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Sumário
Sumário 0
Como saber o que, quando e quanto comprar na sua indústria com PCP e MRP 13
1. Padronize seu cadastro de produtos 14
2. Estabeleça sua lista de materiais considerando perdas no processo produtivo 15
Entenda melhor com um exemplo completo: 15
Aplicando o conceito geral de perdas na lista de material 17
3. Trabalhe com estoque de segurança e estoque máximo 18
Entenda melhor com um exemplo completo: 19
4. MRP – Material Requirement Planning – Planejamento das necessidades de
materiais 23
1. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
A ideia central do conceito do MRP, ou seja, o que é MRP e como funciona o MRP, é
conseguir calcular a necessidade de materiais em quantidade e em qual momento para um
horizonte futuro pré-determinado, desde que se possua informações básicas da estrutura
do produto (ou listas de materiais) e o leadtime (tempo de fabricação ou compra) de cada
um dos itens na estrutura desses produtos.
Podemos dividir o MRP em dois momentos principais. O cálculo do plano mestre de
produção (ou MPS – Master Production Schedule) e a explosão de necessidade das
matérias prima e produtos semi-acabados (para listas com ‘n’ níveis). O sistema de
planejamento das necessidades de materiais exigem certos registos de dados para
funcionamento, que seguem nos seguintes passos:
Veja mais: u
tilize o Plano Mestre para saber o que, quanto e quando comprar
Veja a seguir uma breve explicação de cada uma das entradas e saídas mencionadas.
2. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Plano-mestre de produção
O programa-mestre de produção (MPS) é considerado o coração do planejamento e
controle da organização. No MPS encontramos as informações de quais, quantos e quando
precisamos produzir os produtos acabados para atender nossa combinação da carteira de
pedido com a previsão de vendas.
Antes de entrar no MPS precisamos entender as principais informações para geração do
mesmo. Chamamos de ‘Gestão de demanda’ o gerenciamento da carteira de pedidos e
previsão de vendas. Para a geração do MPS temos as principais entradas no conjunto de
processos de gerenciamento da interface entre a empresa e o mercado que está atende.
Essa gestão engloba:
● Carteira de Pedidos – gerenciamento dos pedidos em carteira. O que, quanto,
quando foi pedido e por quem. Precisamos de muita flexibilidade nesse processo.
Em alguns casos é possível identificar alterações constantes dos pedidos firmados.
● Previsão de vendas – análise histórica da demanda para entender e antecipar o
mercado. Analisar novas tendências para antecipar a demanda. O histórico é
essencial, porém é impossível “dirigir olhando somente o retrovisor”, por isso é
importante que todas as análises históricas sejam extrapoladas para a realidade
atual. Uma análise míope da previsão de vendas pode impactar muito
negativamente o resultado da empresa.
● Combinação entre pedidos e previsão – representação razoável do que deve
ocorrer ou o que precisará ser produzido (norte). Muitas empresas precisam
trabalhar com uma combinação entre pedidos firmes e previsões. Algumas
trabalham 100% sob encomenda, solicitando as matérias primas e iniciando a
produção após o fechamento comercial e, em outros casos, o empreendimento é
forçado a estocar produtos acabados, trabalhando fortemente com previsões de
venda. Também observamos empresas que naturalmente estocam uma matéria
prima que é de uso comum entre os seus produtos acabados, mas esperam firmar o
pedido para iniciar a fabricação, outras estocam produtos semi-acabados que
devem aguardar o firmamento do pedido para finalização da produção.
A seguir podemos vislumbrar um exemplo de MPS em uma visão matricial. As colunas
fazem referência ao período em analise, nesse caso o número de semanas contempladas
no planejamento. As linhas exibem informações pertinentes ao registro de estoque no
período, demanda oriunda da gestão (pedidos firmados e previsões) e, finalmente, o MPS
3. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
que indica o que deve ser fabricado. Cada item deve possuir um registro de MPS único. A
seguir algumas explicações sobre as colunas dessa tabela.
Exemplo representativo do MPS de um produto acabado qualquer
4. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Estrutura de materiais e leadtime
Utiliza-se, normalmente, o jargão de itens “filhos” para diferenciar os componentes diretos
de outros componentes. Estes que serão fabricados com seus filhos são normalmente
chamados de itens “pais” de seus componentes diretos.
