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ESCOLA ESTADUAL JERÔNIMO

MILHOMEM TAVARES

ARTE – 8ª ANO

LIMOEIRO DO AJURU
8º ano
A Arte Urbana (street art, em inglês) designa uma arte encontrada nos meios
urbanos, seja por meio de intervenções, performances artísticas, grafite, dentre
outras.
Note que essa manifestação artística pública que interage com o ser humano, é
encontrada onde o cidadão comum poderá se deparar com a diversidade
cultural que abrigam os centros urbanos, sem necessariamente ter se dirigido
a um centro cultural.
Com efeito, a Arte Urbana representa o encontro da vida com a arte, ou melhor,
a fusão de ambas.

Escadari
a Selaron, Rio de Janeiro, Brasil
Origem da Arte Urbana
Esse tipo de expressão artística espalhada por todo o mundo, surgiu nos
Estados Unidos, na década de 70, e possui um caráter dinâmico e efêmero, os
quais podem ser imortalizadas pela fotografia.
No entanto, estudiosos afirmam que essa arte remonta períodos muito antigos,
uma vez que os gregos e romanos já transmitiam mensagens pelas ruas da
cidade bem como possuíam muitos artistas nos centros urbanos (música,
teatro, dança).
A central proposição da arte urbana é justamente sair dos lugares ditos
“consagrados”, ou seja, destinados à exposição e apresentações artísticas
(equipamentos culturais: teatro, cinemas, bibliotecas, museus), para dar
visibilidade a arte cotidiana, espalhada pelas ruas.
Os temas utilizados pelos artistas de rua são bem diversos, no entanto, muitos
trabalhos estão pautados em críticas sociais, políticas e econômicas.
Importante analisar o crescimento da arte urbana nos últimos tempos, de forma
que passa a ser vista como um “valor cultural” muito importante das minorias
que vivem nos centros urbanos, e anseiam em mostrar sua arte.
Assim, essas manifestações populares permitem o encontro com a arte
independente, apesar de muitos artistas de ruas, terem se consagrado
mundialmente, reconhecidos pela mídia, indústria e diversos meios de
comunicação em massa.
Arte Urbana no Brasil
No Brasil, a arte de rua surge na década de 70, mais precisamente com as
obras de grafite nas paredes da cidade de São Paulo. Curiosamente surgiu
numa época conturbada da história do país, com o advento da Ditadura Militar.
Note que no início era uma arte marginalizada, entretanto, adquiriu posição de
destaque no mercado de arte, com diversos artistas do país consagrados pelo
mundo.
Ainda que o trabalho do artista de rua não seja reconhecido por muitos,
importante destacar a importância e relevância do artista para a sociedade.
Importante notar que muitos problemas são enfrentados pelos artistas de rua,
tal qual a proibição de manifestações artísticas em locais públicos.
Entretanto, conforme o artigo 5 º da Constituição do nosso país, todo cidadão é
livre para se manifestar artisticamente:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença;”
Sobre esse tema, algumas leis foram introduzidas nas cidades brasileiras com
o objetivo de tornar livre a rua, para que assim, os artistas possam trabalhar e
apresentar seus trabalhos.
De tal modo, em 19 de julho de 2011, o Decreto Nº 52.504 regulamentou o
exercício artístico nas vias públicas da cidade de São Paulo, e a Lei Nº
10.277/11, através do Decreto Nº 14.589, regulamentou essas manifestações
na capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.

Exemplos de Arte Urbana


Diversas técnicas são utilizadas pelos artistas de rua, embora a intervenção
“grafite” seja a mais associada ao tema de arte de rua. Segue abaixo alguns
exemplos de arte urbana.

