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PROGRAMAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA

CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Profª Meyssa Quezado e Profª Fernanda Fontenele


PROGRAMAS

 Estatuto da Criança e do Adolescente


 Programa de Assistência Integral à Saúde da
Criança (PAISC)
 Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da
Criança e Redução da Mortalidade Infantil
 Programa de Humanização do Pré-natal e
Nascimento: Método Mãe-Canguru
 Política Nacional de Redução de Morbimortalidade
por acidentes e violência
Estatuto da Criança e do
Adolescente
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

Adolescente:
Criança até 12 anos 12 a 18 anos

Gozam de todos os direitos fundamentais


inerentes à pessoa humana:
desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social
Estatuto da Criança e do Adolescente
Direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade
e à convivência familiar e comunitária.

1- primazia de receber proteção e socorro;


2- Preferência na formulação e na execução
das políticas sociais públicas;
3- Destinação privilegiada de recursos públicos

Nenhuma criança ou adolescente será objeto de


qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.
Conselho Tutelar
 Os conselhos tutelares são órgãos públicos,
autorizada sua criação pelo prefeito da cidade,
previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente
cuja missão institucional é zelar pelo cumprimento
dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Possuem caráter permanente e gozam de
autonomia hierárquica no cumprimento de suas
funções.
DIREITOS FUNDAMENTAIS

Capítulo I
Do Direito à Vida e à Saúde

 Art. 7º A criança e o adolescente têm


direito a proteção à vida e à saúde,
mediante a efetivação de políticas
sociais públicas que permitam o
nascimento e o desenvolvimento sadio
e harmonioso, em condições dignas de
existência.
Gestante:
atendimento pré e perinatal
diferentes níveis de atendimento
apoio alimentar à gestante e à nutriz

condições adequadas ao aleitamento


materno, inclusive aos filhos de mães submetidas
a medida privativa de liberdade

Atendimento integral à saúde


da criança e do adolescente,
por intermédio do SUS, garantido o acesso universal
e igualitário às ações e serviços para promoção,
proteção e recuperação da saúde.
A criança e o adolescente portadores de deficiência
receberão atendimento especializado.
Hospitais e demais estabelecimentos:
1- Registro das atividades pelo prazo de 18 a;
2- Identificar o RN (impressão plantar e digital,
impressão digital da mãe);
3- Exames visando ao diagnóstico e terapêutica de
condições no
anormalidades adequadas ao aleitamento
metabolismo do RN;
materno, inclusive
4- Fornecer aos filhos
declaração de mães submetidas
de nascimento onde constem
a medida as
necessariamente privativa de liberdade
intercorrências do parto e do
desenvolvimento do neonato;
5- manter alojamento conjunto

Os estabelecimentos de atendimento à saúde


deverão proporcionar condições para a permanência
em tempo integral de um dos pais ou responsável,
nos casos de internação de criança ou adolescente.
Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente
àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e
outros recursos relativos ao tratamento,
habilitação ou reabilitação.

Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos


contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar

É obrigatória a vacinação das crianças nos


casos recomendados pelas autoridades sanitárias

O SUS promoverá programas de assistência médica e


odontológica para a prevenção das enfermidades que
ordinariamente afetam a população infantil
PAISC
OBJETIVO GERAL:
REDUZIR A MORBIMORTALIDADE INFANTIL.
PAISC
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Proporcionar atendimento
rotineiro, periódico e contínuo;
 Acompanhamento do CD como
metodologia de assistência;
 Promover a qualidade de vida;
 Promover e incentivar o AM;
 Orientar a alimentação;
PAISC
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Garantir cobertura vacinal;


 Identificar precocemente as patologias,
favorecendo o diagnóstico e tratamento
oportunos;
 Promover a educação para a saúde,
destacando a importância da participação
da família;
 Promover a vigilância de situações de riscos
específicas: desnutrição, recém- nascidos de
risco, problemas visuais e outras que
venham a ser propostas;
 Propiciar um processo de integração equipe
de saúde – comunidade.
Agenda de Compromissos para a Saúde
Integral da Criança e Redução da Mortalidade
Infantil
 Criada em 2004.

 A finalidade deste documento é apoiar a organização da


assistência à população infantil e possibilitar que os gestores
e profissionais de saúde identifiquem as ações prioritárias
para a saúde da criança.