A lista de materiais deve representar, de forma clara e objetiva, quais itens e suas
respectivas quantidades são necessárias para fabricação do produto acabado, sejam eles,
produtos semi-acabados ou matérias primas. Veja na tabela 3 um exemplo de lista de
materiais estruturada.
Exemplo de listas de materiais fictícia do item ‘Cadeira 70000’
● Nesse exemplo a coluna ‘ITEM’ representa o nome dos produtos da lista de
materiais. A coluna exibe todos os produtos, sejam eles produtos acabados,
matérias primas ou produtos semi-acabados.
5. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
● A coluna ‘ITEM’ vem com a informação adicional do nível em que o item se encontra
na estrutura entre parênteses. Por exemplo, na linha 1, o item ‘Cadeira 70000’ está
no nível zero da lista de materiais. Estamos, portanto, analisando a estrutura do
produto ‘Cadeira 70000’. É possível existir ‘n’ níveis em uma lista de materiais.
● Um mesmo item pode ser utilizado ‘n’ vezes durante a estrutura do produto em ‘n’
níveis diferentes. Podemos ver como exemplo o parafuso que aparece em duas
estruturas de semi-acabados diferentes.
● A coluna ‘U.M.’ representa a unidade de medida que o item deve ser comprado ou
fabricado.
● A coluna ‘QTDE’ representa a quantidade necessária do item para fabricação do
produto acabado em questão. Os cálculos de quantidade necessária são feitos com
base nessa informação.
● A coluna ‘RESSUPRIMENTO’ representa se o produto deve ser comprado ou
fabricado. Naturalmente isso indica se devem ser feitas ordens de produção ou de
compra para que o estoque do item aumente novamente. Itens comprados (ou,
genericamente, matérias primas) são sempre os últimos elos da cadeia da lista de
materiais, produtos comprados não podem possuir itens filhos já que são fornecidos
por terceiros. Itens fabricados (semi-acabados ou acabados) normalmente são
produzidos internamente pela própria indústria.
● A coluna ‘LEADTIME’ representa o tempo de fabricação, quando fabricado, e o tempo
de entrega, quando comprado, do item em questão. Essa informação auxilia o
cálculo do MRP a sugerir quando as atividades devem ser iniciadas para que seja
possível entregar o produto acabado pronto dentro do prazo estipulado.
Tipos de estrutura
Diferentes formas da estrutura do produto – ao analisarmos uma lista de materiais
devemos entender todas as etapas de produção para chegarmos ao produto final, também
devemos entender como é o projeto do produto. As características do negócio também
interferem na lista de materiais. Existem algumas formas de estruturas de produto típicas
encontradas no mercado, exemplo: ‘A’, ‘T’, ‘V’ e ‘X’. Essa variação de formas é explicada de
acordo com a dinâmica da quantidade de itens necessários em determinado nível da
estrutura.
● Formas ‘A’, por exemplo, são vislumbradas em cenários em que muitas matérias
primas diferentes geram poucos produtos acabados.
● Já as formas ‘T’ e ‘V’ possuem uma baixa variação de matéria prima e alta
possibilidade de produtos acabados, porém as formas do tipo ‘T’ possuem mais
6. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
padronização durante o processo de fabricação, reduzindo significativamente a
quantidade de semi-acabados diferentes.
● Formas ‘A’ e ‘X’ possuem uma ampla variação de utilização de matérias primas,
porém as formas ‘X’ entregam produtos projetados para atender necessidades
refinadas dos clientes e podem se caracterizar com uma combinação de uma
quantidade limitada de semi acabados, por isso o estreitamento no meio da
estrutura.
● Já formas ‘A’ caracterizam uma quantidade pequena de produtos acabados a serem
oferecidos.
