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Elisa Faria
Administração Pública – UFBA – Extensivo – 2016
Aulas 1 a 28
Assistente em Administração
Aulas: 00 a 00
Profa. Elisa Faria www.aprovaconcursos.com.br Página 1 de 59
Profa. Elisa Faria
Administração Pública – UFBA – Extensivo – 2016
Aulas 1 a 28
Apresentação
Mestre em Administração Pública pela Escola de Governo da Fundação João Pinheiro – Governo do
Estado de Minas Gerais; Mestrado concluído em Direito e Instituições Políticas pela FUMEC;
Especialista em Direito Público Municipal pelo IDM/UNIFENAS; Graduada em Direito pela FUMEC;
Professora de Direito Administrativo II e III e Prática simulada IV da Graduação em Direito da
PUC/MINAS; Professora de Direito Administrativo, de Licitação e Contratos e de Administração
Financeira e Orçamentária – AFO na Graduação em Gestão Pública da UNATEC; Professora de
Direito Administrativo – ênfase em servidores públicos, da Pós Graduação em Advocacia Pública da
ESA da OAB/MG; Professora de Direito Administrativo em cursos preparatórios para concurso e
Exame de Ordem há mais de 10 anos; Advogada e consultora em Direito Público; Professora e
Coordenadora da Pós em Direito Previdenciário do IEPREV; Palestrante; Membro do Instituto
Mineiro de Direito Administrativo - IMDA.
Alunos,
O presente material não é um roteiro para acompanhar as aulas. É um material para apoio aos
estudos. Para a aula, você precisa de: caderno, canetas, marca texto e da Constituição, lei, norma
atualizada, sempre acessada nos sites oficiais do Poder Público, se a legislação for federal, no
www.planalto.gov.br. Ok?
Neste curso, vamos abordar os principais assuntos referentes ao conteúdo programático seguinte:
Vamos juntos!
Orientações iniciais:
Sempre que for estudar Direito Administrativo, comece relembrando ou aprendendo os conceitos
básicos de organização administrativa e agentes públicos. Em seguida, leia as normas
constitucionais relativas à Administração Pública (art. 37 ao 41 da CF). Assista a aula prestando
atenção nos pontos destacados e realizando suas anotações pessoais. É comprovado que quem
escreve a mão aciona no cérebro mais neurônios do aprendizado! Reveja os pontos principais.
Releia as legislações apontadas como importantes, grifando conceitos, prazos, etc. Faça seus
próprios resumos! Qualquer dúvida, envie-me uma mensagem no meu email pessoal
(contato@blogdeaulas.com.br), responderei pessoalmente o quanto antes possível. Bons estudos!
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
1. ADMINISTRAÇÃO DIRETA
A Administração direta ou centralizada é aquela exercida pelos Entes Políticos (União, Estados,
Distrito Federal e Municípios) por meio de departamentos internos, isto é, por meio dos seus
próprios órgãos públicos. Os órgãos públicos são centros de competências, sem personalidade
jurídica, que integram a estrutura interna de uma pessoa jurídica pública. Os órgãos públicos atuam
estabelecendo, entre si, relações de coordenação e subordinação, o que constitui a hierarquia
organizacional da Administração Pública.
Os órgãos públicos podem se classificar por diversos critérios, quanto à atuação funcional, por
exemplo, os órgãos se dividem em singulares e colegiados:
• órgãos singulares são os que agem e atuam por intermédio de um agente, o seu titular. Apenas
este tem competência para decidir pelo órgão que dirige, a despeito de vários outros agentes
atuarem na condução das atividades do órgão. Internamente, os agentes inferiores podem
manifestar suas opiniões, mas a decisão é do agente superior. As Secretarias de Estado servem de
exemplo. O titular da Pasta é que decide em nome dela. Para isso, normalmente, a autoridade vale-
se de pareceres e informações elaborados por agentes subordinados. Essas manifestações
inferiores não têm validade jurídica enquanto não forem aprovadas pela autoridade máxima do
órgão a que pertencem;
• órgãos colegiados são os compostos por diversos membros, que decidem em conjunto.
Instalam as suas reuniões com a presença da maioria absoluta dos respectivos membros. As suas
decisões são tomadas pelo voto da maioria dos presentes na reunião. O ato que materializa a
decisão de órgãos dessa espécie denomina-se deliberação. São exemplos dessa modalidade de
órgãos os conselhos, as juntas e as comissões.
