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Ensaio - Marta - Espaço e Subjetividade
Ensaio - Marta - Espaço e Subjetividade
contemporaneidade:
possibilidades de experimentações em jogos baseados em geolocalização 1
Introdução
sob orientação da Profa. Dra. Monalisa Pontes Xavier. Bolsista da CAPES. E-mail:
deutiltdaniel@gmail.com
Pensando nestas questões, o presente ensaio traz um conjunto de
abordagens modernas sobre o espaço e oferece uma possibilidade de interpretação
e de conexão com a também pertinente questão da produção de subjetividades.
Concebendo o espaço da contemporaneidade como múltiplo e investido de
diferentes naturezas que não necessariamente se eliminam, propomos uma noção
de espacialidade híbrida como instância de subjetivação a partir de considerações
sobre as experimentações no jogo de geolocalização Pokémon GO.
Abordagens contemporâneas do espaço
3 Segundo Augé (2007), o tempo se presta como uma figura de excesso no contemporâneo
principalmente a partir do que ele define como a “aceleração da história”, proporcionada a priori pela
superabundância de acontecimentos, que inserem os sujeitos numa história próxima e que exige
destes um superinvestimento de sentidos para situarem-se neste fluxo constante de fatos. Em sua
análise, as produções individuais de sentido, ou o “excesso” da figura do ego se expressa a partir da
expressão massiva das histórias particulares, bem como das produções individuais de sentido, que
além de abundantes, são consideradas por ele como necessárias.
superabundância espacial: instalações necessárias à circulação acelerada de
pessoas e de bens; os meios de transporte e as instalações comerciais; os campos
de trânsito, redes e mesmo os espaços onde se alojam refugiados e sujeitos em
“constante passagem”.
Cabe esclarecer que Augé (2007) não oferece o conceito de não-lugar como
um substituto do lugar antropológico tradicional, numa relação em que um extingue o
outro. Na concepção do autor, há uma espécie de “sobreposição” entre os lugares e
não-lugares, onde estes coexistem e se entrelaçam nas diferentes dinâmicas
humanas.
Um espaço ressignificado
Possibilidades e considerações
Figura 01: O PokeStop, no jogo Pokémon GO constituiria uma espacialidade híbrida entre o
concreto e o virtual. Disponível em: http://malditolag.com.br/guia/pokemon-go/pokestops-
como-usar-e-lista-de-items/. Acesso em: 13 dez. 2016.
Referências
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. (vol. 1).
2. ed. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2011.
______. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. (vol. 2). Rio de Janeiro: Ed. 34,
1995.
PEDRO, Rosa. A tecnologia das mídias: a relação dos sujeitos com os meios
tecnológicos de comunicação. In: Conselho Federal de Psicologia. Mídia e
psicologia: produção de subjetividade e coletividade. 2. ed. Brasília: Conselho
Federal de Psicologia, 2009, p. 59 - 64.
ROSE, Nikolas. Inventando nossos eus. In: SILVA, Tomaz Tadeu da. Nunca fomos
humanos: nos rastros do sujeito. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.