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AGG-324 MÉTODOS POTENCIAIS APLICADOS À PROSPECÇÃO DE

PETRÓLEO, MINERAL, RECURSOS HÍDRICOS E MEIO AMBIENTE

Conteúdo das aulas teóricas:


Aula 1
1. Introdução
2. Aquisição de dados gravimétricos terrestre, marinho, aéreo e derivados de
altimetria por satélite

Aula 2
3. Redução de dados, precisão e fontes de erros em levantamentos
gravimétricos
4. Anomalias gravimétricas: tipos, significado e aplicações
5. Mapas gravimétricos

Aula 3
6. Separação das anomalias gravimétricas: regional x residual
7. Transformações de Campo Potencial

Aula 4
8. Potencial gravitacional de distribuição de massa em corpos de geometria
simples
9. Interpretação quantitativa de anomalias gravimétricas: modelagem direta e
inversa

Aula 5
10. Interpretação de anomalias gravimétricas em escalas regional e litosférica:
condição isostática x flexura, delimitação de bordas de crátons, estudos de
bacias sedimentares.
11. Interpretação de anomalias gravimétricas em escala local: pesquisa de
recursos naturais e estudos ambientais.

Prática Computacional

Confecção de Mapas Gravimétricos: Escalas, Resolução e Projeção

Transformações de campo e separação regional-residual

Interpretação qualitativa e modelagens direta e inversa de dados

Bibliografia Básica
Teoria
Blakely, R.J., 1996, Potential Theory in Gravity and Magnetic Applications.
Cambridge University Press, 441 pp.

Gibson, R. I. & Millegan, P.S., 1998, Geological Applications of Gravity and


Magnetics: Case Histories. SEG Geophysical References Series, #8, AAPG
Studies in Geology, #43, 162 pp.

Turcotte, D. & Schubert, G., 1982, Geodynamics: Applications of continuum


physics to geological problems. John Wiley & Sons, 450 pp.

Computacional
Ambiente Windows
Geosoft Oásis Montaj 5.0 e atualizações
Pedley, R.; Philips, M.W.; Williamson, J.P., 1993, GravMag, Technical Report
WK/94/1/R. British Geological Survey, NERC, 89 pp.

Ambiente Unix
Wessel, P. & Smith, W., 1997, The Generic Mapping Tools (GMT), version 4.0,
Technical Reference and Cookbook, SOEST/NOOA.
1. Introdução

Nos anos recentes, especialmente nos últimos 10 anos, presenciamos o


ressurgimento do interesse na utilização dos métodos potenciais, seja em
exploração como em geodinâmica, graças aos avanços tecnológicos na aquisição
de dados - as gradiometrias aeromagnética e gravimétrica, aerogravimetria e
altimetria por satélite, bem como no aumento da capacidade de processamento e
modelagem dos dados, advindos da evolução tecnológica dos recursos
computacionais.

O método gravimétrico utilizado em estudos geofísicos e geológicos


fundamenta-se na Teoria do Potencial, cuja base matemática descreve não
somente a atração gravitacional mas também um conjunto de fenômenos físicos
como os campos magnetoestático e eletrostático, a transferência de calor num
meio homogêneo, o fluxo de fluidos ideais, o comportamento de sólidos elásticos,
e muitas outros (ver por Kellogg, 1953). O desenvolvimento da Teoria do Potencial
baseia-se fundamentalmente em dois marcos do desenvolvimento da física e da
matemática: a lei da gravitação universal de Newton (1687) e um século mais
tarde, a proposição de Pierre Simon, Marquês de Laplace, de que a atração
gravitacional obedece uma equação diferencial simples, a equação de Laplace.

A seguir é apresentada uma síntese dos aspectos gerais da Teoria do


Potencial, ou seja, as propriedades do Potencial Newtoniano necessárias ao
entendimento e aplicação do método gravimétrico. O material aqui apresentado é
uma síntese do capítulo 1 de Blakely (1996).

