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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS


INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

BRUNNO VINICIUS DA SILVA VIANA


CAMILLA XIMENES SILVA
MARCOS VINICIUS DE PAULA
REGINA FRANCISCA DE OLIVEIRA

EVIDÊNCIA DE AUDITORIA UMA ANÁLISE CUIDADOSA DAS


DIRETRIZES E PROCEDIMENTOS SUBSTANTIVOS E ANALÍTICOS
PARA COLETA DE PROVAS SUFICIENTES E ADEQUADAS PARA
FUNDAMENTAR O JULGAMENTO DO AUDITOR

Trabalho entregue à Universidade Federal de Mato


Grosso, como requisito para avaliação na
disciplina de Auditoria, sob orientação do Prof.
Dr. Aloísio Rodrigues da Silva.

Rondonópolis – MT
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 3
1.1 Tema / Problema ............................................................................................... 3
1.2 Justificativa ........................................................................................................ 4
1.3 Objetivos da Pesquisa....................................................................................... 4
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 5
1.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 5
1.4 Hipótese ............................................................................................................ 5
1.5 Metodologia da Pesquisa .................................................................................. 5
1.6 Delimitação do campo de estudo ...................................................................... 6
1.7 Organização Lógica da Pesquisa ...................................................................... 6

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................ 7


2.1 NBC TA 500 (R1) – Evidências de Auditoria ..................................................... 7
2.1.1 Procedimentos de auditoria para obtenção de evidência de auditoria .............. 8
2.2 NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens
Selecionados ............................................................................................................. 11
2.2.1 Estoque ........................................................................................................... 12
2.2.2 Litígios e reclamações..................................................................................... 12
2.2.3 Informações por segmento.............................................................................. 13
2.3 NBC TA 505 – Confirmações Externas ........................................................... 14
2.4 NBC TA 520 – Procedimento Analíticos.......................................................... 16
2.4.1 Procedimento Analíticos Substantivos ............................................................ 17
2.4.2 Procedimentos analíticos que auxiliam na formação da conclusão geral ....... 18
2.4.3 Exame dos resultados dos procedimentos analíticos...................................... 18
2.5 NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria ....................................................... 19
2.5.1 Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens testes. ........................... 19
2.5.2 Execução de procedimentos de auditoria ....................................................... 20
2.5.3 Natureza e causa de desvios e distorções ...................................................... 20
2.5.4 Projeção de distorções .................................................................................... 21
2.5.5 Avaliação do resultado da amostragem em auditoria ..................................... 21

3 CONCLUSÃO ................................................................................................. 22

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23
3

1 INTRODUÇÃO
Este trabalho busca através da análise das normas brasileiras de
contabilidade ligadas a Auditoria Contábil, aprofundar especificamente nas
evidências que venham a regulamentar o julgamento do auditor.
As evidências de auditoria conterão as informações utilizadas pelo auditor
para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião e seu relatório.
As evidências têm o objetivo de auxiliar o auditor a organizar adequadamente
seu trabalho, obtendo as evidências a partir de procedimentos de auditoria
realizados durante a execução de seu trabalho, fundamentando e sustentando os
relatórios e conclusões do auditor.
Sendo hoje a auditoria uma ferramenta essencial nas organizações para
controle administrativo, os principais procedimentos relacionado as evidências de
auditoria: confirmações externas, procedimentos analíticos, amostragem, serão
apresentados nesta pesquisa.

1.1 Tema / Problema


Sendo o objetivo do auditor conseguir evidências suficientes e apropriadas
para possibilitarem uma melhor análise e conclusão para fundamentar a sua opinião,
segue de acordo com o a norma o que são as evidências de auditoria:

Evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo auditor


para chegar às conclusões em que se fundamentam a sua opinião. A
evidência de auditoria inclui as informações contidas nos registros contábeis
que suportam as demonstrações contábeis e informações obtidas de outras
fontes. (Alterado pela NBC TA 500 (R1)) (CFC, 2016, p. 2, grifo do autor)

Logo, o que consta nesta norma brasileira através da NBC TA 500 (R1) são
definições de:

[...] o que constitui evidência de auditoria na auditoria de demonstrações


contábeis e trata da responsabilidade do auditor na definição e execução de
procedimentos de auditoria para a obtenção de evidência de auditoria
apropriada e suficiente que permita a obtenção de conclusões razoáveis
para fundamentar a opinião do auditor.

Ainda de acordo com esta mesma norma, nos traz o papel do auditor
relacionando as evidências de auditoria em seu papel:
4

O objetivo do auditor é definir e executar procedimentos de auditoria que


permitam ao auditor conseguir evidência de auditoria apropriada e suficiente
que lhe possibilitem obter conclusões razoáveis para fundamentar a sua
opinião. (CFC, 2016, p. 2)

Sendo uma realidade hoje em que os esquemas de fraudes são realizados


cada vez mais cuidadosamente e mais sofisticadas cabe ao auditor constantes
prevenções, atualizações em seus métodos e técnicas para buscar evidências e
procedimentos que melhores se aplicam em cada situação e que possam melhor
embasar seu julgamento, portanto nesta pesquisa temos o seguinte questionamento:
Quais são os principais métodos e procedimentos em relação as
evidências de auditoria para melhor embasar o julgamento do Auditor?

