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Brasília-DF – 2019
SUMÁRIO
Essa teoria representa os princípios básicos do ESTADO. E pode ser compreendida como Esta-
do de Direito que é conceituado como a submissão às leis (o Estado estabelece limite a si pró-
prio).
Para compreender melhor o status em que a Constituição de um Estado (país) está em relação
às demais norma de um país observe a Pirâmide hierárquica de Hans Kelsen, jurista austríaco,
a Constituição está no topo da pirâmide. Ressalta-se que todas as demais normas estão abaixo
da Constituição. Nas normas infraconstitucionais estão as leis ordinárias, leis complementares,
medidas provisórias, decretos legislativos, decretos autônomos, resoluções e as leis delegadas.
Quanto às normas infralegais, por exemplo, temos os decretos regulamentares e as portarias.
Por fim, cabe destacar que as Emenda à Constituição estão no topo da pirâmide de Kelsen.
Entretanto elas sofrem o controle de constitucionalidade.
O ESTADO
Podemos conceituar o Estado (sinônimo de país) como uma pessoa jurídica que exerce o poder
político sobre determinado grupo de pessoas situadas em um determinado território. São
exemplos de Estado: o Brasileiro, o Francês, o Chinês. Os fundamentos de organização de um
Estado estão descritos na Constituição daquele país.
FINALIDADE DO ESTADO
A finalidade do estado foi descrita no último conceito de Estado, ou seja, o seu objetivo princi-
pal é o alcance do bem comum, são exemplos de bem comum: a moradia, a saúde, o lazer, a
segurança pública, a educação etc. Nesse contexto, em Direito Administrativo, o bem comum é
chamado de interesse público.
COMPOSIÇÃO DO ESTADO
Ainda sobre o conceito de Estado, observa-se que ele é composto necessariamente por três
elementos: povo, território e governo soberano. Assim definidos:
CONSTITUCIONALISMO
Dessa forma, dissemos que o constitucionalismo ocorre, ou seja, está sendo modificado todo
momento, pois, as necessidades do povo modificam-se com o passar dos tempos. O maior
DIVERSOS CONSTITUCIONALISMOS
CARACTERÍSTICAS DA CONSTITUIÇÃO
1) Forma escrita;
2) Deve organizar o Estado politicamente e prever a separação de funções do Poder Polí-
tico (tripartição dos Poderes);
3) Deve garantir as liberdades individuais, limitando o poder do Estado;
4) Deve prever a participação do povo nas decisões políticas.
A tripartição dos poderes de Montesquieu representa que um Estado deve dividir o Poder em
três: Poder Legislativo, Poder Judiciário e Poder Executivo. Cada Poder apresenta atividades
NEOCONSTITUCIONALISMO
Dessa forma, a Constituição deixa de ser uma "carta de intenções" e realmente se torna uma
"norma jurídica" devendo, assim, ser concretizada. Assim, deixa-se de lado o foco nas leis, para
se colocar o foco na Carta Magna (Constituição).
Por fim, acrescenta-se o marco temporal no mundo e no Brasil da Constituição nos moldes do
neoconstitucionalismo:
1) Estado Liberal
a) Direitos de primeira geração/dimensão (Liberdades Individuais): Direitos Polí-
ticos e Civis;
b) Marco mundial: Revolução Francesa e Independência dos EUA;
c) Marco no Brasil: Iniciado na Constituição de 1824 e fortalecido na Constituição
de 1891;
d) Exemplos: direito de propriedade e direito de voto.
PODER POLÍTICO
Por fim, para concluir a Teoria do Estado, cabe descrever o termo Poder Político. Uma das de-
finições de poder, segundo o Dicionário Michaelis é a seguinte: “Ter autoridade, domínio ou
influência para”. Quanto ao termo político, quando tratamos de Teoria do Estado, ele expressa
a ideia de organização.