2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
As entidades administrativas não possuem relação de subordinação com o Ente Político, isto é, não
integram sua estrutura hierarquizada. Essas pessoas jurídicas vinculam-se à União, aos Estados-
membros, ao Distrito Federal ou aos Municípios, estando sujeitas a um poder de tutela ou controle
finalístico pelo ente que a instituiu. Esta relação é denominada vinculação e liga-se ao princípio da
especialidade. O surgimento ou instituição das entidades administrativas decorre do
estabelecimento de atribuições específicas, definidas pela lei de criação ou pela lei autorizativa da
criação. Veja algumas características das entidades administrativas:
2.1 Autarquias
Nos termos do Decreto-lei n. 200/67, autarquia é o “serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades da Administração
Pública que requeiram, para o seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizadas”. A autarquia, sendo pessoa jurídica distinta do Estado, atua por conta própria e
goza de autonomia administrativa e financeira.
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei específica, nos termos do art.
37, XIX, da Constituição Federal, com a redação introduzida pela Emenda Constitucional n. 19/98. A
lei de criação, normalmente no primeiro artigo, declara a criação da entidade. Exemplo: “fica criada
a Autarquia X, com o objetivo de promover e manter o serviço XX, nos termos desta Lei e do seu
Regulamento”.
Com esse dispositivo está criada a entidade. Independe de qualquer registro. O seu funcionamento
dependerá apenas da sua organização, regulamentação, nomeação e posse dos respectivos
dirigentes e servidores. A personalidade jurídica da entidade surge com a publicação da lei criadora.
Não se aplica, portanto à autarquia, a regra do registro em cartório obrigatório a que se sujeitam as
entidades de direito privado, para que adquiram personalidade jurídica.
O capital da autarquia é formado integralmente por bens do Estado e por capital público. Nela,
não há a participação de capital privado. O Estado estabelece na lei de criação da entidade, as
fontes de recursos financeiros e patrimoniais que serão destacados para integrar o capital do novo
ente. As receitas indispensáveis ao funcionamento da autarquia são oriundas das receitas que
arrecadam e de transferência orçamentária feita periodicamente pelo Ente Político criador. No
âmbito da União, serve de exemplo o INSS e as AGÊNCIAS REGULADORAS.
A instituição de fundação de direito público sustenta-se nos dispositivos constitucionais que põem
a fundação ao lado da autarquia. Por exemplo, as fundações e as autarquias sujeitam-se ao regime
próprio de previdência, art. 40 da CF, alterado pela EC n. 20/98. De acordo com esse dispositivo
constitucional, o regime de previdência especial instituído pela União, Estados e Municípios
abrange os servidores da Administração direta e os das fundações e autarquias e se destina apenas
aos servidores estatutários efetivos. No âmbito da União, serve de exemplo de fundação pública de
direito privado a FUNPRESP e de exemplo de fundação pública de direito público todas as demais:
IBGE, FUNAI, FUNASA, etc.
A empresa pública pode revestir-se de qualquer das formas previstas em direito. Assim, o capital
social da empresa pode ser representado por quotas ou por ações. A forma de participação dos
instituidores ou criadores pode ser contratual ou estatutária, de acordo com o Direito
Civil/Comercial. Na prática, tem-se valido mais do contrato social e do capital representado por
quotas de responsabilidade limitada. No âmbito da União, serve de exemplo a CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL (explora atividade econômica) e os CORREIOS (prestam serviços remunerados).
Editada a lei, o Chefe do Executivo, por intermédio de comissão especial ou de agente designado,
providencia os convites às pessoas privadas (físicas ou jurídicas) para a criação da empresa, elabora
os estatutos de acordo com a lei autorizativa e as normas da Lei das Sociedades Anônimas, e
convoca a Assembleia Geral para aprovação dos instrumentos constitutivos. Em seguida, leva tais
documentos a registro na Junta Comercial. Com a efetivação do registro nasce a sociedade de
economia mista, com seus direitos e deveres previstos no estatuto.
A sociedade de economia mista deve ter por objeto a atividade econômica, nas condições e limites
contidos do art. 173 da Constituição Federal. Entretanto, admite-se a sua criação para prestação de
serviços públicos ou de utilidade pública. Referido artigo estabelece que, ressalvados os casos
previstos na Constituição Federal, ao Estado é permitido atuar no campo econômico direta ou
indiretamente, se a atividade for necessária aos imperativos da segurança nacional ou de relevante
interesse coletivo.
