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Curso de Formação para Membros da CIPA – Brava Consultoria e Treinamento (www.bravaconsultoria.com.

br) – (51)9676-3309

CURSO DE FORMAÇÃO
DE CIPA
Elaboração: Prof. Jairo Brasil – jairobras@msn.com

Material para cursos da Brava Consultoria – Acesso Restrito


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Curso de Formação para Membros da CIPA Brava Consultoria e Treinamento – (51) 9676-3309

SUMÁRIO

1.CONCEITOS BÁSICOS 3
1.1 ACIDENTE 3
1.2 DOENÇAS OCUPACIONAIS 5
1.3 CAUSAS DOS ACIDENTES 6

2. AGENTES AMBIENTAIS 7
2.1 AGENTES FÍSICOS 7
2.2 AGENTES QUÍMICOS 8
2.3 AGENTES BIOLÓGICOS 10
2.4 AGENTES ERGONÔMICOS 11
2.5 AGENTES DE ACIDENTES 11

3.EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 13


3.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS 14
3.2 FICHA DE CONTROLE DE ENTREGA DE EPIs 18

4. COMISSAO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES 19


4.1 OBJETIVO 19
4.2 QUEM DEVE CONSTITUIR CIPA 19
4.3 ORGANIZAÇÃO 19
4.4 REPRESENTAÇÃO 20
4.5 ADMINISTRAÇAO DA CIPA 22
4.6 ATRIBUIÇÕES 22
4.7 RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR 23
4.8 RESPONSABILIDADES DO EMPREGADO 23
4.9 FUNCIONAMENTO DA CIPA 24
4.10 DOS MEMBROS 25
4.11 TREINAMENTO 25
4.12 PROCESSO ELEITORAL 26
4.13 ELEIÇÃO (Características) 27
4.14 CONTRATANTES E CONTRATADAS 28
4.15 DOCUMENTOS – MODELOS 29

5. PROTEÇÃO CONTRA INCENDIOS 39


5.1 COMBATE AO FOGO 40
5.2 PROPAGAÇÃO DO CALOR 41
5.3 MÉTODOS DE EXTINÇÃO 42
5.3.1 Método de Extinção – Resfriamento 42
5.3.2 Método de Extinção – Abafamento 42
5.3.3 Método de Extinção – Isolamento 42
5.4 TIPOS DE EXTINTORES 43
5.5 INSPEÇÃO DE EXTINTORES 43
5.6 LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO 44
5.7 SISTEMAS DE ALARME 44

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6. MAPA DE RISCOS 45
6.1 OBJETIVOS 45
6.2 CARACTERIZAÇÃO 46
6.3 REPRESENTAÇÃO DOS RISCOS 46
6.4 MEDIDAS DE CONTROLE 47
6.5 ETAPAS DO MAPA DE RISCOS 48

7. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES 50
7.1 OBJETIVO 50
7.2 QUAIS ACIDENTES INVESTIGAR? 51
7.3 POR QUE INVESTIGAR? 51
7.4 QUANDO INVESTIGAR? 51
7.5 POR QUE OS ACIDENTES ACONTECEM 52
7.6 RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO 53
7.7 BRAINSTORMING 56

8. SIPAT – SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE


ACIDENTES 57
8.1 OBJETIVO 57
8.2 SUGESTÕES ATIVIDADES DA SIPAT 59
8.3 FRASES PARA A SIPAT 59

MENSAGEM FINAL 61

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1. CONCEITOS BÁSICOS

1.1 ACIDENTE

Um acidente é um evento indesejável e inesperado que causa danos pessoais,


materiais (danos ao patrimônio), danos financeiros e que ocorre de modo não
intencional.

1.1.1 ACIDENTE DE TRABALHO (Conceito Legal)

É aquele que ocorre no Exercício do Trabalho, a Serviço da Empresa, gerando


Lesão Corporal ou Perturbação Funcional e que delas decorra a Morte, a Perda
ou a Redução da Capacidade para o Trabalho de forma Permanente ou
Temporária.

LESÃO CORPORAL

Qualquer dano produzido no corpo humano, mesmo que seja leve como o corte de
um dedo, ou grave, como a perda de um membro.

PERTURBAÇÃO FUNCIONAL

Desequilíbrio que traz prejuízo ao funcionamento de qualquer órgão ou sentido,


como a perda da visão por uma pancada na cabeça, ou a perda da audição por
exposição ao ruído.

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ACIDENTE TÍPICO

É aquele que ocorre no local onde o trabalhador desenvolve suas atividades (Posto
de Trabalho ou próximo dele, em atividades inerentes).

ACIDENTE DE TRAJETO

É aquele ocorrido fora do local e horário de trabalho,


trabalho, desde que na execução de
ordem ou na realização de serviço sob autoridade da empresa.

Ou ainda, no percurso da residência para o trabalho,


trabalho, ou deste para aquela,
qualquer que seja o meio de locomoção e que não haja interrupção ou alteração
por motivo alheio ao trabalho.

TIPOS DE ACIDENTES

INCIDENTES

Ocorrência que poderia ocasionar um


Acidente – Quase Acidente.

ACIDENTE COM DANOS MATERIAIS

Ocorrência que causa somente danos ao


patrimônio da empresa, sem ocorrência
de lesão ao funcionário.

ACIDENTE SEM AFASTAMENTO

Acidente cuja lesão não impede o


acidentado de retornar ao trabalho no dia
seguinte ao da ocorrência.

ACIDENTE COM AFASTAMENTO

Acidente cuja lesão impede


mpede o acidentado de retornar ao trabalho no dia seguinte
ao da ocorrência.

PIRÂMIDE DE BIRD

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1.2 DOENÇAS OCUPACIONAIS

É a designação de várias doenças que causam alterações na saúde do trabalhador,


provocadas por fatores relacionados com o ambiente de trabalho.

Elas se dividem em doenças profissionais ou tecnopatias, que são sempre


causadas pela atividade laboral, e doenças do trabalho ou mesopatias, que
podem ou não ser causadas pelo trabalho.

Uma doença ocupacional normalmente é adquirida quando um trabalhador é


exposto acima do limite permitido por lei a agentes ambientais, sem proteção
compatível com o risco envolvido.

DOENÇAS PROFISSIONAIS

São aquelas desencadeadas pelo exercício do


trabalho peculiar ao exercício constante de
determinada atividade e constante da relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social.

Ex: LER – Lesões por Esforço Repetitivo; DORT –


Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho.

DOENÇAS DO TRABALHO

São aquelas desencadeadas em função de condições especiais em que o


trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente.

Ex: Câncer devido à exposição a Radiações Ionizantes, Perda Auditiva por excesso
de Ruído, Doença Obstrutiva Pulmonar Crônica por exposição a poeiras.

NÃO SÃO CONSIDERADAS DOENÇAS OCUPACIONAIS:

A)Doenças Degenerativas,

B) Doenças do Grupo Etário,

C) Doenças que não produzem Incapacidade Laborativa,

D)Doenças Endêmicas.

A) DOENÇAS DEGENERATIVAS

São aquelas que prejudicam o funcionamento de uma célula, um tecido ou um


órgão e que provocam alterações em várias partes do organismo, envolvendo
vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos e até o cérebro. Ex.:
Alzheimer, Esclerose Múltipla, Arteriosclerose, Doenças Cardíacas entre outras.

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B) DOENÇAS DO GRUPO ETÁRIO

São aquelas doenças que se desenvolvem com a idade do trabalhador, e que não
possuem relação com o trabalho. Ex.: Osteoporose, Reumatismo, Artrite, Artrose
entre outras.

C) DOENÇAS QUE NÃO PRODUZEM INCAPACIDADE

São aquelas doenças que não impedem o trabalhador de continuar produtivo em


seu trabalho. Ex.: Vitiligo, Doenças de Pele entre outras.

D) DOENÇAS ENDÊMICAS

São as doenças adquiridas em função de vetores ou hospedeiros existentes em


locais específicos e que podem assumir proporção de epidemia. Ex.: Dengue,
Malária, Hepatite entre outras.

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Quando das Doenças Ocupacionais decorrer


incapacidade para o trabalho, as mesmas serão consideradas ACIDENTE DE
TRABALHO, e como tal, deverá ser preenchida pela empresa a CAT –
Comunicação de Acidente de Trabalho, e o funcionário afastado para tratamento
médico.

1.3 CAUSAS DOS ACIDENTES

ATO INSEGURO:

Desobediência a um Procedimento Seguro ou Norma de


Segurança, normalmente aceito por todos.

CONDIÇÃO INSEGURA:

São as condições do
ambiente de trabalho que
contribuem para a ocorrência de acidentes ou
doenças ao trabalhador.

MAS E O QUE É GAMBIARRA?

É Improvisar no Trabalho, desobedecendo os Procedimentos adequados e


Seguros.

É usar da Criatividade de forma Arriscada e Insegura.

Você já fez alguma gambiarra?

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2. AGENTES AMBIENTAIS
São agentes presentes no ambiente de trabalho e que podem trazer prejuízos à
saúde dos trabalhadores, quando os mesmos ficam expostos a eles em demasia e
sem proteção.

2.1 AGENTES FÍSICOS

São efeitos gerados sob a forma de energia por máquinas e equipamentos, ou


ainda, condições físicas características do local de trabalho, que podem causar
prejuízos á saúde do trabalhador.

