Você está na página 1de 6

Resumo do livro "O que Jesus disse?

O que
Jesus não disse?" de Bart Ehrman
Publicado em 18 de February de 2016 por animateuyoutube

Resumo do livro de Bart Ehrman: “O que Jesus disse? O que Jesus não disse.”

Bart Ehrman é Doutor em teologia pela Universidade de Princeton e dirige o departamento de


estudos religiosos da Universidade da Carolina do Norte. Ele é especialista em Novo Testamento,
Igreja primitiva, ortodoxia, manuscritos antigos e na vida de Jesus.

Os trechos entre aspas e recuados são citações do livro do Ehrman. No livro se encontra a
justificação de tais passagens serem alterações e os métodos para verificá-las.

“o Apocalipse de Pedro e O pastor, de Hermas, foram leituras muito populares em várias


comunidades cristãs nos primeiros séculos da Igreja.” p. 35.

O pastor de Hermas foi muito lido entre o século II ao IV, e alguns cristãos achavam que deveria ser
integrado ao Novo Testamento. E no Códice Sinático, do século IV, o partos de Hermas está incluído
como livro do Novo Testamento.

No século II, os martirológios (relatos dos martírios) começaram a surgir. O primeiro deles é o
Martírio de Policarpo. p. 37.

Mandamento de Jesus que contraria a lei mosaica. Sobre o divórcio, Jesus o proíbe, enquanto Moisés
o permite. P. 41.

1 Timóteo segundo especialistas, foi escrito por um seguidor tardio, em nome de Paulo, não foi
escrito por Paulo.

2 Pedro, muitos críticos especialistas não acham que foi escrito por Pedro, mas por alguém em nome
de Pedro.

Poeta romano Marcial afirma: “Leitor, se algum poema nessas folhas lhe parecer muito obscuro ou
vazado em defeituoso latim, o erro não é meu: o copista os corrompe em sua pressa de completar
para você a sua narrativa de versículos. Mas se você acha que não é ele, mas eu que estou em falta,
passarei a acreditar que você não tem compreensão” p. 57

Um dos problemas dos textos gregos antigos, é que, quando eram copiados, não se usavam marcas
de pontuação, não se fazia distinção entre minúsculas e maiúsculas, e não havia espaço de separação
entre as palavras, que é um tipo de escrita chamada de scriptuo continua. P. 58

“Orígenes, um padre da Igreja do século III, uma vez registrou a seguinte queixa acerca das cópias
dos Evangelhos de que dispunha:

As diferenças entre os manuscritos se tornaram gritantes, ou pela neglicência de algum copista ou


pela audácia perversa de outros; ou eles descuidam de verificar o que transcreveram ou, no processo
de verificação, acrescentam ou apagam trechos, como mais lhes agrade.
Orígenes não foi o único a perceber o problema. Seu adversário pagão, Celso, também o notara mais
ou menos setenta anos antes. Em sua investida contra o cristianismo e sua literatura, ele criticou
asperamente os copistas cristãos pelas transgressões cometidas em suas práticas de cópias:

Alguns fiéis, como pessoas embriagadas que se agridem a si mesmas, manipularam o texto original
dos Evangelhos três ou quatro vezes, ou até mais, e o alteraram para poderem opor negações às
críticas (Contra Celso, 2.27).” p. 62

Ireneu, adversário “ortodoxo” de Marcião, alegava que este fizera o seguinte:

Mutilou as epístolas de Paulo, eliminando tudo o que o apóstolo dissera acerca do Deus que criou o
mundo, no sentido de que Ele é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, e ainda as passagens dos escritos
proféticos citadas pelo apóstolo com vistas a nos ensinar aquilo que eles anunciaram antes da vinda
do Senhor (Contra as heresias, 1.27.2)

Marcião não era o único acusado. Tendo vivido aproximadamente na mesma época de Ireneu, um
bispo ortodoxo de Corinto chamado Dionísio se lamentava de que falsos crentes tivessem
modificado inescrupulosamente escritos de sua autoria, assim como tinham feito com muitos textos
sacros.

