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COMO LIDAR COM AS ANSIEDADES DA VIDA

Nota ao orador:
Na seção “Como Deus nos Ajuda a Lidar com as Ansiedades”, use exemplos da vida real contidos
nos artigos citados da Sentinela, e apresente essa seção de forma calorosa e num tom de voz
bondoso.

O MUNDO ATUAL ESTÁ CHEIO DE ANSIEDADES (6 min)


Hoje em dia, em todo o mundo, as pessoas estão desassossegadas, temerosas, apreensivas pelo
futuro. (g86 8/12 3-4; g90 8/8 31)
Há crescente suspeita, falta de confiança nos governos e nas instituições. (g90 8/8 3-9)
A humanidade se confronta com problemas monumentais.
Por um lado, muitos sofrem e se preocupam devido à falta de alimentos, bens e energia. (Mateus
24:7)
O custo de vida aumentou vertiginosamente, tornando cada vez mais difícil sustentar a casa e
a família. (Apocalipse 6:6)
Pessoas em cidades grandes, em cidadezinhas e na zona rural sentem essa pressão. (Mencione
brevemente evidências e efeitos locais desses problemas.)
Por outro lado, há governos e pessoas que desperdiçam dinheiro e recursos.
Muitos se recusam a trabalhar para ganhar a vida.
Maus hábitos de vida e o fracasso do dinheiro em trazer felicidade criam tensões e frustrações.
(1 Timóteo 6:9, 10)
Tudo isso aumenta os problemas econômicos e sociais.
Há também o aumento vertiginoso do desemprego e da falta das necessidades diárias.
As esmagadoras dívidas interna e externa alimentam a inflação e até ameaçam a estabilidade de
alguns governos. (g89 8/5 8)
Por exemplo, no Peru o governo anunciou um “plano de choque” na economia para controlar
uma inflação acumulada de 2.000.000 por cento em cinco anos. (The New York Times,
17/8/90)
Muitos economistas temem o colapso do sistema bancário mundial. (g86 22/10 7-11)
Continua havendo o colapso da vida familiar, com lares desfeitos, casamentos fracassados,
divórcios, filhos desobedientes e pais sem controle sobre os filhos.
Nos Estados Unidos, em 1985, houve 5 divórcios — em contraste com 10,2 casamentos — para
cada 1.000 pessoas; em 1986, um informe de Moscou indicou que apenas 37 por cento dos
casamentos duram três anos, e que 70 por cento acabam dentro de uma década. (w88 1/11
20; g86 8/7 10)
Os gananciosos pouco se importam com a Terra e seus recursos. (g90 22/3 6-8)
A destruição indiscriminada das florestas pluviais preocupa o mundo inteiro.
Muitos alimentos e remédios em potencial, bem como produtos para o lar, serão perdidos
antes mesmo de poderem ser descobertos ou desenvolvidos.
Certo botânico lamentou: “Estamos destruindo coisas que nem sequer sabemos que
existem.” (g90 22/3 11)
Tais exploradores causam situações que geram guerra, terrorismo, crime e fome.

ESFORÇOS ERRÔNEOS PARA VENCER ANSIEDADES (6 min)


A humanidade busca na direção errada e recorre a fontes erradas para vencer as ansiedades. (w81
15/1 4)
Muitos se voltam para drogas como os tranqüilizantes.
Mas será que tais drogas aliviam as ansiedades? A Unidade Wolfson de Farmacologia Clínica
calcula que cerca de um quarto dos que tomam benzodiazepinas durante quatro meses tornam-
se dependentes delas.
Efeitos produzidos: insônia, ansiedade, depressão, crises de pânico, náusea, visão turva e dor
muscular. (g85 22/1 31)
Outros se voltam para o acúmulo de dinheiro como solução.
Certa mulher do Canadá disse: “Eu acreditava que o dinheiro nos livrasse de preocupações.”
Depois de se casar com um homem financeiramente estável, ela relatou: “Nossa situação
financeira nos dava a liberdade de usufruir tudo que o mundo tinha a oferecer ..., [mas] eu
ainda me preocupava com dinheiro.” Por quê?

“Tínhamos muito a perder. Parece que, quanto mais se tem, menos segura a gente se sente. O
dinheiro não nos deixou livres de preocupações ou de ansiedades.” (g88 22/4 3-4)
Há lugares no mundo onde se pensa que a segurança provém de se ter muitos filhos, para que estes
cuidem dos pais idosos nos anos posteriores. (g91 8/11 6, 9)
Isso também se revela uma falsa esperança, ao passo que cada vez mais filhos abandonam o lar e
os entes queridos, esquecendo-se de honrar o pai e a mãe. (Provérbios 30:11; w85 15/1 12)
Várias soluções têm sido propostas e alguns têm tentado resolver problemas ambientais, mas os
fatos indicam que os problemas continuam piorando. (g73 8/8 30)

COMO DEUS NOS AJUDA A LIDAR COM AS ANSIEDADES (14 min)


O requisito primário para se vencer as ansiedades é buscar alívio na direção certa. (w81 15/1 6)
A solução virá de Jeová, não do homem ou de suas instituições. (Salmo 3:8; Jeremias 10:23)
Exemplos passados dos que confiaram em Jeová.
Noé e sua família confiaram em Jeová, sobreviveram ao Dilúvio; Ló e suas filhas estribaram-se
em Jeová para serem libertos de Sodoma. (Mt 24:37-39; Lu 17:28, 29; He 11:7)
Daniel na cova dos leões. (Da 6:20-22)
Hoje e no futuro imediato, Deus nos oferece proteção e ajuda. (Sal 46:1; Pr 18:10)
Recorrer a Jeová nos habilitará a ficar livres de ansiedades. (He 13:5, 6)
Estabeleça agora prioridades corretas; certifique-se das coisas mais importantes. (Fil 1:9-11)
Isso significa armazenar “tesouros no céu”. (Mt 6:19-21)
Apegue-se firmemente à verdadeira vida; pare de estar ansioso de coisas sem importância.
Fazer isso nos habilitará a vencer ansiedades, temores e preocupações. (Mt 6:25-31; 1Ti 6:17-19;
w77 1/12 709-18; w89 15/7 10-15)
Mantenha um modo de vida simples e saudável. (1Ti 6:6-8)
Ao lidar com problemas pessoais, é muito importante lançar suas ansiedades sobre Jeová.
Doença, depressão, consciência pesada, sentimento de inutilidade, falta de autodomínio,
perseguição, preconceito, problemas cotidianos, preocupação com o futuro e conflitos de
personalidade são fardos pesados de levar.
Por que tentar levá-los sozinho? Aceite a ajuda de Jeová. (Sal 55:22; w83 15/5 23-5)
Aceite a ajuda de irmãos e irmãs maduros; desabafe com alguém de sua confiança.
Suplique a Jeová e aceite as respostas que ele fornece. (w88 15/2 12-13, 17-18)

BÊNÇÃOS RESULTANTES DE SE LIDAR COM AS ANSIEDADES (4 min)


“Lidar” significa batalhar ou lutar com êxito.
Essa luta resultará em alívio e livramento do constante temor e de perturbações emocionais
causadas pela perda de bens.
Paulo considerava bens e posição como “refugo”, e se alegrava em servir a Jeová. (Fil 3:8, 10, 11)
Quem confia em Jeová evita a frustração resultante do fracasso da segurança material; residirá em
segurança espiritual e não será perturbado pela calamidade; deitar-se-á em paz. (Sal 4:8; Pr 1:33)
Não se pode lidar com os problemas do mundo à base da engenhosidade humana. (Jeremias 10:23)
Vença a batalha por ter uma vida mais calma e saudável agora. (g81 22/12 6-8)
Lide com as ansiedades da vida, fazendo a vontade de Deus agora, com a perspectiva de bênçãos
eternas. (1 Coríntios 15:58; 1 João 2:15-17)
N.° 32-T A SER ABRANGIDO EM 30 MINUTOS

Textos bíblicos:

Mateus 24:7 – “Porque nação se levantará contra nação e reino contra reino; haverá falta de alimentos e
terremotos num lugar após outro.
Apocalipse 6:6 - Ouvi o que parecia ser uma voz no meio das quatro criaturas viventes, dizendo: “Um
litro* de trigo por um denário* e três litros de cevada por um denário. E não faça dano ao azeite e ao
vinho.”
1 Timóteo 6:9, 10 - Mas os que estão decididos a ficar ricos caem em tentação, em laço e em muitos
desejos insensatos e prejudiciais, que afundam os homens na destruição e na ruína. 10 Porque o amor ao
dinheiro é raiz de todo tipo de coisas prejudiciais, e alguns, empenhando-se por esse amor, foram
desviados da fé e causaram a si mesmos* muitos sofrimentos.
Provérbios 30:11 - Há uma geração que amaldiçoa o pai E não abençoa a mãe.
Salmo 3:8 - A salvação pertence a Jeová. A tua bênção está sobre o teu povo. (Selá)
Jeremias 10:23 - Bem sei, ó Jeová, que o caminho do homem não pertence a ele. Não cabe ao homem* nem
mesmo dirigir os seus passos.
Mateus 24:37-39 - Pois, assim como eram os dias de Noé, assim será a presença* do Filho do
Homem. 38 Porque naqueles dias antes do dilúvio as pessoas comiam e bebiam, os homens se
casavam e as mulheres eram dadas em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, 39 e não
fizeram caso, até que veio o dilúvio e varreu a todos eles; assim será na presença do Filho do
Homem.
Lucas 17:28, 29 - Do mesmo modo, será como ocorreu nos dias de Ló: as pessoas comiam, bebiam,
compravam, vendiam, plantavam, construíam. 29 Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do
céu fogo e enxofre, e destruiu a todos. 30 Acontecerá o mesmo naquele dia em que o Filho do
Homem for revelado.
Hebreus 11:7 - Pela fé Noé, depois de receber aviso divino de coisas ainda não vistas, mostrou
temor de Deus e construiu uma arca para a salvação de sua família; e, por meio dessa fé, ele
condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que resulta da fé.
Daniel 6:20-22 - Ao chegar perto da cova, chamou Daniel com voz triste. O rei perguntou a Daniel:
“Ó Daniel, servo do Deus vivente, será que o seu Deus, a quem você serve incessantemente, pôde
livrá-lo dos leões?” 21 Daniel imediatamente respondeu ao rei: “Ó rei, viva para sempre! 22 Meu
Deus enviou seu anjo e fechou a boca dos leões, e eles não me machucaram, pois fui considerado
inocente diante dele; e também não fiz nada contra o senhor, ó rei.”
Salmo 46:1 - Deus é nosso refúgio e nossa força, Uma ajuda encontrada prontamente em tempos de
aflição.
Provérbios 18:10 - O nome de Jeová é uma torre forte. O justo corre para dentro dela e recebe
proteção.*
Hebreus 13:5, 6 - Que o seu modo de vida seja livre do amor ao dinheiro; fiquem satisfeitos com as
coisas que têm.* Pois ele disse: “Eu nunca deixarei você e nunca o abandonarei.” 6 Para que
fiquemos cheios de coragem e digamos: “Jeová* é o meu ajudador; não terei medo. O que me pode
fazer o homem?”
Filipenses 1:9-11 - E isto é o que continuo a pedir em oração: que o seu amor se torne cada vez
mais abundante, com conhecimento exato e pleno discernimento; 10 que vocês se certifiquem de
quais são as coisas mais importantes, para que sejam sem defeito e não façam outros tropeçar, até
o dia de Cristo; 11 e que fiquem cheios de fruto justo, que vem por meio de Jesus Cristo, para a
glória e o louvor de Deus.
Mateus 6:19-21 - “Parem de acumular para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem
consomem, e onde ladrões arrombam e furtam. 20 Em vez disso, acumulem para vocês tesouros no
céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde ladrões não arrombam nem furtam. 21
Pois onde estiver o seu tesouro, ali estará também o seu coração.
Mateus 6:25-31 - “Por essa razão, eu lhes digo: Parem de se preocupar tanto* com a sua vida,*
quanto ao que comer ou quanto ao que beber, e com o seu corpo, quanto ao que vestir. Não
significa a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa? 26 Observem atentamente as
aves do céu; elas não semeiam nem colhem, nem ajuntam em celeiros, contudo o Pai de vocês,
que está nos céus, as alimenta. Será que vocês não valem mais do que elas? 27 Quem de vocês, por
estar ansioso, pode acrescentar um só côvado* à duração da sua vida? 28 Também, com respeito à
roupa, por que estão ansiosos? Aprendam uma lição dos lírios do campo, de como eles crescem;
não trabalham nem fiam. 29 Mas eu lhes digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se
vestia como um deles. 30 Então, se Deus veste assim a vegetação do campo, que hoje existe e
amanhã é lançada no forno, não vestirá ele ainda mais a vocês, homens de pouca fé? 31 Portanto,
nunca fiquem ansiosos, dizendo: ‘O que vamos comer?’ ou: ‘O que vamos beber?’ ou: ‘O que vamos
vestir?’
1 Timóteo 6:17-19 - Dê instruções* aos que são ricos no mundo atual:* que eles não sejam
arrogantes* e que não baseiem a sua esperança nas riquezas incertas, mas em Deus, que nos
proporciona ricamente todas as coisas que nos dão satisfação. 18 Diga-lhes que pratiquem o bem,
que sejam ricos em boas obras, que sejam generosos,* prontos para partilhar, 19 armazenando um
tesouro para si,* um bom alicerce para o futuro; fazendo isso, eles se apegarão firmemente à
verdadeira vida.
1 Timóteo 6:6-8 - De fato, há grande ganho na devoção a Deus junto com o contentamento.* 7 Pois
não trouxemos nada ao mundo, nem podemos levar nada embora. 8 Assim, tendo o que comer* e o
que vestir,* estaremos contentes com isso.
Salmo 55:22 - Lance seu fardo sobre Jeová, E ele amparará você. Nunca permitirá que o justo venha a
cair.*
Filipenses 3:8, 10, 11 – 8 Mais do que isso, considero realmente todas as coisas como perda, por
causa do valor superior do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele aceitei a
perda de todas as coisas e as considero simplesmente como lixo,* para poder ganhar a Cristo. 10 O
que eu quero é conhecer a ele e o poder da sua ressurreição, e participar nos seus sofrimentos,
submetendo-me a uma morte semelhante à dele, 11 para ver se de algum modo consigo alcançar a
ressurreição dentre os mortos que ocorrerá mais cedo.
Salmo 4:8 - Vou me deitar e dormir em paz, Pois somente tu, ó Jeová, me fazes morar em segurança.
Provérbios 1:33 - Mas quem me escuta residirá em segurança E ficará tranquilo, sem temer nenhuma
calamidade.”
Jeremias 10:23 - Bem sei, ó Jeová, que o caminho do homem não pertence a ele. Não cabe ao homem*
nem mesmo dirigir os seus passos.
1 Coríntios 15:58 - Portanto, meus amados irmãos, sejam firmes, inabaláveis, e tenham sempre
bastante para fazer na obra do Senhor, sabendo que o seu trabalho árduo no Senhor não é em vão.
1 João 2:15-17 - Não amem nem o mundo, nem as coisas no mundo. Se alguém ama o mundo, o
amor do* Pai não está nele; 16 porque tudo o que há no mundo — o desejo da carne, o desejo dos
olhos e a ostentação* de posses — não se origina do Pai, mas se origina do mundo. 17 Além disso, o
mundo está passando, e também o seu desejo, mas quem faz a vontade de Deus permanece para
sempre.

