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PROJETO FORMANDO CIDADÃO

CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

Elaboração Iranildo da Silva Maia (PFC)

Aprovação Shaide (PFC)

1
Índice
Apresentação..................................................................................................................................03

Introdução........................................................................................................................................04

Exercícios........................................................................................................................................09

Conceitos Básicos de metrologia....................................................................................................10

Transformações de medidas...........................................................................................................13

Exercícios........................................................................................................................................18

Régua Graduada: sistema métrico..................................................................................................21

Exercícios........................................................................................................................................24

Régua Graduada: sistema inglês....................................................................................................25

Exercícios........................................................................................................................................27

Paquímetro: tipos e usos.................................................................................................................28

Paquímetro: sistema métrico...........................................................................................................32

Exercícios........................................................................................................................................34

Paquímetro: sistema inglês milesimal.............................................................................................36

Exercícios........................................................................................................................................37

Paquímetro: sistema inglês ordinário..............................................................................................38

Exercícios........................................................................................................................................43

Micrômetro: tipos e usos.................................................................................................................44

Micrômetro: sistema métrico...........................................................................................................48

Exercícios........................................................................................................................................55

Micrômetro: sistema inglês milesimal..............................................................................................56

Exercícios........................................................................................................................................60

Medição Angular..............................................................................................................................61

Goniômetro......................................................................................................................................64

Exercícios........................................................................................................................................68

Relógio Comparador.......................................................................................................................69

Exercícios........................................................................................................................................73

Bibliografia.......................................................................................................................................74

2
Metrologia

Um comerciante foi multado porque sua balança não pesava corretamente as mercadorias vendidas.
Como já era a terceira multa, o comerciante resolveu ajustar sua balança. Nervoso, disse ao homem
do conserto:
- Não sei por que essa perseguição. Uns gramas a menos ou a mais, que diferença faz?
Imagine se todos pensassem assim. Como ficaria o consumidor?
E, no caso da indústria mecânica que fabrica peças com medidas exatas, como conseguir essas
peças sem um aparelho ou instrumento de medidas?
Neste apostila, você vai entender a importância das medidas em mecânica. Por isso o título do livro é
Metrologia, que é a ciência das medidas e das medições.
Antes de iniciarmos o estudo de metrologia, vamos mostrar como se desenvolveu a necessidade de
medir, e os instrumentos de medição. Você vai perceber que esses instrumentos evoluíram com o
tempo e com as novas necessidades.

Um breve histórico das medidas


Como fazia o homem, cerca de 4.000 anos atrás, para medir comprimentos? As unidades de
medição primitivas estavam baseadas em partes do corpo humano, que eram referências universais,
pois ficava fácil chegar-se a uma medida que podia ser verificada por qualquer pessoa. Foi assim
que surgiram medidas padrão como a polegada, o palmo, o pé, a jarda, a braça e o passo.

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Algumas dessas medidas-padrão continuam sendo empregadas até hoje. Veja os seus
correspondentes em centímetros:

Uma polegada = 2,54 cm


Um pé = 30,48 cm
Uma jarda = 91,44 cm

O Antigo Testamento da Bíblia é um dos registros mais antigos da história da humanidade. E lá, no
Gênesis, lê-se que o Criador mandou Noé construir uma arca com dimensões muito específicas,
medidas em côvados.
O côvado era uma medida-padrão da região onde morava Noé, e é equivalente a três palmos,
aproximadamente, 66 cm.

Em geral, essas unidades eram baseadas nas medidas do corpo do rei, sendo que tais padrões
deveriam ser respeitados por todas as pessoas que, naquele reino, fizessem as medições.
Há cerca de 4.000 anos, os egípcios usavam, como padrão de medida de comprimento, o cúbito:
distância do cotovelo à ponta do dedo médio.

Como as pessoas têm tamanhos diferentes, o cúbito variava de uma pessoa para outra, ocasionando
as maiores confusões nos resultados nas medidas. Para serem úteis, era necessário que os padrões
fossem iguais para todos. Diante desse problema, os egípcios resolveram criar um padrão único: em
lugar do próprio corpo, eles passaram a usar, em suas medições, barras de pedra com o mesmo
comprimento. Foi assim que surgiu o cúbito-padrão.
Com o tempo, as barras passaram a ser construídas de madeira, para facilitar o transporte. Como a
madeira logo se gastava, foram gravados comprimentos equivalentes a um cúbito-padrão nas
paredes dos principais templos. Desse modo, cada um podia conferir periodicamente sua barra ou
mesmo fazer outras, quando necessário.

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Nos séculos XV e XVI, os padrões mais usados na Inglaterra para medir comprimentos eram a
polegada, o pé, a jarda e a milha.
Na França, no século XVII, ocorreu um avanço importante na questão de medidas. A Toesa, que era
então utilizada como unidade de medida linear, foi padronizada em uma barra de ferro com dois
pinos nas extremidades e, em seguida, chumbada na parede externa do Grand Chatelet, nas
proximidades de Paris. Dessa forma, assim como o cúbito-padrão, cada interessado poderia conferir
seus próprios instrumentos. Uma toesa é equivalente a seis pés, aproximadamente, 182,9 cm.
Entretanto, esse padrão também foi se desgastando com o tempo e teve que ser refeito. Surgiu,
então, um movimento no sentido de estabelecer uma unidade natural, isto é, que pudesse ser
encontrada na natureza e, assim, ser facilmente copiada, constituindo um padrão de medida. Havia
também outra exigência para essa unidade: ela deveria ter seus submúltiplos estabelecidos
segundo o sistema decimal. O sistema decimal já havia sido inventado na Índia, quatro séculos antes
de Cristo. Finalmente, um sistema com essas características foi apresentado por Talleyrand, na
França, num projeto que se transformou em lei naquele país, sendo aprovada em 8 de maio de 1790.
Estabelecia-se, então, que a nova unidade deveria ser igual à décima milionésima parte de um
quarto do meridiano terrestre.

