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UNIVERSIDADE VILA VELHA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ELIAMARA ANTUNES

JOSIANE CASTELO GUSS

ODAIR JUNIOR BERNARDES

PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E


PÂNICO DE UMA BOATE

VILA VELHA

2015
ELIAMARA ANTUNES

JOSIANE CASTELO GUSS

ODAIR JUNIOR BERNARDES

PROJETO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E


PÂNICO DE UMA BOATE

Trabalho apresentado à disciplina de


Instalações Hidrossanitárias, como pré-
requisito para aprovação no curso de
Engenharia Civil (EC8N).

Prof.: Marisleide.

VILA VELHA

2015
LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;

CBMES – Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo

IRB – Instituto de Resseguros do Brasil;

NT – Norma Técnica;

TRRF - Tempo requerido de resistência ao fogo;


LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação ................. 9


Tabela 2: Classificação quanto à altura. ............................................................................... 10
Tabela 3: Classificação quanto ao risco de incêndio.......................................................... 10
Tabela 4: Edificações do grupo f com área superior a 900 m² ou altura superior a 9,00m.
..................................................................................................................................................... 11
Tabela 5: Classificação quanto ao risco de incêndio.......................................................... 12
Tabela 6: Valores das cargas de incêndio específicas. ..................................................... 12
Tabela 7: Via de acesso e faixa de estacionamento. ......................................................... 13
Tabela 8: Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF): Para a classificação
detalhada das ocupações (Grupo e Divisão), consultar a Tabela 1, do Anexo do Decreto
nº 2423-R/2009. ........................................................................................................................ 22
Tabela 9: Tipos de escadas de emergência por ocupação. ................................................ 9
Tabela 10: Classe de risco de incêndio e área máxima. ................................................... 15
Tabela 11: Classe de risco de incêndio e percurso. ........................................................... 16
Tabela 12: Substâncias dos extintores de acordo com a natureza do fogo. .................. 17
Tabela 13: Sprinklers. .............................................................................................................. 52
Tabela 14: Diâmetro dos ramais e sub-ramais. ................................................................... 53
Tabela 15: Diâmetro das colunas. ......................................................................................... 54
Tabela 16: Número de aparelhos sanitários. ....................................................................... 57
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Altura e largura mínimas do portão de acesso à edificação. ............................ 14


Figura 2: Retorno em T. .......................................................................................................... 14
Figura 3: Desnível lateral e desnível longitudinal. ............................................................... 15
Figura 4: Faixa de estacionamento ....................................................................................... 15
Figura 5: Distribuição das saídas ........................................................................................... 24
Figura 6: Comprimento de patamar....................................................................................... 12
Figura 7: Sinalização de .......................................................................................................... 29
Figura 8: Sinalização de .......................................................................................................... 29
Figura 9: Sinalização de extintores........................................................................................ 29
Figura 10: Sinalização de hidrante ........................................................................................ 29
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 8
2. O PROJETO .......................................................................................................... 9
3. CALCULO DA CARGA DE INCÊNCIO NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO
– NORMA TÉCNICA 04/2009..................................................................................... 12
4. ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO - NORMA TÉCNICA 06/2009 ........... 13
5. SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES (ISOLAMENTO DE RISCO) - NORMA
TÉCNICA 08/2010 ...................................................................................................... 16
6. SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DOS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO -
NORMA TÉCNICA 09/2010........................................................................................ 20
6.1 DETERMINAÇÃO DO TEMPO REQUERIDO DE RESISTÊNCIA AO FOGO
(TRRF) ................................................................................................................................... 20
6.2 ISENÇÕES OU REDUÇÕES DE TRRF ............................................................... 20
6.3 MÉTODOS PARA SE RESPEITAR OS TRRF DOS ELEMENTOS
ESTRUTURAIS..................................................................................................................... 20
6.4 MATERIAIS DE REVESTIMENTO CONTRA FOGO E RESPECTIVAS
ESPESSURAS DE PROTEÇÃO E/OU DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS
ESTRUTURAIS..................................................................................................................... 21
6.5 CONTROLE DE QUALIDADE ................................................................................ 22
7. DIMENSIONAMENTO DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA PARA EDIFICAÇÕES OU
ÁREAS DE RISCO DESTINADAS A SHOWS E EVENTOS - NORMA TÉCNICA
10/2010....................................................................................................................... 22
7.1 ROTAS DE SAÍDAS HORIZONTAIS – ACESSOS E PORTAS ....................... 24
7.2 CÁLCULO DA POPULAÇÃO ................................................................................. 25
7.3 EVENTOS DE IMPACTO .......................................................................................... 8
7.4 DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS ...................................................................... 8
8. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA - NORMA TÉCNICA 10/2010 ................................... 8
8.1 ESCADAS .................................................................................................................... 8
8.2 LARGURA ................................................................................................................. 10
8.3 OS DEGRAUS..................................................................................................... 11
8.4 PATAMARES ...................................................................................................... 12
8.5 GUARDAS E CORRIMÃOS ................................................................................ 13
9. COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL -
NT 11/2010 ................................................................................................................. 13
10. EXTINTORES DE INCÊNDIO - NT 12/2009 ........................................................ 14
10.1 DIMENSIONAMENTO ............................................................................................. 14
10.2 MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA ........................ 15
11. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA - NORMA TÉCNICA 13/2010 ........................ 18
11.1 MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA – ILUMINAÇÃO
DE EMERGÊNCIA ............................................................................................................... 18
12. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA - NORMA TÉCNICA 14/2010....................... 20
12.1 MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA – SINALIZAÇÃO
DE EMERGÊNCIA ............................................................................................................... 20
12.3 SINALIZAÇÃO COMPLEMENTAR........................................................................ 28
13. SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO – NORMA TÉCNICA
17/2009....................................................................................................................... 30
13.1 MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE ALARME DE INCÊNDIO ......... 45
13.2 MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO ... 46
14. LÍQUIDOS E GASES COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS: CENTRAL DE GÁS
LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) - NORMA TÉCNICA 18/2010 .......................... 48
14.1 MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CENTRAL DE
GÁS COM RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS ............................................................. 48
15. LÍQUIDOS E GASES COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS: PARTE 2 -
COMERCIALIZAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS NATURAL - NORMA
TÉCNICA 18/2010 ...................................................................................................... 50
16. FOGOS DE ARTIFÍCIO: PARTE 2 - ESPETÁCULOS PIROTÉCNICOS - NORMA
TÉCNICA 19/2010 ...................................................................................................... 50
17. SISTEMA DE PROTEÇÃO A DESCARGAS ATMOSFÉRICAS- SPDA. ............. 50
18. SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR CHUVEIROS AUTOMÁTICOS - NORMA
TÉCNICA 20/2010 ...................................................................................................... 51
18.1 REDE DE SPRINKLERS ......................................................................................... 51
18.2 RISCOS MÉDIOS..................................................................................................... 51
18.3 NÚMERO DE SPRINKLERS .................................................................................. 52
18.4 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS E SUB-RAMAIS ..................................... 53
18.5 DIMENSIONAMENTO DA COLUNA DE ALIMENTAÇÃO ................................ 54
18.6 FORNECIMENTO DE ÁGUA A REDE DE SPRINKLERS ................................ 54
19. APARELHOS SANITÁRIOS ............................................................................... 54
19.1 LAVATÓRIOS ........................................................................................................... 54
19.2 VASOS SANITÁRIOS .............................................................................................. 55
19.3 MICTÓRIOS .............................................................................................................. 55
20. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 58
21. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 59
22. ANEXOS ............................................................................................................. 64
8

1. INTRODUÇÃO

Em todas as fases que envolvem o processo produtivo, assim como o uso da


edificação, a segurança contra incêndio deve ser considerada, passando pelo
estudo preliminar, pela concepção do anteprojeto, pelo projeto executivo e pela
construção, operação e manutenção. Se a segurança contra incêndio for
desconsiderada em qualquer uma das etapas, o edifício ficará suscetível a riscos
de inconveniências funcionais, gastos excessivos e níveis de segurança
inadequados. Grande parte da segurança contra incêndio dos edifícios é
resolvida na fase de projeto. Tudo o que foi previsto em projeto deve ser
considerado na fase de construção do edifício, garantindo assim tanto a
confiabilidade como a efetividade anteriormente previstas. Deve-se, ainda,
ressaltar que parte considerável dos problemas com relação à proteção contra
incêndio ocorre durante a fase de operação da edificação e depende da
caracterização do tipo de ocupação, de usuário e das regulamentações
compulsórias existentes (SEITO, 2008).

O projeto de proteção contra incêndios deve nascer juntamente com o projeto de


arquitetura, considerando as distâncias para serem alcançadas as saídas, as
escadas (largura, dimensionamento dos degraus, controle de fumaça, corrimãos,
resistência ao fogo etc). Os projetos de arquitetura das edificações precisam
considerar a movimentação de fumaça dentro dos ambientes em caso de
incêndio, e promover barreiras arquitetônicas e sistemas de extração de gases,
além dos sistemas de proteção e combate. As rotas de fuga devem conduzir a
saídas de emergência adequadas para a população prevista para o local (SEITO,
2008).
9

2. O PROJETO

Abordagem do Trabalho: Projeto de Combate a Incêndio e Pânico de uma


boate com área de 3000,0 m², apresentando 2 pavimentos de 6,0 m de pé direito
e médio risco de incêndio. A boate possui dimensões: 1° pavimento: 38,0 m x
50,0 m, área: 1900,0 m²; Mezanino: 38,0 m x 28,95 m, área: 1100,0 m²;

Objetivo do Trabalho: Apresentar memorial descritivo e de cálculo com o


desenho da boate contemplando o sistema de proteção contra incêndio
obedecendo as Normas e especificações das seguintes entidades:
 ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;
 Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo;

Iniciamos o nosso Projeto de Combate a Incêndio com a classificação da


edificação e área de risco quanto: à ocupação, à altura, ao risco de incêndio, de
acordo com as tabelas 1 (NT 02/2013), 2 e 3 respectivamente. Para isso,
consultamos o Decreto 2423 – R de 2009 e as Normas Técnicas Brasileiras
Oficiais que o complementam.

Tabela 1: Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação


10

Tabela 2: Classificação quanto à altura.

Tabela 3: Classificação quanto ao risco de incêndio.

De acordo com as tabelas acima, a edificação em estudo enquadra-se no grupo


F-6, já que se trata de um local de reunião de público; é uma edificação baixa,
pois o pé direito é de 6,0 metros e a altura de uma edificação é dada pela medida
em metros entre o nível do terreno circundante e à edificação ou via pública ao
piso do último pavimento, excluindo-se pavimentos superiores destinados
exclusivamente à casa de máquinas, barriletes, reservatórios de água e
assemelhados; e de médio risco de incêndio (“B”); os riscos são denominados
de "A", "B" e "C", ou seja leve, médio e pesado que são determinados com base
na "Tarifa Seguro Incêndio" do Instituto de Resseguros do Brasil. Existe um
índice de ocupações que indicam uma rubrica e sub rubrica, de acordo com a
rubrica é determinado o risco: até 2 risco "A", 3 a 6 risco "B", 7 a 13 risco "C".

Foi consultado ainda a NT 02/2010 e NT 02/2013 (EXIGÊNCIAS DAS MEDIDAS


DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO NAS EDIFICAÇÕES E
ÁREAS DE RISCO), a fim de determinar todas as exigências pertinentes ao
projeto de forma a atender a Normas vigentes.
11

Tabela 4: Edificações do grupo f com área superior a 900 m² ou altura superior a 9,00 m.