Quando meus companheiros cristãos me convidaram a escrever cartas para eles, eu o fiz. Mas esses
apóstolos do demônio as encheram de vícios, eliminando algumas coisas e acrescentando outras.
Sejam amaldiçoados! Não é, pois, de admirar que alguns dentre eles tenham ousado adulterar a
palavra do próprio Senhor, quando conspiraram para mutilar meus tão humildes esforços.

Acusações desse tipo contra “hereges” – de que eles alteraram os textos das Escrituras para levá-los a
dizer o que queriam fazê-los dizer – são muito frequentes entre os primeiros escritores cristãos.
Digno de atenção, contudo, é que estudos recentes mostraram que todas as evidências dos
manuscritos remanescentes apontam na direção oposta. Copistas associados à tradição ortodoxa
muito frequentemente alteravam os textos, às vezes, para eliminar a possibilidade de serem “mal
usados” por cristãos que afirmavam crenças heréticas, outras, para torna-los mais adequados às
doutrinas esposadas pelos cristãos de seu próprio grupo” p. 63

p. 66. Exemplo. Códice Vaticano, feito no século IV. Em Hebreus 1:3 ‘Cristo sustém [grego: pheron]
todas as coisas pelas palavra de seu poder’. O copista alterou sustém por manifesta, que são palavras
parecidas em greto. ‘Cristo manifesta [grego: phaneron] todas as coisas pela palavra de seu poder’.
Outro copista posterior alterou manifesta, uma palavra incomum, por sustém. E outro copista alterou
sustém por manifesta, e depois acrescentou uma nota assim ‘Insensato e desonesto, deixe o texto
antigo, não o altere!’

As cartas de Paulo, segundo especialistas, em sua maioria foram escritas por um amanuense, ou seja,
Paulo ditava e o amanuense escrevia. P. 68.

A primeira cópia que temos de Gálatas é um manuscrito chamado P46, datado por volta de 200 d.C.
Aproximadamente 150 anos depois de Paulo ter escrito a carta. Passou por cópias de cópias de
cópias. P. 70.

Isso parece, não é certo: O capítulo 21 do Evangelho de João parece ser um acréscimo tardio. E os
versículos 1:1-18 parecem que também são, tem teor poético e os vocábulos dali não são usados mais
nenhuma vez no restante do Evangelho. P. 71.
Isso, a seguir, é certeza:

João 7:53- 8:12. Mulher adúltera e Jesus fala para atirar a primeira pedra quem não tiver pecado.
Segundo a Lei de Moisés, adúltera e o homem que com ela estava devem ser apedrejados (Levítico
20:10). “Na realidade, pesquisadores que estudam a tradição manuscrita não têm dúvidas sobre esse
caso particular.” p. 74

“a história não se encontra em nossos mais antigos e melhores manuscritos do Evangelho de João;
seu estilo de escrita é muito diferente daquele que é encontrado no restante de João (incluindo os
relatos que vêm imediatamente antes e depois); e ela inclui um grande número de termos e frases que
são, por outro lado, estranhas ao Evangelho” p. 75

“Deve-se notar que outros copistas inseriram o relato em diferentes pontos do Novo Testamento –
alguns deles depois de João 21:25, por exemplo, e outros, o que é bem interessante, depois de Lucas
21:38. Em todo o caso, quem quer tenha escrito o relato, não foi João” p.75

Os doze últimos versículos de Marcos. “Os motivos para considera-los como um acréscimo são
sólidos, quase indiscutíveis”.

“Os versículos estão ausentes de dois de nossos mais antigos e melhores manuscritos do Evangelho
de Marcos, além de ausente de outros importantes testemunhos; o estilo de escrita é diferente do
estilo que encontramos em todo o restante de Marcos; a transição entre essa passagem e a anterior é
de difícil entendimento (por exemplo, Maria Madalena é apresentada no versículo 9 como se ainda
não tivesse sido mencionada, mesmo tendo ela sido citada nos versículos anteriores; há mais um
problema com o grego que faz a transição ainda mais complicada); e há um grande número de
palavras e frases na passagem que não são encontradas em nenhum outro lugar em Marcos. Em
suma, as evidências são suficientes para convencer quase todos os pesquisadores textuais de que
esses versículos são um acréscimo a Marcos.