Citações de textos:
Apocalipse 6:6 (litro) Ou: queniz que equivale a 1,08 litro.
Apocalipse 6:6 (denário) Moeda romana de prata que equivalia ao salário de um dia.
1 Timóteo 6:9, 10 (mesmos) Ou: “e se traspassaram inteiramente com”.
Jeremias 10:23 (homem) Ou: “homem que anda”.
Mateus 24:37-39 (presença) Em alguns contextos nas Escrituras Gregas Cristãs, essa palavra se refere à
presença de Jesus Cristo como Rei messiânico, que começou com sua entronização nos céus e continua
durante os últimos dias do atual sistema de coisas. A presença de Cristo não se refere a uma vinda
seguida de uma rápida partida, mas abrange um determinado período de tempo.
Provérbios 18:10 (proteção) Lit.: “é colocado no alto”, isto é, fora de alcance, a salvo.
Hebreus 13:5, 6 (têm) Ou: “coisas atuais”.
Hebreus 13:5, 6 (Jeová) Nome de Deus.
Mateus 6:25-31 (tanto) Ou: “de estar ansiosos”.
Mateus 6:25-31 (vida) Ou: “alma”.
Mateus 6:25-31 (côvado) Mais ou menos dois palmos.
1 Timóteo 6:17-19 (instruções) Ou: “Ordene”.
1 Timóteo 6:17-19 (atual) Ou: “no atual sistema de coisas; na época atual”.
1 Timóteo 6:17-19 (arrogantes) Ou: “soberbos”.
1 Timóteo 6:17-19 (generosos) Ou: “liberais”.
1 Timóteo 6:17-19 (si) Ou: “entesourando de forma segura para si”.
1 Timóteo 6:6-8 (contentamento) Lit.: “junto com autossuficiência”.
1 Timóteo 6:6-8 (comer) Ou: “tendo sustento”.
1 Timóteo 6:6-8 (vestir) Ou: “e abrigo”. Lit.: “e cobertura”.
Salmo 55:22 (cair) Ou: “cambaleie”.
Filipenses 3:8, 10, 11 (lixo) Ou; “refugo”.
Jeremias 10:23 (homem) Ou: “homem que anda”.
1 João 2:15-17 (do) Ou: “ao”.
1 João 2:15-17 (ostentação) Ou: “o gabar-se”.

Referências:

*** g86 8/12 pp. 3-4 Qual será o futuro do planeta terra? ***
Nos anos recentes, muitas pessoas refletivas chegaram a uma alarmante conclusão sobre o futuro. Acham que o
planeta Terra poderá ser totalmente devastado como lar da humanidade. Uma razão de assim pensarem é a ameaça
dum holocausto nuclear.
É fácil ver os motivos de tal preocupação. As grandes potências mundiais acham-se armadas de dezenas de
milhares de artefatos nucleares ao ponto de poderem matar-se vez após vez, e teme-se que, algum dia, elas sejam
empregadas. O líder de um grande país declarou que a III Guerra Mundial é inevitável, sejam ou não usadas armas
nucleares.
Outros acham que, mesmo sem um holocausto nuclear, o futuro da Terra acha-se em perigo, devido à poluição
global e à superpopulação. Um estudo, feito durante três anos por autoridades do Governo dos EUA, concluiu: “As
atuais tendências tornarão o mundo, no ano 2000, mais apinhado, mais poluído, menos estável em sentido ecológico,
e mais vulnerável à dilaceração do que é agora.”
Esse estudo foi realizado há alguns anos. Desde então, as coisas continuaram a ir persistentemente na direção por
ele indicada.
Neste sentido, declarou um cientista australiano: “A atmosfera terrestre torna-se poluída demais, e a menos que
façamos algo na próxima década, talvez seja tarde demais.” E o jornal The Bulletin, de Sídnei, Austrália, observou: “A
população em explosão do mundo dá sinais de ainda mais dores de crescimento para áreas já apinhadas.”
Em virtude destas realidades, disse uma autoridade governamental australiana: “Peço-lhe que tenha presente uma
questão fundamental: será que restará um mundo para o leitor e seus filhos dentro de 20 anos, ou a Terra será um
globo calcinado, devastado, que girará a esmo pelo espaço?” O autor Jonathan Schell também avisou que, a menos
que sejam encontradas soluções, a alternativa é de que “jamais de novo aparecerão na Terra seres humanos, e não
haverá ninguém para lembrar que eles apareceram algum dia”.
Não resta dúvida de que já existem todos os ingredientes para um futuro sombrio, se persistirem as tendências
atuais. Se a Terra não for incinerada numa guerra nuclear, certamente se tornará cada vez mais superpovoada e
poluída, esgotando-se cada vez mais seus recursos naturais. O número de pessoas assoladas pela pobreza crescerá
muito além de seus totais já trágicos. O crime e a violência também aumentarão, sem dúvida, além do que já é uma
realidade assustadora.

*** g90 8/8 p. 31 Os anos 90 — uma década de incertezas ***


O alvorecer dos anos 90 trouxe novas esperanças de paz mundial. Mas também trouxe incertezas e confusão sem
paralelo.
Por exemplo, existe grande incerteza quanto ao que acontecerá nas nações que estão abandonando as fracassadas
economias de planejamento centralizado. Vários destes países estão passando para o capitalismo de mercado livre.
Muitas nações, porém, que já são capitalistas, apresentam ampla pobreza e desemprego, inflação e débitos
elevados. Mesmo os Estados Unidos possuem enorme dívida interna — cerca de três trilhões de dólares — e
também são a maior nação devedora no intercâmbio comercial internacional.
Um resultado dos ais da economia mundial é comentado num editorial do jornal The New York Times, que dizia:
“Existem, mais do que nunca, pessoas desesperadamente pobres no mundo.”
Em parte devido às crescentes incertezas, muitos se recolhem ao egoísmo: a atitude do eu primeiro, a ganância
material, o desejo de gratificação instantânea, não importam as conseqüências. Uma evidência disso é a toxicomania
que grassa por toda a parte. Christopher Lasch, professor de História da Universidade de Rochester, expressou-se
do seguinte modo: “Perdeu-se o alicerce moral de nossa cultura.”
O economista Arjo Klamer, que goza de reconhecimento internacional, declara: Os artistas, os economistas, os
empresários e as famílias perderam a fé nas certezas modernistas. . . . A desilusão transformou-se numa emoção
compartilhada por pessoas em todos os campos e disciplinas.” Declarando que “prevalece a confusão”, ele
acrescentou: “Fragmentação. Vazio. Ironia. Caos. Estas são algumas das palavras em voga. Elas definem a teia
intrincada do pós-modernismo, em que as pessoas modernas se perdem.”
É dolorosamente evidente que os sistemas políticos, econômicos e sociais deste mundo não têm remédios
permanentes para os imensos problemas e incertezas da atualidade. Mas esta mesmíssima situação foi predita nas
profecias da Bíblia para os nossos tempos. Observe alguns exemplos: “Nos últimos dias haverá tempos críticos,
difíceis de manejar.” “Na terra angústia das nações, não sabendo o que fazer. . . os homens ficando desalentados de
temor e na expectativa das coisas que vêm sobre a terra habitada.” — 2 Timóteo 3:1; Lucas 21:25, 26.

*** g90 8/8 pp. 8-9 Parte 1c: O governo humano é pesado na balança — por quê? ***
Ninguém pode negar a influência que os governos — para limitar nossa consideração à política — têm tido sobre a
História Universal e sobre cada um de nós individualmente. A língua que o leitor fala, o padrão de vida que leva, o
tipo de trabalho que faz, o sistema social em que vive, possivelmente até mesmo a religião que professa, lhe têm sido
ditados, pelo menos parcialmente, pelos caprichos das mudanças políticas.
Uma vez que é necessário haver governo, quem dentre nós não deseja viver sob uma forma de governo que
satisfaça nossas necessidades da melhor maneira possível? Mas que tipo de governo é o melhor? E será que temos
sequer alguma escolha na questão de regência?
Despertai! tem o prazer de anunciar uma série de artigos sobre “O Governo Humano É Pesado na Balança”. Estes
terão prosseguimento em futuras edições desta revista. No restante de 1990, a série tratará do fundo histórico das
monarquias, aristocracias, oligarquias e plutocracias. Penetrará no amplo espectro das democracias, junto com os
muitos tipos diferentes de repúblicas. Focalizará as autocracias, ditaduras e governos totalitários, tais como o
fascismo e o nazismo da safra da II Guerra Mundial. Também consideraremos o socialismo e o comunismo.
As complexidades do governo humano são muitas e complicadas, de modo que não se poderá apresentar tudo que
há para se saber sobre governos. Os artigos não visam ser um manual abrangente sobre política. Não endossarão
nem promoverão os interesses dos governos humanos em geral, ou de determinada forma, em particular. Qualquer
comparação entre as várias formas não terá por objetivo advogar uma forma como superior a outra. Despertai!
aderirá de perto às orientações fixadas na página 5, onde lemos: “Ela sonda abaixo da superfície e aponta o
verdadeiro significado por trás dos eventos correntes, todavia, permanece politicamente neutra.”
Os artigos sobre “O Governo Humano É Pesado na Balança” visam ser parte daquele processo de ‘sondar abaixo da
superfície’. Eles apontarão “o verdadeiro significado por trás dos eventos correntes”, eventos estes que indicam que o
governo humano está enfrentando uma crise.
O livro The Columbia History of the World (História Universal de Colúmbia), descreve esta crise do seguinte modo: “A
condição em que encontramos o governo, a religião, a moral, o intercâmbio social, a língua, as artes e a derradeira
base da vida civilizada, a esperança pública, permite-nos tirar pelo menos uma conclusão experimental sobre a
magnitude da presente época. O governo é o primeiro da lista, e o primeiro em importância. . . . [Existe] um desprezo
pela lei, pelo Estado que a impõe e pelos governantes que ainda crêem em ambos. . . . A presente perspectiva se
contrasta agudamente com a de um século atrás. . . Em muitas partes do mundo, há forças já prontas, bastando que
seja dada uma ordem, para invadir a prefeitura, interromper uma audiência pública forense, devastar uma
universidade, ou fazer ir pelos ares uma embaixada. . . . O clamor pela liberdade absoluta é virulento. . . . Em suma, o
único ideal político e social, a única força motivadora destes tempos é o Separatismo, não importa sob que outros
farrapos da filosofia mais antiga ele se disfarce. Se não se trata ainda do Colapso, é inegavelmente o Rompimento.”
Será que o “Rompimento” levará em breve ao “Colapso”, e, se assim for, que conseqüências trará para o mundo em
que vivemos? Na verdade, o governo humano está sendo julgado, mas não apenas pelos humanos que têm pesado
seus governos já por milhares de anos, e, repetidas vezes, os considerado faltosos. Desta feita, o próprio Criador do
universo está exigindo uma prestação de contas. Será que o registro dos feitos do governo humano, no decorrer dos
séculos, justifica que se permita que continue existindo? Ou o fato de estar sendo pesado na balança do julgamento
divino mostra que deve desaparecer? Se assim for, pelo que poderá ser substituído?
A série de artigos, “O Governo Humano É Pesado na Balança”, aumentará seu conhecimento sobre o assunto de
governo. E o encherá de esperança, porque o leitor (ou leitora) tem todo motivo de ser otimista. O governo melhor já
está a caminho. E, o melhor de tudo, poderá viver para usufruí-lo!

*** g89 8/5 p. 8 O que provoca a crise do custo de vida? ***


Corrupção e ganância. Tem-se acusado os presidentes de alguns países da África e da Ásia de apropriação indébita
de bilhões de dólares. Chefes de polícia e destacadas autoridades comerciais na América Latina têm também sido
implicados em fraudes de muitos milhões de dólares. Estas enormes quantias são, em geral, desviadas de
programas que visam melhorar o quinhão do povo comum. A corrupção endêmica, em todos os níveis, mina
seriamente as economias de incontáveis nações, pondo uma carga financeira adicional sobre a maioria empobrecida,
que tem de subsidiá-la.

*** g90 22/3 pp. 6-8 Quem está destruindo as florestas pluviais? ***

ESSA pergunta é geralmente respondida por se culpar os pobres do mundo. Durante séculos, os camponeses nos
países tropicais cultivaram o solo por meio da lavoura que empregava as derrubadas e queimadas. Eles derrubavam
um trecho da floresta e o queimavam, e, quer pouco antes, quer logo depois da queimada, plantavam suas
sementes. As cinzas da floresta proviam os nutrientes para as plantações.
Este tipo de lavoura há muito revelou uma surpreendente verdade sobre as florestas pluviais equatoriais. Cerca de 95
por cento delas crescem em solos muito pobres. A floresta recicla os nutrientes tão rapidamente que eles se mantêm
notadamente nas árvores e na vegetação bem acima do solo, protegidos das chuvas que os levariam embora do
solo. A floresta pluvial, por conseguinte, é perfeitamente adequada para o seu meio ambiente. As notícias não são
tão boas para o lavrador.
Depressa demais, as chuvas carregam os nutrientes deixados pelas cinzas da floresta queimada. Lentamente, a
lavoura se torna um pesadelo. Eis como se expressou um pobre lavrador boliviano: “No primeiro ano, eu cortei as
árvores e as queimei. E o milho cresceu alto e doce no meio das cinzas, e todos nós pensávamos que, finalmente,
tínhamos conseguido vencer. . . . Mas, desde então, as coisas vão mal. O solo se torna cada vez mais seco, e não
produz coisa alguma, a não ser ervas daninhas. . . . E as pragas? Nunca vi tantas espécies delas. . . . Nós estamos
quase que acabados.”
Em épocas passadas, o lavrador simplesmente derrubava novos trechos da floresta e deixava o velho trecho em
repouso. Uma vez a floresta retornasse aos trechos anteriores, podia ser derrubada de novo, vez após vez. Para este
processo dar certo, porém, os trechos abertos têm de estar cercados pela floresta original, de modo que insetos,
aves e animais possam espalhar as sementes e polinizar as novas plantinhas. Isto leva tempo.
A explosão demográfica também modificou as coisas. Havendo um grande número de lavradores numa mesma área,
os períodos de descanso do solo tornam-se cada vez mais abreviados. Não raro, lavradores migrantes simplesmente
exaurem suas terras em poucos anos, e se mudam mais para o interior da floresta, queimando-a numa frente ampla.
Ainda outro fator agrava a situação. Cerca de dois terços das pessoas, nos países em desenvolvimento, dependem
de lenha como combustível para cozinhar e aquecer-se. Mais de um bilhão de pessoas só conseguem suprir suas
necessidades de combustível por cortarem madeira mais rápido do que ela está sendo substituída atualmente.
É fácil culpar os pobres. Mas, como os ecologistas James D. Nations e Daniel I. Komer se expressam, isso é como
“culpar os soldados de terem provocado as guerras”. Acrescentam eles: “São meros peões no jogo do general. Para
compreender o papel dos colonos no desmatamento, a pessoa precisa perguntar por que, inicialmente, estas famílias
penetram na floresta pluvial. A resposta é simples: Não existe terra para elas em outro lugar.”
Em um país tropical, meros 2 por cento dos latifundiários detêm cerca de 72 por cento das terras. No ínterim, cerca
de 83 por cento das famílias de lavradores não dispõem de suficientes terras para sobreviverem, ou não têm terra
alguma. Esse padrão se repete em diversos graus através do globo. Imensidões de terras de propriedade particular
são usadas, não para produzir alimentos para o povo local, mas para produzir colheitas exportáveis, a serem
vendidas às nações ricas, nas zonas temperadas.
A indústria madeireira é outra famosa culpada. Além dos danos diretos causados à floresta, a extração de madeira
também torna as florestas pluviais mais vulneráveis a incêndios — e a humanos. Estradas abertas por tratores para a
extração de madeira numa floresta virgem pavimentam o caminho para as multidões de lavradores migrantes
avançarem por elas.
E, quando os sítios fracassam, como, os criadores de gado compram as terras e as transformam em pastos, para
alimentar o gado. Isto se dá especialmente na América Central e do Sul. A maior parte da carne do gado bovino
criado é exportada para as nações mais ricas. O gato doméstico mediano, nos Estados Unidos, come mais carne de
vaca num ano do que o habitante mediano da América Central.
No fim, são as nações desenvolvidas que financiam a devastação das florestas pluviais equatoriais — para satisfazer
seus próprios apetites vorazes. As madeiras tropicais exóticas, os produtos, a carne de vaca, que elas compram
avidamente das nações tropicais, todos exigem a substituição, ou a devastação das florestas. A gula dos americanos
e dos europeus por cocaína tem significado o desmatamento de centenas de hectares das florestas pluviais no Peru,
para dar lugar às lucrativas plantações de coca.
Muitos governos promovem ativamente o desmatamento. Eles fornecem incentivos fiscais para os criadores de gado,
para as companhias madeireiras, e para a lavoura de exportação. Há nações que fornecem terras para o lavrador se
ele as “melhora” pelo desmatamento. Certo país do Sudeste da Ásia tem transferido colonos migrantes aos milhões
para suas remotas florestas pluviais.
Tal política é defendida como a utilização das florestas em benefício dos pobres, ou como promoção de economias
em declínio. Mas, do modo como os críticos a encaram, até mesmo estes lucros a curto prazo são ilusórios. Por
exemplo, a terra que se mostrou inóspita para as plantações do colono talvez não seja mais amigável para com o
gado do criador. Fazendas de criação de gado são comumente abandonadas depois de dez anos.
A indústria madeireira com freqüência não se sai melhor. Uma vez extraídas da floresta as madeiras de lei, sem se
pensar no futuro, as florestas diminuem rapidamente. O Banco Mundial calcula que mais de 20 dentre 33 países, que
atualmente exportam sua madeira tropical, a esgotarão dentro de dez anos. A Tailândia ficou tão dramaticamente
desmatada que teve de proibir toda a extração de madeira. Calcula-se que as Filipinas ficarão inteiramente sem
madeira a extrair por volta de meados da década de 90.
A mais amarga ironia, porém, é a seguinte: Há estudos que demonstram que uma área da floresta pluvial pode gerar
mais renda se deixada intacta, colhendo-se os seus produtos — suas frutas e a borracha, por exemplo. Sim, dá mais
dinheiro do que a lavoura, a criação de gado, ou a extração de madeira nessas mesmas terras. Todavia, a destruição
prossegue.
O globo não pode suportar tal tratamento para sempre. Como se expressa o livro Saving the Tropical Forests
(Salvando as Florestas Tropicais): “Se continuarmos a presente destruição, a questão não é se a floresta pluvial
desaparecerá, mas quando.” Mas, será que o mundo realmente sofreria se todas as florestas pluviais fossem
destruídas?