RUÍDOS : Barulho ou som indesejável produzido por


máquinas, equipamentos ou processos.

TIPOS DE RUÍDOS: Contínuo, Intermitente, De


Impacto. Exemplo: Aeroportos, Operação de
Máquinas. Consequencias: PAIR, Trauma Acústico.

TEMPERATURAS EXTREMAS: São as temperaturas


utilizadas em processos industriais, e que causam
doenças e desconforto aos trabalhadores quando
estão expostos e desprotegidos. Frio e Calor.
Exemplo: Câmara Fria, Túneis de Congelamento, Caldeiras, Fornos de Cozimento.
Consequências: Queimaduras, Hipotermia, Problemas Respiratórios, Hipertensão
Arterial, etc

UMIDADE: Condições de trabalho em locais que se faz o uso da água como:


limpeza, lavadores, curtumes, vapor da água, processos industriais etc.
Consequências: Doenças Respiratórias, Alergias, Doenças de Pele, Quedas, etc

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RADIAÇÕES IONIZANTES: Energia produzida por materiais artificiais ou naturais


que afetam gravemente o organismo por afetarem a estrutura das células. Exemplo:
Césio, Aparelho RX, Irídio. Consequências: Queda de cabelo, lesões na córnea,
cristalino, perda da imunidade biológica, câncer e mutações genéticas.

RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES: Energia eletromagnética presente em


equipamentos e aparelhos eletrônicos. Exemplo: Radiofrequencia, Ressonância
Magnética, Raio Infravermelho e Ultravioleta, Laser, Microondas, etc.
Consequências: Alterações da Pele, Catarata, Câncer de Pele, Lesões na Retina,
etc.

VIBRAÇÕES: Oscilações, tremores, balanços,


movimentos vibratórios e trepidações produzidos
por máquinas e equipamentos. Exemplos: Ônibus,
Retroescavadeiras, Martelete, Lixadeira, etc.
Consequências: alterações musculares e ósseas,
problema em articulações, distúrbios na
coordenação motora, enjôo e náuseas, diminuição
do tato.

PRESSÕES ANORMAIS: São as pressões a que


são submetidos os trabalhadores que desenvolvem
atividades em ambientes estranhos à atmosfera
terrestre, em alturas ou profundidades. São
divididas em Pressões Hiperbáricas
(profundidades) e Pressões Hipobáricas (Altitudes)

PRESSÕES HIPERBÁRICAS: Pressões existentes nas Profundidades e que


interferem no organismo humano.Exemplo: Mergulhadores e Mineiros.
Consequências: Tonturas, Dor de Cabeça, Mal Estar, Narcose do nitrogênio no
cérebro, Embolia gasosa, Espasmos musculares.

PRESSÕES HIPOBÁRICAS: Pressões existentes nas Altitudes e que interferem no


organismo humano. Exemplos: Pilotos de Avião, Comissários de Bordo, Operadores
de Torres, Astronautas. Consequências: Dor de cabeça, Falta de apetite,
Lentificação dos reflexos, Digestão lenta, Aumento do volume urinário, Insônia.

2.2 AGENTES QUÍMICOS

São representados pelas substâncias químicas


que se encontram nas formas líquida, sólida e
gasosa e que, quando absorvidos pelo
organismo, podem produzir reações tóxicas e
danos á saúde.

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CARACTERÍSTICA

Há três vias de penetração no organismo:

• Via respiratória: inalação pelas vias aéreas

• Via cutânea: absorção pela pele

• Via digestiva: ingestão.

POEIRAS: Partículas sólidas em suspensão no ar e que podem causar doenças


respiratórias. São também chamadas AERODISPERSÓIDES.

Dividem-se em: Poeiras Minerais, Poeiras Vegetais, Poeiras Alcalinas e Poeiras


Incômodas.

POEIRAS MINERAIS Exemplo: Fábrica de Telhas de Fibrocimento, Marmorarias,


Mineração, Cerâmicas, etc. Consequências: Silicose, Asbestose (amianto),
Pneumoconiose dos minérios de carvão (mineral).

POEIRAS VEGETAIS Exemplo: Ensaque de Grãos, Produção de Farinhas, Fábricas


de Rações. Consequências: Bissinose (algodão), Bagaçose (cana-de-açúcar),

POEIRAS ALCALINAS: Podem causar


Doenças Obstrutivas Pulmonares Crônicas,
como o Efisema Pulmonar. Exemplo:
Fábrica de Cimento, Produção de Cal,
Fábrica de Vidro.

POEIRAS INCÔMODAS: Interagem com


outros agentes nocivos presentes no
ambiente de trabalho, potencializando sua
nocividade. Exemplo: Terraplenagem,
Remoção de Entulhos, Construções
Rodoviárias. Consequências: Doenças Respiratórias, Alergias, Asma, etc.

FUMOS METÁLICOS: Partículas sólidas suspensas no ar geradas pelo processo de


condensação de vapores metálicos. Exemplo: Soldas em Geral: acetileno, argonio,
oxigenio, Mig, Tig, etc. Consequências: Doenças Obstrutivas Pulmonares, Febre do
Fumo Metálico, Saturnismo, etc.

NÉVOAS E NEBLINAS: Partículas líquidas em suspensão derivadas de processos


industriais. Exemplo: Pinturas metálicas por pistola ou por eletrólise, Lubrificação de
Equipamentos e Escapamento de Veículos. Consequências: Intoxicações, Irritação
dos Olhos e das Vias Aéreas, Dermatites, Doenças Pulmonares.

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GASES: Substâncias que nas CNTP (Condições Normais de Temperatura e


Pressão) estão no estado gasoso. Exemplo: metano , monóxido de carbono, etc.
Conseqüências: Dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma, morte.

VAPORES: É a fase gasoso de uma substância que nas condições normais de


temperatura e pressão é sólida ou líquida. Exemplo: vapor de gasolina, álcool,
benzeno, etc. Consequencias: Ação depressiva ao sistema nervoso, danos aos
diversos órgãos e ao sistema formador de sangue.

FUMAÇAS: Partículas combinadas com gases combinados de combustão


incompleta de materiais orgânicos. Exemplos: Queima de Lixo, Borracha, Madeira
molhada, Tecido, etc. Consequencias: Intoxicação, Asfixia e Irritabildiade das Vias
Aéres e dos Olhos.

2.3 AGENTES BIOLÓGICOS

São microrganismos invisíveis a olho nu, como bactérias, fungos, vírus, protozoários
e parasitas que são capazes de desencadear doenças devido à contaminação pela
exposição e pela própria natureza do
trabalho.

BACTÉRIAS E VÍRUS: Microorganismos


patogênicos presentes em ambientes de
trabalho que são encontrados em situações e
locais como: Alimentos deteriorados, esgotos,
laboratórios, lixo urbano, área hospitalar, etc.
Exemplos: Salmonella, Escherichia Colli,
Hepatite, etc. Consequencias: Infecções intestinais, brucelose, tuberculose,
micoses, leptospirose, etc.

FUNGOS: Os fungos são substancias que desenvolvem enzimas tóxicas que


podem acarretar graves danos à saúde do trabalhador. Consequencias: Micoses
(ataca as partes úmidas do corpo), Frieiras, Inflamações, Aspergilose (doença do
pulmão por fungo), Candidíase (doença dos órgaos genitais).

PROTOZOÁRIOS: É uma única célula que, para sobreviver, realiza todas as


funções mantenedoras da vida: alimentação, respiração, reprodução, excreção e
locomoção. Consequencias: Disenteria Amebiana, Doença de Chagas,
Desidratação por giárdia, Toxoplasmose, Cisticercose.

PARASITAS: Parasitas são organismos que vivem em


associação com outros aos quais retiram os meios para a sua
sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo
hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo. Exemplos:
piolho, o carrapato, a solitária. Consequencias: Micoses,
Ferimentos por Coceiras, Esquistossomose, Verrugas Virais.

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2.4 AGENTES ERGONÔMICOS

São efeitos contrários às técnicas de ergonomia, que propõem que os ambientes de


trabalho se adaptem ao homem, propiciando bem estar físico e psicológico.

Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos – do ambiente – e


a fatores internos – do plano emocional.

TIPOS

• Esforço físico intenso


• Levantamento excessivo de peso
• Postura inadequada
• Ritmo intensivo de trabalho
• Trabalhos em turnos
• Trabalho noturno
• Monotonia e repetitividade
• Controle rígido da produtividade
• Ambiente de trabalho estressante
• Jornadas prolongadas

CONSEQUENCIAS

Cansaço, Dores musculares, Fraqueza, Alterações do sono,


Alterações da libido e da vida social, Hipertensão arterial,
Taquicardia, Alcoolismo, Angina, Infarto, Diabetes, Asma,
Doenças do aparelho digestório (gastrite, úlcera, etc), Tensão,
Uso de Drogas.

2.5 AGENTES DE ACIDENTES

São os riscos que ocorrem em função das condições físicas – de ambiente físico e
do processo de trabalho – e tecnológicas impróprias capazes de provocar lesões à
integridade física do trabalhador.

ARRANJO FÍSICO DEFICIENTE: São


as condições do ambiente de trabalho
não condizentes com a questão de
segurança e saúde do trabalhador.