Essa nova unidade passou a ser chamada metro (o termo grego metron significa medir).
Os astrônomos franceses Delambre e Mechain foram incumbidos de medir o meridiano. Utilizando a
toesa como unidade, mediram a distância entre Dunkerque (França) e Montjuich Espanha). Feitos os
cálculos, chegou-se a uma distância que foi materializada numa barra de platina de secção
retangular de 4,05 x 25 mm. O comprimento dessa barra era equivalente ao comprimento da unidade
padrão metro, que assim foi definido: Metro é a décima milionésima parte de um quarto do
meridiano terrestre.
Foi esse metro transformado em barra de platina que passou a ser denominado metro dos arquivos.
Com o desenvolvimento da ciência, verificou-se que uma medição mais precisa do eridiano
fatalmente daria um metro um pouco diferente. Assim, a primeira definição foi substituída por uma
segunda: Metro é a distância entre os dois extremos da barra de platina depositada nos
Arquivos da França e apoiada nos pontos de mínima flexão na temperatura de zero grau
Celsius.
Escolheu-se a temperatura de zero grau Celsius por ser, na época, a mais facilmente obtida com o
gelo fundente.

5
No século XIX, vários países já haviam adotado o sistema métrico. No Brasil, o sistema métrico foi
implantado pela Lei Imperial nº 1157, de 26 de junho de 1862. Estabeleceu-se, então, um prazo de
dez anos para que padrões antigos fossem inteiramente substituídos.

Com exigências tecnológicas maiores, decorrentes do avanço científico, notou-se que o metro dos
arquivos apresentava certos inconvenientes. Por exemplo, o paralelismo das faces não era assim tão
perfeito. O material, relativamente mole, poderia se desgastar, e a barra também não era
suficientemente rígida.

Para aperfeiçoar o sistema, fez-se um outro padrão, que recebeu:

 Seção transversal em X, para ter maior estabilidade;


 Uma adição de 10% de irídio, para tornar seu material mais durável;
 Dois traços em seu plano neutro, de forma a tornar a medida mais perfeita.

Assim, em 1889, surgiu a terceira definição: Metro é a distância entre os eixos de dois traços
principais marcados na superfície neutra do padrão internacional depositado no B.I.P.M.
(Bureau Internacional dês Poids et Mésures), na temperatura de zero grau Celsius e sob
uma pressão atmosférica de 760 mmHg e apoiado sobre seus pontos de mínima flexão.

6
Atualmente, a temperatura de referência para calibração é de 20ºC. É nessa temperatura que o
metro, utilizado em laboratório de metrologia, tem o mesmo comprimento do padrão que se
encontra na França, na temperatura de zero grau Celsius.
Ocorreram, ainda, outras modificações. Hoje, o padrão do metro em vigor no Brasil é
recomendado pelo INMETRO, baseado na velocidade da luz, de acordo com decisão da 17ª
Conferência Geral dos Pesos e Medidas de 1983. O INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial), em sua resolução 3/84, assim definiu o metro:

É importante observar que todas essas definições somente estabeleceram com maior exatidão o
valor da mesma unidade: o metro.

Medidas inglesas

A Inglaterra e todos os territórios dominados há séculos por ela utilizavam um sistema de medidas
próprio, facilitando as transações comerciais ou outras atividades de sua sociedade.
Acontece que o sistema inglês difere totalmente do sistema métrico que passou a ser o mais
usado em todo o mundo. Em 1959, a jarda foi definida em função do metro, valendo 0,91440 m.
As divisões da jarda (3 pés; cada pé com 12 polegadas) passaram, então, a ter seus valores
expressos no sistema métrico:
1 yd (uma jarda) = 0,91440 m
1 ft (um pé) = 304,8 mm
inch (uma polegada) = 25,4 mm

Padrões do metro no Brasil

Em 1826, foram feitas 32 barras-padrão na França. Em 1889, determinou-se que a barra nº 6


seria o metro dos Arquivos e a de nº 26 foi destinada ao Brasil. Este metro-padrão encontra-se no
IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas).

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Múltiplos e submúltiplos do metro

A tabela abaixo é baseada no Sistema Internacional de Medidas (SI).

8
Exercícios
Marque com um X a resposta correta.

Exercício 1 - A ciência das medidas e das medições denomina-se:


a) ( ) simbologia;
b) ( ) fisiologia;
c) ( ) metrologia;
d) ( ) numerologia
.
Exercício 2 - A polegada, o palmo, o pé, a jarda, a braça e o passo são unidades de medição:
a) ( ) estatísticas;
b) ( ) recentes;
c) ( ) inadequadas;
d) ( ) primitivas.

Exercício 3 - Os egípcios e os franceses usaram como unidade de medida, respectivamente:


a) ( ) passo e toesa;
b) ( ) toesa e pé;
c) ( ) cúbito e toesa;
d) ( ) cúbito e passo.

Exercício 4 - O padrão do metro em vigor no Brasil é recomendado pelo:


a) ( ) INMETRO;
b) ( ) IPT;
c) ( ) BIPM;
d) ( ) INT.

Exercício 5 - Os múltiplos e submúltiplos do metro estão entre:


a) ( ) metro e micrometro;
b) ( ) exametro e attometro;
c) ( ) quilômetro e decâmetro;
d) ( ) metro e milímetro.

Exercício 6 - Um sistema totalmente diferente do sistema métrico é o:


a) ( ) japonês;
b) ( ) francês;
c) ( ) americano;
d) ( ) inglês.

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Conceito Básico de Metrologia

A metrologia aplica-se a todas as grandezas determinadas e, em particular, as dimensões


lineares e angulares das graças mecânicas. Nenhum processo de usinagem permite que se
obtenha rigorosamente uma dimensão prefixada. Por essa razão, é necessário conhecer a
grandeza de erro tolerável, antes de se escolherem os meios de fabricação e controle
convenientes.

