Você está na página 1de 16

Procedimento para gerenciamento de resíduos de

atividades administrativas em instalações industriais

Autor : Paulo Santos Freire

1 OBJETIVO

1.1 Este Procedimento estabelece os critérios básicos para o gerenciamento de resíduos


perigosos e não perigosos provenientes de atividades administrativas em instalações
industriais brasileiras, ou seja, para coleta, segregação, classificação, manuseio,
acondicionamento, armazenamento temporário, transporte, tratamento e disposição final
desses resíduos, de modo a proteger a saúde humana e o meio ambiente.
1.2 Este Procedimento não se aplica aos resíduos gerados nos serviços de saúde.
1.3 Este Procedimento não se aplica aos resíduos industriais. O gerenciamento desses
resíduos deve atender os critérios da legislação em vigor.
1.4 O gerenciamento dos resíduos gerados em embarcações também deve obedecer aos
critérios estabelecidos pela Convenção MARPOL 73/78.
1.5 Este Procedimento não se aplica aos resíduos provenientes da construção civil. Os
resíduos provenientes desta atividade são tratados na legislação em vigor.
1.6 A aplicação deste Procedimento para as unidades industriais brasileiras sediadas no
exterior deve ter como princípio o respeito à legislação local, assim como aos demais
requisitos aplicáveis. Fica estabelecido que todas as demais legislações ou referências
brasileiras existentes e destacadas neste Procedimento podem servir como insumo ao seu
processo de adaptação, objetivando sempre a aplicação do conceito mais restritivo. Sempre
que exeqüível, as unidades sediadas no exterior devem registrar no respectivo documento,
os pontos comuns e não-comuns aplicáveis e outros documentos complementares
necessários.
1.7 Este Procedimento se aplica a partir da data da sua edição.
1.8 Este Procedimento contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.
2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas


para o presente Procedimento.
Resolução CONAMA no 257 de 30/06/1999 - “Dispõe sobre o uso de pilhas e baterias que
contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos,
necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas,
móveis ou fixos, bem como os produtos eletroeletrônicos que as contenham integradas em
sua estrutura de forma não substituível”;
Resolução CONAMA no 263 de 12/11/1999 - “Inclui no art. 6o da Resolução CONAMA no 257,
de 30/06/1999, o inciso IV, e dá outras providências;
Resolução CONAMA no 275 de 19/06/2001 - “Estabelece o código de cores para os
diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores,
bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva”;
NORMAM 01 - Normas da Autoridade Marítima para Embarcações Empregadas na
Navegação de Mar Aberto;
NORMAM 07 - Normas da Autoridade Marítima para Atividades de Inspeção Naval;
ABNT NBR 10004 - Resíduos Sólidos - Classificação;
ABNT NBR 10005 - Lixiviação de Resíduos;
ABNT NBR 10006 - Solubilização de Resíduos;
ABNT NBR 10007 - Amostragem de Resíduos;
ABNT NBR 10157 - Aterros de Resíduos Perigosos - Critério para Projeto,
Construção e Operação;
ABNT NBR 11174 - Armazenamento de Resíduos Classes II - Não Inertes e III -
Inertes;
ABNT NBR 12235 - Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos;
ABNT NBR 13463 - Coleta de Resíduos Sólidos;
ABNT NBR 13896 - Aterros de Resíduos Não Perigosos - Critério para Projeto,
Construção e
Operação;
Convenção MARPOL 73/78 - Convenção Internacional para Evitar a Poluição por
Navio; Anexo 5.
3 DEFINIÇÕES