Grafite: desenhos estilizados geralmente feitos com sprays nas paredes de


edifícios, túneis, ruas. Há muitas técnicas de grafite e atualmente os trabalhos
em 3d chamam a atenção dos críticos.
Estêncil: parecido com o grafite, esse tipo de técnica utiliza o papel recortado
como molde e o spray para fixar as ilustrações e desenhos nas ruas, postes,
paredes.
Poemas: qualquer tipo de manifestação literária que surge no ambiente
urbano, seja nos bancos, paredes, postes.
Autocolantes e Colagem: chamado de “sticker art” (arte em adesivo), esse
tipo de arte utiliza a aplicação de adesivos pela cidade.
Cartazes: Muito comum esse tipo de intervenção urbana, também chamada de
"cartazes lambe-lambe", donde se fixam cartazes (papel e cola) pela cidade,
sejam em postes, praças, edifícios, feitos manualmente ou impressos.
Estátuas Vivas: muito encontrado nas grandes cidades como forma de
entretenimento turístico, as estátuas vivas realizam um importante trabalho
com o corpo, os quais permanecem estáticos durante longo tempo, realizando
pequenos movimentos. Geralmente estão pintados e caracterizados.
Apresentações: essas apresentações de rua podem ser de caráter teatral,
musical, circense (malabaristas, palhaços, etc.), sendo trabalhos solos ou em
grupos.
Instalações: são inúmeros tipos de instalações artísticas como exemplos de
arte de rua, sejam objetos, materiais distintos, com o intuito de provocar uma
mudança no cenário já existente.
O Grafite é uma arte de rua (urbana) caracterizada por desenhos em locais
públicos, (paredes, edifícios, ruas, etc) que surgiu na década de 70, nos
Estados Unidos, na cidade de Nova York.

O termo Grafite, de origem italiana “graffito” (plural “graffite”) significa a “escrita


feita com carvão”.

Grafite em Belo Horizonte, Brasil


Grafite no Brasil
A história do Grafite no Brasil surgiu na década de 70, precisamente na cidade
de São Paulo, época conturbada da história do Brasil, silenciada pela censura
com a chegada dos militares no poder.
Paralelamente ao movimento que despontava em Nova Iorque, o grafite surge
no cenário da metrópole brasileira como uma arte transgressora, a linguagem
da rua, da marginalidade, que não pede licença e que grita nas paredes da
cidade os incômodos de uma geração.
A partir disso, a arte de grafitar se transforma num importante veículo de
comunicação urbano, corroborando, de alguma maneira, a existência de outras
vozes, de outros sujeitos históricos e ativos que participam da cidade.
A partir disso, importante ressaltar que o grafite, inicialmente, foi uma arte
caracterizada pela autoria anônima, em que o grafiteiro ou "writer"
transformava a cidade num importante suporte de comunicação artística sem
delimitação de espaço, mensagem ou mensageiro.
Portanto, o que importava naquele momento, era a arte em si e não o nome de
seu autor. Por esse motivo, os ditos "cânones" são retirados de sua posição
central e imperativa para dar lugar a uma arte de todos e para todos; arte da
rua, na rua e para a rua; arte da cidade, na cidade e para a cidade: o grafite.
Nesse sentido, a arte se funde com a vida do cidadão da metrópole através do
movimento mútuo de transformação e de identificação de seus sujeitos
Assim, desde a década de 70 no Brasil, os grafiteiros se apropriaram do
espaço público a fim de transmitirem mensagens de cunho político, social,
cultural, humanitário e, sobretudo, artístico.
A arte nesse momento, passa a ser não somente vista dentro dos museus ou
dos centros culturais, mas, sobretudo, nas paredes das ruas, nos túneis, nos
prédios da cidade.
Com efeito, o grafite é definido mais que uma linguagem artística, torna-se
assim, um importante instrumento de protesto e de transgressão dos valores
estabelecidos. Em outras palavras, nasce uma nova forma de ocupação do
espaço urbano e da percepção artística.
De acordo com Celia Maria Antonacci Ramos, doutora em Comunicação e
Semiótica pela PUC/SP, a arte do grafite é acima de tudo, a arte da cidade e do
público que nela vive:
"Grafite: grande canal de comunicação, sem conexão com fibra ótica ou cabo
elétrico, mas conectado diretamente com a cidade, com o público, com o aqui
e agora. O grafite está na cidade, no espaço público, não tem proprietário nem
vigia. Na carona dos grafites há sempre os rabiscos aleatórios, as mensagens
de amor, as pichações políticas e os anúncios publicitários. Os grafites criados
nos *“udigrúdi” das cidades levaram o ocidente a presenciar pública e
anonimamente o questionamento de muitos de seus valores estabelecidos,
entre eles o da ocupação dos espaços da cidade e o da apresentação e
valoração da arte. Se uma nova forma de política emerge desse contexto com
ela uma nova forma comunicação e de arte."
A arte do grafite, possibilitou a comunicação entre todos os moradores da
cidade, a união de muitas culturas que coexistem; em outras palavras, permitiu
a fusão entre o centro e a periferia.
No Brasil, essa arte disseminou-se rapidamente pelo país e, hoje em dia,
segundo estudiosos do tema, o grafite brasileiro é considerado um dos
melhores do mundo.
Alguns nomes de destaque no cenário nacional e internacional são: Eduardo
Kobra, Alex Hornest, Alessandro Vallauri, Ramon Martins, Gustavo e Otávio
Pandolfo (os gêmeos).

