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18892015 2703
Abstract An increase in the use of alternative Resumo Na última década foi observado um au-
therapeutic practices has been observed in the past mento no uso de práticas terapêuticas alternativas
decade, especially in medicinal plants, herbal and apoiadas por políticas no âmbito do Sistema Úni-
home remedies, which has been supported by pol- co de Saúde (SUS), em particular o uso de plan-
icies within the scope of the Unified Health System tas medicinais e de fitoterápicos. Este estudo in-
(SUS). This study investigated the use of home vestigou o uso de remédios caseiros pelos usuários
remedies by users of Primary Health Care in Blu- da Atenção Primária da Saúde do município de
menau, State of Santa Catarina. It is a cross-sec- Blumenau, em Santa Catarina. Estudo epidemio-
tional, observational and epidemiological study, lógico observacional seccional, cujos dados foram
the data for which were obtained via a question- obtidos através de questionário aplicado a 701 in-
naire applied to 701 individuals. An uncondition- divíduos. Utilizou-se um modelo de regressão lo-
al logistic regression model was used to estimate gística não condicional para estimar a associação
the association between the use of home remedies entre uso de remédios caseiros e variáveis socio-
and socio-demographic and medical care vari- demográficas e médicoassistenciais. Observou-se
ables. It was observed that 21.9% of the sample que 21,9% dos entrevistados utilizaram remédios
use home remedies and medicinal plants grown caseiros, sendo as plantas medicinais obtidas no
in the back yard are the remedies of choice. Lem- quintal das casas a principal escolha. Como as
on balm, chamomile, peppermint and lime were mais citadas destacaram-se erva-cidreira, camo-
the remedies most frequently mentioned. The use mila, hortelã e limão. O uso de remédios caseiros
of home remedies was associated with the female se mostrou associado ao sexo feminino, à idade
gender, older age and the Family Health Strategy mais avançada e à modalidade de serviço, Estra-
care model. The results supported that medicinal tégia Saúde da Família. Os resultados mostraram
1
Programa de Pós- plants are used by the population as a therapeutic que as plantas medicinais são utilizadas como al-
Graduação em Saúde
Coletiva, Universidade alternative option. However, it is necessary that ternativa terapêutica. Entretanto, é necessário que
Regional de Blumenau primary care services ensure both access to nat- os serviços de atenção primária garantam o aces-
(FURB). R. Antônio da ural products and supply qualified professionals so aos produtos naturais, bem como profissionais
Veiga 140, Itoupava Seca.
89030-903 Blumenau SC to give instructions regarding the correct usage of qualificados capazes de fornecer orientações sobre
Brasil. anazeni@furb.br home remedies. sua utilização.
2
Curso de Medicina, Key words Primary Health Care, Medicinal Palavras-chave Atenção Primária à Saúde,
Departamento de Medicina,
FURB. Blumenau SC plants, Complementary therapies Plantas medicinais, Terapias complementares
Brasil.
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Zeni ALB et al.
Tabela 3. Relação das 10 plantas mais citadas (frequência relativa) e indicações de uso medicinal relatadas pelos
usuários da Atenção Primária em Blumenau (SC).
Nome popular N % Indicações populares
Erva-cidreira 26 17,3 “calmante, pra dormir e relaxar”
Camomila 19 12,6 “pra cólicas, dormir, calmante, dor de cabeça e baixar a pressão”
Hortelã 14 9,3 “calmante, gripe, dor de barriga”
Limão 11 7,3 “baixar pressão, gripe, pra não dar convulsão, dor”
Boldo 10 6,6 “dor de estômago, calmante, azia, má digestão”
Cana-de-cheiro 9 6,0 “pra baixar pressão, calmante”
Malva 9 6,0 “infecção na bexiga, gripe, dor, inflamação”
Erva-doce 7 4,6 “calmante, pra dormir”
Maracujá 5 3,3 “calmante, para não dar convulsão”
Laranja 4 2,6 “gripe”
Outros 27 24,4 -------------
Total 151 100
Tabela 4. Análise univariada dos dados sociodemográficos e variáveis médico-assistenciais dos usuários
atendidos pela Atenção Primária em Blumenau (SC).