Finalidade do Controle

O controle não tem por fim somente reter ou rejeitar os produtos fabricados fora das normas;
destina-se, antes, a orientar a fabricação, evitando erros. Representa, por conseguinte, um fatos
importante na redução das despesas gerais e no acréscimo da produtividade.

Um controle eficaz deve ser total, isto é, deve ser exercido em todos os estágios de transformação
da matéria, integrando-se nas operações depois de cada face de usinagem.
Todas as operações de controle dimensional são realizadas por meio de aparelhos e instrumento;
devem-se, portanto, controlar não somente as peças fabricadas, mas também os aparelhos e
instrumentos verificados:

 de desgastes, nos verificadores com dimensões fixas;


 de regulagem, nos verificadores com dimensões variáveis.

Isto se aplica também às ferramentas, aos acessórios e às maquina-ferramentas utilizadas na


fabricação.

Laboratório de Metrologia

Nos casos de medição de peças muito precisas, tornar-se necessário uma climatização do local;
esse local deve satisfazer às seguintes exigências:

1 - temperatura constante;
2 - grau higrométrico correto;
3 - ausência de vibração e oscilações;
4 - espaço suficiente;
5 - boa iluminação e limpeza.

10
Instrumento de Medição

A exatidão relativa das medidas depende, evidentemente, da qualidade dos instrumentos de


medição empregados. Assim, a tomada de um comprimento com um metro defeituoso dará
resultados duvidoso, sujeito a contestações. Portanto, para a tomada de uma medida, é
indispensável que o instrumento esteja aferido e que a sua aproximação permita avaliar a
grandeza em causa, com a precisão exigida.

Operador

O operador é, talvez, dos elementos mais importantes. É ele a parte inteligente na apreciação das
medidas. De sua habilidade depende, em grande parte, a precisão conseguida. Um bom
operador, servindo-se de instrumentos relativamente débeis, consegue melhores resultados do
que um operador inábil com excelentes instrumentos.
Deve, pois, o operador, conhecer perfeitamente os instrumentos que utiliza ter iniciativa para
adaptar ás circunstância o metido mais aconselhável e possuir conhecimentos suficientes para
interpretar os resultados.

Normas Gerais de Medição

Medição é uma operação simples, porém só poderá ser bem efetuada por aqueles que se
preparam para tal fim.
O aprendizado de medição deverá ser acompanhado por um treinamento, quando o aluno seja
orientado segundo as normas gerais de medição.

Normas gerais de medição


1. Tranquilidade
2. Limpeza
3. Cuidado
4. Paciência
5. Senso de responsabilidade
6. Sensibilidade
7. Finalidade da posição medida
8. Instrumento adequado
9. Domínio sobre o instrumento

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Recomendações

Os instrumentos de medição são utilizados para determinar grandezas. A grandeza pode ser
determinada por comparação e por leitura em escala ou régua graduada.

É dever de todos os profissionais zelar pelo bom estado dos instrumentos de medição, mantendo-
se assim por maior tempo sua real precisão.

Evite: 1 - choques, queda, arranhões, oxidação e sujeita;


2 - misturar instrumentos;
3 - cargas excessivas no uso, medir provocando atrito entre a peça e o instrumento;
4 - medir peças cuja temperatura, quer pela usinagem quer por exposição a uma fonte de
calor, esteja fora da temperatura de referência;
5 - medir peças sem importância com instrumentos caros.

Cuidados: 1 - Use proteção de madeira, borracha ou feltro, para apoiar os instrumentos.


2 - Deixe a peça adquirir a temperatura ambiente, antes de tocá-la com o instrumento
de medição.

12
Transformação de Medidas

No decorrer do curso, serão introduzidos vários tipos de transformação de medidas, os quais


serão mencionados de acordo com a aprendizagem dos diversos temas de unidades de
medidas.

1ª) TRANSFORMAÇÃO

Transformar polegada em milímetro.

1º CASO - Transformar polegadas inteiras em milímetros.

Para se transformar polegada inteira em milímetros,multiplica-se 25,4mm, pela quantidade de


polegadas por transformar.

Ex.: Transformar 3" em milímetros

2º CASO - Transformar fração da polegada em milímetro.

Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4mm pelo numerador da fração e divide-se o
resultado pelo denominador.

Ex.: Transformar 5/8" em milímetros.

13
3º CASO - Transformar polegada inteira e fracionária em milímetro.

Quando o número for misto, inicialmente se transforma o número misto em uma fração imprópria
e, a seguir, opera-se como no 2º Caso.

2ª) TRANSFORMAÇÃO

Transformar milímetro em polegada.

Para se transformar milímetro em polegada, divide-se a quantidade de milímetros por 25,4 e


multiplica-se o resultado pela divisão (escala) de 128, aproxima-se o resultado para o inteiro mais
próximo, dando-se para denominador a mesma divisão tomada, e, a seguir, simplifica-se a fração
ao menor numerador.

14
Aplicando outro Processo
Multiplica-se a quantidade de milímetros pela constante 5,04, dando-se como denominador à
parte inteira do resultado da multiplicação a menor fração da polegada, simplificando-se a fração,
quando necessário.

Após a aprendizagem de mais um sistema de unidade de medidas, aumentaremos nossa relação


de transformação de medidas.

3ª) TRANSFORMAÇÃO

Transformar sistema inglês ordinário em decimal.

Para se transformar sistema inglês ordinário em decimal, divide-se o numerador da fração pelo
denominador.

Ex.: Transformar 7/8" em decimal.

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4ª) TRANSFORMAÇÃO

Transformar sistema inglês decimal em ordinário.

Para se transformar sistema inglês decimal em ordinário, multiplica-se valor em decimal por uma
das divisões da polegada, dando-se para denominador a mesma divisão tomada, simplificando-se
a fração, quando necessário.