AGENTES PÚBLICOS
Servidores públicos, espécie do gênero agentes públicos, são pessoas naturais admitidas pelo
Estado, por tempo indeterminado, para a prestação de serviços de natureza permanente,
mediante remuneração e disciplinamento estatutário. Contudo, alguns autores, como Maria Sylvia
Zanella Di Pietro, consideram a expressão “servidores públicos” em sentido amplo, abrangendo
servidores propriamente ditos (estatutários), os empregados públicos (celetistas) e os contratados
temporários (admitidos por tempo determinado, para atender a necessidades temporárias de
excepcional interesse público, nos termos do art. 37, IX, da Constituição Federal, regulamentado
pela Lei n. 8.745/93 no âmbito federal).
A coisa pública, gerida pelo Estado, é do povo, é da sociedade. Por tais razões, o Estado deve ter as
suas funções exercidas por servidores recrutados na sociedade, entre os interessados. A sociedade
é a detentora do direito de gerir a coisa pública, por meio do grupo de pessoas, agentes públicos,
que integram a Administração na condição de servidores públicos (servidores do público). Todos,
então, têm o direito, nos limites e condições estabelecidos em lei, de ocupar ou desempenhar
funções públicas. Todavia, o Estado não precisa de todos os interessados nessa gestão. O número
de cargos é limitado de acordo com a efetiva necessidade. E, também, nem todos interessados são
portadores das condições mínimas para o exercício do cargo pretendido. Daí a necessidade da
escolha. E o melhor meio para selecionar interessados é o concurso público, no qual se exigem
condições e requisitos idênticos para todos os participantes.
2. Cargos públicos
8.112/90). Os cargos públicos, no Poder Executivo, são criados por lei de iniciativa exclusiva do
respectivo Chefe, em virtude de disposição constitucional (art. 84, III, combinado com o art. 61, §
1º, ambos da Constituição Federal).
Os cargos são criados em número certo, de acordo com a efetiva necessidade do serviço. As
competências básicas de cada cargo são estabelecidas pela norma criadora, lei, ou por regulamento
nos casos de delegação. As atribuições de cada categoria de cargos são estabelecidas de acordo
com a estrutura de cargos dispostos no plano de carreira. Os cargos públicos podem ser de
provimento efetivo, mediante aprovação em concurso público para atender às atividades
permanentes da administração pública, ou podem ser de provimento em comissão.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
Disposições Gerais
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Alterado EC19/98)
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Alterado EC19/98)
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; (Alterado
EC19/98)
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público;
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo;
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; (Alterado EC19/98)
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
último caso, definir as áreas de sua atuação; (Alterado EC19/98)
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras
específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei
ou convênio. (Incluído EC42, de 19.12.2003)
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente,
servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de
ressarcimento.
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do
caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído EC 47, de 2005)
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao
Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica,
como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça,
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos
Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Incluído EC 47, de 2005)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo,
emprego ou função;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
(Redação do “título” dada pela EC n 18/98)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADI nº 2.135-4)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos
Poderes. (Alterado EC19/98) (Vide ADIN nº 2.135-4)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir. (Incluído EC19/98)
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o
disposto no art. 37, XI. (Incluído EC19/98)
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão,
autarquia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e
produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização
do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade. (Incluído
EC19/98)
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos
do § 4º. (Incluído EC19/98)
(Aposentadoria)
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter
contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e
inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e
o disposto neste artigo. (Redação pela EC41/03)
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e
17: (Redação pela EC41/03)
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no
serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as
seguintes condições: (Redação pela EC20/98)
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de
idade e trinta de contribuição, se mulher; (Redação pela EC20/98) (Vide Emenda Constitucional nº
20, de 1998)
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição. (Redação pela EC20/98)
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão
consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes
de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redação pela EC41/03)
III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física. (Incluído EC47/05)
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (Redação pela
EC41/03)
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para
os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por
cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou (Incluído EC41,
19.12.2003)
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive
quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras
atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante
resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma
desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e de
cargo eletivo. (Incluído EC20, de 15/12/98)
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de
cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de
previdência social. (Incluído EC20, de 15/12/98)
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de
iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no
que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza
pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade
de contribuição definida. (Redação pela EC41/03)
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser
aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Incluído EC20, de 15/12/98)
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria
voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um
abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as
exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído EC41, 19.12.2003)
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em
cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluído EC41, 19.12.2003)
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de
aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios
do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o
beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante. (Incluído EC47, de 2005)
(Estabilidade)
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público. (Alterado EC19/98)
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído EC19/98)
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o
eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço. (Alterado EC19/98)
A PARTIR DESTE PONTO, VOCÊ DEVE LER APENAS OS TÓPICOS TRABALHADOS EM AULA E
INDICADOS NO EDITAL PARA SEU CONCURSO. O MATERIAL É COMPLETO E TEM TODO O
CONTEÚDO PADRÃO DO DIREITO ADMINISTRATIVO, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, ÉTICA e
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA.
