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dos S a n to s dos Ú lt im o s D ia s e d it a d a p e lo
P ro d u to r
F ra n c e s c o n i
que dizia, ficaram tão irados que procuraram tirar-lhe a vida, vindo afi E s ta c a S ão P aulo
R. ig u a t e m í , 1 9 8 0 , S ã o P a u lo , SP
nal a crucificá-lo.
Após sua ascensão aos céus, os discípulos esforçaram-se por E s ta c a S ão P au lo L e s te
levar avante à sua obra, mas foram também mal interpretados, desa R. I b itu r u n a , 8 2, S ã o P a u lo , SP
ção, principalm ente porque seus ensinamentos eram tão difíceis de M is s ã o B r a s ile ir a
serem acreditados. R. H e n r iq u e M o n t e ir o , 2 1 5
C P 2 0 .8 0 9 , S ã o P a u lo , SP
Se devemos aceitar a C risto, então também devemos aceitar o
T e l. 8 0 -4 6 3 8
que êle pregou. Pretextos nada realizam. Êle próprio declarou que
R e d a to r e s R e g io n a is
não é possível se rvir a dois senhores. R. K e n t M a t h e w s , W e rn e r K. S p õ rl
Portanto, se quisermos descobrí-lo, precisamos descobrir o c ris
M is s ã o B r a s ile ir a do S u l
tianismo que êle estabeleceu e estarmos dispostos a aceitá-lo como R. D r. F ló r e s , 1 05 , 14.°
é, contrarie ou não velhas tradições que se nos tornaram caras. C P 1 5 1 3 , P ô r to A le g r e , RS
T e l. 2 4 -9 7 4 8
A boa nova dos santos dos últim os dias, então, é esta: Por mais
inacreditável que seja, Deus vive e é nosso Pai. R e d a to ra R e g io n a l
W ilm a B in g T o rg a n
Por mais incrível que pareça, Jesus C risto é seu Filho divino, o
Salvador dos cristãos, o Messias dos judeus e Redentor de tôda a M is s ã o B r a s ile ir a do N o r te
R. S te f a n Z w e ig , 1 58 , L a r a n je ir a s
humanidade. R io d e J a n e ir o , G B
Novos profetas têm sido levantados em nossos dias. Mais uma T e l. 2 2 5 -1 8 3 9
vez apóstolos percorrem o mundo. Mais uma vez se ouve o velho R e d a to r R e g io n a l
clamor: “ Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus." (Ma W a lm ir S ilv a
Capa S u b s c r iç õ e s : T ô d a a c o r r e s p o n d ê n c ia s õ b r e a s s in a t u r a s
d e v e rá ser e n d e re ç a d a ao D e p a r t a m e n to de A s s in a tu
S
into-me feliz em poder dispor desta página pa para estar à cabeça desta gloriosa dispensação. Estou
ra debater com vocês, todos os meses, assun totalm ente convicto de que em sua juventude, quando
tos relativos ao Evangelho restaurado. saiu de casa para orar, permaneceu realmente na pre
Comecemos pela questão do testemunho, algo que sença de Deus, contemplando o Pai e seu Filho, Jesus
todos os membros da Igreja deveriam ter. Nutram êsse C risto: em minha mente não resta nenhuma dúvida —
testemunho e façam-no crescer, durante todos os dias eu sei que isto é verdade. Sei que posteriorm ente foi
da vida. Vocês sabem que não há m otivo no mundo pelo visitado por M oroni, recebeu o Sacerdócio Aarônico sob
qual uma pessoa deva desconhecer onde encontrar a as mãos de João Batista, o Sacerdócio de Melquisede-
verdade. Basta apenas humilhar-se e buscar com espí que pela imposição das mãos de Pedro, Tiago e João,
rito de humildade e fé, acercando-se do Senhor exata e que a Igreja de Jesus C risto dos Santos dos Últimos
mente como o fêz o Profeta Joseph Smith para conhe Dias foi organizada no sexto dia do mês de abril de 1830
cer a verdade, e esta será encontrada. Quanto a isto não por mandamento divino.
há dúvida. Basta apenas que as pessoas atendam aos
sussurros do Espírito do Senhor, e busquem como êle Sei que o poder do Onipotente está guiando êste
povo, que estamos sob o convênio de guardar seus man
deseja que o façam, o conhecimento e entendimento
do Evangelho de Jesus C risto — não há razão no mun damentos, de andar em luz e verdade. Tenho a firm e
do que os impeça de encontrá-lo — nenhuma razão, isto convicção de que todo membro desta Igreja deveria ser
é, exceto a dureza de seus corações e seu apêgo às coi capaz de prestar testemunho e declarar com palavras
sas do mundo. “ Batei, e abrir-se-vos-á” (Mateus 7:7) sóbrias que estas coisas são verdadeiras, que o Livro
de Mórmon é verídico, que esta obra dos últim os dias
As coisas principais que uma pessoa deve te r para é justa, e que, de acôrdo com as revelações, ela deve
qualificar-se como oficial ou professor na Igreja são: ser e será cumprida.
conhecimento dos princípios do Evangelho e testem u
nho da missão do Redentor e da missão do Profeta Jo E tôda a alma na face da terra que tiv e r o desejo
seph Smith. de conhecê-la tem o p rivilégio de sabê-lo por si mesmo,
pois todo aquêle que se humilhar, e em profunda hu
Em minha mente não há dúvida nenhuma de que o mildade e fé, com espírito contrito, se acercar do Se
Senhor levantou o Profeta Joseph Smith, dando-lhe reve nhor, receberá êsse conhecimento tão certo quanto êle
lações, mandamentos, abrindo-lhe os céus, e o chamou vive.
Julho de 1970 3
Ezra Taft Benson
do Conselho dos Doze
a revelação profética conhecida como “ meu pre mente nos últim os dois anos. No arquipélago da nação
4 A LIAHONA
sido produtiva e inspiradora. A obra está se expandin Estamos formando sólidas congregações, lançando
do, esperando-se m aior incremento ainda em futuro os fundamentos para uma tremenda expansão da obra
próximo. Em todos os países o crescim ento assombroso na Ásia. O número de batismos realizados em 1969
é uma inspiração: é alí que está o povo — às centenas dobrou em relação ano anterior, e êsses números con
de milhões — um têrço da população mundial. Natural tinuam a crescer.
mente, do ponto de vista total dêsses inúmeros m i Uma das nossas maiores necesidades é construir.
lhões, apenas demos o prim eiro passo. Em tôda a missão nas Filipinas dispomos sòmente de
um edifício. A compra de novos terrenos de constru
No Japão, a Igreja está razoàvelmente bem estabe
ção está sendo providenciada, bem como o planejamen
lecida em duas missões e diversos distrito s, na im i
to para construção de mais capelas em várias partes
nência de serem organizados outros mais. Contam-se
dessas regiões.
perto de catorze milhões de habitantes na vizinhança
imediata de Tóquio e locoama, onde dispomos de boa Enquanto vivos ainda veremos estacas e capelas,
liderança e uma organização estável. A Estaca de Tóquio conversos em grande número, vigorosa e capaz lide
foi organizada em 15 de março passado sob a direção rança local, e talvez mesmo a construção de um tem
de Élder Gordon B. Hinckley. plo entre aquêies bons povos.
A perspectiva é assaz encorajadora. O Senhor está
No Japão existem atualmente mais de doze mil abençoando os novos conversos, os m issionários e pre
membros da Igreja. Na coréia há quatro m il, perto de sidentes de missão. Existe um espírito de otim ism o ge
seis mil nas Filipinas, cêrca de quatro mil em Hong neralizado entre aquela gente humilde, homens emi
Kong, e mais ainda em Formosa. Já se fêz algo na Tai nentes estendendo a mão fraternal e cooperadora. Por
lândia, Singapura e Indonésia. Temos fo rtes congrega exemplo, um m inúsculo ramo de 50 membros na Coréia
ções em Okinawa e um núcleo de membros no Vietnam. conta com cinco professores universitários.
Nossos m ilitares servindo na Coréia lançaram as p ri
meiras bases para a Igreja nesse país e quando chegar Possa Deus abençoar abundantemente êsses pro
a paz no Vietnam, encontraremos o caminho preparado líficos milhões de habitantes dos países asiáticos —
para espalhar a verdade entre aquêle povo. êsses povos escolhidos “ de terras longínquas" e que
habitam as ilhas do mar ao escutarem juntamente a
Os m ilitares membros da Igreja em tôdas essas mensagem da salvação dos humildes servos de Deus —
nações estão providenciando os alicerces para o efe sejam locais ou missionários.
tivo proselitism o à medida que fazem amigos para a Pois o Senhor declarou através do Profeta Joseph
Igreja e mesmo conseguem converter alguns. Durante Smith: “ E a voz de advertência irá a todos os povos
nossa recente viagem visitam os seis instalações na pela bôca de meus discípulos, os quais escolhi nestes
Tailândia. Temos três d istrito s de m ilitares operando últim os dias.
devidamente no Vietnam. “ E êles irão avante, e ninguém os impedirá, pois
Eu, o Senhor, os m andei.” (D&C 1:4-5)
A Indonésia, com 130 milhões de habitantes, foi
dedicada a 26 de outubro de 1969 para a pregação do Disso presto humilde testemunho, em profunda
Evangelho. Foi organizada uma nova missão com sede gratidão pela bênção do Senhor para nossa obra na
em Singapura. Àsia e em todo o mundo.
Um Jovem élder japonês dirige-se a congregação durante Recém-converso à Igreja é ordenado a um dos ofícios do
uma reunião sacramental. Sacerdócio.
Julho de 1970 5
Os Presidentes das Missões
Asiáticas Informam
Missão Japonesa
Presidente W alter R. Bilis
eogràficamente, nossa missão cobre a metade reuniões são organizadas de modo a se realizarem uma
ossa missão serve cêrca da metade da área triarcal. 5. Crêem em convênios, que o sacrifício traz
do Japão é de 100 milhões de pessoas aproxima Na nossa missão temos 5.281 membros distribu í
damente.) dos em 32 ramos, seis d is trito s de proselitism o e dois
É interessante saber que existem certas evidências de m ilitares. Dispomos de quatro capelas especialmen
nos costumes e religião nacional dos japonêses de que te construídas; nos outros locais utilizam os edifícios
aparentemente as verdades do Evangelho foram algum alugados. Atualm ente, contamos com 191 m issionários
dia implantadas naquele país: 1. No shintonism o há uma de tempo integral e 18 de tempo parcial. Em 1969 bati
cerim ônia de batismo pelos mortos. 2. Quando uma zamos 613 pessoas.
pessoa morre, perde seu nome terreno e recebe do
sacerdote um nome celestial. 3. Crêem que é preciso Presentemente, estamos sendo bem recebidos em
“ trabalhar” pelos ancestrais. 4. Acreditam na ordem pa todo o Japão; nossas perspectivas para 1970 são ó ti
6 A LIAHONA
mas, particularm ente por causa da prim eira feira mun adaptar o plano das lições dos m issionários a fim de
dial realizada na Ásia, a EXP070, em Osaka, que está torná-lo mais convidativo culturalm ente ao povo japo
na área da nossa missão. nês. Estamos sa tisfeito s com os resultados do nôvo
programa de treinam ento lingüístico destinado a ajudar
A localização do pavilhão da Igreja é excelente.
os m issionários a se comunicarem em seis meses.