1.2 Justificativa
No Brasil, no decorrer do tempo sempre estamos tendo vários casos
divulgados em mídia referentes a fraudes na contabilidade de várias empresas, seja
de porta grande, médio ou pequeno.
Diante deste cenário, percebe-se o quanto é importante o estudo e
aprofundamento nas evidências de auditoria para que o auditor possa evitar
distorções e riscos em seu julgamento.
Conforme já citado neste trabalho, sabe-se que as análises evidências de
auditoria nas demonstrações contábeis são procedimentos executados de
responsabilidade auditor, diante desta relevância da responsabilidade do auditor,
cabe o estudo constante e aprimoramento, relevantes discussões, atualização e
acompanhamento nas normas brasileiras de contabilidade, especificamente as de
auditoria, para que possa embasar o julgamento do auditor, evitando o máximo de
riscos na auditoria.

1.3 Objetivos da Pesquisa


Para realização desta pesquisa foram determinados: o objetivo geral, com
perspectiva ampla do estudo e os objetivos específicos, que indicam formas para
alcançar o objetivo geral.
5

1.3.1 Objetivo Geral


Estudar as NBC’s TA relacionadas a Evidência de Auditoria para melhor
compreensão de sua aplicação na área de auditoria contábil.

1.3.2 Objetivos Específicos


Esta pesquisa tem os seguintes objetivos específicos:
 Aprofundar os conhecimentos das NBC’s TA 500, 501, 505, 520 e 530.
 Melhor compreender a aplicação destas normas na área de auditoria
contábil.
 Identificar os principais métodos e procedimentos de auditoria
evidenciados pela norma.
 Conhecer particularidades de evidências de auditoria já destacados na
norma.

1.4 Hipótese
Presume-se que as NBC’s TA relacionadas a evidências de auditoria nos
trazem os melhores procedimentos e técnicas para chegar as informações
apropriadas para facilitar a identificação e elaboração do relatório de julgamento do
auditor.
Entretanto acredita-se que devido a constantes mudanças tecnológicas, leis,
normas, e outros fatores que afetam dinamicamente o meio contábil, será necessária
constante atualização e adaptação desses métodos/procedimentos utilizados pelo
auditor, de acordo com o cenário em que ele estiver aplicando o seu julgamento.

1.5 Metodologia da Pesquisa


A metodologia da pesquisa dispõe procedimentos metodológicos que melhor
direcionem a investigação dos objetivos.
Neste trabalho destaca-se dentro tipologias da pesquisa, a pesquisa
exploratória e pesquisa bibliográfica, conforme melhor caracterizado abaixo:

A caracterização do estudo como pesquisa exploratória normalmente ocorre


quando há pouco conhecimento sobre a temática a ser abordado. Por meio
do estudo exploratório, busca-se conhecer, com maior profundidade o
assunto, modo a torna-lo mais claro e construir questões importantes para a
condução da pesquisa. (BEUREN, 2006, p. 80)
6

E a pesquisa bibliográfica:

A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,


constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase
todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há
pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.
Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas
bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se
propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também
costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes
bibliográficas. (GIL, 2002, p. 44)

1.6 Delimitação do campo de estudo


A pesquisa será realizada no estado de Mato Grosso, município de
Rondonópolis, que está localizado na região Centro-Oeste.

1.7 Organização Lógica da Pesquisa


A estrutura deste trabalho é dividida em 3 capítulos.
No primeiro capítulo contém o embasamento da pesquisa, ou seja, a
introdução, tema/problema, justificativa, hipótese, metodologia, delimitação do
campo de estudo e organização lógica da pesquisa.
No segundo capítulo será a fundamentação teórica da pesquisa, baseada em
diversos autores, focando nas principais NBC’s TA: 500, 501, 505, 520 e 530.
No terceiro e último capítulo a conclusão do trabalho, com os mais relevantes
entendimentos da pesquisa.
7

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo serão abordados a fundamentação teórica referente ao tema
principal e outros assuntos ligados a este, baseando-se em referencial teórico de
diversos autores, possibilitando uma melhor orientação e visão global ao leitor do
que está sendo abordado nesta pesquisa.

2.1 NBC TA 500 (R1) – Evidências de Auditoria


Resumidamente a NBC TA 500 (R1) nos traz as evidências de auditoria que
embasam e fundamentam o julgamento do auditor, relacionado a contabilidade, com
normas subsequentes para casos específicos. Sendo papel do auditor conseguir
evidências apropriadas e suficientes para fundamentar as suas conclusões.