Para os propósitos deste Procedimento são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a
3.16.
3.1 Armazenamento Temporário
Estocagem temporária de resíduos para reuso, reciclagem, recuperação, tratamento ou
disposição final adequada.
3.2 Atividades Administrativas
Conjunto das atividades relacionadas à rotina administrativa e à infra-estrutura de apoio.
3.3 Caracterização
Identificação das propriedades físico-químicas dos resíduos, com o objetivo de segregar,
classificar, acondicionar, manusear, transportar, armazenar, tratar e dispor.
3.4 Central de Resíduos
Instalação destinada ao armazenamento temporário de resíduos, podendo ser projetada
para realizar segregação, acondicionamento, rotulagem e tratamento de resíduos.
3.5 Classificação
A classificação do resíduo deve ser feita de acordo com a norma ABNT NBR 10004 e tem
por objetivo definir o nível de periculosidade do resíduo para a saúde e o meio ambiente.
3.6 Disposição Final
Disposição ou destino definitivo dos resíduos de forma adequada, atendendo a legislação e
normas específicas.
3.7 Lixo Comum Não-Reciclável
Todos aqueles resíduos orgânicos e inorgânicos para os quais ainda não existam
tecnologias de reciclagem economicamente viáveis, tais como: papel servido e sedimentos
de varrição predial.
3.8 Minimização
Consiste no desenvolvimento de ações, que promovam a redução de desperdícios, a
conservação de recursos naturais, a redução ou eliminação de substâncias tóxicas
(presentes em matérias-primas ou produtos auxiliares), a redução da quantidade de resíduos
gerados por processos e produtos e, conseqüentemente, a redução de poluentes lançados
para o ar, solo e águas.
3.9 Reciclagem
Processo em que o resíduo é coletado, reprocessado ou remanufaturado.
3.10 Recuperação
Reaproveitamento de resíduos ou de alguns dos seus componentes como insumo de outros
processos para uso posterior ou comercialização.
3.11 Resíduos
Materiais decorrentes de atividades antrópicas, gerados como sobra de processos ou
atividades e que não possam ser utilizados com a finalidade para as quais foram
originalmente produzidos.
3.12 Reuso ou Reutilização
Uso de um produto, material ou resíduo mais de uma vez na sua forma original e para o
mesmo propósito.
3.13 Segregação
Separação e triagem dos resíduos, segundo suas características, para evitar a
contaminação de outros materiais, reduzir riscos e facilitar o acondicionamento, manuseio,
transporte, armazenamento temporário, tratamento e disposição final.
3.14 Transporte Externo
Transporte realizado extramuros.
3.15 Transporte Interno
Transporte realizado intramuros.
3.16 Tratamento
Processos e operações aos quais os resíduos são submetidos com o objetivo de eliminar ou
atenuar seu potencial perigoso ou poluidor.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 As unidades industriais devem possuir um plano de gerenciamento de resíduos


elaborado conforme a legislação em vigor.
4.2 As unidades do industriais devem executar anualmente o inventário físico dos resíduos
sólidos estocados e atualizar continuamente o sistema corporativo de cadastro de resíduos,
ou outros sistemas integrados, com relação à geração, transporte, tratamento, disposição
final e demais informações solicitadas pelo sistema.
4.3 As unidades do industriais devem dispor de central de resíduos. [Prática
Recomendada]
4.3.1 Todo local de armazenamento temporário e de tratamento de resíduos provenientes de
atividades administrativas deve ser projetado, construído, operado e mantido, de modo a
evitar e controlar a ocorrência de fogo, explosão ou de qualquer liberação de contaminantes
para água, ar ou solo, conforme as normas ABNT NBR 11174 e NBR 12235.
4.3.2 Todo local de armazenamento temporário e de tratamento de resíduos provenientes de
atividades administrativas deve ser identificado, sinalizado e protegido, a fim de impedir a
entrada de pessoas não autorizadas e a proliferação de vetores.
4.3.3 A central de resíduos deve ser dotada de meios que permitam o acesso de
equipamentos de transporte e para a movimentação e manuseio seguro do resíduo.
4.3.4 A central de resíduos deve ser dotada de facilidades fixas ou móveis para o combate a
incêndio. Devem ser previstas facilidades de comunicação e iluminação, para o caso de
situações de emergência.
4.4 Recomenda-se a não utilização de locais de disposição final de resíduos em áreas da
unidade. [Prática Recomendada]
Nota: Caso a unidade tenha um local para tratamento ou disposição final de resíduos, este
local deve ser construído e operado de acordo com as normas ABNT NBR 10157, NBR
11174, NBR 12235 e NBR 13896 e licenciado conforme legislação dos órgãos competentes.
4.5 As unidades do sistema PETROBRAS devem manter em arquivo toda a documentação
referente às operações com resíduos provenientes de atividades administrativas durante 5
anos, em meio físico e, quando possível, eletrônico.
4.6 As unidades industriais devem obter ou garantir a obtenção junto ao órgão ambiental ou
órgãos competentes das autorizações e licenças necessárias para o armazenamento
temporário, transporte, tratamento e disposição final utilizadas ou pretendidas, atendendo as
legislações federais, estaduais e municipais. No caso de destinação dos resíduos para um
estado ou município onde não tenham sido gerados, deve ser previamente obtida a
autorização dos órgãos ambientais competentes.
4.7 O pessoal envolvido no manuseio de resíduos deve ser previamente treinado, com o
objetivo de prevenir o risco que o resíduo representa à saúde humana e ao meio ambiente.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Não Geração