*1 Diz-se de movimento que surgiu nos Estados Unidos da América na década de 1960,
envolvendo teatro, cinema, imprensa e literatura, que questiona e contesta os valores culturais
e sociais vigentes; udigrúdi.
*2 Diz-se de peças teatrais, filmes, obras literárias e jornais pertencentes a esse movimento;
udigrúdi.
*3 Diz-se de movimento ou organização clandestina cujo objetivo é lutar contra a autoridade
estabelecida e a presença estrangeira.

História da Cultura Hip Hop

Block Party no início da década de 1970 - note a estrutura técnica

Hip-Hop é uma cultura que consiste em 4 subculturas ou subgrupos, baseadas


na criatividade. Um dos primeiros grupos seria, e se não o mais importante da
cultura Hip-Hop, por criar a base para toda a cultura, o DJing é o músico sem
“instrumentos” ou o criador de sons para o RAP, o B.Boying (a dança B.Boy,
Poppin, Lockin e Up-rockin) representando a dança, o MCing (com ou sem
utilizar das técnicas de improviso) representa o canto, o Writing (escritores e/ou
graffiteiros) representa a arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando
o spray.
O Hip-Hop não pode ser consumido, tem que ser vivido (não comprando
roupas caras, mais sim melhorando suas habilidades em um ou mais
elementos dia a dia). É um estilo de vida.... Uma ideologia...uma cultura a ser
seguida...

A "consciência" ou a "informação" na minha opinião não pode ser considerada


como elemento da cultura, pois isso já vem inserido às culturas do DJing,
B.BOYing, MCing e Escritor/WRITing (Graffiteiros), ou seja aos elementos da
cultura Hip-Hop, mais é válido para a nova geração, dizendo se fazer parte da
cultura Hip-Hop sem ao menos conhecer os criadores da cultura e suas reais
intenções.

As Raízes
A origem e as raízes da cultura Hip-Hop estão contidas no sul do Bronx em
Nova Iorque (EUA). A idéia básica desta cultura era e ainda é: haver uma
disputa com criatividade. Não com armas; uma batalha de diferentes (e
melhores) estilos, para transformar a violência insensata em energia positiva.
Este bairro experimentou mudanças radicais durante os anos 60 por causa de
construções urbanas mal planejadas (construíram uma via expressa no
coração do Bronx, construíram complexos de apartamentos enormes) o que fez
com que o bairro ficasse desvalorizado. A classe média que consistia em
Italianos, Alemães, Irlandeses e Judeus se mudaram por causa da qualidade
decrescente de vida.
Em vez deles, se estabeleceram afro-americanos mais pobres e famílias
Hispânicas. Por causa da pobreza crescente os problemas causados por
crimes, drogas e desemprego aumentaram.
No ano de 1968 sete adolescentes que se nomearam "Savage Seven" (Sete
Selvagens) começaram a aterrorizar o bairro, criando assim a base para algo
que dominaria o Bronx durante os próximos 6 anos: as Streetgangs (gangues
de rua). Em pouco tempo apareceram outras gangues em todo o bairro, em
todas as ruas e esquinas.
Algumas delas: Black Spades, Savage skulls, Seven Immortals, Ching Alling,
Seven Nomads, Black Skulls, Seven Crowns, Latin Kings, Young Lords; muitos
jovens poderiam ser vistos em todos lugares.

