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AÇOS PARA

MOLDES
Aspectos da Fabricação
de Moldes
Os processos de usinagem e polimento podem consumir até 80% do recurso total de fabricação de moldes e matrizes. E, para o caso de moldes que possuem longos tempos de utilização e dificilmente chegam ao fim
de vida, podem ser considerados os principais itens ligados ao custo final do molde.

Dentre os processos convencionais de usinagem de uma cavidade, o fresamento é aquele responsável pela fabricação de superfícies complexas. Vários aspectos devem ser considerados, como: os parâmetros de corte,
o material a ser usinado, a ferramenta de corte, a estratégia de corte e os recursos tecnológicos disponibilizados pela máquina/ferramenta.

Outro ponto fundamental na fabricação de moldes são os processos de acabamento, principalmente o polimento e a texturização. O documento a seguir refere-se a algumas considerações básicas de modo a facilitar
as operações de fabricação de cavidades.
Fresamento
No processo de fresamento, é necessário o conhecimento de técnicas para a minimização do desgaste de flanco e de controle de vibrações, de
modo a evitar avarias.

O sentido de corte pode ser realizado tanto no modo concordante quanto no discordante. No fresamento concordante, o movimento de corte e de
avanço tem o mesmo sentido, enquanto que no discordante não (ver Figura ao lado).

• Velocidade de corte (vc) – influencia no desgaste da ferramenta de corte, pois amplifica as condições de atrito, aumentando a temperatura na zona de corte e levando desde a fenômenos relacionados à difusão até
problemas relacionados a choques de origem térmica e/ou mecânica.

• Avanço por dente (fz) – com o aumento do avanço por dente ocorrem maiores solicitações mecânicas, aumentando a deflexão da ferramenta. Com baixo avanço ocorre um aumento do percurso usinado pelo gume,
provocando elevado desgaste de flanco. Objetiva-se sempre a busca da condição intermediária.

• Profundidade de corte axial (ap) – é responsável direta pelo aumento da potência de corte, limitando o processo de desbaste.

• Profundidade de corte radial (ae) – grandes incrementos radiais (>50% do diâmetro da ferramenta) aumentam o percurso usinado para cada gume. No entanto, melhoram a característica de impacto, direcionando
o esforço para dentro da ferramenta. O caso contrário ocorre para condições de engajamento pequeno (<50% do diâmetro da ferramenta).

• Número de dentes (z) – uma fresa de passo grande gera menor potência que uma fresa de passo pequeno, mantendo-se o mesmo avanço por volta, já que na primeira o avanço por dente é maior que na segunda,
para uma mesma taxa de cavaco removido. A Tabela 1 apresenta um resumo das aplicações de acordo com o passo da ferramenta.
Tipo de fresa Aplicação
Passo Grande – poucos dentes. Desbaste e semiacabamento de aço ou onde há tendência à
vibração.
Passo Pequeno – maior número de dentes e espaços entre Corte de ferro fundido, desbaste leve e acabamento de aço.
os dentes pequenos.
Passo Extra Pequeno – muitos dentes e bolsões de Corte interrompido de ferro fundido e liga de titânio,
armazenamento do cavaco muito pequenos. acabamento de aço.

Algumas Recomendações Práticas Adicionais Cálculo dos Parâmetros


• Desbastar o máximo possível com ferramentas com raios de quina grandes.
Velocidade Taxa de remoção
Velocidade de
• Uma superfície deve ser acabada com a maior ferramenta possível. de avanço de cavaco
corte (m/min.)
(mm/min.) (mm³/min.)
• A usinagem deve ter um contato contínuo da fresa em corte concordante e com um mínimo de variação de direção da linha de
fresamento. › udun vf = z ⋅ fz ⋅ n Q = ae ⋅ a p ⋅ v f
vc 
• Recomenda-se utilizar movimentos suaves de aproximação e sempre num único sentido de corte em materiais de difícil 1000
usinabilidade. Onde: d = diâmetro da ferramenta (mm); n = rotação (rpm); z = número de dentes da
ferramenta; fz = avanço por dente (mm/dente); ae = penetração de trabalho (mm);
ap = profundidade ou largura de usinagem (mm)
• Importante fazer com que a ferramenta permaneça em contato com a peça o maior tempo possível (para aumentar sua vida útil).

• Durante o acabamento ou superacabamento é recomendado utilizar pequenas profundidades de corte. A relação profundidade de
corte axial (ap) e profundidade de corte radial (ae) deve ser menor ou igual a 0,2 (ap/ae ≤ 0,2).

• Muitas vezes é vantajoso usar o avanço por dente (fz) igual à profundidade radial de corte (ae), com vantagens em tempo de
usinagem e menor rugosidade (melhor acabamento).