A evidência de auditoria é necessária para fundamentar a opinião e o


relatório do auditor. [...] também pode incluir informações obtidas de outras
fontes, como auditorias anteriores ou procedimentos de controle de
qualidade da firma de auditoria para aceitação e continuidade de clientes.
(CFC, 2016, f. 4)

O trabalho do auditor consiste em obter e avaliar as evidências da auditoria


para formar sua opinião. Logo, existem vários procedimentos para se obter essas
evidências de auditoria. Assim como esta norma nos traz as evidências de auditoria
na auditoria de demonstrações contábeis o autor Longo (2011) nos traz estes
mesmos procedimentos através de vários testes efetuados as principais evidências
de auditoria:

Evidências de auditoria, envolvendo vários testes efetuados pelo auditor


independente:
 Inspeção;
 Observação;
 Confirmação externa;
 Recalculo;
 Reexecução;
 Procedimentos analíticos; e
 Indagação. (LONGO, 2011, p. 195)

Ainda de acordo com este mesmo autor, sobre o objetivo da norma:

O objetivo dessa norma é discutir evidências de auditoria que o auditor deve


obter para conseguir fundamentar de forma apropriada e suficiente sua
opinião sobre as demonstrações financeiras.
Requisitos relacionados com a evidências da auditoria:
 Adequação e suficiência;
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 Informações a serem utilizadas como evidência de auditoria;


 Seleção de itens para testes; e
 Inconsistências ou dúvidas quanto à sua confiabilidade. (LONGO,
2011, p. 199)

Sobre a responsabilidade do auditor nos procedimentos e evidências de


auditoria:

É responsabilidade do auditor determinar os procedimentos de auditoria que


sejam apropriados em cada circunstância para obter segurança razoável
[...].
[...]o uso de diferentes fontes ou de natureza diferente aumenta o grau de
segurança obtido pelo autor.
Não existe solução padrão a ser aplicada cegamente pelo auditor, ou seja,
existem testes que servem para uma finalidade, mas não servem para outra.
(LONGO, 2011, p. 200)

Sobre a utilização de informações já preparadas pela entidade que devem ser


sempre averiguadas para segurança do auditor:

[...] sempre que o auditor utilizar uma informação preparada pela entidade,
ele deve de antemão, se assegurar de que aquela informação é exata e
completa. (LONGO, 2011, p. 201)

De acordo com a NBC TA 500 (R1) segue algumas fontes da evidência de


auditoria:
 Execução de procedimentos de auditoria para testar os registros
contábeis.
 Mais segurança com evidência de auditoria consistente obtida a partir
de fontes diferentes ou de natureza diferente do que a partir de itens de
evidência de auditoria considerados individualmente.
 Confirmações de terceiros, relatórios de analistas e dados comparáveis
sobre concorrentes (dados referenciais para benchmarking).

2.1.1 Procedimentos de auditoria para obtenção de evidência de auditoria


Temos a seguir os procedimentos de auditoria definidos pela NBC TA 500
(R1) como os principais para obtenção das evidências de auditoria:
(a) procedimentos de avaliação de riscos; e
(b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:
9

(i) testes de controles, quando exigidos pelas normas de auditoria ou quando


o auditor assim escolheu; e
(ii) procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos
analíticos substantivos.

Inspeção:
A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou
externos, em forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame
físico de um ativo;
Fornece evidência de auditoria com graus variáveis de confiabilidade;
Exemplos:
 A inspeção de um contrato executado pode fornecer evidência de
auditoria relevante para a aplicação de políticas contábeis da entidade, tais como
reconhecimento de receita.
 A inspeção de ativos tangíveis pode fornecer evidência de auditoria
confiável quanto à sua existência, mas não necessariamente quanto aos direitos e
obrigações da entidade ou à avaliação dos ativos.
 A inspeção de itens individuais do estoque pode acompanhar a
observação da contagem do estoque.

Observação:
A observação consiste no exame do processo ou procedimento executado por
outros, por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos
empregados da entidade ou da execução de atividades de controle.

Confirmação externa:
Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo
auditor como resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma
escrita, eletrônica ou em outra mídia.
Exemplo: O auditor pode solicitar confirmação de termos de contratos ou
transações da entidade com terceiros; a solicitação de confirmação pode ser
planejada para perguntar se foram efetuadas quaisquer modificações no contrato e,
em caso afirmativo, quais são os detalhes relevantes.
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Recálculo:
O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos
ou registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente.

Reexecução :
A reexecução envolve a execução independente pelo auditor de
procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do
controle interno da entidade.

Procedimentos analíticos :
Os procedimentos analíticos consistem em avaliação das informações feitas
por meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros e não
financeiros.

Indagação:
A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com
conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é
utilizada extensamente em toda a auditoria, além de outros procedimentos de
auditoria.
As respostas às indagações podem fornecer ao auditor informações não
obtidas anteriormente ou evidência de auditoria comprobatória. Em alguns casos, as
respostas às indagações fornecem uma base para que o auditor modifique ou
realize procedimentos de auditoria adicionais.