Depois que as atividades das gangues alcançaram o topo da criminalidade em


73, elas começaram a se acabar uma a uma. A razão para isto pode ser
encontrada em níveis diferentes. As gangues estavam brigando, muitas
estavam envolvidas em crimes, drogas e miséria. E muitos integrantes não
quiseram mais se envolver com isso, o tempo estava mudando e as pessoas
da década de 70 estavam à procura de festas em clubes, apenas diversão,
dançar, curtir a música cada vez mais e mais.
O número de gangues cada vez mais estava diminuindo principalmente porque
cada vez mais jovens estavam envolvidos com um movimento e se
identificavam com alguma atividade. Pois a idéia básica era competir com
criatividade e não com violência.
A força motriz de todas as atividades dentro dos 4 elementos era fugir do
anonimato, ser ouvido e visto e espalhar o nome por toda parte. Se alguém
quisesse melhorar suas habilidades teria que deixar de fazer coisas ruins
(drogas, crimes, etc...) por todo tempo, teria que por sua energia a disposição
da cultura e com isso ajudar a trazer mais adiante o próximo nível da Cultura
Hip-Hop e desenvolvendo seus elementos cada vez mais inspirando
novamente outras pessoas.
Kool Herc é por toda parte conhecido e respeitado como o "pai" da cultura Hip-
Hop, ele contribuiu e muito para seu nascimento, crescimento e
desenvolvimento.
Nascido na Jamaica, ele imigrou em 1967 (aos 12 anos de idade) de Kingston
para Nova Iorque, trazendo seu conhecimento sobre a cena de Sound system
(sistema de som, muito tradicional na Jamaica, seria um equipamento de som
muito potente ligado na rua para atrair as pessoas).
Consigo também trouxe o "Toast" ao bairro do Bronx (NY), Clive Campbell seu
nome de batismo, apelidado "Hercules" pelos alunos de sua sala de aula da
escola secundária por causa da aparência física. Mas ele não gostou deste
apelido e usou um atalho, criando, "Herc". Então quando ele começou a
escrever (tag; assinatura) ele usou seu Tagname de "Kool Herc".
Herc deve ter dito muitas dificuldades para dormir durante a infância devido ao
glorioso e grandioso volume libertado pelos sound systems, que batalhavam
nas ruas pela atenção do público, cada vez se aumentava mais e mais o
volume, quase a ponto de explodir, foi neste ambiente que Herc nasceu e viveu
até os 12 anos...
Em meados de 73 ele chamou a atenção como DJ no Bronx, no princípio ele
usou o equipamento de som de seu pai, em seguida construiu seu
equipamento (auto denominado de Herculords) com enormes caixas de som e
muitos seguidores. Em inúmeras Block Parties (festas feitas em blocos de
apartamentos abandonados no Bronx e região – veja o filme Beat Street),
festas em parques e escolas, logo depois ele fez suas próprias festas em
clubes famosos como "Twilight Zone" e "T-connection". A razão do sucesso foi
dada pelo fato de fazer as pessoas dançarem sem parar, ele seguiu a filosofia
de Soundsystem de seu país, no principio não dando muito certo, tocando
Reggae e outros ritmos jamaicanos, até que descobriu o Soul e Funk.
Passado algum tempo, teve um sistema de som mais pesado e mais alto que
todos os outros, por outro lado (e provavelmente a razão mais importante) ele
criou e desenvolveu uma técnica revolucionária para girar os pratos dos tocas
discos.
Ele nunca tocou uma música inteira, mas só a parte que as pessoas mais
gostavam: O Break - A parte onde a batida foi tocada da mais pura forma. Os
"Breaks" das canções eram só alguns segundos, ele os ampliou usando dois
toca-discos com dois discos iguais, dando o nome de Break-Beat, o
fundamento musical para B.Boys e B.Girls (Breaker-boys, Breaker-girls:
dançarinos que se apavoravam dançando durante estes Breaks) e os MC's (Os
Mestres de Cerimônias, artistas no microfone que divertem as pessoas
fazendo-as dançar com suas rimas), às vezes comparável ao "Toast"
jamaicano, Kool Herc usou algumas frases para fazer as pessoas dançarem e
dar boas vindas aos amigos. Mas quando os misturava as batidas ficavam mais
complicados, mais concentração, assim foi entretendo a multidão, ficando
complicado fazer várias coisas ao mesmo tempo, com o microfone não era
mais possível, ele passou o microfone para 2 amigos que representaram o
primeiro time de MC: Coke La Rock e Clark Kent. Kool Herc e o soundsystem
incluíam os 2 amigos no microfone, ficando em seguida conhecidos por toda
parte como "Kool Herc and the Herculords".
Alguns dos breaks mais famosos, foram: Incredible Bongo Band com Apache,
James Brown com Funky Drummer e Give it up or turn loose, Herman Kelly
dance to the drummers beat, Jimmy Castor Bunch com It´s just begun entre
tantos outros...
Afrika Bambaataa (ou Kahyan Aasim - nascido 1957) também tem seu papel de
importância no surgimento da cultura Hip-Hop, é por toda parte conhecido e
respeitado como o "padrinho" ou o "avô" da cultura Hip-Hop, reunindo tudo e
propondo a base para a cultura. Era membro e líder de uma das maiores
gangues, "Black Spades" também era um colecionador de discos fanático.
Embora já estivesse trabalhando como DJ em festas desde 70, ele adquiriu
mais interessado pela cultura Hip-Hop depois de ter visto Kool Herc nos toca-
discos em 1973 e assim foi DJ no "Bronx River Commity Center" onde teve seu
próprio soundsystem. Ao mesmo tempo a gangue dele começou a
desaparecer, logo depois formou uma pequena ONG chamada de "Bronx River
Organization" que logo após passou a se chamar "The Organization", por ter
feito parte uma gangue anteriormente ele teve um publico fiel que consistiu em
membros de gangues anteriores.

