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Eamancas, iexicos analiticos, dicionários biblicos, dicionários de teologia, livros oulros jdioasao
Noro Tcstancnto0, comentários biblicos, teologias sistemáticas, introdutrio,
ietual, ctc. enciclopédias, livros d¢ ciiticA
A nossa otação é que DeUs nos capac1le paa
rlouicado Amém fazermo$ essc trabalho, c que o Seu nome sCy
('osaréia e chegoua ' usalénm na Festa de Pentecosles onde •oi preso. Depois foi tenovido para
(esaria, c cm s.gui foi transferido para Ron; passando dois anos sob escolla em suaprópria
(asa alugada, pregandoc ensinado as verdades divinas àqueles queo visilavam (Al28,30, 31).
Mui provavclmonte foisolto da prisão ein 63 d. C., e visitou a Espanhaea área do Mar Egeu
andes de haver sido novamente aprisionado e morlo, desla yez às mãos de Nero (c. de 67 d.C.).
Paulo foi um indivíduo que cunpriu a missão que Ihe foi confiada por Deus., Em 2 Timótec
4.7 clc diz: " Combati o bom combate, completei acarreira , guardeia fë".
1.3- Data c Local de Origenn.
Bxistcm poucas dúyidas sobrc o contexto geral no gual Romanos eslá inserido. Con•orme
Rotnanos 15.22-29, irês localidades eslão nos planos de viagem de Paulo: Jerusalém, Rona e
1 panha. Odestino imedialo deleé Jerusalém. Como se observa em sua oração cm 15.30-33, Paulo
iuda con expe:lativa viajar para Jerusalém Ele estálevando aos empobr lus crislãos judcus
ensalém uma oferta recolhida cntre as igrejas gentílicas que ele planiou i.23-27) e não estä
S: juro de cono a oferta serå recebida. Ele espera que a oferta seja aceitável aos crentes judeus'e
iss auxilie a consolidar as relações entre crislãos judeus e gentilicos. Porém Paulo não tem certeza
CiShO e pede aos cristãos romanos que orem.
Osegundo local incluido no plano de viagem de Paulo é Roma, mas apenas de passagen,
rois desejava ir à Espanha (15.24, 28), refletindo o seu senso de chamado de "pregar o evangelho,
rão onde Cristo jålora anunciado" (15.20). Avisão de Paulo estava fixada na Espanha, pois a tarela
inicial de plantar igrejas no Mediterrâneo oriental está terminada: "desd Jerusalém e
cirçunvizinhanças até ao Ilirico, tenho divulgado o evangelho de Cristo'" (15.19). Igrejas pujantes
foram plantadas nos principais centros metropolitanos dessa região como resultado de suas irês
primeiras viagens issioná ias.
Quando comparamos essas in•ormações com os delalhes das viagens missionárias de Paulo
relaladas em Atos, fica evidente que, Paulo ao escrever Romanos, deve eslar perto do final de sua
terçeira viagem missionária Foi nesse. período que Paulo estava se preparando para reiomar à
Jerusalém, tendo Roma como seu próximo destino (At 19.21; 20.16). Todas as incicações nnostram
que Paulo escreveu Romanos quase no fim e sua permanência na Grécia, ou seja em Corinlo,
durante a sua terceira visita àquela cidade (2Co 13.1) como hóspede na casa de Gaio (16 23: 1Ca
1.14). A çonfirmação de que Corinto foi o local da composição da epístola encontra-se em suas
recomendações acerca de Febe, uma mulhe que residia em Cencréia, perto de Corinto! Segundo
alguns comentaristas essas recomendações provavelmente indicamn que Febe foi a portadora da caria,
le vando-a de Corinto a Roma (16.1,2). Alguns lambem imaginam haver possibilidade de
icentificação entre o tesoreiro a cidade Erasto (16.23), com o Erasto mencionado numåinscrição
encontrada em Corinto, confirmando assim a cidade de Corinlo como o local no qual foi escrita a
carta.
Adala em que Paulo'escYeveu Romanos dependerá, portanto, da data dos três mese: que ele
perrnaneceu na Grécia; delerminar essa data depende, por sua vez, da cronologia da vida e
ninjstério de Paulo como unm todo. Conquanio seja dificil afirrmar de modo ex:io a dala, podemos
siiuy RoInanos em 57 d.. aproximadanente.
1.4- Destinatário.
1.7.1-AJustiça de Dens.
No princípio da seção doutrinária da Epistola, Paulo eapõe o tena da justiça divina,
que foi revelada aos crislãos (1.17).
Para entendermos o desenvolvimento da argumentação de Paulo como um todo, é
considerar coino o conceilo de retidão » aplicado pelo apóstolo. Háquatro preciso
mani•estacão da retidão divina nessa Epistola. diferentles aspeclos da
O priiueilOé a fidelidade; pois as promessas divinas precisam ser
conloridade com a natureza divina (3.3, 4). cumpridas para estarern eirn
Osegundo é a ira, um aspeclo especifico da relidão em sua aversão a todo
pecado, je não
segundo alguns acreditan, uma virlude contrária àretidão (c£. 1.17 e seg.; 2.5). A retidão e a ira de
Deus são falores que não podem de maneira alguma : rem diyididos.
Oterceiro é a manifestação da relidão na morle de Jesus Cristo, a quai é
e scg. ) dom de Deus, queé Cristo como sacrificio expiatório, manilesta a declarada enm 3.25
retidão divina.
O quarlo aspecto éo vínculo existente entre a retidão e a fé. Una das
pensancnto paulino é que a relidão de Deus, que foi revelada, pode tambénm sercaraclerísticas
do
intermédio fé. A Jusliça de Deus, por conseguin!e, considerada como apropriada por
passiva, c cim s2u papel alivo ela declara justo aquelcs que por nalureza s¯osinultaneamenle
inimigos de
a<iva e
Deus
5.10)..13sse o signifcado de justificação; não que os homens são feilos rclos, mas antcs, que ("d. são
1° Rolert Gundry, Panorama do Novo
Testamento, ). 326.
MerillC. Tenncy, O Novo Testonento: suaOrigem e lnilise, p. 318.
eitados como tais. Toda a Bpistola éuma exposição desse tema, que foi fundamenlal para a
teocgia p'ina, esutseqüentemenie para &teologia reformada.
I.7.2-A Boudece de Deis.
O couccio de Deus apresen'ado por Paulo não eslá resurido a Su: relidáo, mas
anbeat ab:age o caräler anotoso de Dous. Ofaio da retidão de Deus ser concedida de modo ativo
asalvação humena ressalta un molivo ds a ror vinculado com a santidade. Porém Paulo chama
spocficanente aatenção para abondade eaclenência eapaciência de Deus (2.4). Ele resalta que
2surema manifestação do amor diino estä no alo que Cristo morreu por nós quando ainda éramos
-rdaderes (5.s). E em Romanos $,35 escgs. cst£a clássica declaração sobre a quaiidade permanenie
dosse unor, na qual Paulo afîi na que coisa aigumm, quer circunstancial quer esnirilual, pode afactar
10$ do annor divino.
Ao abordar a questão da rejeiço de Israel, Paulo se firma na misericórdia divina, e rejeita
eonhecer a possibilidade de injustiça da paric de Deus (9.15). Ele cila com aprovação a declaração
ie lsaias de que diariameate Deus havia esiendido as mãos ao povodesobediente de Israel (10.21).
Abondade de Deus sobre aqueles que permanecem nEle é salienlada até mesmo çuando Paulo fala
sobre a sevendade divina (ll.22). A gra le prerrogaiiva de Deus usar de misericórdia (11.22).
Msmo na parle práica da Epistola, o caráier gracioso divino é exposto. Sua voniade é boa,
agtadåvel e perfeila (i2.2).
obOÇO DO LVRo
qual éstá
Opropósito do esboço na exegese é determinar 'o grande contexto no
tratao
inseridoo texto em análise, buscando as primeiras pistas sobre o assunto do qual
refeido texto. É fato que não é o esboço que determina o assunto do texto, e sim a
sempre fornecerá
e)xegese em si, mas, o próprio contexto que circunda o texto em análise
antecipadamerte pistas sobre o assunto. O esboço serve, ainda mais, para fixar os
lirnites do texto que está sendo trabalhado, evitando que haja transbordamento de idéias
de umcontexto para outro. De maneira muito prática, podemos dizer que o esboço serve
paràeitar que alguém tire o texto do seu contexto e dê-lhe assunto que nada tem a ver
com o contexto.
O esboço corresponde à confecção de uma grade de divisões e subdivisões que
facilitem o fácil acesso e identificação dos assuntos tratados no livro. No esboço,.o local
no cual estáinserido o texto em análise deve ser destcado em itálico, Deve-se evitar
exegético vai se tornando mais específico, e nós vamos nos aproximando mais aindado
texto. A primeira tarefa direcionada especificamente para o texto em análiseéasua
Português.
Opropósito da apresentação do texto em lingua original e lingua portuguesa é
demonstrar como o texto èm análise tem sido oficialmente traduzido para a lingua do
bais. Para isto, a apresentação do texto deverá ser de uma versão oficial do pais,
consideradaa mais erudita e mais respeitada entre as autoridades de Velho e Novo
Testamentos. Nesta tarefa nunca deve-se usar paráfrases (Biblia Viva, ABiblia na
Linguagem de Hoje, etc.), nem tampouco versões de pouco valor cientifico ( geralmente
yersões adulteradas de seitas como Testemunhas de Jeová, etc.)
Otextos em grego e portuguès deverão ser ortograficamente bem reproduzidos,
(om a referência biblica edescrição da versão portuguesae do textogrego (datada
WLIIIII1111111111111111131111 22
cdição, editora, número e local de edição). O texto deve refletir a sua forma original da
Concluimos, pois, que o homem éjustificado pela fé, independentemente das obras da
Ici.
(A Biblia Sagrada. Traduzida em porluguês por João Ferreira de Almeida. Edição, Revistaje
Atualizada no Brasil. 2" Ed. São Paulo: Sociedade Biblica do Brasil, 1993. )
V, ANÁLISE MANUSCRITOLÓGICA
Toda análise feita na exegese deve, necessariamente, lançar mais luz sobre o
texto analisado.
Depois de testar cada varianie no terto, desobrir-se-& que spenas urna fará mais
s.etlido no texo do gue 2s iernais Esta variante será leita omo a melhor leitura
O$s/Vel, ou leitura originel, comn urn gray de credioiflidade maior do que as outras. Neste
rgurnentos
2u2dade, seu grau de importáncia para a igreja, etc. Éirnportante saber tarnbén
o terto. Quando a variante eleita for inserida no fexto, ela fará mais sentido dentro do
contero As razões por qué essa variante eleita faz nais sentido notexto constituí os
argurmentos ern pro! de sua originalidade. Aiérndisso, deve-se argumentar com os
(one0s da critica textual moderns de evigências internas, os quais deverão referendar
c terio el eitocorno leiture origina!. RecoTiendoo capitulo "Princípios e Procedimentos
Testuais do livro CríticaTetual do Novo Testarnento, de Wilson Paroschi.
Depois da argurnentação en prol da lettura original, deve-se fazer uma breve
concdusáo dos estudos manuscitoligos
11111111111111111111111
Soo toxto omanáliso náo aprosonlar nonhumproblema textual,deve-s0 afirma
0sso aprOsenlando um poquono rolatório do qug o toxto fol investigado
manuscritologicamonte, o nada do anomal fol consderado relevanto.
Livios rèGOmendados: Russal Champlim, O Novo Testamonto Verslculo por,
Verslculo, Wilson Paroschi, Crltica Textual do Novo Testamento, e Comentários Crítiços
do Novo Teslamento.