Certo colaborador da EXP070 comentou: “ Como con
seguiram uma locação tão excepcional? Sem dúvida No decorrer do ano os santos pretendem fretar
dispõem de excelentes relações." É verdade! O Senhor um avião para dirigirem -se ao tem plo do Havaí, afim
nos ajudou! de lá receberem “ endow m ents” , selamentos e bênçãos
patriarcais.
O pavilhão localiza-se em frente ao pavilhão do
Espera-se que os batismos nesta missão se ele
Japão, ficando próxim o do m aior lago a rtificia l fe ito
vem da média de 19 para 200 por mês num futuro pró
pela mão humana, onde as pessoas poderão descansar
ximo. Sinto-me vibrar como alguém na espectativa de
e refrescar-se; além disso, fica a um quarteirão da
pegar um vagalhão com sua prancha de “ s u rf” . Duran
maior praça pública, onde serão apresentados os me
te a realização da EXP070, o nosso pavilhão será a
lhores espetáculos gratuitos. Esperamos receber entre
crista que nos im pelirá a uma vertiginosa velocidade.
cinco e oito milhões de visitantes nos seis meses.
Estamos remando com todo empenho agora para com
A Primeira Presidência aprovou a refilm ag em de tôda certeza pegarmos a crista dêsse vagalhão. Que
“A Busca da Felicidade”, utilizando atôres e cenários remos ser levados por êle e já sentim os o gôsto dos
japonêses. Entrementes, estamos ocupados tentando borrifos salgados na bôca.
Missão Filipina
Presidente Paul S. Rose
única nação dentro dos lim ite s da Missão Fiii- Os filip in o s são provàvelmente o povo mais amá
Julho de 1970 7
Missão Hong Kong- Formosa
Presidente W. Brent Hardy
ossa missão abrange a ilha de Formosa e a co Formosa tem uma população de 14 milhões, dos
Um missionário entrega um folheto a uma investigadora. Sister Huang, missionária distrital, espera sua nova companheira
na estação de Kao Hiiung.
8 A LIAHONA
Missão do Sudeste Asiático
Presidente G. Carlos Smith Jr.
ossa missão foi criada em 1 ° de novembro de 1969, idioma tai. Em Korat, também na Tailândia, temos outro
Missão Coreana
Presidente Robert H. Slover
resentemente nossa missão abrange a Repúbli programação semanal do Côro do Tabernáculo, levada
perto de 4.000 membros, excluídos os m ilitares SUD Sendo a Coréia do Sul um dos países do mundo
e o pessoal governamental norte-americano. Dividida mais pró-americanos, alí, os americanos e tudo quanto
em quatro distrito s, a missão tem 16 ramos e conta o que com êles se relacione é m uito apreciado. Isto
com uns 100 missionários. Possuimos três capelas — às vêzes inclui a tendência de im itar as religiões ame
duas em Seul e uma em Pusan — que são de grande ricanas. Possui m aior porcentagem de cristãos do que
ajuda e servem de ponto de referência aos investigado qualquer outro país asiático. O povo, não obstante, é
res e outros. No ano passado nossos batismos tota altam ente nacionalista e a economia está progredindo
lizaram 450. a largos passos.
A imagem da Igreja na Coréia é m uito boa, embo Nosso desafio quanto à Igreja é form ar uma só li
ra seja conhecida ali há doze anos apenas. A missão foi da base no Sacerdócio. Contamos já com muitos mem
estabelecida há sete anos. Ainda assim, nosso nome es bros excepcionalmente fortes e versados, na Igreja
palhou-se por todo o país, graças ao excelente tratam en local. Nosso futuro aqui é prom issor; de fato, espera
to e cobertura que nos dá a imprensa local, a grandes mos logo estabelecer uma estaca e mesmo já se fala
exposições sôbre a Igreja nas principais cidades, e à num tem plo para um futuro mais remoto.
Julho de 1970 9
Por Que Construímos
Templos
Presidente David O. McKay
ma das principais perguntas feitas por jornalis acompanhada do espôso, a quem se fêz esta pergunta,
10 A LIAHONA
/
O casamento comum é tem porário. Na m elhor das ral. Então o Salvador fêz outra declaração igualmente
hipóteses, até que a morte separe o casal. Somente im portante: “ Aquêle que não nascer da água e do Es
na casa do Senhor, onde a cerim ônia é celebrada por pírito, não pode entrar no reino de Deus.” João 3:5)
indivíduos m eticulosa e apropriadamente autorizados a
representar a Divindade, a representar nosso Senhor e E quanto aos nossos ancestrais que nunca ouviram
Salvador, Jesus C risto, é possível selar-se a união entre falar de Jesus C risto? E aquêles milhões que morre
marido e m ulher e entre pais e filhos, para o tempo ram sem jamais terem ouvido mencionar o nome dêle?
e tôda a eternidade. Êste é um dos propósitos da edi Êles são filho s do Pai tanto quanto você e eu. Seria
ficação de templos. próprio de um Pai amoroso condená-los a nunca pode
rem entrar no reino de Deus quando não houve opor
A outra razão principal não é tão facilm ente com tunidade de ouvirem falar em Jesus Cristo? “ Cremos
preensível. Alguns dos que nos interrogam chamam-na q u e ... tôda a humanidade pode ser salva pela obe
de fantástica até que consigam vislum brar a eqüidade diência às leis e ordenanças do Evangelho." (Terceira
de Deus — até que indagamos: “ Você acha que um Regra de Fé) Cremos também que aquêles que falece
Deus justo exigiria que eu me ativesse a certos prin ram sem terem tido a oportunidade de conhecê-las aqui
cípios e ordenanças a fim de poder entrar no reino de na m ortalidade tê-la-ão no mundo do além. Assim o diz
Deus, e lhe perm itiria ali ingressar sem obedecer aos o Nôvo Testamento. Para onde fo i o espírito de C risto
mesmos?" Tudo o que temos a fazer é apresentar ao enquanto seu corpo permaneceu na tumba? O apóstolo
mundo esta questão. Aquêles que aceitam Jesus Cristo, Pedro nos diz que êle fo i pregar aos espíritos em pri
nosso Senhor, como o autor da salvação — aquêles são. aquêles que foram desobedientes nos dias de Noé,
que aceitam suas declarações acêrca da necessidade quando estava sendo preparada a arca (2 P e 2 :1 9 ). Pois
de obediência a certos princípios — são obrigados a os que haviam m orrido há milhares de anos ainda exis
adm itir que todos têm de ater-se a certos princípios tiam e o Evangelho foi a êles levado como o será a to
fundamentais estabelecidos, ou então ninguém precisa dos os filho s do nosso Pai. Êste é outro propósito do
rá obedecê-los. Isto é evidente. tem plo. Tendo a oportunidade de descobrir os nomes
dos nossos ancestrais e sendo batizados por procura
Nas Escrituras sagradas encontramos suficientes ção, êles poderão tornar-se membros do reino de Deus
evidências de que o Salvador referiu-se a um único no outro mundo, assim como o somos aqui.
plano eterno. Por exemplo, quando aquêle membro do
sinédrio, Nicodemos (um homem que evidentemente Mas os que vão ao tem plo terão de fazê-lo com
escutara o Salvador pregar, que lera a seu respeito, e uma “ recomendação" de que são verdadeiros cristãos;
que provàvelmente o havia seguido) o procurou, impe que são verdadeiros membros da Igreja de C risto; que
lido pelo desejo de saber o que aquêle homem possuía são honestos para com seus semelhantes; que vivem
que os saduceus e fariseus não tinham, prestou-lhe seu de acôrdo como os ideais do Evangelho de Cristo.
testemunho dizendo: "Rabi, bem sabemos que és Mes
tre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer êstes Que Deus nos ajude a apreciarmos o Evangelho
sinais que tu fazes, se Deus não fô r com ê le .” (João restaurado de Jesus C risto que é perfeito e completo.
3:2) Seguiu-se, então, uma conversa que provavelmen Nêle encontramos a filo so fia de vida, e em nossos tem
te conteve perguntas semelhantes às que mencionei. plos é concedido o “ endowm ent" que, se obedecido,
Sem dúvida Nicodemos indagou: “ O que devo fazer?” , conduzirá o indivíduo (e disto dou meu testemunho
e a resposta a esta pergunta é uma das mais marcantes pois eu o sei) das mais egoístas, invejosas, antagonis
declarações existentes nas Escrituras: “ Na verdade, na tas, odiosas características do plano animal, ao mais
verdade te digo que aquêle que não nascer de nôvo, elevado plano espiritual do reino de Deus.
não pode ver o reino de Deus." (João 3:3)
Oro com tôda minha alma que todos os membros
É preciso um nascimento espiritual antes que um da Igreja e seus filho s, e os filho s de seus filhos, pos
ser humano possa sequer te r uma idéia da e s p iritu a li sam compreender as grandes verdades apresentadas
dade que C risto possuía e que demonstrava em sua na casa do Senhor, e que tenham a fôrça de aplicar os
vida. Nicodemos não conseguiu entendê-lo. Êle in te r princípios do Evangelho de Jesus C risto, que é eterno
pretou a resposta de C risto como sendo um nascimen e aplicável à vida de qualquer pessoa, para desenvolve
to físico, imediatamente considerando a im possibilida rem essa espiritualidade que trará paz à terra e boa
de de um ser adulto nascer novamente de forma natu vontade para com os homens. (Veja Lucas 2:14)
Julho de 1970 11
Venha o Teu Reino”
Roy W. Doxey
m outubro de 1831, o Profeta Joseph Smith re reino literal que substituirá e consumirá tôda divisão
12 A LIAHONA
“Portanto, que o reino de
Deus vá avante, para que A Insaciável Demanda
venha. . . ”
— D&C. 65:6
de Mais
Richard L. Evans
do Conselho dos Doze
2. Orar em humildade implorando fôrça para ven frase: “a insaciável demanda de ter mais” su
cer o adversário da verdade e fortalecer a fé. (D&C
1:19-23). O membro devoto da Igreja que possui teste
munho de Jesus aguardará sua vinda em glória. D&C
45:39).