Por volta de 74 ele reorganizou "The Organization" e renomeou de "Zulu


Nation", inspirado pelos estudos feitos sobre a história africana (ele ficou
impressionado pelos "Zulus" pois lutavam com honra e armas simples contra o
colonialismo e o poder, apesar de aparentemente inferiores). 5 dançarinos
uniram-se a organização usando o nome de "Shaka Zulu King" ou
simplesmente "Zulu Kings" com os gêmeos "Nigger Twins" eram eles os
primeiros B.Boys sempre gritando de alegria. A "Zulu Nation" organizou festas e
reuniões a qual os membros, principalmente Afrika Bambaataa passou o
conhecimento sobre a cultura Hip-Hop para as pessoas, como era possível dar
as pessoas uma alternativa para a saída das gangues e drogas.
Love Bug Starski foi quem propôs a junção dos elementos da cultura Hip-Hop,
foram Afrika Bambaataa e a Zulu Nation que uniram os elementos diferentes e
os formaram para uma única cultura.
A idéia de Afrika Bambaataa era transformar o negativismo das gangues em
energia positiva, pois perdera o melhor amigo em uma guerra das gangues, no
tempo que fizera parte de uma gangue. Cansado disso, pensou em fazer algo
para mudar esta situação, as pessoas estavam cada vez mais ocupados com o
Hip-Hop, em mostrar suas habilidades da melhor forma possível nas festas.

GrandMaster Flash completa a trilogia dos DJ´s pioneiros, o terceiro DJ mais


importante do inicio da cultura Hip-Hop, teve a brilhante idéia de incluir
artesanalmente a sua mesa de mixagem um botão (cross-fader) que lhe
permitia passar de um disco para outro sem haver quebra de som. Aprendendo
com Herc que os breaks de Funk eram o combustível preferido dos B-Boys e
com Bambaataa onde os ir buscar, Flash incendiou tudo ao trazer para o palco
os “skills” (capacidade tecnica de misturar os discos e faze-los fluir de forma
irrepreensivel.