1.1 Campos Potenciais

Um campo é um conjunto de funções de espaço e tempo. Existem dois tipos


de campos. Os campos materiais que descrevem uma propriedade física do
material em cada ponto, num determinado instante. Exemplo: densidade,
porosidade, magnetização, e temperatura. Um campo de força descreve as forças
que atuam sobre um ponto do espaço, num determinado instante. A atração
gravitacional da terra, e o campo magnético induzido pelas correntes elétricas são
exemplos de campos de força.

Os campos podem ser tanto escalares como vetoriais. O campo escalar é


uma função simples do espaço e tempo. Exemplos são o deslocamento de uma
mola distendida, a temperatura de um volume de gás, e densidade dentro de um
volume de rocha. O campo vetorial é por exemplo, o fluxo de calor, a velocidade
de um fluido, a atração gravitacional, e este deve ser caracterizado por três
funções do espaço e tempo, ou seja, as componentes do campo em três direções
ortogonais.

As atrações gravitacional e magnética são ambas campos vetoriais,


entretanto os instrumentos geofísicos, em geral medem apenas uma componente
do vetor, e esta única componente constitui-se num campo escalar. Por exemplo,
os gravímetros utilizados em levantamentos geofísicos medem a componente
vertical gz (campo escalar) da aceleração da gravidade g (campo vetorial),
entretanto utilizaremos o termo “campo” tanto para g como gz, indistintamente.

1.2 Energia, Trabalho e Potencial

Considere uma partícula sob a influência de um campo de força F (Figura


1.1).

Figura 1.1 (de Blakely, 1996)

A partícula poderia ser uma pequena massa m sob a ação de um campo


gravitacional produzido por um corpo de massa maior, ou uma carga elétrica sob a
influência de um campo elétrico. A energia cinética dispendida pelo campo de
força para deslocar uma partícula de um ponto a outro é definida como o trabalho
realizado pelo campo de força. A segunda lei de Newton do movimento requer que
o momento da partícula em qualquer instante deve variar numa taxa proporcional
à magnitude do campo de força na direção paralela à direção do campo de força
no local da partícula, isto é:

d
λF = m v (1.1)
dt

onde λ é uma constante que depende das unidades utilizadas, e v é a velocidade


da partícula. Nós selecionamos as unidades de tal forma a fazer λ = 1 e
multiplicamos a equação anterior por v para obter

1 d 2
F.v = m v
2 dt
d
= E (1.2)
dt

onde E é a energia cinética da partícula. Se a partícula se move do ponto Po a P


durante o intervalo de tempo t o a t (Figura 1.1), então a variação da energia
cinética é dada pela integração da equação (1.2) sobre o intervalo de tempo,

t
E − E 0 = ∫ F.v dt´
t0

P
= ∫ F . ds = W(P, P0) (1.3)
P0

onde ds representa um deslocamento infinitesimal da partícula. A quantidade


W(P, P0) é o trabalho necessário para deslocar a partícula do ponto P0 ao P. A
equação (1.3) mostra que uma variação na energia cinética da partícula é igual ao
trabalho realizado por F.

Em geral, o trabalho necessário para deslocar a partícula de P0 a P é


diferente e depende do caminho percorrido pela partícula. Um campo vetorial é
considerado conservativo, no caso especial em que o trabalho independe do
caminho percorrido pela partícula. Vamos considerar agora que o campo é
conservativo e deslocar a partícula uma distância pequena ∆x paralela ao eixo x,
como mostrado na Figura 1.2.

Figura 1.2 (de Blakely, 1996)


Portanto,

W(P, P0 ) + W(P+∆x, P) = W(P+∆x, P0)

e rearranjando os termos temos

P + ∆x
W(P+∆x, P0) – W(P, P0) = W(P+∆x, P) = ∫ F (x, y, z) dx
P
x

A integral pode ser resolvida dividindo-se ambos os lados da equação por


∆x e aplicando a definição de média:

W(P + ∆x, P0 ) − W (P, P0 )


= Fx ( x + ε∆x, y, z)
∆x

onde 0 < ε< 1. Se ∆x torna-se arbitrariamente pequena, temos

∂W
= Fx (1.4)
∂x

Podemos repetir esta derivada para as direções y e z, multiplicando cada


equação por vetores unitários apropriados, e somando-as à equação (1.4) e assim
obter

 ∂W ∂W ∂W 
F(x,y,z) =  , ,  = ∇W (1.5)
 ∂x ∂y ∂z 

Portanto, a derivada do trabalho em qualquer direção é igual à componente


da força naquela direção. O campo de força vetorial F é completamente
especificado pelo campo escalar W, o qual podemos chamar de função trabalho
de F.