A gere o tema de uma boa discussão. Quem ja
mais ouviu falar de alguém feliz que não con
seguia sentir-se satisfeito? — que sempre tinha de ter
mais, e sempre mais — mais emoções, mais indulgên
cia, mais poder, mais posses? Certas pessoas exce
dem-se buscando satisfazer apetites ainda insatisfei
3. Trabalhar para a edificação de Sião. Além de tos. Alguns fazem exigências, e quando estas são
“ nascer de nôvo" pelo Espírito Santo, para que sua preenchidas, voltam a exigir mais. Existem comunida
vida possa tornar-se uma luz para os outros, todos têm des que querem mais e mais — maior tamanho, mais
a obrigação de serem membros ativos na Igreja, de aju empenho para alcançar outra maior — e nesse proces
darem a promover a causa de Sião. (D&C 6 :6,7; 38:40; so acabam complicando seus problemas. O espírito
Alma 5:14-31). comparativo e competitivo freqüentemente se imiscui
insistindo que a trajetória, o gráfico, o recorde deve ser
4. Estar preparado para qualquer eventualidade. sempre e sempre ascendente — o que, quando o obje
(D&C 65:5). Nos dias atuais, quando os corações hu tivo é válido, é bom, mas por outro lado, se nunca sa
manos estão fraquejando e os sinais da iminência da tisfeito, mesmo que o objetivo tenha sido alcançado,
vinda do Senhor abundam, o seguinte conselho do Pre pode ser meramente a demanda insaciável de ter mais.
sidente Joseph F. Smith é bem oportuno: Mesmo quando há mais conforto e maiores recursos do
que dispunham os reis de antigamente, muitas vêzes as
exigências por mais continuam. Talvez seja afinal ape
“ . . . Deveríamos viver achegados ao Senhor, ser nas uma questão de equilíbrio entre satisfação, propó
mos humildes de espírito, dóceis e acessíveis à in sito e paz, acrescido de uma pitada de salutar descon
fluência do Espírito Santo, para sermos capazes de co tentamento para nos manter aprendendo, avançando,
nhecer a intenção e a vontade do Pai concernente a nós procurando alcançar, produzindo, mas não apenas como
como indivíduos e como oficiais da Igreja de Jesus um fim em si, sem limites, sem paz ou real propósito.
C risto em tôdas as circunstâncias. E ao viverm os de “Tôdas as melhores coisas do mundo não nos fazem
modo a poder escutar e entender os m urmúrios do Es bem maior do que sua utilidade,” disse Daniel Defoe,
p írito de Deus, façamos tudo aquilo que o Espírito man “e de tudo que acumularmos podemos gozar apenas
dar, sem tem er as conseqüências. Não faz diferença o tanto quanto usarmos, e nada mais." Os desejos hu
alguma se satisfaz ou não a mente dos críticos ou dos manos são, em certo sentido, insaciáveis; e isto em
inimigos do reino de Deus. Está de acôrdo com a vonta parte possibilita o progresso; mas se bebemos sem sa
de do Senhor? É compatível com o espírito da grande ciar a sêde, se nos apressamos e corremos sem saber
obra dos últim os dias na qual estamos engajados? O por que corremos, podemos estar meramente cedendo
objetivo visado servirá para o progresso da Igreja e à demanda insaciável de ter mais. Em tôda a nossa
para fortalecê-la na terra? Se tender para essa direção, azáfama, esforços, lutas, Deus nos conceda gratidão,
façamo-lo, não importa o que os homens possam dizer equilíbrio, critério; um sólido senso de valores, paz in
ou pensar." terior e honesta avaliação de propósitos.
Julho de 1970 13
Está se tornando um truque muito conhecido, um orador na reunião sacra
mental pedir que todos os conversos levantem a mão. Aquêles cujos pais não
eram membros da Igreja obedecem conscienciosamente, deixando os poucos que
nasceram na Igreja olhando em tôrno um pouco enfatuados. Então o orador per
gunta: “Quando aquêles que não levantaram a mão pretendem se converter?”
Êste recurso ainda retém suficiente fôrça chocante para despertar a atenção
geral, e se essa vantagem fôr aproveitada imediatamente, leva alguns a re
examinarem o próprio problema e o das demais gerações.
Conversão Pessoal
Samuel L. Holmes
mbora a restauração do Evangelho haja desfei somente por seus próprios pecados, (Segunda Regra
14 A LIAHONA
conceitos e métodos espirituais referentes a tal rela “ Existe uma prim eira fé e uma segunda fé. A pri
cionamento, e a colocação dêsses conceitos e métodos meira fé é a crença fácil, tradicional da infância, rece
em uso. Pode haver orientação ou crescim ento induzido bida de outros, na qual se acredita porque é inerente
da fé anterior a essa busca, mas chega o dia em que o à época e ao país. A segunda fé é a convicção pessoal
homem é obrigado a ajoelhar-se sozinho e indagar por da alm a,” disse o bispo episcopal norte-americano Phil
si próprio. O tesouro acumulado de conhecimento re lips Brooks.
ligioso e a inspiração das profecias, mandamentos, pro
messas e dons espirituais podem ser acalentados e Cada uma das gerações é desafiada a ganhar essa
passados adiante, mas, como qualquer coisa empresta segunda fé, isto é, converter-se como adultos e asse
da do passado, precisam ser ganhos novamente e ex gurar tudo aquilo que emana do processo. Se esta ta
perimentados para que se tornem realmente nossos. refa fô r ignorada, chegará o dia em que o papagaiar de
Tal tesouro poaerá tornar-se uma mera curiosidade a frases favoritas e a dependência em experiências vi-
não ser que seja re-inflamado, como o fogo, pela con cárias serão descartadas como coisa sem sentido.
vicção e comprometim ento pessoal. Esta convicção é Pressões sociais e fam iliares poderão prolongar o pe
um produto do dom do Espírito Santo que opera con ríodo de conform ism o, mas será uma forma sem auto-
forme o buscamos e perm itim os que opere. sustentação. Raramente se tem notícia de uma ilum i
nação espiritual assoberbante, mas êste não é o ca
Não há dúvida de que o Espírito Santo opera sôbre minho da conversão para a maioria de nós. M iraculo
as crianças e através delas, mas, quando a mente e o sas manifestações de revelação direta aparentemente
espírito atravessam o período d ifíc il, rebelde, cheio de são reservadas àqueles que são chamados a suportar
dúvidas e novas experiências da adolescência, uma nova pesados fardos. E mesmo então, como Pedro descobriu,
apreciação da realidade do poder espiritual deve ser a conversão continua sendo um processo instável. Para
compreendida. quase todos nós resta apenas a certeza da p ossibili
Êsse processo de conversão pode iniciar-se — ou dade de um calmo, contínuo e pessoal desenvolvimen
term inar — a qualquer idade. Na infância é geralmente to da fé, tão sutil e secreto como a germinação de uma
derivativo e dependente. As crianças aceitam pronta semente. Os resultados dêsse método podem ser obser
mente a autoridade para a introdução de questões es vados na vida estável, equilibrada de serviço simples
pirituais tanto quanto para suas necessidades físicas. mas consistente e consciencioso, prestado por aquêles
Cuidados e segurança valem o preço da submissão. Nes a quem o Senhor constantemente recorre na Igreja.
Êste é o grupo que chamarei de experimentadores, os
se estágio a doutrinação é fácil. É válida para tornar
que aceitaram o convite de pedir e buscar e bater. An
conhecido o valor da herança e no treinam ento m etó
tes de discutirm os o método dêles, é preciso d istin
dico. Mas também contém o risco de perpetuar a de
guir dois grupos diferentes mas a êles relacionados.
pendência e debilitar o desejo de experiência pessoal.
No decorrer da adolescência, com seus co nflitos de Num dos extrem os se colocam alguns que enten
interesses e rebelião contra a autoridade, a segurança dem por conversão, ou o testemunho da veracidade do
oferecida pelos pais como prêmio da obediência deixa Evangelho, como se diz comumente, uma coisa lim ita
de ser tão aceitável. Os sagrados vínculos fam iliares da, quase que medível, envolvendo reações esperadas
tornam-se tensos à medida que a independência inte em determinadas palavras e atos. É uma convicção que,
lectual e emocional entra em co nflito com a autoridade por estar entesourada, não é exposta aos impactos de
paterna e eclesiástica. As coisas de menino são postas um re-exame ocasional. São pessoas sinceras e devo
de lado, como o entendia Paulo (I Cor. 13:11). Chega tas, mas avessas à liberalidade e de mentalidade ta
a época da conversão adulta como parte do processo de canha. Seu estudo e reflexão são lim itados ao necessá
amadurecimento. É a êste grupo de idade que se d iri rio para preservar sua crença no estado em que a com
gem essas palavras. preenderam de início. A fé dessas pessoas pode estar
fundada num evento único pelo qual obtiveram uma
“ A fé é a mais sublime paixão humana, e nela ne convicção satisfatória. A curiosidade não mais impele
nhuma geração se inicia em ponto diferente do da ge suas mentes a se aventurarem nos rigores da religião
ração precedente; tôda geração começa tudo de nôvo; comparativa ou perspectivas históricas. São gente boa
a geração subseqüente não avança além da anterior — que não prejudicam ninguém, mas tendem a ser rígi
na medida em que permanecer fie l à sua tarefa e não das, autoprotetoras e introvertidas. Seu maior proble
a deixar ao abandono," escreveu o filó so fo dinamar ma é estranhar por que não conseguem comunicar-se
quês Soren Kierkegaard. com os jovens.
Julho de 1970 15
No extrem o opôsto existe outro grupo no qual a sim daquele que o enviara, acrescentando: “ Se qual
rebelião da adolescência persiste extemporâneamente. quer homem quiser fazer a vontade dêle, pela mesma
Não foram preparados para o impacto da educação se doutrina conhecerá se ela é de Deus.” (João 7:14-17)
cular. À semelhança do grupo anterior tendem a depen Numa das revelações modernas as promessas quanto
der demasiadamente da autoridade, mas de um tipo di aos resultados obtidos pelo processo de aprender atra
verso. Talvez aceitem prontamente tudo o que lhes re vés das atividades religiosas são ainda mais específicas.
velar um doutor em filo so fia (mesmo fora do seu cam
“ Em verdade, assim diz o Senhor: Acontecerá que tôda
po), mas contestam a realidade da experiência e spiri
a alma que renunciar aos seus pecados vier e a mim,
tual sem mesmo testá-la. M uitos dêste grupo parecem
e clamar ao meu nome e obedecer à minha voz, e guar
estar reagindo contra as restrições e rigor do grupo an
dar os meus mandamentos, verá a minha face e saberá
te rio r. Podem dem onstrar conduta ética e consciencio
que Eu sou.
sa, sendo freqüentem ente cultos ou eficientes nos ne
gócios. Entretanto, quanto à religião, falta-lhes a auto- “ Pois, se guardardes os meus mandamentos, rece-
disciplina necessária para colocarem-se sob a influên bereis a sua plenitude, e sereis glorificados em mim
cia do Espírito Santo. Não compreendendo tal influência, com Eu sou no Pai; portanto, vos digo, vós recebereis
êles a temem como uma violação do intelecto ou sim graça por graça.” (D&C 93:1,20)
plesmente a negam. Não conseguiram discernir como Tôdas estas promessas são condicionadas a atos,
o fêz o filóso fo alemão Kant: e êstes, por si só são um processo de aprendizagem.