ANÁLIS MANUSCRITOLÓGICA
Evidências Externas
)Como colocado por Russell Nornn Chanplin em scu ) Novo Testamento Interpretado
versiculo por versiculo, "no seu todo a evidência exterma em apoio a yap (..Jé levementc superior
àquela que apoia ov.",b yàp tem como evidência extema que a apQiao seguinle: (Códice
Sinaitico - século IV), A(Códice Alexandrino - inicio do século V), D* (Còdice Claromonlano, nt
sua leilura original quando havia sido çorigido '- século VI), ? (Laurensis - século VIII/IX), 08I -
sculo V1, 1739 - século X, it a r,b,d,(,g,o (Antiga Versão Latina com os manuscritos ar -sécuio
IX, b - século VII/IX, d- século V/VI, f - século IX, g -século IX, o - sculo XV), a vg ell
(Yulgata Latina com acordo entre as distintas edições), syt pal (Siriaca Palestinense), Copsa (Copla
Shidica), Cop bo (Copla Boairica), Origenes- 185-254, Cirilo de Alexandria- 370-444, Ambrósio
3$7-397, Agostinho- 354-430.
oUV éapoiado por: B (CÏdice Valicano - século IV), C (Códice Erainita - século V), D2
(Çódice Claromontano no seu sgundo correlor de manuscrito), 33 -século IX, 2464 - século IX,
Byz |KLP](certos manuscrilos bizantinos seletos, KL P), it mon (Antiga Versão Latina com o
manuscrilo "mon", que pertence ao século X), syt p,h (Siriaca, Filoxeniana), João Crisóstomo - 345
4)7, Teodoro de Mopsuéslia - c. de 3S0-428.
Há manuscritos muito importantes que apoiam Yop (N ,A) eouv (B,C). Porém observamos
que yàp é também apoiado por antigas versões, as quais são as mais velhas e imporlanles: a Antiga
Vulgata Latina com vários dos seus manuscritos, a Siriaca Palestinense, a Copla Saldica e a Copla
Boairica, enquanto que ovw só aparece na Antiga Versão Latina em um dos seus manuscrilos, e na
Siriaca Filoxeniana. Havendo assim una superioridade nas evidências favoráveis a ydp. Vale
ressaltar que embora "os mais anligos manuscritos sobreviventes dessas versões não ultrapassenm o
inicio do século IX ou, quando muito ofinal do II!, o texto que evidencian1 representam unm estågio
de desenvolvimenlo provavelmente não posterior ao final do século II. Dai ovalor das versões para
a nossa análise e critica textual não estar propriamente nelas mesmas, màs nas indicações que dão no
lexto grego de qçe foram iraduzidos *+
Oulro falor que mostra a superioridade da evidência externa em apoio a yp é o fato de que
P¡is da Igreja de renome, tais como: Agostinho, Anbrósio, Cirilo de Alexandria e Origenes, os quais
es1ão entre os Pais da Igreja mais imporlani es para a crilica texlual, citam nas syas ohraso versleula
como sendo composlo por yp; enquanlo que somenle João Crisóstomo e Teodoro de Mopsuéstia
oplam pelo uso de oUV no lexlo de Romanos 3.28.
2) O texto da UBS no seu aparalo critico indica que a leitura de ydpcontém um relativo
grau de cerleza Sabemos queo texto citado foi fruto da nomeação leita pelas Sociedades Biblicas
Uhidas de uma comissão inlernacional de especialislas do NT para opreparo de uma edição critica
do NT em todo o mundo. Esse lexlo é lambém aquele que é aceilo alualmente pela grande maioria
dos modernos especialislas de renome em estudos do NT. Temos consciência de que otexto UBs
a·o é perleito, mas éde grande inportância e respeilo no mundo da erudição neolcslanmentária
npderna.
Evidências Inlernas
1)Ocontexto no qualo versiculo vinte e oilo está incluído não •avorece a opçãopelo uso de
ov, mas sim de yap, vislo queo versiculo supracilado apresenta arazão para 'a argumentação do
wersiculo vinle e sele,e não a conclusão do raesn1o. A parlir do versiculo vinte e um do capltulo trës
Paulo está lalando sobre a justiça por meio da fè cm Cristo para todos os que ncle crêem, No
ysiculo vile c sele cle afirna que o motivode vanglória •oi excluido pcla ici da f, iNo versicuio
vinle c oito o apóstolo fa|z uso da conjunção yap pua expressar a razão da sua asserção anlerior. A
Russell Nornan Champlin,ONovo Testamento lnterpretacla Versieulo por l'ersiculo,v. 1l, p. 626,
" Wilson Puroseli, Critica Textual do Novo Testamento, p. SG.
27
jactänc1a toL excluida pela lei da fë, pois o homem é justificado pela ë sem obras da lei. A
justilicação somente pela •ë anula todo o mérilo e obra humana que venha contribuir na salvaçÃo.
justificação e aceitação do homem diante de Deus, e consequentemente exclui toda ajaclância. O
Cato de que o versiculo vinte e oito não apresenta a conclusão do que foi dito anteriormente é
provado também pelo relorno à mesma idia do versiculo vinte e oilo no versículo. trinta pelo
apóstolo Paulo, que afirma que Deus justilicará, por , o circunciso e, mediante a f o
incircunciso".
2) Aconjunção yap é usada abundantenente pclo apóstolo Paulo para expressar a ra~io
para unia asserção que •oi feila anteriormentc. Vislo que o uso paulino nas suas epísiolas de Yep
com oscntido colocado acina muito maior do que a utilização de ovw, e que a varianle que
melhor se harnoniza com a escrila paulina em Romanos é yàp, sendo essa usada em váias
oportunidades na carla com o sentido já colocado anteriornente, no próprio capitulo três, que o
contexlo imediato do versículo vinte e oito, nos versículos nove e vinte e três isso ocorre; enquahto
quc a variante ovv aparece enn número bem menor, acredilamos que yop represente a fofna
original do texto. Algumas referências paulinas com a utilização do yåp no sentido jå argumentado
são: 1Co 1.1l; 9.16; 12,13; 2 Co 2.11; 7.9 ; 12.14; GI 2.21;'3.26; 6.7; Br 2.10; 6.1; Fp 2.21; 3/18;
CI 3.20, 25; 1Ts 1.9; 5.2; 2 Ts 3.7, 11; 1Tm 4.8; 5.4; 2 Tm 2.13, 16; Rm 1.16; 2.1, 12,,24; :9,
23, 28; 4.3, 14; 6.14; 7.15, 18; 8.7, 14, 20; 9.15; 10.12, 16; 11.23, 24; 13. 8, 9; 14.10.
apocalipse; e definirsua natureza. Para cada lipo deste, existem princípios específicos
que devemos observar. Trabalhar exegeticamente nos evangelhos sinóticos não éa
28
rnesma coisa nas espístolas de Paulo, pois os evangelhos sinóticos exigem um domínio
c'o texlo nos três evangelhos, com todas as suas diferenças e semelhanças levadas em
conta. Existem eplstolas que funcionam mais como um tratado de teologia do que comio
Lma carta. Para esta primeira tarefa recomendo os livros de: D. A. Carson-Douglas Moo
ANÁLISE LITERARIA
WI1I3301131331111131100011112
29
A
epíslola aos Romanos consiste de un tralado de teologia crisl, •azerndo distinção erltre as
oulras cartas do Novo Teslamenlo, alé mesmo as de Paulo. Esla epístola apresehia uma •orma Iixa
de linguagem que transcende as circunstâncias e o tenmpo no qual e para o qual ela foi escrita.
Mesmo com todas as diferenças marcantes que esta epístola apresenla em relação aos ulros
docunientos do Novo Teslamento, Romanos é um documenlo escrito especilicamenle a uma ligreja
em uma época. Mesmo lugindo'aos padrões literários de uma carla, sua nalureza literária tei nuito
dela. AepÍstola de Romanos consisle de uma carla mesclada de dois estilo do mundo antigo: lbngos
tralados, e conversas pessoais especificas com o destinalário. Pode-se nolar relerêndias à
circunstâncias especiicas em Romanos (1:1-17; 15:14-16:27). É notável que nenhuma circunslância
-espccífica da esplsiola aos Romanos conduza qualquer tipo de discussão dentro da carta; ou seja,
Romanos não » uma resposta à indagações da Igreja de Roma, e sinm, um desenvolvimento teobgico
da verdade evangélica. As pergunlas Seitas em Roman os (e.g:, 3:1,5,27; 4;1; 6:1,15) são re¢ursos
literários usados por Paulo para promover seus próprios argunentos. " Mesmo contendo inlicios
de um documento especifico, Paulo emprega uma linguagem muito geral para os destinatários (1,4;
812; 10:1; !1:13,25). A verdade éque "podemos, então, descrever Romanos ccno umna faia
tralado, que lemcomo componente básico um argumento teológico ou uma série deles'". Tem-se
alribuido Romanos a muitos gêneros literários como diatribe, memorando, carta epidêitica (retórica),
nola diplomática, carta prolrépíca (exortativa), e ensaio epistolat, mas a epistola aos Romanos não
se adapla bem em nenhuma delas." Ë fato que, para se confundir Romanos comtodas estas formas
literárias, seria necessário que alguma semelhança esta epístola tivesse com todos estes gênerVs. De
falo a epistola tem mitas semelhanças com um variado número de gêneros literários, o 'que prova
Gue "Paulo utilizou diversas convenções lilerárias de seus dias para fazer com que suas men_agem
fosse entendida »l8
Otexto de Romanos 3:28 não encontra-se em nenhum gênero lilerário especifico à pafle de
gênero literário geral da epístola.
A epislola aos Romanos contém três partes. A primeira com os primeiros oito capí:ulos
ocupa-se com a discussão sobre a doutrina da justilicação pela é e suas consequências; a segunda
Vai do capitulo 9 ao 11, trala da chama dos gentios, a rejeição e o fuluro de Israel; e a terceiraparle
consisle em exorlações e saudações aos cristãos de Roma.
Opropsito desta análise éclassificar cada palavra do texto dentro de seu reirno
nominativos com
voz(verbos). Todas as palavras decli. 'ivejs deverio aprosentar souS
tradução, sencio,
iradução, o lodos os verbos deverão aprosonlar sous infinitlvos com
finglmente, todas traduzidas de acordo co) a classificação gramatical descrila na
analise, e näo de acordo com as yersQes que já oxistom. No caso de particíplos
substantivados, deve-se mostrar o infinitivo do verbo e traduçäo, o nominativo do
paticipio substantivado e tradução, e finalmenle, a tradução do participío substantivado
no casO em que ele se apresonta no texto,
sentldo maie
A uadução das palavras na análise morfológica deve compreender o
original e mais comum do auditório original. Deve-se preferir a tradução que mais ocorre
noNovo Testamento.
Ainda nesta análise, deve-se fazer un estudo, considerando detalhes gramaticais
pode ser apresentado ao final da análise morfológica, mostrando esses detalhes, que no
futuroconstituirão os argumentos em prolda interpretação e da teologia extraida do
texto.
Livros recomendados: O Novo Testamonto Analitico, Chavo Lingülctica do Novc
Teslamento, Léxico do Novo Testamento (Edições Vida Nova).
ANÁLISE MORFOLÓGICA
31
1glóna, visto que o homenn não pode tcr nenhum mérito 1a sua justificação e aceilação pessoal
dinte dc Deus, em virtude do fato de que as boas obras em obediência à legislação mosaica são
n ficazes na justificação hun1ana.
O verbo ÒLKaLOolL, est£ no infnitivo. Conlorme W. D. Chamberlain o infinitivo é um
substantivo verbal em última instância. "En certos casos, predomina a acepção verbal, em outros a
sunstantiva" !" No verbo SuKaioûslai hå um uso substantival do inlinitivo, funcionando esse
conp objclo direto do verbo oyióuela. Portanlo, o verbo LKALOÜJau funciona como
contplemcnto verbal ou objeto direto do verbo AoyóuEa.
Overbo SiKa1oûo0L cstå no tcmpo prescnte. Como vimos anieriormente o iempo
p:dente nornalonente indica una ação contnuada, que se processa na ocasião do cscrever ou falar,
quecstá aconlecendo. o verbo SKaioûolat pode ser classilicado como presenle gnômico ou
uciversal, o qual anuncia algo verdadeiro para todos os lempos. Portanto, a doutrina de que o
hemem éjustificadopela fë sen1 as obras da lei não é uma verdade limitada somente a uma época, ou
aç iempo em que viveu Paulo e os irmãos para os quais escreveu, mas é aigo verdadeiro para todos
os tenpos.
Overbo SLKaLoolaL esl£ na voz passiva. Essa voz é usada quando o sujeito é
apresentado como recipiente da ação verbal, quando está sofrendo uma ação por uma outra pessoa
(o agente). Portanlo, oser justiicado éuma aço que ésoltida pelo homem Ele é o recebedor da
ju:tificação. Ohomem sofre a ação verbal, o ser justificado, ajustificação. Ohomem recebe a ação
justiicadora de Deus.