Além das medidas de segurança indicadas na tabela 4 acima, deverão ser


observadas as demais exigências referentes a hidrante de coluna urbano
segundo Norma Técnica específica e controle de materiais de acabamento para
as edificações das divisões F-5 e F-6.
12

3. CALCULO DA CARGA DE INCÊNCIO NAS EDIFICAÇÕES E


ÁREAS DE RISCO – NORMA TÉCNICA 04/2009

Esta NT estabelece valores característicos de carga de incêndio nas edificações


e áreas de risco, conforme a ocupação e uso específico. Os parâmetros básico
de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que
devem constar no Projeto Técnico são os seguintes:
a) carga de incêndio específica;
b) juntar o memorial de carga de incêndio quando necessário (não é o caso do
ambiente em analise).

Tabela 5: Classificação quanto ao risco de incêndio.

Segundo a tabela 6, a carga de incêndio específica (qfi) para boates é de 600


MJ/m².

Tabela 6: Valores das cargas de incêndio específicas.


13

4. ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO - NORMA TÉCNICA


06/2009

De acordo com a NT 06/2009 (Acesso de viaturas nas edificações e áreas de


risco), artigo 6 – Disposições gerais. Os parâmetros que devem constar no
projeto são apresentados abaixo em conformidade com a respectiva norma.

A edificação deverá ter via de acesso e faixa de estacionamento, assim


determinado na NT 06/2009 Anexo A, com tipo de edificação com altura menor
que 12 metros e afastamento em relação ao meio fio mais de 20 metros.

ANEXO A

Tabela 7: Via de acesso e faixa de estacionamento.

a) largura e altura do portão de entrada e da via de acesso foram definidas


respectivamente em 4,0 metros e 4,5 metros atendendo a Norma conforme
ANEXO B, figura 1, mostrado abaixo:
14

Figura 1: Altura e largura mínimas do portão de acesso à edificação.

b) O peso suportado pela pavimentação da via de acesso é de 25.000


quilograma-força (kgf), atendendo a NT 06/2009, item 5, alínea “b”.

c) Altura livre de 4,5 metros das vias de acesso, atendendo a NT 06/2009 , item
5, alínea “c”.

d) Como a via urbana excede 45 m de comprimento, ela terá retorno em formato


T, conforme NT 06/2009 anexo C da figura 2 abaixo.

ANEXO C

Figura 2: Retorno em T.
15

e) Faixa de estacionamento com largura de 8 metros e comprimento de 15


metros, com pavimentação suportando carga de 25.000 quilogramaforça (Kgf),
e com desnível de 1% podendo chegar ao máximo 5% tanto longitudinal, quanto
transversal, conforme NT 06/2009 subitem 5.1.1.2 (características das faixas de
estacionamento). Abaixo são apresentados os anexos D e E da Norma
NT06/2009 demonstrando a faixa de estacionamento e os desníveis.

Figura 3: Desnível lateral e desnível longitudinal.

Fonte: Fire Department Aerial Apparatus

Figura 4: Faixa de estacionamento


16

f) Nota indicando que a faixa de estacionamento deve ficar livre de postes,


painéis, árvores ou outro tipo de obstrução.

g) Localização da placa de proibição na faixa de estacionamento das viaturas do


Corpo de Bombeiros.

5. BRIGADA DE INCÊNDIO – BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL –


PRIMEIROS SOCORROS OU SOCORROS DE EMERGÊNCIA –
NORMA TÉCNICA 07/2010

A partir de 11 de novembro de 2014, com a aprovação da Norma Técnica


02/2013, o CBMES passou a exigir brigadas de incêndio ou bombeiros
profissionais civis para determinadas ocupações como medidas obrigatórias de
segurança contra incêndio e pânico.

No que se refere a exigências de Bombeiro profissional civil:

Necessitarão de bombeiro profissional civil: Centro de compras em geral


(shopping centers) com Altura menor ou igual a 30,00 m, se Área superior
a 3.000 m2, OU com Altura maior que 30,00 m independentemente da
Área total construída (Site CBMES).

Portanto, para a boate não é necessário o bombeiro profissional civil.

Já no que se refere a brigada de Incêndio, de acordo com a Tabela 4, da seção


2, boates, clubes noturnos em geral, salões de baile, restaurantes dançantes,
clubes sociais, bingo, bilhares, tiro ao alvo, boliche e assemelhados, qualquer
que seja a área ou altura da edificação deverá possuir brigada de incêndio.

É necessário que a brigada de incêndio seja reconhecida pelo CBMES, ou seja,


sejam formados no padrão da Norma Técnica 07/2010 e tenham seus
certificados homologados pelo Corpo de Bombeiros Militar do ES. A NBR 14.276
(composição, atribuição, organização), nas quais descrevem definições e
características que envolvem a natureza da atividade exercida pelos brigadistas.

Segundo a NT 07/ CAT/CBMES, brigadas de Incêndio é todo grupo organizado


de pessoas voluntárias ou indicadas, pertencente a população fixa de uma
17

edificação, que são treinadas e capacitadas para atuarem, sem exclusividade,


na prevenção e no combate a incêndio, no abandono de área e prestar primeiros
socorros.

A seguir um organograma de uma brigada de incêndio de acordo com a NBR


14.276.

Figura 5 – Organograma da estrutura hierárquica da brigada de incêndio.

Nesse organograma é representada a estrutura hierárquica da brigada,


consequentemente, o nível de responsabilidades e cadeia de comando do grupo.
Esse organograma deve ficar em locais visíveis em locais com grande circulação
com nome, foto, função na empresa dos brigadistas, telefone de contato, para
facilitar o acionamento por qualquer funcionário da edificação, em caso de
emergência.

5.1 ATRIBUIÇÕES DOS BRIGADISTAS

Ações de Prevenção

 Conhecer o plano de emergência contra incêndio da planta;


 Conhecer todos os setores e instalações da edificação;
18

 Avaliar os riscos existentes;


 Inspecionar os sistemas de proteção contra incêndio e pânico da
edificação (extintores, hidrantes, sinalizações de escape, luzes de
emergência, outros);
 Inspecionar o livre acesso às rotas de fuga e às escadas de emergência;
 Elaborar o relatório de irregularidades e encaminhá-lo ao setor
responsável;
 Orientar a população fixa quanto ao procedimento em caso de abandono
de área;
 Participar dos exercícios simulados.

Ações de Emergência

 Atender com presteza ao brado do alarme de incêndio, deslocando-se


para o local de reunião;
 Sempre que acionado, investigar possíveis sinais de princípio de incêndio;
 Combater o fogo no seu início, usando os recursos apropriados
(extintores ou hidrantes de parede);
 Retirar as pessoas rapidamente da edificação, quando em caso de
incêndio ou pânico;
 Prestar ações de primeiros socorros aos necessitados (vítimas de casos
traumáticos ou clínicos);
 Relatar imediatamente as irregularidades e os riscos encontrados nas
inspeções;
 Acionar o Corpo de Bombeiros quando necessário e prestar todo apoio.

5.2 DIMENSIONAMENTO

A tabela abaixo, extraída do Anexo A – Tabela A.1 da NBR 14276:2006, mostra


a composição da brigada de incêndio.
19

Nota 5 Quando a população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será acrescido + 1 brigadista para
cada grupo de até 20 pessoas para risco baixo, mais um brigadista para cada grupo de até 15 pessoas para risco médio e mais um
brigadista para cada grupo de até 10 pessoas para risco alto.

Tabela 8 – Composição da brigada de incêndio por pavimento ou compartimento.

De acordo com a tabela acima e sabendo que a boate está enquadrada na


divisão F-6 e possui risco médio, foram efetuados os seguintes cálculos para
obter a quantidade de brigadistas para a boate:

 Boate – F-6 – Risco médio


 População fixa: 6000 pessoas
 População fixa até 10 pessoas = 6 brigadistas (tabela acima)
 População fixa acima de 10 pessoas = 6000 (população fixa total) – 10 =
5990 pessoas = 5990/15 (mais um brigadista para cada grupo de 15
pessoas para risco médio) = 399,33 = 400 brigadistas.
 Número de brigadistas total para boate = 6 brigadistas (população fixa
até 10) + 400 brigadistas (população fixa acima de 10) = 406 brigadistas.

6. SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES (ISOLAMENTO DE RISCO) -


NORMA TÉCNICA 08/2010

Esta Norma Técnica aplica-se a todas as edificações, independente de sua


ocupação, altura, número de pavimentos, volume, área total e área específica de
pavimento, porém não será aplicada a nossa edificação, pois ela não apresenta
vizinhança.
20

7. SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DOS ELEMENTOS DE


CONSTRUÇÃO - NORMA TÉCNICA 09/2010

7.1 DETERMINAÇÃO DO TEMPO REQUERIDO DE RESISTÊNCIA AO


FOGO (TRRF)

Para edificação com altura menor ou igual a 6,00m, admite-se o uso do método
do tempo equivalente de resistência ao fogo em substituição aos TRRF
estabelecidos nesta NT, porém iremos adotar para a boate em questão o método
do TRRF.

 Critérios para determinação do TRRF

Para a definição dos TRRF foi adotada a Tabela 8 abaixo, da NT 09,


conforme o item “5. Procedimentos” da referida NT.

 Valores do TRRF

As estruturas principais (pilares e vigas principais) terão TRRF de 60 min


conforme:

- Tabela 8, Grupo F, Classe P1 da NT 09.

- As vigas secundárias terão TRRF de 60 min., conforme o anexo A, item A1.5


a da NT 09; De acordo com o ANEXO A, subitem A1.5, o TRRF das vigas
secundárias, das edificações até 80 m de altura, não necessita ser maior que:

a) 60 min para as edificações de classes P1 a P4;

- Item 5.7 da NT 09.

7.2 ISENÇÕES OU REDUÇÕES DE TRRF

Não foi adotada nenhuma condição para redução ou isenção de TRRF na


presente edificação.

7.3 MÉTODOS PARA SE RESPEITAR OS TRRF DOS ELEMENTOS


ESTRUTURAIS
21

Os métodos adotados foram tabulares, de acordo com Tabela de Resistência ao


Fogo para Alvenarias do Anexo B, da NT 09/2010.

7.4 MATERIAIS DE REVESTIMENTO CONTRA FOGO E RESPECTIVAS


ESPESSURAS DE PROTEÇÃO E/OU DIMENSIONAMENTO DOS
ELEMENTOS ESTRUTURAIS

A estrutura será executada com pilares armados e lajes com TRRF: 60 min., de
acordo com a tabela 8 abaixo.

As espessuras foram calculadas com base nos ensaios laboratoriais, de acordo


com os procedimentos da Norma.

Para fins de dimensionamento dos elementos de construção e dos revestimentos


para proteção passiva das estruturas, será contratado especialista em
estruturas, que deverá seguir as prescrições da NT 09, ou outras que surgirem
ou que vierem a substituí-las, conforme TRRF previsto neste Memorial.

No ato da apresentação do Projeto Técnico com as medidas de segurança contra


incêndio e pânico para análise e aprovação, serão apresentados ART referente
ao Projeto de Estruturas e Execução, juntamente com as respectivas
declarações de que o projeto e execução foram realizados conforme o prescrito
na NT 09/2010 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção.
22

Tabela 9: Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF): Para a classificação detalhada


das ocupações (Grupo e Divisão), consultar a Tabela 1, do Anexo do Decreto nº 2423-R/2009.

7.5 CONTROLE DE QUALIDADE

A boate apresenta área de 3.000 m², não sendo necessário Certificado de


Controle de Qualidade durante a execução. De acordo com o item “5.18 Controle
de qualidade” desta NT, para as edificações com área superior a 10.000 m², será
exigido controle de qualidade durante a execução e aplicação dos materiais de
proteção térmica às estruturas, realizado por empresa ou profissional qualificado
e cadastrado no CBMES.