 Propõe a definição de diretrizes para identificação das linhas


de cuidado integral que devem constar no cardápio básico
para o funcionamento adequado dos serviços e de toda a
rede de ações de saúde da criança no nível local, de maneira
a prover respostas mais satisfatórias para esta população.
Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da
Criança e Redução da Mortalidade Infantil

 Linhas de cuidado da atenção integral da saúde da criança e redução


da mortalidade infantil
1 - Ações da saúde da mulher: atenção humanizada e qualificada
2 - Atenção humanizada e qualificada à gestante e ao RN
3 - Triagem neonatal: teste do pezinho
 a ser realizado a partir do 5.º dia de vida, para detectar
hipotireoidismo, fenilcetonúria, anemia falciforme e fibrose cística
4 - Incentivo ao aleitamento materno (AM)
 Estímulo ao AM nas unidades básicas de saúde: pré-natal

 Estímulo ao AM após a alta da maternidade

 Proteção legal ao AM e mobilização social

 Banco de Leite Humano (BLH)


Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da
Criança e Redução da Mortalidade Infantil

 Linhas de cuidado da atenção integral da saúde da criança e redução


da mortalidade infantil
5 - Incentivo e qualificação do acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento (CD)
6 - Alimentação saudável e prevenção do sobrepeso e obesidade infantil
7 - Combate à desnutrição e anemias carenciais
 Cartão da Criança

8 – Imunização
9 - Atenção às doenças prevalentes
 Destaque para as diarréias; sífilis e rubéola congênitas; tétano neonatal;
HIV/aids; doenças respiratórias/alergias.
 Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância - AIDIPI
Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da
Criança e Redução da Mortalidade Infantil

 Linhas de cuidado da atenção integral da saúde da


criança e redução da mortalidade infantil

10 - Atenção à saúde bucal


11 - Atenção à saúde mental
 acompanhamento do crescimento e desenvolvimento

12 - Prevenção de acidentes, maus-tratos/violência e trabalho


infantil
13 - Atenção à criança portadora de deficiência
 O objetivo primordial do Programa de
Humanização no Pré-natal e Nascimento
(PHPN) é assegurar a melhoria do acesso,
da cobertura e da qualidade do
acompanhamento pré-natal, da assistência
ao parto e puerpério às gestantes e ao
recém-nascido, na perspectiva dos direitos
de cidadania.
Alojamento Conjunto
Alojamento conjunto

 O QUE É ALOJAMENTO
CONJUNTO?

Segundo o Ministério da Saúde,


Alojamento Conjunto é o sistema
hospitalar em que o RN sadio, logo
após o nascimento, permanece com a
mãe, 24h por dia, num mesmo
ambiente, até a alta hospitalar.
Este sistema possibilita a prestação de
todos os cuidados assistenciais, bem
como a orientação à mãe sobre a
saúde de binômio mãe e filho.
OBJETIVOS DO ALOJAMENTO CONJUNTO

 Aumentar os índices de Aleitamento


Materno;
 Estabelecer vínculo afetivo entre
mãe e filho;
 Permitir aprendizado materno sobre
como cuidar do RN;
 Reduzir o índice de infecção
hospitalar cruzada;
 Estimular a participação do pai no
cuidado com o RN;
 Possibilitar o acompanhamento da
Amamentação, sem rigidez de
horário, visando esclarecer às
dúvidas da mãe e incentiva-lá nos
momentos de insegurança;
OBJETIVOS DO ALOJAMENTO CONJUNTO

 Orientar e incentivar a mãe (ou pais) na observação de


seu filho, visando esclarecer dúvidas;
 Reduzir a ansiedade da mãe (ou pais) frente às
experiências vivenciadas ;
 Favorecer troca de experiências entre as mães;
 Melhorar a utilização das
unidades de cuidados especiais
para RN;
 Aumentar o número de crianças
acompanhadas por serviço de
saúde.
POPULAÇÃO A SER ATENDIDA

MÃE
Com ausência de patologia que
contra-indique ou impossibilite o
contato com RN