*** g90 22/3 p. 11 Por que salvar as florestas pluviais? ***


O dossel reduz a força das gotas de chuva, de modo que não possam levar embora o solo. Muitas folhas são
dotadas de pontas alongadas, ou pontas de gotejamento, que rompem as gotas mais pesadas. Assim, a chuva forte
é reduzida a contínuo gotejamento, que cai ao solo lá embaixo com impacto amainado. As pontas também permitem
que as folhas deixem a água escorrer rapidamente, de modo que possam retornar à transpiração, devolvendo a
umidade à atmosfera. Os sistemas de raízes sugam 95 por cento da água que atinge o solo florestal. Como um todo,
a floresta absorve a precipitação pluvial como uma gigantesca esponja, e então a libera paulatinamente.
Mas, uma vez desaparecida a floresta, a chuva cai direto e pesadamente sobre o solo exposto, e arrasta toneladas
dele. Por exemplo, na Côte d’Ivoire, África Ocidental, um hectare de floresta pluvial equatorial ligeiramente inclinado
perde apenas cerca de três centésimos de uma tonelada de solo por ano. O mesmo hectare, se desmatado e
cultivado, perde 90 toneladas de solo por ano; se for solo sem vegetação, 138 toneladas.
Esse tipo de erosão do solo faz mais do que devastar o solo para a lavoura ou a criação de gado. Ironicamente, as
próprias represas, que provocam colossais doses de desmatamento, são danificadas com isso. Cheias de
sedimentos que os rios levam das áreas desmatadas, elas rapidamente ficam obstruídas e se tornam inúteis. As
regiões costeiras e os locais de desova também são prejudicados com o excesso de sedimentos.

*** w81 15/1 p. 4 Quando não houver mais ansiedades aflitivas ***
Na esperança de lidar com bom êxito com as ansiedades da vida, muitos voltam-se para os tranqüilizantes. Por
exemplo, recentemente, durante um ano, apenas nos Estados Unidos, foram aviadas cerca de 57 milhões de receitas
para um único tipo de droga — o tranqüilizante. Há porém perigos a serem considerados. Escrevendo no Post de
Nova Iorque, de 26 de abril de 1978, Harriet Van Horne declarou: “Cerca de 30 milhões de mulheres usam
tranqüilizantes, relata o [Instituto Nacional de Toxicomania], e 16 milhões tomam barbitúricos. No último ano, 200.000
norte-americanos ingressaram em programas de reabilitação de toxicômanos, e todos eles estavam fazendo uso de
drogas receitadas.” Portanto, na realidade, este empenho de lidar com as ansiedades talvez as aumente.
Buscando libertar-se das ansiedades, alguns empenham-se em acumular dinheiro. Não faz muito tempo, um técnico
em eletrônica, em Toronto, induzido por propagandas, vendeu sua casa e aplicou todo o dinheiro (50.000 dólares
canadenses) em bilhetes de loteria. Ganhou apenas 1.500 dólares e duas passagens para viajar, que venciam
naquele mesmo dia em que as ganhou. É evidente, pois, que o desejo de acumular dinheiro pode causar ansiedade,
em vez de aliviá-la.
A ansiedade quanto ao futuro sobrecarrega a mente de muitos. Em primeiro lugar, há o perigo sempre presente de
que as nações fortemente armadas venham a usar finalmente suas armas mortíferas, com conseqüências
desastrosas para a humanidade. O jornal To the Point International disse editorialmente: “A maioria dos observadores
militares do Ocidente tem certeza de que a luta final entre o Oriente e o Ocidente é inevitável. . . . Cálculos
detalhados têm sido feitos quanto aos efeitos de um ataque nuclear da União Soviética contra as maiores cidades
dos Estados Unidos . . .

*** g85 22/1 p. 31 Observando o Mundo ***


“Calculadamente sete milhões de pessoas [na Grã-Bretanha] tomam Valium e outros dos chamados tranqüilizantes
‘brandos’ cada ano”, veicula o Daily Mail de Londres, Inglaterra. O tranqüilizante Valium foi fabricado em 1959, e
dizia-se que, como relaxante muscular, era “dez vezes mais eficaz do que o Librium”. Supunha-se que removia as
agruras da angústia emocional, ao passo que habilitava a pessoa a levar uma vida normal.
Entretanto, acrescenta o informe: “Longe de abrandar as crueldades da vida do século 20 segundo se afirma, os
tranqüilizantes podem viciar as pessoas — especialmente mulheres.” A Unidade Wolfson de Farmacologia Clínica
calcula que cerca de um quarto dos pacientes que tomam benzodiazepinas durante quatro meses tornam-se
dependentes delas. Os efeitos produzidos são alistados como: insônia, ansiedade, depressão, ataques de pânico,
náusea, visão turva e dor muscular.

*** g91 8/11 p. 6 ‘Os filhos são preciosos, mas os filhos homens são essenciais’ ***
“Antes dos 20, Não! Depois dos 30, Definitivamente Não! Somente Dois Filhos — Ótimo!”, é o conselho dado em um
dos pôsteres coloridos que perfilam a sede do departamento de planejamento familiar em Bombaim, na Índia. Outro
apresenta uma mãe atormentada, cercada de cinco filhos. Ele avisa: “Não Se Arrependa Depois!” A mensagem soa
alto e claro: Bastam dois filhos para cada família. Mas não é fácil fazer com que as pessoas aceitem e ajam de
acordo com a recomendação do Governo, de cada família ter apenas dois filhos.
“Os hindus consideram que a felicidade dum homem é proporcional ao número de filhos. Entre eles, deveras, os
filhos são considerados a bênção da casa. Não importa quão numerosa possa ser a família, ele jamais deixa de fazer
orações para que ela aumente”, diz o livro Hindu Manners, Customs and Ceremonies (Maneiras, Costumes e
Cerimônias dos Hindus). Dum ponto de vista religioso, contudo, é o filho homem que é de maior valor para o patriarca
da família. “Não existe infortúnio igual ao de não deixar um filho ou um neto para realizar os últimos deveres
relacionados com o enterro”, prossegue a explicar o livro. “Tal falta é considerada como capaz de impedir todo
acesso à Morada da Felicidade Celestial depois da morte.”
Filhos homens são também necessários para realizar os ritos da adoração dos ancestrais, ou sraddha. “Pelo menos
um filho homem era quase essencial”, escreve A. L. Basham, em The Wonder That Was India (A Maravilha Que Era
a Índia). “O intenso sentimento familiar da Índia hinduísta sublinhava o desejo de ter filhos homens, sem os quais
desapareceria a linhagem.”
Além das crenças religiosas, um fator cultural que influencia o desejo de ter filhos homens é o tradicional arranjo
familiar extensivo, ou ampliado, da Índia, em que os filhos homens que casam continuam a morar com os pais. “As
filhas se casam e vão morar na casa dos sogros, mas os filhos homens permanecem na casa dos pais; e os pais
esperam que os filhos homens cuidem deles na velhice”, explica a Dra. Lalita S. Chopra, da Divisão de Saúde e Bem-
Estar Familiar da Câmara Municipal de Bombaim. “Esta é a segurança deles. Os pais se sentem seguros quando têm
dois filhos homens. Logicamente, então, se um casal alcançou o sugerido limite de dois filhos, e ambos são
mulheres, existe boa probabilidade de que eles continuem tentando ter um filho homem.”
Embora, em teoria, todos os filhos sejam encarados como mandados por Deus, as realidades do dia-a-dia dizem o
oposto. “É evidente a negligência em proporcionar cuidados médicos para as meninas”, informa a revista Indian
Express. “A sobrevivência delas não é considerada realmente importante para a sobrevivência da família.” A
reportagem cita uma pesquisa de opinião feita em Bombaim, a qual revela que, dentre 8.000 fetos abortados depois
de testes de verificação de sexo, 7.999 eram do sexo feminino.

*** g91 8/11 p. 9 Eu cresci numa cidade africana ***


Ao rememorar o passado, eu diria que nosso quinhão na vida era mediano, talvez até mesmo acima da média para a
nossa parte da África. Eu sei de uma porção de famílias cujo padrão de vida era muito pior do que o nosso. Muitos de
meus amigos na escola tinham de ir vender coisas no mercado antes e depois das aulas, para levar algum dinheiro
para sua família. Outros não podiam dar-se ao luxo de comer algo de manhã, antes de irem para a escola, e saíam
de casa com fome e ficavam na escola o dia todo sem comer. Posso lembrar-me de várias vezes em que um desses
meninos vinha suplicar-me um pedaço, enquanto eu comia meu pão na escola. Assim, eu partia um pedaço do pão,
partilhando-o com ele.
Apesar de tais sofrimentos e dificuldades, a maioria das pessoas ainda gostam de ter famílias grandes. “Um filho só
não é um filho”, muitos dizem aqui. “Dois filhos são como um, quatro filhos são como dois.” Isso se dá porque a taxa
de mortalidade infantil se acha entre as mais elevadas do mundo. Os pais sabem que, embora alguns de seus filhos
morram, outros viverão, crescerão, conseguirão empregos e trarão algum dinheiro para casa. Daí, estes estarão em
condições de cuidar dos pais, ao envelhecerem. Num país em que não existem benefícios da seguridade social, isso
significa muito. — Conforme narrado por Donald Vincent.

*** w85 15/1 p. 12 pars. 8-11 Podem as realizações humanas impedir a catástrofe? ***
A publicação intitulada Gastos Militares e Sociais do Mundo, 1983, em inglês, noticiou: “2.000.000.000 de pessoas
vivem com renda inferior a 500 dólares [EUA] por ano.” Ela prosseguiu: “Pelo menos uma dentre cada cinco pessoas
vive nas garras da absoluta pobreza, num estado de privação tão completo que chega a ser genocídio silencioso.” A
seguir ela observou que, cada ano, “11.000.000 de bebês morrem antes do seu primeiro aniversário” por desnutrição
ou por doença. — Revelação 6:5-8.
9
Em alguns países, diz o jornal The Detroit News, “muitas mulheres têm filhos demais e não têm meios para cuidar
deles . . . Demasiadas vezes, essas mães simplesmente largam a criança não desejada . . . na rua.” Há milhões de
crianças assim. Em outros lugares, os abandonados são os pais. Certo jornalista asiático escreveu: “Milhares de
idosos estão sendo expulsos de casa porque sua família não mais os pode alimentar. Não há órgãos de assistência
social para prover ajuda. Muitas vezes, os filhos desses idosos tomam um trem com eles e os largam em algum
lugar, ou os abandonam em estações ferroviárias.” Esse escritor acrescentou: “Que mudança chocante numa cultura
que costumava ter tanto respeito pelos idosos.” De modo que a nossa era constata a veracidade de Provérbios
30:11, que declara: “Há uma geração que invoca o mal até mesmo sobre seu pai e que não abençoa nem mesmo a
sua mãe.”
10
Os governos humanos não conseguem solucionar o problema da pobreza global. Países subdesenvolvidos arcam
com um fardo esmagador de crescentes dívidas que não podem pagar. Até mesmo países desenvolvidos têm dívidas
excessivas. Um sintoma disso é que no ano passado faliram dezenas de bancos nos Estados Unidos. Quando um
dos maiores se viu ameaçado disso, somente a intervenção do governo com bilhões de dólares impediu um desastre.
Temia-se que, se um banco tão grande falisse, “o contágio se estenderia também a outros bancos, ameaçando todo
o sistema financeiro”, noticiou o jornal The New York Times. Torna-se assim cada vez mais difícil impedir a
catástrofe. De fato, a cada ano que passa, assume maior peso a observação publicada no jornal Guardian, da
Inglaterra: “O mundo está à beira duma catástrofe humana e dum desastre político . . . Continentes inteiros viram
desaparecer suas esperança quanto ao futuro.” — Lucas 21:25, 26.
11
A tecnologia tem tornado muito mais grave algo que os governos são incapazes de impedir: a guerra. Foi a
tecnologia que fez da Primeira Guerra Mundial tamanha carnificina, com o uso em massa de metralhadoras, de
submarinos, de aviões de guerra,
*** g73 8/8 p. 30 Itens Noticiosos ***
Conserving Life on Earth (Preservar a Vida na Terra) é um livro recém-publicado de D. Ehrenfeld, professor-
associado de biologia da Universidade de Colúmbia. Ele culpa “o aumento do Cristianismo ocidental” e seu conceito
errado de “progresso” pelo desastre ecológico em que o homem se encontra. Observa, contudo: “Entre os grupos
religiosos judeu-cristãos contemporâneos, poucos, além de as Testemunhas de Jeová, parecem ter formulado uma
filosofia de estruturação total e equilibrada do homem em relação a seu ambiente (veja-se “Despertai! de 8 de
outubro de 1971).”