Para calcular a explosão da necessidade de matérias real (vamos chamar de explosão da
necessidade líquida), precisamos antes calcular a explosão bruta de materiais. É aí que
entra a estrutura da lista de materiais e os leadtimes de cada um dos itens conseguiremos
responder 3 das 4 principais perguntas que a administração da produção devem responder
[veja mais no post ‘A importância da administração da produção’. Para calcular o que
precisa ser produzido e em qual quantidade, sem dúvidas, utilizamos a estrutura dos
produtos que indicam uma relação direta do produto acabado e dos componentes
fabricados e comprados. Com base nessa relação utilizamos o leadtime para entender e
definir o fluxo de compras e vendas para garantir que a entrega dentro do prazo acordado,
minimizando o estoque, reduzindo “surpresas” por falta de material, por exemplo, e
garantindo, minimamente, um programa de produção que não necessariamente é factível.
7. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Explosão da necessidade de fabricação de 15 cadeiras
Podemos chamar essa explosão de bruta já que não estamos considerando a necessidade
real de fabricação de cada um dos itens. Essa quantidade real só pode ser realmente
calculada após considerarmos os estoques, ordens de compra e ordens de produção
pendentes, trataremos de como calcular a necessidade líquida e do que é necessário para
esse cálculo mais a frente.
8. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
“Quando e o que precisa ser comprado, fabricado e qual a quantidade?”
Para responder essa pergunta precisamos organizar a explosão das necessidades de
materiais cronologicamente. Na tabela a seguir podemos ver a representação da explosão
de necessidades pela lógica de programação para trás, ou seja, representamos o início da
compra ou da produção de cada um dos itens para que eles estejam prontos exatamente
no momento que são necessários.
Sequenciamento das ações necessárias para produzir a cadeira e sua cronologia
Utilizando como referência a data de início organizamos o sequenciamento de todas as
atividades necessárias para produção da cadeira que deve ser entregue dia 20.
Consideramos todos os leadtimes de fabricação e a relação pai filho da lista de materiais
para isso. Por exemplo, a estrutura giratória só deve ter sua produção iniciada depois que
todos os seus filhos estejam prontos, essa mesma lógica deve ser utilizada para cadeira.
Essa estruturação nos permite ver, com clareza, o que precisa ser fabricado ou comprado,
quando a ordem deve ser liberada para fabricação ou compra e sugestão de início e fim das
atividades de ressuprimento.
Em uma situação ideal, receberíamos o pedido de 15 cadeiras para o dia 20 antes ou até o
dia 11 e a partir desse dia lançaríamos todas as ordens de compra e de produção com foco
em atender essa demanda. Isso não acontece a via de regra e, principalmente, quando
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RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
trabalhamos com produtos padronizados. A acirrada concorrência força a diminuição dos
prazos de entrega e para que isso seja possível é necessário planejar e antecipar a
demanda. A qualidade da previsão de venda determinará o resultado da empresa. Ainda,
existem muitos casos que verificamos o estoque de matérias primas, semi-acabados e até
dos produtos acabados. Nesses casos o MRP precisa calcular a explosão de necessidades
líquida que é o próximo assunto.
Sem o cálculo de quanto realmente precisa ser produzido não é possível entender quais
realmente são as atividades pendentes para atendimento do nosso pedido para o dia 20 de
15 cadeiras. Por exemplo, imagine que, realmente, nosso estoque de acabados seja 0 por
política da empresa, porém, essa mesma empresa, pode possuir a política de estocar
produtos semi-acabados em comum para grande parte de seus produtos acabados. Na
tabela a seguir podemos ver um exemplo de como o cálculo líquido da necessidade de
compra e produção podem ser influenciados por ‘n’ fatores.
Cálculo da necessidade líquida do MRP
10. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
● A coluna ‘NECESSIDADE BRUTA’ já foi refinada nessa análise. Nesse refinamento
consideramos a necessidade real do item pai ao item filho que está sendo analisado.
Por exemplo, ao analisar o item ‘Braço Regulável 47’ percebemos que não
precisaríamos produzir todas as 15 unidades, mas somente 10. Naturalmente os
filhos do braço regulável também devem ser ajustados, evitando, assim, quaisquer
residuais estoques de matérias primas desnecessários.
● A coluna ‘SAÍDA (EMPENHOS OU VENDAS)’ representam todas as saídas firmadas
do item em questão. As saídas firmadas mais normais na produção são através de
venda (no caso de produtos acabados) e item empenhados (no caso de
semi-acabados e matérias primas). Sempre que uma ordem foi liberada, os itens
filhos da ordem são empenhos. Esses empenhos se transformarão, eventualmente,
a movimentações de saída. O controle dessas movimentações é essencial para o
MRP e será discutido mais a frente. Nessa coluna, conseguimos ver, resumidamente,
toda a necessidade de saída daquele item para toda a organização. Dessa forma
conseguimos entender realmente o que precisamos produzir ou fabricar sem olhar
de forma míope para previsão ou pedidos a frente, mas todas as pendências da
fábrica.