Osubstantivo loTEL, eslána forma daliva, e expressa a idéia de instrumenlo, se tratando -
as sim de um caso instrumental. Esse caso indica o meio ou o instrumento através do qual a ação
verhal érealizada Com base nisso afirmamos que Paulo estava dizendo que o ser justificado é pela
fë A fé é o meio ou o instrumento da justificação.
O rersiculo que estamos analisando iraz em seu conleúdo a preposição xopiç. Preposição é
urd palavra que auxilia osubstantivo a expressar oseu caso.ou função na oração. A preposição
Xopls está no genitivo. Segundo Waldyr Carvalho Lu. ogenitivo preposicionado temo sntido de
separação, procedência, proveniência, origem"2 Portanto, a implicação teológica disso é a
seeuinte: aidia paulina é que a justificação humana é unicamente pela l, separada das obras dá lei,
oL seja, ajustiicação no ten asua procedncia ou origem nas obras da lei; ela ocorre à parte das
otres da lei. Vale salientar que as preposições não governam os casos (mesmo porque a função dos
casos é mais antiga), mas apenas auxiliam os substantivos a expressar o seu relacionamento com os
verbos ou outras parles da oração. A preposição Xoplç está no caso genitivo como também os
substantivos pyoy, ergon, e vóuo nomou. Toda a preposição junta à substantivo declinado é
regida pelo mesmo caso do subslantivo.
Os substantivos pyov e vóo como foi dito acina eslo no caso genitivo. O genitivo é,
pimariannente, o caso "descritivo", 0 caso geniliyo do substantivo vóMo descreve do ponto de
ista de procedência ou originação, e se denomina de genitivo de origemn A implicação dessa
Con$ideração para a interprelação do texto éque as obras das quais Paulo se relere sao provenienies
da lei, tem a sua origem na lei.
2) Oscr justificado uma ação que sofiida pelo honiem. Ele &o recebedor da justificaçlo.0
lhomensofre a ação vefbal, o ser justificado, a justificação. O homem recebe a ação justificadofa de
Deus.
4) A idéia de Paulo éque a justificação hunnana é unicamente pela •é, separada das obras da lei, ou
seja, a justilicação não tenn a sua procedência ou origem nas obras da lei; ela ocorre à parle dessas
obras.
5) Asobras das quais Paulo se refere são provernientes da lei, tem a sua origem na lei.
Com esta análise pretende-se descobrir qual a relação sintática existente entre as
palavras do texto.
AN0LISE SINTÁTICA
Diagruna de Ronma. s 3:2s
-jeto dirclo
Inrção verbal ndj.adnominal
g da NSILa sujcito paciente
srade sutkordinadu
cOMENTÁRIO DARCLAÇÃoSINTÁTICA
do objeto
6.2. 1- Relação sjcito-predicado, predicativo do sujeito. predicativo
orações. A
a) O teto de Romanos 3:28 consisie de un periodo composto de duas
desinência verbal da kosssa pessoa
prmeira, doyi óusta, apresenta sujeito eculio, implicito na
de plural nös enquanto que a segunda SLKaLoÜGlaL, tem como- sujeito o.
ação verbal de
substaniivo vlp0rOV, Sujeilo (pacienie), mas o elermenio que executa a
SixaLokotaL é o terma TtÍ¡T[L, agente da passiva
AoyiÓuEOa para a
b) Comno tenios duas oraçðes, vanos ter dois predicados:
priuneira, e dKaLOÜotaL paraa segunda
do sujcio, icloe
G.2.2 - Relaçio po con:lcmenio ch cOnplemento noinal, rkcleo
do objctO; agente da passia:
a) O verbo oy;óu[la un1 verbo iransitivo e pede complemento verbal. Seu
conplemento a oração SiKaLOotai íot[L voponoy xopiG Èpyov ÓLO
direlo do verbo. Na Segunda oraço, que está
es å de forna direla tendo a função de objelo
de sentido complelo.
fu idonando como objelo da prieira, o verbo dKaLODolaL, um verbo
não havendo nenhum complemeto para ele na oração;
c) O núcleo le sujeilo da prineira oração est£ ocullado e determinado na desinência
mesno sendo
ebal, enqunlo que o núclev do objelo da pinara oração é o termo dpwnOV,
Su cito paciente, ele funciona sinlalicamente como nçcieo do objeto porque a Segnda oração ien a
funç'o de objeto da primeiia,
d) A palavra zLlotEL facilnente reconlhecida coo agcnte da passiva por
cn:dntrur-sc nun datioinstrumental.
significados quase sempre não s£o levados em conta,. mesmo porque pode ser
tradução literal, ao
impossível encontrar termos equivalentes entre línguas diferentes. Na
chegar o
Contrário da idiomática, o termo empregado para traduzir o termo grego deverá
sentido
mais próximo possível do significadÍ original grego. Ao decodificar'o verdadeiro
traduzi-las, pois
do texto, e importante näQ parafrasear ou interpretar as palavras, e sim
näo »assim que funciona a tradução. Na tradução literal, as palavras gregas devem ser
íraduzidas por palavras que exprimam fielmente o sentido do texto, sem necessidade de
se usar termos modificadores (ou parafrasear com verbos, substantivos, etc.).
A
equivalência dos termos, e, consequentemente, sua substituição do grego para
oportuguês deve obedecer aos princípios sintáticos e morfológicos da língua paraa qual
estásendo traduzido o texto, resultando numa compreensão perfeita do texto. Um
exemplo disso é palavra "caminho", que em grego é feminino. Ao traduzir para português
cla dovc obodocor àmofologia portuguesa e não àgrega. Então, nunca será traduzido
por "a caminho", mas "o caminho". O mesmo, de forma inversa, acontece com o termo "a
TRADUÇÃo LITERAL
"Crcnnos, pois, ser justi•icado (o) homem pela •é sem (as) obras da lei'".
\ TRADUÇÕES 37
antigas.
EXEMP.O DE TRADUÇÕES
TRADUÇÕES
A Biblia Sagrada. Blição Revista c Aiuaiizada no Brasil.
"Concluimus, pois, que o homem éjustificado pela fé, independentemente das obras da lei".
ABibliaSagrada. Edição Revista eCorrigida.
Concluimos pois que o homem é justificado pela •é sem as obras da lei".
ABiblia Sagrada. FliçãoCorrigida eRevisada.
"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fë sem as.obras da lei"
A Biblia de Jerusalm.
"Porquanto nós sustenlamos que o homem é justificado pela f, sem as obras da Lei".
The Holy Bible. Authorized (King James) Version.
"There•ore we conclude that a man is justified by faith without the deeds of the law".
Porianio concluimos que o homem éjustilicado pela •é sem os feilos da ler".
A New Translation of the Bible.
<We hold that a man is justified by faith, apart from deeds of the Law altogelher"
"Nós nos asseguranios que o homeméjustilicado pela fé, à parte de todos os feitos da Lei".
The New English Bible. Oyford University Press. Cambridge University Press.
For our argumenl is that, a nnan is justified by faith quule apart from sucess in keeping the
law".
Pois nosso argunmento éque o homem é justificado complelamente pela fé à parte do bom
exito em guardar a lei".
Biblia Sacra Vulgaiam Clennentinan.
"Arbitramur enim iustificari hominen1 per fidem sine operibus legis".
"Porquanto julgamos qke o hòmemé justificado pela f, sen as obras da lei",
Sonta Biblia. Reina Valera.
"Concluimos, pues, que el hombre es justificado por la fe sin las obras de la Lei"..
"Concluímos, pois, que o homem éjustilicadopela •ë sem as obras da lei".,
Biblia Alema. Revidier( Elberfelder.
"Denn vir urteilen, dass der mensch durch glauben gerechtfertiglwird, ohne geselzeswverve".
O
objetivo desta análise é investigar o sentido original teológico de
chave do cada palavra
texto, descobrir suas
peculiaridades náo disponibilizadas
em
língua portuguesa,
e trazer para c texto, de formaparafraseada, os maiores significados daquela palave.
Oprimeiro passo desta
análise é eleger as palavras mais
Para isto é preciso observar os
importantes do teato.
seguintes princípios:
Deve-se eleger a palavra mais rara,
Geralmente såo palavras que ocorrem atá três
vezes em todo o Novo Testamento,
Vezes uma palavra é achave para a compreensão do texto ínteiro. Sem ela, o texto não
f¡ria muito sentido.
Deve-se eleger palavras em desacordo com o mesmo texto paralelo. No caso dos
Evangelhos sinóticos e das epistolas de Paulo, um mesmo textopode aparecer mais de
una vez no Novo Testamento, e às vezes,modificado por uma palavra inserida a mais.
Estas palavras devem ser dignas de toda atenção na análise lexicográfica.
Aanálise lexicográlica éum estudoda história das palavras'e de seus significados
mais importantes para o.auditório original. Aordem da pesquisa lexicográfica é a
seguinte:
1)Averiguar se a palavra éum substantivo composto ou derivado. Constatando
que trata-se de um substantivo composto, deve-se apresentar suas partes com
seus significados. Tratando-se de derivados, deve-se fazer um estudo
etimológico de suas raizes etimológicas. Após fazer este estudo, deve-se ler o
texto tentandocompreend-lo com os novos significados etimológicos.
ANÅLIS:LEXICOGRÁICA
9,1- JKaLoÜOla1.
a) O verbo SUKQLoüsOau ininitivo, presente, passivo do verbo öKCLO), dikaioo, qu
coo justo'", "nocenlur
pode ter alguns signilicados, tais cono stilicar", "vindicar", "ratar
ronnciar justo","liberlar de"
Diante de tudo quanto já foi colocado, podemos afirmar que o sentido do verbo
dLKaLOUotaL, utilizado por Paulo em Romanos 3.28, é "declarar justo", "declarar judicialmente
que alguém está em har1nonia com a lei", tendo assim pois, um sentido forense ou legal.
Desejamos apresentar alguns argumentos que provam a veracidade dessa nossa afirmativ.
Como foi dito acima, o próprio Velho Testamento (Septuaginta) ao utilizar o termo
supracitado. o faz, no seintido forense.
Bm Deuteronômio 25.I diz: Em havendo contenda entre alguns e vieren a
juízo, os
os julgarão, justiicando ao justo e condenando ao culpado". Primeiramente vale salientar que jsizes
era função dos juizes tornar alguém justo, eles simplesmente deveriam pronunciar um janais
julgamento
com justiça, declarndo que o justo cra ino cente e declarando que o ímpio era cuipado. Conforrhe o
verso cilado, se houvcr uma controvérsia entre homens, e eles comparecem em juízo, OS
juizes que
julgam a causa estão informados: justificarão o justo e condenarão o ímpio", Aqui o verbo
justilicar é posto em contraste com o verbo "condenar". Justificar é a antítese de condenar.
Condenar não significa tornar algum inpio, assim também, obviamente, justificar não significa
tornar alguénn juslo, implicando assim necessariannenle num significado forense. Martyn Lloyd-Jdnes
comentando o versiculo afrma o seguinte: "Obviamenle, essa éuma queslão puramnente legal. Eases
juizes não irão mudar a nalureza dos dois dispulantes, nmas irão fazer uma declaração;
pronunciario a
scnlença, dirão que um eslá cerlo e que o ostro esláerrado. Eoato de declarar que um está cerlo é
re•erido como justificar o justo. Ë una ação legal" Porianto, a idia do verbo ncsse versicu<o é
"declarar justo".
Tambénn cm Provérbios 17.15 lemos: "O que justificao perverso e oque condena ojuslo,
abomináveis são para o Senhor, tanto um como o oulro". Aqui também a jus!ificação é con!rontda
com acondenação, rcvelarndo assim ointenlo legal. Afirmamos lambém que se o verbo justiffcar
livesse o sentido de tornar justo" jamais seria na perspectiva divina uma abominação justilica'o
inpio. Cerlamenle a pess0a que faz do injuslo e do perverso um justo não pralica uma abominaço
significado. do verbo
Portanto, com base.no que já •oi apresenlado reafirmamos que o
SLKaLoüotaL em Romanos 3.28 édeclarar justo".
alravés do uso do verbo
Em oulros lexlos paulinos podemos constal ar a mesma idéia
8.30; GI2,16.