ATOS ADMINISTRATIVOS
A Administração Pública, no sentido geral, edita três tipos fundamentais de atos jurídicos: lei,
sentença e ato administrativo. Pela lei, o Poder Legislativo materializa a sua principal atividade. O
Poder Judiciário faz o mesmo por meio da sentença. O ato administrativo é o meio pelo qual a
Administração Pública estrita exterioriza o seu comportamento no exercício das atribuições que lhe
competem. Desse modo, o ato administrativo está para a Administração Pública assim como a
sentença está para o Judiciário e a lei para o Legislativo.
Os atos jurídicos próprios do Direito Privado dependem de três requisitos, como assinalado antes,
para que sejam válidos e produzam efeitos válidos. Para que os atos administrativos possam
produzir efeitos jurídicos, condicionam-se à observância de cinco elementos/requisitos:
competência, objeto, forma, motivo e finalidade.
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE:
todo ato administrativo presume-se legítimo, isto é, verdadeiro e conforme o direito; é
presunção relativa (juris tantum).
IMPERATIVIDADE:
é a qualidade pela qual os atos dispõem de força executória e se impõem aos particulares,
independentemente de sua concordância;
AUTO-EXECUTORIEDADE:
é o atributo do ato administrativo pelo qual o Poder Público pode obrigar o administrado a
cumprí-lo, independentemente de ordem judicial;
TIPICIDADE
é o atributo do ato administrativo pelo qual este deve corresponder a uma figura (tipo)
previamente descrito em lei;
Atos Normativos:
aqueles que contêm um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei;
estabelecem regras gerais e abstratas, pois visam a explicitar a norma legal. Exs.: Decretos,
Regulamentos, Regimentos, Resoluções, Deliberações, etc.
Atos Ordinatórios:
visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes.
Emanam do poder hierárquico da Administração. Exs.: Instruções, Circulares, Avisos, Portarias,
Ordens de Serviço, Ofícios, Despachos.
Atos Negociais:
aqueles que contêm uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a vontade do
particular; visa a concretizar negócios públicos ou atribuir certos direitos ou vantagens ao
particular. Ex.: Licença; Autorização; Permissão; Aprovação; Apreciação; Visto; Homologação;
Dispensa; Renúncia;
Atos Enunciativos:
aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir opinião sobre determinado
assunto; Ex.: Certidões; Atestados; Pareceres.
Atos Punitivos:
atos com que a Administração visa a punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta
irregular dos administrados ou de servidores. É a APLICAÇÃO do Poder de Policia e Poder
Disciplinar. Ex.: Multa; Interdição de atividades; Destruição de coisas; Afastamento de cargo ou
função.
PODERES ADMINISTRATIVOS
1. Espécies
Vinculado: Quando a lei confere à Administração Pública poder para a prática de determinado
ato, estipulando todos os requisitos e elementos necessários à sua validade.
Necessidade: o Poder de policia só deve ser adotado para evitar ameaças reais ou
prováveis de pertubações ao interesse público;
Eficácia: a medida deve ser adequada para impedir o dano ao interesse público.
Na Administração Pública, existem princípios cuja observância é dever do agente público, sob pena
de incorrer em sanções. Esses princípios são constitucionais, legais e, alguns, doutrinários. A
Constituição Federal de 1988, em sua redação original, elencou quatro princípios aplicáveis à
Administração Pública. São eles: princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade. A esses foi acrescentado, pela Emenda Constitucional n. 19/98, o princípio da
eficiência.