Sem eles, porém, o relato acaba muito abruptamente. Atenção ao que acontece quando esses
versículos são excluídos: diz-se às mulheres para informar os discípulos que Jesus os precederá na
Galileia e lá os encontrará; mas elas, as mulheres, desertam do túmulo e nada dizem a ninguém, ‘pois
estavam amedrontadas’ É aqui que o Evangelho acaba.

Obviamente, os copistas pensavam que o fim era abrupto demais. As mulheres não dizerem nada a
ninguém?” p. 77.

Durante os primeiros três séculos do cristianismo, os copistas eram amadores. E a quantidade de


erros era maior. Quando surgiram os copistas profissionais, com o fortalecimento da Igreja que se
uniu ao Estado, os erros passaram a ser menos frequentes e menos grosseiros. “Isso explica porque
nossas cópias mais antigas dos escritos cristãos primitivos tendem a variar mais frequentemente uma
da outra e das cópias posteriores do que as cópias posteriores (vamos dizer, da Alta Idade Média)
diferem umas das outras” p. 81

“Contudo, configuraria grave erro pensar que porque os manuscritos tardios concordam tão
extensamente um com o outro, tornam-se doravante testemunhos superiores aos textos ‘originais’ do
Novo Testamento” p. 84

“Em algumas ocasiões, os copistas mudaram seus textos porque pensavam que eles continham um
erro factual. Esse parece ser o caso do iniciozinho de Marcos, onde o autor introduz seu Evangelho
dizendo: ‘ Assim como está escrito em Isaías, o profeta ‘eis que estou enviando um mensageiro
diante de vossa face... Aplaineis os vossos caminhos’. O problema é que o início da citação não é de
Isaías. Ela representa uma combinação de uma passagem de Êxodo 23:20 e uma de Malaquias 3:1.
Os copistas, reconhecendo a dificuldade, mudaram o texto, levando-o a dizer ‘Assim como está
escrito nos profetas...’ E assim deixava de existir o problema de atribuição equivocada da citação.
Mas há pouca razão para duvidar do que Marcos escreveu originalmente: a atribuição a Isaías é
encontrada em nossos mais primitivos e melhores manuscritos.” P. 105

Em Mateus 24:36, diz que “acerca daquele dia e hora, ninguém sabe – nem os anjos nos céus, nem
mesmo o Filho, só o Pai”. Os copistas eliminaram a expressão “nem mesmo o Filho”, porque não
admitiram Jesus não saber algo. P. 105

p. 108 A oração do Pai nosso é diferente entre Lucas e Mateus. A de Lucas é mais curta e menos
bela. Os copistas fizeram a de Lucas ficar igual à de Mateus.

Antes, Lucas era assim: Pai, santificado seja vosso nome. Venha o vosso Reino. Dai-nos, cada dia,
nosso pão cotidiano. E perdoai nosso pecados, assim como nós perdoamos os nossos devedores. E
não nos leveis à tentação (Lucas 11: 2-4).

Depois da alteração, ficou assim: Pai nosso que estais no céus, santificado seja vosso nome. Venha o
vosso Reino e seja feita a vossa vontade, na terra como no céu. Dai-nos, cada dia, nosso pão
cotidiano. E perdoai nosso pecados, assim como nós perdoamos os nossos devedores. E não nos
leveis à tentação, mas livrai-nos do maligno.

“A tendência dos copistas a ‘harmonizar’ passagens nos Evangelhos está por toda parte” p. 108

João 5: 3-4 Foi acrescentada a passagem “ um anjo, de tempos em tempos, descia ao tanque e agitava
a água; e o primeiro que descesse depois que a água fosse agitada seria curado”. Nos mais antigos e
melhores manuscritos não existe essa passagem que explica porque o homem queria entrar no
tanque.

A variedade de traduções latinas das escrituras destoava abertamente uma da outra. No fim do século
IV cristão, o papa Dâmaso encomendou ao maior especialista daquele tempo, Jerônimo, a produção
de uma tradução latina oficial que pudesse ser aceita por todos os cristãos latino-falantes, em Roma e
alhures, como um texto oficial. Essa tradução de Jerônimo é chamada de Vulgata Latina.