Ex.: Transformar 0,3125" em sistema inglês ordinário.

5ª TRANSFORMAÇÃO

Transformar polegada decimal em milímetro.

Para se transformar polegada decimal em milímetro, multiplica-se o valor em decimal da polegada


por 25,4.

Exemplo - Transformar 0,875" em milímetro.

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6ª) TRANSFORMAÇÃO
Transformar milímetro em polegada decimal.

Para se transformar milímetro em polegada decimal, podemos utilizar dois processos:

1º Processo: Divide-se o valor em milímetro por 25,4.

Exemplo: Transformar 3,175mm em polegada decimal.

2º Processo: Multiplica-se o valor em milímetro pela constante 0,03937".

Observação:

A constante 0,03937" corresponde à quantidade de milésimos de polegada contida em 1


milímetro.

1mm = 0,03937

Exemplo: Transformar 3,175mm em polegada decimal.

Observação:

A diferença do resultado entre o 1º e 2º processo, conforme mostram os exemplos acima, passa a


ser desprezível, considerando-se ambos os processos corretos. Considerando-se ambos os
processo está corretos. Completamos aqui, o total dos seis casos de transformação mais
utilizados em medições.

17
Exercício de Transformação de Medidas
1) Transforme Polegada Fracionária ou Ordinária em Milímetros:

a) 5/32” = Cálculos

b) 5/16” =

c) 1/128” =

d) 1 7/8” =

2) Transforme Milímetro em Polegada Ordinária :

a) 1,5875mm = Cálculos

b) 19,05mm =

c) 25,00mm =

d) 44,45mm =

18
3) Transforme em Polegada Decimal:

a) 5/64” = Calculos

b) 3/16” =

c) 1/2” =

d) 1 7/8” =

4) Transforme em Polegada Ordinária:

a) 0,125” = Calculos

b) 0,4375” =

c) 1,375” =

19
5) Transforme em Polegada Decimal:

a) 6,35mm = Cálculos

b) 11,1125mm =

c) 60,325mm =

d) 79,375mm =

6) Transforme em Milímetros:

a) 0,0625” = Cálculos

b) 0,001” =

c) 1,500” =

d) 2,625” =

20
Régua Graduada - Tipos e Usos - Graduações da Escala

O mais elementar instrumento de medição utilizado nas oficinas é a régua graduada (escala). É
usada para medidas lineares, quando não há exigência de grande precisão. Para que seja
completa e tenha caráter universal, deverá ter graduações do sistema métrico e do sistema inglês
A escala ou régua graduada é construída de aço, tendo sua graduação inicial situada na
extremidade esquerda. É fabricada em diversos comprimentos: 6” (152,4 mm), 12” (304,8 mm).

Tipos e usos

Régua de encosto interno

Destinada a medições que apresentem faces internas de referência.

Régua sem encosto

Nesse caso, devemos subtrair do resultado o valor do ponto de referência.

21
Régua com encosto
Destinada à medição de comprimento a partir de uma face externa, a qual é utilizada como
encosto.

Régua de profundidade
Utilizada nas medições de canais ou rebaixos internos.

Características da boa Régua Graduada

1 - Ser, de preferência, de aço inoxidável.

2 - Ter graduação uniforme.

3 - Apresentar traços bem finos, profundos e salientados em preto.

Conservação

1 - Evitar quedas e contato com ferramentas de trabalho.

2 - Evitar flexioná-la ou torcê-la, para que não se empene ou quebre.

3 - Limpe-o após o uso, para remover o suor e a sujeira.

4 - Aplique-lhe ligeira camada de óleo fino, antes de guardá-la.

22
Leitura no sistema métrico

Graduações da Escala

1 METRO................. = 10 DECÍMETROS
1 m ..................... = 10 dm
1 DECÍMETRO........ = 10 CENTÍMETROS
1 dm ..................... = 10 cm
1 CENTÍMETRO ......= 10 MILÍMETROS
1 cm ..................... = 10 mm

23
Exercicios
1)Faça a leitura de milímetro em régua graduada

a)_________ b)_________ c)_________ d)_________ e)_________ f)__________

g)_________ h)_________ i)_________ j)_________ L)_________ m)_________

n)_________ o)_________ p)_________ q)_________

24
Leitura no sistema inglês de polegada fracionária

Nesse sistema, a polegada divide-se em 2, 4, 8, 16... partes iguais. As escalas de precisão


chegam a apresentar 32 divisões por polegada, enquanto as demais só apresentam frações de

A ilustração a seguir mostra essa divisão, representando a polegada em tamanho ampliado.

Observe que, na ilustração anterior, estão indicadas somente frações de numerador ímpar. Isso
acontece porque, sempre que houver numeradores pares, a fração é simplificada.

25
A leitura na escala consiste em observar qual traço coincide com a extremidade do objeto. Na
leitura, deve-se observar sempre a altura do traço, porque ele facilita a identificação das partes em
que a polegada foi dividida.

Conservação

Evitar que a régua caia ou a escala fique em contato com as ferramentas comuns de trabalho.
Evitar riscos ou entalhes que possam prejudicar a leitura da graduação.
Não flexionar a régua: isso pode empená-la ou quebrá-la.
Não utilizá-la para bater em outros objetos.
Limpá-la após o uso, removendo a sujeira. Aplicar uma leve camada de óleo fino, antes de
Guardar a régua graduada.

26
Exercícios
Faça a leitura de frações de polegada em régua graduada.

a) ______________ b) ______________ c) ______________ d ) ______________

e) ______________ f) ______________ g) ______________ h) ______________

i) ______________

27
Paquímetro: tipos e usos

O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões lineares internas, externas e de


profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto fixo, sobre a qual
desliza um cursor.