MÁQUINAS SEM PROTEÇÃO: São as


condições inadequadas de máquinas e
equipamentos que podem gerar acidentes de trabalho, principalmente com relação
a deficiências de manutenção e investimento.

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ILUMINAÇÃO INADEQUADA: É falta de iluminação


eficiente nos locais de trabalho e que pode gerar
acidentes de trabalho a partir da pouca
visualização das atividades por parte do
funcionário.

PERIGO DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO: São


condições de ambiente de trabalho propícias a
ocorrência de explosões ou incêndio, muitas vezes causadas por negligência,
imprudência ou por imperícia.

ARMAZENAMENTO INADEQUADO: São as condições inadequadas de


armazenagem e empilhamento que colocam em risco operadores de equipamentos
de movimentação, bem como, os trabalhadores que circulam na empresa.

ANIMAIS PEÇONHENTOS: São insetos e outros animais que são capazes de, por
suas características, causar graves prejuízos à saude dos trabalhadores. São eles:
aranhas, escorpiões, lacraias, cobras, etc.

CONSEQUÊNCIAS: Cortes, Fraturas, Queimaduras, Prensamento, Quedas,


Luxações, Torções.

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3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


CONCEITO:

“TODO DISPOSITIVO DE USO INDIVIDUAL DESTINADO A PROTEGER A


SAÚDE E A INTEGRIDADE FÍSICA DO TRABALHADOR.”

CA – CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

Todo equipamento só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação


do CA, em caracteres indeléveis e bem visíveis, com fabricante e lote de
fabricação.

O número do CA é expedido pelo Ministério do Trabalho, e poderá ser


consultado na página www.mte.gov.br

Obrigatoriedade:

A empresa é obrigada:

A fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco;

Em perfeito estado de conservação e funcionamento;

Nas seguintes circunstâncias:

• Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente


inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de
acidentes do trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho;
• Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas;
• Para atender as situações de emergência.

COMPETÊNCIAS

Compete ao SESMT e à CIPA recomendar ao Empregador o EPI adequado à


proteção do Trabalhador.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR

• Adquirir o EPI adequado ao risco da atividade;


• Exigir seu uso;
• Fornecer ao Trabalhador somente EPI aprovado pelo MTE;
• Orientar e Treinar o Trabalhador sobre o uso adequado, a guarda e a
conservação.
• Substituir imediatamente quando danificado ou extraviado;
• Responsabilizar-se pela higienizaçao e manutenção periódica;
• Comunicar qualquer irregularidade ao MTE;
• Registrar o fornecimento do EPI

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OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO

 Utilizar o EPI somente para a atividade;


 Responsabilizar
Responsabilizar-se pelo uso e conservação;
 Comunicar o empregador sobre qualquer alteração no EPI;
 Cumprir as exigências do Empregador em relação ao uso do EPI.

3.1 PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

PROTEÇAO DO CRÂNIO

PROTEÇÃO DOS OLHOS

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PROTEÇÃO DA FACE

PROTEÇÃO AUDITIVA

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (Purificador de Ar)

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PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (Adução de Ar)

PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA (Fuga)

PROTEÇÃO DO TRONCO

PROTEÇÃO DOS
MEMBROS
INFERIORES

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PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS

DE NÍVEL

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3.2 FICHA DE CONTROLE DE ENTREGA DE EPIs

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4. COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES


Sobre a Comissão

4.1 OBJETIVO

Prevenção de acidentes e doenças decorrentes do


trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da
vida e a promoção da saúde do trabalhador.

Nenhum trabalho merece ser realizado se comprometer a saúde do trabalhador.

4.2 QUEM DEVE CONSTITUIR CIPA

Empresas privadas, públicas,


públicas sociedades de economia mista,, órgãos da
indireta instituições beneficentes, associações recreativas,
administração direta e indireta, recreativas
cooperativas,, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregados.

Devem ser constituídas por Estabelecimento.


Estabelecimento

CASOS ESPECIAIS

Aplica-se também aos trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem serviços.

Empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de


membros de CIPA ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover
o desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
ambiente e instalações de uso coletivo.

DESIGNADO

Funcionário responsável pelas ações de Saúde e Segurança do Trabalho, escolhido pelo


Empregador em empresas que não necessitam implantar CIPA, e que deve
periodicamente receber treinamento específico da mesma forma que aquele ministrado
aos membros da comissão.

4.3 ORGANIZAÇÃO

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Será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o


dimensionamento previsto no Quadro I da NR 05.

4.4 REPRESENTAÇÃO

Representantes dos empregadores,


empregadores titulares e suplentes, serão por eles designados.
designados

Representantes dos empregados,


empregados titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio
secreto,, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os
empregados interessados.

REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS

O número de membros titulares e suplentes da CIPA vai


vai considerar a ordem decrescente
de votos recebidos.

CNAE (Agrupamento para dimensionar a CIPA)

Exemplo

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Quadro I: Dimensionamento da CIPA

Quadro de Membros da CIPA

GARANTIAS

• O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, ano permitida
uma reeleição.
• É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para
CIPA, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
• Garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas
atividades normais na empresa,
• É vedada a transferência de membro da CIPA para outro estabelecimento sem a
sua anuência,, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo
469, da CLT.

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• O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação


necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de
segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.

4.5 ADMINISTRAÇÃO DA CIPA

O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA,


CIPA e os
representantes dos empregados escolherão entre os titulares o Vice-presidente
presidente da CIPA.

SECRETÁRIO(A)

Será indicado,, de comum acordo com os membros da


CIPA, um secretário e seu substituto,, entre os
componentes ou não da comissão, sendo neste caso
necessária a concordância do empregador.

DOCUMENTOS

• A documentação referente ao processo eleitoral da CIPA,, incluindo as atas de


eleição e de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias,
ordinárias deve ficar no
estabelecimento à disposição da fiscalização do
d MTE.
• Quando houver solicitação do Sindicato essa documentação deverá ser
encaminhada ao mesmo.
• O empregador deve fornecer cópias das atas de eleição e posse aos membros
titulares e suplentes da CIPA, mediante recibo.

REPRESENTAÇÃO

• Os membros da CIPA, eleitos


e e designados serão, empossados no primeiro dia
útil após o término do mandato anterior.
• A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido,
reduzido bem como não
poderá ser desativada pelo empregador,
empregador antes do término do mandato de seus
membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto
no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.

4.6 ATRIBUIÇÕES

• Identificar os riscos do processo de trabalho,


trabalho e elaborar o mapa de riscos,
riscos com a
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT.
• Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho.
• Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de
prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos
locais de trabalho.

os da Brava Consultoria (www.bravaconsultoria.com.br) – Acesso Restrito


Material para curso
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• Realizar verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a


identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde
dos trabalhadores.
• Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco.
• Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho
• Participar das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os
impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à
segurança e saúde.
• Requerer ao SESMT ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde
considere haver risco grave e iminente.
• Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho.
• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho.
• Participar da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor
medidas de solução dos problemas identificados.
• Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores.
• Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas.
• Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho – SIPAT.
• Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção
da AIDS.

4.7 RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR

Proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas


atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do
plano de trabalho.

4.8 RESPONSABILIDADES DO EMPREGADO

• Participar da eleição de seus representantes.


• Colaborar com a gestão da CIPA.
• Indicar à CIPA e ao empregador situações de riscos e apresentar sugestões
para melhoria das condições de trabalho.
• Observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

PRESIDENTE E VICE

• Convocar os membros para as reuniões da CIPA.


• Coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador as decisões da
comissão.

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• Manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA.


• Coordenar e supervisionar as atividades de secretaria.
• Substituir o Presidente nos seus impedimentos (Vice)
• Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o
desenvolvimento de seus trabalhos.
• Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA.
• Delegar atribuições aos membros da CIPA.
• Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT.
• Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores.
• Encaminhar os pedidos de reconsideração das decisões da CIPA.
• Constituir a Comissão Eleitoral.

SECRETÁRIO DA CIPA

• Acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas apresentando-as para


aprovação e assinatura dos membros presentes.
• Preparar as correspondências e outras que lhe forem conferidas.

4.9 FUNCIONAMENTO DA CIPA

• Reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário pré-estabelecido.


• Reuniões ordinárias serão realizadas durante o expediente normal da empresa e
em local apropriado.
• Reuniões terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias
para todos os membros.
• Atas devem ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do MTE.
• Decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso.
• Não havendo consenso, e frustradas as tentativas de negociação direta ou com
mediação, será instalado processo de votação, registrando-se a ocorrência na ata
da reunião.
• Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento
justificado.
• Pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião
ordinária, quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente
efetivar os encaminhamentos necessários

REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS

• Quando houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine


aplicação de medidas corretivas de emergência;
• Quando ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
• Quando houver solicitação expressa de uma das representações.

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4.10 DOS MEMBROS

• O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar
a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
• A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por
suplente, obedecida a ordem de colocação decrescente da eleição, devendo os
motivos ser registrados em ata de reunião.
• No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o
substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
• No caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da
representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em
dois dias úteis.