*** w81 15/1 p. 6 Quando não houver mais ansiedades aflitivas ***
Nós, também, precisamos ter confiança no cumprimento das palavras seguintes do apóstolo: “Mas, há novos céus e
uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” Portanto, devemos
comportar-nos segundo o conceito de que o “dia de Jeová” está próximo, “às portas”, e devemos estar preparados
para ele, porque significará a remoção do atual sistema iníquo de coisas. Em substituição haverá a maravilhosa nova
ordem que Deus promete. — 2 Ped. 3:10-13; Mat. 24:33, 34; Luc. 21:34-36.
Esse novo sistema de coisas derrotará a tristeza, a aflição e a molesta ansiedade. Que bênçãos derramar-se-ão
então sobre a humanidade obediente por meio do reino celestial de Deus, sob o rei messiânico, Jesus Cristo!
Quando Jesus esteve na terra como homem por duas vezes ele multiplicou pães e peixes para alimentar milhares. E
houve sobras. (Mar. 6:37-44; 8:1-9) Portanto, sob o governo do Reino não haverá mais ansiedade quanto ao que
comer e ao que beber.
O que dizer da vestimenta? Tampouco haverá necessidade de se ficar ansioso quanto a isto. Afinal, Jesus disse aos
seus discípulos: “No assunto do vestuário, por que estais ansiosos? Aprendei uma lição dos lírios do campo, como
eles crescem; não labutam nem fiam; mas eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestia
como um destes. Se Deus, pois, vestiu assim a vegetação do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno,
não vestirá ele tanto mais a vós, ó vós os de pouca fé?” (Mat. 6:28-30) A resposta é óbvia. Deus pode fazê-lo — e o
fará no novo sistema que promete.
Constituirá um problema providenciar moradia adequada? Não para Jeová Deus, que preparou um lar paradísico
para os nossos primeiros pais. Ele certamente proverá acomodações apropriadas para aqueles que confiam nele. E
os habitantes da terra, no novo sistema, sem dúvida não desfrutarão menos do que se predisse numa ocasião para o
povo de Deus: “Hão de construir casas e as ocuparão. Não construirão e outro terá morada.” (Isa. 65:21, 22) Quando
a vontade de Deus for feita em toda terra, não haverá motivos para se ficar ansioso quanto à questão da moradia
O que dizer do grande motivo de muitos ficarem ansiosos: a saúde precária? Bem, a Palavra de Deus nos assegura
que Jeová é capaz de remover as enfermidades. (Deu. 7:15) Segundo o relato de um dos Evangelhos, Jesus Cristo,
o Filho de Deus, “curou a todos os que passavam mal; para que se cumprisse o que fora falado por intermédio de
Isaías, o profeta, dizendo: ‘Ele mesmo tomou as nossas doenças e levou as nossas moléstias.’” (Mat. 8:16, 17, veja
também Isa. 53:4.) Portanto, não há motivo para ansiedade indevida quanto à remoção das moléstias sob o governo
do Reino.
Mas, Jesus não realizou apenas muitas curas; pôde também dissipar a aflição relacionada com a morte. Como? Por
ressuscitar pessoas para a vida. Por exemplo, pense no grande alívio da ansiedade e do pesar sentido pela viúva de
Naim, ao ver o seu filho ressuscitado. (Luc. 7:11-17) E que felicidade houve quando Jesus ressuscitou seu amigo
Lázaro, de Betânia! (João 11:1, 30-44) Quando esteve na terra, Cristo garantiu que ‘todos os que estão nos túmulos
ouvirão a sua voz e sairão’. (João 5:28, 29) Sem dúvida, esta promessa terá cumprimento certo, pois Jesus foi capaz
de ressuscitar os mortos quando esteve na terra. — Atos 24:15.
O “dia de Jeová” trará o fim da iniqüidade e das grandes ansiedades. Que bênção isto será! Quão grandioso será
viver quando não houver mais a ansiedade quanto ao alimento, a roupa e à moradia, quando a doença for substituída
por saúde radiante, e quando a ressurreição substituir a marcha da humanidade para a morte! Deveras, será um
prazer viver quando as ansiedades aflitivas não existirem mais.

*** w77 1/12 pp. 709-713 Como poderá você encontrar verdadeira segurança? ***

A nova ordem de Deus será um lugar de total segurança. Em toda a terra, a profecia de Miquéias 4:4 terá seu
cumprimento maior, pois, os amantes da paz “sentar-se-ão, cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua
figueira, e não haverá quem os faça tremer”. Sim, “os próprios mansos possuirão a terra e deveras se deleitarão na
abundância de paz”. (Sal. 37:11) Ao passo que mesmo já hoje se pode encontrar certa medida de segurança,
especialmente em sentido espiritual, entre os que adoram a Jeová, a segurança total em todos os aspectos da vida
será alcançada apenas naquela nova ordem criada por Deus. Quão maravilhoso será o tempo em que Jeová, por
meio de seu reino celestial, proverá bênçãos materiais tão abundantes e segurança tão duradoura, que a vida
cotidiana será um ‘deleite’!
2
Não mais haverá problemas com pessoas deslocadas, por terem de fugir de regiões controladas por cruéis
governos ditatoriais. Tampouco haverá qualquer medo de jovens ou idosos serem separados violentamente por
medonhas guerras, pois, “não levantarão espada, nação contra nação, nem aprenderão mais a guerra”. (Miq. 4:3) A
paz será a regra, porque toda a humanidade será abençoada pelo grande Libertador, a respeito de quem está
escrito: “Julgue ele os atribulados do povo, salve ele os filhos do pobre e esmigalhe o defraudador. . . . Nos seus dias
florescerá o justo e a abundância de paz até que não haja mais lua. E terá súditos . . . até os confins da terra.” — Sal.
72:4-8.
3
A pobreza, a fome e a penúria tampouco estragarão essa segurança. A Palavra de Deus promete que “virá a haver
bastante cereal na terra; no cume dos montes haverá superabundância”. (Sal. 72:16) Sim, “a árvore do campo terá
de dar seu fruto e a própria terra dará a sua produção”. (Eze. 34:27) Podemos confiar em que isto acontecerá, porque
Jesus Cristo, o Rei designado do reino de Deus, quando esteve na terra, demonstrou sua capacidade de providenciar
alimento suficiente para multidões. — Mar. 8:19, 20.
4
Em vista do que o futuro nos reserva, na nova ordem de Deus, como devemos encarar as coisas que o mundo de
hoje considera como provendo segurança, tais como o lar, uma conta bancária, o emprego ou os confortos
materiais? Visto que Jeová criou os homens para usufruir bênçãos materiais, é errado possuir tais coisas agora?
Não, não se pode dizer que tais coisas sejam erradas em si mesmas. Jeová nos criou com a capacidade mental,
emocional e física para usufruir coisas boas. E ele promete as melhores coisas materiais na sua nova ordem. Mas,
neste ponto da história humana em que estamos, a questão não é a de termos sido feitos ou não para usufruir
bênçãos materiais. O que está hoje em jogo é a nossa própria vida.
5
A evidência da profecia bíblica, cumprida, mostra que já estamos bem avançados nos “últimos dias” deste atual
sistema iníquo de coisas. (2 Tim. 3:1-5) Dentro em breve, Deus executará seu julgamento adverso nele, o que
resultará num tempo de aflição sem paralelo para este mundo. (Dan. 12:1) Contudo, a Palavra de Deus mostra que
haverá “uma grande multidão, que nenhum homem podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas”
que sai “da grande tribulação”. (Rev. 7:9, 14) Essas pessoas sobreviverão por terem a aprovação e a proteção de
Deus, não por causa de alguma vantagem material que talvez tenham. Jesus disse: “Mesmo quando alguém tem
abundância, sua vida não vem das coisas que possui.” (Luc. 12:15) A vida eterna, na nova ordem de Deus, só pode
ser obtida por se conhecer a Jeová e se obter a Sua aprovação. — João 17:3.
6
Nada do que este mundo oferece como segurança significará alguma coisa quando a ira de Deus sobrevier ao atual
sistema humano. E todos os sistemas políticos, religiosos, militares e econômicos que agora dominam a humanidade
hão de ser reduzidos a nada. Portanto, certamente não proverão nenhuma segurança. (Rev. 6:16, 17) Por isso,
aquilo que agora pode parecer forte e protetivo desmoronará quando as forças destrutivas de Deus atacarem. Na
antiguidade, muitos recorriam aos cavalos fortes em busca de segurança e de escape em tempos de dificuldade. Mas
a Palavra de Deus diz: “Para a salvação, o cavalo é uma ilusão, e não oferece escape pela abundância de sua
energia vital.” (Sal. 33:17) Hoje a situação é similar; nem os aparentemente fortes sistemas criados pelos homens,
nem as vantagens materiais, proverão segurança melhor ou escape. “A salvação pertence a Jeová”, não a qualquer
sistema ou obra de homens. “O nome de Jeová é uma torre forte. O justo corre para dentro dela e recebe proteção.”
— Sal. 3:8; Pro. 18:10.
7
A situação atual das pessoas pode ser comparada à situação dos passageiros num navio. Não há nada de errado
com os benefícios materiais que o navio costuma oferecer: a alimentação fornecida pode ser gostosa e nutritiva; as
cabinas, acolhedoras e confortáveis; os outros serviços e benefícios, agradáveis. Mas, o que acontece quando o
navio bate em algo e começa a afundar? Por exemplo, considere o que aconteceu ao famoso transatlântico “Titanic”,
em 1912. “Os peritos haviam considerado o navio insubmergível”, diz certa enciclopédia. Mas, quanta segurança real
houve no “Titanic”, com todos os seus benefícios materiais, quando bateu num iceberg e afundou? Absolutamente
nenhuma segurança. O navio afundou com a perda de umas 1.500 vidas.
8
Se tivesse estado no “Titanic”, com que se teria preocupado depois que o navio começou a afundar? Embora não
tivesse condenado os anteriores benefícios materiais do navio, certamente os consideraria então como
absolutamente sem importância, não é verdade? A coisa principal nesta nova situação seria a preservação de sua
vida. Acharia alguém muito tolo, e até mesmo mentalmente desequilibrado, se ele então gastasse todas as suas
energias tentando obter melhor acomodação, melhor refeição ou outros benefícios materiais no navio que, em
poucas horas, mergulharia nas ondas!
9
Dentro em breve, este atual sistema de coisas mergulhará na destruição. Portanto, não há agora nenhuma
segurança real nele, porque parte alguma dele sobreviverá. O reino celestial de Deus “esmiuçará e porá termo a
todos estes reinos” hoje existentes, e apenas o governo celestial de Deus “ficará estabelecido por tempo indefinido”.
(Dan. 2:44) E visto que Jesus predisse que neste vindouro tempo de julgamento por parte de Deus “haverá grande
tribulação, tal como nunca ocorreu desde o princípio do mundo até agora, não, nem tampouco ocorrerá de novo”, é
evidente que haverá grande perda de vidas, bem como de bens materiais. — Mat. 24:21.
10
Neste ano de 1977, já avançamos sessenta e três anos dentro do “tempo do fim”, se contarmos a partir dos
meados do segundo semestre do ano decisivo de 1914. Em cumprimento da profecia bíblica, é evidente, em vista
dos acontecimentos dos nossos tempos, que o atual sistema iníquo receberá em breve seu golpe mortal. Qual será
então a nossa atitude? Isto depende. Depende de quê? Do que tomamos por objetivo. Se tomarmos por objetivo a
vida eterna na nova ordem de Deus, então faremos tudo o que pudermos para buscar a Jeová, para conhecer a sua
vontade e para fazê-la do melhor modo que pudermos. As coisas materiais do mundo não serão nossa principal
preocupação. Antes, “tendo sustento e com que nos cobrir, estaremos contentes com estas coisas”. — 1 Tim. 6:8.
11
Quando Jesus advertiu: “Parai de armazenar para vós tesouros na terra”, ele reconheceu plenamente quão
temporários e inseguros os tesouros seriam neste atual sistema de coisas. (Mat. 6:19) Nem deu o conselho apenas
aos ricos; os pobres podem igualmente estar tão determinados em obter e armazenar bens materiais. As pessoas
revelam sua verdadeira motivação por aquilo que tomam por objetivo na vida, não importa qual a sua situação
financeira. “Pois, onde estiver o teu tesouro, ali estará também o teu coração”, disse Jesus. (Mat. 6:21) Se alguém se
empenhar constantemente em ajuntar cada vez mais bens materiais, tais como uma casa maior e melhor, mais
dinheiro no banco e melhor emprego, sem se importar com as conseqüências, então demonstra que realmente quer
as coisas do mundo. Prova pelas suas obras que sua mente se fixa principalmente nos benefícios do atual sistema.
Mas, quão míope é isso, já que “tudo o que há no mundo — o desejo da carne, e o desejo dos olhos, e a ostentação
dos meios de vida da pessoa — não se origina do Pai, mas origina-se do mundo. Outrossim, o mundo está
passando, e assim também o seu desejo, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. —
1 João 2:16, 17.
12
Podemos imaginar quanta zombaria os iníquos lançaram sobre Noé e sua família, nos dias antes do dilúvio, porque
estes gastaram tanto tempo em fazer a vontade de Jeová. Naturalmente, tinham de trabalhar para prover suas
necessidades diárias e manter um lugar de moradia, mas as suas atividades não estavam centralizadas nisso.
Entretanto, os demais daquele mundo o faziam, devotando-se a estar “comendo e bebendo, os homens casando-se
e as mulheres sendo dadas em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca”. (Mat. 24:38) Mas, evitando-se os
excessos, será que há algo de errado em comer, beber ou casar-se? Não, porque o próprio Jeová instituiu estas
coisas quando criou o homem e a mulher. O que havia de errado era que, num tempo de julgamento, em que
estavam em jogo a vida ou a morte, aquelas pessoas tolamente faziam sua vida girar em torno de tais empenhos e
não faziam caso da vontade de Deus.
13
Jesus disse a respeito de tais pessoas: “Não fizeram caso, até que veio o dilúvio e os varreu a todos.” (Mat. 24:39)
Sim, podem ter achado Noé “esquisito”, por ter renunciado aos benefícios materiais, a fim de concentrar-se na
construção da arca e na pregação. Mas, que adiantou para aquelas pessoas seu empenho pelas coisas materiais e
‘divertirem-se’? Não lhes resultou disso nenhum bem duradouro. Não só perderam seus bens, mas também sua vida,
visto que aquele mundo foi destruído pela água. (2 Ped. 2:5) Queira também observar bem o seguinte: Que
adiantavam para Noé, seus filhos e as esposas deles os lares e os bens que tinham? Estes tampouco lhes forneciam
segurança. Era na arca que estava a segurança. E quando chegou o tempo para abandonarem os lares que
possuíam, eles não hesitaram. Não haviam confiado nessas coisas para ter segurança, e por isso podiam abandoná-
las sem qualquer dificuldade. — Gên. 6:22.
14
Séculos mais tarde, quando Jeová causou a destruição de Sodoma e Gomorra, por causa da grave iniqüidade
delas, o que sobrou dos lares e dos bens daquelas cidades? Nada! Quando Ló e sua família abandonaram Sodoma,
puderam levar muito pouco consigo. Sua casa, sua mobília e a maior parte de seus bens também foram destruídos.
Mas Ló e suas duas filhas reconheciam que sua vida era muito mais importante. Compreendiam a questão envolvida.
Por causa de sua fé e obediência às instruções de Jeová, foram poupados. Mas os demais da população e os bens
deles não foram poupados. Conforme disse Jesus, nos dias de Ló “comiam, bebiam, compravam, vendiam,
plantavam, construíam. Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e destruiu a todos”.
Inclusive a quem? Lamentavelmente, inclusive a esposa de Ló. Na fuga, ela desobedeceu e olhou para trás, para as
coisas deixadas ali, e perdeu a vida. — Gên. 19:26; Luc. 17:28, 29.
15
Jesus disse que, assim como foi nos dias de Noé e também de Ló, assim seria na vindoura “grande tribulação”. A
vasta maioria da população da terra não se preocuparia com Deus e sua vontade. Em resultado, perderiam a vida. E
quando alguém está morto, quantos de seus bens materiais pode usufruir? Nenhum deles. Mas isto não se dará com
aqueles que querem continuar a viver e que recorrem a Deus em busca de segurança. Não se deixarão enlaçar pelas
preocupações materiais. De fato, estão prontos para abandonar qualquer bem material “naquele dia em que o Filho
do homem há de ser revelado”. Pois, Jesus disse: “Naquele dia, quem estiver no alto da casa, mas cujas coisas
móveis estiverem na casa, não desça para apanhá-las, e quem estiver no campo, do mesmo modo, não volte para as
coisas atrás. Lembrai-vos da mulher de Ló.” — Luc. 17:30-32.
16
Quão extensiva será a destruição das coisas materiais na vindoura “grande tribulação”? Apenas o tempo revelará
isso. Mas, nos exemplos da história bíblica que se acabam de mencionar, a perda material foi enorme, incluindo
grande perda material pelo povo de Deus. Isto aconteceu também em 70 E. C., quando os exércitos romanos
devastaram Jerusalém. Os cristãos tiveram de abandonar suas casas mais cedo, talvez levando consigo apenas
algumas coisas que podiam facilmente carregar. (Luc. 21:20, 21) Que aconteceu com aqueles que não quiseram
partir? Não só perderam seus lares e seus bens para os romanos, mas possivelmente também a sua vida. Os
cristãos que fugiram da cidade, embora também sofressem a perda de seus lares e da maioria de seus bens,
salvaram a sua vida e mantiveram a sua liberdade. Assim, também, na vindoura tribulação, poderá haver grandes
perdas materiais. Como encararia você tal perda pessoal?
17
Portanto, pense agora em que realmente confia para ter segurança? No “ouro” ou em Deus? Em que se fixam sua
mente e seu coração — nas coisas deste sistema ou na nova ordem de Deus? Mostram os seus atos e seu modo de
vida onde busca a segurança? Quão grave seria o erro de procurar a segurança na direção errada, nesta data
avançada! Conforme diz Jó 31:24-28: “Se pus no ouro a minha absoluta confiança ou disse ao ouro: ‘Em ti confio!’ Se
eu costumava alegrar-me por ter muita propriedade e porque a minha mão tinha achado muitas coisas; . . . isto
também seria um erro a receber a atenção dos magistrados, pois eu teria renegado o verdadeiro Deus de cima.”
18
Em vista do iminente colapso dos sistemas humanos e a subseqüente enorme perda material que poderá ocorrer,
seria deveras míope não nos prepararmos mentalmente para isso. Se você, leitor, amar a vida e quiser continuar
vivendo, então não se prenda a alguma coisa material. “Coisas valiosas de nada aproveitarão no dia da fúria, mas a
justiça é que livrará da morte.” “Quem confia nas suas riquezas — ele mesmo cairá; mas os justos florescerão como
a folhagem.” (Pro. 11:4, 28) Tais “justos” serão introduzidos na nova ordem de Deus, para compartilharem ali na obra
emocionante de transformar a terra inteira num Paraíso, num belo lar no qual usufruirão a vida para sempre. Tendo
olhado na direção certa, eles “morarão realmente em segurança, sem que alguém [os] faça tremer”. — Eze. 34:28.