1 Timóteo 3:16 “Deus tornado manifestado na carne e justificado no Espírito” é, na verdade, “que foi
manifestado na carne...” e não “Deus manifestado na carne...” A maioria dos textos abrevia os nomes
sagrados (nomina sacra), o termo para Deus (ΘΕΟΣ é abreviado com duas letras, theta e sigma (ΘΣ),
com uma linha traçada no topo das duas para indicar que se trata de uma abreviatura. No Códice
Alexandrino, a tinta da linha feita no topo era diferente da tinta das palavras. E o traço horizontal no
meio da primeira letra, Θ, não faz realmente parte da letra, mas é uma linha que vazara desde o outro
lado do velho velino. Então, ao invés de abreviatura de Deus, ΘΣ, se tem a palavra “quem”, ΟΣ. Esse
problema foi encontrado por Johan J. Wettstein, em 1715. P. 123

Princípio da crítica textual: identidade de leitura implica identidade de origem. P. 134

“a vasta maioria de nosso manuscritos foi produzida centenas e centenas de anos depois dos
originais, e eles mesmos foram copiados não diretamente dos originais, mas de outras cópias muito
tardias. Uma vez estabelecida na tradição manuscrita, uma mudança pode se perpetuar, até se tornar
mais comumente transmitida do que a frase original.” P. 144

Marcos 1:41 Um leproso chega a Jesus e diz “Se quiserdes, sois capaz de limpar-me. E [sentindo
compaixão (grego: splangnisteis)/ irritando-se (grego: orghistheis)], estendendo a mão, ele o tocou e
disse: Eu quero, fica limpo”. A leitura que diz que Jesus ficou irado é a mais difícil, logo é
provavelmente a “original” e a que diz que ficou com compaixão é a alteração. Os copistas teriam
preferido um texto não problemático e fácil de entender a um texto problemático. No Códice Beza,
que é apoiado pro três manuscritos latinos diz que Jesus ficou irado. P. 143-144.

Hebreus 2:8-9 “Vemos Jesus que, tendo se tornado um pouco inferior aos anjos, foi coroado de
glória e honra, por causa do seu sofrimento de morte. Assim sendo, [pela graça de Deus (chariti
theou)/ sem Deus (choris theou)] ele deve provar a morte por todos”. Apesar de pela graça de Deus
ser mais popular, as evidências apontam para sem Deus ser a original. P. 155.

“O próprio Novo Testamento emergiu desses conflitos sobre Deus (ou deuses), à medida que um
grupo de crentes conquistava mais convertidos que todos os outros, podendo decidir quais livros
deviam ser incluídos no cânone das Escrituras” p. 163

Correntes da época do cristianismo primitivo que motivaram alterações textuais para combatê-los
(162-185): Adocionistas: Jesus era tão humano que não podia ser divino. Docetas: Jesus não era de
carne e osso, era exclusivamente divino, apenas parecia ser humano, sangrar, ter fome etc.
Separacionistas: havia um homem chamado Jesus que foi temporariamente habitado pelo ser divino,
Cristo. Eram dois seres diferentes.

Mudanças antiadocionistas: 1Timóteo 3:16, que já foi mencionada. Lucas 2:33 “seu pai e sua mãe
ficaram maravilhados com o que se dizia dele”. Seu pai? José? Corrigiram: “José e sua mãe ficaram
maravilhados...”.

(Marcos 1:11; Lucas 3:23) Deus falando quando Jesus é batizado “Tu és meu Filho amado, em quem
me comprazo”. Em um manuscrito grego primitivo diz “Tu és meu Filho, hoje eu te gerei”. Hoje?
Então Jesus se tornou Filho de Deus com o batismo? Hoje eu te gerei é a original.

João 1: 18 “Ninguém jamais viu a Deus, exceto o Filho único/ o Deus único que está no seio do Pai,
aquele que o torna conhecido”. Filho único é a correta.