“ Há um lim ite onde o intelecto falha e se abate, O desafio de converter-se como adulto, exercendo
e é neste lim ite que se levantam as questões concer o d ireito de livre escolha, não implica na rejeição da
nentes a Deus, à liberdade e à im ortalidade". fé acumulada ou do aprendido no passado, mas sim no
Tendo falado dos dois extrem os, examinemos domínio pessoal de tudo isso até que se torne tão fa
aquêles dispostos a experim entar. Com tal classifica m ilia r que a fôrça espiritual desenvolvida pela vivência
ção não quero dizer que sejam diletantes entretendo-se pessoal possa ser controlada e manejada por princípios
com religiões diferentes, mas sim que buscam expe de justiça. Tal domínio é uma tarefa para a vida inteira.
riência e esclarecim ento religiosos tão sistem ática e Numa fase da vida, crer é apenas a preparação e pró
confiantem ente como procuram a ting ir qualquer outra logo para se continuar crendo durante a fase seguinte.
meta. Êles esperam desenvolver um poder espiritual, Conservar-se disposto a aprender talvez seja a parte
e de fato o conseguem exatamente como o fariam em mais d ifíc il. Nunca devemos esquecer que ser crente
qualquer outra esfera, respeitando as leis e regulamen não significa cessar de aprender ou de experimentar.
tos que o governam. Sabem, por exemplo, que o o b je ti A natureza contínua da conversão transparece no
vo da oração não é apenas produzir convicção e com apêlo do pai do menino enfêrmo que os apóstolos não
prometimento, mas também manter-nos ligados ao su conseguiram curar. Quando o rapaz foi levado ao Sal
premo manancial de fôrça espiritual. Compreendem o vador, êste disse:
porquê da autoridade e a equilibram com a necessária
“ Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. E
inquirição e opinião pessoal. Estas pessoas consegui
logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse:
ram deliberadamente transpor a barreira d ifíc il entre
Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade” . (M ar
a fé infantil e a conversão adulta, com o devido respei
cos 9:23-24)
to pelo auxílio prom etido pelo Senhor. Compreendem
que a fé tem dupla natureza: é tanto um refúgio como Assim se dá com a maioria de nós.
fôrça impelidora para a plena participação na socieda
A conversão não é permanente nem final. Podemos
de. O prim eiro aspecto é ilustrado pelo Salmo 23. O
te r agora um determinado grau de fé, mas o futuro exi
Senhor se torna um baluarte nos dias de provação,
girá uma fé crescente. O que não conseguimos ainda
como disse um profeta antigo. O segundo aspecto da fé
apreender é uma área de incredulidade na qual neces
evidencia-se no encargo dado pelo Salvador de ir e
sitamos de ajuda. A fé nos conduz a essas áreas dan
ensinar tôdas as nações. (M ateus 28:19)
do-nos a capacidade para perceber sentidos e propósi
O método em pírico de aprender a te r fé pela ex tos e para antecipar aquilo que ainda não pode ser
periência foi prescrito pelo Salvador quando admoes demonstrado. Gradualmente começaremos a descobrir
tou o homem a pedir, buscar e bater. (Mateus 7:7-11) a realidade da nossa relação com Deus e, sem perce
Também quando os judeus se admiraram da sua sabe bê-lo de imediato, a conversão acontecerá concomitan-
doria e êle retrucou que a doutrina não era dêle mas temente.
16 A LIAHONA
A Canção de Peter ! , / ^
7
Uma história verdadeira relatada por Lucile C. Reading
eter perscrutou com os olhos todo o quarto de Quando Peter term inou sua oração, veio-lhe à mente
Julho de 1970 17
Manhã Maravilhosa
Margery S. Cannon & Lurene G. Wilkinson
jovem Joseph Smith sentia-se ansioso ao entrar Quando chegou ao local determinado, parou para
18 A LIAHONA
naquele momento parecia a única maneira adequada Ao observar a cena que se apresentava diante dêle,
de orar. ficou estupefato em ver que Deus não era uma fôrça
Joseph mal começara quando algo terrível acon semelhante à eletricidade ou magnetismo, como muitos
teceu. Foi envolvido por uma escuridão cerrada e opres pregadores o descreviam: pôde ver que os homens te r
siva. Reteve a respiração, engolfado pelo tem or. Seria renos haviam sido criados à imagem do Pai Celestial.
errado perguntar a Deus o que os m inistros religiosos Êste falava como o faria qualquer homem. E nunca mais
deveriam saber? Lutou desesperadamente para conti alguém poderia afirm ar-lhe que Deus era uma figura
nuar orando. Então, além das trevas, algo maligno pa remota que não se preocupava com seus filhos que
receu apoderar-se dêle e sujeitá-lo com tal fôrça que habitavam a terra. Êle estava ali, de pé diante de Joseph
não mais conseguia falar. Joseph inclinou a cabeça a in em tôda a sua glória, em resposta à oração clamando
da mais e apertou os braços em redor do corpo. Sen por auxílio.
tia o corpo trem er e julgou estar fadado à destruição. M entalm ente form ulou as perguntas que iria fa
Lançando mão de tôdas as suas fôrças para repe zer. Será que ousaria? A final, talvez fôsse presunço
lir o poder maligno que o acometera, Joseph tentou orar s o . .. Mas, por outro lado, a quem mais poderia recor
novamente implorando desesperadamente que o Pai rer? Quando ia a uma das igrejas afirmavam-lhe que
Celestial o socorresse. ela era a certa e tôdas as outras erradas — se fôsse
Repentinamente começou a clarear e, tão sübita- a uma outra, acontecia o mesmo. A fim de chegar a uma
mente como chegara, a fôrça maligna se foi. Levantan conclusão, Joseph necessitava da ajuda divina. Saber
do o olhar, viu uma luz maravilhosamente brilhante, qual era a igreja verdadeira era de suma importância
mais luminosa do que o fulgor do sol. Semi-cerrando os para o jovem. Esta era a oportunidade. Sem dúvida, era
olhos devido à luz intensa, protegeu-se colocando a mão preciso perguntar, e foi o que fêz arrebatadamente.
sôbre a testa. A coluna de luz gradualmente foi descen “ Qual das igrejas é a verdadeira? A qual delas
do, dourando tudo que atingia. A princípio Joseph pen devo filiar-m e?" (Joseph Smith 2:18)
sou que iria mesmo queimar os ramos do arvoredo, Foi Jesus quem respondeu. Disse-lhe que não se
mas isto não aconteceu. Então, quando a luz pousou filiasse a nenhuma delas, além de muitas outras coisas.
sôbre êle, seu calor o encheu de um gôzo indescritível. Por quanto tempo ficou falando com Jesus êle não
No momento exato em que a luz o atingiu, Joseph sabia. Não se dava conta do passar do tempo. Mas quan
viu dois Sêres, de pé acima dêle dentro da coluna lu do a coluna de luz começou a se desvanecer, os Per
minosa. Sabia que aquêles deviam ser Sêres Celestiais. sonagens C elestiais haviam desaparecido.
Um dêles disse: Olhando em tôrno de si, para os ramos emaranha
“ Êste é o meu Filho Amado. Ouve-o.” (Joseph dos das árvores acima dêle e as fôlhas brilhantes como
Smith 2:17) que recém-brotadas, sentiu-se quase como se nunca
Profundamente assombrado, o jovem Joseph enten antes tivesse visto aquêle lugar. Pareceu surprêso ao
deu o que acontecia. Aquêle era verdadeiramente o reconhecê-lo. Depois Joseph examinou a si próprio, suas
Pai Celestial de pé diante dêle. O outro era Jesus mãos e suas roupas. Também êle não parecia ter
Cristo. mudado.
Joseph Smith ficou tão assoberbado que não con O jovem Joseph Smith não estava certo de te r en
seguia falar. A glória e majestade dos dois Persona tendido tudo o que lhe acontecera naquela manhã, mas
gens o encheram de tal reverência e tem or que não o entesourou na mente. Ao sair do bosque para a clara
encontrava palavras. luz matutina, êle sabia que nunca mais seria o mesmo.
Julho de 1970 19
A Primeira Oração
de Maria Inês
Ik^y . . n*
20 A LIAHONA
A Influência dos Militares
SUD na Ásia
W. Brent Hardy
Julho de 1970 21
A influência dos m ilitares SUD na Ásia não se li observar o calibre dos homens que o Senhor provê
mita apenas aos povos daqueles países. O serviço m ili para tal liderança d is trita l: antigos bispos, membros
ta r e respectivo meio ambiente colocam os membros de presidência de estaca, membros de bispado, sumo-
da Igreja face a face com certos fatos e escolhas d ifí sacerdotes e outros de muita experiência. Os grupos
ceis. A influência doméstica e fa m ilia r tornam-se vozes são visitados regularmente por membros dos conse
do passado. Os homens são obrigados a abandonar a lhos d istrita is. Quando possível, recebem visitas dos
complacente letargia do cômodo “ mormonismo domés m estres fam iliares, mais uma visita extra quando se
tic o ” e escolher a quem servir. Reconhecemos com gra esperam ataques inim igos. Os avanços no Sacerdócio
tidão que, para muitos, essa crise espiritual resulta em são providenciados regularmente, providenciando-se
testemunhos mais fortes e vigoroso anseio de progre ainda recomendações para visita a templos. Para quase
dir. Ao se encontrarem a si mesmos e ao sentido do todos os m ilita re s SUD aquartelados na Ásia existem
Evangelho, sentem-se impelidos a compartilhá-lo com oportunidades de serem ativos e úteis.
os outros. Suas vidas adquirem nôvo significado, as Um exame dos m ilitares SUD na Ásia não seria
metas são definidas. Embora a situação em que se en com pleto se deixarmos de mencionar a contribuição
contram seja desagradável e os deveres cruéis, êles dêles para o crescim ento m aterial da Igreja. Por tôda
emergem decididos a serem mais plenamente o que a Ásia estão sendo construídas capelas com a assis
são: filho s de Deus. tência financeira e trabalho voluntário dêsses m ilitares.
Não se realiza uma reunião no Vietnam sem que Com essas contribuições estão ajudando povos de li
alguém expresse seu aprêço e amor pela espôsa e f i mitados recursos financeiros a desfrutarem os benefí
lhos, ao mesmo tempo comprometendo-se a ser me cios de uma capela. No Vietnam, numerosos m ilitares
lhor espôso e pai. O rapaz que antes era apenas “ m eio ” doam um mês do sôldo de combate para o fundo de
mórmon, encontra um nôvo sentido em sua filiação à construção e o fundo m issionário dêsse país. Esta mes
Igreja, e começa a economizar para poder fazer missão ma generosidade está auxiliando a edificação de ca
após o térm ino do serviço m ilita r. O transgressor se pelas em tôdas as missões asiáticas. Por meio dêsses
arrepende, perm itindo que o Senhor volte a abençoá-lo. recursos m ateriais e incontáveis atos de caridade pes
Outros, que perderam um companheiro querido em ba soal, os m ilita re s SUD contribuem para o bem-estar ma
talha, encaram sua própria vida por uma perspectiva terial da Igreja no presente, favorecendo com isso seu
nova, resolvendo torná-la mais produtiva. A guerra é futuro.
feia, destrutiva e infortunada, mas o pesar que causa Sòmente quem tenha participado de uma confe
é de certa forma amenizado pela bênção de ver sur rência com quatrocentos ou quinhentos m ilitares SUD,
gindo dos escombros, homens melhores, espiritualm en recém-saídos da sujeira, da umidade e dos horrores da
te fortalecidos e determinados. luta na selva, ouvindo-os cantar, “ Chegando a morte
Entre os m ilitares a Igreja é organizada em ramos, tudo irá b e m . . . ” , poderá se n tir a plenitude interior, a
quando exeqüível, ou então em grupos. Sòmente no profundidade de convicção e o manancial confortador
Vietnam existem de 60 a 70 grupos organizados, dis proporcionando pelo viver do Evangelho. Quando êsses
tribuídos em três d istrito s. Cada um dêstes é dirigido grandes homens da Igreja cantam: “ .. .Tudo bem! Tudo
por uma presidência e conselho de d istrito . É alentador b e m !” , estão prestando seu testemunho vivido.