*** w77 1/12 pp. 714-718 Qual é sua segurança? ***

SEU LAR? SUA CONTA BANCÁRIA? SEU EMPREGO?

Todas as pessoas normais desejam ter segurança. Querem ter segurança econômica, um bom lugar para morar,
trabalho satisfatório, estar livres do medo e ter paz mental. Jeová implantou o desejo de tais coisas corretas quando
criou o homem e a mulher. E na nova ordem de Jeová, sob o governo do seu reino celestial, essa segurança será a
sorte feliz da humanidade. O salmista inspirado disse a respeito de Jeová: “Abres a tua mão e satisfazes o desejo de
toda coisa vivente.” (Sal. 145:16) Na nova ordem de Deus, os desejos corretos dos homens serão plenamente
satisfeitos, até mesmo além de suas expectativas.
2
Mas, ainda não estamos na nova ordem de Jeová. Ainda vivemos no atual sistema iníquo de coisas. E este está
chegando rapidamente ao seu fim. Seu término virá em breve, quando se chocar frontalmente com Deus, na iminente
“grande tribulação”. (Mat. 24:21) Portanto, antes de a nova ordem de Deus se tornar realidade, é preciso eliminar o
velho sistema de governo político, comercial e religioso debaixo de Satanás. (2 Cor. 4:4; Rev. 19:11-21) Nesta
ocasião haverá enorme perda de vidas, quando Jeová entregar à morte aqueles que se negam a fazer a sua
vontade. Também, sem dúvida, haverá muita perda material, assim como houve quando os iníquos pereceram no
dilúvio dos dias de Noé e quando Sodoma e Gomorra foram destruídas, e também quando Jerusalém foi devastada
em 70 E. C. — Luc. 17:26-29; 2 Crô. 36:19.
3
Por isso há agora um motivo compelente, para manter o desejo normal de segurança material no seu devido lugar.
Darmos atenção demais às coisas materiais pode fazer com que nos desviemos do mais importante — de fazer a
vontade de Jeová e obter a sua aprovação. Conforme escreveu o apóstolo Paulo: “Ponhamos também de lado todo
peso e o pecado que facilmente nos enlaça, e corramos com perseverança a carreira que se nos apresenta.” (Heb.
12:1) A falta de fé poderá facilmente vencer-nos, se ficarmos envolvidos demais nos empreendimentos comuns neste
sistema de coisas. Assim como o corredor se despoja de todo peso desnecessário para disputar a corrida, assim
precisamos nós fazer em correr pelo prêmio da vida eterna. Paulo compara o cristão também a um soldado, que não
desvia sua atenção por se entregar a outros empenhos, dizendo: “Como soldado excelente de Cristo Jesus, participa
em sofrer o mal. Nenhum homem, servindo como soldado, se envolve nos negócios comerciais da vida, a fim de que
possa ganhar a aprovação daquele que o alistou como soldado.” — 2 Tim. 2:3, 4
4
Em vista disso, devemos concluir que, já que estamos tão perto do fim deste sistema, Deus exige que os cristãos
abandonem casas, empregos e dinheiro? Será que não precisam mais preocupar-se em ganhar a vida,
especialmente nos tempos econômicos difíceis em que muitos são despedidos do emprego? Não, não devemos
concluir isso, porque a Palavra de Deus diz também: “Certamente, se alguém não fizer provisões para os seus
próprios, e especialmente para os membros de sua família, tem repudiado a fé e é pior do que alguém sem fé.”
(1 Tim. 5:8) A fim de ‘fazerem provisões para os seus próprios’, aqueles que têm responsabilidades familiares
usualmente precisam trabalhar, para ganhar o dinheiro suficiente para comida, roupa e abrigo.
5
O ponto destacado pelas Escrituras é que, embora seja importante e necessário ganhar o sustento, isto não deve
ser a coisa primária na vida da pessoa. Quando alguém fica absorto nos cuidados do dia-a-dia, talvez ache que não
lhe sobra tempo, nem energia, para buscar a Deus, aprender os requisitos dele e fazer a sua vontade. Portanto, terá
de decidir quem será seu Deus: Jeová ou as coisas materiais. “Ninguém pode trabalhar como escravo para dois
amos”, disse Jesus. “Não podeis trabalhar como escravos para Deus e para as Riquezas.” (Mat. 6:24) Quem se
preocupa demais com as coisas materiais costuma ficar envolvido demais em trabalhar por elas e em cuidar delas.
Este é o motivo pelo qual os abastados muitas vezes têm grande dificuldade em fazer a vontade de Deus. Estão
atarefados demais em ganhar e manter sua riqueza. Por isso, Jesus observou: “Quão difícil será para os de dinheiro
entrar no reino de Deus!” — Mar. 10:23.
6
Mais cedo ou mais tarde, quer no tempo que você gastar, quer na atitude que criar, quer no apreço de seu coração,
uma coisa ou outra — Deus ou as coisas materiais — sairá vencedor e se tornará o ponto focal de sua vida. Aquilo
que se tornar o ponto focal determinará o seu futuro, assim como aconteceu com Ló e sua esposa. “Não vos deixeis
desencaminhar: De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso também ceifará.” (Gál. 6:7) O lavrador não
pode lançar sementes de ervas daninhas e esperar colher trigo. De modo similar, se ele semear trigo, não colherá
ervas daninhas. Portanto, se semearmos confiança nos benefícios materiais que este sistema agora oferece,
ceifaremos desapontamento quando ele for para a destruição. Se semearmos confiança em Deus, ceifaremos as
recompensas que ele dá, tanto agora como na sua nova ordem.
7
O proceder da sabedoria prática, hoje, em vista de onde nos encontramos na corrente do tempo, é ter a atitude do
apóstolo Paulo, quando disse: “Considero também, deveras, todas as coisas como perda, por causa do valor superior
do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele tenho aceitado a perda de todas as coisas e as
considero como uma porção de refugo, para que eu possa ganhar a Cristo.” Mesmo que fazer a vontade de Deus
significasse a perda de tudo, inclusive da vida, Paulo não teria recuado. Ele tinha a esperança certa da ressurreição.
De fato, aguardava “a ressurreição mais breve dentre os mortos”. Paulo reconhecia que aquilo que realmente
importava na vida não era a propriedade, a riqueza, a posição ou a situação social que anteriormente tinha na
comunidade. Estava disposto a renunciar a tais coisas a favor do que realmente importava — fazer a vontade de
Deus e obter Seu favor e Sua bênção. — Fil. 3:8, 10, 11.
8
A sabedoria desta atitude pode ser vista na tristeza, no desapontamento e na irritação sofridos por aqueles que
ficam apegados demais às coisas materiais e que as perdem. Por exemplo, você, leitor, talvez possua agora um belo
lar, mas que garantia tem de que o tenha amanhã? Talvez nem mesmo viva até lá. (Luc. 12:16-21) Mesmo agora,
muitos dos que se endividaram fortemente, para ter uma casa, verificam que em “tempos difíceis”, em sentido
econômico, não conseguem pagar as prestações e se vêem obrigados a renunciar à casa.
9
Também, cada ano, milhares de casas são destruídas ou danificadas pelo fogo, e outras, por inundações ou
tempestades. É cada vez mais freqüente que ladrões arrombam a casa e roubam. Em alguns casos, o seguro paga o
prejuízo, mas em muitos outros casos não o faz. E que dizer do custo emocional para aqueles que consideram seus
bens como coisa primária na sua vida? Conforme disse certa dona-de-casa: “É verdade. Quanto mais a gente possui,
tanto mais tem com que se preocupar.” Também, em muitas partes do mundo tem havido guerras, distúrbios e outros
atos de violência, que têm destruído casas, sem esperança de compensação.
10
Aquele que mantém suas necessidades reduzidas ao mínimo razoável, e que está disposto a se contentar com
menos, em sentido material, não tem muito a perder. Além disso, isso costuma habilitá-lo a gastar mais de seu tempo
e de suas energias no estudo e no serviço de seu Criador. Pode concentrar-se em aumentar a confiança em Jeová e
nas suas promessas. Fogo, distúrbios ou violência podem destruir seu lar, mas não podem destruir a verdadeira
segurança que provém de Jeová. É por isso que ‘aquele que me escuta’, diz Jeová, “residirá em segurança e estará
despreocupado do pavor da calamidade”. (Pro. 1:33) Tal pessoa pode corretamente dizer: “Vou tanto deitar-me como
dormir em paz, pois somente tu, ó Jeová, me fazes morar em segurança.” — Sal. 4:8.
11
Finalmente, no que se refere ao lar e aos bens que se possuem, será que ficarão intatos durante a “grande
tribulação”? Devemos pensar que, naquele tempo de condições caóticas, nossos bens não serão afetados? (Zac.
14:13) Também, durante a “grande tribulação”, Satanás e suas hostes lançarão um ataque contra os servos de
Jeová, “para ganhar muito despojo e fazer grande saque”. (Eze. 38:12) Até que ponto Jeová permitirá que os
inimigos vão, não sabemos agora, mas existe a probabilidade de perda material.
12
Por todos estes motivos, podemos ver que não é sábio ficar emocionalmente preso demais a coisas tais como
lares e mobília, não importa quão agradáveis possam ser atualmente. Não é que Jeová os condene, mas ele sabe
que o apego a tais coisas poderá ser perigoso, assim como aconteceu com a esposa de Ló. (Luc. 17:31, 32) Nós, em
vez disso, aguardamos o tempo, na nova ordem de Deus, em que seus servos, em segurança total, poderão construir
moradias adequadas.
13
Requer dinheiro para viver neste sistema de coisas e comprar as necessidades da vida. Muitos, porém, querem ter
uma conta bancária substancial, achando que ela lhes dará segurança. Contudo, a história não muito distante mostra
que não é assim. Na Grande Depressão, milhares de bancos cerraram as portas no mundo inteiro, com severas
perdas para seus depositantes. E um economista declarou recentemente: “O sistema bancário . . . tem revelado uma
contínua deterioração desde o fim da Segunda Guerra Mundial.” Também, o valor do dinheiro tem sido corroído pela
inflação, assim como um bloco de gelo se derrete no sol. Deveras, a história do dinheiro é resumida numa só palavra:
insegurança.
14
Assim, embora o dinheiro seja necessário e seja agora útil, é tolice basear sua confiança nele. Pois, não importa
quais as ações as autoridades possam tomar para remendar os atuais sistemas econômicos, o fato é que, dentro em
breve, todos entrarão em colapso total, e esta vez para sempre. Aproxima-se rapidamente o dia em que, como já
aconteceu antes, “a própria prata deles lançarão nas ruas e o próprio ouro deles tornar-se-á uma coisa abominável.
Nem a sua prata nem o seu ouro poderá livrá-los no dia da fúria de Jeová”. (Eze. 7:19) Em vista disso, a Palavra de
Deus aconselha sabiamente: “Vossa maneira de viver esteja livre do amor ao dinheiro, ao passo que estais contentes
com as coisas atuais.” Por não acatarem tal conselho e em vez disso criarem amor ao dinheiro, “alguns . . . foram
desviados da fé e se traspassaram todo com muitas dores”. (Heb. 13:5; 1 Tim. 6:10) Portanto, o amor ao dinheiro não
só desvia a pessoa dos interesses do reino de Deus, mas leva a sofrer “muitas dores”, por causa de tudo pelo qual a
pessoa tem de passar para obtê-lo e mantê-lo.
15
Os ricos talvez queiram ‘viver para sempre e não ver a cova’, e que “suas casas fiquem por tempo indefinido”, até
mesmo chamando-se “os seus bens de terra pelos seus nomes”. (Sal. 49:9, 11) Mas é Deus quem determinará o
futuro. Não o dinheiro, mas Jeová é quem decidirá quem ou o que será preservado durante o vindouro tempo de
dificuldades. E na sua nova ordem, a terra não será loteada segundo o capricho de quaisquer ricos e poderosos que
vivam hoje. Jeová, por meio de seu governo do Reino, regulamentará os assuntos econômicos, para que todos os do
seu povo tirem proveito da abundância da terra. (Rom. 2:11) Portanto, quão prático e salvador da vida é o conselho
da Bíblia: “Armazenai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde ladrões não
arrombam nem furtam.” (Mat. 6:20) Uma boa conta com Deus, no céu, é o que importa, não uma grande conta num
banco.
16
No entanto, a maioria das pessoas, hoje em dia, não está ficando rica. Preocupa-se mais com ganhar bastante
dinheiro para arcar com as despesas. Há muita ansiedade, porque as dificuldades econômicas, mundiais, nos últimos
anos, fizeram com que muitos perdessem seu emprego e sua renda. O servo de Deus, em tais circunstâncias,
também tem motivo de preocupação. Mas ele mantém seu equilíbrio. Lembra-se de que a Palavra de Deus lhe diz
que não devemos estar “deixando de nos ajuntar, como é costume de alguns, mas [que devemos estar] encorajando-
nos uns aos outros, e tanto mais quanto [vemos] chegar o dia”. (Heb. 10:24, 25) O cristão equilibrado reconhece que
“o homem tem de viver, não somente de pão, mas de cada pronunciação procedente da boca de Jeová”. (Mat. 4:4)
Portanto, embora conscienciosamente faça o possível para achar emprego, a fim de suprir suas necessidades, não
deixará isso interferir em ele se reunir com outros cristãos para estudar a Palavra de Deus. Nem permite que tal
preocupação afete seu serviço a favor dos outros na localidade, os quais ainda não conhecem a Jeová, nem seus
propósitos. Mantém em primeiro lugar as coisas mais importantes, relacionadas com Deus e sua vontade. — Fil.
1:10.
17
O servo de Deus que tem problemas por causa das dificuldades econômicas tem uma grande vantagem sobre
aqueles que não servem a Jeová. Ele é consolado pelo fato de que o Deus a quem serve conhece melhor a sua
situação do que ele mesmo, e, como Pai amoroso, pode-se confiar em que ele ajude em tempos de necessidade.
Proveria Deus as reuniões para o fortalecimento espiritual, e as oportunidades para pregar as boas novas da
iminente nova ordem, ao mesmo tempo deixando de apoiar os seus servos que colocam os interesses de Deus em
primeiro lugar na sua vida? Também, visto que o próprio Deus diz que ‘aquele que não faz provisões para os seus
próprios é pior do que um incrédulo’, não se apegaria ele mesmo a este princípio? (1 Tim. 5:8) “Há injustiça da parte
de Deus? Que isso nunca se torne tal!” diz o apóstolo Paulo. — Rom. 9:14.
18
Sim, Jeová criou os homens com o desejo natural de ter boas coisas. Mas, neste apogeu das eras, todas as
considerações materiais precisam ser mantidas no seu devido lugar. Nunca devemos permitir que nos dominem.
Portanto, quando pensamos na “grande tribulação”, que se aproxima rapidamente, não seremos como a esposa de
Ló. Não ficaremos pesarosos diante da idéia de perdermos os nossos bens, porque tal pensamento negativo pode
desequilibrar-nos a ponto de pormos em perigo a nossa própria vida.
19
Em vez disso, alegrar-nos-emos com o iminente fim deste sistema iníquo. Sabemos que isto significará a
vindicação do nome de Jeová, bem como a salvação das pessoas que levam este nome e que o defendem na sua
vida diária. Por causa de sua lealdade a Jeová, elas serão introduzidas numa nova ordem, onde terão a tarefa
agradável de transformar esta terra num paraíso, livre da influência de Satanás e do seu sistema iníquo de coisas, e
livre da escravização ao pecado e à morte. (1 Cor. 15:25, 26) Com tal grandioso futuro logo à frente, todos os que
querem continuar vivos desejarão ‘basear a sua esperança não nas riquezas incertas, mas em Deus, que nos
fornece ricamente todas as coisas para o nosso usufruto; para praticarem o bem, para serem ricos em obras
excelentes, para serem liberais, prontos para partilhar, entesourando para si seguramente um alicerce excelente para
o futuro, a fim de que se apeguem firmemente à verdadeira vida’. — 1 Tim. 6:17-19.