● A coluna ‘ENTRADA (COMPRA/PRODUÇÃO)’ nos mostra, analogamente a coluna
anterior, todas as entradas firmadas pela empresa, sejam ordens de compra já
emitidas que estão pendentes ou ordens de produção que não foram finalizadas.
Conseguimos completar uma análise mais genérica da realidade da fábrica para
entender, realmente o que precisa ser fabricado ou comprado, para finalizar temos
a coluna que diz, efetivamente o que precisa ser comprado ou fabricado a seguir.
● A coluna ‘NECESSIDADE LÍQUIDA’ pode ser calculada através do cálculo ‘SALDO EM
ESTOQUE ATUAL’ – ‘NECESSIDADE BRUTA’ – ‘SAÍDA (EMPENHOS OU VENDAS)’ +
‘ENTRADA (COMPRA/PRODUÇÃO)’. Ao final desse cálculo podemos obter um valor
negativo (indicando a necessidade de ressuprimento) ou positivo (indicando que é
possível atender a demanda da previsão de venda e da fábrica com o estoque atual).
Na tabela todas as linhas da coluna ‘NECESSIDADE LÍQUIDA’ que estão vermelhas
representam uma necessidade de compra ou fabricação.
Após calcular as necessidades líquidas de fabricação e compra reais da sua fábrica,
podemos refinar o sequenciamento das operações e entender o que precisa ser feito:
Novo sequenciamento considerando explosão de materiais líquida
11. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Parte II
12. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
O pedido de venda foi registrado na sua indústria, as compras foram realizadas com base
na lista de materiais dos seus produtos, porém, no meio do processo produtivo, o material
não está na quantidade correta no seu estoque. E agora, o que fazer?
Se você se identificou com este problema, saiba que ele atinge grande parte das indústrias
brasileiras. Pensando nisso, gostaria de compartilhar com você uma lista com 4 dicas
fundamentais para você saber exatamente o que, quando e quanto comprar para sua
indústria, utilizando o PCP e MRP. Continue lendo e descubra:
● Criar rotinas que estabeleçam como o cadastro de produtos deve ser feito
● Garantir que o processo seja feito mesmo sem seu principal responsável
● Aumentar a qualidade do trabalho realizado
Mesmo que você não possua um processo padronizado para sua equipe de cadastro de
produtos, confira algumas dicas para evitar os problemas mais comuns neste processo:
13. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
2. Estabeleça sua lista de materiais considerando
perdas no processo produtivo
Considerar exatamente o que deveria ser gasto no processo produtivo pode ser uma das
principais causas da falta de material inesperada. Por isso, analise seu histórico de
produção dos últimos 12 meses para definir um percentual de perdas para cada matéria
prima da sua lista de materiais.
● Estoque do final do período = estoque do início do período + notas fiscais de entrada
– consumo padrão do item no processo produtivo – Perdas
● Perdas = estoque do início do período – estoque do final do período + notas fiscais
de entrada – consumo padrão do item no processo produtivo
Exemplo de cálculo para determinar o consumo padrão do item no processo
produtivo:
● Total de produtos fabricados no período * quantidade de matéria prima para
produção de 1 unidade do produto fabricado.
Neste exemplo você verá como calcular perdas percentuais da matéria prima A utilizada
na produção do p
roduto acabado 1 e o produto acabado 2.
14. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Para produzir 1 unidade do produto acabado 2 é necessário:
No período de 1 ano de atividades foi identificado a produção de 100 unidades do produto
acabado 1 e 150 unidades do produto acabado 2.
Nesse exemplo simples para calcular perdas teríamos que calcular o consumo padrão
do item no processo produtivo.
● 100 unidades do produto acabado 1 * 10 unidades da matéria prima A = 1000
unidades da matéria prima A
● 150 unidades do produto acabado 2 * 05 unidades da matéria prima A = 750
unidades da matéria prima A
● Totalizando 1750 unidades da matéria prima A.