Informações a serem utilizadas como evidência de auditoria: Relevância


e Confiabilidade
Relevância
A relevância trata da ligação lógica ou influência sobre a finalidade do
procedimento de auditoria e, quando apropriado, a afirmação em consideração. A
relevância das informações a serem utilizadas como evidência de auditoria pode ser
afetada pela direção do teste.
Por exemplo, se a finalidade de um procedimento de auditoria é testar para
verificar se há superavaliação na existência ou valorização das contas a pagar,
testar as contas a pagar registradas pode ser um procedimento de auditoria
11

relevante. Por outro lado, para testar se há subavaliação na existência ou


valorização das contas a pagar, testar as contas a pagar registradas não seria
relevante, mas testar informações como desembolsos subsequentes, faturas não
pagas, faturas de fornecedores e exceções apontadas nos relatórios de recebimento
de mercadorias podem ser relevantes.

Confiabilidade
A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de
auditoria e, portanto, da própria auditoria, é influenciada pela sua fonte e sua
natureza, e as circunstâncias nas quais são obtidas, incluindo os controles sobre sua
elaboração e manutenção, quando relevante. Portanto, generalizações sobre a
confiabilidade de vários tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a importantes
exceções. Mesmo quando as informações a serem utilizadas como evidência de
auditoria são obtidas de fontes externas à entidade, podem existir circunstâncias que
podem afetar a sua confiabilidade. Por exemplo, informações obtidas de fonte
externa independente podem não ser confiáveis se a fonte não tiver conhecimento
ou se for possível que especialista da administração não tenha objetividade.

2.2 NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas para Itens


Selecionados
A NBC TA 501 trata das considerações específicas do auditor para obter
evidência de auditoria apropriada e suficiente, em conformidade com a NBC TA 330,
NBC TA 500 e outras normas relevantes com relação a certos aspectos da conta
“Estoque” do ativo, assim como aos litígios e reclamações, envolvendo a entidade, e
informações por segmentos na auditoria das demonstrações contábeis.
Então de acordo a NBC TA 501 o objetivo do auditor é obter evidência de
auditoria apropriada e suficiente com relação a:

(a) existência e condições do estoque;


(b) totalidade dos litígios e reclamações envolvendo a entidade; e
(c) apresentação e divulgação de informações por segmentos em
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável. (CFC, 2009a,
f. 4)
12

Então de acordo com a norma segue os principais requisitos em que o auditor


deve seguir para obter as evidências relacionados a estes aspectos específicos:
Estoque, Litígios e reclamações e Informações por segmento.

2.2.1 Estoque
Se o estoque for relevante para as demonstrações contábeis, o auditor deve
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação a existência e as
condições do estoque mediante:
(a) acompanhamento da contagem física dos estoques, a não ser que seja
impraticável;
(i) avaliar as instruções e os procedimentos da administração para
registrar e controlar os resultados da contagem física dos estoques da
entidade;
(ii) observar a realização dos procedimentos de contagem pela
administração;
(iii) inspecionar o estoque; e
(iv) executar testes de contagem; e
(b) execução de procedimentos de auditoria nos registros finais de estoque da
entidade para determinar se refletem com precisão os resultados reais da contagem
de estoque.
Relativo a estoque, o autor Longo destaca aspectos em que o auditor deve se
atentar:

[...] as entidades possuem controles permanente e as contagens podem e


são normalmente realizadas em data diferente do balanço. A administração
dessas entidades utiliza as contagens para determinar a confiabilidade do
controle permanente [...].
Como todo procedimento de auditoria, o acompanhamento ou observação
do inventário físico deve ser precedido de adequado planejamento, que
inclua a época em que tais contagens são realizadas.
O auditor tem que ter em mente que ele está ali para acompanhar o
processo como um todo[...]. (LONGO, 2011, p. 215)

2.2.2 Litígios e reclamações


O auditor deve definir e executar os procedimentos de auditoria de modo a
identificar litígios e reclamações envolvendo a entidade, que possam gerar um risco
de distorção relevante, incluindo:
13

(a) indagação à administração e, conforme o caso, a outros dentro da


entidade, incluindo consultores jurídicos internos;
(b) revisão das atas de reuniões dos responsáveis pela governança e
correspondência entre a entidade e os seus consultores jurídicos externos; e
(c) revisão das contas de despesas legais.