Para Edimur Ferreira de Faria “A Administração, sujeita que está ao princípio da legalidade, não tem
o poder ou a competência para praticar atos em desconformidade com a lei. Dessa forma, a sua
vontade ou a de seu agente é a da lei. O administrador público, agindo nessa condição, não deve
ter vontade própria, nem quando atuar no exercício da faculdade discricionária. A manifestação da
vontade do agente deve espelhar a vontade estatal.”*
A Constituição Federal contém vários dispositivos que asseguram à sociedade meios e
instrumentos, destinados a instrumentalizá-la, para se defender contra atos emanados em
desacordo com a lei. São os seguintes artigos:
Art. 5º
inciso XXXV – prescreve que a lei não poderá excluir da apreciação do judiciário qualquer
lesão de direito ou ameaça de lesão.
inciso LXXIII – legitima qualquer cidadão em gozo de seus poderes políticos, para propor a
ação popular;
inciso XXXIV – este dispositivo garante o direito de petição aos cidadãos perante os poderes
públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.
Art. 49.
inciso V – por este dispositivo, é conferido ao Congresso Nacional competência para, com
exclusividade, sustar os atos normativos do Poder Executivo quando exorbitarem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
Art. 84.
inciso X – a norma deste dispositivo atribui poderes ao Presidente da República para vetar,
total ou parcialmente, proposição de lei.
Arts. 102 e 103. estes dispositivos tratam do controle da constitucionalidade das leis.
Para Hely Lopes Meirelles, “a moral administrativa, juntamente com a sua legalidade e a finalidade,
constituem pressupostos de validade, sem os quais toda atividade pública será ilegítima”. É do
mesmo autor a afirmação de que a moral administrativa vincula-se ao conceito do “bom
administrador” e que ela integra o Direito, tornando-se dele elemento componente da legalidade.
José Afonso da Silva registra que “deve-se partir da idéia de que moralidade administrativa não é
moralidade comum, mas moralidade jurídica. Essa consideração não significa necessariamente que
o ato legal seja honesto. Significa, como disse Hauriou, que a moralidade administrativa consiste no
conjunto de regras de conduta tirada da disciplina da Administração.”
O art. 5º, XXXIII, da Constituição Federal garante a todos os brasileiros o direito de obter dos órgãos
públicos informações de seu interesse próprio ou de interesse geral ou coletivo, no prazo
estabelecido em lei, ressalvados os casos cujo sigilo for necessário à segurança da sociedade e do
Estado.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a propósito, sustenta: “O princípio da eficiência impõe ao agente
público um modo de atuar que produza resultados favoráveis à consecução dos fins que cabe ao
Estado alcançar.” O atendimento tardio, pela Administração Pública, aos reclames individuais ou
coletivos, ou a má qualidade dos serviços ou de outros benefícios sociais, sem justificado motivo,
pode levar o agente competente a responder por crime de responsabilidade, com as conseqüências
pecuniárias, decorrentes da responsabilidade civil, art. 37, § 6º da Constituição Federal.
A Administração Pública, direta e indireta, está sujeita ao princípio da indisponibilidade. Isto quer
dizer que a Administração, por seus agentes, não tem a disponibilidade dos bens e nem das coisas
que estão sobre o seu domínio ou guarda, por se tratar de coisas públicas. Ora, se são coisas do
público, pertencentes à sociedade, não devem ser dispostas a critério subjetivo e pessoal do
administrador. Assim, ao administrador público é defeso distribuir bens ou valores pertencentes ao
Estado entre particulares: parentes, amigos grupos e outros.
Nesse sentido é o entendimento de Cretella Júnior: Os direitos subjetivos privados nada mais são
do que a tradução do poder de vontade do homem, tutelado pela ordem jurídica. Do proprietário
do imóvel depende, exclusivamente, no direito pátrio, vendê-lo ou não, pelo preço que entender,
decidindo-se a operação de compra e venda pelas partes tão-somente. Impera a disponibilidade, no
campo do direito privado, porque está subordinada à voluntas domini. É o princípio da
disponibilidade do interesse privado. No campo do direito público, entretanto, domina a idéia da
indisponibilidade, porque a administração esta vinculada à idéia de fim. É o princípio da indisponibi-
lidade do interesse público onde está presente a idéia de impessoalidade de objetividade.
Esse princípio vem sendo defendido como meio inibidor do poder discricionário do administrador
público.