22 A LIAHONA
Avivando a
Chama Interior
Truman G. Madsen
or volta de 1975, poderá haver perto de um Um exame acurado de suas emoções demonstraria
24 A LIAHONA
em certas ocasiões de modo que os jovens sejam expos sentido não necessitam de capelão porque de certo mo
tos ao próprio Salvador, nem que a princípio seja tão do todos êles são capelães.
sòmente para lerem em seus lábios.
E terceiro, porque inúmeros “ garotos” têm-se des
Em suma, êles acreditam no que vêem; e em nos cartado de tradições milenares para aceitar e viver o
so meio, que às vêzes é o dêle (do Senhor), êles po Evangelho, embora suas fam ílias realizassem funerais
dem ser levados ao ponto de reconhecer: sim bólicos por êles. Citem tôdas as exceções possí
veis, mas ainda assim a moderna metáfora continua
“ Então sabereis que me vistes, que Eu sou, e que correta, “ . . . m e u s homens (e mulheres) jo v e n s ... são
sou a verdadeira luz que está em vós, e que vós estais a fôrça da minha casa.” (D&C 101:55)
em mim; caso contrário, não podereis abundar.” (D&C
88:50) A motivação Familial
É isto exatamente o que ocorre. Primeiro, por que Parley P. Pratt o previu: “ A restauração dessas pu
a presença dos jovens no centro dos programas da Igre ras leis e práticas começou a melhorar ou regenerar a
ja tem o efeito, de dim inuir as transgressões dos adul raça. Uma vida santa e sóbria; moral pura e conduta
tos, ou melhor, de induzi-los a provar sua própria reno pura; fé, esperança, caridade, jovialidade, bondade, in
vação procurando preparar melhor a nova geração? tegridade; desenvolvimento intelectual, conhecimento e
Perguntem a qualquer professor da A . M . M . Segundo, verdade pura; e, acima de tudo, a influência do Espírito
devido à influencia exercida pelos jovens longe de casa. divino, produzirão uma raça mais bela, forte, vigorosa,
Êles viajam por terras e mares em várias missões, in de temperamento e disposição mais feliz, mais inte
clusive m ilitar. Lá vão êles pelo mundo afora, garotos lectual, menos viciosa, e mais bem preparada para uma
ordenados élderes. Estão por aí, combatentes íntegros vida longa e bons dias nessa sua temporada terrena."
participando conscienciosamente, uma “ estirpe diferen (Key to Theology, Deseret Book Company, 1965, pp.
te ", como os chamou um oficial atônito, que em certo 167-68)
Julho de 1970 25
Uma Geração e n f'
Desenvolvimento
Kenneth W. Godfrey
juventude atual mostra-se mais ansiosa em pessoa de fazer as suas “ coisas". Êste é provavelmen
26 A LIAHONA
Com grande discernim ento, declara um grande lí tribuindo com nossa parte para melhorá-lo de forma tal
der: “ A entrevista envolve pelo menos três pessoas, que possa e x is tir a Sião com que sonhamos.
sendo uma delas o próprio Deus. Os entrevistados con Os jovens hoje em dia desejam líderes que se con
fiam em mim porque confiam nele e se não o conhece centrem em seu sonho da Sião e que tomem posição
rem, será d ifícil que tenham confiança em m im ." Por quanto às questões sociais, mas também querem líderes
isso, êsse líder acha extremamente importante que as que não julguem m uito duramente aqueles de quem dis
pessoas jovens adquiram uma relação e envolvim ento cordam. Querem ouvir acêrca de grupos m inoritários e
pessoal com Deus. se envolverem com êles, embora paralelamente se
Os jovens reconhecem que os líderes devem obje oponham a que a religião se torne um mero evangelho
tar quando estão errados, e por conseguinte não se social de boas ações.
opõem a isso. Mas tais objeções devem ser feitas sò Sentindo a necessidade de total dedicação e con
mente após terem sido ouvidos e num ambiente de vicção genuína, apreciam a ênfase dada ao relaciona
mútuo respeito. mento significativo com Jesus C risto, bem como ao en
As pessoas jovens precisam sentir que seus líderes volvim ento com os eventos correntes. A juventude atual
os compreendem e se interessam por elas. A despeito está consciente da necessidade da certeza e da ênfase
de quão turbulento possa ser seu modo de agir, elas nas verdades eternas. Certos princípios tais como ser
podem ser trazidas para uma conduta aceitável quando viço, honestidade, justiça, fé e arrependimento têm um
são compreendidas. É conveniente te r em mente que real significado em suas vidas, e anseiam por oportu
Jesus C risto, durante seu m inistério entre os homens, nidades para utilizar o Evangelho na ajuda ao próximo
nunca disse a uma pessoa que ela era tão dissoluta que bem como para increm entar seu próprio relacionamen
não pudesse arrepender-se. Talvez tenha sido o Presi to com Deus.
dente McKay que melhor resumiu as qualidades que “ A juventude,” declarou certo bispo, “ primeiramen
tanto jovens quanto líderes devem possuir: “ Não há ca te suspeita dos adultos que envergam o manto da au
minho que leve ao coração de Deus, que não passe pelo toridade. Grande parte dela, a princípio demonstra ativo
coração do homem.” ressentim ento contra qualquer coisa parecida com en
trevista com o bispo. É preciso algum tempo e um diá
logo penetrante até que comecem a sentir que me dis-
Kenneth W. Godfrey, membro do sumo conselho da Estaca
Tempe no Arizona, é coordenador da divisão dos Seminários e Ins ponho a escutar paciente e interessadamente, e que ju l
titutos de Religião do Arizona e Nôvo México. garei com parcimônia — e muito, muito cuidado."
Julho de 1970 27
0 Bispo Presidente Fala à Juventude sôbre
METAS
Bispo John H. Vandenberg
nos afrás, o Presidente Oscar A. Kirkham, mem necessário para usufruir a vida são algumas dessas
28 A LIAHONA
ry
*cr
Princípios
Que
Governam a V
Adoração
David Lawrence McKay
uando Moisés se aproximava da sarça ardente, O que disse o Salvador? Que devemos adorar em
Julho de 1970 29
si reconhecendo quão perto haviam estado do Senhor: O te rceiro princípio de adoração para o qual quero
“ Porventura não ardia em nós o nosso coração?” chamar a atenção é: Todo ato do serviço de adoração
(Lucas 24:32) Quando tivem os uma experiência subli promove ou prejudica a reverência.
me na Escola Dominical ou reunião sacramental, não
poderíamos dizer também: “ Porventura não ardia em O procedimento do serviço de adoração da Escola
nós o nosso coração?” Dominical desenvolveu-se no decorrer de mais de 50
anos chegando a um ponto tal que, se os líderes es
O segundo princípio da adoração é: Um lugar sa tiverem preparados e providenciarem que os partici
grado nos ajuda a focalizar nossos pensamentos em pantes também o estejam, o senso de reverência re
Deus. sultará quase que inevitàvelm ente. Um organista bem
avisado poderá executar o prelúdio devocional de tal
Não desejo voltar à questão da mulher samaritana modo que a congregação o acompanhará na meditação
para decidir se os bosques e montanhas são melhores dos ensinamentos do Salvador. No verdadeiro serviço
do que os templos para adorar a Deus. O ponto prin de adoração o hino de abertura e a prim eira oração
cipal é o seguinte: Torna-se mais fácil ser reverente invocam as bênçãos do nosso Pai Celestial. O bispo
quando todo o ambiente contribui para isso do que e o superintendente prepararam tudo de tal maneira
numa atmosfera de jovialidade ou mundanismo, baru que todos os anúncios desnecessários são eliminados.
lho ou bulha. Nunca há referências a jogos, festas, jantares ou ou
tros eventos que não estejam de acôrdo com o espí
O Salvador refugiou-se no deserto para quarenta rito de adoração. O regente de música dirige o ensaio
dias de contemplação, e posteriorm ente subiu ao Mon de hino com dignidade, salientando o sentido da letra.
te da Transfiguração. Quis fic a r só no Jardim do Get-
sêmani em sua hora de agonia, quando ofereceu sua A superintendência reuniu-se com os que devem
oração ao Pai. Elias procurou uma caverna onde pu fazer os discursos de dois minutos e meio, ler a jóia
desse ouvir o suave m urm úrio do Espírito acima dos sacramental e adm inistrar o sacramento, de modo que
raios, do fogo e dos trovões. O Profeta Joseph Smith os participantes sintam o interêsse e preocupação da
dirigiu-se ao Bosque Sagrado. superintendência de que tudo corra bem e para que
conheçam os m otivos do serviço que irão prestar e a
Nossas capelas são edificadas e dedicadas para melhor maneira de executá-lo. Quanto aos superinten
êsse único objetivo. De certa forma, cada uma delas dentes, seria uma boa idéia anotar seus pensamentos
é um bosque sagrado onde podemos nos reunir a salvo sôbre cada uma dessas designações e distribuí-los
da algazarra e tum ultos mundanos e nos congregarmos àqueles que foram chamados a cumpri-las. Faça com que
ligados uns aos outros em devota oração. Será que leiem e m editem em particular sôbre a natureza sa
nos damos conta de que quando falamos com nosso grada de seus chamados, induzindo-os a que dobrem
vizinho dúrante o prelúdio devocional poderemos estar os joelhos em oração e humilhem a mente em prepa
interrompendo um ato de devoção? Conversas e ado ração antes do início do serviço. Convide os partici
ração não andam de mãos dadas numa capela Uma pantes para a reunião de oração para sintonizarem-se
exclui a outra. com o Espírito Santo e esquecerem as coisas mun
danas.
Quando menino, sentado na capela de H untsville,
eu costumava contem plar um quadro ali pendurado que U tilizem a lista de verificação distribuída na reu
dizia: “ Esta é a casa do Senhor” . Seria ótim o que cada nião regional da Escola Dominical realizada em março
um de nós tivesse sempre presente esta frase: “ Esta de 1970 para aperfeiçoar o serviço de adoração. Exa
é a casa do Senhor” . Esta capela não deixa de ser um minem item por item e procurem alcançar a perfeição.
bosque sagrado para cada um de nós. Não necessita Empreguem linguagem reverente e refinada a fim de
mos de tem plos marmóreos ou elegantes catedrais. que tôdas as coisas rudes sejam eliminadas do serviço;
Nossas mais humildes capelas são perfeitam ente ade de modo que todo pensamento, tôda influência am
quadas. É a nossa atitude que torna o lugar sagrado. biente e todo ato sejam para um único propósito: cçn-
O edifício fo i dedicado à adoração, mas nós também vidar o Espírito Santo do nosso Pai nos céus a habitar
devemos dedicar-nos à adoração assim como o foi a entre nós. Cada gesto é im portante; cada inflexão vocal
capela. Então, e só então, pode o Espírito do nosso transm ite sua mensagem. Esforcemo-nos por a tingir a
Pai Celestial entrar em nossos corações e falar-nos perfeição em cada detalhe, para que o Senhor possa
como a voz falou a Elias. estar conosco.