O MC começou por ser uma mera sombra do DJ, limitado a empolgar ao


microfone as pessoas, que lhe pagava o ordenado e funcionando quase como
“locutor de festas” ou mestre de cerimónias que não só usava o microfone para
comunicar à multidão qual a última celebridade do gueto (ghetto celebrity) a
entrar no clube (“hey ya’ll, my man Timmy T is in the house!”) como também
tinha um papel importante, deixava todos saberem que havia uma mãe à
espera do seu filho à porta (“yo, Little Jimmy, stop spinnin’ and head to the
door!”). Com o tempo, as rimas foram ficando mais elaboradas, mais
complexas e, tal como os “skills” do DJ lhe davam popularidade, as habilidades
do MC ao microfone começaram a ser decisivas para arrancar aplausos da
multidão.
Bem, assim seria o Hip-Hop para muitos, DJs descobrindo e criando os break-
beats, MC's rimando, B.Boys dançando e a maioria dos membros da cultura
Hip-Hop também eram escritores. Bambaataa os usou para espalhar sua
mensagem, "lutar com criatividade, não com violência!" Com a integração dos 4
elementos da cultura Hip-Hop, a vontade de competir era geral, empurrando
todos permanentemente a melhorar e ser o mais criativo possível.

Assim, era como uma lei não escrita, que, todo mundo criava seu próprio estilo,
sem copiar o próximo, sem roubar as idéias do outro. Outra lei respeitada era:
Paz, unidade, amor e divertimento. A base para os diferentes elementos já
estava pronta, mas com a integração da cultura Hip-Hop foi acelerado o
desenvolvimento rapidamente dos elementos.
Texto escrito Por Bruno Ventura (DJ Groovy) com apoio do grupo Spartanic
Rockers e Hit da breakz - para o site da Conspiração Subterrânea Crew
Para ler mais sobre a história do Hip Hop, acesse www.consubter.rg3.net
Este texto foi autorizado pelo autor. >> bruno_deejay@yahoo.com.br

Rap (em inglês, também conhecido como emceeing) é um discurso rítmico com
rimas e poesias, que surgiu no final do século XX entre as comunidades Afro-
descendentes nos Estados Unidos. É um dos cinco pilares fundamentais da
cultura hip hop, de modo que se chame metonimicamente (e de forma
imprecisa) hip hop.
Pode ser interpretado a capella bem como com um som musical de fundo,
chamado beatbox. Os cantores de rap são conhecidos como rappers ou MCs,
abreviatura para mestre de cerimônias.
rap, comercializado nos EUA, desenvolveu-se tanto por dentro como por fora
da cultura hip hop, e começou com as festas nas ruas, nos anos 1970 por
jamaicanos e outros. Eles introduziam as grandes festas populares em grandes
galpões, com a prática de ter um MC, que subia no palco junto ao DJ e
animava a multidão, gritando e encorajando com as palavras rimadas, até que
foi se formando o rap. A origem do Rap veio da Jamaica, mais ou menos na
década de 1960 quando surgiram os sistemas de som, que eram colocados
nas ruas dos guetos jamaicanos para animar bailes. Esses bailes serviam de
fundo para o discurso dos "toasters", autênticos mestres de cerimônia que
comentavam, nas suas intervenções, assuntos como a violência das favelas de
Kingston e a situação política da Ilha, sem deixar de falar, é claro, de temas
mais polêmicos, como sexo e drogas. No início da década de 1970 muitos
jovens jamaicanos foram obrigados a emigrar para os Estados Unidos, devido
a uma crise econômica e social que se abateu sobre a ilha. E um em especial,
o DJ jamaicano Kool Herc, introduziu em Nova Iorque a tradição dos sistemas
de som e do canto falado e foi se espalhando e popularizando entre as classes
mais pobres ate chegar a atingir a alta sociedade.
Etimologia
Com a aceitação da música rap nos meios sociais mais recentes (nos últimos
vinte anos), a palavra rap se encontra, atualmente, "online" sendo um
neologismo popular do acrônimo para rhyme and poetry (rima e poesia);
porém, apesar da associação com poesia e ritmo, o significado da palavra rap
não é um acrônimo em si, mas descreve uma fala rápida que precede a forma
musical (de ritmo e poesia),[1] e significa "bater".[2] A palavra (rap) é usada no
Inglês britânico desde o século XVI, e especificamente significando "say"
("dizer", ou "falar", "contar o conto") desde o século XVIII. Fazia parte do Inglês
vernáculo afro-americano nos anos de 1960, significando "conversar", e logo
depois disto, no seu uso atual, denota o estilo musical.[3]
Como exemplo do significado erudito da palavra, em Inglês, podemos citar um
vendedor, em um ambiente comercial, em que este está fazendo a "falação"
dele para a venda do produto; você pode dizer que esta "falação" é o "rap"
dele. Usado como em "that's his rap" (ou "that is my rap"), significando: "Este é
o papo dele" (ou "meu papo"). O Rap, neste exemplo, é a "ideia que alguém
quer lhe vender"; a "explicação", em si; o "papo."
Rap na Música
Rap, na música, é extremamente fidedigna à improvisação poética sobre uma
batida no tempo rápido e freqüentemente só é acompanhada pelo som do
baixo, ou sem acompanhamento. Rap é um estilo musical raro em que o texto
é mais importante que a linha melódica ou a parte harmônica; sendo um dos
dois únicos estilos musicais da história da música ocidental em que o texto é
mais importante que a música---o outro sendo o canto gregoriano, em que a
música era uma monodia, homofônica, marcada pelo ritmo, e a melodia
religiosamente não podia nunca sobressair o texto litúrgico. O rap não usa
melodias e motivos decorativos e harmônicos com arranjos elaborados dos
instrumentos, mas vale-se somente em quão rápido o cantor narra a sua "fala"
com muito pouca musicalidade adicionada a sua poesia. A música rap também
tem uma similaridade distinta com a música celta em que forma-se uma
brincadeira na qual os cantores tentam duelar suas frases com rimas,
rapidamente improvisadas e humorísticas; alternadamente, um desafiando o
outro nas rápidas frases inteligentes; quem ganha---deixando o outro esgotado
sem ideias---não paga pelas bebidas. Esta influência indireta e não intencional
veio da música de raiz, de folclore, importada pelos imigrantes escoceses e
irlandeses que migraram para o sul dos EUA, das fazendas de plantação, como
a música afro-americana, que pelo povo do sul, com a música de improvisação,
no Jazz de raiz, surge nos duelos de banjo (country) depois, e desses "duelos"
aparece também, bem mais tarde, o rap.
Freestyle
Ver artigo principal: Freestyle rap
Modo de cantar o rap de forma improvisada. Colocando versos feitos na hora,
baseados nos versos dos seus adversários. Geralmente os MC's participam de
rachas, disputas de free style onde um tenta ser melhor do que o outro.