*** w89 15/7 pp. 10-15 Leve uma vida simples e equilibrada ***

Constitui um desafio determinar prioridades, equilibrar responsabilidades, e devotar tempo e energia, de forma
razoável, aos aspectos importantes da vida. É também um desafio evitar extremos, e manter equilíbrio mental e
emocional. — Efésios 5:17; 1 Timóteo 4:8; 1 Pedro 1:13.
2
Este desafio pode ser comparado ao confrontado pelo equilibrista que procura andar numa fina corda bamba. A
perda do equilíbrio seria um desastre para ele. De modo similar, a perda do equilíbrio espiritual seria desastrosa para
nós. Quem anda na corda bamba certamente não se sobrecarrega com muitas coisas. Leva apenas o essencial.
Portanto, para mantermos nosso equilíbrio espiritual, precisamos levar uma vida simples, sem sobrecarga. —
Hebreus 12:1, 2.
3
Se havemos de levar uma vida simples, devemos envolver-nos apenas nas coisas necessárias para manter um
nível de vida razoável. Em contraste com aquilo que os seus discípulos deviam buscar — o Reino de Deus e a Sua
justiça — Jesus Cristo falou das “coisas pelas quais se empenham avidamente as nações”. (Mateus 6:32, 33) Jesus
admoestou-nos assim a evitar acumular uma porção dessas coisas. Por quê? Porque podem complicar-nos a vida e
desencaminhar-nos. (Lucas 12:16-21; 18:25) Este é um conselho bom, quer sejamos ricos, quer pobres, de boa
instrução, ou não.
4
Levar uma vida simples e equilibrada é especialmente importante agora porque Satanás e seus demônios foram
restritos à terra, e eles estão decididos a sobrecarregar-nos e a desviar nossa atenção do serviço de Deus.
(Revelação [Apocalipse] 12:7-12, 17) Portanto, nunca antes foi mais aplicável a ordem bíblica: “Mantende estrita
vigilância para não andardes como néscios, mas como sábios, comprando para vós todo o tempo oportuno, porque
os dias são iníquos.” (Efésios 5:15, 16) Sim, vivemos no mundo iníquo de Satanás, não no novo mundo de Deus. Por
isso, não podemos dar-nos ao luxo de tornar-nos complacentes. — 2 Coríntios 4:4; 2 Pedro 3:7, 13.
5
Servos de Deus que nos tempos antigos viviam neste mundo governado pelo Diabo nos deram um excelente
exemplo. “Declararam publicamente que eram estranhos e residentes temporários no país.” Por isso, procuraram “um
lugar melhor, isto é, um pertencente ao céu”. (Hebreus 11:13-16) Sua lealdade foi para com o Reino celestial de
Deus, assim como deve ser a nossa. Por este motivo, o apóstolo Pedro chamou os cristãos de “forasteiros e
residentes temporários”. (1 Pedro 2:11; Filipenses 3:20) De fato, Jesus disse que seus verdadeiros seguidores “não
fazem parte do mundo”. Isto significa, conforme o apóstolo Paulo disse, que os cristãos não devem ‘fazer pleno uso
do mundo’. — João 17:16; 1 Coríntios 7:31.
6
Por isso, temos de lembrar-nos sempre de que este mundo pertencente a Satanás é um território perigoso em que
viver. Qualquer passo em falso pode significar desastre. (1 João 5:19; 1 Pedro 5:8) Nossa situação pode ser
comparada à de alguém que atravessa um campo minado. Citando um exemplo de aviso para os cristãos, o apóstolo
Paulo falou dos israelitas que estavam prestes a entrar na Terra da Promessa. Muitos perderam o equilíbrio
espiritual, envolveram-se em imoralidade e foram mortos por Deus. “Conseqüentemente”, escreveu Paulo, “quem
pensa estar de pé, acautele-se para que não [perca o equilíbrio espiritual e] caia”. — 1 Coríntios 10:12.
7
Levar uma vida simples e equilibrada protegerá você porque lhe permitirá ter mais tempo e energia para coisas
espirituais. Portanto, pergunte-se sabiamente: Estou simplificando a minha vida, ou a estou complicando? Quais são
as coisas que realmente vêm em primeiro lugar na minha vida? Alguns dizem que têm pouco tempo para estudar a
Bíblia ou para participar no ministério de campo. Mas, por que motivo? Provavelmente, é por deixarem de levar uma
vida simples e equilibrada. Por que não compara o tempo que gasta em recreação, tal como ver televisão, com o
tempo que gasta em servir a Jeová num ou noutro campo de atividade cristã? Usa o tempo de modo equilibrado?
Simplificar a sua vida lhe permitirá tempo para coisas mais importantes, que incluem participar mais na todo-
importante colheita espiritual. — Filipenses 1:9, 10; Mateus 9:37.
8
Realmente, sua atividade espiritual serve para indicar se você leva uma vida simples e equilibrada. Os cristãos que
acatam a admoestação de Jesus, de buscar primeiro o Reino de Deus, avançam num bom passo no estudo regular
da Bíblia, em assistir às reuniões e no ministério de campo. Tal avanço serve de verdadeira proteção contra a queda.
Pode ser comparado a andar de bicicleta. Aqueles que já tentaram equilibrar uma bicicleta a uma velocidade
reduzida quase a nada reconhecem a importância do impulso para a frente. De modo similar, enquanto você avança
num bom passo na rotina da atividade espiritual, está protegido contra perder o equilíbrio e cair. — Filipenses 3:16.
9
Todavia, precisamos ser vigilantes e lembrar-nos de que aliviarmo-nos de coisas pode dar-nos mais tempo para
estudo, a fim de nos preparar para as reuniões, e a fim de ajudar outros. “Sempre que me sinto tentado de comprar
algo de que não preciso, ou assumir um serviço de que não preciso”, disse certo comerciante cristão, “detenho-me
com o lembrete de manter as coisas simples. Às vezes, tenho de ser duro comigo mesmo.” Não é este um bom
lembrete para todos nós? Quando pensa em executar algum projeto, talvez em construir um anexo à sua casa ou
algo assim, por que não se pergunta: Contribuirá isso para a minha espiritualidade e a da minha família, ou vai
estorvá-la? Preciso realmente de tudo aquilo pelo qual as pessoas do mundo se empenham tão arduamente, ou
posso passar sem isso?
10
Todavia, alguns talvez objetem: ‘É tal abnegação realmente necessária? Requer-se mesmo que levemos uma vida
simples e equilibrada?’ Pois bem, Paulo falou sobre “as coisas do homem” e “as coisas de Deus”, e disse: “O homem
físico não aceita as coisas do espírito de Deus, porque para ele são tolice; e ele não pode chegar a conhecê-las,
porque são examinadas espiritualmente. No entanto, o homem espiritual examina deveras todas as coisas.”
(1 Coríntios 2:11, 14, 15) Você poderia facilmente tornar-se “homem físico” por buscar e adquirir coisas
desnecessárias, de natureza material. Neste caso, a abnegação parece excessiva, até ridícula. Mas, este é o
conceito do “homem físico”, não o conceito do “homem espiritual”.
11
Homem espiritual é aquele que encara os assuntos através dos olhos da fé. Enxerga as coisas do ponto de vista
de Deus. Considere Noé. Teria ele sido equilibrado se, depois de saber do propósito de Deus, de destruir o mundo
por meio dum dilúvio, tivesse gasto seu tempo em construir uma casa maior e melhor, e em obter mais bens
materiais? Claro que não! A arca era a sua verdadeira segurança. Para Noé, levar uma vida simples e equilibrada
envolvia devotar toda a atenção à construção da arca e a ser “pregador da justiça”, apesar da zombaria de ‘homens
físicos’ sem fé. (2 Pedro 2:5; Mateus 24:37-39) De modo similar, visto que fomos esclarecidos a respeito da iminência
do fim do mundo, o único modo equilibrado de vida para nós é fixar nossa atenção em fazer a vontade de Deus e em
proclamar as boas novas, embora isso possa envolver o que muitos encaram como sacrificar o que é chamado de
modo de vida normal. — 1 João 2:17.
12
Jesus, no seu Sermão do Monte, deu excelente conselho sobre como levar uma vida simples e equilibrada. Ele
disse: “Parai de armazenar para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem consomem, e onde ladrões
arrombam e furtam.” Jesus usou a palavra “parai”, porque as pessoas usualmente costumam “armazenar” coisas
materiais para si mesmas. Mas, quem se torna discípulo de Jesus não pode mais fazer isso. A vida dele tem de ter
objetivo diferente, conforme mostrado pela ordem subseqüente de Jesus: “Antes, armazenai para vós tesouros no
céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde ladrões não arrombam nem furtam.” Apresentando o
motivo de ter de haver tal mudança de objetivo, Jesus disse: “Pois, onde estiver o teu tesouro, ali estará também o
teu coração.” — Mateus 6:19-21.
13
Seu tesouro é aquilo que você considera realmente importante. São os bens materiais o seu tesouro? Ou são a
santificação do nome de Jeová Deus e a recompensa que ele prometeu? A fim de gastar a sua vida armazenando
tesouros no céu em vez de na terra, precisa estar plenamente convencido da realidade do Reino. O novo mundo tem
de ser tão real para você, que pode visualizá-lo na mente e ver-se trabalhando ali para a realização dos propósitos de
Jeová para com a terra. Igual a Moisés, tem de ‘ver Aquele que é invisível’ e estar firmemente convencido de que ‘ele
recompensará os que seriamente o buscam’. — Hebreus 11:6, 27.
14
Mas o que acontece quando o seu coração, que inclui seus desejos e suas afeições, se fixa em tesouros
materiais? A Bíblia diz: “O amor ao dinheiro é raiz de toda sorte de coisas prejudiciais, e alguns, por procurarem
alcançar este amor, foram desviados da fé e se traspassaram todo com muitas dores.” Ir em busca de coisas
materiais que o dinheiro pode comprar simplesmente não dá verdadeira e duradoura satisfação. (1 Timóteo 6:10;
Eclesiastes 5:10) No entanto, o mais trágico em tudo isso é que o amor ao dinheiro e às coisas materiais prejudica
sua relação com Deus, que espera que o sirvamos “de pleno coração”. — 1 Crônicas 28:9.
15
A fim de nos ajudar a evitar o laço do materialismo, Jesus apresentou duas ilustrações. Primeiro, ele disse: “A
lâmpada do corpo é o olho. Se, pois, o teu olho for singelo, todo o teu corpo será luminoso; mas, se o teu olho for
iníquo, todo o teu corpo será escuro.” (Mateus 6:22, 23) Em sentido físico, olho “singelo” é aquele que está em foco,
transmitindo à mente imagens claras. O olho fora de foco transmite imagens confusas e indistintas. De modo similar,
o olho espiritual que é “singelo”, ou em foco, transmite uma imagem clara do Reino de Deus, não um quadro
indistinto, fora de foco, que faz o novo mundo parecer um conto de fadas ou um mito. Se o seu olho espiritual estiver
em foco, o prometido novo mundo de Deus lhe será tão real como o Reino foi para os três apóstolos que tiveram o
privilégio de ter uma previsão dele na milagrosa visão da transfiguração de Jesus. — Mateus 16:28-17:9; João 1:14;
2 Pedro 1:16-19.
16
Jesus apresentou uma segunda ilustração. “Ninguém pode trabalhar como escravo para dois amos”, disse ele,
“pois, ou há de odiar um e amar o outro, ou há de apegar-se a um e desprezar o outro”. Rematando o ponto, ele
enfatizou novamente a necessidade de ter um objetivo singelo, dizendo: “Não podeis trabalhar como escravos para
Deus e para as Riquezas.” (Mateus 6:24) Isto simplesmente não funciona. De modo que Jesus prosseguiu: “Por esta
razão eu vos digo: Parai de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto a que haveis de comer ou quanto a que
haveis de beber, ou pelos vossos corpos, quanto a que haveis de vestir. . . . Porque todas estas são as coisas pelas
quais se empenham avidamente as nações. Pois o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas.”
— Mateus 6:25-32.
17
Jesus não queria dizer que seus seguidores deixassem entregue ao acaso prover as necessidades materiais, ou
que fossem preguiçosos e se negassem a trabalhar para prover o sustento para si e para a sua família. (1 Timóteo
5:8) Não, mas o ponto é que estas coisas materiais, pelas quais as nações se empenham avidamente, não devem ter
prioridade. Antes, conforme Jesus admoestou: “Persisti, pois, em buscar primeiro o reino e a Sua justiça, e todas
estas outras coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6:33) De modo que Jesus falava ali sobre objetivos na vida e
enfatizava a futilidade de fazer empenho por coisas materiais. Levar uma vida simples e equilibrada envolve fixar
nossos olhos singelamente nos interesses do Reino, tornando tudo o mais secundário.
18
Quando Paulo exortou os cristãos a pôr “de lado todo peso e o pecado [da falta ou perda de fé] que facilmente nos
enlaça”, ele instou: “Corramos com perseverança a carreira que se nos apresenta, olhando atentamente para o
Agente Principal e Aperfeiçoador da nossa fé, Jesus.” (Hebreus 12:1, 2) Jesus estava tão exclusivamente devotado
aos interesses do Reino, que a sua situação era conforme descreveu: “As raposas têm covis e as aves do céu têm
poleiros, mas o Filho do homem não tem onde deitar a cabeça.” (Mateus 8:20) Ao mesmo tempo, Jesus não era
asceta. As Escrituras mostram que usufruía bons alimentos e boa roupa, mas o seu objetivo principal na vida era
realizar seu ministério. De modo que Jesus levava uma vida simples e equilibrada. — Lucas 5:29; João 19:23, 24.
19
O apóstolo Paulo também tinha suas prioridades na ordem correta. Ele explicou: “Não levo a minha alma em conta
como estimada por mim, desde que eu possa terminar a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus,
para dar testemunho cabal das boas novas.” (Atos 20:24) Sim, a fim de cumprir o todo-importante ministério, Paulo
se contentava com as necessidades mínimas, mas agradava-se de usufruir ocasionalmente abundância. Escreveu:
“Em tudo e em todas as circunstâncias aprendi o segredo tanto de estar suprido como de ter fome, tanto de ter
abundância como de sofrer carência.” — Filipenses 4:12.
20
Literalmente dezenas de milhares de pessoas aprenderam hoje a mesma lição. Muitas delas são ministros de
tempo integral das Testemunhas de Jeová, inclusive missionários, pioneiros, superintendentes viajantes, e aqueles
que servem na sede internacional da organização, e em filiais e congêneres dela. A maioria delas diz, depois de anos
no serviço de tempo integral: “Se eu tivesse de fazer tudo de novo, não faria nada diferente.”
21
Embora levar uma vida simples e equilibrada envolva sacrifícios, as bênçãos e alegrias são incomparáveis. Terá
assim mais tempo para promover os interesses do Reino e terá mais oportunidades para encontrar pessoas
interessadas e para ensinar-lhes os propósitos de Deus. Terá verdadeira satisfação e contentamento, inclusive paz
mental e a certeza de que agrada a Jeová Deus. Esta é uma recompensa que poderá usufruir desde já. — Filipenses
4:6, 7.
22
No entanto, as bênçãos futuras serão muito maiores, fazendo com que, em comparação, quaisquer sacrifícios
atuais fiquem eclipsados. As bênçãos de Jeová incluem a “vida por tempo indefinido”. Sim, esta bênção pode ser sua
— a vida eterna em felicidade no novo mundo justo de Jeová. Leve uma vida simples e equilibrada, nunca permitindo
que as coisas deste mundo o desequilibrem. Lembre-se de que Deus lhe concederá os pedidos do seu coração. —
Salmo 21:3, 4; 37:4; 133:3.
*** w83 15/5 pp. 23-25 Lance suas ansiedades sobre Jeová ***

