Dessa leitura, você deve apenas definir o tema do texto e o ponto de vista do autor. Tema: usar critério da relevância. Ponto de vista do autor: otimista, pessimista, ufanista, alienado, onisciente, imparcial, irônico, crítico, apático, cético... Fazer uma leitura das questões sem se preocupar em respondê-las. Com isso, você estará direcionando sua releitura do texto. Reler o texto visando a otimizar as informações.Para isso: Grife trechos relacionados às questões. Circule elementos de coesão. Resuma blocos do texto a partir de palavras-chave. Análise de Alternativas:
EXTRAPOLAM as informações contidas no
texto. LIMITAM as informações contidas no texto. Estão PARCIALMENTE corretas em relação às informações contidas no texto. CONTRADIZEM as informações do texto. Não abordam de forma direta o TEMA do texto. Dicas Gerais:
Alternativas iguais se excluem.
Há enunciados afirmativos que podem ser usados para responder questões. Evite grifar EXCETO nas questões, procure traduzi-las. Lembre-se de que você está procurando a resposta mais certa ou a mais errada. Não mude sua resposta por achar que ela é muito obvia. Não utilize conhecimento de mundo para responder a qualquer questão de texto. Todas as questões devem ser respondidas exclusivamente com base no texto. Em caso de dúvida, procure usar a conclusão como parâmetro. Analisando as questões...
coordenados entre si. Gradação: evolução ou involução de termos relacionados. Exemplificação: detalhamento de um fato. Comentário: fato mencionado sem nível de detalhamento. Comparação: pressupõe relação de igualdade, inferioridade ou superioridade. Contraste: oposição de duas realidades.
Causa e conseqüência: relação de
causalidade. Hipótese: levantamento de possibilidade. Condição: atrelamento de um fato a outro. Previsão: expectativas futuras. Intencionalidade do texto
gramática. Assim, você deve observar se há construções coloquiais, típicas da oralidade. Questões de vocabulário
Procure referências no texto ou use a
técnica do desmembramento da palavra.
Ambiguidade
Análise de enunciados com duplo
sentido. Gêneros Textuais Dissertação: normalmente escrita em terceira pessoa, apresenta argumentos, é um texto temático e fechado. Artigo de opinião: pode ser escrito em primeira ou em terceira pessoa, apresenta ponto de vista claro embasado em argumentos, é temático, pode estabelecer diálogo com o leitor. Crônica: é um texto narrativo, pode ter foco em primeira ou terceira pessoa, apresenta traços minimalistas, pode ter voz crítica ou irônica. Editorial: é um texto pluritemático, manifesta a opinião do editor sobre a revista ou sobre matérias nela veiculadas, estabelece freqüentemente diálogo com o leitor. Ensaio: trata-se de uma crítica a um fato ou personalidade pública, expressa a opinião do autor. TIPOLOGIAS TEXTUAIS Dissertação Descrição Narração Exposição Injunção Intertextualidade
Citação: transcrição de trecho integral
de outro texto. Alusão: referência explícita ou implícita a outro autor, texto, personagem... Paráfrase: reescrita mantendo-se o sentido básico. Linguagem figurada / conotativa / metafórica
Nesse caso, você deve observar aspectos
semânticos da sentença, ou seja, se há palavras empregadas fora do sentido real. CONECTIVOS Os conectivos ou elementos de coesão são importantes para a compreensão do texto, pois são responsáveis pelas relações de sentido produzidas internamente.