8. DIMENSIONAMENTO DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA PARA


EDIFICAÇÕES OU ÁREAS DE RISCO DESTINADAS A SHOWS E
EVENTOS - NORMA TÉCNICA 10/2010
23

A Norma Técnica nº 10/2010, Parte 4 do Centro de Atividades Técnicas, aplica-


se a todos os recintos ou setores situados em edificações permanentes ou
temporárias, fechadas ou abertas, cobertas ou descobertas, plana e ao nível do
terreno circundante que abrigam eventos, shows e similares em período limitado
capaz de concentrar pessoas em determinado espaço físico construído cuja
população seja superior a 1.200 (mil e duzentas) pessoas. Todas as ocupações
citadas devem atender aos requisitos da NT 10 - Saídas de emergência, Parte 1
- Condições Gerais, quanto à lotação e dimensionamento das saídas de
emergência.

As saídas de emergência compreendem o seguinte:

a) acesso ou rotas de saídas horizontais, ou seja, acessos às portas ou ao


espaço livre exterior;
b) área de dispersão.

Em todos os locais de eventos deverá haver, no mínimo, duas alternativas de


saída de emergência que possibilitem diferentes sentidos de fuga (Anexo C,
figura 5). Os setores verticais tais como camarotes e camarins deverão atender
a parâmetros de norma técnica específica para dimensionamento de suas saídas
de emergências.
24

Figura 6: Distribuição das saídas

8.1 ROTAS DE SAÍDAS HORIZONTAIS – ACESSOS E PORTAS

De acordo com o subitem 5.3.1 da NT, os acessos horizontais devem satisfazer


as seguintes condições:

a) possuir no mínimo 3,0m de largura;


b) estar livres de obstáculos e permitir o acesso rápido e seguro do público
às portas de saída;
c) os acessos destinados aos portadores de deficiência devem observar
ainda os demais critérios descritos na ABNT NBR 9050;
d) ser iluminados e sinalizados com indicação clara do sentido da saída, de
acordo com o estabelecido e adotado em normas específicas.
25

Baseado no subitem 5.2.2, as portas de saída de emergência devem atender


aos seguintes requisitos:

a) abrir no sentido de fuga podendo, na impossibilidade, ser do tipo de correr;


b) possuir largura dimensionada para evacuação segura da população do
recinto ou setor e nunca inferior a 3,00m;
c) serem distribuídas de forma equidistantes e de maneira a atender o fluxo
a elas destinado;
d) não possuir peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas,
dobradiças e outros;
e) não é permitida a colocação de portas em rampas, sendo que estas
devem estar situadas sempre em patamares planos, com comprimento
igual ou superior à da folha da porta de cada lado do vão.

8.2 CÁLCULO DA POPULAÇÃO

Para as edificações, o cálculo da população máxima será determinado pelos


itens abaixo:

a) a população do recinto e/ou setor do evento, como um todo, é calculada


considerando 2 pessoas por metro quadrado (m²) em área plana;

b) no caso de camarotes que não possuam cadeiras fixas, a densidade para fins
de cálculo é de 2 pessoas por metro quadrado (m²) da área bruta do camarote.

1º pavimento: Mezanino:

2 pessoas ------- 1,00 m² 2 pessoas ------- 1,00 m²

X ------- 1900,00 m² X ------- 1100,00 m²

X= 3800 pessoas X= 2200 pessoas

Sendo assim, a população máxima admitida no recinto é de 6000 pessoas.


8

8.3 EVENTOS DE IMPACTO

Como o público esperado é de 6000 pessoas, os shows e eventos serão


considerados como eventos de impacto; São considerados eventos de impacto
todos os eventos realizados em edificações ou áreas públicas ou privadas com
previsão de público igual ou superior a 5.000 e inferior a 10.000 pessoas.

8.4 DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS

A largura total das saídas (L) das edificações e áreas de risco destinadas a
shows e eventos com população (P) igual ou superior 5.000 pessoas (eventos
de impacto e alto-impacto) devem ser dimensionadas conforme o seguinte:

 1º pavimento:

𝑃
𝐿= 𝑥3
720

3800
𝐿= 𝑥3
720

𝐿 = 15,83 𝑚

15,83
N° de portas: = 5,27 = 6,0 𝑠𝑎í𝑑𝑎𝑠
3,00

 Mezanino:

𝑃
𝐿= 𝑥3
720

1100
𝐿= 𝑥3
720

𝐿 = 4,58 𝑚

4,59
N° de portas: = 1,527 = 2,0 𝑠𝑎í𝑑𝑎𝑠
3,00
8

Totalizando 8 portas de rotas de saídas em toda a edificação, com largura de


3,00m, conforme a alínea b, do subitem 5.2.2. No 1º pavimento a distância entre
as portas será de 9,77m e no mezanino 91, 8 m.

9. SAÍDAS DE EMERGÊNCIA - NORMA TÉCNICA 10/2010

9.1 ESCADAS

Serão necessárias 2 escadas abertas externas para atender as 2 saídas do


mezanino. O tipo de saída exigido para o tipo de ocupação F-6, em função da
altura da edificação, é encontrado na Tabela 9, correspondendo a ENE = Escada
não enclausurada (escada comum). As escadas devem:

a) atender a norma específica quanto aos materiais de acabamento e


revestimento sendo os pisos dos degraus e patamares revestidos com
materiais resistentes à propagação superficial de chama, isto é, com
índice "A" da ABNT NBR 9442 ou norma específica;

b) ser dotadas de guardas em seus lados abertos;

c) ser dotadas de corrimãos em ambos os lados;

d) atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas


terminando obrigatoriamente no piso desta, deve ser acrescida a iluminação
de emergência e sinalização de balizamento, indicando a rota de fuga e
descarga;

e) ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de


coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou
internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o
uso.
9

Tabela 10: Tipos de escadas de emergência por ocupação.

Baseado no memorial descritivo das medidas de segurança, desta NT, as


escadas abertas externas devem atender aos requisitos:

a) ter seu acesso provido de porta corta-fogo com resistência mínima de 60 min;

b) a parede entre a escada aberta externa e a fachada da edificação deverá ter


um TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra
Incêndio dos Elementos de Construção, mais nunca inferior a duas horas;
10

c) de toda abertura desprotegida do próprio prédio, até escada, deverá ser


mantida uma distância mínima de 3 m quando a altura da edificação for inferior
ou igual a 12 m, e de 8 m quando a altura da edificação for superior a 12 m;

d) a estrutura portanto da escada aberta externa deverá ser construída em


material incombustível, atendendo aos critérios estabelecidos na NT 09 -
Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, com TRRF de 2 h;

e) na existência de shafts, dutos ou outras aberturas verticais que tangenciam a


projeção da escada aberta externa, tais aberturas deverão ser delimitadas por
paredes estanques nos termos da NT 09 - Segurança Contra Incêndio dos
Elementos de Construção;

f) será admitido esse tipo de escada até edificações com altura de 30 m.

9.2 LARGURA

a) Baseado no subitem “5.4.2 Larguras mínimas a serem adotadas”, as


larguras mínimas das saídas devem ser 1,10 cm para as ocupações em
geral, correspondendo a duas unidades de passagem de 55 cm. De
acordo com o subitem 5.4.1.1, as escadas, rampas e descargas são
dimensionadas em função do pavimento de maior população, sendo
assim, iremos considerar o 1° pavimento, o que resulta em apenas uma
unidade de passagem, não sendo viável:

N=P/C

Onde:

- N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro

- P = população.

- C = capacidade da unidade de passagem, é 75, baseada na tabela 3, do anexo


A desta NT, subitem 5.4.1.
11

2 pessoas ------- 1,00 m²

X ------- 1900,00 m²

X= 3800 pessoas – 1º pavimento

3800
𝑁=
75

𝑁 = 50,66 cm

50,66 𝑐𝑚
𝑁=
55𝑐𝑚

𝑁 = 0,92 = 1 𝑈

b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os


corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que se podem projetar até 10
cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas;

c) ter, quando se desenvolver em lanços paralelos, espaço mínimo de 10 cm


entre lanços, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão.

9.3 OS DEGRAUS

Devem:

a) ter altura h compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância de 0,5
cm; Nossas escadas terão degraus com altura de 18,0 cm.

b) ter largura b dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h+ b) ≤ 64

cm.

 63 cm ≤ (2x18 + b) ≤ 64 cm

 (2x17 + b) ≤ 64 cm

b ≤ 64-36
12

b ≤ 28, 0 cm ou

 63 cm ≤ (2x18 + b)

63 – 36 ≤ b

b≥ 27,0 cm

Então adotarei a largura dos meus degraus como 28,0 cm. Em resumo, as
escadas externas da boate terão (a distância vertical do piso do primeiro
pavimento ao piso do segundo pavimento = 615,0 cm).

– 33 pisos com 28 cm de comprimento;

– 34 espelhos com 18 cm de altura;

9.4 PATAMARES

O comprimento dos patamares deve ser dado pela fórmula: p = (2h + b). n + b,
onde n é um número inteiro de passos a ser dado no patamar (1, 2 ou 3), quando
se tratar de escada reta, medido na direção do trânsito;

p = (2.18 + 28). 2 + 28
p = 156,0 cm

Figura 7: Comprimento de patamar.

Cada escada terá 2 patamares, um na transição da saída de emergência


(localizada no mezanino) para a escada externa, formando assim o piso superior
13

e outro no degrau 17. Recomenda-se nas escadas com mais de 19 (dezenove)


degraus, intercalar um patamar com a profundidade mínima igual a largura da
escada.

9.5 GUARDAS E CORRIMÃOS

Toda saída de emergência - corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias,


patamares, escadas, rampas e outros - deve ser protegida de ambos os lados
por paredes ou guardas (guardacorpos) contínuas, sempre que houver qualquer
desnível maior de 19 cm, para evitar quedas.

A altura mínima (ht) do guardacorpo, medida entre o piso acabado e a parte


superior do peitoril, deve ser de 1,10 m. Se altura da mureta (hm) for menor ou
igual a 0,2 m ou maior que 0,8 m, a altura total deve ser de no mínimo 1,10 m.
Se a altura da mureta estiver entre 0,2 m e 0,8 m, a altura da proteção (hp) do
guardacorpo não deve ser inferior a 0,90 m. A altura das guardas em escadas
abertas externas, em balcões e assemelhados, deve ser de, no mínimo, 1,30 m.

Os corrimãos deverão ser dotados em ambos os lados das escadas ou rampas,


devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso. Não são
aceitáveis, em saídas de emergência, corrimãos constituídos por elementos com
arestas vivas, tábuas largas, e outros.

10. COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E COMPARTIMENTAÇÃO


VERTICAL - NT 11/2010

Esta Norma Técnica estabelece os parâmetros a serem observados para a


compartimentação horizontal (se destina a impedir a propagação de incêndio no
pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal) e
compartimentação vertical (visa impedir a propagação de incêndio no sentido
vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos) exigida pela
Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo.

De acordo com a tabela 4 (edificações do grupo f com área superior a 900 m² ou


altura superior a 9,00 m), da NT 02 – Exigências das Medidas de Segurança
14

Contra Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco, para o local de


reunião de público em questão não há compartimentação horizontal e vertical.

11. EXTINTORES DE INCÊNDIO - NT 12/2009

Esta Norma Técnica se aplica às edificações e áreas de risco onde é exigido o


Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio, conforme Legislação de
Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. Ela tem por
objetivo fixar os critérios básicos indispensáveis para proteção contra incêndio
em edificações e áreas de risco por meio de extintores de incêndio (portáteis ou
sobre rodas), com o estabelecimento de medidas para aplicação na análise e
vistoria.