SUPLÊNCIA

• Caso não existam suplentes, o empregador deve realizar eleição extraordinária,


cumprindo as exigências do processo eleitoral, exceto quanto aos prazos, que
devem ser reduzidos pela metade.
• O mandato do membro eleito extraordinariamente deve ser compatibilizado
com os demais membros da Comissão.
• O treinamento deve ser realizado no prazo máximo de trinta dias, contados a
partir da data da posse.

4.11 TREINAMENTO

• A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e


suplentes, antes da posse.
• O Treinamento em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de trinta
dias, contados a partir da data da posse.
• As empresas que não se enquadrem no Quadro I, promoverão anualmente
treinamento para o designado responsável.

TREINAMENTO
(Conteúdo)

• Estudo do ambiente, das condições de trabalho e riscos originados do processo


produtivo.
• Metodologia de investigação e análise de acidentes e doenças do trabalho.
• Noções sobre acidentes e doenças do trabalho.
• Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de
prevenção.
• Noções sobre as legislações trabalhista e previdenciária.
• Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos.
• Organização e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da CIPA.

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TREINAMENTO

• Carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e será
realizado durante o expediente normal da empresa.
• Ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de
trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre os temas
ministrados.
• CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata.
• Comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento,
a unidade regional do MTE, determinará a complementação ou a realização de
outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias.

4.12 PROCESSO ELEITORAL

• Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos


empregados na CIPA, no prazo mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término
do mandato em curso.
• Comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
• O Presidente e o Vice Presidente constituirão dentre seus membros, no prazo
mínimo de 55 dias antes do término do mandato em curso, a Comissão
Eleitoral.
• Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será
constituída pela empresa.
• Havendo participação inferior a 50% dos empregados, não haverá a apuração e a
comissão eleitoral deverá organizar outra votação no prazo máximo de dez dias.
• Denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade do
MTE, até trinta dias após a data da posse.
• Confirmadas irregularidades no processo eleitoral, a unidade do MTE
determinará a sua correção ou anulação.
• Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco
dias, a contar da data de ciência, garantidas as inscrições anteriores.
• Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
assegurada a prorrogação do mandato anterior, até a complementação do
processo eleitoral.

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CRONOGRAMA

Prazo Ações
Até 60 dias antes Comunicar o início do processo eleitoral convocando os servidores a inscreverem
suas candidaturas.
Comunicar o início do processo eleitoral ao sindicato da categoria profissional.
Iniciar o processo de divulgação da CIPA (cartazes, faixas, internet, reuniões,
informalmente).
Até 55 dias antes Constituir a Comissão Eleitoral
Iniciar as inscrições dos candidatos
Até 40 dias antes Encerrar as inscrições dos candidatos.
Publicar o Edital de Convocação para a Eleição
Até 30 dias antes Fazer campanha eleitoral.
Divulgar a eleição informalmente.
Confeccionar as cédulas de votação, que devem ser rubricadas
Preparar a folha de votação
Preparar urna para a colocação dos votos.
Preparar cabine e local de votação.
30 dias antes Realizar a eleição (havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos
empregados na votação, a Comissão Eleitoral deverá estender a eleição para o dia
seguinte ou organizar outra votação que ocorrerá no prazo máximo de dez dias).
Apurar os votos.
Órgão a indicação de seus representantes.
Até 1 dia antes Realizar o treinamento para os membros da CIPA.

Término do mandato em curso

1º dia útil após Empossar os membros da CIPA.


Até 10 dias após a Providenciar Ata de Eleição , Ata de Posse e Calendário Anual das Reuniões
Ordinárias da CIPA, encaminhando–os à Delegacia Regional do Trabalho – DRT
posse

4.13 ELEIÇÃO (Características)

• Inscrição e eleição individual.


• Liberdade de inscrição para todos os empregados do estabelecimento.
• Fornecimento de comprovante.
• Garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição.
• Realização de eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários de
turnos e em horário que possibilite a participação da maioria dos empregados.
• Voto secreto.
• Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de
representante do empregador e dos empregados.
• Faculdade de eleição por meios eletrônicos.
• Guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um
período mínimo de cinco anos.
• Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais
votados.
• Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no
estabelecimento.

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• Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e


apuração, em ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em
caso de vacância de suplentes.

4.14 CONTRATANTES E CONTRATADAS

• Empreiteiras ou empresas prestadoras de serviços, considera-se


estabelecimento, para esta NR, o local em que seus empregados estiverem
exercendo suas atividades.
• Duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou
designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou
com os designados, definir mecanismos de integração e de participação.
• A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão
implementar, de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças
do trabalho.
• A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas
contratadas, recebam as informações sobre os riscos presentes nos ambientes
de trabalho e as medidas de proteção adequadas.
• A empresa contratante adotará as providências necessárias para acompanhar o
cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu estabelecimento,
das medidas de segurança e saúde no trabalho.

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4.15 DOCUMENTOS - MODELOS

MODELO

EDITAL CONVOCAÇÃO PARA INSCRIÇÃO DE CANDIDATOS

Pelo presente edital, ficam convocados todos os empregados da empresa XXXXXX que desejam se
CANDIDATAR A MEMBROS da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, na condição de
representantes dos empregados, no sentido de que compareçam ao Setor de Segurança do Trabalho, sendo
que o período de inscrições inicia-se em 10/01/2012 até o dia 25/01/2012, até às 18:00horas, de modo a
efetuarem o registro de suas candidaturas.

Porto Alegre, 25 de Dezembro de 2011.

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Presidente da Comissão Eleitoral

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MODELO

COMUNICADO A DRT e SINDICATO

Ilmo Sr ..................................................Delegado Regional do Trabalho e Sindicato dos Empregados venho


por meio desta comunicar V. S. da realização de Processo Eleitoral para escolha de representantes dos
empregados para a constituição de uma CIPA em nossa Empresa................................................................com
atividade principal em extração de minério de cobre, situada na Av.:..........................................
N.º.......................CEP....................................., nesta cidade.

Sem mais para o momento.

Atenciosamente

Porto Alegre, ___ de _______ de 20__.

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Presidente da Comissão Eleitoral

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MODELO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA A ELEIÇÃO DA CIPA

Pelo presente edital, ficam convocados todos os empregados da empresa XXXXXX para participarem da
ELEIÇÃO de seus representantes na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, em respeito ao que
estatuído no item 5.5 da Norma Regulamentadora NR 05 – CIPA, da Portaria SSMT/MTE nr 008, de 23 de
Fevereiro de 1999, que regulamentou os artigos 163 a 165 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, a ser
realizada, em escrutínio secreto, na sala de reuniões, no dia __/__/__, das 08:00 às 15:00 horas, durante o
expediente normal de trabalho.

Apresentaram-se e serão votados os seguintes candidatos:

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Porto Alegre, __ de _____ de 20__.

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Presidente de Comissão Eleitoral

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MODELO

FICHA DE INSCRIÇÃO PARA ELEIÇÃO DA CIPA

Protocolo de inscrição a candidato a Eleição da CIPA do colaborador (a):

...............................................................................................................................................................................
.........................................................................................

A CIPA, Empresa XXXXXXXXXXXXX, sita Av.: Izoraida Marques Peres, n.º 400 , Bairro Altos do Campolim –
Sorocaba SP, que ocorrerá no dia 28/12/2011, a partir das 08:00 hs na sala de reuniões da empresa.

Porto Alegre, ..........de.............................................de 20___.

Responsável pela inscrição.....................................................

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MODELO

CÉDULAS DE VOTAÇÃO

CÉDULADEVOTAÇÃO CÉDULADEVOTAÇÃO

2009 CIPA NR - 5 2009 CIPA NR - 5

CANDIDATOS CANDIDATOS

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MODELO

ATA DE ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES DOS EMPREGADOS

Aos 28 dias do mês de Dezembro de 2011, neste estabelecimento, com a presença dos
Senhores:....................................................................................................................instalou-se a mesa
receptora e apuradora dos votos para a escolha dos representantes dos empregados na CIPA, conforme
disposto Edital de Convocação, datado de 01/09/2011. O Presidente da mesa declarou iniciados os
trabalhos, tendo convidado a mim.............................................................................., para atuar como
Secretário da presente eleição. Durante a votação, não ocorreu nenhuma anormalidade. Sendo assim o Sr.
Presidente declarou encerrados os trabalhos de votação, verificando-se que compareceram................
empregados-eleitores, e, em seguida, passou-se à apuração, na presença de quantos desejassem, em
especial os candidatos presentes:...........................................................................................

Apurados os votos, obteve-se o seguinte resultado:

Titulares Votos Suplentes Votos

Demais votados, não eleitos, em ordem decrescente de votos:

............................................. .......... ....................................... ............

............................................. .......... ....................................... ............

............................................. .......... ....................................... ............

Total de votos em Branco : ................ Total de votos Nulos : ................................

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E, para constar, mandou o Sr. Presidente da sessão fosse lavrada a presente ata de eleição, por mim
assinada ..................................................................., Secretário da Sessão, pelo Sr. Presidente da Mesa e
pelos Candidatos presentes.