Será que um homem que cometera adultério e assassínio sofreria ansiedade? Certamente que sim, se tivesse
alguma sorte de consciência. O Rei Davi tinha uma consciência. Contudo, sob o controle duma paixão intensa, esse
antigo rei hebreu cometeu adultério com uma mulher chamada Bate-Seba. A situação se complicou quando ela ficou
grávida e ele, por fim, sentiu-se compelido a planejar a morte do marido dela e ele próprio casar-se com ela.
Quando voltou à razão, pode imaginar a angústia, o tormento de consciência que ele deve ter sofrido? Bem, não
precisamos imaginar, pois o próprio Davi o descreveu para nós. Foi essa trágica série de acontecimentos que o
induziram a escrever o salmo cinqüenta e um.
Como é que Davi lidou com toda essa ansiedade? O salmo nos diz que ele confessou francamente a seu Deus,
Jeová, o que havia feito e mostrou arrependimento profundo e de coração. Depois, suplicou a ajuda de Deus para
desenvolver um espírito diferente. Disse: “Cria em mim um coração puro, ó Deus, e põe dentro de mim um espírito
novo, firme.” (Salmo 51:10) Desse modo, ele ‘lançou sobre Jeová toda a sua ansiedade’. — 1 Pedro 5:7.
Será que Deus ajudaria alguém que comete tais crimes? Davi confiava que sim. Ele disse: “Os sacrifícios a Deus são
um espírito quebrantado; um coração quebrantado e esmagado não desprezarás, ó Deus.” (Salmo 51:17) A história
mostra que pelo resto de sua vida Davi sofreu as conseqüências do que fez. Mas, devido ao seu arrependimento de
coração, seu Criador não o abandonou. Recebeu ajuda para suportar suas ansiedades.
Talvez não tenhamos cometido assassínio. Todavia, nenhum de nós está isento de ansiedades de alguma espécie.
Todos nós pecamos, e uma má consciência é um fardo pesado. Além disso, quase todo mundo tem preocupações
quanto à saúde, quanto ao crescente custo de vida, talvez quanto a criar os filhos, quanto ao emprego, quanto a
dificuldades em se dar bem com outros, quanto ao crime, quanto a dívidas, e coisas similares. Procura levar todas
essas preocupações sozinho? Realmente, não precisa fazê-lo. Ficará mais contente se acatar o seguinte conselho
bíblico: “Lança teu fardo sobre o próprio Jeová, e ele mesmo te susterá. Nunca permitirá que o justo seja abalado.” —
Salmo 55:22.
Como podemos lançar o nosso fardo em Jeová? Naturalmente, precisamos orar a ele e considerar com ele nossas
ansiedades. Nesse respeito, o livro de Provérbios nos dá um bom conselho. Diz-nos: “Confia em Jeová de todo o teu
coração e não te estribes na tua própria compreensão.” (Provérbios 3:5) Portanto, se desejarmos ter a ajuda de
Jeová, precisaremos confiar na sabedoria dele, não na nossa própria. Às vezes temos de aprender essa lição.
Por exemplo, num certo país, os cristãos se confrontaram com amarga perseguição. De acordo com o relato, de
início oraram a Deus pedindo ajuda, mas sem entendimento. Não entendiam por que tinham de passar por tais
situações, e procuraram expressar a Jeová o que queriam que ele fizesse por eles.
Entretanto, ficaram mais fortes e aprenderam a encarar como privilégio sofrer pela causa da justiça. Assim, tornaram-
se mais como os apóstolos do passado, que, depois de serem espancados pelos líderes judaicos, “retiraram-se do
Sinédrio, alegrando-se porque tinham sido considerados dignos de serem desonrados a favor do nome dele”. (Atos
5:41) Agora, esses cristãos modernos se sujeitam pacientemente, com a ajuda de Deus, a qualquer que seja a
perseguição que Satanás lhes inflija. Confiam em que Jeová maneje as coisas à Sua maneira e aguardam
pacientemente Seu tempo devido para libertá-los. Confiantemente, lançam todas as suas ansiedades sobre ele. —
Provérbios 14:26.
Além disso, lançar nossas ansiedades em Jeová requer fé em que ele pode ajudar-nos e o fará. Certa senhora
aprendeu bem essa lição. Ela sofria ansiedades porque, embora desejasse servir a Jeová, era viciada no fumar.
Orava pedindo ajuda, mas continuava fumando. Algum tempo depois, ela pôde anunciar com alegria: “Finalmente,
parei de fumar!” Por que não conseguira fazê-lo antes? Ela admitiu: “Eu orava a Deus pedindo ajuda, mas, no fundo,
não acreditava que ele pudesse ajudar-me.” Foi somente quando ela pediu com fé que recebeu a ajuda que
necessitava. — Hebreus 11:6.
Também, se quisermos que Jeová nos ajude a suportar nossas ansiedades, há coisas que temos de fazer. Jesus
indicou isso, dizendo: “Vinde a mim, todos os que estais labutando e que estais sobrecarregados, e eu vos
reanimarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, pois sou de temperamento brando e humilde de
coração, e achareis revigoramento para as vossas almas.” — Mateus 11:28, 29.
Há um ditado que diz: ‘Deus ajuda a quem se ajuda.’ As palavras citadas de Jesus indicam que, na verdade, ‘Deus
ajuda àqueles que estão dispostos a ajudar outros’. Jesus ofereceu reanimação — alívio das ansiedades — àqueles
que estivessem dispostos a ‘tomar o seu jugo’, isto é, a sujeitar-se à orientação de Cristo e servir a Deus e ao
próximo assim como Jesus fez. — Mateus 9:35-38; Tiago 1:27; 1 João 3:17.
Assim, se estivermos sofrendo muita ansiedade e orarmos a Deus com plena fé e mostrarmos que tal fé é genuína
por procurarmos fazer a vontade dele, servindo-o e ajudando ao nosso próximo, que espécie de ajuda podemos
esperar?
Pode ser que Deus remova completamente o problema causador de nossa ansiedade. Isso já aconteceu algumas
vezes. Ou, pode ser que ele nos dê a necessária sabedoria para resolvermos nós mesmos o problema ou para
vermos o modo correto de lidar com ele. Então, sentiremos a veracidade do provérbio bíblico: “Quem confia no seu
próprio coração é estúpido, mas aquele que anda em sabedoria é o que escapará.” — Provérbios 28:26.
Como podemos adquirir tal sabedoria piedosa? Assistir às reuniões do povo de Jeová e ler a Bíblia e publicações
bíblicas são dois modos que nos vêm à mente. Conforme o expressou certa mãe que sofria muita ansiedade por ter
um marido alcoólatra: “Ler A Sentinela, estudá-la e aplicá-la é o que mais me tem ajudado.” — Hebreus 10:24, 25;
Salmo 119:97-104.
Ou então, Jeová pode ajudar-nos por meio de nossos irmãos cristãos. Certo ancião recebeu de duas pessoas de sua
congregação uma nota cordial que dizia em parte: “Obrigado pelas muitas vezes em que o irmão nos ouviu e nos
-
ajudou com nossos problemas pessoais, encorajou nos quando estávamos deprimidos, visitou-nos quando
estávamos doentes, veio sempre que o chamamos e ficou acordado a noite inteira em hospitais quando nossas
famílias necessitaram do irmão. Somos gratos a Jeová por termos alguém como o irmão, que se preocupa tanto
conosco.”
Assim, se tiver ansiedades, por que não as participa a pessoas maduras em sua congregação? Jeová poderá ajudá-
lo por meio delas e você notará a veracidade do antigo provérbio: “O verdadeiro companheiro está amando todo o
tempo e é um irmão nascido para quando há aflição.” — Provérbios 17:17.
Naturalmente, Jeová nem sempre removerá os problemas causadores de nossa ansiedade. Mas, por fortalecer-nos
por meio da Bíblia, do espírito santo ou de nossos irmãos cristãos, ele nos ajuda a encarar os problemas de forma
correta e a lidar sabiamente com eles. Desse modo, podemos sentir o que o apóstolo Paulo disse: “Para todas as
coisas tenho força em virtude daquele que me confere poder.” (Filipenses 4:13) Assim, embora os problemas
continuem a existir, Jeová Deus mantém sua promessa: “De modo algum te deixarei e de modo algum te
abandonarei.” — Hebreus 13:5.
Alma descobriu a veracidade disso. Ela é uma mulher cristã que há alguns anos esteve envolvida num acidente
automobilístico que a deixou paralisada da cintura para baixo. Ela sente muita dor, mas saber que Deus removerá em
breve as doenças e o sofrimento é de consolo e ajuda para ela. Nesse ínterim ela diz: “Oro a Jeová para que me
ajude a perseverar cada dia. Daí, quando o dia termina, estou um dia mais perto!”
Alma nunca perde uma reunião da congregação cristã e usa todos os meios à sua disposição para partilhar com
outros a confiança que ela tem no futuro. Desse modo ela sente o apoio de Jeová ao passo que lança seus fardos
sobre ele.
Seja qual for a ajuda que Jeová nos dá, podemos estar certos de que é o que necessitamos e que é o suficiente. O
apóstolo Paulo declarou confiantemente: “Nós sabemos que Deus faz que todas as suas obras cooperem para o bem
daqueles que amam a Deus.” (Romanos 8:28) Mesmo quando estamos sob grande sofrimento, é possível sentir a
ajuda de Jeová Deus. Paulo nos disse: “Não estejais ansiosos de coisa alguma, mas em tudo, por oração e súplica,
junto com agradecimento, fazei conhecer as vossas petições a Deus; e a paz de Deus, que excede todo pensamento,
guardará os vossos corações e as vossas faculdades mentais por meio de Cristo Jesus.” — Filipenses 4:6, 7
Portanto, sejam quais forem nossas ansiedades ou nossos fardos, sigamos com confiança o conselho do apóstolo
Pedro: “Humilhai-vos, portanto, sob a mão poderosa de Deus, para que ele vos enalteça no tempo devido, ao passo
que lançais sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” — 1 Pedro 5:6, 7.

*** w88 15/2 pp. 12-13 pars. 8-17 “Não se aflijam os vossos corações” ***
8
Em muitos países, o desemprego e a depressão econômica são sérios motivos de preocupação. Jesus deu
conselhos muito positivos a respeito dessas preocupações: “Parai de estar ansiosos pelas vossas almas, quanto a
que haveis de comer ou quanto a que haveis de beber, ou pelos vossos corpos, quanto a que haveis de vestir. Não
significa a alma mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestuário?” (Mateus 6:25) Sim, o corpo e a alma, ou
a inteira pessoa, são amplamente mais importantes do que alimento e roupa. Os servos de Deus podem estar certos
de que ele os ajudará a obter as suas necessidades básicas. Jesus deu o seguinte exemplo: “Observai atentamente
as aves do céu, porque elas não semeiam nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celestial as
alimenta. Não valeis vós mais do que elas?” (Mateus 6:26) É inimaginável que Deus provesse para criaturas aladas e
negligenciasse os seus servos humanos, que lhe são mui preciosos e por quem Cristo deu a sua vida.
9
Em seguida, Jesus reforçou esse ponto por referir-se aos lírios do campo, que não labutam nem fiam, não obstante,
“nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestia como um destes”. O reinado do rei Salomão foi marcado por
seu esplendor. Jesus, então, confortadoramente perguntou: “Não vestirá [Deus] tanto mais a vós?” — Mateus 6:28-
32; Cântico de Salomão 3:9, 10.
10
Contudo, Jesus mostrou a seguir que isso só se aplica aos que ‘buscam primeiro o reino e a Sua justiça’.
Mundialmente, tais cristãos verdadeiros reconhecem o que o Reino de Deus realmente é e dão-lhe prioridade na
vida. Para eles é válida a admoestação de Jesus: “Nunca estejais ansiosos quanto ao dia seguinte, pois o dia
seguinte terá as suas próprias ansiedades. Basta a cada dia o seu próprio mal.” (Mateus 6:33, 34) Em outras
palavras trate cada problema conforme aparece, e não se preocupe indevidamente com o futuro.
11
Contudo, a maioria das pessoas tende a se preocupar com o futuro, em especial quando as coisas vão mal. Mas,
os cristãos podem e devem dirigir-se com fé a Jeová. Considere o caso de Eleanor. O marido dela ficou muito
doente, e por um ano não podia trabalhar. Além disso, ela tinha dois filhos pequenos e um pai idoso para cuidar, de
modo que não podia ter um emprego de tempo integral. Eles pediram a ajuda de Jeová. Certa manhã, pouco depois
disso, encontraram um envelope debaixo da porta. Continha uma grande quantia de dinheiro — suficiente para se
manterem até que o marido pudesse novamente trabalhar. Sentiram-se profundamente gratos por essa ajuda
oportuna. Não há base bíblica para esperar que algo similar aconteça a todo cristão necessitado, mas, podemos
estar certos de que Jeová ouvirá os nossos clamores e que ele tem a habilidade de nos ajudar de várias maneiras.
12
Certa viúva cristã no sul da África tinha de arranjar emprego para sustentar a si mesma e a dois filhos pequenos.
Mas, ela desejava muito trabalhar apenas por meio período, a fim de passar tempo com eles. Depois de ter arranjado
um emprego ela viu-se obrigada a largá-lo, pois o patrão decidira que precisava de uma secretária de tempo integral.
Novamente desempregada, essa irmã orou fervorosamente a Jeová por ajuda. Três semanas depois, o seu ex-patrão
pediu que ela voltasse, à base de meio período. Quão feliz ela ficou! Ela achou que Jeová atendera as suas orações.
13
Queira notar que após aconselhar: “Não estejais ansiosos de coisa alguma”, Paulo acrescentou: “Mas em tudo, por
oração e súplica, junto com agradecimento, fazei conhecer as vossas petições a Deus.” (Filipenses 4:6) Por que falou
em “súplica”? Esta palavra significa ‘apelo fervoroso’, ou ‘oração instante’. Envolve implorar mui fervorosamente a
Deus, como em tempo de grande tensão ou perigo. Quando era prisioneiro, Paulo pediu a co-cristãos que fizessem
súplicas em favor dele, para que pudesse pregar fervorosamente as “boas novas . . . como embaixador em cadeias”.
(Efésios 6:18-20) O oficial do exército romano, Cornélio, também “fazia continuamente súplica a Deus”. Quão
emocionado deve ter ficado quando o anjo lhe disse: “Tuas orações e dádivas de misericórdia têm ascendido como
memória perante Deus”! E quão privilegiado ele foi de estar entre os primeiros gentios ungidos com espírito santo! —
Atos 10:1-4, 24, 44-48.
14
É digno de nota que tal fervoroso instar a Jeová é, em geral, feito não apenas uma vez. Jesus ensinou em seu
famoso Sermão do Monte: “Persisti em pedir, e dar-se-vos-á; persisti em buscar, e achareis; persisti em bater, e
abrir-se-vos-á.” (Mateus 7:7) Muitas versões bíblicas traduzem o trecho assim: “Pedi . . . buscai . . . batei.” Mas, o
grego original transmite a idéia de ação contínua.
15
Quando Neemias servia ao rei persa Artaxerxes como copeiro, o rei perguntou-lhe por que estava tão melancólico.
Neemias disse que isso se dava porque ele soubera que Jerusalém estava numa condição devastada. Daí, o rei
perguntou: “O que é que estás procurando obter?” Imediatamente, Neemias pediu ajuda a Jeová, sem dúvida breve e
silenciosamente. Ele então pediu permissão para retornar a Jerusalém a fim de reconstruir a sua amada cidade natal.
O seu pedido foi atendido. (Neemias 2:1-6) Contudo, antes dessa entrevista decisiva, Neemias gastara dias instando
e suplicando a Jeová por ajuda. (Neemias 1:4-11) Vê nisso uma lição para você?
16
Ocasionalmente, Abraão teve o privilégio de comunicar-se com Jeová por meio de anjos. (Gênesis 22:11-18; 18:1-
33) Embora isso não aconteça hoje, somos abençoados com poderosas ajudas que Abraão não tinha. Uma delas é a
Bíblia completa — uma inexaurível fonte de diretrizes e de conforto. (Salmo 119:105; Romanos 15:4) Em muitíssimos
casos, a Bíblia pode dar-nos a diretriz ou o encorajamento de que precisamos, por Jeová ajudar-nos a lembrar os
textos desejados. Freqüentemente, uma concordância, ou uma das muitas publicações bíblicas que Deus tem
provido por meio de sua organização, pode-nos dar a resposta. Um detalhado e eficiente índice dessas publicações é
ainda outra incalculável ajuda em achar a necessária informação.