Flow
"Flow" é definido como "ritmos e rimas" de letras de uma do hip-hop e de como
elas interagem - o livro How to Rap fluir em rima, esquemas de rima e ritmo
(também conhecido como cadência).

Gangsta Rap
O grupo que fez o Gangsta Rap se tornar conhecido foi o N.W.A, formado pelo
finado Eazy-E, por Dr. Dre, Ice Cube, MC Ren e DJ Yella, eles falavam sobre a
brutalidade da polícia, sobre os problemas que afetam as comunidades, as
rixas que acontecem no gueto e sobre o tráfico, que é o comércio mais ativo na
maioria das periferias, e como nos EUA as gangues principalmente os Bloods &
Crips haviam se espalhado como uma epidemia, e as letras se baseiam em
membros de gangues, assim se deu o nome a esse estilo de rimar de Gangsta
Rap.

O Gangsta Rap (Rap Gângster) surgiu nos Estados Uni_dos no meio dos anos
1980 com Ice-T (e outros) como LL Cool J. Com letras duras e violentas, o
gangsta rap logo ganhou espaço na mídia. Entre os mais influentes rappers e
grupos de gangsta rap destacam-se 2Pac, N.W.A., Compton's Most Wanted
entre outros, que entre as suas rimas falavam das desigualdades e do racismo.
Um dos mais ferrenhos críticos do Gangsta Rap é o diretor cinematográfico
Spike Lee, que acusou o estilo de incentivar a ignorância dos afro-americanos.
Um grupo que se destacou (e ainda se destaca) quando o gangsta rap estava
surgindo foi o N.W.A. - Niggaz With Attitude, formado em 1986 por Dr. Dre, MC
Ren, Eazy-E, Ice Cube e nas pickups, DJ Yella. O grupo se tornou notório pelas
suas letras pesadas, especialmente como "Fuck tha Police", de 1989, que
resultou no FBI enviando uma carta de aviso para a Ruthless Records,
sugerindo que o grupo tomasse mais cuidado com o que dizia.

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