11.1 DIMENSIONAMENTO

Segundo o item “5.3 Dimensionamento”, o número mínimo, tipo e a capacidade


dos extintores dependem:

a) da adequação do agente extintor à classe de incêndio;


b) da capacidade extintora; Os aparelhos extintores de incêndio devem ser
adequados à classe de incêndio predominante dentro dá área de risco a
ser protegida, de forma que sejam intercalados na proporção de dois
aparelhos extintores para o risco predominante e um para a proteção do
risco secundário. Cada pavimento de uma edificação, com área
construída a partir de 50m², deve possuir, no mínimo, dois extintores,
sendo um para incêndio classe A e outro para incêndio classe B e C,
mesmo que ultrapassem a área mínima a proteger. Segundo o anexo F,
desta NT, o fogo, de acordo com o material combustível, é classificado
em 5 classes, dentre elas:
- Fogo de classe A: São os que ocorrem em materiais combustíveis sólidos
comuns, tais como madeiras, papéis, tecidos, borrachas, plásticos
termoestáveis, etc. Esses materiais queimam em superfície e em profundidade,
deixando resíduos após a combustão, como brasas e cinzas. A extinção se dá
15

por resfriamento, principalmente pela ação da água, que é o mais efetivo agente
extintor, e por abafamento, como ação secundária.

- Fogo de classe B: São os que ocorrem em líquidos combustíveis e em gases


inflamáveis, tais como gasolina, álcool, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo
(GLP), gás natural, acetileno. A combustão desses materiais se caracteriza por
não deixarem resíduos. A extinção se dá por abafamento, pela quebra da cadeia
de reação química e/ou pela retirada do material combustível. Os agentes
extintores podem ser produtos químicos secos, líquidos vaporizantes, gases,
água nebulizada e a espuma mecânica, que é o melhor agente extintor.

- Fogo de classe C: São os que ocorrem em equipamentos e instalações elétricas


energizados. Deve ser usado um agente extintor não condutor de eletricidade.
São usados o pó químico seco, líquidos vaporizantes e gases, principalmente
estes.
c) da classificação da edificação ou área de risco quanto ao risco de
incêndio;
d) da área a ser protegida;
e) da distância máxima a ser percorrida.

11.2 MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

Os requisitos mínimos para proteção por extintores de incêndio são:

1 - Cada unidade extintora protegerá uma área máxima de 250 m² (ver tabela
10), pois a classe de risco de incêndio da edificação é a média:

Tabela 11: Classe de risco de incêndio e área máxima.

2 - Os extintores devem ser distribuídos de forma a cobrir a área do risco, e que


o operador deve percorrer do extintor até o ponto mais afastado uma distância
máxima de 15 metros, conforme a tabela 11.
16

Tabela 12: Classe de risco de incêndio e percurso.

Usaremos ao todo, 24 unidades extintoras (10 classe A e 14 classe BC):


 1º pavimento (área:1900m²)

1900 𝑚²
= 7,6 = 8 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑖𝑛𝑡𝑜𝑟𝑎𝑠
250 𝑚²
Atendendo ao item 1, 8 unidades extintoras seriam suficientes para o 1º
pavimento, porém para atender a distancia máxima de 15 metros citada no item
2, serão necessários 15 extintores, pois o perímetro do pavimento é de 176 m,
resultando em 15 unidades extintoras com distância compreendida em 11,73m.

 Mezanino (área:1100m²)

1100 𝑚²
= 4,40 = 5 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑖𝑛𝑡𝑜𝑟𝑎𝑠
250 𝑚²

Atendendo ao item 1, 5 unidades extintoras seriam suficientes para atender o


mezanino, porém para satisfazer a distância máxima de 15 metros, serão
necessários 9 extintores, uma vez que o perímetro do pavimento é de 134 m,
resultando em 9 unidades extintoras com distância compreendida em 14,88m.

3 - Quando houver diversificação de riscos numa mesma edificação, os


extintores devem ser localizados de modo a serem adequados à natureza do
risco a proteger dentro de sua área de proteção; Os extintores de incêndio mais
adequados são:
17

Tabela 13: Substâncias dos extintores de acordo com a natureza do fogo.

4 - Devem ser instalados extintores de incêndio, independente da proteção geral


da edificação ou área de risco, na parte externa dos abrigos de riscos especiais,
tais como:
a) casas de caldeira;
b) casa de força elétrica;
c) casas de bombas;
d) casas de máquinas;
e) galeria de transmissão;
f) transformadores;
g) quadro de distribuição de energia elétrica.

5 - A instalação dos extintores obedecerá aos seguintes requisitos:


a) haja boa visibilidade e acesso desobstruído;
b) a probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso deve ser a menor possível;
c) seja adequado à classe de incêndio predominante dentro da área de risco a
ser protegida;
d) deve ser instalado, pelo menos, um extintor de incêndio a não mais que 5 m
da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos;
e) a sua localização não será permitida nas escadas, nos patamares e nem nas
antecâmaras das escadas.

6 - Devem ser fixados em colunas, paredes ou divisórias, de maneira que sua


parte superior (gatilho) fique a uma altura máxima de 1,60m (um metro e
sessenta centímetros) do piso acabado;
18

7 - É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que


permaneçam apoiados em suportes apropriados, com altura de 0,20m (vinte
centímetros) do piso, desde que não fiquem obstruídos e que não tenham sua
visibilidade prejudicada;

8 - As manutenções e recargas deverão ser realizadas por empresas


cadastradas junto ao Corpo de Bombeiros Militar, desde que legalmente
habilitadas e registradas junto ao Instituto Nacional de Metrologia Normalização
e Qualidade Industrial (INMETRO);

9 - Por ocasião das vistorias do Corpo de Bombeiros Militar, será exigido um


Relatório de Inspeção e a nota fiscal dos serviços executados nos extintores.

12. ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA - NORMA TÉCNICA 13/2010

Esta Norma Técnica se aplica às edificações e áreas de risco onde o sistema de


iluminação de emergência é exigido.

12.1 MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA –


ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

O sistema de iluminação de emergência deverá ser projetado, instalado e


manutenido conforme ABNT NBR 10898 e NT 13;

Será exigido sistema de iluminação de emergência para locais de reunião de


público (ocupação F) para edificação com lotação superior a 50 pessoas;

Os pontos de iluminação de emergência devem ser distribuídos de forma a


manterem no mínimo 3 lux para áreas planas, sem obstáculos e hall de entrada
para elevadores e no mínimo 5 lux em áreas com obstáculos e em escadas;

A fixação da luminária na instalação deve ser rígida, de forma a impedir queda


acidental, remoção sem auxílio de ferramenta e que não possa ser facilmente
avariada ou posta fora de serviço. Deve-se prever em áreas com material
inflamável, que a luminária suporte um jato de água sem desprendimento parcial
19

ou total do ponto de fixação;

O sistema não poderá ter uma autonomia menor que uma hora de
funcionamento, com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial;

Para escolha do local onde devem ser instalados os componentes de fonte de


energia centralizada de alimentação do sistema de iluminação de emergência,
bem como seus comandos, devem ser consideradas as seguintes condições:

• seja de uso exclusivo, não se situe em compartimento acessível ao público e


com risco de incêndio;

• que o local seja protegido por paredes resistentes ao fogo de 2 horas;

• seja ventilado conforme ABNT NBR 10898;

• não ofereça riscos de acidentes aos usuários;

• tenha fácil acesso e espaço de movimentação ao pessoal especializado para


inspeção e manutenção;

• os painéis de controle devem estar ao lado da entrada da sala do(s) gerador(es)


para facilitar a comunicação entre pessoas com o equipamento em
funcionamento.

Não são admitidas ligações em série de pontos de luz;

Os eletrodutos utilizados para condutores da iluminação de emergência não


podem ser usados para outros fins, salvo instalação de detecção e alarme de
incêndio ou de comunicação (quando houver), conforme ABNT NBR 5410,
contando que as tensões de alimentação estejam abaixo de 30 Vcc e os circuitos
devidamente protegidos contra curto circuitos;

As luminárias de aclaramento (ou de ambiente), quando instaladas a menos de


2,5 m de altura e as luminárias de balizamento (ou de sinalização), devem ter
tensão máxima de alimentação de 30 Vcc;

Na impossibilidade de reduzir a tensão de alimentação das luminárias, pode ser


20

utilizado um interruptor diferencial de 30 mA com disjuntor termomagnético de


10 A;

A iluminação de sinalização deve assinalar todas as mudanças de direção,


obstáculos, saídas, escadas, etc. e não deve ser obstruída por anteparos ou
arranjos decorativos. O fluxo luminoso do ponto de luz, exclusivamente de
iluminação de sinalização, deve ser no mínimo igual a 30 lúmens.

13. SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA - NORMA TÉCNICA 14/2010

A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência


de incêndio, alertar para os riscos existentes e garantir que sejam adotadas
ações adequadas às situações de risco, que orientem as ações de combate e
facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono
seguro da edificação em caso de incêndio. Esta Norma Técnica se aplica a todas
as edificações e áreas de risco onde é exigido o sistema de sinalização de
emergência de acordo com o previsto na Legislação de Segurança Contra
Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo.

13.1 MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA –


SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

O sistema de sinalização de emergência atenderá ao prescrito na Norma Técnica


14 - Sinalização de Emergência, sendo previstos minimamente os seguintes:

A sinalização de emergência faz uso de símbolos, mensagens e cores, que


devem ser distribuídos convenientemente no interior da edificação e áreas de
risco, segundo os critérios da NT 14 - Sinalização de emergência;

A sinalização de proibição deve ser instalada em local visível e a uma altura de


1,80 m, distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que
pelo menos uma delas possa ser claramente visível de qualquer posição dentro
da área, distanciadas em no máximo 15 m entre si;

A sinalização de alerta deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,80
21

m, próxima ao risco isolado ou distribuído ao longo da área de risco generalizado,


distanciadas entre si em no máximo 15 m;

A sinalização de orientação e salvamento deve assinalar todas as mudanças de


direção, saídas, escadas, etc., e ser instalada segundo sua função, a saber:

• A sinalização de portas de saída de emergência deve ser localizada


imediatamente acima das portas, ou diretamente na folha da porta, centralizada
a uma altura de 1,80 m;
• A sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de modo
que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização
seja de no máximo 15 m. Adicionalmente, esta também deve ser instalada de
forma que na direção de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto
seguinte, respeitado o limite máximo de 30,0 m. A sinalização deve ser instalada
de modo que a sua base esteja a 1,80 m do piso acabado;
• A sinalização de identificação dos pavimentos no interior da caixa de escada
de emergência deve estar a uma altura de 1,80 m, instalada junto à parede,
sobre o patamar de acesso de cada pavimento, de tal forma a ser visualizada
em ambos os sentidos da escada (subida e descida);
• A mensagem escrita “SAÍDA” deve estar sempre grafada em língua
portuguesa;
• A abertura das portas em escadas não deve obstruir a visualização de
qualquer sinalização.