O cursor ajusta-se à régua e permite sua livre movimentação, com um mínimo de folga. Ele é
dotado de uma escala auxiliar, chamada nônio ou vernier. Essa escala permite a leitura de rações
da menor divisão da escala fixa.

O paquímetro é usado quando a quantidade de peças que se quer medir é pequena. Os


instrumentos mais utilizados apresentam uma resolução de:

As superfícies do paquímetro são planas e polidas, e o instrumento geralmente é feito de aço


inoxidável. Suas graduações são calibradas a 20ºC.

28
Tipos e usos

Paquímetro universal
É utilizado em medições internas, externas, de profundidade e de ressaltos.Trata-se do tipo mais
usado.

Paquímetro universal com relógio

O relógio acoplado ao cursor facilita a leitura, agilizando a medição.

29
Paquímetro com bico móvel (basculante)

Empregado para medir peças cônicas ou peças com rebaixos de diâmetros diferentes.

Paquímetro de profundidade

Serve para medir a profundidade de furos não vazados, rasgos, rebaixos etc.
Esse tipo de paquímetro pode apresentar haste simples ou haste com gancho.
Veja a seguir duas situações de uso do paquímetro de profundidade.

30
Paquímetro duplo

Serve para medir dentes de engrenagens.

Paquímetro digital
Utilizado para leitura rápida, livre de erro de paralaxe, e ideal para controle estatístico.

31
Traçador de altura

Esse instrumento baseia-se no mesmo princípio de funcionamento do paquímetro, apresentando a


escala fixa com cursor na vertical. É empregado na traçagem de peças, para facilitar o processo
de fabricação e, com auxílio de acessórios, no controle dimensional.

Paquímetro Sistema Métrico


Princípio do nônio

A escala do cursor é chamada de nônio ou vernier, em homenagem ao português Pedro Nunes e


ao francês Pierre Vernier, considerados seus inventores. O nônio possui uma divisão a mais que a
unidade usada na escala fixa.

32
Leitura no sistema métrico

Na escala fixa ou principal do paquímetro, a leitura feita antes do zero do nônio corresponde à
leitura em milímetro .
Em seguida, você deve contar os traços do nônio até o ponto em que um deles coincidir com um
traço da escala fixa.
Depois, você soma o número que leu na escala fixa ao número que leu no nônio. Para você
entender o processo de leitura no paquímetro, são apresentados, a seguir, dois exemplos de
leitura.
Escala em milímetro e nônio com 10 divisões

Escala em milímetro e nônio com 20 divisões

33
Escala em milímetro e nônio com 50 divisões

Exercícios
Faça a leitura em milímetros e escreva as medidas.

a)Leitura__________________ b)Leitura__________________

c)Leitura__________________ d)Leitura__________________

34
e)Leitura__________________ f)Leitura__________________

g)Leitura__________________ h)Leitura__________________

i)Leitura__________________ j)Leitura__________________

k)Leitura__________________ l)Leitura__________________

m)Leitura__________________ n)Leitura__________________
35
Paquímetro: Sistema Inglês

Agora que o pessoal da empresa aprendeu a leitura de paquímetros no sistema métrico, é


necessário aprender a ler no sistema inglês.

Leitura de polegada milesimal

No paquímetro em que se adota o sistema inglês, cada polegada da escala fixa divide-se em 40
partes iguais. Cada divisão corresponde a:

Como o nônio tem 25 divisões, a resolução desse paquímetro é:

O procedimento para leitura é o mesmo que para a escala em milímetro.


Contam-se as unidades .025" que estão à esquerda do zero (0) do nônio e, a seguir, somam-se
os milésimos de polegada indicados pelo ponto em que um dos traços do nônio coincide com o
traço da escala fixa.

36
Exercícios
Faça a Leitura em Polegada Milesimal:

a)Leitura________________ b)Leitura_________________

c)Leitura________________ d)Leitura_________________

e)Leitura________________ f)Leitura_________________

g)Leitura________________ h)Leitura_________________

37
Paquímetro - Sistema Inglês Ordinário

Para efetuarmos leitura de medidas em um paquímetro do sistema inglês ordinário, faz-se


necessário conhecermos bem todos os valores dos traços da escala (fig.1).

Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o traço zero do nônio coincida com
o primeiro traço da escala fixa, a leitura da medida será 1/16" (fig.2), no segundo traço, 1/8" (fig.3),
no décimo traço, 5/8" (fig.4).

Uso do Vernier (Nônio)


Através do nônio podemos registrar no paquímetro várias outras frações da polegada, e o primeiro
passo será conhecer qual a aproximação (sensibilidade) do instrumento.

38
Sabendo que o nônio possui 8 divisões, sendo a aproximação do paquímetro 1/128”, podemos
conhecer o valor dos demais traços (fig.5).

Observando a diferença entre uma divisão da escala fixa e uma divisão do nônio (fig.6),
concluímos que cada divisão do nônio é menor 1/128" do que cada divisão da escala fixa.

Assim sendo, se deslocarmos o cursor do paquímetro até que o primeiro traço do nônio coincida
com o da escala fixa, a leitura da medida será 1/128" (fig.7), o segundo traço 1/64" (fig.8) o
terceiro traço 3/128" (fig.9), o quarto traço 1/32", e assim sucessivamente.

39
Observação: Para a colocação de medidas, assim como para leituras de medidas feitas em
paquímetro do sistema Inglês ordinário, utilizaremos os seguintes processos:

Processo para a Colocação de Medidas

1º) Exemplo: Colocar no paquímetro a medida 33/128".


Divide-se o numerador da fração pelo ultimo algarismo do denominador.

O quociente encontrado na divisão será o número de traços por deslocar na escala fixa pelo zero
do nônio (4 traços). O resto encontrado na divisão será a concordância do nônio, utilizando-se
o denominador da fração pedida (128), (fig. 10).