SLKaLo), dentre estes podemos cita° alguns, tais como: Rm 3.20, 24, 30; 4.3; 5.1;
9.2- TtL¡TEL.
a) O substantivo Lotei »dativo, feminino, singular de TlotuG, pistis (Të").
b) Uso na literaturáclássica.
que um honem pode ter nas
Na lileralura grega clássica, Ttlois signilicava a confiança"
garantia", "pro va" ou algo
ossoas ou nos deuses, "credibilidade", "crédilo" nos negócios, raiz de TloTEL, signihca
*donfiado". Da mesma forma totevO, pisteuo, o qual pertence à mesma
"confiar" em alguém ou nalguma coisa.
ou
Origvalnente o grupo de palavras LGTUG Signilicava condula que honrava um contrato
obrigação, relacionanento fiel de partes de um contratoe a idedignidade das suas promessas.
nais lalo, a
O grupo de palavras tLaTIG veio posterioinnenle a signilicar nun sentido
crelibilidade de declarações, relalórios, e narralivas en geral, sejam sacros, sejam seculares. o
No periodo helenístico, no decurso da luta contra o celicismo e o ateisno, TLGTIG adquiriu
deuses.,0 elemento didático emergiu como
sentido da convicção quanto à existência e lividade dos
tcórica. Enfatizava
significado geral e básico. 1louç, cono fé cn Deus, represenlava a convicção
com esta interpretação.
se entretanto, a crença de que a vida era consíiiluida de acordo
2 Antly !lockema, Slvos pela Graça, p. 16i.
2 John Muray, Relenção Consumoda e Aplicada, p. 135.
47
Nas religiões místicas, TlotLG s0gniica o
instrução e seus ensinos, e'colocaundo-se debaixo daabandono de si mesmo à divindade, seguirçdo sua
No grego ;secular, purlanto, csta palavra proleção dela.
entre um homem erepresenlava
para expressar relacionamentos um largo espèclro de idéias. |Usa-se
.com outro, e tambénm para espressar o
o,divino: significado
O relacion·mento
religiosas, Originalmente, tinhaespeci•icoé determinado pela
a ver com obrigações. O filosofia prevalecentee pelas inílyências
baseada cm leorias, que colo cavamo homem estoicismo, porém, fez dele uma lei da vida,
individual em harmonia como cosmos.
c) Uso no Velho
Na
Testamemto (Septuaginta).
Septuaginta TlotiG quase. sempre
Normalmenle se rclerc àfidelidade de Deus edenoia a fidelidade no sentido
somente em JHabacuque 2.4 é
de fidedighidade
posiliva religiosa do homem diante de Deus. "Ali, no aplicada å reação
de espirito, dos justos e a orgulhosa entanlo, o conlraste no contexto entre o kslado
senlido mais amplo do que meramenteauto-suficiência dos caldeus parece exigir para essa palayra um
idelidade', saber, o sentido de uma confiante depenclência
a
Gi Deus com auio-renüncia, da atitude de coração da qual a idelidade na' vida é
nalural" 26
expressão
d) Uso no Novo Testanmento
No Novo Testamnento rlaTLG obleve uma importância especial e conteúdo especifico
da sua aplicação ao rclacionamenlo com Deus enm Cristo: a aceilação e através
conliança, daquilo que Deus fez. ou promeleu através reconhecimento, em plena
dEle. Ë uma palavra chave no NT, sendo o
lermo regularmnenle usado para denotar o
relacionamento religioso multlateral, para o qual o
evangelho chama os homens - um relacionamenlo de confiança em
Jesus e a Tradição Sinótica. As narrativas dos milagres Deus por meio de Cristo.
TUL TLG da pe[soa doente, ou das pessoas que a cercavam (Mt 8.10; requentemente contém referênFcias à
tem em mente é a confiança na missao de Jesus e no Seu Mc 2.5; 5.34; 10.52). Oque se
A TLOTLG em Deus significa na
poder para livrar das aflições.
apresenta (c£. Mc 11.22).
concepção de Jesus o eslar aberio ås possibilidades
queDeus
Cscritos paulinos. No conlexto da
para indicar a aceitação da. proclanação cristteologia
de Paulo há o emprego deliberado de
e da fé salvadora àqualo evangeiho tlcoTLG
1.8; 1Ts 1.8). Para Paulo, Ttl¡TIG é conciamava (Rm
pregação missionária cristã primitiva dava indissoluvelmente ligada com a proclamação. Desse moco, a
enfoque agudo à TlGTIG significa o recebimento da
mensagem da salvação e d£ condula baseada no evangelhofé. (Rm
explicitamente uma lé salvadora, baseada na cruz de Jesus e na Sua 1.8; 1 Co (12.5; 15.14, 17). É
Sendo que a é conténm o clemento de "ser ressurreição Co 15.3-4.11).
incorpora na esperança (Rm 8,24; 1 Co 13.13). sustentado", bem como a conliança", ela se
Na concepção paulina, porlanto, zlotig significa
próprio quanto ao alcance e merecimento da salvação, confiando abandonar toda a dependência de si
dependendo exclusivamente dEle no que diz respeilo a tudo quantointeiramente está
em Cristo, e
apcgar-se às promessas de Deus em Cristo, dependendo envolvido na salvação. Æ
relerente àsalvação. Ä un relacionamenlo de confiança enn Deus por complelamente da obra terminada de Cristo
J:S,8,!2, !7; 3:22,25,26,27 28,30,3 1; 4:5,9,11, 12,13, 14,16,19,20; 5:1,2 meio de Cristo (R1m
12:3,6 14:1,22,23 16:26; 1Co 2:5; 12:9; 9:30,32; 10:6,8, 17 11:20
2Co 1:2-4 4:13 5:7 8:7 10:15 13:5; GI 1:23; 13:2,13 ;15:14,17; 16:13
6:10; Er1:15; 2:8 3:12,17:.4:5,13; 6:16,23; Fp 2:16,20; 3:2,5,7,8,9,11,12,14,22,23,24,25,26 5:5,6
1Ts 1:3.8 3:2,5,6,7,10 5:8; 2Ts 1:3,4,11: 2.13;1:25,27; 2:17; 3:9; CI 1:4,23´2:5,7,12
3:2; iTm l:2,4,5, 14,19 2:7,15; 3:9,13 4:1,6, 12;
5:8; 6:10,11,12,2 l; 2Tm1:5, 13; 2: 18,22; 3:8,10,15; 4:7, TI l:1,4, 13 2:2 3:15; Fm 1:5,6). Sendo
que a fidelidade a Cristo una
manifcslação da genuinidade da f, TtLoUs.
20 J I. Pucker, Lnciclopédia
llistörico-Teol'gica eda Igreja Crist, v. Il, p. 153,
48
Paulo também faz uso do (eno tloTG para indicar "aquilo que é crido", "corpo de
tloutrina" (GI 1.23; 1 Tm 1.19).
A Tradição Joanina. O substantivo nl¡uG se acha apenas ocasionalmenle nas Epistolas (1
Jo54) e em Apocalipse (2.13, 19; 13.10; 14,12). A fé e o ato de erer nssumem o caráler da
lidelidade. En 2,19 xloug chega perto de ser o motivo da fidelidade.
Hebreus. Estacarla faz uso cxlensivo de niotivos do AT, e apela àhistória dos palriarcas em
cohexão com palavras do grupo Tl¡TIG. 0Hebreus 11.1 apresenta uma deinição que combina
ndtivos do AT e helenísticos: "Ora, a •, 1tlGuG, é a cerleza de cousas que se esperam, a convicção
de fatos que se não vêem". Esle não cra um resumo compreensivo de todos os elementos exislenles
uazlous, nas só daqueles que eran básicos para uma igreja sob perseguição: a cerleza daquilo
que se csperava, e a convicção de ser guiado por aquilo que não pode ser visto.
Tiago. Para Tiago há uma ligação indissolúvel entre a f, TLGTUG, e a conduta obediente.
Havendo assim uma necessidade da fé ser comprovada. Somente através da obediência que cumpre o
nandamento de Deus é que a fë, nlous, chega a completar-se (Tg 2.22). Porm enn Tiag0 2.14-26
esse subslantivo é usado para indicar o mero assentimento inteleclual àverdade. Mas, com isso
idgo está explicitamente imitando o uso. das palavras daqueles a quem procurava cuiiigi, e näv id
razão para supor que e[le uso fosse normal ou natural para ele (sua relerÁncia à fë, TlouG, em
2.5, tem um significado mais amplo).
Conciusáo: Significado da palavra no texto em exegese
Diante de tudo quanto já foi colocado, podemos afirmar que o significado do substantivo
r:toteL, utlizado pelo apóstolo Paulo em Romanos 3.28, é a atilude mediante a qual o homem
abandona toda aconiança em seus próprios méritos eesforços para obler asalvação. Ëa atitude de
completa crença e con•ança em Cristo, de dependência exclusiva dEle, a respeito de tudo quanto
esti envolvido na salvação. Éo apegar-se às promessas de Deus em Cristo, dependendo intiramente
da bbra de Cristo referente à salvação, entregando-se a Ele.
Essaé a mesma idéia do apósl oloPaulo em muitos texlos, denlre eles: Rrm 3,22, 30; 5.1; GI
2.15.
Desejamos ainda azer uso de alguns argunmenlos, a fim de comprovar a nossa posição.
o verbo L TEU), Oqual pertence à mesma raiz de Trlorel, significa "crer", "conliar":
Euay, Puulo uitiza esse verbo no senlido de crer, confiar, e o alvo dessa çonliança é Deus como
pTdemos ver em Romanos 4.24.
Em Romanos l.1G Paulo tambm faz uso do vcrbo otEDO COm a idéia de crer, confiar e o
associa åsalvação, que inclui obviamenle ajustificação. No verso 17, oqual continuação do verso
I6.Paulo faz. uso de ternos detivados do subslanlino lotiç mostrando assim a intima relação
entre •é, TloTUG, crer ou confiar e salvação.
Em Romanos 4.3 vemos a relação enlre n verbo ¡TEVO e a justificação. Fazendo alusão
aoVelho Testamento Paulo alirma: "Pois, que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso Ihe foi
inpltado como justiça". No verso 5do mesmo capilulo Paulo moslra que crÁ naquele que justilica o
impio, Cristo, é ter lé, Ttl¡ug: "Mas ao quc não traballha, porem crê naquele que justilica ao fmpio,
asuh fé lhe é atribufda cono justiça":
Oulros lextos (ambém nostran aligação inquebrável entre fé e crer ou confiar, dentre eles
podemos cilar Gálatas 2. 16.
Através da Bsc1iluraobservanos quc o objelo dcssa fe Crislo: Rm 3,22; GI 2.16.,
9,3- vóuou.
49
a) Osubstantivo vó[iov genitivo, nasculino, singular do
"'noma"). subslantivo VóLOG, nomos ("lei",
b) Uso na literatura clássica.
Osubslantivo vóuoG deriva do verbo veuo, distribuir",
parlilhar", "atribuir", concdder",
especialnnente no sentido de distribuir" propriedades, "partillhar" paslagens
A palavra vóuoG (que se acha na literalura a parlir do ou terras agriculturais.
tempo de Ilesiodo, século VIl .C.)
originalnnente se re•eria à distribuiçÃo" e aquilo que dela decorre. Significava aquilo que loi
determinndo", ordenado", ou "atrilbuldo"; mas, mais particularmente, os resultados disto, ou scja:
disposiçõcs que forann regularizadas e alingem o
"coslume', uso'", "eslaluto", lei", esnecialmentegabarito
nos
de tradição. A palavra, porlanlo, denpla o
conlexlos da distribuição de bens, da le e da
ordenn,
Na antigüidade não se distinguia entre os signilicados
VóuoG, pois acreditava-se que todos os bens yinham dos deuses, juridico, élico e religioso de
que sustentavam a ordefn no
universo e nos relacionamentos entre os homens. Vem daí a convicção
decurso da. história humana de que a lei liga-se ao divino - idéia universal, que se acha no
esta que persisliu:
subconscientenmenle mnesmo cm períodos nos quais foram enfatizados os aspectos purarfienle
humanos da lei.
Quando se empregava num contexto político, VÓLOG era considerado aspeclo mais
o
essencial da polis ou cidade-estado, i.é, a "norma judicial", o "costume legal", a lei da terra". A
partir de c. do século V a ,C. vóuOc era escrilo na forma de
vóol nomoi (plural "eis")
adquirindo, assim, o significado especifico de lei escrita", a "constiluição" (da polis), a "lei
coerciliva" do eslado, que tinha que ser obedecida sob pena de punição.
c) Uso to Velho Testanento
(Septuaginta)
Na LXX, VÓLoG ocorre cerca de 430 vezes, das quais cerca de
200 sem
hebraicos, quanto às demais, o equiv alente nais comum é 7jin, torah. No equivalentes
AT canônico
VóMosconcentra-se mais pesadamente n0s livros do Pentateuço fora de Gênesis, e ocore aliceca
de 6) vezes, das quais 25 em Deuteronümio e 20 em
Levítico.