Ainda sobre esses requisitos específicos da NBC TA 501 relativos aos litígios
e reclamações, o autor abaixo define:

Os requisitos compreendem a aplicação de procedimentos para identificar a


existência de litígios e reclamações, a obtenção de informações dos
advogados por meio de carta de indagação, obtenção de representações
formais sobre o assunto que não eximem o auditor de formar sua opinião
independente ou apontar no seu relatório as razoes que o impediram
(limitações) de formar a sua opinião. (LONGO, 2011, p. 212)

Outra informação relevante que o mesmo autor nos traz:

Uma vez identificada a existência de litígios e reclamações, o auditor deve


enviar carta de indagação aos advogados, [...], a serem respondidos
diretamente pelos advogados ao auditor.
[...] no Brasil, normalmente as cartas de indagação aos advogados são
genéricas, executando-se aqueles casos em que o auditor julgou importante
se reunir com os advogados para discutir temas relevantes que afetam a
entidade. (LONGO, 2011, p. 213)

2.2.3 Informações por segmento


O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com
relação à apresentação e à divulgação de informações por segmento, de acordo
com a estrutura de relatório financeiro aplicável mediante:
(a) obtenção de entendimento dos métodos utilizados pela administração para
determinar as informações por segmento e (ver item A27):
(i) avaliação se esses métodos resultam na divulgação de acordo com
a estrutura de relatório financeiro aplicável; e
(ii) quando for apropriado, testar a aplicação desses métodos; e
(b) execução de procedimentos analíticos ou outro procedimento de auditoria
apropriado nas circunstâncias.
Sendo estes então os três objetivos principais do auditor com relação e
evidências de auditoria descritos acima e aplicados pela norma NBC TA 501.
14

2.3 NBC TA 505 – Confirmações Externas


A confirmação externa ou técnica de circularização, constitui-se na
confirmação, juntamente a um terceiro (exemplo: fornecedor ou cliente), dos eventos
apresentados pela instituição. “O objetivo do auditor, ao usar procedimentos de
confirmação externa, é planejar e executar tais procedimentos para obter evidência
de auditoria relevante e confiável.” (NBC 505, 2009b, p.1)
Quando o auditor está realizando determinada auditoria em uma empresa há
uma relação contratual entre eles, caso necessite de alguma informação de terceiro
dessa empresa, deve haver uma circularização, pois o auditor não tem relação direta
com ele. Esse procedimento consiste em o auditor demandar a empresa auditada
que questione os terceiros para que forneça as informações para o auditor.
(FREITAS, 2014)
Existem dois tipos de circularização, a positiva e a negativa. A circularização
positiva é quando há necessidade de reposta para o auditor independente de qual
ela seja.

Solicitação de confirmação positiva é a solicitação de que a parte que


confirma responda diretamente ao auditor indicando se concorda ou
discorda das informações na solicitação, ou forneça as informações
solicitadas. (BUGARIM, 2009)

Com os procedimentos de confirmação externa a parte que foi submetida


deve responder se concorda ou discorda das informações que o auditor solicita.
A circularização negativa é quando o auditor solicita o questionamento
apenas no caso da informação apresenta seja falsa, no caso de a empresa
solicitada não responder conclui-se que essas informações são verdadeiras.

Solicitação de confirmação negativa é a solicitação de que a parte que


confirma responda diretamente ao auditor somente se discorda das
informações fornecidas na solicitação. (BUGARIM, 2009)

A solicitação de confirmação negativa pode ser utilizada de forma


complementar da positiva, e deve se certificar que o pedido de confirmação será
recebido.
Para Khatib (2013) defini circularização como uma técnica de confirmação,
que é utilizada pelo auditor através das cartas de circularização. Confirmação
15

externa seria os procedimentos de confirmação feito através dessas cartas, onde


deve conter informações detalhadas e relevantes sobre a resposta da requerida.
Essas informações não se restringem apenas a assuntos relacionados a
contabilidades, elas também podem ser sobre contratos ou algumas alterações
feitas no mesmo, e em caso de alteração deve conter pormenor que seja deve estar
especificado.
Os procedimentos de auditoria são as investigações técnicas que proporciona
o desenvolvimento do parecer do auditor a respeito trabalho executado.

(a) determinação das informações a serem confirmadas ou solicitadas;


(b) seleção da parte que confirma apropriada para confirmação;
(c) definição das solicitações de confirmação, assegurando-se que as
solicitações estão devidamente endereçadas e que contenham as
informações para retorno das respostas diretamente ao auditor; e
(d) envio das solicitações, incluindo 2º pedido, quando aplicável, para a
parte que confirma. (CFC, 2009b, p.7)

Constituem ferramentas técnicas, das quais o auditor se utiliza para a


realização de seu trabalho, consistindo na reunião das informações possíveis e
necessárias e avaliação dessas informações, para a formação de sua opinião
imparcial.
Em caso da administração da empresa que está sendo auditada não permitir
que o auditor solicite a confirmação, existem algumas ações que devem ser feitas
como:

(a) indagar sobre as razões da recusa da administração e procurar


evidência de auditoria sobre sua validade e razoabilidade;
(b) avaliar as implicações da recusa da administração na avaliação do
auditor dos riscos significativos de distorção relevante, incluindo o risco de
fraude, e sobre a natureza, época e extensão de outros
procedimentos de auditoria; e
(c) executar procedimentos alternativos de auditoria definidos para obter
evidência de auditoria relevante e confiável. (CFC, 2009b, p.8)