2º) Exemplo: Colocar no paquímetro a medida 45/64" (fig. 11).

40
Processo para a Leitura de Medidas
1º) Exemplo: Ler a medida da figura 12.

Multiplica-se o número de traços da escala fixa ultrapassados pelo zero do nônio, pelo último
algarismo do denominador da concordância do nônio. O resultado da multiplicação soma-se com
o numerador, repetindo-se o denominador da concordância .

2º) Exemplo: Ler a medida da figura 13.

41
3º) Exemplo: Ler a medida da figura 14.

4º) Exemplo: Ler a medida da figura 15.

Observação: Em medidas como as do exemplo da figura 15, abandonamos a parte inteira e


fazemos a contagem dos traços, como se iniciássemos a operação. Ao final da aplicação do
processo, incluímos a parteinteira antes da fração encontrada.

42
Exercícios
Faça a Leitura do paquímetro no Sistema Inglês Ordinário:

a) Leitura__________________ b) Leitura___________________

c) Leitura__________________ d) Leitura___________________

e) Leitura__________________ f) Leitura___________________

g) Leitura__________________ h) Leitura___________________

i) Leitura__________________ j) Leitura___________________
43
Micrômetros - Nomenclatura, Tipos e Usos
Micrômetro

A precisão de medição que se obtém com o paquímetro, às vezes, não é suficiente. Para
medições mais rigorosas, utiliza-se o micrômetro, que assegura uma exatidão de 0,01mm.
O micrômetro é um instrumento de dimensão variável que permite medir, por leitura direta, as
dimensões reais com uma aproximação de até 0,001mm (fig.1).

O princípio utilizado é o do sistema parafuso e porca. Assim, se, numa porca fixa, um parafuso der
um giro de uma volta, haverá um avanço de uma distância igual ao seu passo.

Arco

É construído de aço especial e tratado termicamente, a fim de eliminar as tensões, e munido de


protetor antitérmico, para evitar a dilatação pelo calor das mãos.

Parafuso Micrométrico

E construído de aço de alto teor de liga, temperado a uma dureza de 63 RC. Rosca retificada,
garantindo alta precisão no passo.

Contatores

Apresentam-se rigorosamente planos e paralelos, e em alguns instrumentos são de metal duro, de


alta resistência ao desgaste.

44
Fixador ou Trava

Permite a fixação de medidas.

Luva Externa

Onde é gravada a escala, de acordo com a capacidade de medição do instrumento.

Tambor

Com seu movimento rotativo e através de sua escala, permite a complementação das medidas.

Porca de Ajuste

Quando necessário, permite o ajuste do parafuso micrométrico.

Catraca

Assegura uma pressão de medição constante.

Características do Micrômetro

Os micrômetros caracterizam-se pela:


 capacidade;
 resolução;
 aplicação.

A capacidade de medição dos micrômetros normalmente é de 25 mm (ou 1"), variando o tamanho


do arco de 25 em 25 mm (ou 1 em 1"). Podem chegar a 2000 mm (ou 80").
A resolução nos micrômetros pode ser de 0,01 mm; 0,001 mm; .001" ou .0001". No micrômetro de
0 a 25 mm ou de 0 a 1", quando as faces dos contatos estão juntas, a borda do tambor coincide
com o traço zero (0) da bainha. A linha longitudinal, gravada na bainha, coincide com o zero (0) da
escala do tambor.

45
Aplicação, Tipos e Usos

Para diferentes usos no controle de peças, encontram-se vários tipos de micrômetros, tanto para
medições em milímetros como em polegadas, variando também sua capacidade de medição.

Micrômetro de profundidade

Conforme a profundidade a ser medida, utilizam-se hastes de extensão, que são fornecidas
juntamente com o micrômetro.

Micrômetro Com arco profundo

Serve para medições de espessuras de bordas ou de partes salientes das peças.

46
Micrômetro para medição de roscas
Especialmente construído para medir roscas triangulares, este micrômetro possui as hastes
furadas para que se possa encaixar as pontas intercambiáveis, conforme o passo para o tipo da
rosca a medir.

Micrômetro Com contato em forma de V


É especialmente construído para medição de ferramentas de corte que possuem número ímpar de
cortes (fresas de topo, macho, alargadores etc.). Os ângulos em V dos micrômetros para medição
de ferramentas de 3 cortes é de 60º;5 cortes, 108º e 7 cortes, 128º34.17".

47
Micrômetro Para medir parede de tubos
Este micrômetro é dotado de arco especial e possui o contato a 90º com a haste móvel, o que
permite a introdução do contato fixo no furo do tubo.

Micrômetro - Sistema Métrico


Inicialmente observaremos as divisões da escala da luva. Nas figuras 1 e 2, mostramos a escala
da luva do micrômetro com os traços em posições diferentes, porém sem alterar a distância
entre si.

48
Sabendo-se que, nos micrômetros do sistema métrico, o comprimento da escala da luva mede
25,00mm, se dividirmos o comprimento da escala pelo nº de divisões existentes, encontraremos o
valor da distância entre as divisões (0,50mm), que é igual ao passo do parafuso micrométrico
fig.3).

Estando o micrômetro fechado, dando uma volta completa no tambor rotativo, teremos um
deslocamento do parafuso micrométrico igual ao seu passo (0,50mm), aparecendo o primeiro
traço na escala da luva (fig.4). A leitura da medida será 0,50mm. Dando-se duas voltas completas,
aparecerá o segundo traço, e a leitura será 1,00mm (fig.5). E assim sucessivamente.

49
Leitura do Tambor
Sabendo que uma volta no tambor equivale a 0,50mm, tendo o tambor 50 divisões (fig.6),
concluímos que cada divisão equivale a 0,01mm

Assim sendo, se fizermos coincidir o primeiro traço do tambor com a linha de referência da luva, a
leitura será 0,01mm (fig.7), o segundo traço 0,02mm (fig.8), o quadragésimo nono traço 0,49mm
(fig.9).

