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CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS NA

IGREJA E NA SOCIEDADE

SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO


(Mt 5,13-14)

documento
105
CAPÍTULO II
SUJEITO ECLESIAL:

DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS E CIDADÃOS DO


MUNDO
3. O cristão leigo como sujeito
eclesial
 3.3. Entraves à vivência do cristão como sujeito
na Igreja e no mundo.

 O cristão encontra alguns entraves para a


vivência de sua fé de modo integral e
integrado. Eis algumas realidades que deveriam
estar relacionadas e articuladas:
 Oposição entre a fé e a vida. Nos Evangelhos, ao
contrário dessa mentalidade e prática onde o
mundo da fé é superior e oposto ao mundo da
vida, Jesus nos mostra como a fé em Deus se
expressa em todas as dimensões da vida: pessoal,
familiar, comunitária, profissional, sociopolítica e
religiosa.
 Oposição entre sagrado e profano. Os cristão não
devem se isolar no que é considerado “sagrado”.
Ao contrário, devem aprender a integrar e
relacionar todos os espaços da vida, descobrindo
aí os sinais do Reino.
 Oposição entre a Igreja e o mundo. Para muitos a
Igreja é vista como refúgio, arca da salvação, lugar
para o encontro com Deus, enquanto o mundo é lugar
do pecado, da perdição, da maldade. A Igreja está
comprometida com este mundo, como sacramento e
sinal da salvação misericordiosa de Deus, e nesta
missão, peregrina até que o Reino de Deus se
manifeste plenamente em novo céu e nova terra.
 Oposição entre identidade eclesial e ecumenismo. “A
divisão dos cristãos entre si é um estado de fato grave”
(Paulo VI). O diálogo ecumênico é missão da Igreja e
não simplesmente uma estratégia de evangelização.
Todo cristão leigo é interpelado para que seja sujeito e
instrumento da unidade entre os cristãos.
 De certa forma todas essas oposições se resumem no
receio de assumir o que é do mundo. Esquece-se que
o mundo foi criado por Deus, nele o Verbo de Deus se
encarnou e nele age o Espírito Santo, que sopra onde
quer.
 O Para Francisco questiona esta postura,
denunciando: “Apesar de se notar uma participação
de muitos nos ministérios laicais, este compromisso não
se reflete na penetração dos valores cristãos no mundo
social, político e econômico; limita-se muitas vezes às
tarefas no seio da Igreja, sem um empenhamento real
pela aplicação do Evangelho na transformação da
sociedade”. Evidenciar, refletir e promover ações que
gerem uma nova consciência são atitudes necessárias
para a maturidade de verdadeiros sujeitos.

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