Após essas ações do auditor a administração persistir na recusa do envio da


carta de circularização, e o auditor perceber que há necessidade, pois pode não
concordar com alguma informação apresentada, ele deve comunicar os
responsáveis pela governança de acordo com a NBC TA 260 - Comunicação com os
responsáveis pela governa.
16

As exceções observadas em resposta das solicitações de confirmação podem


indicar distorções ou possíveis distorções nas demonstrações contábeis, pois
quando há a indicação de uma distorção o auditor deve analisar de forma detalhada
para que não ocorra alguma espécie de fraude. “Exceção é a resposta que indica
uma diferença entre as informações para as quais se solicitou confirmação ou
diferença entre os registros da entidade e as informações fornecidas pela parte que
confirma.” (CFC, 2009b, p.6)

2.4 NBC TA 520 – Procedimento Analíticos


Em 1º de janeiro de 2010 entrou em vigor a Resolução 1.221/09 que vem falar
da aprovação da NBC TA 520 – Procedimentos Analíticos. Esta Norma deve ser lida
juntamente com a NBC TA 200 - Objetivos gerais do auditor independente e a
condução de uma auditoria em conformidade com Normas de Auditoria.
A Resolução 1.221/09 NBC TA 520 –Procedimentos analíticos conforme
publicação do CFC vem abrangendo o seguinte:

Esta Norma trata do uso de procedimentos analíticos pelo auditor como


procedimentos substantivos (procedimentos analíticos substantivos). Esta
Norma também trata da responsabilidade do auditor em realizar
procedimentos próximos do final da auditoria que o auxiliam formar uma
conclusão geral sobre as demonstrações contábeis. A NBC TA 315 -
Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante por meio do
entendimento da entidade e de seu ambiente, item 6(b)), trata do uso de
procedimentos analíticos como procedimentos de avaliação de risco. (CFC,
2009c, f. 4)

Assim, a NBC TA 520 trata dos procedimentos analíticos que o auditor caberá
de usar-se para o auxiliar perante o processo de auditoria, no tocante de examinar
as informações contábeis tanto no aspecto financeiro como o não financeiro. Esta
norma também deverá ser usada para o orientar na conclusão do processo de
auditoria, devendo o profissional responsável pela mesma verificar todos os dados
obtidos para que se seguir com a conclusão.
Segunda a norma publicada pelo Conselho Federal de Contabilidade (2009),
a define como:

[...] significa avaliações de informações contábeis por meio de análise das


relações plausíveis entre dados financeiros e não financeiros.
Procedimentos analíticos compreendem, também, o exame necessário de
flutuações ou relações identificadas que são inconsistentes com outras
17

informações relevantes ou que diferem significativamente dos valores


esperados.

Para Corrêa (2014, f. 17) este procedimento analítico tem como objetivo
“fazer comparações e percepções dos dados analisados, verificando a possibilidade
de haver inconsistências em relação a normalidade”.
Ainda compactuando de pensamento semelhante aos autores supracitados
Perez (2012, p. 103) apud Corrêa (2014, f. 17) define procedimentos analíticos como
sendo a análise de informações de período diferentes, devendo observá-las e
identificar se são pertinentes ou não, cabendo haver uma verificação no caso de
forem pertinentes de investigação, atenuando- se se houveram financeiros ou não
financeiros subjetivos de fora da empresa que puderam influenciar tais mudanças.
Portanto pode-se entender que procedimentos analíticos são a observância
das informações obtidas tanto no aspecto financeiro (demonstrativos contábeis,
notas explicativas) como os não financeiros (relatórios internos, normas externas
reguladoras de mercado, crise econômica) sempre verificando as variações e
adentrando-se nas veracidades das informações e as interligando, para que no fim
possa-se haver uma conclusão.
Os objetivos desta norma para o auditor, segundo o CFC (2009c) são de:

(a) obter evidência de auditoria relevante e confiável ao usar procedimentos


analíticos substantivos; e
(b) planejar e realizar procedimentos analíticos próximo do final da auditoria
que auxiliam o auditor a formar uma conclusão geral sobre se as
demonstrações contábeis são consistentes com o entendimento que o
auditor possui sobre a entidade.

2.4.1 Procedimento Analíticos Substantivos


Segundo a norma publicada pelo CFC (2009c, f. 2), o auditor independente
quando utilizar-se dos procedimentos analíticos sendo separado ou em conjunto
com outra norma o mesmo deverá:

(a) determinar a adequação de procedimentos analíticos substantivos


específicos para determinadas afirmações, levando em consideração os
riscos avaliados de distorção relevante e testes de detalhes, se houver, para
essas afirmações;
(b) avaliar a confiabilidade dos dados em que se baseia a expectativa do
auditor em relação a valores registrados ou índices, levando em
consideração a fonte, comparabilidade, natureza e relevância das
informações disponíveis, e os controles sobre a elaboração dos dados;
18

(c) desenvolver uma expectativa de valores registrados ou índices, e


avaliar se a expectativa é suficientemente precisa para identificar uma
distorção que, individualmente ou em conjunto com outras distorções, pode
fazer com que as demonstrações contábeis apresentem distorções
relevantes; e
(d) determinar o valor de qualquer diferença entre valores registrados e
valores esperados que seja aceitável sem exame adicional conforme
requerido pelo.