Promover ações que incentivem a não geração de resíduos, tais como: mudança de
processo, de tecnologia ou de comportamento.
5.2 Minimização
Desenvolver ações que evitem o desperdício e que promovam a conservação de recursos
naturais, a redução da quantidade de resíduos e, conseqüentemente, a redução de
poluentes lançados para o meio ambiente.
5.3 Coleta
5.3.1 A coleta de resíduos deve ser realizada de maneira adequada, utilizando as boas
práticas de operação e atendendo à legislação vigente. Devem ser estabelecidas as
medidas de controle com objetivo de gerenciar os riscos que os resíduos representam para a
saúde humana e o meio ambiente e facilitar os processos de armazenamento, tratamento e
disposição final, atendendo a norma ABNT NBR 13463.
5.3.2 As unidades industriais devem implementar um programa de coleta seletiva de
resíduos de atividades administrativas.
5.4 Segregação
5.4.1 A segregação de resíduos deve obedecer à padronização de cores de acordo com a
Resolução CONAMA no 275.
5.4.2 A segregação do resíduo deve ser iniciada no momento da geração, evitando a mistura
de resíduos não perigosos e perigosos e objetivando o reuso, recuperação, reciclagem e
tratamento.
Nota: Devem ser evitadas misturas entre resíduos incompatíveis, observando o estabelecido
pela norma ABNT NBR 12235.
5.4.3 A segregação do resíduo deve objetivar a sua separação em lotes, visando facilitar o
encaminhamento para tratamento ou disposição final, assim como para determinar a
tecnologia mais adequada, conforme TABELAS A-1 e A-2 do ANEXO A.
5.5 Classificação
5.5.1 A classificação do resíduo deve ser feita de acordo com a norma ABNT NBR 10004.
5.5.2 Os testes de lixiviação e solubilização e a amostragem do resíduo devem ser
realizados de acordo com as normas ABNT NBR 10005, NBR 10006 e NBR 10007,
respectivamente.
5.6 Manuseio
Devem constar do plano de gerenciamento de resíduos, procedimentos escritos, incluindo
itens relativos à segurança, meio ambiente e saúde, manuseio de resíduos, equipamentos
de proteção individual necessários e treinamento do pessoal envolvido, conforme a
legislação em vigor
5.7 Acondicionamento
5.7.1 O acondicionamento deve facilitar o manuseio, reduzir a quantidade de embalagens
necessárias, garantir a estanqueidade e o retardo na propagação de incêndio, em função
das características do resíduo, da forma de transporte, do tipo de destinação a ser dada e da
legislação vigente.
5.7.2 Os recipientes para acondicionamento do resíduo devem estar em bom estado de
conservação. Devem ser resistentes ao contato com o resíduo e às condições climáticas,
considerando o tempo de armazenamento.
5.7.3 Quando for realizado acondicionamento em tambor, é recomendado o uso de um saco
plástico com resistência física e química apropriada às características do resíduo.
[Prática Recomendada]
Nota: Este saco plástico deve ser introduzido no interior do tambor, de modo que o resíduo
fique nele contido, e deve ter altura suficiente para permitir que a sua abertura seja amarrada
e vedada.
5.7.4 Os recipientes devem ser identificados, informando, no mínimo, o tipo de resíduo, a
classificação conforme a norma ABNT NBR 10004, a origem e a data de geração.
5.8 Armazenamento Temporário
5.8.1 O armazenamento temporário do resíduo classificado como não perigoso deve ser
realizado de acordo com a norma ABNT NBR 11174. No caso do resíduo ser classificado
como perigoso, o armazenamento temporário deve ser realizado de acordo com a norma
ABNT NBR 12235.
5.8.2 O local para armazenamento temporário de resíduos, denominado central de resíduos,
deve ser em área ventilada, com piso impermeabilizado e dotado de sistema de contenção e
drenagem.
5.8.3 Recomenda-se que os resíduos perigosos e não perigosos provenientes de atividades
administrativas sejam preferencialmente armazenados em áreas cobertas. Na
impossibilidade de armazenamento em áreas cobertas, os resíduos devem ser armazenados
em locais com o piso devidamente impermeabilizado e dotados de sistema de contenção e
drenagem. Os recipientes devem ser devidamente recobertos com manta impermeável ou
outros sistemas que evitem o contato com a água da chuva. [Prática Recomendada]
5.8.4 O dimensionamento da capacidade de armazenamento deve levar em consideração as