50
Sabendo a leitura da escala da luva e do tambor, podemos ler qualquer medida registrada no
micrômetro (fig.10).
Leitura da escala da luva = 8,50mm
Leitura do tambor = 0,32mm

Para efetuarmos a leitura da medida, somamos a leitura da escala


da luva com a do tambor: 8,50 + 0,32 = 8,82mm.

Na figura 11, mostramos outro exemplo, com a utilização de um micrômetro em que a escala da
luva apresenta a posição dos traços de forma diferente.

Micrômetro com resolução de 0,01 mm

Vejamos como se faz o cálculo de leitura em um micrômetro. A cada volta do tambor, o fuso
micrométrico avança uma distância chamada passo. A resolução de uma medida tomada em um
micrômetro corresponde ao menor deslocamento do seu fuso. Para obter a medida, divide-se o
passo pelo número de divisões do tambor.

Se o passo da rosca é de 0,5 mm e o tambor tem 50 divisões, a resolução será:

51
Assim, girando o tambor, cada divisão provocará um deslocamento de
0,01 mm no fuso.

Leitura no micrômetro com resolução de 0,01 mm.


1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.
2º passo - leitura dos meios milímetros, também na escala da bainha.
3º passo - leitura dos centésimos de milímetro na escala do tambor.

Exemplo:

52
Exemplo:

Micrômetro com resolução de 0,001 mm

Quando no micrômetro houver nônio, ele indica o valor a ser acrescentado à leitura obtida na
bainha e no tambor. A medida indicada pelo nônio é igual à leitura do tambor, dividida pelo
número de divisões do nônio.
Se o nônio tiver dez divisões marcadas na bainha, sua resolução será:

Leitura no micrômetro com resolução de 0,001 mm.


1º passo - leitura dos milímetros inteiros na escala da bainha.
2º passo - leitura dos meios milímetros na mesma escala.
3º passo - leitura dos centésimos na escala do tambor.
4º passo -leitura dos milésimos com o auxílio do nônio da bainha, verificando qual dos traços do
nônio coincide com o traço do tambor.
A leitura final será a soma dessas quatro leituras parciais.

53
Exemplo: 1

Exemplo: 2

54
Exercícios:
Faça a leitura do Micrômetro Sistema Métrico

a) Leitura_______________

b) Leitura_______________

c) Leitura_______________

d) Leitura_______________

e) Leitura_______________

f) Leitura_______________

55
g) Leitura_______________

h) Leitura_______________

i) Leitura_______________

j) Leitura_______________

l) Leitura_______________

m) Leitura_______________

56
Micrômetro sistema inglês milesimal

No sistema inglês, o micrômetro apresenta as seguintes características:

Na bainha está gravado o comprimento de uma polegada, dividido em 40 partes iguais. Desse
modo, cada divisão equivale a 1" : 40 = .025";

O tambor do micrômetro, com resolução de .001", possui 25 divisões.

57
Para medir com o micrômetro de resolução .001", lê-se primeiro a indicação da bainha. Depois,
soma-se essa medida ao ponto de leitura do tambor que coincide com o traço de referência da
bainha.

Exemplo:

Micrômetro com resolução .0001"

Para a leitura no micrômetro de .0001", além das graduações normais que existem na bainha
(25 divisões), há um nônio com dez divisões. O tambor divide-se, então, em 250 partes iguais.

A leitura do micrômetro é:

Sem o nônio → resolução = _________passo da rosca_____ = _.025”_ = .001”


número de divisões do tambor 25

Com o nônio → resolução = ______resolução do tambor____ = _.001”_ = .001”


número de divisões do tambor 10

58
Para medir, basta adicionar as leituras da bainha, do tambor e do nônio.

Calibração (regulagem da bainha)


Antes de iniciar a medição de uma peça, devemos calibrar o instrumento de acordo com a sua
capacidade.
Para os micrômetros cuja capacidade é de 0 a 25 mm, ou de 0 a 1", precisamos tomar os
seguintes cuidados:
- Limpe cuidadosamente as partes móveis eliminando poeiras e sujeiras, com pano macio e limpo;
- Antes do uso, limpe as faces de medição,use somente uma folha de papel macio;
- Encoste suavemente as faces de medição usando apenas a catraca, em seguida, verifique a
coincidência das linhas de referência da bainha com o zero do tambor; se estas não coincidirem,
faça o ajuste movimentando a bainha com a chave de micrômetro, que normalmente acompanha
o instrumento.
Para calibrar micrômetros de maior capacidade, ou seja, de 25 a 50 mm, de 50 a 75 mm etc. ou
de um” a dois”, de 2" a 3" etc., deve-se ter o mesmo cuidado e utilizar os mesmos procedimentos
para os micrômetros citados anteriormente, porém com a utilização de barra-padrão para
calibração.

59
Exercícios:
Faça a leitura do Micrômetro Sistema inglês

a) Leitura____________

b) Leitura____________

c) Leitura____________

d) Leitura____________

e) Leitura____________

f) Leitura____________

60
Medição Angular

Unidades de Medição Angular


A técnica da medição não visa somente a descobrir o valor de trajetos, de distâncias, ou de
diâmetros, mas se ocupa também da medição dos ângulos.

Sistema Sexagesimal
Sabe-se que o sistema que divide o círculo em 360 graus, e o grau em minutos e segundos, é
chamado sistema sexagesimal. É este o sistema freqüentemente utilizado em mecânica. A
unidade do ângulo é o grau. 0 grau se divide em 60 minutos, e o minuto se divide em 60
segundos. Os símbolos usados são: grau (º), minuto (') e segundo (").

Exemplo: 54º31'12" lê-se: 54 graus, 31 minutos e 12 segundos.