A sinalização apropriada de equipamentos de combate a incêndio deve estar a


uma altura de 1,80 m, e imediatamente acima do equipamento sinalizado, além
do seguinte:

a) Quando houver obstáculos que dificultem ou impeçam a visualização


direta da sinalização, a mesma deve ser repetida a uma altura suficiente
para a sua visualização;
b) Quando a visualização direta do equipamento ou sua sinalização não for
possível no plano horizontal, a sua localização deve ser indicada a partir
do ponto de boa visibilidade mais próxima. A sinalização deve incluir o
símbolo do equipamento em questão e uma seta indicativa, sendo que o
22

conjunto não deve distar mais que 7,5 m do equipamento;


c) Quando o equipamento encontrar-se instalado em pilar, devem ser
sinalizadas todas as faces do pilar que estiverem voltadas para os
corredores de circulação de pessoas ou veículos;
d) Quando se tratar de hidrante e extintor de incêndio instalados em
garagem, área de fabricação, depósito e locais utilizados para
movimentação de mercadorias e de grande varejo, deve ser implantada
também a sinalização de piso.

A sinalização complementar deve ser instalada seguindo os critérios desta NT;

São requisitos básicos para que a sinalização de emergência possa ser


visualizada e compreendida no interior da edificação ou área de risco:

a) A sinalização de emergência deve destacar-se em relação à comunicação


visual adotada;
b) A sinalização de emergência não deve ser neutralizada pelas cores de
paredes e acabamentos, dificultando a sua visualização;
c) A sinalização de emergência deve ser instalada perpendicularmente aos
corredores de circulação de pessoas e veículos, permitindo-se condições de fácil
visualização;
d) As sinalizações básicas de emergência destinadas à orientação e
salvamento, alarme de incêndio e equipamentos de combate a incêndio devem
possuir efeito fotoluminescente.

Os seguintes materiais podem ser utilizados para a confecção das sinalizações


de emergência, desde que possuam resistência mecânica e espessura suficiente
para que não sejam transferidas para a superfície da placa possíveis
irregularidades das superfícies em que forem aplicadas:

a) Placas em materiais plásticos;


b) Chapas metálicas;
c) Outros materiais semelhantes.
13.2 SINALIZAÇÃO BÁSICA

a) Sinalização de proibição
23

Código Símbolo Significado Quantidade Local de instalação

Proibido Avaliar a
P1 A critério do cliente
fumar disposição

Proibido
Avaliar a Em locais sujeitos a
P2 produzir disposição incêndio
chama

b) Sinalização de alerta

Código Símbolo Significado Quantidade Local de instalação

Cuidado,
Avaliar a Em locais sujeitos a
A2 risco de disposição incêndio
incêndio

Cuidado,

risco de Avaliar a Em locais sujeitos a


A3
explosão disposição Explosão
24

Cuidado,

risco de Avaliar a
A5 Painéis energizados
disposição
choque
elétrico

c) Sinalização de orientação e salvamento

Código Símbolo Significado Quantidade Local de instalação

O necessário para
S1 Rotas de saídas
atender a NT 14

O necessário para
S2 Rotas de saídas
atender a NT 14

Saída de
emergência

O necessário para Rotas de saídas


S3
atender a NT 14

O necessário para
S4 Rotas de saídas
atender a NT 14

O necessário para
S5 Rotas de saídas
atender a NT 14
25

O necessário para
S6 Rotas de saídas
atender a NT 14

O necessário para
S7 Rotas de saídas
atender a NT 14

O necessário para
S8 Rotas de saídas
atender a NT 14

O necessário para
S9 Rotas de saídas
atender a NT 14

O necessário para
S10 Rotas de saídas
atender a NT 14

O necessário para
S12 Rotas de saídas
atender a NT 14

Saída de
emergência O necessário para
S13 Rotas de saídas
atender a NT 14

O necessário para
S14 Rotas de saídas
atender a NT 14
26

O necessário para
S15 Rotas de saídas
atender a NT 14

O necessário para
S16 Rotas de saídas
atender a NT 14

d) Sinalização de equipamentos de combate a incêndio e alarme

Código Símbolo Significado Local de instalação

Comando
Deve estar a uma
manual altura de 1,80 m, e
E2 de alarme imediatamente acima
do equipamento
ALARME ou bomba sinalizado
DE de incêndio
INCÊNDIO

Comando
Deve estar a uma
manual altura de 1,80 m, e
E3 de alarme imediatamente acima
do equipamento
BOMBA ou bomba sinalizado
DE de incêndio
INCÊNDIO

Deve estar a uma


altura de 1,80 m, e
Extintor
E5 imediatamente acima
de incêndio do equipamento
sinalizado
27

Deve estar a uma


altura de 1,80 m, e
E6 Mangotinho imediatamente acima
do equipamento
sinalizado

Deve estar a uma


Abrigo de altura de 1,80 m, e
E7 mangueira imediatamente acima
do equipamento
e hidrante sinalizado

Deve estar a uma


altura de 1,80 m, e
Hidrante
E8 imediatamente acima
de incêndio do equipamento
sinalizado

Coleção de Deve estar a uma


altura de 1,80 m, e
equipamentos
E9 imediatamente acima
de combate do equipamento
sinalizado
a incêndio

Válvula de
Deve estar a uma
controle do altura de 1,80 m, e
E10 sistema de imediatamente acima
do equipamento
chuveiros sinalizado
automáticos
28

Deve estar a uma


Extintor altura de 1,80 m, e
E11 de incêndio imediatamente acima
do equipamento
tipo carreta sinalizado

Usado para indicar


Sinalização
de solo para a localização dos
equipamentos de
equipamentos
E17 de combate combate a incêndio

a incêndio e alarme, para


(hidrantes e
evitar a sua
extintores)
obstrução

OBS: O formato, dimensões e cores das sinalizações deverão seguir o prescrito


na NT 14.

13.3 SINALIZAÇÃO COMPLEMENTAR

A sinalização complementar atenderá ao contido na Norma Técnica 14 -


Sinalização de Emergência.
29

Figura 8: Sinalização de Figura 9: Sinalização de

porta corta-fogo (vista da escada) porta corta-fogo (vista do Hall)

Figura 10: Sinalização de extintores Figura 11: Sinalização de hidrante


30

14. SISTEMAS DE HIDRANTES E MANGOTINHOS PARA COMBATE À


INCÊNDIO – NORMA TÉCNICA 15/2009

Nessa seção estão fixadas as condições necessárias exigíveis para


dimensionamento, instalação, manutenção, aceitação e manuseio, bem como as
características dos componentes de Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos
para uso exclusivo de Combate a Incêndio.

14.1 TIPOS DE SISTEMA E VOLUME DA RESERVA TÉCNICA DE


INCÊNDIO

A boate possuí uma área de 3.000 m² e está enquadrada em uma área de risco
F-6 conforme seção 2. Dessa forma, de acordo com a tabela abaixo, extraída do
da tabela A.3 (Anexo A da NT15/2010), obtemos a seguinte classificação:

Tipo de sistema: Tipo 3.

Volume da reserva técnica de incêndio (RTI): 18 m³.


31

Tabela 14 – Tipos de sistemas e volume da reserva técnica de incêndio.

14.2 CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE SISTEMA DE PROTEÇÃO POR


HIDRANTES OU MANGOTINHOS

De acordo com os resultados obtidos no item 14.1, quanto ao tipo de sistema,


classificam-se os sistemas de proteção por hidrante e mangotinhos do galpão,
conforme tabela abaixo (extraída da tabela A.1 - anexo A da NT15/2010).
32

Tabela 15 – Tipos de sistemas de proteção por hidrantes e mangotinhos.

14.3 COMPONENTES PARA CADA HIDRANTE SIMPLES OU


MANGOTINHO

De acordo com a seção 5.6.1.4 da norma para cada ponto de hidrante ou


mangotinho são obrigatórios os materiais descritos na tabela abaixo (extraída do
Anexo A – tabela A.2 da NT15/2010), conforme o tipo do sistema, que no caso
do projeto em questão é o sistema tipo 3.

Tabela 16 – Componentes para cada hidrante simples e mangotinho.

14.4 ESPECIFICAÇÕES IMPORTANTES PARA DIMENSIONAMENTO


DOS HIDRANTES

14.4.1 Recalque

 Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivos de recalque


conforme especificado na norma;
 O hidrante de recalque será dotado de registro globo angular de 90º, com
65 mm de diâmetro, dotados de rosca macho conforme ABNT e adaptador
33

rosca fêmea para conexões do tipo engate rápido, storz, de diâmetro de


65 mm com tampão cego;
 O abrigo do hidrante de recalque deverá ser em alvenaria de tijolos ou em
concreto com as dimensões mínimas de 0,60 x 0,40 x 0,40 (m), dotado de
dreno ligado a canalização de escoamento pluvial ou com uma camada
de cinco centímetros de brita no fundo;

Figura 12 – Abrigo de hidrante de recalque.

 A boca de hidrante de recalque não pode ficar abaixo de 15 cm da tampa


do abrigo e o hidrante instalado com uma curva de 90º deve ocupar uma
posição que facilite o engate da mangueira;
 A tampa do abrigo do hidrante de recalque será metálica com as
dimensões mínimas de 0,40 x 0,60 (m) e possuirá a inscrição
“INCÊNDIO”.

Figura 13 – Dispositivo de recalque no passeio público.


34

14.4.2 Abrigo das mangueiras

 Os abrigos para mangueiras podem ser construídos em alvenaria, em


materiais metálicos, em fibra ou vidro, pintados de vermelho e
devidamente sinalizados conforme norma. Quando internos, esses
abrigos conterão, além da mangueira, o hidrante.

Figura 14 – Abrigo de mangueira e suas dimensões.

14.4.3 Distribuição dos hidrantes

 De acordo com a seção 5.7.1 da norma, os pontos de tomada de água


devem ser posicionados:
a) nas proximidades das portas externas, escadas e/ou do acesso
principal a ser protegido, a não mais de 5m;
b) em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender a
alínea “a” obrigatoriamente;
c) fora das escadas ou antecâmaras de fumaça;
d) de 0,90 m a 1,5 m do piso acabado.
 A boate possuirá 5 hidrantes. O hidrante mais desfavorável é o H-B
conforme o anexo A.
35

14.4.4 Tubulação

 As tubulações e conexões deverão ser em ferro galvanizado para pressão


de 15 kgf/cm², com diâmetro mínimo de 65 mm e tubos e conexões de
ferro galvanizado para rede enterrada, conforme especificações NBR
7661 e NBR 7662, as mangueiras deverão ser revestidas de borracha de
diâmetro nominal 40 mm, comprimento de 2x15 metros, provida de
conexões de tipo engate rápido em uma extremidade e esguicho de 40
mm na outra extremidade.

14.5 MEMORIAL DESCRITIVO PARA CÁLCULOS DOS HIDRANTES


MAIS DESFAVORÁVEL E O MAIS PRÓXIMO DO MAIS
DESFAVORÁVEL E DIMENSIONAMENTO DA BOMBA

Para o dimensionamento da bomba, primeiro foram encontrados os hidrantes


mais desfavorável (H-B) e o mais próximo do mais desfavorável (H-A). Foram
calculados as vazões e pressões para os dois hidrantes e constatado que: P"H-
B" - P"H-A" = <= 0,50mca. A partir daí foram a bomba foi dimensionada de
modo a satisfazer o bom funcionamento do hidrante mais desfavorável e o
mais próximo do mais desfavorável.

A seguir encontra-se o memorial descritivo e os cálculos que norteiam o projeto


da boate, cujos de itens seguem ordem conforme formulários padrão do Corpo
de Bombeiros do Estado do Espírito Santo (NT15/2010 – Anexo F). Outros
cálculos utilizados estão no Anexo B e algumas tabelas utilizadas no Anexo C.