projeções da geração de resíduos nas operações normais e o tempo de armazenamento. É
recomendado prever espaço adicional para armazenamento de sobrecargas eventuais.
[Prática Recomendada]
5.8.5 A possibilidade de empilhar tambores e outros recipientes deve ser analisada caso a
caso, considerando principalmente o estado dos resíduos.
Nota: O armazenamento de tambores deve ser feito sobre “pallets”, sendo a altura máxima
de empilhamento de 3 tambores, intercalando os “pallets” entre os tambores.
5.8.6 O armazenamento dos recipientes na central de resíduos deve ser feito em lotes por
tipo de resíduo e classificação, de modo a facilitar o controle e a disposição final.
Nota: Devem ser observadas as possíveis incompatibilidades, segundo a norma ABNT NBR
12235.
5.8.7 O local de armazenamento deve ser inspecionado periodicamente, de modo a
assegurar o bom estado de conservação dos recipientes, a higiene, a limpeza e a
organização interna do local. Em cada lote, os recipientes devem ser convenientemente
agrupados para permitir o acesso para inspeção.
5.9 Transporte
5.9.1 O transporte terrestre de resíduos deve ser realizado de acordo com os instrumentos
legais e normativos aplicáveis e demais orientações da atividade de segurança industrial
local.
5.9.2 O transporte marítimo de resíduos deve ser realizado de acordo com, mas não
limitado, as normas NORMAM 01, NORMAM 07 e MARPOL Anexo V.
5.9.3 O transportador deve ter as licenças ou autorizações necessárias para o transporte de
resíduos, emitidas pelos órgãos competentes, quando aplicável.
5.9.4 Para transporte interno, toda remessa de resíduos deve ser acompanhada do registro
de movimentação de resíduos contendo, no mínimo, as seguintes informações:
a) nome e identificação do gerador (órgão, chave e ramal);
b) data da geração;
c) tipo e classificação do resíduo;
d) origem do resíduo;
e) quantidade do resíduo;
f) destino do resíduo.
Notas: 1) O número de vias do registro de movimentação do resíduo deve ser de acordo
com as necessidades locais da unidade.
2) Deve ser preenchido um registro de movimentação para cada origem de resíduo a ser
transportado.
5.9.5 Para transporte externo, toda remessa de resíduos deve ser acompanhada de registro
de movimentação de resíduos, conforme legislação dos órgãos competentes.
5.9.6 O transporte de resíduos não deve ser feito junto com o transporte de alimentos,
rações, pessoas ou animais.
5.10 Tratamento e Disposição Final
5.10.1 A escolha da tecnologia de tratamento do resíduo deve ser realizada considerando o
menor impacto ambiental, com redução do uso de recursos naturais, devendo ser
considerados os seguintes aspectos:
a) a amostragem, a caracterização e a classificação dos resíduos devem ser feitas de
acordo com as normas ABNT NBR 10004, NBR 10005, NBR 10006 e NBR 10007;
b) atendimento aos requisitos legais;
c) realização de testes de tratabilidade para comprovação da eficiência do
tratamento;
d) avaliação do custo do transporte e os impactos no custo final;
e) aprovação prévia do órgão ambiental;
f) consulta ao sistema de cadastro corporativo de resíduos da PETROBRAS, quanto
à contratação de empresas licenciadas pelos órgãos ambientais e com bom
desempenho ambiental comprovado;
g) se a tecnologia adotada gera algum tipo de resíduo e os custos referentes ao seu
tratamento ou disposição final;
h) acompanhamento do controle das áreas de disposição final.
5.10.2 O ANEXO A contém uma descrição sucinta dos processos de tratamento e
recomendações de tecnologias aplicáveis a cada tipo de resíduo:
a) reuso;
b) recuperação;
c) reciclagem;
d) tratamentos:
- compostagem;
- co-processamento;
e) disposição final:
- aterro industrial;
- aterro sanitário.
Nota: O ANEXO A não esgota as alternativas de tratamento e disposição final de resíduos.
5.10.3 No caso de envio do resíduo para terceiros, deve ser solicitado certificado de
recebimento, tratamento e disposição final do resíduo. A empresa receptora deve fornecer
uma cópia do documento de credenciamento pelo órgão ambiental para receber e tratar este
tipo de resíduo.
5.10.4 Os processos de tratamento e disposição final adotados devem ser licenciados ou
autorizados pelo órgão ambiental.