Mostramos então que o campo conservativo é dado pelo gradiente da sua


função trabalho. Através das equações (1.3) e (1.5) a relação inversa, isto é, se a
função trabalho W tem derivadas contínuas, podemos integrar a equação (1.5)
como:
P
W (P,P0 ) = ∫ F. ds
P0

∂W ∂W ∂W
P
= ∫ ( ∂x
P0
dx +
∂y
dy +
∂z
dz )

P
= ∫ dW
P0

= W(P) – W(P0) (1.6)

Portanto, o trabalho depende apenas dos valores de W nos pontos


extremos P e P0, e não do caminho percorrido. Conseqüentemente, qualquer
campo vetorial cuja função trabalho tem derivadas contínuas como descritas na
equação (1.5) é conservativo. Como conseqüência da equação (1.6), resulta que
se o caminho percorrido pela partícula é um circuito fechado, então W(P, P0) e
nenhum trabalho é necessário para deslocar a partícula num circuito fechado.

O potencial φ do campo vetorial F é definido como a função trabalho ou com


sinal negativo, dependendo da convenção utilizada. Kellogg (1953) resume estas
covenções da seguinte forma: se a partícula de mesmo sinal se atraem (por
exemplo, o campo gravitacional), então F = ∇φ e o potencial é igual ao trabalho
efetuado pelo seu campo. Se as partículas de mesmo sinal se repelem (campos
eletrostáticos por exemplo), então F = -∇φ , e o potencial é igual ao trabalho
efetuado contra o campo pela partícula. No último caso, o potencial φ é a energia
potencial da partícula. No primeiro caso, φ é o valor negativo da energia potencial
da partícula.

Nota-se que qualquer constante pode ser adicionada a φ sem mudar o


resultado importante de que

F = ∇φ

A constante, em geral, é escolhida tal que φ se aproxima de zero no infinito.


Em outras palavras, o potencial no ponto P é dado por

P
φ (P) = ∫ F . ds

Portanto, o valor mais relevante é a diferença de potencial entre dois pontos
no espaço, do que o valor do potencial em sí.

1.3 Superfícies Equipotenciais

Uma superfície equipotencial é uma superfície na qual o potencial


permanece constante, isto é:

φ (x,y,z) = constante

Se ŝ é um vetor unitário tangente a uma superfície equipotencial de F, então ŝ .F=


∂φ
em qualquer ponto e deve se anular de acordo com a definição de superfície
∂s
equipotencial. Segue-se que as linhas de campo em qualquer ponto são sempre
perpendiculares às suas superfícies equipotenciais e, reciprocamente, qualquer
superfície que é perpendicular a todas as linhas de campo deve ser uma
superfície equipotencial. Portanto, nenhum trabalho é realizado deslocando-se um
partícula-teste ao longo de uma superfície equipotencial. Somente uma superfície
equipotencial pode existir em qualquer ponto do espaço. A distância entre
superfícies equipotenciais é uma medida da densidade das linhas de campo, isto
é, o campo de força terá maior intensidade em regiões onde as superfícies
equipotenciais estão separadas por distâncias menores.