14.5.1 Memorial Descritivo da Medidas de Segurança

SISTEMA DE HIDRANTES E MANGOTINHOS - GALPÃO

Carga incêndio específica: 600 (MJ/m2)

Classe de risco: BAIXO MÉDIO ALTO


d
1. Quantidade de hidrantes d
d
1.1 Hidrante de parede: 5
d
x
x
36

1.2 Hidrante industrial: -

1.3 Hidrante de recalque: 1

1.4 Hidrante urbano de coluna: 1

2. Tubos, conexões e outros materiais

2.1 Diâmetro da tubulação (mm): 75 Material: Ferro Galvanizado

2.2 Registro globo angular de 45°, diâmetro de 75: 1

2.3 Diâmetro das expedições - 40mm: 5 65mm:

2.4 Adaptação rosca fêmea p/ engate rápido - 65 p/ 40 mm: 5 65 p/ 65 mm:

2.5 Posição da válvula de retenção: Horizontal

2.6 Chaves de mangueiras: 5

3. Mangueiras

Diâmetro (mm) Comprimento (m) Tipo (NBR 11861) Quantidade

40 30m Tipo 3 05

4. Esguichos reguláveis

Diâmetro (mm) Diâmetro do requinte (mm) Quantidade

40 16 6

5. Reservatório

Elevado Subterrâneo

X 3
5.1 Capacidade total (22,00 m )
e
e
5.2 Reserva Técnica de Incêndio adotada (18,0m )
3

e
5.3 Altura
x do último piso até o fundo do reservatório (14,00 m):
6.Vazões e pressões (hidrantes mais desfavoráveis)

Hmd1 vazão: 200,00 l/m Hmd2 vazão: 201,00 l/m

pressão: 15,05 mca pressão: 15,20 mca

7.Vazões e pressões (hidrante mais favorável)

Hmf vazão:

pressão:
37

Nota: A pressão dinâmica em qualquer hidrante ou mangotinho do sistema deverá ser menor que o dobro da
pressão dinâmica do hidrante ou mangotinho mais desfavorável.

8. Bomba de combate a incêndio

8.1 Marca/modelo: KSB MEGANORM MODELO 40-250 ROTAÇÃO 1700 rpm (Anexo E)

8.2 Potência (cv): 5CV

8.3 Altura manométrica: 29,53 mca

8.4 Vazão total: 401 l/m

9. Bomba auxiliar

9.1 Marca/modelo:

9.2 Potência (cv):

9.3 Altura manométrica:

9.4 Vazão total:

____________________________ ____________________________
Assinatura do Proprietário Assinatura do Proprietário

14.5.2 Memorial de Cálculo – Boate

A. HIDRANTE MAIS DESFAVORÁVEL:

A.1. HP- B

A.1.1. Pressão: 15,05 mca

A.1.2. Vazão: 200,00 L/minuto

A.1.3. Mangueira: Comprimento: 30 m - Diâmetro: 40 mm

A.1.4. Requinte do esguicho: Diâmetro: 16,0 mm

A.1.5. Tubulação: ferro galvanizado - Diâmetro: 75 mm

a) PERDA DE CARGA NA MANGUEIRA:

Pm = j x L j = perda metro/metro - j = 0,246 m/m

Pm = 0,246 x 30 L = comprimento da mangueira


38

Pm = 7,38 mca L = 30 m

b) PERDA DE CARGA NA VÁLVULA GLOBO ANGULAR 45° - 75 mm:

Pr = j x MCR j = perda metro/metro - j = 0,0165 m/m

Pr = 0,0165 x 10 MCR = metros de canalização retilínea

Pr = 0,165 mca MCR = 10 m

c) PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO Ø 75 mm = PERDA DISTR.+PERDA


LOCAL:

Pt = j x Lt j = perda metro/metro - j = 0,0165 m/m

Pt = 0,0165 x 53,55 Lt = Ldistribuído + Llocalizado

Pt = 0,88 mca

Ldistribuido (Ø 75 mm) = 40,55 m

Llocalizado (Ø 75 mm) = 1 Tê passagem lateral (1x5,20) + 1 tê saída bilateral


(1x5,20) + 02 curvas de 90º (2x1,30) = 13,0 m

Lt = 40,55 + 13,0 = 53,55 m

Obs: Para o cálculo das perdas localizadas foi utilizado a tabela de comprimentos
equivalentes (Fig. 1.21) do livro de Macintyre (Anexo C).

d) PRESSÃO NO PONTO "A" – H-B:

P"A" = item 1.1.1. + Pm + Pr + Pt + h

h = 5,2 m

P"A" = 15,05 + 7,38 + 0,17 + 0,88 + 5,2 = 28,68 mca

P"A" = 28,68 mca

B. HIDRANTE MAIS PRÓXIMO DO MAIS DESFAVORÁVEL (H-A):

B.1. HP- A

B.1.1. Pressão: 15,20 mca

B.1.2. Vazão: 201,0 L/minuto


39

B.1.3. Mangueira: Comprimento: 30 m - Diâmetro: 40 mm

B.1.4. Requinte do esguicho: Diâmetro: 16,0 mm

B.1.5. Tubulação: ferro galvanizado - Diâmetro: 75 mm

a) PERDA DE CARGA NA MANGUEIRA:

Pm = j x L j = perda metro/metro - j = 0,248 m/m

Pm = 0,248 x 30 L = comprimento da mangueira

Pm = 7,44 mca L = 30 m

b) PERDA DE CARGA NA VÁLVULA GLOBO ANGULAR 45° - 75 mm

Pr = j x MCR j = perda metro/metro - j = 0,0167 m/m

Pr = 0,0167 x 10 MCR = metros de canalização retilínea

Pr = 0,167 mca MCR = 10 m

c) PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO Ø 75 mm = PERDA DISTR.+PERDA


LOCAL:

Pt = j x Lt j = perda metro/metro - j = 0,0167 m/m

Pt = 0,0167 x 32,55 Lt = Ldistribuído + Llocalizado

Pt = 0,54 mca

Ldistribuído = 24,75 m

Llocalizado (Ø 75 mm) = 01 Tê passagem lateral (1x5,2) + 02 curvas 90 º (2x1,3)


= 7,8 m

Lt = 27,75 + 7,80 = 32,55 m

Obs: Para o cálculo das perdas localizadas foi utilizado a tabela de comprimentos
equivalentes (Fig. 1.21) do livro de Macintyre (Anexo C).

d) PRESSÃO NO PONTO "B" – H-A

P"B" = item 2.1.1.+ Pm + Pr + Pt + h

h = desnível entre o "HP - 02 " e o ponto "B" / h = 11,20 m

P"B" = 15,20 + 7,44 + 0,17 + 0,54 + 5,20 = 28,55 mca


40

P"B" = 28,55 mca;

P"A" - P"B" = 28,68 – 28,55 = 0,13 mca (<0,50mca)

C. CÁLCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL (AMT) DA BCI:

C.1. VAZÃO TOTAL

Qt = Q1 + Q2;

Qt = 200 + 201

Qt = 401 L/minuto

C.2. PRESSÃO NA SAÍDA DA BCI (TUBULAÇÃO  75 mm)

Hs = P> + Htubo que sobe - Htubo que desce + p

P> = P"A" (H-B) = 28,68 mca

P = j x Lt j = perda metro/metro - j = 0,0598 m/m

P = 0,0598 x 39,25 Lt = Ldistribuído + Llocalizado

P = 2,35 mca

Ldistribuído = 17,55 m

Llocalizado ( 75 mm) = 1 válvula de retenção Tipo Leve (6,3)+2 registro gaveta


(1x0,50) + 4 curva 90° (4x1,00) + 2 Tê passagem Lateral(5,20) = 21,7 m;

Lt = 17,55 + 21,70 = 39,25 m;

Hs = 28,68 + 0,50 + 2,35 = 31,53 mca

Obs: Para o cálculo das perdas localizadas foi utilizado a tabela de comprimentos
equivalentes (Fig. 1.21) do livro de Macintyre (Anexo C).
41

C.3. PRESSÃO NA ENTRADA DA BCI (TUBULAÇÃO  100 mm)

He = Hg - P Hg = Altura Geométrica = - 1,5

P = j x Lt j = perda metro/metro - j = 0,0147 m/m

P = 0,0147 x 33,70;

Lt = Ldistribuído + Llocalizado;

P = 0,50 mca;

Ldistribuído = 2,0 m;

Llocalizado( 100 mm) = 1 válvula de pé e crivo(23) + 1 curva 90° (1,30) + 1


entrada de gaveta aberta. (0,7) + Tê saída lateral (1 x 6,7) = 31,70 m;

Lt = 33,70 m

He = - 1,50 – 0,50 He = - 2,00 mca

Obs: Para o cálculo das perdas localizadas foi utilizado a tabela de comprimentos
equivalentes (Fig. 1.21) do livro de Macintyre.

C.4. ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL DA BOMBA DE COMBATE A


INCÊNDIO:

AMT = 31,53 – 2,00 Hs = pressão na saída da bomba

AMT = 29,53 mca He = pressão na entrada da bomba

𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑥 𝐻𝑀𝑇
𝑃𝑜𝑡 = = 4,39 ≅ 5 𝐶𝑉 ; considerando um rendimento (n) de 60%
75𝑛×60

D. RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO (RTI)

RTI = 18,00 m³ (conforme tabela 14)


42

E. BOMBA DE COMBATE A INCÊNDIO (BCI):

O recalque será feito por uma eletro-bomba centrífuga horizontal, monoestágio,


trifásica, 60 Hz, 220V, de 5CV com 29,53 mca, para uma vazão de 401,00 l/m.
De acordo com o ábaco (Anexo E) a bomba escolhida é a KSB Meganorm,
modelo 40-250, rotação de 1750 rpm.

F. ACIONAMENTO E DESACIONAMENTO DA BCI:

O acionamento da bomba de combate a incêndio será feito por um pressostato


instalado adiante das válvulas de retenção no barrilete da tubulação de incêndio
e o seu desacionamento será obtido automaticamente. Deverá ser instalada no
reservatório superior uma chave de bóia para desligar a bomba de combate a
incêndio ao se esgotar a RTI.

Deverá ser instalada junto à BCI uma chave liga/desliga para operação manual
da mesma.

G. ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE COMBATE A INCÊNDIO (BCI):


A ligação de energia elétrica para alimentar o conjunto motor-bomba de combate
a incêndio deverá ser independente da instalação geral da edificação ou ser
executada de maneira que se possa desligar a instalação geral sem interromper
a alimentação desse conjunto.
NOTA: As chaves elétricas de alimentação das bombas de combate à incêndios
devem ser sinalizadas com inscrição “ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE
COMBATE A INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”

15. RESERVATÓRIOS

A boate possuirá um reservatório inferior e outro superior (conforme Anexo X).


A boate possui 6000 pessoas e uma área de 3000 m².

Conforme a tabela 1.1 referente a estimativa de consumo diário de água e a


tabela 1.2 referente a taxa de ocupação de acordo com a natureza do local,
consultadas no livro de Macintyre (2013) (Anexo C), para teatros e cinemas
temos um consumo de 2 l/dia por cadeira e uma taxa de ocupação de uma
cadeira para cada 0,70 m² de área.
43

Portanto, foram realizados os seguintes cálculos:

3000 m² / 0,7 = 4285,7 cadeiras

4285,7 x 2 l/dia = 8571,42 l/dia

- Considerando que a boate funcionará 12 h/dia e 4 dias na semana, temos o


seguinte consumo mensal:

Volume para 1 dia com 12 horas = 4285,71 l/h x 16 dias = 68571,36 l ao mês

- De acordo com a Norma NBR 5626, a função da caixa d’água é ser um


reservatório para dois dias de consumo (por precaução para eventuais faltas de
abastecimento público de água), sendo que o reservatório inferior deve ser 3/5
e o superior 2/5 do total de consumo para esse período.

Portanto, para dois dias temos um consumo de 8571,42 L .