No tocante acima pode-se entender que o auditor deverá reavaliar todas as


informações e dados obtidos cabendo a ele verificar a veracidade, natureza e
relevância, levando em consideração mínimos detalhes para uma que haja uma
análise sem viés.

2.4.2 Procedimentos analíticos que auxiliam na formação da conclusão geral


A NBC TA 520 também descreve em seu texto que os procedimentos
analíticos servem de auxílio na etapa final da auditoria, a conclusão.
O CFC (2009, f. 2) descreve que esse procedimento serve para o auxilio da
formação da conclusão do auditor, como se vê a seguir:

O auditor deve planejar e executar procedimentos analíticos próximo do final


da auditoria que o auxiliam formar uma conclusão geral sobre se as
demonstrações contábeis são consistentes com o entendimento que o
auditor possui da entidade.

2.4.3 Exame dos resultados dos procedimentos analíticos


Quando o auditor se utiliza desta normativa e ficar evidente que houveram
flutuações e informações inconsistentes das que haviam sido esperadas, de maneira
extremamente significativa, cabe responsável pela auditoria que deverá valer-se de
indagar a administração da empresa para fim de obter uma evidencia de uma
auditoria relevante para as respostas da administração. Em seguida deverá o auditor
aplicar um outro procedimento de auditoria conforme a necessidade e
circunstancias.
O Conselho Federal de Contabilidade (2009c, f.3) descreve como o auditor
deverá agir caso haja esses fatos citados acima, como se vê a seguir:

(a) indagação à administração e obtenção de evidência de auditoria


apropriada e relevante para as respostas da administração; e
(b) aplicação de outros procedimentos de auditoria conforme necessário
nas circunstâncias.
19

2.5 NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria


A NBC TA 530 é a normativa que descreve quais serão os procedimentos que
o auditor deverá valer-se caso o mesmo utilize de uma amostra populacional,
utilizando de dados e informações que vão representar um todo no processo de
auditoria, podendo ela ser de caráter estatístico ou não estatístico.
Para Fonseca, Nunes e Santana (2016, f. 126) a amostragem na auditoria
pode-se entende-la como “ferramenta na qual, através da análise de parte de uma
população, os resultados obtidos por meio dessa amostra podem ser entendidos
como representativos de toda a população”.
Segundo a norma publicado pelo Conselho Federal de Contabilidade
entende-se que:

Esta Norma se aplica quando o auditor independente decide usar


amostragem na execução de procedimentos de auditoria. Essa Norma trata
do uso de amostragem estatística e não estatística na definição e seleção
da amostra de auditoria, na execução de testes de controles e de detalhes e
na avaliação dos resultados da amostra.

Chaves (2010) citado por Farias et al (2012, f. 23) descreve o processo de


amostragem como sendo os dados de um conjunto, denominado universo ou
população, são obtidos por meio do exame dessa parte denominada amostra.
Portanto esta norma diz quais os passos que o auditor deverá seguir quando
o mesmo decidir utilizar o processo de coleta de dado e informações pelo meio de
amostragem, sendo ela menor do que 100% dos itens da população.
Esta norma tem o objetivo de proporcionar uma base razoável para o auditor
concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada.

2.5.1 Definição da amostra, tamanho e seleção dos itens testes.


Na etapa de definição da amostra, o tamanho e a seleção dos itens para
testes é algo que o auditor deverá ser bem atento, pois qualquer descuido poderá
ocorrer viés de erro nos resultados.
Ao definir a amostra o auditor deverá considerar a finalidade do procedimento
e as características da população de onde será retirada a amostra; o tamanho da
amostra; e procurar determinar quais vão ser as amostras de forma aleatória,
partindo de que todos os itens possam ter a mesma chance de serem examinados.
20

Fonseca, Nunes e Santana destacam o que a norma prevê como o auditor


definirá a amostra, sendo:

[...] há previsão de quais considerações o auditor deve ter acerca da


definição do tamanho da amostra, de orientações gerais quanto aos
procedimentos a serem adotados, de reação do auditor frente a algumas
ocorrências específicas que podem ser observadas em um procedimento de
amostragem e de necessidade da definição da projeção de distorção a ser
considerada.

Segundo o CFC (2009d) esta etapa de definição terá que observar:

a) Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a


finalidade do procedimento de auditoria e as características da
população da qual será retirada a amostra.
b) O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para reduzir
o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável.
c) O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada
unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser
selecionada.