Uso de remédio caseiro
Sim Não Odds Ratio
Variáveis p
N(%) N (%) (IC95%)
Sexo
Masculino 23(17,4) 109(82,6)
Feminino 111(22,3) 386(77,7) 1,4 (0,8-2,2) 0,22
Idade (media, dp) 50,4(16,1) 43,6(18,0) 1,02 (1,01-1,03) <0,0001
Estado civil
Solteiro 19 (12,9) 128 (87,1)
Casado 80 (21,7) 289 (78,3) 1,9 (1,1-3,2)
Separado 14 (29,8) 33 (70,2) 2,9 (1,3-6,3)
Viúvo 21 (31,8) 45 (68,2) 3,1 (1,5-6,4) 0,006
Cor auto-referida
Branca 106 (20,5) 410 (79,5)
Preto/Parda/Outra 28 (24,8) 85 (75,2) 1,3 (0,8-2,1) 0,320
Escolaridade (anos de estudo)
5 anos e mais 72 (17,8) 333 (82,2)
0 a 4 anos 62 (27,7) 162 (72,3) 1,8 (1,2-2,6) 0,004
Classe de consumo
A/B 45 (21,6) 163 (78,4)
C 71 (20,1) 283 (79,9) 0,9 (0,6-1,4)
D/E 18 (26,9) 49 (73,1) 1,3 (0,7-2,5) 0,469
Modalidade Assistencial
AG 56(14,1) 342(85,9)
ESF 78(33,8) 153(66,2) 3,1 (2,1-4,6) <0,0001
Tempo da doença de base
Até 12 meses 48 (15,2) 267 (84,8)
12 meses e mais 86 (27,4) 228 (72,6) 2,1 (1,4-3,1) <0,0001
Número de medicamentos
0a2 57 (16,3) 293 (83,7)
3a4 41 (29,9) 96 (70,1) 2,2 (1,4-3,5)
5 e mais 36 (25,4) 106 (74,7) 1,7 (1,1-2,8) 0,002
Medicamentos de uso contínuo
Não 49 (18,3) 219 (81,7)
Sim 85 (23,6) 276 (76,5) 1,4 (0,9-2,0) 0,111
Hospitalização nos últimos 12 meses
Não 103 (20,0) 411 (80,0)
Sim 31 (27,0) 84 (73,0) 1,5 (0,9-2,3) 0,101
IC: intervalo de confiança; AG: Ambulatório geral; ESF: Estratégia saúde da família.
Tabela 5. Modelo de regressão logística bruta e ajustada da associação entre uso de remédios caseiros e variáveis
de estudo selecionadas (n = 629).
Uso de remédio caseiro Odds ratio (IC 95%)
Variáveis Sim Não Bruto Ajustado
Sexo
Masculino 23(17,4) 109(82,6)
Feminino 111(22,3) 386(77,7) 1,4 (0,8-2,2) 1,9 (1,4-3,3)
Idade (media, dp) 50,4(16,1) 43,6(18,0) 1,02 (1,0 - 1,03) 1,02 (1,0 - 1,03)
Modalidade Assistencial
AG 56(14,1) 342(85,9)
ESF 78(33,8) 153(66,2) 3,1(2,1-4,6) 3,2 (2,1-4,8)
Razão de Máxima Verossimilhança = 50,6 p < 0,0001 GOF χ2 = 638,8 p = 0342. IC: intervalo de confiança; AG: ambulatório geral;
ESF: estratégia saúde da família.
2709
Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS)26, que o ensino da utilização terapêutica das plan-
porém apenas uma delas, a hortelã, faz parte da tas medicinais não está comumente contemplado
Relação Nacional de Medicamentos (RENAME)27. nos currículos das faculdades de medicina24 e en-
Isto demonstra que, caso Blumenau viesse a ofe- fermagem, por exemplo.