Sistema Centesimal
No sistema centesimal, o círculo e dividido em 400 grados, enquanto que o grado e dividido em
100 novos minutos e o minuto em 100 novos segundos. Os símbolos usados são: grados (g),
novos minutos (c), novos segundos (cc).

Exemplo: 27,4583g = 27g 45c 83cc lê-se: 27 grados, 45 novos minutos, e 83 novos segundos.

Ângulos: Reto, Agudo, Obtuso e Raso


Ângulo reto: A unidade legal é o ângulo formado por duas retas que se cortam
perpendicularmente, formando ângulos adjacentes iguais (fig.1). Esse valor, chamado ângulo reto
(90°), é subdividido de acordo com os sistemas existentes.

61
Ângulo agudo: é aquele cuja abertura é menor do que a do ângulo reto (fig.2).

Ângulo obtuso: é aquele cuja abertura é maior do que a do ângulo reto (fig.3).

Ângulo raso: é aquele cuja abertura mede 180º (fig.4).

62
Ângulos Complementares e Suplementares
Ângulos complementares: são aqueles cuja coma é igual a um ângulo reto (fig.5).

Ângulos suplementares: são aqueles cuja soma é igual a um ângulo raso (fig.6).

Observação: Para somarmos ou subtrairmos graus, devemos colocar as unidade iguais sob as
outras.

Exemplo: 90º - 25º 12' =

A primeira operação por fazer e converter 90º em graus e minutos. Sabendo que 1º = 60’,
teremos:

Devemos operar da mesma forma, quando temos as unidades graus, minutos e segundos.

Exemplo: 90º - 10º 15' 20" =

Convertendo 90º em graus, minutos e segundos, teremos: 90º =

89º 59' 60"


89º 59' 60" - 10º 15' 20" = 79º 44' 40"

63
Goniômetro
O goniômetro é um Instrumento que serve para medir ou verificar ângulos.

O goniômetro simples, também conhecido como transferidor de grau é utilizado em medidas


angulares que não necessitam extremo rigor. Sua menor divisão é de 1º (um grau). Há diversos
modelos de goniômetro. A seguir, mostramos um tipo bastante usado, em que podemos observar
as medidas de um ângulo agudo e de um ângulo obtuso.

64
Na figura 1, temos um goniômetro de precisão. O disco graduado e o esquadro formam uma só
peça, apresentando quatro graduações de 0º a 90º. O articulador gira com o disco do vernier,
e em sua extremidade, há um ressalto adaptável à régua.

65
Exemplos de aplicação do goniômetro

66
Cálculo da resolução
Na leitura do nônio, utilizamos o valor de 5' (5 minutos) para cada traço do nônio. Dessa forma, se
é o 2º traço no nônio que coincide com um traço da escala fixa, adicionamos 10' aos graus lidos
na escala fixa; se é o 3º traço, adicionamos 15'; se o 4º, 20' etc.
A resolução do nônio é dada pela fórmula geral, a mesma utilizada em outros instrumentos de
medida com nônio, ou seja: divide-se a menor divisão do disco graduado pelo número de divisões
do nônio.

Leitura do goniômetro
Os graus inteiros são lidos na graduação do disco, com o traço zero do nônio.
Na escala fixa, a leitura pode ser feita tanto no sentido horário quanto no sentido anti-horário.
A leitura dos minutos, por sua vez, é realizada a partir do zero nônio, seguindo a mesma direção
da leitura dos graus.

Exemplos:

67
Exercícios:
Faça a leitura do Goniômetro

a) Leitura_______________ b) Leitura________________

c) Leitura_______________ d) Leitura________________

e) Leitura_______________ f) Leitura________________

g) Leitura_______________ h) Leitura________________

i) Leitura_______________ j) Leitura________________

68
Relógio comparador
O relógio comparador é um instrumento de medição por comparação, dotado de uma escala e um
ponteiro, ligados por mecanismos diversos a uma ponta de contato.
O comparador centesimal é um instrumento comum de medição por comparação. As diferenças
percebidas nele pela ponta de contato são amplificadas mecanicamente e irão movimentar o
ponteiro rotativo diante da escala.
Existem vários modelos de relógios comparadores. Os mais utilizados possuem resolução de
0,01 mm. O curso do relógio também varia de acordo com o modelo, porém os mais comuns são
de 1 mm, 10 mm, .250" ou 1".

Tipos e Aplicação dos relógios comparadores

Tipos de Relógio Comparador

69
Condições de uso
Antes de medir uma peça, devemos nos certificar de que o relógio se encontra em boas condições
de uso.
A verificação de possíveis erros é feita da seguinte maneira: com o auxílio de um suporte de
relógio, tomam-se as diversas medidas nos blocos-padrão. Em seguida, deve-se observar se as
medidas obtidas no relógio correspondem às dos blocos. São encontrados também calibradores
específicos para relógios comparadores.

70
Aplicações dos relógios comparadores

71
Conservação
 Evitar choques, arranhões e sujeira.
 Guardá-lo em estojo apropriado.
 Montá-lo rigidamente em seu suporte.
 Descer suavemente o ponta de contato sobre a peça.
 Verificar se o relógio é anti-magnético antes de colocá-lo em contato com a mesa
magnética.
Observações
 A posição inicial do ponteiro pequeno mostra a carga inicial ou de medição.
 Deve ser registrado se a variação é negativa ou positiva.

Exemplos de Leitura do relógio comparador (milímetro)

72
Exercícios: Faça a leitura do Relógio Comparador

a) Leitura:_____________ b) Leitura:____________

c) Leitura:_____________ d) Leitura:____________

e) Leitura:_____________ f) Leitura:____________
73
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO, Mecânica: metrologia. Rio de Janeiro, 2000. 240 p.

( Telecurso 2000; Curso Profissionalizante )

SENAI - Departamento Regional do Espírito Santo

( Apostila do Curso profissionalizante de Mecânica: metrologia )

74

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