Otermo hebraico 7jn, torah, traduzido na LXX por
da parte de Deus, um 'mandamento" para uma vÓuoG significava,uma instruçãb"
determinada
instruções são concretas e válidas (Ex 16.28; 18.16, 20). situação. O plural indica que tais
Foisomente depois da reforma deuleronomística que frases
tais quais a
generalizaram, sendo que concentravam as lei em geral, e sem qualquer qualificaçãolei de Javé] se
adicional, nem
enumeração das respectivas leis individuais (2 Rs 10.31; Ex 13.9; Ani 2,4; Jr 8.8 e passim)t da
nesma maneira, a lei de Deus(Js 24.26 e passinm) transmitida por
Rs 23.25 e passim), O próprio livio de Moisés (Js 8.31 {LXX 9.2}; 2
Deuteronômio échamado o livro desta lei" (DI 28.62 cf.
29.20; 30.10; 31.26), e, denois do Bxilio, o Pentaleuco inteiro é assim
chamado (Ne 8.3). Em
co1respondincia com isto, há a fórmula "escrito na lei", que se acha na literatura
8.14; 10.35 [LXX 34}, 37 |LXX36]: Dn 9.11; 2 Cr pós-exilica (Ne
23.18 e passim), onde a lei é encarada cono
una norma escrita.
Porlanto, não podemos falar de vóuos no AT cono se expressasse um
A lei, vbuos, nacional dos hebrcus é conceilo uni•orm.
conlecida cono ei de Moisés", visto que tnto alsua
jurisprudência quanto o seu sistena de prálicas riluais foram transmitidos através de Moi_és,
oriundos de Dcus,
d) Uso no Novo
Testaner:to
No NTosubstanlivo vóloc 0corre 19| vezes, scndo
T19 vezcs, predominando em Romanos (72 vczes), Gálatas que mais frcqlcntemcnte cm Pailo:
(32), 1Corintios (9). Os livros nho
1111
aulinos nos quais apalavra ocorre cum cetia frequência são: Atos (17 vezcc), Inãn e Hohraur A
nða), Tiago (10), Lucas (9), Malcus (8).
Lvangelhos Sinóticos. Scgundo cslIS a lei podia ser rcsumida em dois mandarnenios, o%
(ubis envolviam o anor a Deus e ao próximo (MI 22.34-39; c[. Lc 10,25-28), porém não aceitava as
Lraduações que os fariscus faziam dentro do mandamento duplo.
Bscritos Paulinos. Conforme o DicionárioInternacional de Teologia do Novo Testamento
Taulo utilizava vóuos paraoPentaleuco (PRn 3.21 b; GI 4.21)epara atotalidade das Escrituras (Rm
3.19, um terno genérico para as citações dos vw. 10-18, tirados de todas as três partes das
E:scriluras, 1 Co 14.21,citando Is 28.1 1-12 e DI 28.49), mas especialmente paraa lei mosaica,e o
bdcálogo en particular (Rm 2.14 a. 2.17, 3.28, 7.12; GI 5.3) na sua exigência da obediência
ncondicional da parle dos judeu_. Paulo lanbém usa vóuos pra indicar uma parle da lei (e.g. a lei
do casamenlo, conforme ela afcla a mulher, R1n 7.26) e no sentido melaförico, usualmente delinído
ror um genitivo (e.g. Rnn 3.28, mndamentos divinos no sentido mais lato; Rm 7.23c, 25b; 8.2; GI
G.2, genitivo de autoria; Run 7.23 a e b, "principio regular"). Paulo também requentemente
pesonica a lei: ela fala (Rm 3.19); ela diz (Rm 7.7; 1 Co 9.8); ela lrabalha (Rm 4.5); ela rege (Rm
7.1). Ao fazer assim, ele não cstádando apoio ao pensamenlo da lei como hipóstase, pelo contrário,
quer dizer que a leié porta-voz. do Deus vivo."
îiago. Tago utilizou duas vezes a frase: "a lei, vóåos, da liberdade" (1.25; 2. 12). Sendo
que os atos de misericórdia são o elennento principal na lei da liberdade. Tiago também dá a esta lei o
nome de lei régia" (2.8), que pode ser resumida no mandanenlo do amor ao próximo. Osignificado
de voos porlanto, depende de como é inlerprelada: ou como injunção'" no sentido
velerolestamentário, ou, alternativamente, a lei da liberdade", um resumo das injunções de Cristo.
Conclusão: Significado da plavra no texto em exegese.
Paulo faz uso do tern1o vóuoU em Romanos 3.28 para a indicar a lei mosaica, tanto no seu
aspecto moral quanto cerimonial. Sendo este pensamento defendido também pelo Novo Dicionário
irternacional de Teologia do Novo Testamento.
Arealidade judaica presente no contexlo no qual Paulo estava inaerido pode nos esclarecer
nis sobre esse assunto. John Slotl no seu comenlário da Epístola aos Gálatas afirma:
Os judcus supunhun quc podiam scr juslificados desse modo, como também os judaizantes,
que professava1n ter fë em Jesus mas qucriam que todos seguissem igualmente a Moisés. Sua
posição era esta: "A única mancira de ser justilicado éatravés de trabalho duro. Ë preciso lutar.A
'obra' são as 'obras da lci'. Ou scja, é precise fazer iudo o que a lci ordcna c evitar fudu vque a iei
proile". Os judcus cos juduizantes conlinuavam dizcndo: Isto signilica quc é preciso guardar
Cspecialmenle os Dez Mandamentos. Épreciso amar e servir ao Deus vivo, e não ter outros deuses
ou substitutos. É prcciso revercnciar o Seu nome e o Scu dia, e honrar os pais. Ë preciso evitar o
aduwtli io, o iomicidio c o rotx». Nunca devcmos dar falso testemunho conuu o liussU prúxiuIU ICH
cobiçar alguna coisa quc llhe pcrtença". Mas não era só isso. "Além da lei noral, temos a lei
cerimonial, å qual &preciso obedecer. E prociso levar a religião a sério, examinado as Escriluras
Cn paricular c lieq1cntando os cnllos püblicos. E prcciso jcjuar, orar e dar esmolas. E, se se fizer
(udo isso, sem falhar en nada, (er-se-á alcançado o sucesso c a accilação de Deus sendo então
;»» 28
justilicado pelas 'obras da lei""
Dianle disso, Paulo expõe que o honem não é justiicado pelas obras da lei, mas sim, por
meio da [é. A lei da qual dependia a justilicação na perspecliva dos judeus e judaizantes era a lei
notal e cerinonial conlorme vimos acima. Então, alravés da exposição da justificação pela fë, o
npistolo relula esse pensamenlo, moslrando que as obras da lei não ten poder para justificar.
" isser,Dicionório Internuci nal deTeologun do Novo Testomento, v. ll, pp. 40, 41.
* LuR W. Sto!, AAfensagcm de Gilatas, p. 59.
I'ortanto, teafimanos que a idéia de Puulo ao usar o termo lei, vó;iou, rclacionado àjustificação,
cm Romanos 3.28, refere-sca lei mosnica, em seus aspeclos moral e
cerimonal,
Ocontexto no qual estáinserido Romanos 3,28 também nos ajuda a entender o uso do termo
lei nesse verso. As teferências paulinas à "fulo', adultrio", "'sacrilégio" (2.21, 22)
cm 328 cle tinha em nentc a lei moral, pois estcs são pecados condenados pela leinostran
que
moral As
declaraçòcs do cslado pecaminoso da hunanidade em.3,10- 18, os 'quais inclucm pecado de
natureza moral, também nostram quc Paulo tinlha cm mente a lei moral em 3.28.
EmRomanos 3.30, contexto imediato do versiculo que temos por base en nossa exegese, o
apóslolo faz. alusão à cicuncis'o e incircunciso alravés dos termos circunciso e incircun¢iso.
OvCOS que acircuncisão era parte integrantc da lci cerimonial. Porlanto, Pauio em 3.28 ao u_ar a
palavra lei releria-se alén da lei moral, tambénm a lei ccrimonial.
XIl. PARÁFRASE
análise lexicográica.
O objetivo da paráfrase é apresentar a teologia do texto em poucas palavras, e ha
morfológicas, sintática . Aparáfrase não é uma tradução literal melhorada, mas éuma
interpretação do texto. Enquanto a tradução literal éo reflexo fiel da morfologia e da
sintaxe, a paráfrase apresenta os significados mais remotos implicitos no texto. A
paráfrase éa apresentação da teologia do texto em umafrase.
Alguns princípios importantes devem ser observados para a construção de uma
boa paráfrase:.
teológicas encontradas na
Cada palavra deve ser substituída pelas implicações
pesquisa,
ou comentáios teológicos. A
d)| Näo imitar ou copiar paráfrases disponíveis em Biblias
idéjas alheias e
paráfrase deve refletir as idéias das análises realizadas, e näo
estranhas ao trabalho exegético;
informações novase
e)| A paráfrase deve ser umafrase de no máximo duas linhas, com
objetivas, refletindo a mesma sintaxe do texto, e poeticamente bem construída;
ação,
f) Deve-se parafrasear os verbos, explorando detalhadamente a sua qualidade de
tempo, modo, e voz;
g)l Deve-se parafrasear todas as palavras chaves que foram rabaihadas na anâlise
anteriores e dar uma boa estudada nas conclusões de cada análise, principalmente
laindaassim, a paráfrase parecer única no mundo teólogico, ela ainda podo cstar
certa.
TRADUÇÁO IDIOMÁTICA: "Estando por detrás, aos seus pés, chorando, regou-os com,
Suds iay1näs oS enxugou com seus próprios cabelos e beijou-lhes os pés.e os ungiu
COm ungüernio."
PARAFRASE: "Por detrás, aos seus pés, chorando continuamente, não parava de regá
los com suas lágrimas e enxuga-los com seus cabelos, e bejja va-os ardorosamente."
EXEMPLODE PARÁFRASE
54
PARÁFRASE
confiança em Cristo e
"Creinos que ohomem é declarado justo por meio da mosaicos",
mandamentos
nào pelos atos praticados em obediencia aos
idéias, utilizando
O propósito do comentárioteológico é fazer umaorganização de
e
se de argumentação do próprio texto e fora dele, para que, de uma maneira lógica
paráfrase.
canvincente, seja feita uma exposição detalhada do assunto enunciado pela
O coinentário teológico deverá ter um tema que resuma a verdade
do texto com
bílico:
bem
a) Depois de parafrasear otexto, chega-se àconclusões teológicas que jåestão
nitidas nas palaVras da paráfrase;
b) Com essas Conclusões em menle, deve-se fazer um breve comentário biblic0,
filosófiCOs, ao mesmo tempo provando suas idéias com textos bíblicos, E evidente
que, para este trabalho de sistemática, é necessário buscar auxílio fora do iexlo, pdis :
etc. Posso tambén trabalhar com argumentos éticos: Deus é bom e o homem é ma. ,
Posso usar idéias de textos biblicos paralelos para construir uma estrutura bíblica do
COMENTÁRIOTEOLÓGICO
Onosso comentário teológico eslá fundamentado no seguinte tema: Justificação pela Fé
Somente,
Martinho Lutero iraduziu Romunos 3.28 assim: "Concluimos, pois, que o homem é
justiicado pela fë somente, independentemente das obras da lei". Devido ao fato do acréscimo do
¿dvérbio "sonente" nessa tradução, Lutero foi severamente criticado, visto que a palavra "sola"
r'somente'") não consta no texto grego, e este acréscimo, segundo alguns, não podia ser tolerado.
Porém, essa critica não procede, pois osenlido que Luteroquis dar à palavra "somente" sintetiza de
lorna precisao que Paulo quis dizer: ésomente pela • que ohomem éjustiicado, enão pelas obras
da lei.
Para ternn05 uma comprccnsão inais clara de um versiculo blbico, é iupo ianie anaiisurmos
urimeiramente o contexto no qual o nmes1mo eslá inserido. No primeiro capílulo da nossa exegese
pi csilanus dadus uilonnativos sobre diversos aspeclos relacionados à Epistoia aos Roanos.