recer aos usuários as plantas medicinais disponí- Para auxiliar na reflexão, Antônio et al.33 re-
veis no RENAME, não haveria sintonia entre o alizaram um estudo comparando os períodos
material oferecido e o utilizado pela maioria da de 1990-2002 com 2003-2013 constatando que
população. houve um pequeno aumento nas publicações re-
Observou-se que a média de idade entre lacionadas ao tema “Plantas medicinais e atenção
aqueles que usam alguma forma de remédio ca- primária à saúde”. Segundo esses pesquisadores,
seiro foi de 48,9 anos, e os que não usam foi de os motivos para a pouca adesão ao uso desta tera-
42,1 anos, o que sugere fortemente uma associa- pia estariam relacionados ao baixo interesse aca-
ção positiva entre ambos (p = 0,0001). Entre os dêmico no tema, possivelmente devido à falta de
viúvos predominou o uso de remédios caseiros, incentivo do poder público. Outra hipótese esta-
fato que se mostrou relacionado, ao menos em ria no fato de que a fitoterapia seria um conheci-
parte, à idade encontrada entre os integrantes mento antigo e sagrado, não fazendo parte de um
desse grupo, 67,89 anos (± 12,92). A associação futuro envolvendo novas tecnologias, ou ainda,
positiva encontrada entre o uso de remédios ca- pela integração falha entre as diferentes áreas do
seiros e a idade pode ser explicada, pelo menos conhecimento envolvidas. Por fim, a baixa ava-
em parte, devido às características da transmissão liação no sistema Qualis dos periódicos que pu-
de conhecimento popular, sendo principalmente blicam sobre o tema para a área Saúde Coletiva
através das gerações17,24,28,29 e de forma oral, ne- pode indicar que o assunto não é prioridade nos
cessitando de um prolongado contato entre os periódicos científicos desta área.
indivíduos mais novos e os mais velhos, o que em Entretanto, em 2010, o Ministério da Saúde
comunidades urbanas é mais difícil29. publicou portaria instituindo o programa
E em relação à escolaridade, indivíduos que Farmácia Viva, no âmbito dos estados e muni-
não possuem nenhum ano de estudo utilizam cípios, como forma de estimular o cultivo e a
mais remédios caseiros comparado com aqueles produção de plantas medicinais e fitoterápicos.
que têm 1 a 8 ou 9 e mais anos de estudo (40,0% Dessa forma, o caminho para a produção e a uti-
vs 23,2% vs 17,1% respectivamente; p = 0,02). lização das plantas medicinais está aberto para os
Arnous et al.30 e Oliveira et al.7 relataram resulta- municípios que demonstrarem interesse.
do semelhante entre usuários do SUS. Outra as- Observa-se um esforço, porém o caminho é
sociação significativa ocorreu entre aqueles que longo, para colocar em prática as diretrizes de-
utilizavam mais medicamentos e também mais terminadas para nortear o processo de implan-
remédios caseiros (p = 0,0023). Em um estudo tação da PNPIC, que são, elaboração da Relação
com idosos realizado por Leite et al.31 a maioria Nacional de Plantas Medicinais e da Relação
dos entrevistados que utilizavam remédios casei- Nacional de Fitoterápicos, provendo acesso à for-
ros também usavam na mesma proporção medi- mação e educação permanente dos profissionais
camentos alopáticos. Por outro lado, em estudo de saúde, acompanhamento e avaliação da inser-
recente na Alemanha, observou-se uma utiliza- ção e implementação, fortalecimento e amplia-
ção de remédios caseiros (42%) preferencialmen- ção da participação popular e do controle social,
te para iniciar o tratamento de doenças comuns incentivo à pesquisa e desenvolvimento, priori-
evitando o uso de medicamentos alopáticos24. zando a biodiversidade do país, promoção do uso
Os resultados sugerem que pessoas do sexo racional e garantia do monitoramento da quali-
feminino, com mais idade e usuárias de ESF são dade dos fitoterápicos pelo Sistema Nacional de
as principais usuárias de remédios caseiros. Esse Vigilância Sanitária. No Brasil, muitos estados já
comportamento também foi observado por Silva têm utilizado plantas medicinais e fitoterápicos
et al.32 e pode ser explicado, ao menos em par- no SUS34,35 e, em 2010, esta prática foi introduzi-
te, pela cobertura de ESF em Blumenau estar em da em 16 estados da federação36.
áreas de maior vulnerabilidade social.
O município que desejar estimular a utiliza-
ção de plantas medicinais precisa oferecer formas Conclusão
de capacitação para as equipes de saúde, pois
apesar do Ministério da Saúde incentivar o uso Neste estudo foi possível verificar que a prin-
de plantas medicinais e fitoterápicos, se observa cipal forma de uso de remédios caseiros pelos
2711
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