É importante que o aluno tenha uma visão
interpretativa em relação aos conectores, não se limitando a decorá-los. ELEMENTOS DE COESÃO COORDENATIVOS 01. de adição: e, nem, não só... mas também, não apenas... como ainda... Ex.:A economia não apenas se fortaleceu nas últimas décadas como ainda ampliou seus indicadores sócio-econômicos. 02. de adversidade (contraste/oposição): mas, contudo, entretanto, todavia, porém, no entanto, não obstante... Ex.: A economia se desenvolveu muito nas últimas décadas, mas há ainda precariedades nesse setor. 03. de explicação: que, porque, pois, porquanto (anteposto ao verbo)... Ex.: Os cidadãos são responsáveis pela forma com que seus governantes conduzem o país, pois são livres para escolherem seus dirigentes. 04. de alternância: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer... Ex.: Ou o mundo parte para um lado mais social, ou não sobreviveremos ao individualismo capitalista. 05. de conclusão: portanto, logo, então, por isso, pois (posposto ao verbo)... Ex.: Os cidadãos são responsáveis pelos candidatos que elegem, são, pois, também responsáveis pela forma com que os mesmos conduzem o país. ELEMENTOS DE COESÃO SUBORDINATIVOS 06. de concessão (exceção à regra): embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, conquanto, em que pese... Ex.:Embora os indicadores econômicos revelem relativa melhora, os sociais se mostram estagnados. 07. de causa: visto que, já que, porque, como (só no início de frase), porquanto... Ex.: Como os brasileiros se preocupam pouco com política, julgam-se no direito de não se responsabilizarem pela corrupção institucionalizada no país. 08. de consequência: tal que, tanto que, tão que, de modo que, de sorte que... Ex.: As causas das desigualdades sociais no Brasil são tantas que nem é possível enumerá-las. 09. de conformidade: como, conforme, segundo, de acordo com... Ex.: Todos agiam segundo os próprios objetivos políticos. 10. de condição: se, caso, desde que, somente se, apenas se... Ex.: Se os representantes brasileiros não fossem cleptocratas, haveria menor desigualdade social. 11. de tempo: já, agora, desde que, logo, assim que, quando, enquanto... Ex.: Desde que a imunidade parlamentar foi regulamentada, ficou fácil ser corrupto no Brasil. 12. de comparação: como, igual a, tanto quanto, mais...que, menos...que... Ex.: Assim como nossos cidadãos, nossos políticos não se julgam responsáveis pelo Brasil. 13. de finalidade: a fim de , para, para que... Ex.: Para que o Brasil se torne um país desenvolvido, é necessário se ater a questões sociais. 14. de proporcionalidade: à medida que, à proporção que, quanto mais...mais, quanto mais...menos... Ex.: A pobreza no Brasil cresce, à medida que a urbanização evolui. Funções de Linguagem Para entendermos com clareza as funções da linguagem, é bom primeiramente conhecermos as etapas da comunicação. Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação não acontece somente quando falamos, estabelecemos um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz presente em todos (ou quase todos) os momentos. No ato de comunicação percebemos a existência de alguns elementos, são eles:
a) emissor: é aquele que envia a
mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo de pessoas). b) receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou um grupo), também conhecido como destinatário. c) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida. d) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado para elaborar a mensagem: o emissor codifica aquilo que o receptor irá descodificar. e) contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere. Partindo desses seis elementos , existem seis funções de linguagem, que são:
1. Função referencial: o referente é o
objeto ou situação de que a mensagem trata. A função referencial privilegia justamente o referente da mensagem, buscando transmitir informações objetivas sobre ele. Essa função predomina nos textos de caráter científico e é privilegiado nos textos jornalísticos. 2. Função emotiva: por meio dessa função, o emissor imprime no texto as marcas de sua atitude pessoal: emoções, avaliações, opiniões. O leitor sente no texto a presença do emissor. 3. Função conativa: essa função procura organizar o texto de forma a que se imponha sobre o receptor da mensagem, persuadindo-o, seduzindo-o. Nas mensagens em que predomina essa função, busca-se envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento. 4.Função fática: a palavra fático significa “ruído, rumor”. Foi utilizada inicialmente para designar certas formas que se usam para chamar a atenção (ruídos como psiu, ahn, ei). Essa função ocorre quando a mensagem se orienta sobre o canal de comunicação ou contato, buscando verificar e fortalecer sua eficiência. 5. Função metalinguística: quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu próprio referente, ocorre a função metalingüística. 6. Função poética: quando a mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras ou rítmicas, jogos de imagem ou de idéias, temos a manifestação da função poética da linguagem. Essa função é capaz de despertar no leitor prazer estético e surpresa. É explorado na poesia e em textos publicitários. Essas funções não são exploradas isoladamente, de modo geral, ocorre a superposição de várias delas. Há, no entanto, aquela que se sobressai, assim podemos identificar a finalidade principal do texto. Norma culta x Norma coloquial
Norma culta nada mais é do que a
modalidade lingüística escolhida pela elite de uma sociedade como modelo de comunicação verbal. É a língua das pessoas escolarizadas. Ela comporta dois padrões: o formal e o coloquial: · Padrão coloquial - É a versão oral da língua culta e, por ser mais livre e espontânea, tem um pouco mais de liberdade e está menos presa à rigidez das regras gramaticais. Entretanto, a margem de afastamento dessas regras é estreita e, embora exista, a permissividade com relação às "transgressões" é pequena. Padrão formal - É o modelo culto utilizado na escrita, que segue rigidamente as regras gramaticais. Essa linguagem é mais elaborada, tanto porque o falante tem mais tempo para se pronunciar de forma refletida como porque a escrita é supervalorizada na nossa cultura. É a história do "vale o que está escrito". ·