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AHE Belo Monte Evolução Dos Estudos PDF
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RESUMO
O artigo apresenta a evolução dos estudos de Belo Monte, desde o inventário inicial
em 1979 até os estudos atuais para conclusão dos Estudos de Viabilidade Técnica,
Econômica e Ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte, conforme
autorização do Congresso Nacional.
Os estudos atuais caracterizam o AHE Belo Monte com uma capacidade instalada
de 11.181 MW (20 unidades na casa de força principal e 7 unidades de 25,9 MW na
casa de força complementar), conectado ao Sistema Interligado Brasileiro,
permitindo gerar 4.796 MWmédios de energia firme, sem depender de qualquer
regularização de vazão do rio Xingu, alagando apenas 440 km2, dos quais 200 km2,
correspondem às cheias anuais normais do rio Xingu.
ABSTRACT
The article presents the evolution of the studies of Belo Monte, since the initial
inventory in 1979 until the current studies for conclusion of the Technical, Economic
and Environmental Feasibility Studies the Belo Monte Hydropower Project, as
authorized by the National Congress.
The current studies characterize the AHE Belo Monte with an installed capacity of
11,181 MW (20 units in the main power house and 7 units of 25.9 MW in the
additional power house), connected to the Brazilian Interconnected Power Grid,
allowing to generate 4,796 MWaverage of firm energy, without depending on any
flow rate regularization of the Xingu river flooding only 440 km2, of which 200 km2,
correspond to full annual wet season of flow rates of the Xingu river.
2. HISTÓRICO
O AHE Belo Monte (antigo Kararaô) tem sua origem nos Estudos de Inventário da
Bacia Hidrográfica do Rio Xingu, concluídos em dezembro de 1979, cujas
alternativas de divisão da queda natural contemplavam a exploração de um grande
bloco de energia, concentrado nos dois aproveitamentos de jusante, um situado
pouco a montante da cidade de Altamira e outro na Volta Grande do Xingu,
constituindo o denominado Complexo Hidrelétrico CHE de Altamira.
Na seleção dos sítios nos quais se distribuem as estruturas do AHE Belo Monte, os
aspectos geológico-geotécnicos tiveram grande importância na comparação entre as
configurações para aproveitamento do potencial hidrelétrico do trecho da Volta
Grande.
Numa primeira fase, três arranjos gerais foram desenvolvidos para a usina de Belo
Monte, nos eixos denominados Kararaô I, II e III, de modo a abranger uma área que,
depois de investigada, pudesse fornecer subsídios para o conhecimento de todo o
sítio.
O desvio do rio no Sítio Bela Vista foi previsto na seguinte seqüência: ensecamento
parcial do Canal Central, fechamento do Canal Direito, fechamento do Canal Central
e fechamento do Canal Principal por meio de uma ensecadeira na qual o desnível
hidráulico seria controlado através de um Órgão Auxiliar de Desvio. O
Descarregador de Fundo passaria a ser, então, a única passagem para o fluxo
d'água até a conclusão das obras.
O arranjo das estruturas no Sítio Belo Monte, todas com crista na cota 99,0 m,
compreendia, além do barramento formado pela Tomada d'Água e barragens
laterais, as barragens de Santo Antônio e do Aturiá, fechando vales situados,
respectivamente, à esquerda e à direita desse conjunto.
Os estudos foram iniciados de forma imediata tendo por base o contido nas
“Instruções para Estudos de Viabilidade de Aproveitamentos Hidrelétricos –
ELETROBRÁS/DNAEE, abril/1997” [2]. A condução dos trabalhos ficou a cargo de
técnicos da ELETRONORTE, com a supervisão da ELETROBRÁS.
Este Relatório Final englobou todos os trabalhos desenvolvidos nesta 2ª Etapa dos
Estudos de Viabilidade, bem como os levantamentos e estudos desenvolvidos na 1a
Etapa, essenciais ao entendimento do empreendimento como um todo. Assim, as
fases de coleta e consolidação dos dados existentes, estudos preliminares, onde
são definidas as principais diretrizes a serem seguidas na continuidade dos estudos,
levantamentos de campo, estudos básicos, estudos de alternativas, estudos finais
de engenharia e avaliação técnico-econômica do empreendimento estão contidas
neste relatório.
3. ESTUDOS ATUAIS
4. O PROJETO
O Projeto do AHE Belo Monte [4], localizado na “Volta Grande” do rio Xingu, próximo
a Altamira, no Pará, propõe, em sua configuração atual, 11.181 MW de capacidade
instalada (20 unidades de 550 MW na casa de força principal e 7 unidades de 25,9
MW em uma casa de força complementar, junto ao vertedor na barragem principal).
Por ser conectado ao Sistema Interligado Nacional, permite alcançar 4.796
MWmédios de energia firme sem depender de qualquer regularização de vazão do
rio Xingu, ou seja, não requer a construção de nenhum outro barramento desde a
nascente do rio até a cidade de Altamira. Nesta configuração, alagará 440 km2, dos
quais 200 km2 correspondem às cheias anuais normais do rio Xingu. Isso resulta
Nos meses de cheias do rio Xingu, o grande volume das vazões, em parte
defasadas dos demais rios do país, proporciona uma elevada geração de energia no
AHE Belo Monte permitindo que várias outras hidrelétricas em outras regiões do
país poupem água em seus reservatórios, para utilização no período seco. Nos
meses em que o AHE Belo Monte diminui a sua geração de energia (quando a
vazão natural se reduz), o restante do Sistema supre a demanda com saldos
positivos devido à água economizada.
5. PALAVRAS-CHAVE
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[4] Netto, Carlos Alberto de Moya Figueira e Rezende, Paulo Fernando Vieira
Souto (agosto/2006) “AHE Belo Monte – Estabelecendo Novos Paradigmas”.
Revista Brasil Energia. Rio de Janeiro.