*** w88 15/2 pp. 17-18 pars. 7-13 “Haja paz convosco” ***
Talvez tenha observado que algumas pessoas levam a vida calma e confiantemente. Muitas vezes, isso é uma
decorrência de habilidade natural, influência familiar, bens, nível de instrução, ou outros fatores semelhantes. “A paz
de Deus” é muitíssimo diferente. Não se baseia em circunstâncias favoráveis, nem resulta da habilidade ou do
raciocínio humanos. Ela emana de Deus e “excede todo pensamento”. J. B. Phillips traduz Filipenses 4:7 (em inglês)
por “a paz de Deus . . . ultrapassa a compreensão humana”. As pessoas do mundo muitas vezes ficam surpresas
diante da maneira de os cristãos enfrentarem problemas sérios, dano físico, ou até mesmo a morte.
8
Um exemplo moderno disso foi dado por uma Testemunha de Jeová que dirigia uma reunião cristã num país
africano em que as Testemunhas de Jeová, largamente devido a instigação de católicos locais, eram acusadas de
serem terroristas. Subitamente apareceram policiais militares, com baionetas armadas. Eles mandaram as mulheres
e as crianças para casa, mas passaram a espancar os homens. A Testemunha recorda: “Não encontro palavras para
descrever a maneira como fomos tratados. O cabo que chefiava o grupo disse abertamente que seríamos
espancados até morrer. Recebi tantos golpes de porrete que depois vomitei sangue por 90 dias. Mas, o que me
preocupava era a vida de meus companheiros. Em oração eu pedi a Jeová que zelasse pela vida deles, suas
ovelhas”, e todas sobreviveram. Que exemplo de manter a calma sob terrível adversidade e de amorosa
consideração para com outros! Sim, o nosso amoroso Pai celestial realmente atende aos pedidos de seus servos
fiéis, dando-lhes a Sua paz. No presente caso, um dos soldados, intrigado, disse que o Deus das Testemunhas de
Jeová “deve ser o verdadeiro”.
9
Nestes tempos difíceis, muitos cristãos têm problemas que os deixam frustrados e desanimados. Um modo
excelente de preservar a paz mental é ler a Bíblia e meditar nela. Isto pode infundir na pessoa a necessária força e
determinação para ir em frente e ficar firme. “A palavra de Deus é viva e exerce poder.” — Hebreus 4:12.
10
Todavia, que dizer se a adversidade nos sobrevier e não tivermos a Bíblia em mãos? Por exemplo, um cristão
talvez seja preso subitamente e trancado numa cela, sem Bíblia. Neste caso, seria uma verdadeira bênção conseguir
recordar textos como Filipenses 4:6, 7, Provérbios 3:5, 6; 1 Pedro 5:6, 7 e Salmo 23. Não apreciaria profundamente
conseguir lembrar-se de textos bíblicos assim e ponderar sobre eles? No ambiente sombrio de uma prisão seria
como se o próprio Jeová lhe estivesse falando. A Palavra de Deus pode curar mentes feridas, fortalecer corações
abatidos, e ela substitui a angústia mental pela paz. (Veja Salmo 119:165.) Sim, é mui vital implantar passagens
bíblicas em nossa mente, enquanto ainda temos essa oportunidade.
11
Arthur Winkler foi um dos que profundamente apreciavam a Bíblia, em especial durante a ocupação nazista dos
Países-Baixos, quando as Testemunhas tinham de executar a sua atividade cristã às ocultas. A Gestapo havia
estado à procura do irmão Winkler. Quando por fim o prenderam, tentaram fazê-lo transigir, mas não conseguiram.
Daí o espancaram até perder os sentidos. Com os dentes rebentados, o maxilar inferior deslocado e o corpo em
carne viva por causa dos espancamentos, ele foi colocado numa cela escura. Mas, o guarda que o vigiava era
compreensivo e amistoso. O irmão Winkler buscou a orientação de Jeová em oração. Sentiu também uma profunda
necessidade de alimento espiritual, e pediu ajuda ao guarda. Mais tarde, a porta da cela se abriu e introduziu-se uma
Bíblia nela. “Que alegria”, lembra-se o irmão Winkler “era desfrutar diariamente das agradáveis palavras de verdade
. . . sentia-me ficar mais forte espiritualmente”.
12
Jeová promete que a Sua paz “guardará os vossos corações e as vossas faculdades mentais”. (Filipenses 4:7) Isto
é muito importante! O coração é a sede das motivações e das emoções. Nestes últimos dias, o nosso coração pode
facilmente se enfraquecer por medo ou ansiedade, ou nos induzir a fazer o que é errado. O padrão geral da vida está
deteriorando rapidamente. Devemos estar sempre vigilantes. Em adição a necessitarmos de um coração forte, temos
também de fazer com que as nossas “faculdades mentais” sejam fortalecidas e dirigidas por Deus por meio de sua
Palavra e sua congregação.
13
Segundo W. E. Vine, a palavra grega nó·e·ma (traduzida por “faculdades mentais”) contém a idéia de “objetivo” ou
“desígnio”. (An Expository Dictionary of New Testament Words) Assim, a paz de Deus pode reforçar o nosso objetivo
cristão e nos proteger contra qualquer tendência de enfraquecer a nossa mente ou mudar as nossas intenções sem
bons motivos. Deste modo, o desânimo ou os problemas não nos tolherão facilmente. Por exemplo, se o nosso
objetivo é servir a Jeová em alguma modalidade especial, como por ser ministro de tempo integral ou nos mudar para
servir onde ministros se fazem muito necessários, “a paz de Deus” será de grande valia para nos ajudar a persistir
em direção a tais objetivos. (Compare com Lucas 1:3; Atos 15:36; 19:21; Romanos 15:22-24, 28; 1 Tessalonicenses
2:1, 18.) Para fortalecer ainda mais as suas faculdades mentais, devote amplo tempo ao estudo da Palavra de Deus
e ao companheirismo cristão. Assim você alimenta a sua mente e o seu coração com pensamentos limpos e
edificantes. Tem você condições de devotar tempo suficiente para se envolver com as “declarações” inspiradas de
Deus? Deveria dar-lhes maior atenção?

*** g81 22/12 pp. 6-8 A vida, mesmo agora, pode ser melhor! ***

Muitas pessoas pensam que a Bíblia oferece uma vida melhor apenas no céu, após a morte, e que sua vida atual
está destinada a ser como é. Contudo, os editores desta revista recebem correspondência de todas as partes do
mundo mostrando que milhares de pessoas foram ajudadas a ter uma vida melhor mesmo agora, por seguirem a
Bíblia. Considere os seguintes exemplos da vida real.
Uma epidemia de doenças mentais varre a terra. Por exemplo, segundo dados oficiais, um dentre cada três alemães
na República Federal sofreu ou sofre atualmente de algum tipo de distúrbio mental. Em escala mundial, 1.000
suicídios ocorrem diariamente.
Nos Estados Unidos, onde se afirma que mais de um quarto da população sofre de desequilíbrio mental, certa jovem
senhora da cidade de Nova Iorque queixou-se: “Minha vida era carente de qualquer significado. Por isso comecei a
beber demais e participava em festas desenfreadas.” Contudo, ao invés de isto proporcionar a ela a felicidade que
tão desesperadamente procurava, ela acrescenta: “Fiquei tão desgostosa com a vida que decidi me suicidar. Com
isto em mente, arranjei um frasco de barbitúricos para misturar com bebidas alcoólicas.”
“Naquela noite”, revela esta senhora, “orei a Deus e disse a mim mesma que, se Deus realmente existisse, ele
deveria me impedir de acabar com minha vida. Foi nesse exato momento que alguém bateu à minha porta. Uma
senhora se prontificou a estudar a Bíblia comigo.”
“Minha primeira reação”, confessou, “foi bater a porta na cara dela. Contudo, dando-me conta de meu gesto, fui atrás
desta senhora e roguei que não me deixasse. Daí, então, combinei estudar a Bíblia com esta senhora, que era
Testemunha de Jeová.”
Mediante a Bíblia, ela ficou sabendo da existência dum Criador que se interessa pessoalmente em cada um de nós.
‘Lançai sobre ele [Deus] toda a vossa ansiedade’, diz a Bíblia, “porque ele tem cuidado de vós”. (1 Ped. 5:7) Ele
promete para breve erradicar da terra a iniqüidade e estabelecer uma “nova terra” na qual haverá “abundância de
paz”. — 2 Ped. 3:13; Sal. 37:10, 11.
Tal conhecimento deu significado à vida desta jovem senhora. Ela agora tem amor próprio e esperança para o futuro.
Após ter estudado dois anos, concluiu: “Minha vida agora é cheia de genuína alegria e significado.” Nem todos
recebem resposta tão imediata às suas orações, como no caso desta senhora. Mas Deus ‘não está longe de cada um
de nós’ que recorrer a ele com desejo de conhecer sua vontade e ele deveras responde a tais súplicas sinceras por
ajuda. — Atos 17:26, 27.
“A vida inteira minha saúde foi fraca”, escreveu um senhor idoso na Suécia, que sofreu com a gripe espanhola,
submeteu-se a várias cirurgias e agora sofre devido a um defeito na vista.
“A guinada na minha capacidade de lidar a contento com a minha saúde ruim”, disse radiante este senhor idoso,
“aconteceu quando eu tinha apenas 22 anos. Sua revista [Despertai!] ajudou-me a recorrer à Bíblia”. Da Bíblia ficou
sabendo que Deus em breve removerá permanentemente todas as enfermidades da terra. (Rev. 21:1, 3, 4) “Desde
aquela época”, prosseguiu este senhor, “tenho experimentado anos de felicidade, pois apesar de minhas muitas
deficiências físicas eu tenho uma esperança real para o futuro. Também, sinto-me realizado à medida que me tem
sido possível ajudar muitos outros a obter a mesma perspectiva brilhante na vida”. Milhares de casos semelhantes
provam que a Bíblia pode ocupar totalmente a vida da pessoa com esperança e atividades significativas. Isto,
efetivamente, ajuda a pessoa a suportar a doença com bom ânimo.
‘Um hábito’, já se disse, ‘pode de início ser como teia de aranha, facilmente rompida, mas, se não combatido, logo
nos aprisionará com grilhões de aço’. Quão numerosos são os impedidos de levarem uma vida melhor por tais
“grilhões de aço”, os maus hábitos, tais como bebedeira, toxicomania, glutonaria, ladroagem e outros!
“Eu figurava na lista dos ‘procurados’ em 18 distritos policiais”, começou dizendo um rapaz na Espanha. Seus maus
hábitos incluíam brigas de rua, abuso de drogas e bebedeiras; ele também falsificava cheques e se empenhava em
jogatina ilegal e tráfico de drogas. Entrava e saía da cadeia.
Ele leu uma das publicações bíblicas das Testemunhas de Jeová e viu a necessidade de mudar, caso desejasse ser
mais feliz. “Mas, não me foi fácil mudar. Tudo o que eu queria era farra e ‘emoções’”, admitiu; contudo, odiava o tipo
de pessoa em que se convertera. “Tive muitos altos e baixos. Em certa ocasião, frustrado, rasguei uma Bíblia e a
atirei contra a parede.”
Não obstante, o conselho bíblico gradativamente começou a tocar seu coração. “Com a ajuda de Jeová Deus mudei
completamente”, concluiu este homem. Agora, ele não somente é capaz de se assumir, mas, até mesmo ajuda
outros a fazerem mudanças semelhantes.
Certo homem recém-casado ficou farto de sua vida familiar, evadindo-se após 18 meses de casado. Daí, então,
procurou no mundo a felicidade que queria. Após sete anos, que incluiu viver numa comunidade “hippie” e empenhar-
se em abuso de drogas, ele sentiu que sua vida era um fracasso e tentou várias vezes o suicídio.
“Foi então que, quando me encontrava na Austrália, fui contatado por uma Testemunha de Jeová que foi bondosa
comigo tanto material como espiritualmente”, foi o depoimento deste rapaz. Começou a estudar a Bíblia com a
Testemunha de Jeová e mostrou-se a ele, com base na Bíblia, como poderia ter um casamento bem sucedido. Ficou
convencido de que daria certo, por isso, procurou sua esposa. Percebendo seu modo de vida mudado, ela decidiu
reatar a relação. Agora ambos vivem guiados pela Bíblia e declaram: “Ambos somos felizes e temos uma vida
doméstica muito satisfatória.” — Efé. 5:33.
“Fizemos os cálculos e descobrimos que gastávamos por mês mais dinheiro com fumar, beber e jogar do que com
casa, comida e roupa para nossa família. Saía-nos mais caro sustentar nosso vício de fumar do que o aluguel de
nossa casa apertada”, admitiu certo casal na Suécia.
“Um estudo bíblico com as Testemunhas de Jeová nos motivou a acabar com nossos hábitos gastadores”,
prosseguiu este casal, que agora adquirira paz interior por cultivar autodomínio. “Temos agora um apartamento
maior, comemos melhor, vestimo-nos melhor, sentimo-nos melhor, dormimos melhor e sobra dinheiro e energia para
mais atividades espiritual e fisicamente edificantes.” Incontáveis outros ao redor do mundo foram igualmente
ajudados.
Adicionalmente, as diretrizes bíblicas concernentes à honestidade, dinamismo e contentamento têm ajudado muitos a
obterem uma vida economicamente melhor, à medida que se tornaram empregados de confiança e de valor. Por
aprenderem a não amar o dinheiro, mas sim respeitá-lo, empregam-no melhor. Como concluiu o casal sueco: “Este
livro divinamente providenciado equilibra todas as coisas na vida.” — Heb. 13:5, 18; compare com Provérbios 18:9.
Os casos acima mostram como a Bíblia pode ajudar a pessoa a ter uma vida melhor agora. Mas, talvez pense: ‘Tais
pessoas eram fora de série. No meu caso, jamais poderia fazer todas essas mudanças simplesmente por ler a Bíblia.’
Tampouco elas o poderiam. Havia mais coisas envolvidas.
Todas as pessoas acima referidas receberam ajuda pessoal grátis das Testemunhas de Jeová. Certo jornal norte-
americano chamou sua organização de “um modelo de paz e fraternidade”. O convívio com tais pessoas foi um forte
incentivo para imitar sua boa conduta.
Certa jovem senhora norte-americana asseverou o valor de tal associação. Seu anterior estilo de vida incluía a
boêmia, fumar “erva” e brigar. “Eu era simplesmente alguém desprezível”, disse ela, acrescentando o porquê.
“Jamais subestimem o que as más associações podem fazer!” Seus “amigos” fizeram com que ela agisse segundo o
que de pior existia nela.
Então, ela e seu marido começaram a estudar a Bíblia e usufruir a companhia das Testemunhas de Jeová. “Consegui
me livrar das coisas que me escravizavam e desenvolvi uma boa consciência”, diz ela. “Descobrimos que já não mais
necessitamos de nossas antigas amizades, porque temos centenas de novos amigos sinceros, nos quais podemos
confiar.” Não se pretende dizer com isto que esta organização de pessoas seja perfeita. Mas, pelo menos, tentam
arduamente viver de acordo com a Bíblia, e os resultados são notáveis.
Ainda assim, mesmo que usufruamos uma vida melhor agora, ela não é perfeita Por mais que tentemos evitar, ainda
cometemos enganos e às vezes perdemos nosso autodomínio. Adicionalmente, a doença e a morte nos podem
causar inevitável sofrimento. Também, lutarmos contra a maré, num meio ambiente mau. Chegará o dia em que
nossa vida será completamente feliz?

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