No século II d.C., nos primórdios do cristianismo, Marcião foi o primeiro cristão a produzir um
“cânone” real da Escrituras, ou seja, uma seleção de livros considerados sagrados. Ele considerava
que pelo fato do Antigo Testamento e do Novo Testamento serem tão diferentes, e representarem
Deus de maneiras tão distintas, não poderia se tratar do mesmo Deus. Assim existiam dois deuses, “o
Deus dos judeus, que criou o mundo, escolheu Israel para ser seu povo e lhe deu sua severa lei; e o
Deus de Jesus, que enviou Cristo ao mundo para salvar o povo da colérica vingança do Deus judeu
criador.” P. 44

Mudanças antidocéticas: Evangelho de Lucas, capítulo 5, versículos 43-44 que fala “E um anjo dos
céus apareceu a ele, para fortalecê-lo. E, em agonia, ele começou a orar com mais fervor e seu suor
tornou-se como gotas de sangue caindo ao solo”. Essa passagem não faz parte do original.

Homoeoteleuton: razão que explique a mudança textual.


Lucas 24:12 “Mas Pedro, levantando-se, correu para o túmulo e, inclinando-se, viu apenas os panos e
retornou para casa maravilhado com o que acontecera” Não faz parte do original. P.177-178.

1 Coríntios 14:33-36 Passagem que diz que as mulheres deve ficar caladas nas igrejas, serem
submissas e, se tiverem alguma dúvida, devem perguntar aos seus maridos em casa. Isso não foi
escrito por Paulo. Não constava originalmente de 1 Coríntios.

Romanos 16: 7 Paulo fala de uma mulher chamada Júnia e seu marido Andrônico, e é chamada de
apóstola eminente. Copistas mudaram para um homem chamado Júnias. Sendo que não há evidência
de Júnias como um nome masculino, enquanto Júnia é um nome feminino comum na época. Muitas
Bíblia, ainda hoje, falam em Júnias. Em outros textos, os copistas alteram o texto para “Saudai
Andrônico e Júnia, meus parentes; saudai também meus companheiros de prisão, apóstolos
eminentes”. Sendo que é: “Saudai Andrônico e Júnia, meus parentes e companheiros de prisão,
apóstolos eminentes”. P. 195

Atos dos Apóstolos 17:14 “E alguns deles foram persuadidos e se juntaram a Paulo e Silas, assim
como muitos gregos piedosos, junto com um grande número de destacadas mulheres” Os copistas
mudaram para: “E alguns deles foram persuadidos e se juntaram a Paulo e Silas, assim como muitos
gregos piedosos, junto com um grande número de viúvas de homens de destaque”.

Carta de Barnabé, foi considerado por alguns dos cristãos antigos parte do cânone do Novo
Testamento. Afirma que o judaísmo sempre foi uma religião falsa, que os judeus foram
desencaminhados por um anjo mau, que as leis de Moisés não são para ser interpretadas literalmente,
mas alegoricamente.

A mentalidade antijudaica era forte nos séculos II e III entre parcelas dos cristãos. E os alguns
copistas retiraram a parte que Jesus disse “Pai, perdoai-os, pois eles não sabem o que estão fazendo”
Lucas 23:33-34 p. 201

No século II, vemos Justino Mártir afirmando que a razão de Deus ter ordenado a circuncisão para os
judeus foi marca-los como um povo especial que merecia ser perseguido. Tertuliano e Orígenes
alegando que a destruição de Jerusalém por Roma em 70 d.C. foi punição de Deus pelos judeus
terem matado Cristo. P. 200

“Em meados do século II, os intelectuais pagãos começaram a se dar contra da presença dos cristãos
e começaram a ataca-los em tratados escritos contra eles” p. 208

Século II, Porfírio: “os evangelistas eram escritores de ficção – não observadores nem testemunhas
oculares da vida de Jesus. Cada um dos quatro contradiz o outro ao escrever o próprio relato dos
acontecimentos de seu sofrimento e crucificação (Contra os cristãos 2, 12-15) p.209

Celso: “Alguns crentes chegam a ponto de se opor a si mesmos e de alterar o texto original do
evangelho três, quatro, várias vezes e a mudar seu caráter para capacitá-los a negar as dificuldades
diante das críticas (Contra Celso 2, 27). P. 209

Você também pode gostar