__________________________ __________________________

Presidente da Mesa Secretário da Sessão

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MODELO

ATA DE INSTALAÇÃO E POSSE DOS MEMBROS DA CIPA

Aos dias 31 de Maio de 2012, na dependências da Empresa XXXXXX, nesta cidade, presente(s) o(s)
Senhor)es) Diretor(es) da Empresa:............................bem como os empregados, conforme Livro de Presença,
reuniram-se para Instalação e Posse da CIPA deste estabelecimento, de acordo com o estabelecido na NR-
05, da Portaria SSMT/MTE nr 08, de 23 de Fevereiro de 1999. Sendo o Senhor:.................., representante da
Empresa e Presidente da Sessão, tendo convidado a mim:....................................................................., para
Secretário desta sessão, declarou abertos os trabalhos, lembrando a todos os objetivos da Reunião, quais
sejam: Instalação e Posse dos componentes da CIPA e Elaboração do Calendário Anual de Reuniões.
Continuando, declarou instalada a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, e EMPOSSADOS OS
REPRESENTANTES DO EMPREGADOR:

Titulares Suplentes

Da mesma forma, declarou EMPOSSADOS OS REPRESENTANTES ELEITOS PELOS EMPREGADOS:

Titulares Suplentes

A seguir, foi designado pelo Empregador dentre os seus Representantes Titulares, para exercer as funções
de PRESIDENTE DA CIPA, durante o mandato que ora se inicia, o
Senhor:............................................................................. Neste mesmo momento, os Representantes dos
Empregados, eleitos Titulares, escolheram dentre si, o Senhor:..........................................................., para
assumir o cargo de VICE-PRESIDENTE DA CIPA. Em seguida, e de comum acordo, os Membros da CIPA
escolheram o (a) empregado(a) do setor de......................................, Sr(a):.................................................,

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para desenvolver as atribuições de SECRETÁRIO (A) DA CIPA, sendo seu(sua) Substituto(a) o(a)
Sr(a):..................................................., com plena concordância do empregador.

Após o que, os CIPEIROS acordaram que as reuniões ordinárias mensais fossem realizadas, doravante,
conforme o CALENDÁRIO ANUAL DE REUNIÕES abaixo descriminados:

O calendário anual das reuniões ordinárias da CIPA – Gestão 2012/2013 terá duração de 1(uma) hora, toda
terça-feira, sendo sempre às 14h30min com local ainda a definir, conforme programação abaixo:

01 de Junho de 2012 07 de Dezembro de 2012

06 de Julho de 2012 04 de Janeiro de 2013

03 de Agosto de 2012 01 de Fevereiro de 2013

08 de Setembro de 2012 01 de Março de 2013

05 de Outubro de 2012 05 de Abril de 2013

03 de Novembro de 2012 03 de Maio de 2013

Nada mais havendo para tratar, o Senhor Presidente da Sessão deu por encerrada a reunião, informando
a todos que o período da Gestão da CIPA ora instalada será de 01 (um) ano a contar da presente data.
Lembrando a todos os CIPEIROS da necessidade de comparecerem às reuniões da CIPA, as quais deverão ser
realizadas de conformidade com o presente calendário. Para constar, lavrou-se a presente ATA. Que, lida e
aprovada, vai assinada por mim, Secretário, pelo Presidente da Sessão, e por todos os CIPEIROS presentes.

Assinatura dos presentes:

............................................................. .............................................................

............................................................. .............................................................

............................................................. .............................................................

............................................................. .............................................................

Porto Alegre, ____ de _________ de 20___

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MODELO

REQUERIMENTO

Ilmo Sr. ..........................................................Delegado Regional do Trabalho a


Empresa.....................................................................,situada............................................................com,
atividade...............................................................grau de risco..................................... vem, mui
respeitosamente, requerer a V. Sas. O registro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, de
seu estabelecimento
situado........................................................................................telefone.......................CGC................................
......... com atividade............................................. de conformidade com Art. 163, da CLT e a NR 5, da Portaria
NR...................................., de .........../.............../................ Para tanto, anexamos os seguintes documentos da
Eleição e da Instalação e Posse (ou as mesmas registradas no livro de atas), livro de Atas para autenticação e
Calendário Anual das Reuniões Ordinárias da CIPA.

NestesTermos

Pede deferimento

..................................................

Assinatura do Empregado

Porto Alegre, ____ de _________ de 20___.

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5. PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS


Todas as Empresas deverão possuir:

• Proteção contra Incêndio


• Saída suficiente para rápida retirada dos funcionários em serviço, em caso de
incêndio
• Equipamento suficiente para combate a incêndio, em seu início
• Pessoas treinadas no uso desses equipamentos

SAÍDAS

• Os locais de trabalho devem possuir SAÍDAS em número suficiente e


dispostas a facilitar o abandono rápido e seguro, em caso de emergência.
• Largura Mínima: 1,20 m
• Sentido de Abertura não pode ser para o
Interior
• Circulações Internas e Corredores de Aceso
Contínuos permanente e completamente
desobstruídos – larg:1,20m
• Vias de Passagem ou Corredores
completamente desobstruídos – larg: 1,20m
• Assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da
Saída.

PORTAS

• As Portas de Saídas de Emergência serão de


Batentes ou Corrediças
• Não serão permitidas Portas de Enrolar ou
Giratórias
• Portas de Batente devem:
a) Abrir no sentido da Saída
b) Ao abrirem, não impeçam as Vias de Passagem.
• Nenhuma Porta de Emergência deverá ser fechada a chave, aferrolhada ou pressa
durante as horas de trabalho
• Durante o trabalho poderão ser fechadas com dispositivo de segurança que permita
qualquer pessoa abri-la pela lado interno.
• Nunca deverão ser fechadas pelo lado externo, mesmo fora do horário de trabalho.
• Portas, Escadas, Elevadores deverão ser confeccionados com material
incombustível e resistente ao fogo.

PORTAS CORTA-FOGO

Os acessos a Escadas deverão ser providos de Porta Corta-Fogo, que se fecham


automaticamente e podem ser abertas facilmente pelos dois lados.

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5.1 COMBATE AO FOGO

Metodologia

• Acionar o Sistema de Alarme


• Chamar o Corpo de Bombeiros
• Desligar máquinas e aparelhos elétricos, quando o desligamento não
envolver riscos adicionais
• Atacar o princípio de incêndio com os meios adequados.

EXERCÍCIOS DE ABANDONO DE ÁREA E COMBATE AO FOGO

Realizados periodicamente com objetivo:


a) Dar significado real ao Sinal de Alarme
b) Que a Evacuação se faça em boa ordem
c) Que se evite Pânico durante a operação
d) Que se atribuam tarefas e responsabilidades aos funcionários
e) Que o Sinal de Alarme seja ouvido em todas as áreas
área

FOGOS DE CLASSE A

• Materiais de fácil combustão, que


queimam na superfície e
profundidade e deixam resíduos
• Tecidos, Papel, Madeira, etc...

FOGOS DE CLASSE B

• Produtos que queimam somente na


superfície, não deixando resíduos.
• Óleos, Graxas, Vernizes, Tintas,
Gasolina.

FOGOS DE CLASSE C

• Ocorrem em equipamentos elétricos


energizados.
• Motores, Transformadores, Quadros
de Distribuição, Condutores Elétricos.

FOGOS DE CLASSE D

• Incêndio em Elementos
Pirofóricos, utilizados
• Magnésio, Zircônio, Titânio,
Sódio.

os da Brava Consultoria (www.bravaconsultoria.com.br) – Acesso Restrito


Material para curso
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5.2 PROPAGAÇÃO DO CALOR

POR IRRADIAÇÃO

É a transmissão de calor por meio de


ondas. Todo corpo quente emite
radiações que vão atingir os corpos
frios. Ondas caloríficas que se
transmitem através do espaço.

POR CONDUÇÃO

A propagação do calor é feita de


molécula para molécula do corpo, por
movimento vibratório. A taxa de
condução do calor vai depender
basicamente da condutividade térmica
do material, bem como de sua
superfície e espessura.

POR CONVECÇÃO

É o processo de transmissão de calor, que


se faz através da circulação de um meio
transmissor, gás ou líquido. É o caso da
transmissão do calor, através da massa de
ar ou gases quentes, que se deslocam do
local do fogo, podendo provocar incêndios
em locais distantes do mesmo.
me

TRIÂNGULO DO FOGO

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5.3 MÉTODOS DE EXTINÇÃO

5.3.1 Método
étodo de Extinção – Resfriamento

É o método mais utilizado. Consiste em diminuir a temperatura do material


combustível que está queimando, diminuindo, conseqüentemente, a liberação
de gases ou vapores inflamáveis.

A água é o agente extintor mais usado, por ter grande


capacidade de absorver calor e ser facilmente encontrada na
natureza. A redução da temperatura está ligada à
quantidade e à forma de aplicação da água (jato), de modo
que ela absorva mais calor que o incêndio
cêndio é capaz de
produzir.

5.3.2 Método de Extinção – Abafamento

Consiste em diminuir ou impedir o contato do oxigênio


com o material combustível. Não havendo comburente
para reagir com o combustível, não haverá fogo.

A diminuição do oxigênio em contato com o combustível


vai tornando a combustão mais lenta, até a concentração
de oxigênio chegar próximo de 8%, onde não haverá
mais combustão.

5.3.3 Método de Extinção – Isolamento


É a forma mais simples de se extinguir um incêndio.
Baseia-se na retirada do material combustível, ainda não
atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a
alimentação da combustão.