2.5.2 Execução de procedimentos de auditoria


No tocante a execução desta norma são descritos quais as possibilidades que
possam ocorrer e quais o caminhos que o auditor deverá usar, caso haja distorções
ou um procedimento não possa utilizado a outro item examinado.
O Conselho Federal de Contabilidade determina quais serão os
procedimentos na fase de execução, são eles:

a) O auditor deve executar os procedimentos de auditoria, apropriados à


finalidade, para cada item selecionado.
b) Se o procedimento de auditoria não for aplicável ao item selecionado, o
auditor deve executar o procedimento em um item que substitua o
anteriormente selecionado.
c) Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria definidos
ou procedimentos alternativos adequados em um item selecionado, o
auditor deve tratar esse item como um desvio do controle previsto, no
caso de testes de controles ou uma distorção, no caso de testes de
detalhes.

2.5.3 Natureza e causa de desvios e distorções


Caso o auditor consiga observar algum desvio estatístico ou distorção que
seja evidente sua influência para os resultados, o mesmo deverá agir de diferentes
formas para contornar tais erros, procurando encontrar a natureza e causa de tais
distorções com o fim de trazer uma maior eficiência para a auditoria.
21

Logo a seguir pode-se ver quais as medidas que deverão ser tomadas caso
haja desvios e distorções significativas.

a) O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou


distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles na
finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria.
b) Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera que
uma distorção ou um desvio descobertos na amostra são anomalias, o
auditor deve obter um alto grau de certeza de que essa distorção ou
esse desvio não sejam representativos da população. O auditor deve
obter esse grau de certeza mediante a execução de procedimentos
adicionais de auditoria, para obter evidência de auditoria apropriada e
suficiente de que a distorção ou o desvio não afetam o restante da
população. (CFC, 2009).

2.5.4 Projeção de distorções


A própria norma reconhece que dificilmente na amostragem em auditoria que
não haja alguma distorção, sendo assim em seu texto a mesma descreve que o
profissional responsável deverá projetar as distorções que poderão vir a ocorrer.

2.5.5 Avaliação do resultado da amostragem em auditoria


Na etapa final do trabalho o auditor deve observar os resultados obtidos pela
amostra, devendo também verificar se o uso da amostragem forneceu uma base
razoável para conclusões sobre a população que foi testada.
22

3 CONCLUSÃO
Sabendo hoje a importância da Auditoria nas organizações empresariais, e
devido as fraudes e corrupções estarem cada vez mais aprimoradas, há a
necessidade constante de procedimentos atualizados e aperfeiçoados pelo auditor
para execução de seu trabalho.
O objetivo do auditor, ao usar procedimentos de confirmação externa, é
planejar e executar tais procedimentos para obter evidência de auditoria relevante e
confiável.
O auditor utiliza as avaliações das demonstrações contábeis por meio da
análise de informações financeiras e não financeiras para obter informações
relevantes e que diferenciem expressamente os valores esperados.
Finalizando os procedimentos de evidências de auditoria, conclui-se que
amostragem na auditoria é uma ferramenta imprescindível para o auditor, caso o
mesmo decida a utilizar. Este procedimento é extremamente útil, pois a partir de
uma amostra, o auditor poderá chegar a resultados representam toda a população,
sem ter a necessidade de auditar item por item em cada empresa, seção ou etapa.
23

REFERÊNCIAS

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Universidade de São Paulo. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4138723/mod_resource/content/1/Evid%C3
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BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade.


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BUGARIM, Maria Clara Cavalcante. Artigo resolução Conselho Federal de


Contabilidade - CF n° 1.219 de 27.11.2009, NBC TA 505 - Confirmações
Externas. Disponível em:
<http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1219_2009.htm>. Acesso
em: 03 nov. 2018.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 500 (R1) – Evidência de


Auditoria. Brasília-DF, 2016.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 501 – Evidência de


Auditoria – Considerações Específicas para Itens Selecionados. Brasília-DF,
2009a.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 505 – Confirmações


Externas. Brasília-DF, 2009b.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 520 – Procedimento


Analíticos. Brasília-DF, 2009c.

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. NBC TA 530 – Amostragem em


Auditoria. Brasília-DF, 2009d.
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CORRÊA, Rafael dos Santos. Fraude em instituições financeiras com distorções


relevantes nas demonstrações contábeis não evidenciadas pelas auditorias.
2014. 17 f. (Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Faculdade de Ciências Econômicas), Porto Alegre – RS, 2014. Disponível
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<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/140563/000966000.pdf?sequenc
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FARIAS, Sueli; PIRES SCHULZ, Juliana; BELLATO, Rita Lucia; ALBERTON, Luiz. A
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Revista de Auditoria Governança e Contabilidade. Brasília, v.4, n.16, p.124-140.
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FREITAS, Marlon De. Técnicas E Procedimentos de Auditoria: Como O Auditor


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25

LONGO, Claudio Gonçalo. Manual de auditoria e revisão de demonstrações


financeiras. 2ª edição – São Paulo: Atlas, 2011.

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