Em seguida calculamos o total perdido no período:
● Perdas = estoque do início do período – estoque do final do período + notas fiscais
de entrada – consumo padrão do item no processo produtivo
● Perdas = 200 – 200 + 2000 – 1750
● Perdas = 250 un.
Portanto, o percentual total de perdas é = 250/ 1750 = 1/7 = 1
4,28%
Agora que você já sabe a porcentagem de perda, monte sua lista de materiais
considerando-a, conforme o exemplo abaixo:
15. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Aplicando o conceito geral de perdas na lista de material
● 100 unidades do produto acabado 1 * (10 unidades da matéria prima A + 1,4
unidades da matéria prima A) = 1140 unidades da matéria prima A
● 150 unidades do produto acabado 2 * (05 unidades da matéria prima A + 0,7
unidades da matéria prima A) = 855 unidades da matéria prima A
● Totalizando 1995 unidades da matéria prima A.
Veja que o principal foco aqui é antecipar as possíveis perdas para preparar o processo de
compras, evitando surpresas na sua produção.
Repare que se caso sua indústria controle as ordens de produção de cada produto
fabricado, é possível, com certa tranquilidade, definir as perdas por produto produzido.
Nesse caso, teríamos um percentual diferente para o produto acabado 1 e produto acabado
2. Para realizar o cálculo de perdas por produto fabricado a mesma lógica anterior é
aplicável.
16. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
3. Trabalhe com estoque de segurança e estoque
máximo
Mesmo fazendo sua gestão de compras considerando perdas no processo produtivo, é
extremamente importante se preparar parar eventuais períodos de pico de vendas, atrasos
de entrega de materiais, quebras de máquina, etc.
Imagine sua casa sem uma caixa d’agua, qualquer variação no suprimento de água e você
estaria sem água disponível. Analogamente, é natural manter uma quantidade mínima
estocada nos armazéns para evitar paradas no processo produtivo por falta de materiais.
Mas como saber a quantidade ideal de estoque mínimo por produto? Com o
acompanhamento de algumas informações simples, é possível calcular o estoque mínimo
com facilidade. Confira:
17. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Entenda melhor com um exemplo completo:
Olhando o histórico dos últimos 12 meses da nossa produção de exemplo, determinada
matéria prima A é consumida em média 200 unidades por mês com um desvio padrão de
50 unidades.
O Lead Time de entrega da matéria prima A é de 1 semana. Com esses dados, podemos
começar a refletir sobre como calcular o estoque de segurança,vamos lá:
Se em média consumimos 200 + 50 unidades por mês e um mês possui 4 semanas,
podemos afirmar que o consumo semanal é de 63 unidades. Se o tempo de entrega é de 1
semana, não podemos esperar que o estoque diminuía mais que 63 unidades, esse será
nosso ponto de ressuprimento. Ou seja, PR = CM*LT.
Lote de compra
O lote de compra varia de acordo com o estoque máximo, quanto menor o estoque
máximo menor o estoque de compras e mais vezes o pedido de compra deverá ser
disparado. Uma compra por mês com estoque de segurança = 0 equivaleria a um lote de
compra de 250 unidades. LC = CM – ES.
Estoque Máximo
Para calcular o estoque máximo é importante entender a política da empresa, capacidade
de armazenamento e capital de giro para uma boa saúde financeira, imagine três cenários:
18. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Redução máxima da quantidade em estoque – Nesse caso poderíamos realizar 4
compras mensais, 1 por semana, sempre olhando o consumo esperado para próxima
semana e estoque atual. Cada compra seria de 63 unidades e o estoque máximo seria de 63
unidades, veja o gráfico:
Redução média da quantidade em estoque – Nesse caso faríamos uma compra por
quinzena e precisaríamos de uma capacidade para armazenar até 126 unidades dessa
matéria prima.
19. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Redução mínima da quantidade em estoque – Compras mensais de 250 unidades. Nesse
caso a empresa possui um armazém suficiente para armazenar maiores quantidades de
matéria prima.
A decisão do estoque máximo deve se balizar nesses pilares: Capacidade de
armazenamento, custo de manter o estoque e custo de realizar pedidos de compra.