30 A LIAHONA
A Urdidura
do Tecido da Vida
Familiar
esejo apresentar meus respeitos aos chefes e ou fortalece a casa e provê proteção e sustento. E é
Julho de 1970 31
“ . . . S e algum irmão tem m ulher descrente, e ela Como em qualquer trabalho de tecelagem ocor
consente em habitar com êle. não a deixe. rem nós, como os momentos de provação e tentação
“ E se alguma mulher tem marido descrente, e êle que precisamos vencer, pois nem tudo é fácil. Haverá
consente em habitar com ela, não o deixe. dias em que nos sentirem os cansadas do “ te c e r” con
tínuo em que estamos empenhadas. O tecido do nosso
“ Porque o marido descrente é santificado pela lar será colorido pelos vários problemas e revéses
m ulher; e a mulher descrente é santificada pelo ma
com que nos defrontamos ao longo do caminho, mas se
rido; doutra sorte os vossos filhos seriam imundos;
vencidos galhardamente, êles sòmente aumentarão a
mas agora são santos.
beleza do desenho final. Sim. se tiverm os amor em
“ Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque nossos corações e também entendimento, tais proble
neste caso o irmão ou irmã, não está sujeito à servi mas superados serão como os fios de prata e ouro que
dão; mas Deus chamou-nos para a paz. são mais fo rtes do que qualquer outro material que
“ Porque, donde sabes, ó m ulher, se salvarás teu podemos encontrar pelo caminho. Se conseguirmos
marido? ou, donde sabes, ó marido, se salvarás tua apenas ser abnegadas e te r o sincero desejo de amar
m ulher?” e se rvir nossas fam ílias, e também ser corajosas e
fo rtes no trabalho que somos chamadas a fazer, pode
Bem, minhas queridas companheiras, se consegui
remos “ te c e r” o mais belo de todos os tecidos.
rem ser completamente abnegadas e dóceis e hum il
des, e possuem o verdadeiro espírito do amor cristão, Esposas, mães, como será exatamente o tecido do
e são guiadas pelo Espírito Santo em suas ações e seu lar? Vocês estão realizando um trabalho belo e
palavras, estou certa de que trabalhando com essas ordeiro através da paz e do amor, ou serão daquelas
influências vocês podem tornar-se verdadeiramente um esposas que trabalham desordenamente — como a es
instrum ento nas mãos de Deus para m odificar o co pôsa que abandona o tear dom éstico e sai para tentar
ração de seus maridos para m elhor, para que possam encontrar sua própria felicidade e alegria que nunca
também êles ser verdadeiros cristãos. poderá encontrar fora da sua própria designação espe
cial no lar? Hoje em dia existem tantas mulheres re
A segunda palavra sôbre a qual desejo falar-lhes clamando liberdade, d ireitos e libertação das respon
é o têrm o inglês “ w ife " (espôsa. m ulher). O sig n ifi sabilidades tradicionais do lar e da fam ília. Esta classe
cado desta palavra é algo que tôdas provavelmente de mulheres nunca será capaz de “ te c e r” o belo tra
gostaríamos de saber. Acho que podemos aprender balho necessário para te r um lar fe liz até que se arre
bastante da origem dela. A palavra “ w ife ” deriva-se do pendam e retornem à obra que Deus lhes deu o p riv i
verbo “ to w eave” (te ce r). Em tempos remotos tôdas légio de executar.
as fazendas e roupas eram tecidas em casa. Mesmo o Outro ponto que eu gostaria de abordar é pedir a
fio era produzido no lar numa roda de fiar. Quando tôdas as mães aqui presentes que se lembrem de que
havia sido fiado bastante m aterial, êste era transfor a urdidura da vida dos seus filhos, o caráter dêles, é
mado em tecidos num tear manual. Originalm ente, era grandemente determinada pelo trabalho que nos vêem
a espôsa que se encarregava da produção de tecidos. executando. Êles não só aprendem de nós, mas nós
Gostaria de novamente cita r a Bíblia, agora do Velho literalm ente “ te cem os” a urdidura da vida dêles em
Testamento: seus prim eiros anos. De fato, começamos a “ te c e r” o
“ A m ulher virtuosa busca lã e linho, e trabalha de padrão da vida dêles mesmo antes de nascerem. Sim,
boa vontade com as suas mãos. Estende as suas mãos uma de nossas mais im portantes tarefas de “ te celã s”
ao fuso, e as palmas das suas mãos pegam na roca. prende-se aos nossos filhos.
Faz panos de linho fino, e v e n d e -o s ..." (Provérbios Devemos lembrar-nos sempre que a vida de nossos
31:13, 19, 24) filh o s é composta de três partes — isto é, corpo, mente
O marido, como mencionamos anteriorm ente, tem e espírito. Existem muitas de nós que provêem todo o
a responsabilidade de prover tôdas as coisas exterio necessário para seus corpos e os encorajam vigorosa
res para manter o lar, o vínculo doméstico, mas a mente em seus estudos acadêmicos para que desen
espôsa tem a responsabilidade e a oportunidade de volvam a mente, mas não podemos esquecer que se
“ te ce r" a trama da vida fam iliar. Isto é fe ito na in ti não alim entarm os, auxiliarm os e sustentarmos seus
midade do lar a fim de que haja a necessária felicidade espíritos, estaremos na realidade negligenciando a par
para sua fam ília. E vocês sabem, companheiras, a meu te mais im portante dêles — seu espírito eterno.
ver êste é o mais belo trabalho e a mais importante Quão fe liz deve ser a mãe ou espôsa capaz de
obra produzida em todo o mundo — tecer os fio s da responder: Sim, no amor e na graça de Deus meu es
vida fa m iliar de vocês. E como é belo o produto “ te c i p írito vive e vivem os espíritos do meu marido e dos
do" pela verdadeira m ulher ou espôsa cristã, especial meus filh o s a despeito das adversidades dêste mundo
mente uma m ulher cristã como a descrita no Livro de incerto.
Provérbios, aquela que deseja sinceramente tornar fe Ofereço a tôdas vocês o meu amor. Agradeço-lhes
lizes seu marido, seus filho s e sua fam ília. por esta oportunidade.
32 A LIAHONA
A
Salvação
da
Alma
Marion G. Romney
do Conselho dos Doze
Julho de 1970 33
Aprendemos ainda através do Profeta que o espí rem seu segundo estado terão aumento de glória sôbre
rito possui um corpo m aterial. suas cabeças para todo o sem pre." (Abraão 3:24-26)
“ . .. Tod o espírito é matéria, (disse êle) mas é O fato de agora se rm o s ,almas humanas prova que
mais fino e puro, e só pode ser discernido por olhos guardamos o p rim eiro estado, sendo-nos assegurado
de maior pureza; ...q u a n d o os nossos corpos forem que nos será acrescida a imortalidade. Mas ainda não
purificados, veremos que tudo é m atéria.” (D&C 131:7-8) nos é assegurada aquela salvação visualizada pelo Pro
O NASCIMENTO DAS ALMAS feta em sua exortação às irmãs da Sociedade de So
Pouco antes de Jesus nascer em Belém corro. Na busca dessa salvação, enfrentamos atualmente
“ . . . a voz do Senhor se fêz ouvir (a Néfi) dizen o m aior desafio que jamais defrontamos ou encontrare
do: .. .a hora é chegada... sendo que amanhã virei ao mos: o de guardar nosso segundo estado. Isto exige
m u n d o . . . " (3 Néfi 1:12-13) que cumpramos “ tôdas as coisas que o Senhor" nosso
Desta maneira Jesus C risto, o espírito que havia Deus requer. Se o fizerm os, terem os “ aumento de gló
aparecido ao irmão de Jared cerca de 2.200 anos antes, ria s ô b r e . . . (nossas) cabeças para todo o sem pre.”
veio “ ao mundo" revestido de corpo m ortal. Como filh o (Veja Mateus 5:48) Tornar-nos-emos perfeitos como são
de Eloim e Maria, ingressou na m ortalidade como alma perfeitos Jesus e nosso Pai nos céus. Isto foi o que
vivente. êle quis dizer ao falar de salvação.
E assim tem sido sempre. Quando a mãe dá à luz Se alguém perguntasse o que êste longo discurso
um filho, uma alma humana, um filh o espiritual de Deus tem a ver com o encargo de “ salvar alm as", esta seria
num corpo m ortal vem ao mundo. a minha resposta:
Esta é a resposta à pergunta do salm ista: “ Que é Procurei recordar o que é a alma; lembrar-lhes seu
o h o m e m . . . ? (Salmos 8:4) in fin ito valor e potencial; o que significa salvar uma
Empresta também sentido às inspiradas linhas de alma, e como fazê-lo, porque acredito que, se preten
Shakespeare: demos ser eficientes no empenho de ajudar a salvar
“ Que grande obra é o homem! Quão nobre seu almas, o conhecimento dessas coisas é imprescindível.
propósito! Quão infinitas suas faculdades! Em forma e Creio que um guia que deseja orientar outros precisa
movimentos, quão expressivo e adm irável! Em ação, te r um correto entendimento da meta almejada, o que
quão semelhante a um anjo! Quando apreensivo, como significa alcançá-la, como consegui-lo, e estar êle pró
se assemelha a um deus!" (Hamlet, A to 2, Cena 2.) prio a caminho. Estou convicto de que uma clara e
constante visão dessas coisas é que proporciona às
O VALOR DE UMA ALM A
pessoas motivação e orientação.
É MEDIDO POR SEU POTENCIAL
É a visão de Sião, com a esperança e expectativa
O Criador dotou tôdas as coisas vivas com semen de assegurar um lugar nesse meio, que tem mantido
tes próprias para produzirem descendentes capazes de em seu curso os justos através dos tempos.
alcançar, em plena maturidade, a semelhança de quem O Presidente Brigham Young, já na década de 1850,
os produziu. Isto se aplica a todos os descendentes das lembrou a certo grupo de santos que não fôra
plantas, dos animais e do homem. Também é verdade “ .. .a visão de tanger gado através das pl aní ci es...
quanto aos descendentes de Deus. Sendo um filh o es atolando-se neste ou naquele charco, (nem as d ific u l
piritual por êle gerado, o homem é dotado do potencial dades causadas) pelo estouro das boiadas e pelos de
de tornar-se igual a Deus, seu Pai. mau caráter entre o povo, (mas a) visão de Si ão. . .
.. .agora somos filho s de Deus (disse João), e ain em sua beleza e glória (que lhes dera ânim o).
da não é manifestado o que havemos de ser; mas sa
“ . . . imaginastes (disse êle) a beleza e glória de
bemos que, quando êle se m anifestar, seremos seme Sião para que vos desse coragem e ânimo para en
lhantes a ê l e . . . " (1 João 3:2) fren ta r as aflições, sofrim entos è desapontamentos des
Jesus prescreveu ao homem aspirar a tal condi ta vida m ortal, e superá-los e estar preparados para
ção sublime, ao dizer: gozar a glória do Senhor como vos foi revelado."
“ Portanto, quisera que fósseis perfeitos, assim co
Paulo lembrou aos hebreus que o próprio Redentor
mo Eu ou o vosso Pai que está nos céus." (3 Néfi 12:48) fo i induzido desta maneira a apegar-se ao seu caminho.
