.br/produtosexodo/equipamentos/turbidimetros/tb-
44alp_md/>Acesso em 15 de março de 2015.

GRUPO HIDROGERON. Disponível em:<http://www.hidrogeron.com/produto/industria-e-


saneamento/analisador-de-ph>
Disponível em:<http://instrutherm.com.br/medidores-ph-medidor-ph.php> Acesso em 17 de
abril de 2015.

YOKOGAWA AMÉRICA DO SUL. Disponível


em:<http://www.yokogawa.com.br/produtos-e-servicos/sensores-e-instrumentos/analisadores-
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DIGIMED. Disponível
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Acesso em 22 de julho de 2015.

YOKOGAWA AMÉRICA DO SUL Disponível


em:<http://www.yokogawa.com.br/produtos-e-servicos/sensores-e-instrumentos/analisadores-
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Acesso em 17 de março de 2015.
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sedimentação em água com turbidez elevada. São Carlos, 2007 Disponível em
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TRATAMENTO DE ÁGUA
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Disponível em:<http://www.schneider-electric.com.br/> acesso em 10 de janeiro de 2015.
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20-posicao-em-ranking-internacional-de-perda-de-agua.html> acesso em 02 de julho de 2015.
Disponível em:<http://www.abes-mg.org.br/visualizacao-de-clippings/pt-
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julho de 2015.
Trata Brasil. Entraves ao avanço do saneamento básico e riscos de agravamento à
escassez hídrica no Brasil. Disponível em:
<http://www.tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/perdas-de-agua/book.pdf> acesso em 2 de
julho de 2015.
62

7. ANEXOS

7.1. ANEXO 1 - PADRÕES PARA QUALIDADE DA ÁGUA

7.2. ANEXO 2 – PORTARIA 2914 MINISTÉRIO DA SAÚDE

8. APÊNDICE

8.1. ANEXO 1 - TABELA DE VALORES DOS INTRUMENTOS

8.2. ANEXO 2 - PROGRAMAÇÃO EM LADDER

8.3. ANEXO 3 – RELATÓRIO GERADO NO SUPERVISÓRIO

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