• Investir tempo no método de interpolação a ser aplicado, de modo a reduzir o tempo de usinagem e melhorar as condições de
acabamento da superfície usinada.

Exemplo de Parâmetros de Corte


Velocidades de corte recomendadas para faceamento por fresamento com metal duro revestido.

Material VP20ISO VP20ISOF VP20ISOFS VH13IM VP420IM N2711M VP50IM


Estado Beneficiado Beneficiado Beneficiado Recozido Recozido Beneficiado Beneficiado
Dureza 32 HRC 32 HRC 32 HRC 200 HB 200 HB 40 HRC 40 HRC
Desbaste* 120 a 150 120 a 150 170 a 190 180 a 260 180 a 260 80 a 110 100 a 150

Acabamento** 220 a 240 220 a 240 260 a 280 220 a 300 260 a 300 100 a 150 110 a 160

*fz : 0,15 a 0,3 mm/dente e ap : 2 a 4 mm Classe: P25 – P35.


**fz : 0,05 a 0,2 mm/dente e ap : 0,5 a 1 mm Classe: P10 – P20.
AÇOS PARA MOLDES UTILIZADOS NA INDÚSTRIA
VILLARES METALS VP20ISO VP20ISOFS VP50IM VP100 N2711M

SIMILARES ≅Wnr 1.2738 ≅Wnr 1.2312 SEM SIMILAR SEM SIMILAR Wnr 1.2711 MOD.

C 0,36 - Mn 1,60 C 0,36 - Mn 1,60 C 0,15 - Cu 1,00 C 0,56 - Mn 0,70


COMPOSIÇÃO
Cr 1,80 - Mo 0,20 Cr 1,80 - Mo 0,20 Ni 3,00 - Mo 0,30 Cr - Ni - Mn Cr 0,70 - Mo 0,30
QUÍMICA (%) Ni 0,70 S 0,06 Al 1,00 - S 0,10 Ni 1,65 - V 0,075

Aço fornecido no estado beneficiado. Aço fornecido no estado beneficiado. Aço-ferramenta para moldes desen- Aço elaborado sob desgaseificação a vá- Aço fornecido no estado beneficiado.
Possui boa polibilidade e resposta à Ótima usinabilidade. Boa resposta à ni- volvido especialmente para ser endure- cuo, de usinabilidade melhorada através Possui boa polibilidade e resposta à tex-
texturização. Possui usinabilidade me- tretação. Não recomendado para peças cido por tratamento térmico de envelheci- de tratamento das inclusões ao Cálcio. turização. Para melhoria da resistência
lhorada por tratamentos es- que requerem processos de texturização, mento, com resistência superior à do aço Os principais benefícios são: alta unifor- ao desgaste pode ser nitretado ou ce-
peciais de aciaria. Para me- cromação e elevada polibilidade. VP20. Possui excelentes propriedades de midade de dureza, com variação inferior mentado. Devido à alta dureza de forneci-
CARACTERÍSTICAS lhoria da resistência ao desgaste pode polimento e texturização. Apresenta ex- a 2 HRC ao longo de toda secção trans- mento são necessários cuidados para a
ser nitretado ou cementado. celente soldabilidade. versal da peça. Excelente soldabilidade. usinagem, especialmente a furação.
Alta polibilidade (exceto grau espelhado)
e alta reprodutividade de desempe-
nho e confecção.

Temperado e
ESTADO DE Temperado e Revenido Temperado e Revenido Solubilizado e Envelhecido (40 - 42 HRC) ou Fornecido beneficiado
Revenido
FORNECIMENTO (30 - 34 HRC) (30 - 34 HRC) Solubilizado (330 HB máx.) (285 a 321 HB)
(38 - 42 HRC)

Realizar Envelhecimento (no caso de


TRATAMENTO
- - fornecimento - -
TÉRMICO INDICADO no estado Solubilizado)

FAIXA USUAL DE
28 - 37 HRC 28 - 37 HRC 38 - 42 HRC 30 - 34 HRC 38 - 42 HRC
DUREZA DO MOLDE
POLIBILIDADE Média para Alta Baixa Alta Alta Média para Alta

RESISTÊNCIA À
Baixa Baixa Baixa para Média Baixa Baixa
CORROSÃO
RESPOSTA À
Média Média Alta Média Média
NITRETAÇÃO
RESPOSTA À
Média para Alta Baixa Alta Média para Alta Média para Alta
TEXTURIZAÇÃO
SOLDABILIDADE Média Média Alta Alta Média

RESISTÊNCIA AO
Baixa para Média Baixa para Média Média Baixa para Média Média para Alta
DESGASTE

COR DE IDENTIFICAÇÃO DO AÇO Lilás-Preto-Lilás Verde-Marrom-Verde Lilás-Ouro-Lilás Vermelho-Azul-Vermelho Verde-Amarelo