O PLANO Êle o expressou assim:
Salvar almas — proporcionando-lhes a “ im o rtali “ . .. Jesus, (a) autor e consumador da f é . . . pelo
dade e a vida eterna" — tem sido o propósito buscado gôzo que lhe estava proposto suportou a c r uz . . . (He
por Deus desde o princípio. Seu plano para a ting ir êsse breus 12:2)
propósito fo i anunciado no grande conselho pré-terreno, Apreciam os e reverenciamos nossos hinos predi
onde havia entre os espíritos um letos porque elevam nossos pensamentos e determ i
“ . . . q u e era semelhante a Deus e disse aos que nação às gloriosas recompensas decorrentes do viver
se achavam com Êle: Desceremos, pois há espaço lá, justo.
e tomaremos dêstes m ateriais e farem os uma terra “ Que firm e alicerce, ó santos do Senhor,
onde êstes possam morar. Tereis pela fé em Jesus, o Salvador!
“ E prová-los-emos com isto, para ver se êles farão Na vida ou na m orte, no fausto ou na dor,
tôdas as coisas que o Senhor seu Deus lhes mandar; Quer pobres ou ricos, te re is o seu amor.
“ E aos que guardarem seu prim eiro estado lhes Pois Êle que pode a torm enta acalmar,
será acrescido; e os que não guardarem seu prim eiro Seus santos queridos virá resgatar."
estado não terão glória no mesmo reino com aquêles (Hino, “ Que Firme A licerce".)
que guardarem seu prim eiro estado; e os que guarda Ou então:
34 A LIAHONA
"Chegando a morte, tudo irá bem, “ Esta sociedade deve ensinar às mulheres como
Vamos paz todos ter. conduzir-se para com os maridos, a tratá-los com bran-
Livres das lutas e dores também, dura e afeição. Quando um homem está abatido por
Com os justos viver. contratem pos, e sente-se confuso devido a preocupa
Mas se a vida Deus nos poupar, ções e dificuldades, se fô r recebido com um sorriso
Bem alto poderemos cantar: em lugar de reclamações ou resmungos, isto acalmará
Tudo bem! Tudo b e m !” sua alma e amenizará suas mágoas; quando a mente
(Hino, “ Vinde, ó Santos".) está prestes a se desesperar, ela necessita do con
E por isso repito: um pré-requisito para salvar fo rto proporcionado pela afeição e bondade." (DHC
almas é estar sempre cônscio do que é uma alma, o IV: 606-7
que significa salvá-la e como consegui-lo. Portanto, O “ círculo im ediato” também inclui filhos, netos e
“ . . . (entesouremos) estas coisas e m . . . (nossos) demais fam iliares. Quanto à nossa obrigação nesse
corações, e que as solenidades da eternidade descan campo, sinto que há m uito a fazer em numerosas áreas.
sem e m . . . (nossas) m entes." (D&C 43:34) Por exemplo, no que concerne às mães que trabalham
E assim fazendo, estaremos capacitados a não sò para as reuniões fam iliares.
mente salvar nossa própria alma, mas também a enco Recentemente tive notícias de uma Primária em
rajar aquêles com quem devemos trabalhar a se em que as crianças relutavam em voltar para casa porque
penharem na salvação da sua alma de maneira seme suas mães estavam ausentes por trabalharem fora.
lhante. Enquanto isso, é conveniente lembrarmo-nos As iritiãs da Sociedade de Socorro que entendem
que, embora a Igreja tenha a responsabilidade de levar e apreciam o que aqui dissemos referente à salvação
a mensagem da salvação a todo o mundo, o Profeta de almas e à influência da sua ausência do lar sôbre
deu à Sociedade de Socorro uma designação mais es as crianças, não ficarão fora de casa para trabalhar a
pecífica, dizendo: não ser por premente necessidade. Em nenhuma outra
“ Que vosso trabalho se restrinja principalm ente aos área de sua grande tarefa, as “ Damas da Sociedade de
que vivem próximos a vós, e no círculo de vossas ami Socorro” poderão co ntribu ir mais para a salvação de
zades, quanto ao que diz respeito ao conhecimento, almas do que motivando a si próprias e a tôdas as
poderá estender-se a todo o mundo; mas vossa admi demais mulheres da Igreja, a implantar na mente e no
nistração deve restringir-se ao círculo imediato, mais coração de seus filho s o anseio de servir ao Senhor,
especificam ente às sócias da Sociedade de Socorro.” de louvar o seu nome, e de aprender os caminhos do
(DHC IV: 607) Senhor pelo exemplo dos pais.
Sabemos que o Profeta entendia que êsse "círculo Que esta seja a nossa meta e o nosso sucesso, eu
im ediato” incluía os maridos, pois disse também: oro em nome de Jesus C risto. Amém.
íà r r * = = = = \
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- ü- -
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é
Jóias Sacramentais
Escola Dominical Júnior: Escola Dominical Sênior:
Julho de 1970 35
FOCO
o período de 1942 a 1954, a guerra e o pós- significava um grande progresso. Hoje, uma das gran
campo m issionário milhares de pregadores (entre nós, trapassou dez vêzes a marca de 1948 (103 batismos)
com a saída dos m issionários, o número de batismos e já atingiu a metade da de 1969: 1034 batismos até
BRASILEIRA
caiu de 69 em 1942, para 9 em 1945) êste crescim ento abril para 2106 em 31 de dezembro de 1969.
36 A LIAHONA
MISSÃO
0 Sucesso da
BRASILEIRA
Exposição Móvel
EM
FOCO
R. Kent Mathews
árias pessoas que até então não se haviam mento; a AM M demonstra as atividades juvenis que
Julho de 1970 37
REVISTA
EM
NORTE
DO
BRASILEIRA
do 140° Aniversário da Restauração do Evangelho, rea ses, criando a necessidade de, em fevereiro passado,
lizada em Belo Horizonte na últim a quinzena de abril desmembrar do antigo ramo de Belo Horizonte o ramo
A mostra organizada pelos ramos da Capital m ineira da Floresta, devendo outro ser criado nos próximos
recebeu ampla cobertura da imprensa e da televisão mêses. O presidente do ramo de Belo Horizonte é Cláu
local. Durante a realização, que se estendeu por uma dio E. Bueno, com Ângelo B. P irillo e Jefferson G. de
semana além do prazo previsto devido ao grande afluxo Sousa como conselheiros. A nova unidade é presidida
de visitantes, exibiu-se o film e “ Em Busca da Felicida por Robert Taylor e seu conselheiro Carlos A. O. da Sil
de ” , que é também atração do Pavilhão Mórmon na va. Espera-se que já por volta de 1972 haja condições
EXPO'70. A exposição re fle tiu também o acelerado pro de se cria r a prim eira estaca mineira. Na foto, flagran
gresso da Igreja em Belo Horizonte, onde 125 dos seus te da exposição.
38 A LIAHONA
Neste número, a LIAHONA dá início à publicação dades das Estacas paulistas, êste mês focalizando a
da sua série “ Abram A la s ” , um desfile das grandes uni- Ala Xl-Moóca, ESPL.
Ala XI - Moóca
Em março passado, a Ala Xl-Moóca, ESPL, consti
tuía uma gigantesca unidade com quase m il membros,
cêrca de quatro vêzes o número usual de membros de
uma unidade comum, devendo breve originar um ou
mais ramos satélites. (V. Prudente seria sede de uma
unidade a ser criada breve).
A data de sua formação perdeu-se, mas sabe-se
que se trata de uma antiga unidade que herdou o equi
pamento do e xtinto e histórico Ramo do Centro (cujo
antigo órgão ainda se acha em uso.) Uma fábrica foi
adaptada para funcionar como capela sendo afinal
substituída pelo edifício próprio erguido na Rua da
Moóca, 4835.
O pequeno ramo que desenvolveu-se até tornar-se
uma grande ala em setem bro de 1969, hoje, sob a di
reção do Bispo Wagner dos Santos e de seus conse
lheiros, Juan R. Gonzalez e Nestor C revelanti, secretaria
dos por O lím pio Donda, só nos trabalhos de liderança
A partir da esq.: Juan R. Gonzalez, Bispo Wagner dos Santos, ocupa quase cem membros, o número de pessoas que
Nestor Crevelanti. usualmente compõe um pequeno ramo.
Julho de 1970
Jovens Vivem a Ordem Financeira da Igreja
A juventude da Ala Xl-Moóca, ESPL, confrontada te a lei financeira do Senhor; em segundo lugar, a ala
com o problema de falta de fundos disponíveis para a teria meios de destinar-lhes uma verba maior para o seu
execução do seu programa esportivo, encontrou a me programa esportivo.
lhor das soluções ao redescobrir a maneira adequada Incentivados pela liderança da AM M a apoiarem a
de assumir responsabilidade pessoal pelo custeio do ordem da Igreja, a quase totalidade dos jovens ativos
programa esportivo da ala, desenvolvido em seu bene respondeu positivam ente. Tão logo o Bispo Wagner dos
fício — e pela operação da quadra de esportes, inope Santos teve em suas mãos o fruto da obediência dos
rante havia quase seis meses. jovens, êsses passaram a usufruir das bênções dessa
obediência. A prática de esportes da ala, assim vincula
Na interpelação fe ita pelo Senhor ao seu povo, por
da à observância da ordem na Igreja, logo provou-se
interm édio de Malaquias, a respeito do roubo no tocan
um instrum ento de divulgação do Evangelho entre os
te aos dízimos devidos à sua casa, mencionou também
jovens: seis dos integrantes de uma equipe esportiva
as “ ofertas alçadas". (Vide Malaquias 3:8) Nos dias
composta de não-membros, impressionados com a vida
de hoje, uma destas “ ofertas alçadas" é a oferta para o
dentro da Igreja, após a disputa de uma partida futebo
fundo de manutenção da ala, indispensável à conserva
lística, converteram-se ao Senhor.