O poder discricionário conferido pelo legislador ao administrador público, para que ele, nos casos
concretos, edite o ato que julgar melhor, à vista da vontade legal e nos parâmetros da própria lei,
pode levar a comportamento antijurídico ou viciado juridicamente. O princípio da razoabilidade
tem por finalidade limitar a liberdade do agente ou pautar-lhe a direção a ser seguida. Na
discricionariedade, o agente transita numa faixa legal de margens invisíveis. Por isso, é difícil
conduzir-se no seu leito central sem derivar para as margens não sinalizadas.
“Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8112compilado.htm
Atenção: Recomendo que a aula seja acompanhada pela lei postada no site do planalto,
atualizada até a véspera do edital e não pelo resumo abaixo que serve apenas como
orientação geral. Faça a marcação na sua própria lei, conforme a videoaula e slides de
apoio. Bons estudos!
2. Resumo
Disposições gerais
Art. 5º - requisitos básicos para investidura; reserva de vagas às pessoas portadoras de deficiência
(até 20% ).
Art. 13 - Prazo para posse: 30 dias contados da nomeação ou do fim de impedimento legal.
Art. 15 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público (de provimento efetivo
e em comissão) ou da função de confiança. Prazo: 15 dias contados da posse.
Art. 20 - São estáveis após 3 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público (Art. 41 CF), mediante aprovação em avaliação
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Provimentos
Art. 24 Readaptação o servidor é provido em cargo compatível com as limitações que tenha
sofrido em sua capacidade laborativa. Ex; Professor perde definitivamente a voz e é
readaptado no cargo de bibliotecário.
Art. 25 Reversão retorno do servidor aposentado ao cargo porque não subsistem mais os
motivos determinantes da aposentadoria por invalidez. (ou da voluntária conforme critérios da
Admnistração)
Art. 28 Reintegração A demissão de servidor é invalidada por decisão administrativa ou judicial,
gerando o direito de retorno ao cargo.
Art. 29 Recondução Retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado quando não
aprovado em estágio de um novo cargo ou quando era o eventual ocupante de um cargo cujo
titular fora reintegrado.
Art. 30 Aproveitamento Retorno à atividade do servidor em disponibilidade obrigatoriamente
em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anterior.
Vacância
(surgimento de novas vagas)
Art. 33 Decorrerá de:
exoneração (mero desligamento)
demissão; (desligamento por punição)
promoção;
readaptação;
aposentadoria;
posse em outro cargo inacumulável;
falecimento.
Movimentação de pessoal
Art. 36 REMOÇÃO: deslocamento do servidor com ou sem mudança de sede, pode ser:
- de ofício, se for interesse da Administração;
- a pedido, a critério da Administração;
- a pedido para outra localidade, independente do interesse da Administração se for:
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro (também servidor público)
b) por motivo de saúde dele mesmo, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas
expensas (e conste no seu assentamento funcional)
c) em virtude de processo seletivo promovido
Direitos e vantagens
Art. 40 - Vencimento é a retribuição pecuniária paga pelo exercício de cargo público com valor
fixado em lei . Não pode ser inferior a um salário-mínimo.
Art. 77 - Férias = 30 dias, podendo ser acumulada até no máximo dois períodos, no caso de
necessidade do serviço. Não pode ser descontado nas férias qualquer falta ao serviço, e podem ser
parceladas em até três etapas.
- O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20
dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a
acumulação.
- As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de: calamidade pública, comoção
interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço (declarada
pela autoridade máxima do órgão ou entidade). O restante do período interrompido será gozado
de uma só vez.
Direitos e vantagens
Art. 104 a 115 O servidor tem o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou
interesse legítimo.
Caberá recurso:
se o pedido de reconsideração não for aceito (indeferido);
das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou
proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades. E será
encaminhado pelo chefe do servidor que requereu.
O prazo para entrar em juízo com o pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 dias, a
contar da publicação ou da ciência, pelo servidor, da decisão recorrida.
Regime disciplinar
Art. 118 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos. Esta proibição estende-se a
cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de
economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios. A
acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da compatibilidade de
horários.
Considera-se acumulação proibida o recebimento de vencimento de cargo ou emprego público
efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas
remunerações forem acumuláveis na atividade.
Art. 119 O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão, exceto no caso de cargo em
comissão provisório, nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.
Se o servidor acumular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de
provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que
houver compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades
máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.
Responsabilidade do Servidor
121 ao 126 - O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas
atribuições.
A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em
prejuízo ao erário ou a terceiros.
A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada em parcelas
descontadas da remuneração ou provento, na falta de outros bens que assegurem a execução do
débito pela via judicial.
Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em
ação regressiva (A Fazenda indeniza o terceiro e o servidor indeniza a Fazenda). A obrigação de
reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da
herança recebida.
A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao
acusado ampla defesa. E compete ao órgão central do SIPEC supervisionar e fiscalizar o
cumprimento do disposto acima.
Processo Disciplinar
Art. 143 ao 182 As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que
contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito,
confirmada a autenticidade.
Quando o fato narrado não configurar evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia
Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade de suspensão por
mais de 30 dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou destituição de
cargo em comissão, será obrigatória a instauração de processo disciplinar.
Art. 147 Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da
irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá determinar o seu
afastamento do exercício do cargo (Afastamento Preventivo), pelo prazo de até 60 dias, sem
prejuízo da remuneração. Este afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual
cessarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.
secretário servidor designado pelo seu presidente, podendo a indicação recair em um de seus
membros. Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro
ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. A
Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo
necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração. As reuniões e as
audiências das comissões terão caráter reservado.
O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 dias, contados da data de
publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as
circunstâncias o exigirem. Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus
trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. As
reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.
Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração está capitulada como ilícito penal,
a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente
da imediata instauração do processo disciplinar.
Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos
um médico psiquiatra. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso
ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.
Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com a especificação dos
fatos a ele imputados e das respectivas provas.
O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa
escrita, no prazo de 10 dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. Havendo dois ou
mais indiciados, o prazo será comum e de 20 dias. No caso de recusa do indiciado em apor o ciente
na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo
membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de 2 (duas) testemunhas.
O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser
encontrado. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado
no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio
conhecido, para apresentar defesa. Nessa, o prazo para defesa será de 15 dias a partir da última
publicação do edital.
Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. A
revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa. Para
defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como
defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível
de escolaridade igual ou superior ao do indiciado.
Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais
dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a sua convicção. O relatório será
sempre conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor.
O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade que determinou a
sua instauração, para julgamento.
O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos. Quando
o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá,
motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de
responsabilidade.
Verificada a ocorrência de vício insanável (quando a comissão fizer alguma coisa errada e que não
tem jeito de consertar), a autoridade que determinou a instauração do processo ou outra de
hierarquia superior declarará a sua nulidade, total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a
constituição de outra comissão para instauração de novo processo.
Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos
assentamentos individuais do servidor.
Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao
Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na repartição.
O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado
voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso aplicada.
O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se
aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a
inadequação da penalidade aplicada. Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do
servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do processo. No caso de
incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador. No processo
revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. A simples alegação de injustiça da penalidade não
constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no
processo originário.
A revisão correrá em apenso ao processo originário. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e
hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas que arrolar. A comissão revisora terá
60 dias para a conclusão dos trabalhos. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que
couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar. O julgamento
caberá à autoridade que aplicou a penalidade. O prazo para julgamento será de 20 dias, contados
do recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar
diligências. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada,
restabelecendo-se todos os direito do servidor, exceto em relação à destituição do cargo em
comissão, que será convertida em exoneração.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8429.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8429compilado.htm
Atenção: Recomendo que a aula seja acompanhada pela lei postada no site do planalto,
atualizada até a véspera do edital e não pelos resumos eventualmente postados como
orientação geral. Faça a marcação na sua própria lei, conforme a videoaula e slides de
apoio. Bons estudos!
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9784.htm
Atenção: Recomendo que a aula seja acompanhada pela lei postada no site do planalto,
atualizada até a véspera do edital e não pelos resumos eventualmente postados como
orientação geral. Faça a marcação na sua própria lei, conforme a videoaula e slides de
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666compilado.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10520.htm
Pregão Eletrônico:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5450.htm
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Decreto/D5504.htm
Registro de Preços:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Decreto/D7892.htm
Atenção: Recomendo que a aula seja acompanhada pela lei postada no site do planalto,
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orientação geral. Faça a marcação na sua própria lei, conforme a videoaula e slides de
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8987cons.htm
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2.1 Conceito: Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados,
sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da
coletividade ou simples conveniências do Estado.
2.3 Características:
Elemento Formal – o regime jurídico, a princípio, é de Direito Público. Quando, porém, particulares
prestam serviço em colaboração com o Poder Público o regime jurídico é híbrido, podendo
prevalecer o Direito Público ou o Direito Privado, dependendo do que dispuser a lei.