ANEXO A - OPERAÇÕES E PROCESSOS PARA TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO


FINAL DE RESÍDUOS DE ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS

A-1 INTRODUÇÃO
A-1.1 Os processos e operações apresentados neste ANEXO são indicações das principais
técnicas que podem ser utilizadas no tratamento e disposição final dos resíduos
provenientes de atividades administrativas da PETROBRAS. A escolha de um ou mais
processos deve ser precedida da caracterização e classificação dos resíduos e de estudos
de viabilidade técnica e econômica, onde devem ser considerados: a quantidade, as
características do resíduo e as opções de processo, de modo a atender às exigências da
legislação ambiental local e priorizar as alternativas tecnológicas que tenham menor impacto
ao meio ambiente.
A-1.2 As opções para minimização de geração de resíduos estão listadas na TABELA A-1.
São indicadas ações para minimizar a geração no manuseio, nos equipamentos, nas
instalações e no processo.

TABELA A-1 - OPÇÕES PARA MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS PROVENIENTES


DE ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS

TABELA A-1 - OPÇÕES PARA MINIMIZAÇÃO DE RESÍDUOS PROVENIENTES


DE ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS

Tipo de Resíduo Recomendações


Alumínio - adequar as dimensões das embalagens às necessidades de consumo;
(exemplos: latas) - recuperar;
- reciclar.

Baterias e pilhas - avaliar a freqüência de troca e retorno ao fabricante;


- utilizar baterias recarregáveis;
- substituir fonte energética;
- utilizar baterias feitas de material menos tóxico;
- avaliar a possibilidade de substituição de uso de bateria para gerador.

Cartuchos vazios de - definir, sempre que possível, configuração padrão da impressora no


impressoras e modo econômico ou rascunho;
copiadoras - definir, sempre que possível, configuração padrão da impressora na
escala cinza;
- evitar impressões desnecessárias;
- retornar ao fabricante;
- encaminhar para recarga ou remanufaturamento;
- reciclar.

Cerâmicas - recuperar;
- reciclar

Embalagem “tetrapack” - buscar tecnologias que viabilizem a reciclagem ou a recuperação;


- adequar as dimensões das embalagens às necessidades de consumo;
- recuperar;
- reciclar.

Embalagens metálicas - buscar alternativas que visem à minimização da geração do resíduo;


vazias - adequar as dimensões das embalagens às necessidades de consumo;
- reusar;
- recuperar;
- reciclar.