Reservatório Inferior = 8571,42 x 3/5 = 5142,85 Litros = 5,14 m³

Reservatório superior = 8571,42 x 2/5 = 3428,57 Litros = 3,4 m³

De acordo, com a Norma 15/2009 o reservatório superior deve possuir uma


reserva de 18 m³ em caso incêndio.

16. HIDRANTE URBANO DE COLUNA – NORMA TÉCNICA 16/2010

De acordo com a norma:

5.1.2 É obrigatória a instalação de hidrante urbano de coluna para as


seguintes edificações:
a) edificações com altura superior a 12,0 m;
b) edificações com área construída total superior a 2.000 m² (dois
mil metros quadrados).

Como a Boate possui uma área construída de 3.000 m² ela possuirá um hidrante
urbano de coluna, pois segundo a norma nas edificações que são obrigatórios
44

hidrantes urbanos, o mesmo deve ser localizado num raio de ação máximo de
80 metros com centro no eixo da fachada. Portanto, um hidrante satisfaz essa
exigência.

O hidrante urbano de coluna deverá fornecer uma vazão entre 1000 l/min e 2000
l/min.

Os hidrantes devem estar sinalizados e identificados de acordo com o anexo A


(figura abaixo):

Figura 15 - Cores-padrão para a identificação da vazão dos hidrantes de coluna

Os hidrantes urbanos de coluna devem ser instalados preferencialmente nas


esquinas das vias públicas e no meio das grandes quadras.

A concessionária local dos serviços de águas e esgotos é responsável pelo


projeto, interligação, substituição, manutenção e abastecimento de água dos
hidrantes urbanos de coluna.
45

17. SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO – NORMA


TÉCNICA 17/2009

Esta Norma Técnica estabelece os requisitos mínimos necessários para o


dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme de incêndio, na segurança
e proteção de uma edificação e área de risco.

Aplica-se a todas as edificações onde se exigem os sistemas de detecção e


alarme de incêndio, conforme Legislação de Segurança Contra Incêndio e
Pânico do Estado do Espírito Santo. De acordo a tabela 4, esta NT será aplicada
a boate em questão.

17.1 MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE ALARME DE


INCÊNDIO

O alarme de incêndio deverá ser projetado, instalado e manutenido conforme a


ABNT NBR 9441 e NT 17 do CBMES;

A fonte de alimentação auxiliar poderá ser constituída por baterias ou gerador e


deve ter autonomia mínima de 24 h em regime de supervisão, sendo que no
regime de alarme deve ser de no mínimo 15 min. para suprimento das indicações
sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para a evacuação da edificação;

A central de alarme e o painel repetidor devem ficar em local onde haja constante
vigilância humana e de fácil visualização. As centrais de detecção e alarme
deverão ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores
acústicos;

Nas centrais de alarme é obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo


indicando a localização com identificação dos acionadores manuais dispostos na
área da edificação, respeitadas as características técnicas da central;
46

Deverá emitir som, audível em todo o edifício em suas condições normais de


uso, que seja inconfundível com qualquer outro tipo de som que possa ser
emitido na edificação. O sinal de desocupação de edificação por emergência de
incêndio consiste na repetição de três pulsos temporizados e uma pausa em
ciclos de quatro segundos;

Em locais, tais como casas de show, música, danceteria e etc., onde a atividade
sonora é intensa, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros,
quando houver a exigência de sistema de detecção ou alarme;

Os acionadores manuais deverão ser colocados próximos às entradas no


pavimento térreo e próximos às escadas nos diversos pavimentos. A distância
máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida
até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 30 m;

Os botões referidos devem ser colocados em locais visíveis e no interior de uma


caixa lacrada com tampa de vidro, com uma descrição sucinta de como acionar
o alarme, instalada a uma altura compreendida entre 1,20 m e 1,60 m acima do
piso acabado;

Os elementos de proteção contra calor que contenham a fiação do sistema


deverão ter resistência mínima de 60 min.

17.2 MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE DETECÇÃO DE


INCÊNDIO

O sistema de detecção de incêndio deverá ser projetado, instalado e manutenido


conforme a ABNT NBR 9441 e NT 17 do CBMES;

Onde houver sistema de detecção instalado, será obrigatória a instalação de


acionadores manuais, exceto para ocupações das divisões F-6, onde o
acionador manual é opcional, quando há sistema de detecção;
47

A fonte de alimentação auxiliar poderá ser constituída por baterias ou gerador e


deve ter autonomia mínima de 24 h em regime de supervisão, sendo que no
regime de alarme deve ser de no mínimo 15 min. para suprimento das indicações
sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para a evacuação da edificação;

A central de alarme/detecção e o painel repetidor devem ficar em local onde haja


constante vigilância humana e de fácil visualização. As centrais de detecção e
alarme deverão ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos
sinalizadores acústicos;

Nas centrais de alarme/detecção é obrigatório conter um painel/esquema


ilustrativo indicando a localização com identificação dos acionadores manuais ou
detectores dispostos na área da edificação, respeitadas as características
técnicas da central;

Deverá emitir som, audível em todo o edifício em suas condições normais de


uso, que seja inconfundível com qualquer outro tipo de som que possa ser
emitido na edificação. O sinal de desocupação de edificação por emergência de
incêndio consiste na repetição de três pulsos temporizados e uma pausa em
ciclos de quatro segundos;

Em locais, tais como casas de show, música, danceteria e etc., onde, devido a
sua atividade sonora intensa não seja possível ouvir o alarme geral, será
obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros, quando houver a
exigência de sistema de alarme;

Será obrigatória a instalação de detectores nos entreforros e entrepisos (pisos


falsos) que contenham instalações com materiais combustíveis;

A seleção do tipo e local de instalação dos detectores deve ser efetuada com
base nas características mais prováveis da conseqüência imediata de um
princípio de incêndio, além do julgamento técnico, considerando-se os seguintes
parâmetros: aumento de temperatura, produção de fumaça ou produção de
48

chama; materiais a serem protegidos; forma e altura do teto e a ventilação do


ambiente, entre outras particularidades de cada instalação;

A distribuição e o dimensionamento dos detectores automáticos deverá seguir o


que estabelece a ABNT NBR 9441;

Em locais em que a altura da cobertura do prédio prejudique o sensoriamento


dos detectores, bem como naqueles pontos em que não se recomenda o uso de
detectores sobre equipamentos, devem ser usados detectores com tecnologias,
que atuem pelo princípio de detecção linear de absorção da luz (“beam
detector”);

Os elementos de proteção contra calor que contenham a fiação do sistema


deverão ter resistência mínima de 60 min.

18. LÍQUIDOS E GASES COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS: CENTRAL


DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) - NORMA TÉCNICA
18/2010

Baseado na tabela 4, a edificação contará com uma central de gás, que é uma
área devidamente delimitada destinada a conter os recipientes e acessórios
necessários ao armazenamento de gás liquefeito de petróleo (GLP). Esta norma
Técnica estabelece os requisitos mínimos para projeto, montagem, alteração,
localização, proteção e segurança das centrais de gás liquefeito de petróleo,
para instalações residenciais, comerciais e industriais com capacidade de
armazenagem total até 1.500 m³, atendendo ao previsto na Legislação de
Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo.

18.1 MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA


CENTRAL DE GÁS COM RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS
49

A Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) com recipientes transportáveis


deve atender às seguintes condições:

Ser instalada em local próprio, fora da projeção da edificação, de fácil acesso,


desimpedido, ventilado e sem qualquer outra ocupação. Não devem ser
consideradas as projeções de telhados, sacadas, marquises ou similares;

É proibida a instalação em locais confinados, subsolos, porões, garagens


subterrâneas, forros, fossos de ventilação ou iluminação;

Ser observadas as distâncias mínimas de segurança, considerando a


capacidade individual do recipiente, conforme as tabelas abaixo, além do
prescrito na NT 18/2009 - Líquidos e gases combustíveis e inflamáveis, Parte 1
- Central de gás liquefeito de petróleo (GLP) do CBMES.

Ter afastamentos mínimos de segurança de 1,50 m de caixas de passagem,


ralos, valetas de captação de águas pluviais, aberturas de dutos de água ou
esgoto, aberturas para compartimentos subterrâneos, janelas e portas, e outras
aberturas que estejam em nível inferior aos recipientes;

Ser instalada no interior de abrigo com as seguintes características construtivas:


a) ter paredes e cobertura com tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF)
de duas horas;
b) ter altura interna útil de 1,80m, no mínimo;
c) ter piso firme, nivelado e de material incombustível, em nível superior ao piso
circundante, obrigatoriamente;
d) possuir acesso aos recipientes por abertura protegida com portas feitas de
material incombustível, podendo ser de correr ou abrir em toda a sua extensão,
dotadas de veneziana, tela metálica, grade ou similar, que permita ventilação
natural permanente;
e) possuir aberturas de ventilação natural permanente, junto ao piso e cobertura,
com área total mínima de 10% da área do piso.
50

Possuir proteção contra incêndio.

Devem ser colocados avisos com letras não menores que 50 mm, na cor preta,
sobre fundo amarelo, em quantidade tal que possam ser visualizados de
qualquer direção de acesso à central de GLP, com os seguintes dizeres:
“PERIGO; INFLAMÁVEL; NÃO FUME”.

19. LÍQUIDOS E GASES COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS: PARTE 2 -


COMERCIALIZAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS
NATURAL - NORMA TÉCNICA 18/2010

Esta NT não se aplica a instalação de gases liquefeitos de petróleo (GLP), então


não será utilizado este tipo de gás em nossa edificação, pois ela já utiliza o GLP.

20. FOGOS DE ARTIFÍCIO: PARTE 2 - ESPETÁCULOS


PIROTÉCNICOS - NORMA TÉCNICA 19/2010

Não serão permitidos espetáculos pirotécnicos na edificação em questão. A


presente NT se aplica exclusivamente para espetáculos pirotécnicos realizados
em ambientes abertos onde são utilizados fogos de artifício da categoria C e D,
acima de 02 (dois) conjuntos de até 06 (seis) tubos de lançamento de até 3” (76,2
mm) ou duas girândolas, “minishow”, etc. com 120 (cento e vinte) tubos de até
1” (25,4 mm).

21. SISTEMA DE PROTEÇÃO A DESCARGAS ATMOSFÉRICAS-


SPDA.

Conforme a Tabela 4 haverá na edificação Sistema de Proteção Contra


Descargas Atmosféricas (SPDA), executado conforme NBR 5419.
51

22. SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR CHUVEIROS AUTOMÁTICOS -


NORMA TÉCNICA 20/2010

Esta NT visa a adequar o texto da norma NBR 10.897 – Proteção contra incêndio
por chuveiro automático da ABNT - para aplicação na análise e vistoria de
processos submetidos ao Corpo de Bombeiros, atendendo ao previsto no
Decreto nº 2423-R, ela se aplica a boate, baseada na Tabela 4, onde é exigida
a instalação de chuveiros automáticos.

22.1 REDE DE SPRINKLERS

- No projeto da rede de sprinklers é necessário considerar a classe de risco do


local a ser protegido, pois o número de sprinklers será tanto maior quanto maior
o risco e as características de combustibilidade dos materiais ou produtos cujo
incêndio é de se recear.
- NBR 6135:198

22.2 RISCOS MÉDIOS

GRUPO 1: Compreende locais onde os materiais são de baixa combustibilidade,


a altura das mercadorias não excede a 2,4 m e há outros fatores favoráveis. Não
deve haver líquidos inflamáveis no local. Compreende:
- Garagem de automóveis;
- Teatros e auditórios;
- Padarias;
- Casas de caldeira;
- Fábricas de cimento;
- Centrais elétricas;
- Restaurantes;
- Lavanderias;
- Estações de bombeamento de água;
52

- Fundições.