ção e à operação do edifício e do equipamento das ca
pelas. Não obstante, não são poucos os dizim istas que
têm esquecido tais “ ofertas alçadas” . Êsse era um dos
problemas que a Ala XI vinha enfrentando quando sur
giu a necessidade de se adquirir equipamento e sporti
vo. A liderança dos jovens da Ala XI cogitou de inú
meros meios de arrecadar fundos, chegando finalm en
te à conclusão de que o m elhor dêles já estava esta
belecido no manual “ AM M -Executivos” (para não se di
zer no Velho Testam ento): Os oficiais da AM M são so
licitados apenas a determ inarem as necessidades finan
ceiras para a execução dos seus programas, sem se
preocuparem com problemas de arrecadação de fun
dos, uma vez que o custeio dêsses programas é fe ito
através do orçamento da ala (Vide p. 98). Nesse caso,
se também os jovens se dispusessem a ofertar para o
fundo de manutenção, seriam beneficiados de dois mo
dos: em prim eiro lugar estariam vivendo mais plenamen
40 A LIAHONA
Sacerdotes em
Conferência na
ESPL
Cêrca de 160 jovens entre 16 e 21 anos (idade de
serem ordenados sacerdotes), participaram da Con
ferência Semestral de Sacerdotes da ESPL, realizada
em 21 de abril passado, na capela de Santos. Na oca
sião, foram-lhes apresentados os dois mais recentes
projetos em curso de execução na Igreja, além do pro
grama missionário, sôbre o qual O síris G. Cabral, da
Missão da ESPL, discorreu, salientando o papel do sa
cerdote na obra m issionária. A seguir, o Pres. Hélio da
R. Camargo, da ESPL, expôs a necessidade e a impor Ao centro: Élder Eduardo Tomanik, assentado no conselho dos seus
tância de instalar-se entre nós a Universidade Mórmon irmãos no início dêste ano, tendo à esquerda Giacomo Cúndari, à
do Brasil. A parte expositiva da reunião foi encerrada direita José B. Puerta.
pelo Pres. Sherman H. Hibbert, da Missão Brasileira,
que abordou o Projeto Templo, mencionando como base
de estim ativa para o estabelecim ento de metas locais
o d istrito do tem plo de Manti, que em suas 15 estacas
conta com 60.000 membros de elevado índice de a tiv i
Regressa um dos
dade, salientando em face dêstes dados que o Brasil
deverá esforçar-se para v ir a conter a maior concen
Grandes de Israel
tração de membros da Igreja na Am érica do Sul para
Há quase uma década, durante o período em que
poder converter-se no prim eiro d is trito de tem plo des
convalescia de um derrame cerebral, uma dupla de mis
sa região.
sionários levou ao casal Tomanik a gloriosa boa nova
Após os discursos, os participantes foram d ivid i
de Jesus Cristo. Ainda apoiado em bengalas, Eduardo
dos em três grupos de debates sôbre os temas trata
Tomanik chegou à capela para receber, juntamente com
dos. Cada grupo elegeu um representante para defen
sua espôsa, Alzira Tomanik, a ordenança do batismo,
der no púlpito as teses tiradas em debate. O Congresso
durante a qual prometeu ao Senhor dedicar o restante
encerrou-se à tarde com esportes e diversões de praia.
dos anos que lhe fôssem concedidos na terra ao traba
lho da Igreja.
Poucas pessoas levaram tão a sério a palavra em
penhada ao Senhor. Inicialmente tornou-se secretário
Festival de Dança - ESPL do então ramo de V. Mariana, sob o Pres. Osíris Cabral;
depois, secretário do extinto Distrito de Piratininga, com
o Pres. Walter Spãt; em seguida tornou-se o primeiro
Trezentas pessoas prestigiaram a apresentação dos
brasileiro a secretariar a Missão Brasileira, então sob o
quatorze números de dança levados ao palco do salão
Pres. Wayne M. Beck. Criada a Estaca São Paulo, em
cultural da capela da Ala I, Vila Mariana, durante o
1.° de maio de 1966, tornou-se o primeiro secretário de
Festival de Dança da ESPL, realizado em 25 de abril pas
estaca da América do Sul e quando foi criada a Estaca
sado. Os conjuntos de Santos, Ala Xl-Moóca e o Inte
São Paulo Leste, foi chamado como seu primeiro secre
grado pelos membros dos ramos do Cambucí e do Ipi
tário. Tornou-se assim não apenas um secretário, ho
ranga, que apresentaram respectivamente “ C orridinho” ,
mem chave nos negócios da Igreja, mas “o” secretá
“ C harleston” e “ Valsa das F lores” , receberam c la s s ifi
rio, que, como testemunham seus amigos íntimos,
cação especial pelo desempenho dos integrantes e pela
criara em sua casa como que uma extensão dos escri
participação da platéia.
tórios da Igreja, onde sempre era encontrado traba
lhando nos negócios do Senhor a qualquer hora que
chegassem.
A 9 de junho último, o Irmão Eduardo Tomanik, 71
anos de idade, sofreu nôvo derrame cerebral. Parafra
seando Salomão, “seu corpo voltou ao pó e seu espírito
regressou a Deus, que o deu,” (Vd. Ec 12:7), encerran
do-se assim uma notável carreira que muito contribuiu
para o desenvolvimento da Igreja entre nós. Deixa sua
querida espôsa com quem conviveu 42 anos de um ca
samento feliz, e filhos. A LIAHONA une-se a todos os
irmãos de São Paulo ao prestar tributo de honra a êsse
dedicado filho de Deus.
Julho de 1970 41
Os escoteiros do Irmão Caetano Becari ajudam a armar as barracas. Armar e desarmar barracas foi a grande diversão dos participantes.
O belo sítio do acampamento ao alvorecer. Os líderes da ESP estiveram presentes durante tôda a Conferência.
42 A LIAHONA
0 pessoal sentiu-se logo integrado na vida de acampamento. Juan C. Vidal, nôvo bispo da Ala III ■ ESP.
Nôvo Bispo na
Ala III - ESP
em Acampamento Durante a Conferência da Ala III, realizada na ca
pela de Santo Amaro, o Pres. W alter Spãt, da ESP, apre
sentou para apôio da congregação o nôvo bispo dessa
tema oportunamente abordado e a discussão franca do ala, Juan Condom Vidal, de 56 anos, o qual terá ao seu
sexo, dentro do tema “ Castidade", contribuiu para a fir cuidado os 478 membros que compõem aquela congre
mar entre os jovens uma perspectiva sadia a respeito gação. José F. de Andrade e Arnaldo Denzeler, conse
dêsse importante assunto. Até mesmo o show programa lheiros do Bispo W ilson S. Netto, honrosamente deso
do escapou à pratica usual das conferências anteriores: brigado para poder servir em outra capacidade, foram
os participantes foram divididos em grupos e cada grupo novamente chamados para as mesmas posições ao lado
foi solicitado a im provisar as apresentações a serem do nôvo bispo. Por ocasião da sua despedida, o Bispo
feitas, constituindo-se a experiência numa oportunidade W ilson apresentou um resumo das realizações do exer
de participação e envolvim ento total no programa. cício de maio de ’69 a abril de '70, destacando a men
ção de 122 conversões nesse período e a criação do
ramo da Pedreira, em 15 de fevereiro passado, com A l
berto Barbagallo como presidente, Manoel Fernandes e
Paulo Strum iello como conselheiros. A nova unidade,
na época da sua criação, contava com 186 membros.
Julho de 1970 43
Da esq. para a dir.: Casal Stringetti, Clery P. Bentin e filho, Tereza C. da R. Costa, Dora Klappoth, Edith L. Beniamino, Deize T. Alface,
Laís N. Manzotti, Floriano P. da Costa, Edson P. de Moura (tradutores e revisores), Grant M. Burbidge, diretor do setor do TSD e Hélio
da R. Camargo, diretor do CEB.
Projeto 90”
realizado em São Paulo o Segundo Seminário de Tradução do CEB
Com a presença de oito dos quinze tradutores e “ Pois, acontecerá naquele dia, que todo o homem ou
revisores responsáveis pelo volumoso trabalho de tra virá a plenitude do Evangelho na sua própria l í ngu a. ..
dução de material didático e inform ativo para os mem através daqueles que são ordenados a êste poder, pela
bros da Igreja no Brasil, realizou-se em 27 de fevereiro administração do Consolador, sôbre êles derramado
passado, na sede do Centro Editorial Brasileiro, em São para a revelação de Jesus C risto ." Salientou ainda que
Paulo, o segundo Seminário de Tradução e Revisão. Os hoje o Evangelho Restaurado está sendo pregado em
trabalhos contaram com a presença de Grant M. Bur quase tôdas as nações, em 21 idiomas, sendo que os
bidge, diretor, em Salt Lake City, dos serviços de tra últim os quatro idiomas acrescentados à lista são o in
dução para a Am érica Latina, que se achava em visita donésio, o tailandês, o vietnamês e o afrikaans.
ao CEB, cuidando de assuntos adm inistrativos. No decorrer dos trabalhos foram intercambiadas
Convidando a falar na abertura da sessão, o v is i importantes instruções práticas, surgindo dos debates
tante ressaltou para os presentes a natureza profética oportunas soluções que virão m elhor atender às exigên
dêsse importante trabalho, m uito adequadamente cha cias de qualidade do m aterial didático que em parte é
mado “ Projeto 90” , relembrando que é comum não se renovado a cada ano, acrescentando-se à lista de publi
perceber que nêle vivem os o cum prim ento da profecia cações cêrca de trin ta novas edições por ano, além de
registrada na Seção 90 de Doutrina e Convênios, ver vários outros trabalhos menores, num volume editorial
sículo 11: Após referir-se ao “ dia em que o braço do que cresce anualmente à medida em que cresce uma
Senhor se revelará em poder, para convencer as na das áreas da Igreja de mais rápido desenvolvimento em
ç õ es . . . do Evpngelho da sua salvação," acrescenta: todo o mundo.
44 A LIAHONA
Estacas paulistas divulgam nas alas e ramos a
Julho de 1970 45
dos Santos e Antônio Andreolli, no Aeroporto de Congonhas.
Líderes Visitam
Salt Lake City
À 140.“ Conferência Geral Anual, realizada no his
tórico Tabernáculo de Salt Lake C ity nos prim eiros dias
de abril dêste ano, estiveram presentes várias autori
dades brasileiras da Igreja: os presidentes W alter Spát,
Estacas P
da ESP; Hélio da R. Camargo, da ESPL; os bispos Wag
ner dos Santos, da Ala Xl-Moóca; Antônio A ndreolli,
da Ala ll-Bosque da Saúde, e espôsa; e o Patriarca Leo
nel Abacherli, da ESPL, e espôsa. Estas visitas foram
patrocinadas pelo programa dirigido pela Primeira Pre Com a realização das Conferências das Estacas
sidência e pelo Bispado Presidente, que proporciona às paulistas, em 10 de maio passado, (ESPL pela manhã e
autoridades das estacas, principalm ente às recém-orde- ESP à tarde), a concorrência de 1.800 pessoas lotando
nadas, a oportunidade de receberem os convênios do as dependências da capela de Pinheiros mostrou es
templo, de conhecerem m elhor o funcionamento da Igre tarem ambas maduras para originarem mais uma ou
ja onde ela está há m uito radicada e de entrarem em duas novas estacas pela divisão de suas áreas.
contato com as Autoridades Gerais. A medida visa pro Embora as duas grandes unidades congreguem jun
ver às autoridades das estacas uma vivência da Igreja tas cêrca 12.000 membros em São Paulo, ABC e Bai-
que lhes permita m elhor servirem aos seus irmãos nas
Estacas de Sião.
46 A LIAHONA
tulistas em Conferência
xada Santista, a liderança e as instalações disponíveis ciando a espantosa divulgação que o Evangelho tem re
no presente esquema tornam d ifíc il a concentração de cebido recentemente, o que lembra a situação existen
maior número de pessoas nas conferências, que são pro te durante certo período do m inistério terreno de Je
jetadas para comportarem as congregações de apenas sus C risto: “ Grande é, em verdade, a seara, mas os
cinco ou seis alas que formam uma estaca modêlo, es obreiros são poucos; rogai pois ao Senhor da seara
perando-se, portanto, cêrca de 700 pessoas por secão. que envie obreiros para a sua seara.” (Lc 10:2)
Ambas estacas, reunindo vinte e seis unidades, u ltra Nas fotos acima, coral e congregação da ESP; abaixo,
passaram em suas seções êste lim ite prático, eviden congregação e coral da Sociedade de Socorro - ESPL.
Se Padronizarmos
o Mal
Richard L. Evans
do Conselho dos Doze