Moldes para injeção e extrusão de ter- Moldes para injeção e extrusão de termo- Moldes para injeção e extrusão de termo- Porta-moldes, moldes para injeção de Moldes para injeção de plásticos não-
moplásticos não-clorados e pouco abra- plásticos não-clorados e pouco abrasivos plásticos não-clorados. Moldes para ter- plásticos não-clorados, matrizes para ex- clorados. Moldes para sopro.
sivos. que possuem baixa exigência de polibili- moplásticos reforçados com carga. trusão de termoplásticos não-clorados, Matrizes para extrusão de termoplásticos
Moldes de grandes dimensões. dade. Bases e estruturas de moldes para moldes para sopro, câmaras quentes, não-clorados.
plástico. Machos para moldes de injeção. quando não necessária alta resistência à
corrosão, e aplicações diversas em mol-
des para plásticos. Não recomendável
APLICAÇÕES para aplicações em que a tenacidade e
grau espelhado são requisitos de projeto.

A classificação Baixa, Baixa para Média, Média, Média para Alta e Alta são orientativas, servindo como um guia comparativo apenas para este grupo de aços.
Devido à necessidade de rompimento da camada passivadora (materiais inoxidáveis), é recomendada a utilização de processo de nitretação por via iônica (sob plasma).
DE PLÁSTICOS E DE VIDROS
VP ATLAS VH13IM VP420IM V630 VIMCOR

AISI H13 AISI 420 AISI 630


- SEM SIMILAR
Wnr 1.2344 ≅Wnr 1.2083 ≅Wnr 1.4548

C 0,40 - Si 1,00
C 0,40 - Si 0,80 C 0,035 - Cr 15,40 - Ni 4,40 - Cu 3,50 - C 0,05 - Mn2,5
Cr - Mo - Mn Cr 5,20 - Mo 1,50
Cr 13,5 - V 0,25 Nb+Ta 0,25 Cr 12 - Si 0,4 - S 0,1
V 0,90 P 0,015 máx S 0,003 máx.

Aço fornecido no estado beneficiado. Aço-ferramenta utilizado para aplicações Aço inoxidável após têmpera e reve- Aço inoxidável endurecível por precipita- Aço inoxidável ressulfurado, forneci-
Possui boa polibilidade e resposta à em moldes quando se desejar durezas nimento. Possui como vantagem principal ção. Possui excelentes propriedades de: do no estado beneficiado. Possui excelente
texturização. Para melhoria da resistência superiores às dos aços VP20 e VP50. uma elevada resistência à corrosão, que - Estabilidade dimensional e de forma; desempenho em usinagem e principal-
ao desgaste pode ser nitretado ou Possui excelente capacidade de poli- permite o trabalho em ambientes úmidos. - Soldabilidade; mente em furação profunda.
cementado. Devido à alta dureza de mento. - Resistência à corrosão; Propriedades:
fornecimento são necessários cuidados - Polibilidade e resposta à texturização. - Excelente usinabilidade
para a usinagem, especialmente a - Excelente soldabilidade
furação, porém possui vantagens em - Boa resistência à corrosão;
usinabilidade quando comparado com o - Homogeneidade de dureza.
DIN 1.2711.

Recozido (máx.200 HB) ou Temperado Solubilizado (máx.38 HRC) ou


Temperado e Revenido Recozido Beneficiado:
e Revenido Solubilizado e Envelhecido
(38 - 42 HRC) (235 HB máx.) (290 - 330 HB)
(30 - 34 HRC) (máx.40 HRC)

Realizar Envelhecimento
Têmpera e Têmpera e Revenimento (para o material
- (no caso de fornecimento -
Revenimento Recozido)
no estado Solubilizado).

38 - 42 HRC 42 - 52 HRC 48 - 54 HRC 24 - 40 HRC 29 - 34 HRC

Média para Alta Alta Alta Alta Baixa

Baixa Baixa para Média Alta Alta Alta

Alta Alta Alta* Alta* Alta*

Média para Alta Alta Alta Alta Baixa

Média para Alta Baixa para Média Baixa para Média Alta Alta

Média para Alta Média para Alta Média para Alta Média Baixa para Média

Azul-Branco Verde-Prata-Verde Azul-Marrom Prata-Vermelho Preto-Branco

Aço ligado ao Cr-Mo-Mn, com micro- Moldes para injeção de termoplásticos Moldes para injeção de termoplásticos Ferramentas para a conformação de Câmaras quentes, placas de refr i-
adições já fornecido no estado benefi- não-clorados em que se requer maior clorados. Trabalho ou estocagem em at- termoplásticos inclusive em processo geração, porta-moldes. trabalho ou
ciado. Devido à sua composição química resistência ao desgaste, aliada com boa mosfera úmida. Indústria de vidros. corrosivo (conformação de polímeros clo- estocagem em atmosfera úmida.
balanceada, este material possui boa polibilidade. Moldes para vidros. rados). Pode trabalhar e ser estocado em
usinabilidade, soldabilidade, polibilidade, locais úmidos.
resposta à texturização e nitretação. É
indicado para moldes para injeção de
plásticos não clorados, em especial para
aplicações que necessitem de maior re-
sistência mecânica e ao desgaste que os
aços AISI P20 ou DIN 1.2738; Matrizes
para extrusão de termoplásticos não-clo-
rados; Aplicações diversas em moldes
para plástico.
Polimento de Moldes
O polimento é empregado em moldes para atender a vários requisitos da peça injetada:

• Requisitos estéticos: brilho e transparência.


• Mecânicos: evitar entalhes e quebras por fadiga ou sobrecarga.
• Funcionais: ex. dispositivos óticos (lentes).

O polimento é uma etapa que consome tempo e recursos. O tempo médio gasto no polimento manual de moldes de grande porte
está em torno de 300 a 400 horas por molde. Duas observações são importantes na avaliação da qualidade da superfície do
molde. Primeiro, a superfície deve ter a forma geométrica correta, sem qualquer ondulação; estas são derivadas de operações
recentes de usinagem. Segundo, a avaliação da condição de polimento espelhado do molde metálico é muitas vezes realizada
por comparação visual do molde ou da superfície da peça injetada, baseada na experiência do operador.

A qualidade final da superfície polida de um aço depende de fatores como: a técnica de polimento, o tipo de aço-ferramenta e o
tratamento térmico aplicado no material. Em geral, pode-se dizer que a técnica de polimento é o fator mais importante.
Um exemplo típico é mostrado no gráfico abaixo, do fenômeno de polimento excessivo (do inglês “over polishing”), causado por
um encruamento mecânico de camadas muito finas na superfície do molde. No polimento excessivo, a rugosidade aumenta com
o aumento do tempo de polimento. O problema é apenas solucionado com a remoção de parte da superfície (décimos de mm)
por usinagem e aplicação de novo polimento.
Visualmente, o fenômeno normalmente aparece como “casca de laranja”.

50 VA2 - 60 HRC
45 P20 - 32 HRC
Rugosidade RA (mm)

40
35
30
Polimento Excessivo
25 (over polishing)
20
15
10
5
0
0 5 10 15 20 25
Tempo (min)
Gráfico mostrando o efeito do polimento excessivo (“over polishing”), para dois aços com
diferentes durezas.
Para um bom polimento, a superfície do molde deve estar livre de arranhões, poros, do efeito “casca de laranja”, pites (pitting) e pontos pretos (pinholes). No Brasil, os problemas de pites e pontos pretos são comumente
denominados de “porosidades”. Apesar de visualmente parecer correto, o termo porosidade é erroneamente aplicado neste caso, pois deveria ser usado apenas para vazios preexistentes no material. No caso de
pontos ou pites observados após polimento, o problema é normalmente causado por um processo mal-realizado (para um determinado aço e dureza), por aços com um nível inadequado de inclusões não-metálicas ou
mesmo pela combinação desses dois fatores. Outras possíveis fontes de problemas são superfícies com defeitos de eletroerosão ou encruamento excessivo de usinagem.
Em relação às inclusões, elas podem ser entendidas mecanicamente como partículas na superfície do aço com dureza e ductilidade muito diferentes do metal. Todo aço possui inclusões, porém a quantidade e
distribuição dependem do processo de fabricação. Para aplicações de alto requisito de polimento, portanto, recomenda-se a refusão via ESR (processo ISOMAX®). Como mostra o esquema abaixo, existe redução
significativa do nível de inclusões:

a) Convencional ASTM G 2,0


b) ISOMAX, ASTM 1,0F
Inclusões do tipo D:
a) Nível 2,0, aceitável para materiais de Convencional.
b) Nível 1,0, típica de material produzido via ESR. Fonte: ASTM E 45.
Texturização
A resposta à texturização mede a facilidade de se aplicar uma textura ao aço-ferramenta utilizado no molde. O tratamento de texturização é normalmente realizado por ataque químico (photo-eaching), diferencialmente
aplicado na superfície do molde, gerando “o negativo” do aspecto final desejado na peça injetada.

O controle do processo, em termos do meio ácido empregado e do procedimento aplicado, é fundamental para um bom resultado de texturização. Em relação à qualidade do aço, requisitos similares aos de polimento
são necessários: homogeneidade de microestrutura e dureza, além de alto grau de limpeza quanto a inclusões não-metálicas.

4 mm 2 mm

4 mm 2 mm

Vários exemplos de superfícies texturizadas no aço VP100, observadas em estereoscópio.


Janeiro/2013
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