Os surdos eram considerados seres humanos incompetentes,
inferiores, comparados aos alienados mentais; O pensamento não se desenvolvia sem a linguagem e esta não se desenvolvia sem a fala; Como a fala não se desenvolvia sem a audição, quem não ouvia, não falava e não pensava, não podendo receber ensinamento e, portanto, aprender; Muitos foram sacrificados! IDADE MÉDIA (476 – 1453)
O surdo continuava a ser visto como não humano;
A influência da Igreja Católica reforçou o pensamento da Antiguidade, com o argumento: “eles não poderiam ser considerados imortais, se não falam os sacramentos”; Primeira alusão à possibilidade de que o surdo poderia aprender através de sinais ou mesmo da língua oral.
IDADE MODERNA (1453 – 1789)
Deu-se o início da verdadeira educação do surdo com Pedro Ponce de
León, ainda dirigida à educação de filhos de nobres; Ensinou os surdos a falar, ler e escrever (com o apoio da língua de Sinais e do alfabeto manual), desfazendo, assim, crenças existentes, para que os mesmos tivessem direito à herança. Assim, a força do poder econômico da nobreza impulsionou o Oralismo que passava a se estabelecer; Jacob Rodrigues, Johann Conrad e John Wallis foram considerados precursores da educação oralista. Tinham interesse em desenvolver a oralidade e mesmo considerando que a verdadeira expressão da humanidade era a fala, utilizaram os Sinais e o alfabeto digital em alguma fase do seu trabalho; Charles-Michel de I´Epée defendeu que a língua de Sinais constituiu a linguagem natural dos surdos e que era um verdadeiro meio de comunicação e de desenvolvimento do pensamento. Publicou um dicionário de sinais ; AUDIOLOGIA EDUCACIONAL
Charles-Michel de I´Epée foi muito criticado por outros educadores
de surdos, pois ele acreditava que o treinamento da fala demandava tempo. Para estes outros educadores a oralização deveria ser o objetivo principal do trabalho educativo do surdo, por questões de humanização e inserção na comunidade de ouvintes; Época marcada como ERA DOURADA na história dos surdos, com o reconhecimento da língua de Sinais, criação rápida de escolas para surdos e emancipação e aquisição de cidadania.
IDADE CONTEMPORÂNEA (1789 – 1900)
Diferentes países da Europa começaram a trabalhar com os surdos na linha de Sinais, inclusive os EUA; Os Sinais haviam conquistado o seu espaço na educação dos surdos, contudo, o CONGRESSO DE MILÃO modificaria esta situação; Até 1880 os Sinais eram utilizados como apoio, sendo a oralidade a meta da educação; O Congresso de Milão ocorreu em 1880 (Congresso Mundial dos Surdos) e considerou que o uso simultâneo da fala e dos sinais é considerado como uma desvantagem que impedia o desenvolvimento da fala, da leitura labial e de uma precisão do pensamento. Declara, assim, que o método oral puro deveria ser preferido como formal oficial e definitiva; Os oralistas resolveram que: “dada a superioridade incontestável da fala sobre os Sinais para reintegrar os surdos-mudos na vida social e para dar-lhes maior facilidade de linguagem... (este congresso) declara que o método de articulação deve ter preferência sobre o de Sinais na instrução e educação dos surdos-mudos”. Depois do Congresso de Milão o oralismo puro invadiu a Europa, passando a ser o objetivo principal da educação das crianças surdas. Em 1892 é fundada a primeira escola oralista e no final do século via- se claramente a bifurcação na educação dos surdos: o oralismo puro de um lado e os métodos combinados de outro.
1900 – AOS DIAS ATUAIS
Grande desenvolvimento das áreas técnicas;
Surgimento do telefone de A.G.Bell; Princípios de amplificação eletrônica de som; Audiômetro; Próteses Auditivas; Implante Coclear.