Ante o exposto, o Poder Político é o poder do qual o povo é titular e é utilizado para organizar
o Estado. Ressalta-se que o Estado é organizado de acordo com a tripartição de poderes de
Montesquieu (Executivo, Legislativo e Judiciário). Esses poderes são independentes e harmôni-
cos entre si, essa tripartição de poder funciona como uma espécie de controle, e é chamado de
sistema de freios e contrapesos.
FORMA DE ESTADO
O Brasil é exemplo de um Estado Federado, pois coexistem poderes políticos distintos (União,
os Estados, Distrito Federal e Municípios) todos com autonomia política, administrativa e fi-
nanceira. Cabe destacar que os Territórios não são entes federados e que o Distrito Federal e
Municípios são peculiaridades da federação brasileira.
Por outro lado, os Estados que adotam a forma unitária, Estados Unitários, têm como caracte-
rística a centralização política. O poder político central é quem dita de forma exclusiva todas as
Ressalta-se que a forma federativa do Brasil é cláusula pétrea (CF, art. 60, § 4º, I), ou seja, não
pode ser extinta da Constituição Federal. As cláusulas pétreas podem ser alterados para am-
pliar os direitos garantidos, mas nunca para diminuí-los.
Quanto ao regime de governo, pode-se defini-lo como sendo a relação entre os Poderes Legis-
lativo e Executivo. Assim, existem dois sistemas de governo: o Presidencialismo e o Parlamen-
tarismo.
No Presidencialismo há uma clara divisão dos Poderes, nos moldes propostos pela Constituição
Federal, em que prescreve serem Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o
Legislativo, o Executivo e o Judiciário (CF, art. 2º). Nesse regime, o Presidente da República
acumula as funções de Chefe de Estado (relações internacionais) e Chefe de Governo (relações
internas), ou seja, é uma chefia monocrática ou unipessoal. O Brasil adota o sistema presiden-
cialista de Governo.
Por outro lado, no Parlamentarismo existe a característica da colaboração entre o Poder Exe-
cutivo e o Legislativo. Nesse regime, o Poder Executivo é representado nas suas relações ex-
ternas pelo Chefe de Estado, o Monarca (por exemplo, na Inglaterra) ou pelo Presidente da
República (França é um exemplo). Por outro lado, nas relações internas a representação é com
o Chefe de Governo, o Primeiro Ministro ou Conselho de Ministros.
Nesse sistema não há eletividade, o Primeiro Ministro é investido no cargo em virtude da esco-
lha do Presidente da República ou Monarca. A relação entre os Poderes Executivo e Legislativo
é de tal confiança que, se for afetada, o Parlamento poderá exonerar o Primeiro Ministro. Con-
tudo, o governo poderá propor a dissolução da Câmara dos Deputados, se entender que o
povo perdeu a confiança no Parlamento, convocando novas eleições.
A forma de governo é relacionada com a maneira como ocorre à instituição do poder na socie-
dade é a relação entre governantes e governados. Assim, a forma de governo pode ser Repú-
blica ou Monarquia.
Ademais, os princípios orientam todo o ordenamento jurídico, desse modo, se a lei contrariar
um princípio, esta lei não poderá produzir efeitos jurídicos. Frequentemente, os princípios
estabelecem o equilíbrio entre os direitos dos administrados e as prerrogativas da Administra-
ção, por exemplo, nos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
Ressalta-se que os princípios administrativos não apresentam hierarquia entre eles. Quando
houver conflito entre eles o que vai prevalecer será sempre o interesse público.
Os princípios da Administração Pública podem ser divididos em duas partes. Os princípios ex-
pressos no texto Constitucional e os princípios reconhecidos pela doutrina do Direito Constitu-
cional.
PRINCÍPIOS EXPRESSOS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Esse princípio disciplina que toda ação do administrador público deve ser pautada na lei. Assim
dispõe o art. 5, II, da CF, “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude da lei”. Ressalta-se que só a lei tem prerrogativa de inovar no mundo jurídico, só a
lei pode trazer novos direitos ou restrições.