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5.4 TIPOS DE EXTINTORES

ÁGUA PRESSURIZADA

• É indicado para incêndios de classe A (madeira, papel,


tecido, materiais sólidos em geral).
• A água age por resfriamento e
abafamento, dependendo da maneira como é
aplicada.

GÁS CARBÔNICO

• Indicado para incêndios de classe C (equipamento elétrico


energizado), por não ser condutor de eletricidade. Pode ser
usado também em incêndios de classes A e B. O GÁS GÁ
CARBÔNICO é material não condutor de ENERGIA ELÉTRICA.

PÓ QUÍMICO SECO

• Indicado para incêndio de classe B (líquido


inflamáveis). Age por abafamento. Pode ser usado também em
incêndios de classes A e C.

PÓ QUÍMICO ESPECIAL

• Indicado para incêndios de classe D


(metais inflamáveis). Age por abafamento. Agente extintor à
base de Cloreto de Sódio. O incêndio é extinto através do
isolamento entre o metal e a atmosfera, e seu posterior
resfriamento.

5.5 INSPEÇÃO DE EXTINTORES

• Todoo Extintor deve ter Ficha de Controle de Inspeção


• Inspeção Visual Mensal (aspecto externo, lacre, manômetro, bicos, válvulas
de alivio)
• Etiqueta de Identificação presa ao bojo, com data de carga, recarga e n.o
identificação.
• Extintor de Espuma deve ser recarregado
rec anualmente
• Operações de Recarga devem obedecer Normas Técnicas Oficiais – ABNT.

QUANTIDADE DE EXTINTORES

• Independente da área ocupada, deverá existir pelo menos dois extintores


para cada pavimento.

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• A quantidade de extintores será determinado de acordo


acordo com o Quadro a
seguir:

ÁREA DSITANCIA
COBERTA P/ RISCO DE MAXIMA A
CLASSE DE OCUPAÇÃO
UNIDADE DE FOGO SER
EXTINTORES PERCORRIDA
500 m² pequeno
eno “A” – 01 e 02 20 metros
250m² médio
édio “B” – 02., 04, 05 e 06 10 metros
150m² grand
de “C” – 07, 0, 09, 10, 11, 12 e 10 metros
13

LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO

Os Extintores deverão ser colocados em


locais:

a) de fácil visualização;

b) de fácil acesso

c) onde haja menor probabilidade do fogo


bloquear seu acesso.

5.6 LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO

• Os Locais destinados aos extintores


devem ser assinalados por círculo
vermelho, ou por seta larga vermelha,
com bordas amarela.
• Deverá ser pintada de vermelho uma larga
área do piso embaixo do extintor, não podendo ser obstruída.
• Área de no mínimo 1m x 1m
• Os extintores
res não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m acima do
piso.
• Não deverão ser localizados nas paredes de escadas.
• Extintores sobre rodas deverão ter garantido o livre acesso.

5.7 SISTEMAS DE ALARME

• Em estabelecimentos de risco elevado ou médio, deverá


deverá haver sistema de
alarme capaz de atingir toda a construção.
• Cada pavimento deverá possuir ponto de acionamento do alarme.
• Os botões de acionamento devem ser colocados em lugar visível e no interior
de caixas lacradas com tampa de vidro ou plástico quebrável.
quebrável.

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6. MAPA DE RISCOS
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos
locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e
doenças de trabalho.

OS RISCOS

Têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos,


instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho
(arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de
trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)

MAPA DE RISCOS

A NR 09 estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação do PPRA -


Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, que leva em consideração o MAPA DE
RISCOS.

O mapeamento de Riscos Ambientais implantado no Brasil, tem sua filosofia calcada no


modelo italiano, que implica uma maior participação dos trabalhadores no levantamento e
identificação dos riscos.

SIGNIFICADO

Mapear os riscos de um ambiente significa reconhecer todos os elementos que


prejudiquem a qualidade de vida no trabalho, em termos de conforto, saúde e
desempenho.

A forma de comunicação desse levantamento de riscos ambientais se dá em 2 formas:

a) através de símbolos gráficos em plantas de arquitetura dos locais de trabalho

b) através de planilhas específicas.

6.1 OBJETIVOS

Informar sobre as áreas de riscos da empresa

Subsidiar o planejamento e a adoção de medidas corretivas e preventivas do Programa de


Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA).

Promover a participação, o debate e a conscientização de todos sobre as reais condições


do ambiente de trabalho, em termos de deficiências, a proposição de medidas que possam
sanar o problema, sejam a nível coletivo (preferencialmente) e/ ou individual (através da
indicação do uso de EPI - equipamento de proteção individual.

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6.2 CARACTERIZAÇÃO
NATUREZA
GRUPO COR
RISCOS
AGENTES
Ruídos, Vibrações, Radiações
ionizantes e não ionizantes, Frio,
1 VERDE FÍSICOS calor, Pressões Anormais, Umidade

Poeiras, Fumos, Névoas, Neblina,


Gases, vapores, Substância e Produtos
2 VERMELHO QUÍMICOS Químicos em geral.

3 MARROM BIOLÓGICOS Vírus, Fungos, Bacilos, Bactérias,


Protozoários, Parasitas, etc...

Esforço Físico Interno, Levantamento


e Transporte Manual de Peso, Postura
4 AMARELO ERGONÔMICOS Inadequada, Ritmo Excessivo,
Monotonia e Repetitividade, Controle
Rígido de Produtividade, etc...
Arranjo Físico Inadequado, Máquinas
e Equipamentos sem Proteção,
5 AZUL ACIDENTES Iluminação Inadequada, Eletricidade,
Possibilidade de Incêndio ou
Explosão, Armazenamento
Inadequado, Animais Peçonhentos,
etc..

6.3 REPRESENTAÇÃO DOS RISCOS

Através de círculos de 3 tamanhos (pequeno, médio e grande) relativos ao porte dos riscos
(leve, médio e grave), coloridos internamente de acordo
com o grupo.

No interior do círculo, plotado na área analisada


(compartimento da edificação), será marcada a
quantidade de trabalhadores sujeitos ao risco
identificado.

FATORES QUE POTENCIALIZAM OS RISCOS

Tempo de Exposição

Quanto maior o tempo de exposição, de contato, maiores são as possibilidades de se


desenvolver um dano à saúde e vice-versa.

Concentração no Ambiente

Quanto maiores as concentrações, maiores as chances de aparecerem problemas.

Toxicidade da Substância

Algumas substâncias são mais tóxicas que outras se comparadas em relação a uma
mesma concentração.

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Forma de Apresentação

A forma de apresentação (gás, liquido, neblina ou poeira) tem relação direta com a forma
de entrada do tóxico no organismo.

Possibilidade de Absorção

Algumas substancias só são capazes de entrar no organismo por inalação ou, ntão, pela
pele. Deve-se acentuar cada caso em separado.

6.4 MEDIDAS DE CONTROLE

Medidas Relativas ao Ambiente

Substituição de Produto Tóxico

O produto tóxico pode ser substituído por outro produto menos tóxico ou inofensivo.
Também, deve-se tomar cuidado para não se criar um risco maior, substituindo um produto
tóxico por outro menos tóxico mas altamente inflamável.

Mudança do Processo ou Equipamento

Certas modificações em processos ou equipamentos podem reduzir muito os riscos, ou


até, eliminá-los. Exemplo: Pintura a Imersão ao invés de Pistola de Pintura.

Enclausuramento ou Confinamento

Consiste em isolar determinada operação do resto da área, diminuindo o numero de


pessoas expostas ao risco.

Ventilação

Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de formação do contaminante, ou


diluidora, que é aquela que joga ar limpo dentro do ambiente, diluindo o ar contaminado.

Umidificação

Onde há poeiras, o risco de exposição pode ser eliminado ou diminuído pela aplicação de
água ou neblina. Muitas operações, feitas a úmido, oferecem um risco bem menor à saúde.

Segregação

Separar a operação ou equipamento do restante, seja no tempo ou no espaço. No tempo


quer dizer fazer a operação fora do horário normal do resto do pessoal; separar no espaço
significa colocar a operação a distância, longe dos demais.

Boa Manutenção e Conservação

São complementos de outras medidas, pois a má manutenção, muitas vezes, é a principal


causa de problemas ambientais. Devem ser elaborados programas e cronogramas de
manutenção eficientes e eficazes.

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Ordem e Limpeza

É impossível manter um bom programa de prevenção de riscos ambientais sem a


preocupação constante nos aspectos de ordem e limpeza.

Medidas Relativas ao Pessoal

EPI – Equipamento de Proteção Individual

Este equipamento deve ser sempre considerado como uma segunda linha de defesa, após
serem tentadas medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nas situações onde não são
eficientes medidas gerais e coletivas relativas ao ambiente, a critério técnico, o EPI é a
forma de proteção aliada à limitação da exposição.

O uso correto de EPI, suas limitações e vantagens, deve ser coordenado através de
treinamento ministrado pelo pessoal do SESMT.

Limitação de Exposição

A redução dos períodos de trabalho torna-se importante medida de controle onde e quando
todas as outras forem impraticáveis por motivos técnicos, locais ou econômicos, não se
conseguindo eliminar o risco.