1.4 Equação de Laplace

Inicialmente é apresentada uma descrição física do significado da Equação


de Laplace. Considere uma faixa elástica sujeita a uma força estática direcionada
na direção y, como na Figura 1.3.
Figura 1.3 (de Blakely, 1996)

O deslocamento φ da faixa elástica na direção y é descrita pela equação


diferencial

d2 φ
α = − F( x)
dx 2

onde α é uma constante e F(x) é uma força na direção y por unidade de


comprimento na direção x. Se F(x) = 0, a faixa elástica descreve uma linha reta e

d2 φ
=0
dx 2

A derivada de segunda ordem de uma função é uma medida da curvatura


da função, e a equação anterior ilustra este resultado. A faixa elástica não
apresenta nenhuma curvatura na ausência de forças externas. Esta é
simplesmente o caso unidimensional da equação de Laplace, mas ela também
ilustra uma propriedade importante das funções harmônicas que se estenderá aos
casos bi e tri dimensionais. A equação de Laplace não é satisfeita ao longo da
faixa elástica que contenha máximos e mínimos. De fato, se φ(x) deste exemplo
deve satisfazer a equação de Laplace, os deslocamentos máximo e mínimo
devem ocorrer nos dois extremos da faixa elástica como mostrado na Figura 1.3.

No caso de uma membrana elástica de duas dimensões como na Figura


1.4. Seja φ(x,y) o deslocamento da membrana na direção z. Na ausência de forças
externas, o deslocamento da membrana obedece a equação de Laplace que no
caso bi-dimensional é escrita como

∂ 2 φ ∂ 2φ
+ =0
∂x 2 ∂y 2

Diz-se então que uma função é harmônica se (1) satisfaz a equação de


Laplace; (2) tem derivadas primeiras contínuas e com valores únicos e (3) tem
derivadas segunda.

Figura 1.4 – Membrana elástica limitada a um circuito de fio metálico.


A membrana apresenta apenas máximos e mínimos em
em z ao longo do fio. De Blakely (1996).

1.5 Potencial Newtoniano

A magnitude da força gravitacional entre duas massas é proporcional a


cada massa e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.
Figura 1.5

Em coordenadas cartesianas (Figura 1.5), a força entre a partícula de


massa m centrada no ponto Q = (x´, y´, z´) e uma partícula de massa m0 em P =
(x,y,z) é dada por

m m0
F=G
r2

Onde r = (x-x´)2 + (y-y´)2 + (z-z´)2]1/2 e G é a constante universal da


gravitação. Se considerarmos a massa m0 como a partícula-teste, então dividindo
a força gravitacional por m0 temos a atração gravitacional produzida pela massa m
no local da partícula-teste:

m
g(P ) = − G r̂ (1.7)
r2

onde r̂ é um vetor unitário direcionado da massa m ao ponto de observação P, em


coordenadas cartesianas

1
rˆ = [( x − x´) ˆi + ( y − y´) ˆj + ( z − z´) kˆ ]
r

O sinal negativo na equação (1.7) é necessário por que a convenção


adotada, de que r̂ é direcionado da fonte para o ponto de observação, portanto em
sentido oposto ao da atração gravitacional. Uma vez que g é a força dividida pela
massa, ela tem unidade de aceleração e é algumas vezes chamada de aceleração
de gravidade. A atração gravitacional é um campo conservativo e pode ser
representado pelo potencial escalar
g(P ) = ∇U(P)

m
onde U(P) = G
r

A função U é chamada de potencial gravitacional ou potencial Newtoniano,


e a aceleração g é um campo potencial.

1.6 Unidades e Constante Gravitacional

No Sistema International de unidades de medidas, abreviado como S.I., as


massas m e m 0 têm unidade em quilograma (kg), a distância em metros (m) e a
atração gravitacional em m s-2. No caso do sistema cgs, a massa tem unidade em
grama (g), a distância em centímetros (cm) e a atração gravitacional é
freqüentemente referida em Gal (em homenagem a Galileu) onde 1 Gal = 1 cm s-2,
e na literatura geofísica, a atração gravitacional é dada em unidades de mGal ( 1
mGal = 10-3 Gal). A conversão de cgs para unidades SI é 1 mGal = 10-5 ms-2.
Em algumas aplicações de Geofísica Aplicada, onde os levantamentos são
locais e as variações da aceleração de gravidade bastante pequenas, utiliza-se
também o gu (gravity unit) que corresponde a 10 vezes o mGal.