Espuma ou poliuretano - reusar;


expandido - recuperar;
- reciclar.

Fibra de vidro - reusar;


- recuperar;
- reciclar.

Filtro de água ou - manter boas práticas de manutenção;


filtro de ar usado - realizar limpeza periódica de reservatórios.
Isolantes térmicos (lã - manter boas práticas de manutenção e armazenamento, visando o
de vidro e silicato de aumento da vida útil.
cálcio) e isolantes
acústicos

Isopor - promover o retorno de embalagem;


- substituir por outros materiais;
- reusar;
- recuperar;
- reciclar.

Lâmpadas - substituir por outros materiais;


fluorescentes - prolongar o uso de materiais para evitar o descarte;
- manter em sua embalagem original até o momento de sua destinação,
com o objetivo de evitar a quebra acidental;
- realizar manutenção adequada de sistemas elétricos.

Lâmpadas - realizar manutenção adequada de sistemas elétricos;


incandescentes - substituir por lâmpadas mais eficientes em termos energéticos;
- manter em sua embalagem original até o momento de sua destinação,
com o objetivo de evitar a quebra acidental;
- recuperar;
- reciclar.

Latas de flandres - adequar as dimensões das embalagens às necessidades de consumo;


- recuperar;
- reciclar.

Lixo comum não - minimizar a geração mediante a implantação de boas práticas de


reciclável segregação do conjunto de resíduos.

Madeiras em geral - evitar o uso indiscriminado, avaliando-se a substituição por outros


materiais;
- utilizar madeira certificada;
- não utilizar madeiras de áreas não-licenciadas de florestas nativas;
- reusar;
- recuperar.

Mangueiras e - manter boas práticas de manutenção e armazenamento, visando o


mangotes aumento da vida útil;
- reusar;
- recuperar;
- reciclar.

Papel/papelão em geral - adequar as dimensões das embalagens às necessidades de consumo;


- investir em equipamentos que possibilitem impressão frente e verso;
- evitar impressões desnecessárias;
- reusar;
- reciclar.

Plásticos e borrachas - adequar as dimensões das embalagens às necessidades de consumo;


em geral - adquirir material a granel, sempre que possível;
- segregar antes da disposição;
- evitar desperdícios;
- reusar;
- recuperar;
- reciclar.

Restos ou sobras de - otimizar o estoque com base nas datas de validade;


alimentos - armazenar os alimentos de forma adequada;
- realizar manutenção preventiva dos equipamentos de refrigeração;
- utilizar, sempre que possível, técnicas de compostagem.

Resto de podas e - avaliar a necessidade de desmatamento;


vegetação em geral - triturar e utilizar o resto de vegetação como corretivo de solo e controle
de erosão;
- utilizar, sempre que possível, técnicas de compostagem.
Sucata de material - manter boas práticas de manutenção;
elétrico, eletrônico, - priorizar a aquisição de equipamentos que permitam “upgrade”;
de informática e de - retornar ao fabricante;
telecomunicações - reusar;
- recuperar;
- reciclar.

Sucata de mobiliário - estabelecer critérios de aquisição, de forma a buscar a otimização do


uso, evitando desperdícios;
- recuperar;
- reciclar.

Sucata metálica - reusar;


- recuperar;
- reciclar.

Vidros em geral, - adequar as dimensões das embalagens às necessidades de consumo;


garrafas e - reusar;
recipientes de - reciclar.
qualquer formato
sem contaminantes

TABELA A-2 - TIPOS DE RESÍDUOS E OPÇÕES DE TRATAMENTO E


DISPOSIÇÃO FINAL USUALMENTE UTILIZADAS

ORDEM DE PRIORIDADE →→→→→→→→→→→→→→→→→


DISPOSIÇÃO
TRATAMENTO FINAL
Co-processamento

Aterro Industrial

Aterro Sanitário
Compostagem

TIPO DE RESÍDUO
(Ver Nota 1)

(Ver Nota 1)