Controle Médico

Exames pré-admissionais e periódicos são medidas fundamentais de caráter permanente,


sendo uma das principais atividades do SESMT, através da implementação do PCMSO.
Os exames médicos periódicos dos empregados possibilitam, alem de um controle de
saúde geral do pessoal, a descoberta e a detenção de fatores que podem levar a uma
doença profissional, num estagio aidna inicial e com pouca probabilidade de danos.

6.5 ETAPAS DO MAPA DE RISCOS

A) Conhecer o processo de trabalho no local analisado:

• os trabalhadores: número, sexo, idade, capacitação específica e de segurança,


jornada;
• os instrumentos e materiais de trabalho;
• as atividades exercidas;
• o ambiente de trabalho.

B) Identificar os riscos existentes no local, conforme a classificação da tabela.

C) Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia:

• medidas de proteção coletiva;


• medidas de organização do trabalho;
• medidas de proteção individual;

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• medidas de higiene e conforto (banheiro, lavatórios, armários, bebedouro, refeitório,


área de lazer).

D) Identificar os indicadores de saúde:

• queixas mais freqüentes e comuns entre trabalhadores expostos aos mesmos


riscos;
• acidentes de trabalho ocorridos;
• doenças profissionais diagnosticadas;
• causas
usas mais freqüentes de ausência ao trabalho.

E) Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.

F) Elaborar o mapa de risco sobre o layout da empresa, indicando através de círculos:

• o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada


padronizada da tabela;
• o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do
círculo;
• a especificação do agente, que deve ser anotada também dentro do círculo;
• a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser
representada por tamanhos proporcionais de círculos.

G) Discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos deverá ser afixado em cada local
analisado, de modo a ser claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores;

H) Rever periodicamente o Mapa


Mapa de Riscos, a cada gestão da CIPA, e/ou quando houver
modificação no ambiente de trabalho.

O Mapa de Risco é construído tendo como base a planta baixa ou esboço do local de
trabalho, e os riscos serão definidos pelos diâmetros dos círculos:

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7. INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
7.1 OBJETIVO

Estabelecer critérios para classificação,investigação, análise, documentação e divulgação


de acidentes, doenças ocupacionais, incidentes com alto potencial ou sistêmicos e desvios
críticos ou sistêmicos, bem como o acompanhamento de ações para minimizar riscos e
evitar ocorrência similar ou de mesma natureza, através da eliminação das causas
identificadas.

INVESTIGAÇÃO

É o ato de buscar informações e dados gerais do evento,tais como:

Entrevistas, evidências de campo, documentos, cronologia, extensão de seu potencial ou


de seu efeito, suas conseqüências, principais e secundárias, de forma a possibilitar a
reconstituição dos fatos que levaram ao acidente, incidente ou desvio.

ANÁLISE

• É o ato de buscar as causas básicas do acidente, incidente ou desvio que está


sendo investigado.
• Causas básicas são aquelas que, se eliminadas, o evento não ocorrerá.

ACIDENTE

Evento imprevisto e indesejável, instantâneo ou não, que resultou em dano à pessoa (inclui
a doença do trabalho e a doença profissional), ao patrimônio (próprio ou de terceiros) ou
impacto ao meio ambiente.

INCIDENTE

Evento imprevisto e indesejável que poderia ter resultado em dano à pessoa, ao patrimônio
(próprio ou de terceiros) ou impacto ao meio ambiente.

DESVIO

Qualquer ação ou condição, que tem


potencial para conduzir, direta ou
indiretamente, a danos a pessoas, ao
patrimônio (próprio ou de terceiros), ou
impacto ao meio ambiente, que se encontra
desconforme com as normas de trabalho,
procedimentos, requisitos legais ou
normativos, requisitos do sistema de gestão
ou boas práticas.

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A Investigação de Acidentes é uma ferramenta fundamental no controle das condicões de


trabalho e permite da empresa informações valiosas para evitar ocorrências posteriores.

Em nenhum caso a investigação deve buscar culpados, mas sim, soluções.

7.2 QUAIS ACIDENTES INVESTIGAR?

• Todos os acidentes e incidentes devem ser investigados, qualquer que seja a


magnitude ou gravidade.
• Lembre-se que todo acidente ou incidente de pequenas proporçoes pode se repetir
em condiçoes semelhantes com maiores consequencias.

7.3 POR QUE INVESTIGAR?

É imprescindivel investigar todos os Acidentes e Incidentes, já que esses resultados


podem ser utilizados na elaboraçao de Medidas Corretivas ou novas Normas de
Segurança.

7.4 QUANDO SE INVESTIGA?

• Sempre que houver no ambito da empresa


algum Acidente ou Incidente, se realizará a
Investigaçao pertinente.
• Toda investigaçao deve ser realizada o mais
rapido possivel, para que se recolham as
informacoes em primeira mao.
• Identificar o acidentado e as testemunhas para
conhecer no menor tempo possivel as causas do Acidente.
• Desta forma se pode estabelecer as Medidas Preventivas necessárias para evitar
que o Acidente se repita.

DEFINIÇÕES

ACIDENTE DE TRABALHO:

Se considera Acidente de Trabalho todo acontecimento súbito e violento ocorrido no


local de trabalho, ou no trajeto entre a residencia e o local de trabalho.

DOENÇA OCUPACIONAL

É a alteraçao anatômica, funcional ou psicológica do


indivíduo causada pela atividade laboral. São aquelas
Doenças Ocupacionais constantes da Lista de Doenças
relacionadas ao Trabalho do MTE.

ACIDENTE LEVE:

É aquele que depois de avaliação médica permite ao acidentado


retornar ao trabalho no dia seguinte. Chamado também “Sem Afastamento”.

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ACIDENTE INCAPACITANTE:

É aquele em que o trabalhador nao pode retornar ao trabalho no dia seguinte ao da


ocorrencia. Chamado também “Com Afastamento”.

ACIDENTE FATAL:

É aquele em que o trabalhador falece em consequencia das lesões sofridas.

7.5 PORQUE OS ACIDENTES ACONTECEM…


ACONTECEM

♦ Por falta de Sorte?

♦ Por uma Fatalidade?


Fatalidade

♦ Por questoes do Destino?

♦ Porque já Estava Escrito?

♦ Porque passei por baixo de uma Escada?

♦ Por ser Sexta-Feira,


Sexta 13?

OS ACIDENTES FALAM!

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7.6 RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO – PÁG. 1

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RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO – PÁG. 2

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RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO – PÁG. 3

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7.7 BRAINSTORMING

CAUSAS PRIMÁRIAS: Normalmente estão relacionadas com temas amplos:

CAUSA MÃO-DE-OBRA: Toda causa que envolve uma atitude do colaborador (ex:
Procedimento Inadequado, Pressa, Imprudência, Ato Inseguro, etc.)

CAUSA MATERIAL: Toda causa que envolve o material que estava sendo trabalho.

CAUSA MÉTODO: Toda causa envolvendo o método que estava sendo executado o
trabalho.

CAUSA MÁQUINA: Toda causa envolvendo á máquina que estava sendo operada.

CAUSA MEDIDA: Toda causa que envolve uma medida tomada


tomada anteriormente para
modificar processo, etc.

CAUSA MEIO AMBIENTE: Toda causa que envolve o meio ambiente em si (poluição,
calor, poeira, etc.) e o ambiente de trabalho (Lay Out, falta de espaço, dimensionamento
inadequado dos equipamentos, etc.)

MATRIZ COMPARATIVA

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8. SIPAT - SEMANA INTERNA DE PREVENÇAO DE ACIDENTES

É uma semana voltada à prevenção, tanto no que diz respeito a acidentes do trabalho
quanto a doenças ocupacionais. É uma das atividades obrigatórias para todas as
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes do Trabalho, devendo ser realizada com
freqüência anual.

A SIPAT deve ser considerada uma Campanha de Segurança e, portanto, a sua finalidade
básica é divulgar conhecimentos de Segurança e Saúde no Trabalho, com o propósito de
desenvolver a consciência da importância de se eliminar os acidentes do trabalho e de se
criar uma atitude vigilante que permita reconhecer e corrigir condições e práticas que
possam provocar acidentes em prol da melhoria contínua das condições e ambiente de
trabalho.
Entre as atribuições da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, estão a
promoção do interesse dos empregados pelos assuntos ligados à Prevenção de acidentes
e de doenças do trabalho, a proposição de cursos e de treinamentos para os empregados,
a promoção anual da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho ( SIPAT ) e
a proposição aos empregados de que concedam prêmios às sugestões sobre assuntos
relacionados às atividades da CIPA. Pode-se dizer que a CIPA está sempre envolvida em
campanhas.
Cabe a CIPA promover, anualmente, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do
Trabalho, comunicando à DRT a sua programação (NR –5, item 5.16, alínea “o”) e
participar junto com a empresa anualmente de Campanhas de Prevenção da AIDS (NR-5,
item 5.16, alínea “p”).

8.1 OBJETIVO

Orientar e conscientizar os funcionários da SUA EMPRESA sobre a importância da


prevenção de acidentes e doenças no ambiente do trabalho; Fazer com que os
funcionários resgatem valores esquecidos pelo corre- corre do dia-a-dia, ou seja, não só
tenham idéia de segurança, mas que também pratiquem segurança. Na SIPAT, os
assuntos relacionados com saúde e segurança do trabalho são evidenciados, buscando a
efetiva participação dos funcionários envolvendo, também, os diretores, gerentes e
familiares se possível.