Em ambos os casos, a responsabilidade é objetiva. (os danos causados pelos seus agentes
serão indenizados pelo Estado)
Elemento Material – o serviço público deve corresponder a uma atividade de interesse público.
Serviços Públicos: são os que a Administração presta diretamente à comunidade, por reconhecer
sua essencialidade e necessidade para a sobrevivência do grupo social e do próprio Estado. Por
isso mesmo, tais serviços são considerados privativos do Poder Público, no sentido de que só a
Administração deve prestá-los, sem delegação a terceiros.
Ex.: defesa nacional, de polícia, de preservação da saúde pública.
Serviços próprios do Estado: são aqueles que se relacionam intimamente com as atribuições do
Poder Público (Ex.: segurança, polícia, higiene e saúde públicas etc.) e para a execução dos
quais a Administração usa da sua supremacia sobre os administrados. Não podem ser
delegados a particulares. Tais serviços, por sua essencialidade, geralmente são gratuitos ou de
baixa remuneração.
Serviços Gerais ou “uti universi”: são aqueles que a Administração presta sem Ter usuários
determinados, para atender à coletividade no seu todo. Ex.: polícia, iluminação pública,
calçamento. Daí por que, normalmente, os serviços uti universi devem ser mantidos por
imposto (tributo geral), e não por taxa ou tarifa, que é remuneração mensurável e
proporcional ao uso individual do serviço.
Serviços Individuais ou “uti singuli”: são os que têm usuários determinados e utilização particular e
mensurável para cada destinatário. Ex.: o telefone, a água e a energia elétrica domiciliares. São
sempre serviços de utilização individual, facultativa e mensurável, pelo quê devem ser
remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço público), e não por imposto.
Serviços Industriais: são os que produzem renda mediante uma remuneração da utilidade usada ou
consumida. Ex.: ITA, CTA.
Serviços Administrativos: são os que a administração executa para atender as suas necessidades
internas. Ex.: Imprensa Oficial.
Podem ser:
• Privativos:
• Comuns:
- serviços de saúde pública (SUS); promoção de programas de construção de moradia; proteção do
meio ambiente;
AUTORIZAÇÃO: a Administração autoriza o exercício de atividade que, por sua utilidade pública,
está sujeita ao poder de policia do Estado. É realizada por ato administrativo, discricionário e
precário (ato negocial). É a transferência ao particular, de serviço público de fácil execução,
sendo de regra sem remuneração ou remunerado através de tarifas. Ex.: Despachantes; a
manutenção de canteiros e jardins em troca de placas de publicidade.
Convênios Administrativos: são acordos firmados por entidades públicas de qualquer espécie, ou
entre estas e organizações particulares, para realização de objetivos de interesse comum dos
partícipes.
1. Espécies de Controle
CONTROLE INTERNO- é todo aquele realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade
controlada, no âmbito da própria administração.
• Controle Administrativo;
• Controle Legislativo;
• Controle Judicial
Meios de Controle:
Executivo e suas entidades da Administração Indireta e o Poder Judiciário (quando executa função
administrativa).
Controle Político- tem por base a possibilidade de fiscalização sobre atos ligados à função
administrativa e organizacional.
Campo de Controle- Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que
utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos ou pelos quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
TCU- é órgão integrante do Congresso Nacional que tem a FUNÇÃO DE auxiliá-lo no controle
financeiro externo da Administração Pública.
Obs.- No âmbito estadual e municipal, aplicam-se, no que couber, aos respectivos Tribunais e
Conselhos de Contas, as normas sobre fiscalização contábil, financeira e orçamentária.
MANDADO DE SEGURANÇA - para proteger direito líquido e certo não amparado por HC ou HD,
quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. - Líquido e Certo- o direito não
desperta dúvidas, está isento de obscuridades. - qualquer pessoa física ou jurídica pode impetrar,
mas somente através de advogado.
MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO - instrumento que visa proteger direito líquido e certo de
uma coletividade, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. - Legitimidade para
impetrar MS Coletivo- Organização Sindical, entidade de classe ou associa legalmente constituída a
pelo menos 1 ano, assim como partidos políticos com representação no Congresso Nacional.-
OBJETIVO- defesa do interesse dos seus membros ou associados.
MANDADO DE INJUNÇÃO - sempre que a falta de norma regulamentadora que torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania. - qualquer pessoa (física ou jurídica) pode impetrar, sempre através
de advogado.