● Custo de armazenamento: Quanto maior for o estoque, maior é o capital para
mantê-lo. Muitas vezes os armazéns são alugados, necessitam de pessoal para
supervisão e manutenção, luz, água, etc.
● Capacidade de armazenamento: Naturalmente existem restrições físicas para
manter estoques.
● Custo de pedir: Quanto mais compras são feitas, maior é o custo de manter uma
equipe para realizar essas compras, os descontos por volumes são menores e o
custo do transporte pode ser relevante.
20. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
4. MRP – Material Requirement Planning –
Planejamento das necessidades de materiais
Utilize o s istema MRP para controlar a necessidade de compra de matéria prima.
O foco do sistema MRP é garantir que você compre e produza exatamente o quanto você
precisa de acordo com a lista de material dos produtos acabados. O sistema MRP sugere a
data de compra e de início da produção de acordo com as datas de entregas planejadas.
Com o plano mestre de produção PMP é possível vislumbrar o início e fim de cada produção
por um período determinado de acordo com o horizonte de planejamento. Essa informação
pode ser utilizada em diversas áreas diferentes da empresa.
Seja em produções puxadas ou empurradas, o MRP já se mostrou uma valiosa ferramenta
para planejamento e controle de compras e produção, veja alguns pré-requisitos, vantagens
e desvantagens do sistema:
Pré-requisitos (inputs)
Vantagens
● Diminuição do estoque
● Medição de performance de fornecedores
● Medição de performance de produção
● Integração de diferentes áreas funcionais
● Simulações de diferentes parametrizações
21. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Desvantagens
Essas desvantagens podem ser mitigadas através dos parâmetros de estoque de segurança,
máximo e lotes de compra, por isso a implementação do MRP deve ser feita com cuidado.
22. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Parte III
23. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Utilizamos o Nomus ERP Industrial como estudo de caso para que você entenda na prática
como uma ferramenta dessa funciona e quais são seus benefícios.
1. Saiba quais produtos acabados devem ser fabricados para atender a demanda
de seus clientes, evitando custos com excesso de estoque e perdas com falta de
estoque.
2. Saiba quais produtos semi-acabados que devem ser fabricados para atender seu
plano de produção, evitar atrasos na produção e excesso de estoque.
3. Saiba as matérias primas que devem ser compradas para atender seu plano de
produção, evitar atrasos na produção e excesso de estoque.
4. Utilize o software para gerar todas as ordens de produção de forma automática
para facilitar e agilizar o planejamento da produção.
5. Utilize o software para gerar todas as solicitações de compra de forma
automática para facilitar e agilizar o planejamento de compras.
6. Veja os gargalos da produção e tome ações para reduzir gargalos e evitar
atrasos nas entregas.
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RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Funcionalidades de Plano de produção e MRP do
Nomus ERP Industrial:
Previsão de vendas
Cálculo da previsão de vendas dos produtos a partir da análise histórica dos pedidos de
venda.
Plano de produção
Cálculo do plano de produção a partir da análise da previsão de vendas, dos pedidos de venda
em carteira e do saldo atual do estoque de produtos. Saiba exatamente o que produzir,
quanto produzir, para quando produzir, para manter seus níveis de estoque equilibrados.
25. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Geração automática de ordens do plano de produção
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RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Ordens de semi-acabados via MRP
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RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Parte IV
28. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
Veja histórias reais sobre gestão industrial
Clique abaixo e veja histórias reais de empreendedores e profissionais da indústrias que
conseguiram superar diversos desafios de gestão.
Estes são estudos de caso feitos diretamente em indústrias que utilizam o Nomus ERP
Industrial para gerenciar a produção.
Assista o vídeo e descubra qual a opinião e o testemunho destes gestores que utilizam a
ferramenta diariamente:
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RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
30. M
RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria
A Nomus desenvolve softwares completos para indústrias e possui um método
de implantação, idealizado e aplicado por engenheiros, que irá ajudar sua
indústria alcançar o sucesso de gestão, superando seus desafios e utilizando
todo o potencial que a sua fábrica tem a oferecer.
nomus.com.br
nomus.com.br/blog-industrial
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RP da teoria à prática: como funciona e como aplicar na sua indústria