Agora faremos uma breve exposição do contexlo imediato no qual está incluido a passagem base
ira onosso trabalho, ou seja, Romanos 3.28.
Nos versiculos 1e 2 do capitulo 3 Paulo havia falado do privilégio dos judeus, visto que a
eles foram confiados os oráculos de Deus. Assin, pois, na perspecliva paulina era vantagm
ertencer ànação judaica, pois esla parlicipou de prerrogativas que não foram concedidas às outras
npções. Entre essas vantagens Pauloconsiderava de maior inportância o fato de que os israelitas
ejunguardiões dos oráculos de Deus'"
Diantc dessa realidade, Paulo utiliza-se de una pergunla no verso 9: Tenos nós qualquer
vhntagen"7, ou seja, os judeus são superiores aos gentios?O apóstolo responde que não, pois tanto
um quanto o outro são pecadores. Opecado éum falo uiversal, ou seja, que abrange todo o ser
hånnano. Assin, pois, podeos dizer que no versiculo 2 a vantagem dos judeus sobre os gentios
1efere-se aos privilégios deslrutados pot eles cono nação eleila; enquanto que a negação da
vntagen dos israeclitas sobre os gregos IO serso 9 relaciona-se com a posição do nbos diante de
TAus são vitinns do pecado.
1111111111 11111113010N003
57
Conlinuando a sua linba argumentativa Paulo apresenta 'seis citações do Velho Testamenlo
para cxpor a pecaminosidadc geral humana(v. 10-18).
No versículo 19 ele mostra que tudo o que a lei diz é direcionada aos que vivem na ei, a lim
de que o Mundo seja culpado perante Deus, No yersículo 20 ele alfirma que ninguém sera jsstibcado
por obras da lei, pois por meio da lei o pecado é conhecido, manilesto.
A partir do verso 21 o apóstolo comenta sobre um novo caminho pelo qual ohomem pode
ser aceilo por Deus. Esse caminho •oi testemunhado pela leí e pelos profetas, e é a justiça le Deus,
"a justiça mediante a f em Jesus Cristo" a qual éacessível a todos os que crêem (v. 22), "ppis iodos
pecarame carecem da glória de Dcus". Por esse novo meio judeus e gentios podem ser ju_lificados
por Deus de modo graluito pela Sua graça, sendo agraciados por causa da obra redentoralefeluada
por Cristo (y. 24). Cristo foi exposto por Deus como Aquele, cuja morle sacrilicial lez expiaçãoquede
nocse culpu, e afastou a ira ou rctribuição que merecíamos pela nossa rebelião conira, Deus.
Cristo conscguiu em favor do homem pode se toInar uma realidade mediante a fë (v. 2s) Alravés
dessa obra Deus manilestou a Sua justiça, por ler na Sua tolerância deixado, de lado os pecados
cometidos antes da vinda de Cristo (v. 25). Com isto, Deus estava mostrando a Sua justiça na
presente época; e essa demonstração mostra que Ele é justo e o justificador daquele que tÇm teem
Jesus" (9. 26).
Sendo assim, toda a jactância humana é excluída, não pela lei das obras, rmas pelo princípio
da fë (v. 27). Então, o apósiolo mostra, reiterando o que já havia alado anteriormente, a razão pela
qual a jactância éexcluida, ulilizando-se para isso da preposição yàp ("pois"): "pois (..) o homem
é justiicado pela lé,independenlemente das obras da lei(v. 28).
O verbo utilizado para justificar neste texto é SiKaLoioaL, Como vimos na análise
lexicográfica ele tem o sentido forense ou legal signiicando declarar justo", declarar judicialmenle
que alguém está enn harmonia com a lei
Quando Deus justifica uma pessoa Ele não a toma santa, reta, justa, assim como o juiz
quando iuslifica um indivíduo acusado ele não muda o caráer dele, 1ornando-o justo. avé
simplesmente declara que ohomem não éculpado, antes é relo nos termos da lei.O Senhotdeclara
em termns forenses que as exigências da lei, como condição de vida, eslão pienamente satisfeitas
comrelação åpesso a. Alravé_ da justilicação Deus declara o homem não penalmente cuipado e com
direito a todos os privilégios devidos åqueles que cunpriram plenamente a lei.,
Na justiicação, ajusliça de Cristo é imputada ao pecador, e não, nele infusa
A justificação não altera o real estado ou condição interior do homem, não
renovação espirilual, mas relere-se à situação do ser humano diante de Deus, tormandb-aproVuz uma
favorável.
Ela ocorre fora da pessoa.
A justificação é a aceitação humana perante o tribunal divino. É a
delerminada pessoa deve ser visla como sendo judicialmente justa Ajustihcaçãodeclaraçãode
que
é, pois, un ato de
administração legal que estabelece arelação de uma pessoa para coma lei.
A justificação éo Criador na posição de juiz. dizer que está satisfeito conosco devido a
de Cristo. jusiiça
Sendo assim, a justiticação é um alo complelo de Deus, que não se constilui em um
contínuo, mas tem efeitos plenos e inslantâneos. Quando o Supremo Juiz processo
justifica, deslrula-se
imediatamente e de mancira completla a situação justa que Ele conferiu através do alo declaratório.
0 verbo ulilizado para justificação no versiculo que temos por base
está na voz þassiva.
Porlanto, o honem, que éosujeilo paciente da oração, sofre a ação verbal do agente, indicjco pkis
que o honem équem recebco ato justilicador divino.
Como pode o honnem ser justificado?Oapóstolo Paulo responde a essa
uso´da Cxprcssão grega: tloTE, ("pela fé"). Esse ternno grego se pergunta atrayés do
caracleriza como um
instrumcntal, ou seja, através do uso desse caso é indicado o meio ou o instrumento através dodalivo qual
a ação verbal rcalizada,. A acão vcrbal é indicada através da utilização. do verbo
433J4333333331113111313
S8
SuKaLoÑO0au ("'ser justilicado"). Enlão, Paulo eslava mostrando que ajustificação é pela fé. Afe'
E, pois, v meio ou'o instrumento alravés do qual o homemé justificado.
A ë, como já foi colocado anleriormente, é uma confiança tolal na obra, méritos e
inerecinmentos de Cristo, renunciando assin loda a dependência nas ações humanas para alcançar a
bênção salvifica, e se apoiando, unicamenle nas promessas de Deus em Cristo. Ëuma aceitação da
bbra de Cristo e recebimento da Sua Pessoa. É uma auto entrega total à Cristo: E,um relacionarmento
de confiança enm Deus por intermédio do Seu único Filho.
Vale salientar que o texto não diz que o homenn é justificado por causa ou em virtude da fé,
mas pela fe". Mesmo a fë sendo um requisito indispensável para que o homem alcance a
justi•icaçião, cla não é a base ou o fundamento da justificação, se assim o fosse, seria uma obra
neritória, e, assin, o caráter gratuito da justilicação seria desleilo, pois, conforme vimos no
contexto imediato do versículo quc estamos trabalhando, ajustificação é provenienle da graça divina
(3.24),-tendo nela pois a sua fonte. Aprópria fé pela qual o homem éjustificado é um dom de Deus.
Eésios 2.8 diz: Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de
Deus." Filipenses 1.29 afirma: "Porque vos- foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não
somente de crerdes nEle".
Porlanlo, o homem não é justificado devido àsua l, pois isto acarretaria numa interpretação
da justificação como sendo proveniente de obras. A fé é simplesmente o meio utilizado por Dous
Através do qual ohomem estáapto a receber a justiça qué é a ele comunicada. A fë é o canal por
hieio do qual a justiça divina alcança o ser humano. Ela é o vínculo que' une a alma pecadora a
Cristo. Èa mão vazia estendida em direção ao Salvador, repousando unicamente nEle e em Sua
justiça Através do exercício da lë o honem expressa £ falência espiritual humana, e a sua integral
carência da ação salvilica divina. A lé é o instrumento escolhido por Deus pelo qual ajustificação
dlcança o ser humano.
Na pergunta e resposta de número 6l do Catecismo de Heidelberg ese assunto é tratado
dom muila competência.
"Por que airmas ser justo só pela f?
Não porgue agrade Deus pela digridade de minha fé, mas porque só a satisfação, justiça e
santidade de Cristosão minha própria jusliça diante de Deus, pois eu não posso recebê-la e aplicá-la
a mim de outro modo senão pela •é,9
Háuma ligação inquebrável enire aë e a graça, não podendo de forma alguma serem
desassociadas uma da outra Ronanos 4.16 aírma: "Essa éa razão por que provém da fé, 'paráque
seja segundo a graça...". John Stoll em concordância com essa posição afirma: A fé e a.graça estão
indissoluvelmente ligadas, uma vez que a única função da fë éreceber o que a graça livremente
ufeecen 30
A
`Ë, portanto, está fundanent ada na graça salvifica de Cristo.
A fé é a causa instrumental, não a causa eficiente ou meritória, pela quat nos áp1up1iatUS da
jstiça de Crislo, a qual é a única base da juslificação.
Em Romanos 3.25 Paulo airma: "A quem Deus' propôs, no Seu sangue, como propiciação,
mediante a fé, para mani•estar a Sua justiça ...". A expressão grega que étraduzida no texto
porluguês por mediante a fë é Gia miOTEOG, dia pisteos, a qual indica lambém que a f é omeio
insiruniental alravés do qual ajustiça de Cristo é impulada ao pecador.
Paulo assevera en1 Roman0s 3.30: *Vislo que Deus é um só, o qual justiicará, por f, o
cifcunciso e, mediante a fé, o incircunciso". Paulo utilizA-se nessa passagemn da expressão [K
ILOTEOS, ek pisteos, para mostrar a relação entre a lé e ajustilicação. A preposição [K Mostra que a
fë<ocasiona, e logicanenle precede ajuslificação, de sorte que esta tem sua origem na f.
29
i~t Cateeismo de Ileidelberg, p. 33.
(ohn Soll, / Cruz cle Cristo, ). 170.
59
Citamos esses dois úlinos tcxt0s ncipa Dara
colocados corroborando Romanos 3,28 mostrar quc nenhunm dos termos gre3Os all
da justiicação, pois isso transnitcm a idin de quc a fé sc
conslitui no lundbmento
acarretaria num
A Cxpressão. ða IEV NIOTV, dia parndoxo irreconciliávcl entre a graça eo mérilo humano.
cm todootexto lcn pistin ("'por conta da fe") não
neotcstamenlårio, aparece uma vez sequer,
A doutrina da justificação pela e &
passagcns das Escrituras Sagradas. lambém cnsinada pelo próprio apó_iolo Paulo em outras
En1Romanos 5.1 lemos:
nosso Senhor Jesus Cristo". "Justificados, pois, nicdiante a f, temos paz com Deus por melo de
A passagem de IHabacuque 2.4 a qual afirma que o justo viverå pela •ë" é citada três
.io Noo Testanicnto, a, finn de confirnar a
Romncs !.17; G£lalas 3.] l; Hebrcus justificação pcla •. Essas cilaçõcs encontranjosvezes em
que o homen1 piedoso (o justo) desfrutará10,38, O ayósiolo Paulo descobre, implicito na
elernamenle do favor de Deus (viverá), por promessa
conliante a Deus (que é o argumenlo de Habacuque
de
sua lealdade
no contexto), a
possibilidade de ser consideradoairmação
Téquc qualquer homem poderá ter a de que,é somenle pela
a vida. justo por Deus, e portahto ier
Paulo, leslemunhando em
justilicado de todas as cousas das Anticquia, fala o seguinte: E, por meio dEle, todo o
quais vós não pudestes ser justificados qu¢ crê é
13.38). pela lei de Moises (AL
Em Filipenses 3.9 Paulo diz a respeito da .
justiça que procede de Deus, baseada na ë". justiça (...) que é mediante a fë em Cristo, a
Fazendo um conentário sobre essa passagem William
Hendriksen alirma:
A fé éo agente apropriador, a mão
Deus. Se a única justiça que tem valor diante estendida
de Deus é
para receber a livre graça de
a justiça de Cristó, imputada
ao pecador comoo dom graluito de Deus, é
claro,
de oblê-la é pelo alo de aceitá-la (um dom não se pois que a única maneira possfvel
pode ganhar
aceitar ou receber - gratuilamente) unicamente pela f, isto- é,trabalhando -, senão
conlia1le no Doador, e, porlanto, também em Sua Palavra. OUngido pela apropriação
e Deus éo
próprio objeto desla lé simples e pura ..31
RussellP. Shedd comentando também esse versículo afirma: "Se
justiça própria e recebemos aquela oferecida por Deus pela fé renunciamos toda
precioso de todos os valores 32 mediante a fë n'Ele, garantimos o mais
A justilicação pela l» é uma doutrina que tenn
lambém fundamentada. suas raízes no Velho Testamento, estando ali
A respeito de Abraão Gênesis 15.6 afirma:
Elecreu no Senhor, e isso lhe foi
justiça". Esse texto é alyo da referência paulina em Romanos 4.3, 9, 22 e Gálalas 3.6 ainputado para
fim de provar
que o homcn é juslificado pela l, oslrando que essa
uma verdade velerolesl annenlária. A expressão doutrina não é uma invenção humana, mas
"impulado
Abraão loi lão valorosa a ponto de ser considerada comopara jusliça" não quer dizer que a fe de
Novo Teslamento refula qualquer concepção que alribu£ mérilo merecedora ou aquisitiva de justiça. 0
Janes Packer no scu liyro Voilbulos cde Deus nos auxilia à.
versícuio alirnando: bastanle na compreensão desse
Quando Paulo cilou esse versiculo, o qual ensina ue a lè de Abraño lhe 'foi
impulada (..) para justiça' ...) o que cle queria que enlendêssemo0s
tolal depcndència na promnessa divina (v. 18ss)- foi o era.que a fë -a
motivo e o meio daquela
31 willinn Hendriksen, 2ijenses, . 2 14.