A constante gravitacional de Newton, G, é 6,67 x 10-11 m 3 kg-1 s-2 no sistema


SI e 6,67 x 10-8 cm3 g-1 s-2 em unidades cgs.

1.7 O potencial de distribuições de massas

O potencial gravitacional obedece ao princípio da superposição de efeitos: o


potencial gravitacional de uma coleção de massas é a soma das atrações
gravitacionais de massas individuais. Portanto, a força total sobre uma partícula de
teste é simplesmente a soma vetorial das forças devido a todas as massas no
espaço. O princípio da superposição pode ser aplicado a fim de determinar a
atração gravitacional no limite de uma distribuição contínua de massa. A
distribuição contínua de massas m é simplesmente uma coleção de um número
muito grande de massas infinitesimais dm = ρ(x,y,z) de uma distribuição de
densidade. Aplicando o princípio da superposição

dm
U(P) = G ∫
V r

ρ(Q)
= G∫ dv (1.8)
V r
onde a integração é sobre V, o volume ocupado pela massa. Geralmente, P é um
ponto de observação, Q o ponto de integração, e r a distância entre P e Q. A
densidade ρ tem unidade kg m-3 no sistema SI e g cm-3 no sistema cgs.

Considere inicialmente os pontos de observação localizados fora da


distribuição de massa (Figura 1.6).

Figura 1.6

Se a densidade é uma função bem comportada, a integral (1.8) converge


para todo P situado fora das massas (Kellogg, 1953) e a derivada com relação a x,
y e z pode ser deslocada para dentro da integral. Por exemplo, a derivada parcial
de U com relação a x é

∂U(P ) ( x − x´)
= −G ∫ ρ(Q ) dv
∂x V r3

Repetindo as derivadas da equação (1.8), uma vez com relação a y e uma


vez com relação a z, somando-se todas as três componentes teremos a atração
fora da distribuição de massas:

g(P ) = ∇U(P )


= −G ∫ ρ( Q) dv
V
r2

Derivadas de segunda ordem podem ser obtidas de forma análoga, por


exemplo para a componente x temos
∂ 2U  − ρ 3ρ( x − x´) 2 
= G∫  3 +  dv
∂x 2 V  r
r5 

Repetindo para as componentes y e z, somando-se os três resultados


temos

∂ 2 U ∂ 2U ∂ 2U
∇ 2 U(P ) = + + =0
∂x 2 ∂y 2 ∂z 2

e o potencial gravitacional é harmônico em todos os pontos fora das massas. E o


potencial no interior da distribuição de massa? Se P está situado no interior da
distribuição de massa, o integrando da equação (1.8) é singular, e a integral é
imprópria. Entretanto, a integral converge. De fato, Kellogg (1953) mostra que a
integral

ρ
I(P) = ∫r
V
n
dv

é convergente para P dentro do volume V e é contínua em V se n < 3, V é limitado


e ρ é contínua por partes. Portanto, U(P) e g(P) existem é são contínuas em todo
espaço, seja interno ou externo às massas, desde que a densidade seja uma
função bem comportada. Utilizando o resultado do Teorema de Helmholtz (pág.
30, Blakely, 1996) temos que se g = ∇U(P) e se anula no infinito, então

1 ∇.g
4π ∫ r
U= dv

Comparando o integrando da equação acima com o integrando da equação


(1.8) temos

∇ 2 U(P) = −4πGρ(P) (1.9)

A equação (1.9) é a equação de Poisson que descreve o potencial em


todos os pontos dentro de uma distribuição de massas. A equação de Laplace é
simplesmente um caso especial da equação de Poisson, válida para regiões livres
de massas.

O potencial gravitacional para distribuição de densidade para corpos de


geometria simples será discutido na Aula 4, Seção 8.
Referências:

Blakely, R.J., 1996, Potential Theory in Gravity and Magnetic Applications,


Cambridge University Press, 441 pp.

Kellogg, O.D., 1953, Foundations of Potential Theory, Dover, New York.

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