Ela não deve ser vista como mero cumprimento da legislação, mas sim como a
continuidade dos trabalhos voltados para a prevenção de acidentes e doenças
ocupacionais, onde a lucratividade está na promoção da saúde, aumento da produtividade
e na valorização da vida.

As Semanas Internas procuram criar uma mentalidade prevencionista ou reforçá-la quando


ela existe. Essas semanas podem ter como objetivo a divulgação de medidas gerais de
prevenção, ou, também, de medidas preventivas especiais para determinados tipos de

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acidentes. Uma vantagem das Semanas está na sua atuação intensa, concentrada dentro
de um certo período de tempo. Durante uma campanha do gênero, podem ser
desenvolvidas competições entre departamentos da empresa, podem ser realizados
concursos com prêmios especiais, podem ser promovidos cursos com distribuição de
folhetos, com projeções cinematográficas, com demonstrações práticas, com apresentação
e estudo de cartazes. As sugestões devem ser incentivadas na época das campanhas e
mantidas permanentemente. As Semanas devem ser criativas, fazendo divulgação maciça
de idéias prevencionista como: frases especiais, símbolos impressos em folhetos, em
pequenos brindes.

Existem vários problemas na elaboração das SIPATs, a começar pelos erros de


interpretação da função da mesma. Há uma confusão muito grande, pois muitas empresas
fazem da SIPAT um oba-oba, o seu único momento de prevenção de acidentes na
empresa, esquecendo o resto. Algumas colocam somente uma faixa na entrada da
empresa e na verdade não comemoram nada, ou então distribuem em alguns lugares os
EPIs, chamando aquilo de exposição, e acabam esquecendo o resto. Além disso, ressalta
que os coordenadores de SIPAT, normalmente profissionais de SST, no cursos que
freqüentaram não tiveram nenhuma noção e mesmo orientação sobre campanhas de
segurança, dos seus objetivos, dos meios utilizados. O principal desafio da SIPAT é
provocar a discussão de assuntos que sejam importantes para a prevenção de acidentes e
doenças na empresa e que sejam ao mesmo tempo interessantes o suficiente para
mobilizá-los e chamar sua atenção.
O trabalhador que vive uma campanha, que é influenciado por ela, adquire um grau maior
de conhecimentos, de conscientização. O que se pode esperar, de imediato, é a redução
dos acidentes em geral ou de algum tipo especial, com melhoria na produtividade, com
diminuição em prejuízos materiais, com garantias maiores para os prazos de produção e
entrega, etc, e principalmente, o fator mais importante da atividade produtiva, o elemento
humano, o patrimônio maior em qualquer empreendimento.

Apesar de acontecer em apenas uma semana, engana-se quem pensa que é fácil fazer
uma SIPAT. Muitas vezes as pessoas pensam que têm um ano até que o evento aconteça
e acabam deixando tudo para a última hora. Daí a importância do cronograma de reuniões.
É preciso definir as etapas de organização da SIPAT.

Outro aspecto importante a analisar é a questão dos custos de uma SIPAT. Obviamente
que quem investe na organização da SIPAT, vai querer saber no que será gasto seu
dinheiro e por isso mesmo este assunto deve ser discutido a fim de fornecer a previsão de
gastos ao responsável pela aprovação e liberação da verba.

O sucesso ou não de uma SIPAT está atrelada à forma como ela foi planejada. É claro que
não dá para fazer uma SIPAT só com a vontade. Tem outros fatores que pesam no
resultado final tais como;

• Definir uma equipe para realização SIPAT;

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• Escolher um coordenador da equipe;


• Atribuir tarefas para toda a equipe;
• Estabelecer cronograma de reuniões durante todo o período da atual gestão;
• Envolver todos os departamentos na realização da SIPAT desde o início;
• Registrar em ATA todas as reuniões;

Se você quiser fazer uma SIPAT que tenha uma boa repercussão na empresa, defina
claramente no seu cronograma de reuniões e os assuntos a serem tratados em cada uma
delas. Vou dar algumas sugestões de temas a serem discutidos nas reuniões.

8.2 SUGESTÕES ATIVIDADES DA SIPAT

• Realização de concursos de logotipo, frases e paródias;


• Apresentação de peça teatral sobre segurança do trabalho;
• Exposição de EPI’s;
• Exposição de projetos de segurança desenvolvidos pelos departamentos;
• Palestra sobre DST/AIDS;
• Palestra sobre qualidade vida dentro e fora da empresa;
• Palestra sobre prevenção de acidentes no lar;
• Palestra sobre o uso correto dos EPI’s e seus benefícios ao trabalhador;

Brindes e Outros materiais Sugeridos:

• Blocos e canetas com o logotipo da SUA EMPRESA SIPAT ano... para os


participantes no início do evento.
• Banner médio com o logotipo SUA EMPRESA SIPAT para estar no local onde
serão realizadas as palestras.
• Camisetas com o logotipo da SUA EMPRESA- SIPAT 2006 para os participantes.
• Certificados individuais de participação para os funcionários, palestrantes e técnicos
envolvidos nas atividades ao final do evento.
• CD com a gravação das palestras para os participantes ao final do evento.
• Folhas de avaliação para cada participante ao final das atividades e avaliação final
no encerramento

8.3 FRASES PARA A SIPAT

Se o presente é sem segurança, o futuro será sem esperança;

1. Segurança é objetivo de todos;


2. Não há palavras e nem frases que possam nos manter seguros, há somente ações;
3. Seja atencioso, a segurança no trabalho é um bem precioso;
4. Segurança é saúde. Pratique esta idéia;
5. SIPAT- da prevenção, nasce o êxito;
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6. Torne a segurança parte do seu dia a dia;


7. Trabalhe com segurança, pois alguém te espera sorrindo;
8. Trabalhe com segurança porque alguém espera por você;
9. Trabalhe com segurança proteja a sua vida;
10. Seja seguro, aceite o conselho de um amigo;
11. Você é a ferramenta mais valiosa da empresa, evite acidente;
12. Abra as portas para a Segurança, você é a chave;
13. Não destrua em segundos, o que se levou anos para construir;
14. Perca um segundo na vida e não a vida em um segundo;
15. Não tente, não invente se não é capaz, Chame quem sabe, não arrisque jamais.
Evite o acidente, o inimigo é voraz;
16. Antes de iniciar qualquer trabalho, seja na fábrica ou em casa, lembre-se que
segurança vem em 1º lugar;
17. Há coisas que nos causam momentos desagradáveis, mas nos proporcionam uma
vida saudável. Use EPI;
18. A vida é um dom de Deus, cuide bem dela: trabalhe com segurança;
19. Segurança: já refletiu sobre ela hoje? Já pensou na sua vida amanha?

Material para cursos da Brava Consultoria (www.bravaconsultoria.com.br) – Acesso Restrito


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Curso de Formação para Membros da CIPA Brava Consultoria e Treinamento – (51) 9676-3309

MENSAGEM FINAL:

“MOTIVAÇÃO É A CHAVE PARA O SUCESSO DE NOSSAS AÇÕES”.

A PINTA DA MOTIVAÇÃO

Foi no meu primeiro emprego que aprendi o que é motivação.

Nosso departamento era meio devagar e ninguém demonstrava muita vontade de


trabalhar, apesar de nosso supervisor viver berrando ordens lá da mesa dele.
Trabalhávamos em um desses ambientes abertos, um grande salão em que todo mundo
enxergava todo mundo. Nossa seção era formada quase que inteiramente por homens,
mas, um dia, foi contratada uma funcionaria. A Gláucia. Alguém descobriu que ela tinha um
fantástico apelido de infância: Glaucinha da Pinta.

É claro que a primeira coisa que todo mundo tentou fazer foi descobrir onde ficava a pinta
da Gláucia. Mas logo percebemos que a pinta não estava em nenhum lugar visível, o que
aumentou a curiosidade geral. Alguns colegas mais atrevidos foram perguntar à Gláucia
onde ficava a pinta, mas ela ria e se recusava a responder, o que fez o nível de
testosterona do departamento entrar em ebulição.

Um belo dia, nosso supervisor reuniu os homens e fez uma proposta. Se conseguíssemos
atingir os objetivos do mês seguinte, a Gláucia concordava em nos revelar onde ficava a
pinta. É claro que nunca trabalhamos tanto como naquele mês e batemos a meta em
200%. O supervisor cumpriu o que prometera.

Com todos os homens ansiosamente reunidos desde as sete da manhã, e a expectativa a


mil, a Gláucia chegou toda sorridente, abriu a bolsa e tirou sua carteira de identidade. O
nome inteiro dela era Gláucia Maria Dapinta Rodrigues. Ficamos com aquela cara de tacho
e, pior, sem desculpas para maus resultados nos meses seguintes.

Mas aprendi com meu supervisor que motivação nada mais é que trocar um grande
esforço por uma pequena recompensa. Se a pinta é falsa ou real, não tem a menor
importância. O bom motivador é o que consegue manter sua equipe convencida de que a
pinta existe.

Clássicos do Mundo Corporativo – Max Gehringer

Material para cursos da Brava Consultoria (www.bravaconsultoria.com.br) – Acesso Restrito

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