M RussellShedd,
legrai-yos nO Senhor: (Una lENposição de lilipenses, 1). 89.
G0
justiça tcr sido inputada a Abrado. Paulo não estava sugerindo que a fe,
considcrada conno retido cu como substituta da retidão, fosse a base da
justificação: a discussao de RomanOs 4 não versa sobre a base da justificaço, e,
si, sobrc o meio de asscgurá-a.
Relornando a Romanos 3.28, perccbcmos que a continuação desse versiculo conlirma a tese
d¢que afé não éobra meritória. Paulo alirna xoplç pyaðv vóuou ("'sem obras da lei").
Os judeus e judaizantes da época de Paulo advogavam que ajuslificação era pelas- obras da
lei, scndo ncccssária a submissâo não unicamenie à lei moral, mas também a elemenlos da lei
corinsonial, tais como a observância de rilos e prálicas como a circuncisão, a lavagem de mãos e
cypos, o uso de filactérios, a fim de que olhomenn pudesse obter a aceilação divina.
Paulo, cnão, coloca lorlemente o seu posicionamento em oposição à id¿ia judaica, alravés
dos termos Xoplg pyov vónou ("sem obras da lei").
O uso da preposição xopls, ("'scn") designa que a justificação é plenamente à parle das
obras da lei, estando separada dela, ou seja, não tem asua origem ou proveniência nas obras da lei,
açontece de modo desvinculado à alos de obediência à lei mosaica. As obras da lei, as quais são
lejtas à parte da ë e da graça, e impelidas pelo medo da punição da lei ou pela esperança de
recompensa, são inúteis no que diz respeito àjustilicação.
O único momento na história humana em que o homem pôde ser justificado através da
obediência à lei loi no Jardim do Éden antes da manifeslação do pecado.
A Biblia Sagrada nos inlormaque Deusordenou expressamente ao h0mem que não comoosc
do fruto da årvore do conhecimenlo do bem e do mal, sob pena de morte (Gn 2.16-17). O ser
humano, noenlanto, desobedeceu ao Seu Criador, comendo do fruto proibido, pecando assim contra
Deus (Gn 3.6). Como resultado da sua transgresão, os nÍssos primeiros pais calram do seu estado
de retidão original, tomaram-se culpados, morreram espiritualmente, perdendo assim a comunhäo
com Iavé, e foran corrompidos em loda a sua natureza.
Devido ao fato de Adão ser o representante legal da humanidade, o' pecado dele foi imputado
à toda a sua posteridade que dele procede por geração ordinária, resultando no estado de pecado
uiversal, ou seja, todos os homens sob a condição de pecadores (1 Rs 8.46; SI 51.5; Rm 3.23).
Mas, as conseqüências da queda adâmica não se resumiram unicamente a isto. A humanidade
tanbém ficousob estado de culpa, morreu espiritualmente ese tomou possuidora de uma'nalureza
corrupla ou depravada.
A corrupção original herdada pelo homem édenominada na teologia reformada de
depravação tolal, pela qual a crialura humana foi afetada em todas as partes da 'sua natureza, nas
su¡s faculdades tanto do corpo quanlo da alma, tomando-s inapla à prática de qualquer bem
cspuitual que glorifique e honre a Deus, que seja merecedor da Sua bendita aceitação e aprovação, e
que esteja àallura das exigências da Sua lei; estando, assim, inteiramente incapaz, adversa e
inibilitada ao exercício do bem einclinada åtodo omal (Rm 5.12; Er 2.3; Gn 6.5; SI 58.3; Jr 17,8:
M15.19; Rm 3,10-19, Rn 7.18, 23). Desla corrupção original procedem todos os pecados atuais
(E2.2, 3;Tg 1.14, 15).
Dianle desta realidade trágica, não podemos adnmilir nnhuna possibilidade do homem ser
justilicado pelos seus feilos em submissäão à lei. Deus lolalmente santo e justo,e a Sua leirevela o
Seu caráter. Para que Deus pudeso justificar o homem pela observância da lei, esse tinha que
obedecê-la en todos os seus mínimos detalhes, sem transgredir em um só aspecto. Porém, como
yirnos acina é impossível o homem obedecer lotalmente à lei divina, visto que esse se encontra num
esthdo de depraväção tolal. O honem em sua natureza se opõe à lei e é rebelde para com os seus
preceitos. Oprazer do ser humano pecador não é ser submisso à Deus, mas sim, satisfazer os seus
prcprios desejos e apetites carnais.
Reafirmaumos, porlanlo, que a justificação éîrulo, não das obras humanas eleluadas em
obediencia à lci, mas sin, da graça divina, pois pela graça a redenção foi efeluadapor Crislo, e o
piccador pode apossar-se dos seus beneficios, por inlermédio da fé.
Vale ressaltar que uma justificação pelas obras ofende ajustificação peia graça, uma vez que
selé pela graça, obviamente não pode ser pelas obras, pois estes dois elementbs não podem existi
junlamenle como fonle da justificação. Graça significa favor imerecido. Se a justificáção acontece
pglas obras da lei, essa bênção salvifica seria algo merecido para aquele que pralica alos que tentam
conformar-se à lei, não sendo, portanto, pela graça. Em virtude da justificaçãobiblica ser pela graça,
as obras da lei não tem nenhuma capacidade justificadora, e não possuem nenhuma influência na
justilicação.
John Sloll no seu livro ACruz de Crisio comenla oseguinte sobre Romanos 3.28:
O motivo de ele ter escrito 'pela le', independentemente das obras da lei
era excluir totalmenle as obras da lei, deixandoa fé como único meio da
justificação. E Paulo já apresentou seu motivo no versículo anterior, a saber, a
fim de excluir a jactância Pois a menos que todas as gbras, méritos, cooperação e
contribuições humanas sejam duramenle excluídas, e a morte de Cristo, que leva
o pecado, seja vista em sua glória solitáia como o único fundamento de nossa
30
justificação, a jactäncia não pode ser excluida
Romanos I1.6 mostra claramente a oposição entre graça e obra nessa perspectiva que
estamos abordando: "E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrårio, a graça já não é graça".
Sendo a graça umn •avor imerecido ela jamais incide em dívida. Em Romanos 4.4 o apóstolo
Paulo faz uma distinção entre o dom da graça eo salário da divida. Quando algum bem é concedido
como pagamento de uma diida não se constitui em graça, mas numa obrigação. Se a justificação
fosse pelas obras, ela não seria pela graça, mas sim, uma recompensa ivina ao homem.
Ohomemn que busca ser justificado pela obediência à lei decaiu da graça (GI 5.4), ou seja, ele
rhunciou os meios graciosos de salvação en iroca de um meio que só pode resultar em condenação.
Se algum /ndivíduo pudesse ser justificado pela lei, a morte de Cristo teria sido vã (GI 2,21).
A f» e as obras no que diz respeilo àjustificação também são conceitos totalmente opostos,
n¯o podendo ser vinculados, visto que a característica da f» é que ela se apoia somente em Cristo e
em Sua justiça, enquanto que as obras se firmam nos seus próprios méritos para alcançar a
ju_tiicação. O apóstolo Paulo também mostra na sua carta äos Gálatas o antagonismo, existente
edtre a fé e as obras no que diz respeito ao alcance da justiñicação: "E é evidente que, pela lei,
nihguém éjustificado diante de Deus, porque o justo viverápela fë" (GI 3.11).
John Murray afirma:"A fëéposta em oposição às obras, não pode haver nenhum amálgama
destes dois eiementos?2 Então, quando fala-se em justificação peia îà somenie, consequeniemene
dsscarta-se qualquer possibilidade de justihcação pelas obras.
Comentando Filipenses 3.8-9a William Hendriksen alirma: "Enquanto una pessoa se
conserva apegada à sua própria jusliça, mesno num grau ínlimo, ela jamais gozará a plena justiça de
Cislo. As duas (justiças) não podem, de modo algum, andar junlas. E necessário que uma seja
plenamenle renunciada antes que å outra seja plenamenle possuída*
Por meio da lei, então, ningunn pode ser justilicado. Não que a.lei de Deus seja ou tomou
se imperfeita devido ao pecado do lhomem, mas porque o ser humano na sua presente condição não
pode alender as allas reivindicaçõcs da lei.
O apóstolo Paulo é extremamente lransparenle na sua alir1nação concemente a esse tema, a
qual está regislrada lambém cem Romanos 3.20, texlo jå alvo de referência nessa exegese: Visto que
ninguéin serájuslificado diante dEle por obras da lei, cn raz~o de que pela lei vem o pleno
o Juln Slol, 4 Cruz de Cristo, pp. 170, 171.
John Murray, Redunção Consumaa e Aplicada, p. 145.
3R Willian Jlendriksen, Tilipenses, p. 2 3.
conhecinnenlo do pccado". A
(Rm 7.7) c conduzir o omemSinalidade da lei. Dortanto. é
a Cristo (Gi 3.24), Aleirevelar o pecado, lornando-Q conhecido
o
porm asubinissão a cla não tem poder revela pecado, fazendo-o conheçido,
justificador
A verdade de que i justificaço é pela fë, cn1 relação ao ser humano.
independentemente das obras da lei é lambém
ressallada pelo apóstolo Paulo em Gálatas 2.16: "Sabendo, contudo, que o
Jesus, tanbém temos crido emhomem
por obras da lei e sim mediante a Cé em Cristo não éjustifiçado
fösscnos justificados pcla f em Cristo e não pÍr obras da lei, pois, por Cristo Jesus, para que
justilicado". obras da lei, nínguémser,
A Confisso de ré de
valiosas sobre cSse assunto. Westinster no seu capítulo XI, parágrafo I nos traz
informa;Qes
Deus nao os justilica cm razão de
imas Soniiüle encOnsideração da obraqualquer coisa neles operada ou por eles leita,
de Cristo; não Ihes impulando como justiça a
própria fë, o alo de crer, ou qualquer outro alo de
obediência evangélica, 'mas
impulando-Ihes a obediência e a salislação de Cristo, quando
irmam eles o recebem e se
nEle pela fë,lë esta que possuem não como oriunda de si
mesmos, mas
como dom de Deus.
justificado unicanmente pela f; e Tiago enfatizava que fe, que nã produz boas obras é morta, e não
just1lica. A lë justilicadora produz boas obras.
Eimportanle tambén1 ressaltarmos que as obras referidas por Tiago não são as mesmas a
respcilo das quais Paulo comenta. O primeiro usa somente a palavra "obras", o segundo sempre
tiliza 'obras da let ou "obras dc lei para mostrar que os homens não podem ser alravés delas
justificados.