22.3 NÚMERO DE SPRINKLERS

A Tabela 13 relaciona o número de sprinklers e a reserva técnica, de acordo com


o tipo de risco, o risco da nossa edificação é o médio.

Tabela 8: Sprinklers.

 Primeiro pavimento:

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 50
= ≈ 13
𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑘𝑙𝑟𝑒𝑠 4

𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 38
= ≈ 10
𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑘𝑙𝑟𝑒𝑠 4

Total de sprinklers para o primeiro pavimento = 13*10 = 130 sprinklers

 Mezanino:

𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 38
= ≈ 10
𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑘𝑙𝑟𝑒𝑠 4

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 28,95
= ≈8
𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑘𝑙𝑟𝑒𝑠 4

Total de sprinklers para o mezanino: 8*10 = 80 sprinklers

Contudo, segundo a tabela 13, a área por sprinklers se igual 12m², então
descobrimos pela formula de área do círculo 𝜋 ∗ 𝑟², a distância entre os
12
sprinklers será √ 𝜋 ≈ 1,95

 Primeiro pavimento:
53

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 50
= ≈ 26
𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑘𝑙𝑟𝑒𝑠 1,95

𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 38
= ≈ 20
𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑘𝑙𝑟𝑒𝑠 1,95

Total de sprinklers para o primeiro pavimento = 26*20 = 520 sprinklers

 Mezanino:

𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 38
= ≈ 20
𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑘𝑙𝑟𝑒𝑠 1,95

𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 28,95
= ≈ 15
𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑠𝑝𝑟𝑖𝑛𝑘𝑙𝑟𝑒𝑠 1,95

Total de sprinklers para o mezanino: 20*15 = 300 sprinklers

22.4 DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS E SUB-RAMAIS

O dimensionamento dos ramais e sub-ramais é realizado de acordo com a


Tabela 11. O número total de sprinklers é: 130+80 = 210. Cada sub-ramal
conterá no máximo seis sprinklers de um ou outro lado de um ramal. O diâmetro
dos ramais e sub-ramais é de 150 mm, risco médio.

Tabela 9: Diâmetro dos ramais e sub-ramais.


54

22.5 DIMENSIONAMENTO DA COLUNA DE ALIMENTAÇÃO

A coluna de alimentação deriva do barrilete de incêndio e seu dimensionamento


segue a Tabela 12.

Tabela 10: Diâmetro das colunas.

22.6 FORNECIMENTO DE ÁGUA A REDE DE SPRINKLERS

Nos sistemas de sprinklers, como alias em todo o sistema de combate ao fogo,


procura-se dispor de duas fontes independentes de fornecimento de água,
sempre que possível. Para isso, usa- se água proveniente do reservatório
elevado do prédio apenas para manter as bombas escorvadas, e recorre-se ao
bombeamento de água de um reservatório inferior.

23. APARELHOS SANITÁRIOS

Baseado na tabela 16 abaixo, a boate se enquadra no tipo de ocupação: teatro,


auditórios e locais de reunião, ela contará com 1 banheiro masculino e 1 feminino
no 1° pavimento, assim como no mezanino. Dos 3 aparelhos pré-existentes que
a tabela traz, sempre serão distribuídos 2 para os banheiros femininos e 1 para
o masculino.

23.1 LAVATÓRIOS
55

De 401-750 pessoas é necessário 3 lavatórios, como a população máxima


admitida no recinto é de 6000 pessoas, serão necessários 14 lavatórios, os 2
banheiros femininos terão 4 lavatórios cada um e os 2 masculinos terão 3.
 Até 750 pessoas = 3 lavatórios (2 para o feminino e 1 para o masculino)
;
 6000 – 750 = 5250 pessoas;
 5250 / 500 = 10,5 = 11 aparelhos;
 11 + 3 = 14 lavatórios.

23.2 VASOS SANITÁRIOS

De 201-400 pessoas é necessário 3 vasos sanitários, acima de 400 pessoas,


adiciona 1 aparelho para cada 500 homens ou 300 mulheres, serão necessários
18 sanitários, sendo 11 destinados aos banheiros femininos, o banheiro do 1°
pavimento terá 7 sanitários e o do mezanino 4.
 Até 400 pessoas = 3 vasos sanitários (2 para o feminino e 1 para o
masculino);
 6000 – 750 = 5250 pessoas; Será considerado 2625 homens e 2625
mulheres.
 Para homens: 2625 / 500 = 5,25 = 6 + 1 = 7 aparelhos;
 Para mulheres: 2625 / 500 = 8,75 = 9 + 2 = 11 aparelhos
 15 + 3 = 18 sanitários.

23.3 MICTÓRIOS

De 201- 600 homens é necessário 3 mictórios, acima de 600 homens, adiciona


1 aparelho para cada 300. Foi considerada a mesma população de homens e
mulheres, sendo 3000 homens. Serão necessários 11 mictórios e de acordo com
o subitem 14.2, 7 vasos sanitários, então eu irei colocar entre vasos sanitários e
mictórios, um total de 11 aparelhos, contando apenas 4 mictórios. A distribuição
se dará da seguinte forma: o 1° pavimento terá 4 vasos sanitários e 2 mictórios;
o mezanino terá 3 vasos sanitários e 2 mictórios.
 Até 600 homens = 3 lavatórios;
 3000 – 600 = 2400 homens;
56

 2400 / 300 = 8 aparelhos;


 8 + 3 = 11 mictórios.
57

Tabela 11: Número de aparelhos sanitários.


Fonte: CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias. Livros Técnicos e Científicos
Editora, 5ª edição, 1995.
58

24. CONCLUSÃO

Antes de ser projetado um sistema de proteção e combate a incêndios, é


necessário entender o que é um incêndio.

Um Incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, que pode ser


extremamente perigosa para os seres vivos e as estruturas. A exposição a um
incêndio pode produzir a morte, geralmente pela inalação dos gases, ou pelo
desmaio causado por eles, ou posteriormente pelas queimaduras graves.

A proteção contra incêndios deve ser entendida como um conjunto de medidas


para a detecção e controle do crescimento do incêndio e sua consequente
contenção ou extinção.

O projeto apresentado tem por objetivo a prevenção e propagação do incêndio


garantindo a segurança à vida das pessoas que se encontrarem no interior da
boate, protegendo ainda o conteúdo e a estrutura do empreendimento
minimizando os danos materiais de um incêndio.
59

25. REFERÊNCIAS

ABNT (2003) NBR 13714 – Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para


combate a incêndio. Rio de Janeiro. 2003

CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias. Livros Técnicos e


Científicos Editora, 5ª edição, 1995.

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS


MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 01/2010:
Procedimentos administrativos, Parte 3 – vistoria. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 01/2010:
Procedimentos administrativos, Parte 4 – cadastramento. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 02/2010:
Exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas
edificações e áreas de risco. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 02/2013:
Exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas
edificações e áreas de risco. Vitória, 2013.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 03/2009:
Terminologia de segurança contra incêndio e pânico. Vitória, 2009.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 04/2009:
Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco. Vitória, 2009.
60

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 05/2010:
Segurança contra incêndio urbanística. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 06/2009:
Acesso de viatura nas edificações e áreas de risco. Vitória, 2009.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 07/2010:
Brigada de incêndio - bombeiro profissional civil, primeiros socorros ou
socorros de urgência: Procedimentos para formação, treinamento, reciclagem
e Cadastramento de empresas. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 08/2010:
Separação entre edificações (isolamento de risco). Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 09/2010:
Segurança contra incêndio dos elementos de Construção. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 10/2010:
Saídas de emergência, Parte 1 - condições gerais. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 10/2010:
Saídas de emergência, Parte 2 - pressurização de escada de segurança.
Vitória, 2010.
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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 10/2010:
Saídas de emergência, Parte 3 - dimensionamento de lotação e saídas de
Emergência em centros esportivos e de exibição. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 10/2010:
Saídas de emergência, Parte 4 - dimensionamento de saídas de emergência
para edificações ou áreas de risco destinadas a Shows e eventos anexos.
Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 11/2010:
Compartimentação horizontal e Compartimentação vertical. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 12/2009:
Extintores de incêndio. Vitória, 2009.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 13/2010:
Iluminação de emergência. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 14/2010:
Sinalização de emergência. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 15/2009:
Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate à incêndio. Vitória,
2009.
62

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 16/2010:
Hidrante urbano de coluna. Vitória, 2010.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 17/2009:
Sistema de detecção e alarme de incêndio. Vitória, 2009.

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MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 18/2010:
Líquidos e gases combustíveis e inflamáveis, Parte 1 - central de gás
liquefeito de petróleo (GLP). Vitória, 2010.

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS


MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 18/2010:
Líquidos e gases combustíveis e inflamáveis, Parte 2 - comercialização,
distribuição e utilização de Gás natural. Vitória, 2010.

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS


MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 19/2010:
Fogos de artifício, Parte 2 - espetáculos pirotécnicos. Vitória, 2010.

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS


MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS. Norma técnica 20/2010:
Sistemas de proteção por chuveiros automáticos. Vitória, 2010.

SEITO, Alexandre Itiu; et. al. A segurança contra incêndio no Brasil. Projeto
Editora: São Paulo, 2008.

CBMES. Curso de Formação de Brigada de Incêndio. Acessado em: <


http://www.cb.es.gov.br/files/meta/9c79332b-f0d2-4891-8f9c-
b26d981b2258/77025b82-c02c-4293-9e1d-1369fecd0f7e/91.pdf>. Acesso em
28 de março de 2015.
63

MACINTYRE, José Archibald. Instalações hidráulicas prediais e


industriais. Livros Técnicos e Científicos Editora, 4ª edição, 2013.
64

26. ANEXOS
65

ANEXO A

(RESERVATÓRIO E HIDRANTES)
66

ANEXO B

MEMORIAL DE CÁLCULO DOS HIDRANTES

1. Cálculo Hidrante mais desfavorável

a. Cálculo da Pressão

Q = k √P

200 l/min = 51,55 √P

P = 15,05 m.c.a

b. Cálculo perda de carga na mangueira

- Mangueira de 38 mm

J = 0,0000136 . Q1,85

J = 0,0000136 . 2001,85

J = 0,2457 m/m

c. Perda de carga na válvula globo angular 45° - 75 mm

J = 1.237.76 . Q1,85/ D4,87

J = 1.237.76 . 2001,85/ 754,87

J = 0,0165 m/m
67

ANEXO B (continuação)

MEMORIAL DE CÁLCULO DOS HIDRANTES

Planilha de Cálculos do Excel

Fonte: Dos Autores


68
69

ANEXO B (continuação)

MEMORIAL DE CÁLCULO DOS HIDRANTES


70

ANEXO B (continuação)

MEMORIAL DE CÁLCULO DOS HIDRANTES


71

ANEXO C
TABELAS UTILIZADAS PARA DIMENSIONAMENTO DOS HIDRANTES E
DA BOMBA

Fonte: MACINTYRE (2013) - Livro Instalações hidráulicas prediais e industriais

Fonte: CREDER (1995) – Livro Instalações hidráulicas e sanitárias.


72

ANEXO D
TABELAS UTILIZADAS PARA DIMENSIONAMENTO DOS
RESERVATÓRIOS

Fonte: MACINTYRE (2013) - Livro Instalações hidráulicas prediais e industriais


73

ANEXO E
CATÁLOGO PARA MODELO DE BOMBA

Fonte: MACINTYRE (2013) - Livro Instalações hidráulicas prediais e industriais

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