RECÉM-NASCIDO
-RN a termo, AIG, sem patologia, com boa
vitalidade, boa sucção, adequado controle
térmico, sem risco de infecção (situações de risco de infecção: mãe febril,
recebendo antibiótico, bolsa rota há mais de 24 horas, RN nascido fora do
centro obstétrico).
- Peso de nascimento superior a 2.500g menos de 4.000g.
- Boletim de Apgar igual ou superior a 7 no primeiro minuto de vida.
- Em caso de cesariana, o RN será levado para a mãe entre 2 e 6 horas após
o parto, respeitando-se as condições maternas.
POPULAÇÃO A SER ATENDIDA

EXCLUSÃO DO RN
- Apgar abaixo de 7 no primeiro e no quinto minuto.
- RN com peso acima do percentil 90 ou abaixo do percentil 10 para a idade
gestacional.
- Malformação que impeçam a amamentação.
- Alto risco de infecção.
- RN de mãe diabética.
- Icterícia precoces.
-Patologias diagnosticadas ao exame
imediato.

ALIMENTAÇÃO DO RN
-Seio materno em livre demanda.
-Não oferecer bicos ou chupetas.
-Mamadeira de leite ou outras
alimentação, só sob prescrição médica.
-Proibida amamentação cruzada.
Humanização do atendimento perinatal ao RNBP:
MÉTODO MÃE CANGURU
Método Canguru
MS: portaria no 693 de 5-7-2000

 Contato pele a pele


entre mãe e RNBP;

 Manter RNBP
ligeiramente vestido, em
decúbito prono, na
posição vertical, contra o
peito de um adulto.
VANTAGENS
 Aumento vínculo mãe-filho;
 Estimulação sensorial;
 Estímulo aleitamento materno;
 Maior confiança no manuseio após a
alta;
 Melhor controle térmico;
 Menor número de RN em leitos
intermediários;
 Melhor relacionamento da equipe
com a família;
 Diminuição IH;
 Menor permanência hospitalar.
APLICAÇÃO DO MÉTODO

 PRIMEIRA ETAPA: adaptação e treinamento


 Período após o nascimento do RNBP que
impossibilitado de ir ao AC necessita de
internação;
 CUIDADOS:
 Orientar a família sobre o método e as
condições do RN;
 Acesso livre e precoce dos pais;

 Medidas de controle de IH;

 Informações sobre procedimentos hospitalares;

 Higienização

 Estímulo amamentação: cuidados com as


mamas, ordenha e armazenagem;
 SEGUNDA ETAPA:
 RN estabilizado;

 Acompanhamento

contínuo da mãe;
 Posição canguru.

 Critérios:

 MÃE:
 Querer participar, disponibilidade;
 Consenso entre mãe, família e
profissional;
 Capacidade de reconhecer
situações de risco;
 Conhecimento e habilidade para a
posição.
 SEGUNDA ETAPA:
 Critérios:

 RN:
 Estabilidade clínica;
 Nutrição enteral plena
 (SOG, peito ou copo);
 Peso mínimo 1250g;
 Ganho de peso diário maior que 15g

 Amamentar 2-2h diurno e 3-3h noturno;


 Alimentação extra, se ganho de peso diário menor
que 15g;
 Poderá ser feito uso de medicações VO e EV;
Critérios de alta para a 3ª etapa
 Mãe segura e bem orientada;
 Familiares conscientes;
 Mãe motivada para dar continuidade ao trabalho iniciado na
maternidade;
 Compromisso da família para realização do método por 24h;
 Retorno á Unidade;
 Peso mínimo de 1500g;
 Sucção exclusiva ao peito e ganho de peso adequado nos três
dias que antecedem a alta;
 Garantia, se necessário complementação, de que não seja por
SOG;
 Condição de recorrer ao Hospital se intercorrências;
 Condição de acompanhamento ambulatorial:
 Primeira semana: 3 vezes;
 Segunda semana: 2 vezes;
 Terceira e semanas subsequentes: 1 consulta até
2500g
 TERCEIRA ETAPA:
 Acompanhamento da criança
no ambulatório;
 Atribuições do ambulatório:
 Exame físico;

 Equilíbrio psicoafetivo;

 Corrigir as situações de
risco: ganho de peso
inadequado, sinais de
refluxos, infecções,
apnéias;
 Esquema de imunizações;

 Orientar e acompanhar
tratamento especializados
Construção de uma política em saúde voltada para a
população de crianças e adolescentes

Peculiaridades Necessidades

Princípios do SUS
Obrigada!

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