Lutero afima:
Ele (Paulo; chama obras, as obras da lei que algu¿m faz à parle da f» e da
graça, e aquilo a que a lej impele pclo medo da punição ou pela ilusória promessa de
rocompensa lemporal. Mas obras de fë, ele chama as obras que são feitas no espírilo
de liberdade e só [vindas, n.t.] do amor de Deas. Isso só pode ser feito por quem foi
justificadopela fë. As obras da lei, entrelanto, en1 nada contribuem para ajustificação;
na verdade, eias são um eslorvo porque impedem alguém de ver a si mesmo como
injusto e necessitado da justificação.'2
Quwndo Tiago diz que "uina pcssoa é justificada por obras, e não por fë somente" (2.24), as
bbras que ele se refere são as "obr as da fe", que são resultado de una genuina k, o manifcstaçãm da
nesna. Isso não contradiz Paulo, pois a fé mediante a qual o homem é justificado é a fé que atua
belc annor(G! 5.6). A justiicação pelas obras" conforne Tiago confima a justificayv peia î"
pregada por Palo.
As obras que são excluidas da justificação por Paulo não são aquelas que se constituem em
evidêncin de uma f» genuina e frulifera, mas sin, as que, plenamente ou em parte, reivindicam 'ser a
causa meritória da justiicação. Essas obras são colocadas à.parte. porque implicariam numa
imperfeição da obra de Cristo, e dariam ao :omem razão para gloriar-se perante Deus.
É1elevante destacarmos tanbém que a utilização do termo "justiicar" pelo apóstolo Paulo
em um sentido diferente da utilização do mesmo vocábulo por,Tiago.Como. vimos, justificar" em
Paulo ten por signiicado declarar justo", ou seja, "ser aceito por Deus como justo".
Quando Tiago afirmouque Abraão foi justificadopelas obras ao oferecer Isaque sobre o altar
(2.21). ele não está negando que Abraão recebeu a justifcação. muito antes desse fato, segundo
Gênesis 15.6. O aspecto enfatizado por Tiago.é que "pelas obras que a fé se consumou" (2.22). ou
seja, a ação de Abraão em oferecer Isaque sobre o altar revelava que a f pela qual o palriarca foi
justiicado era verdadeira.
A palavra justificar enn Tiago, conlorme jå loi colocado na análise lexicogråfica, tem o
sugnilicado de "ser provado ou demonstrado justo, enm relação às reivindicações feitas em favor de si
mesmo". Conforme Tiago, un1 individuo érealmenle justificado quando o sen viver atesta da aue ale
possuio tipode fé viva e operanle que lhe garant a aceilação divina
Então. podemos perceber que Paulo eslava lalando-da justilicação diante de Deus, enquanto
que Tiago estava falando da justificação diante dos homens. Tiago 2.18diz: "..mostra-me essa (ua
ësem as obras. e eu, com as obras, te nostrarei a ninha fé"
Portanlo, a fé sendo genuina resultarå numa prolunda 'transformação interna no justiicado. A
evincula o cristão àCristo; essa união resuila em transfomação interior (2 Co 5.17).
Eslando vestido da justiça de Cristo o crenie éexortado a se comportar de acordo com o
daráter doseu Senhor (Ap l9,18). Ë algo incoerenle dizer-se revestido da justiça de Jesus,e viver de
tyodo indigno. Aqueles que estão vestidos da justiça de Cristo buscarão a purificação, tendo o
estre cono exemplo (1 Jo3,3).
Una fé viva nroduzirá obras (Tg 2.26), tal jual uma årvore viva produzirá frutos. A fé ¢
jstificada e aprovada pelas obras (Tg 2.18), assim como o estado de saúde das raizes duma boa
4
Citudo por Anthony llockcma, Salvos px la (iuçu, p. I68.
'65
árvore é indicado pelos frutos. A fé é
resullado da f, a prova da é, a aperleicoada pclas obras (Tg 2,22). As obras pois sÃo 9
consumação da fé.
Calvino afirmou: Ésó a •ë que justifica, mas a •ë que justifica não eslá só".
Lutero asseverou: A fé é viva, poderosa en suas operações, valente e forle, serpre
realizando, sempre frutificando; de modo que é impossível que aquele que é dotado de le na0
produza sempre boas obras (..) pois essa é a sua
Ocrislão éjustificado somenle por meio natureza".*"
da fé, nas a •é justiicadora verm acompanhada de
boas obras. As boas obras portanlo não são a causa ou
realidade dela. razão da justificação, mas a evidncia da
Descjamos encerrar a nossa
roc1llaráh na ohediÇncia e a iustificacãoargumentação
com uma cilacão de Charles Eerdman: .. A le
redundará em viver santo. mas a verdade de que a juslilicáção
pela l somente é a própria essncia do
Cristianismo"
VX.COMENTÁRICO HOMILÉTICO
pode ser expositivo, ou textual. Deve haver um esforço na tentativa de expor, de forma
prática, toda a verdade trabalhada no texto até agora.Éimportante lembrar que, no
Comentario nomiltico, o sermão deve ser limitado apenas às idéias do texto analisadp,
não sendo interessante, portanto, trazer idéias paralelas de outros textos, pois o trabalho
Citado por W. Rolberl Godfiey, "Calvino e oCneilio de Trento", Jornal )s Puritanos,p. 15.
4 Citado por J. I. Packer,
Vocibulos de Dens, p. 122.
45 Clrles lirduan,
Comenthrios de Romonos, p. 50.
6C
COMENTÁRIO IOMILÉTICO
Texto: Romanos 3.28
Introduçãc
Durante oséculo XVI viveu na Alemanlha um homem chamado Martinho Lutero, o gual ers
monge agostiniano.
Aquele indivíduo, apesar da sua religiosidade, enfrentava um grande conflito interior. Uma
ser justo para com
pergunta estava constantenente no seu pensamento: "Como pode o homem
Deus"?
Komana, a
El cmprcendeu várias lentativas, conforme os ensiinarnenios du igreja Caóiica
boas obras, jejuava, orava, dormis
Sm de conseguir a paz de espirito que ianlo anelava. Praticava
eslorços foram inúteis
sobre o chão duro, subir de joelhos una escadaria em Roma; porém, seus
Estava cada vez mais cônscio da escuridão e das trevås do seu próprio coração e da absoluta e
consciência
indizível justiça e sntidade de Deus. Seu senso de pecado era muilo profundo e a sua
era intranqüila.
Certa vez ele abriu a Biblia cm Romanos1.16, 17. Vendo a palavra justiça" Luterg foi
como sendo a
tomado pela depressão que tanto o alormentava, visto que entendia esse vocábulo
assim tratar-sE
justiça punitiva de Deus, alravés da qual os pecadores recebiam a punição, indicando
de juizo.Continuando a esludar o tcxio, a luz do Evangelho irradiou o seu coração. Ele percebeu que
aquela
a justiça falada por Paulo não era a jusliça que levava Deus a pnir os pecadores, mas era
retidão pela qual, através da graça de Deus, Ele nos justifica pela f. Era a perfeita justiça que Deus
graciosamente alribuia ao pecador, e que esse aceitava pela f.
A parlir daquele instante Lulero não ieve mais que buscar a aceitação divina em suas próprias
verdadeiro
obras, e à yà inlerior que lanio desejava inundou o Seu ser, pois descoorira o
significado da justificação e tornara-se parlicipante desta bênção.
Elucidação prOvavelmente em
A Epistola aos Romanos foi cscrila pelo apóstolo Paulo (Rm 1.1) mui
missionária.
Corinto no ano de 57 d.C, ao fnal de sua lerceira viagem
AEpístola, como o scu próprio nome indica, édestinada à Igreja de Roma (1.7:
1.15), a quai
cra constituída de cristãos gentivs e judeus.
Uma das probabilidades apresenladas sobre a origem dessa Igreja é que ela foi fundada por
e foram
alguns dos judeus e prosélitos que parliciparam do Dia de Pentecostes em Jerusalém,
convertidos ao Cristianismno.
Paulo teve como um dos propósilos ao escrever Romanos pedir aos crentes o apoio e
(1S.24
patrocinio no seu empreendimento de contunuar a obra missionria trabalhando na Espanha
29). pode
Oulro propósilo de Paulo em Romanos lalvez. esteja relhcionado ao falo de que Paulo
entre membros da
ter ous ido coentários a respeilo de algunas dificuldades nd relacionamento
capltulo l4).
igrcja, e proc1ro Corrigi-las na scção élica de sua epistola (especialmente no
67
Oulro intenlo do autor de Romanos oi apresentar de forma detalhada uma vasla declar
açäo
conlendo seus posicionamenlos doutrinários, e ex)or um panorama amplo e sislemático do
do cristianismo. âmago
O versiculo que temos por base compreende a secão que abrange o
verslculo 21 ate
versiculo 31 do capitulo 3. A partir do versiculo 21 Paulo fala sobre um novo caminho
ser humano pode ser justificado por Deus. Esse caminho foi pelo qual 0
alvo do testemunho da lei e dos
prolclas, e é ajustiça de Deus, a qual acessível a todos os que crêem (v. 22). Por esse novo meio
judeus e gentios podem ser justificados por Deus'gratuitamente pela Sua graça, sendo
agraciados por
causa da obra redentora de Cristo (v. 24). Sendo assim. toda a jactância é excluída pelo
lë, não pela lci das obras(v. 27), pois (...) o homem é justificado pela •é,
prncipiq da
ODras aa lei (v. independentemente
28). Tèndo isSO em vista desejanos mcditar sobre o seguinte tema:
das
Conclusão
Desejaumos concluir esse pcqucno comenlário homilélico com a declaração feila pelo teólogo
relormado Anthony Hoekemia:
Ainda que justilicação seja uma obra da graça de Deus (...) não é sacrificando
Sua justiça - entendendo por justiça a retidão de Deus, o alribulo pelo qual Ele faz
lodas as coisas justa e cerlamenle. Não há conllilo em nossa juslificação entre a
justiça e a graça de Deus, unna vez que ambas se encontrmn na cruz de Cristo. Deus
providenciou osacrificio (pela graça) e Cristo suportou a penalidade pelos nossos
pecados (satislazendo Sua justiça).*
XV, CONCLUSÃo
EXEMPLO DE CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Neste nosso trabalho, atravs do exame das Escrituras
puueIus ver ciaramente a verdade bíblica a respeilo da doutrinaneotestamentárias na lingua gega,
da justificação; ainda que, não de
ivir uui ungenie e eruito, mas, com ênlase em alguns
abordagem sadia do assunto. aspecios que são indispensáveis para uma
Acreditamos ser fundamental termos uma compreensão correta a respeito desse
lena soteriológic0. Se a Igreja tiyer um entendimento import¡nte
errôneo sobre a justificação, ela estará em
condições doutrinárias bastante dificeis, e poderácompromeler outras áreas da
Se, contudo, ela possuîr uma interpretação que soteriologia cristã.
no estudo de outros elemenlos da teologia corresponda à verdäde biblica, poderá desenvolvet-se
sistemática, játendo uma base sólida em que se apqiar,
possundo, assim, elemenlos norteadores, para que, com o auxílio do Espirilo Santo, possa ter
posicionamentos verdadeiros concermenles à doutrinas que estão situadas no vasto \can1po da
teologia sistemálica.
Alravés da argumenlaçãð exposla nesle trabalho, algumas verdades da Palavra de
ficarann bastante claras. E desejamos aproveilar essa Deus
oportunidade para apresentamos carater
retrospelivo algumas. realidades escriluristicas que foram por nós enfocadas em
Exegese, que se fundametou ra Epistola de Paulo aos no decorrer dessa
oito. Romanos, capítulo três, versículo vinte e
Vios que a justilicação
Senhor ó impu!ada a0 pecador c elesignifica
una declaração judicial divina, pela qual a justiça do
é declarado justo por Deus, sendo, pois,
lendo assim, direito a todos os privilégios resultanles da aceito diante de iave,
bênção da
porlanto, não se trata de uma renovação espiritual, através da qual o justificação. A justiicação,
Justo, mas consiste emuma sentença de natureza indivíduo é feilo ou tomdo
legal, pela qual, Deus, unicamenle pela Sua liyre e
soberana graça, declara quc o honenn é justo, ou seja, que todas as
no transgressor estão plenamente satis(eitas, reivindicações da lei em relação
passivel de pena, mas como justo e con direito sendo esse visto por Deus não m¡is como injusto
a lodos os privilégiosdevidos àqueles que e
guardarm
70
BIBLIOGRAFIA
Todo material consultado, quer seja citado ou não, dev aparecer na bibliografia.
ABNT..
No restante, deve-se seguír as regras da