REUSO RECUPERAÇÃO RECICLAGEM

Alumínio (ex. latas) X X X X


Baterias e pilhas (ver Nota 2) X X
Cartuchos vazios de impressoras e copiadoras X X X
Cerâmicas X X X
Embalagem “tetrapack” X X X
Embalagens metálicas vazias X X X
Espuma ou poliuretano expandida X X X X
Fibra de vidro X X X X X
Filtro de água ou filtro de ar usado X X
Isolantes térmicos (lã de vidro e silicato de cálcio) e
X X
Isolantes acústicos
Isopor X X X X X
Lâmpadas fluorescentes X
Lâmpadas incandescentes X X X
Latas de flandres X X
Lixo comum não reciclável X
Madeiras em geral X X X X
Mangueiras e mangotes X X X X
Papel/papelão em geral X X X
Plásticos e borrachas em geral X X X X X
Restos ou sobras de alimentos X X
Resto de podas e vegetação em geral X X
Sucata de material elétrico, eletrônico, de informática
X X X X
e de telecomunicações
Sucata de mobiliário X X
Sucata metálica X X X X X
Vidros em geral, garrafas e recipientes de qualquer
X X
formato sem contaminantes

Notas: 1) Entende-se que a disposição em aterros deve ser utilizada como última alternativa,
conforme item 5.10.2 desta Norma.
2) No caso de pilhas comuns, devem ser atendidas as Resoluções CONAMA no 257 e 263.

A-2 REUSO OU REUTILIZAÇÃO


Uso de um produto, material ou resíduo mais de uma vez na sua forma original e para o
mesmo propósito.
A-3 RECUPERAÇÃO
Reaproveitamento de resíduos ou de alguns dos seus componentes como insumo de outros
processos para uso posterior ou comercialização.
A-4 RECICLAGEM
Processo em que o resíduo é coletado, reprocessado ou remanufaturado.
A-5 TRATAMENTOS
A-5.1 Compostagem
Processo que utiliza microorganismos para a degradação do conteúdo orgânico presente no
resíduo, desde que seja biodegradável. Mais indicado para o tratamento de resíduos
orgânicos, o qual é misturado a materiais estruturantes, tais como: cavacos de madeira e
resíduos animais e vegetais, visando manter uma boa permeabilidade. Normalmente são
adicionados nutrientes e o pH e a umidade são corrigidos e controlados, para estimular a
atuação dos microorganismos nativos do solo. A mistura é disposta em pilhas. A degradação
do resíduo pode ser realizada por aerobiose ou anaerobiose. O aporte de oxigênio pode ser
feito através de revolvimento periódico, por sistema de aeração a vácuo ou convecção
forçada.
A-5.2 Co-Processamento
O resíduo atua como combustível, sendo o seu conteúdo energético aproveitado no
processo de fabricação do cimento ou artefato cerâmico. As cinzas resultantes são
incorporadas ao produto final. Dependendo das características do resíduo, pode ser
misturado ao clinquer ou à massa de argila (alto teor de sólidos), para facilitar o manuseio
ou, ainda, pode ser queimado diretamente no maçarico.
A-6 DISPOSIÇÃO FINAL
A-6.1 Aterro Industrial
Confinamento no solo de resíduos perigosos em área especialmente projetada para receber
este tipo de resíduo, com impermeabilização, sistema de drenagem e remoção dos líquidos,
que percolam através dos resíduos dispostos. O líquido percolado passa por tratamento,
assim como os gases resultantes da decomposição dos resíduos, sendo obrigatório o
monitoramento da água subterrânea, minimizando os impactos ambientais. Devem ser
atendidos os requisitos estabelecidos na norma ABNT NBR 10157.
A-6.2 Aterro Sanitário
Confinamento no solo de resíduos não perigosos em área especialmente projetada para
receber este tipo de resíduo, com impermeabilização, sistema de drenagem e remoção dos
líquidos, que percolam através dos resíduos dispostos. O líquido percolado passa por
tratamento, assim como os gases resultantes da decomposição dos resíduos, sendo
obrigatório o monitoramento da água subterrânea, minimizando os impactos ambientais.
Devem ser atendidos os requisitos estabelecidos na norma ABNT NBR 13896.

Você também pode gostar