O administrador só pode produzir atos quando a lei autoriza (nos atos discricionários) ou
quando a lei exige sua produção (atos vinculados). A administração pública não pode ir além
da lei ou contra a lei, a administração deve agir somente segundo a lei.
O princípio da legalidade tem dois aspectos: a obediência à lei e ao direito. É importante com-
preender que o princípio da legalidade é uma exigência que decorre do Estado de Direito, que
impõe a necessidade de submissão ao império da lei.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
Com relação ao segundo significado desse princípio, a doutrina ensina que toda atuação da
administração deva almejar o interesse público, buscando sempre a finalidade pública. Fica
evidente, assim, que o princípio da impessoalidade determina que o administrador público não
é o dono da coisa pública, mas sim mero gestor, mero administrador.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Esse princípio impõe ao administrador o atendimento aos princípios éticos básicos relativos à
administração, ou seja, uma gestão planejada, responsável, equilibrada e impessoal. Dessa
forma, determina que, mais do que cumprir a lei, o administrador deve seguir as regras da boa
administração (probidade, boa-fé, transparência, participação dos administrados).
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
O princípio da publicidade reza que os atos administrativos gerais e as leis devem ser publica-
dos para terem validade perante terceiros. Podemos definir publicidade como sendo a divul-
gação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos.
1) Publicação: os atos devem ser publicados para que possam produzir efeitos. Mas, não
são todos os atos que devem ser publicados, entende-se que os atos de caráter gerais
que produzem efeitos externos e os que acarretem em despesas públicas devem ser
publicados;
Ressalta-se que há exceções ao princípio da publicidade no art. 5º, LX, da Carta Maior, confor-
me descrito a seguir:
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
O princípio da Eficiência passou a fazer parte da Carta Magna a partir da Emenda à Constitui-
ção nº 19/1998. Esse princípio mede a relação custo/benefício, isto é, a Administração Pública
deve buscar a satisfação do interesse público de forma célere, racional, e eficaz com os escas-
sos meios que tem a sua disposição.
Eficiência significa que a Administração precisa se preocupar não apenas em cumprir sua tare-
fa, mas em cumpri-la bem, a contento: precisa efetivar a realização do interesse público, preci-
sa preocupar-se em atingir os seus objetivos, suas metas.
A eficiência está ligada à estipulação de metas, de resultados, bem como alcança-las. Acres-
centa-se que, o princípio da eficiência determina que a Administração deva equilibrar qualida-
de e rapidez. Assim, a Administração deve atingir o maior benefício com o menor custo possí-
vel, tendo em vista realizar os objetivos da Administração Pública. Por fim, a eficiência pode
ser resumida em dois binômios: qualidade e rapidez; custo e benefício.
PRINCÍPIOS RECONHECIDOS
Esse princípio assegura que o coletivo tem prerrogativa sobre o particular. No conflito entre
um direito coletivo e de um particular, em regra deve prevalecer o coletivo. Porém, a Adminis-
tração deverá observar sempre os direitos constitucionais destinados ao particular.
Assim, em atendimento a esse princípio, como exemplo, a desapropriação, que poderá ser
utilizada pela Administração para obter a propriedade de um imóvel pertencente a um deter-
minado indivíduo para a satisfação do interesse público, como na construção de uma rodovia.
A Administração em algumas situações pode errar, agindo de forma ilegal ou mesmo inconve-
niente e inoportuna. Na autotutela, o controle se exerce sobre os próprios atos. A Administra-
ção Pública deve então anular seu atos quando forem ilegais ou revogar os inconvenientes ou
inoportunos independentemente de recurso ao Poder Judiciário.
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE
Trata-se do princípio aplicado ao Direito Administrativo que diz que o administrador deve ser
razoável ao agir, ou seja, significa dizer que os meios devem ser razoáveis/proporcionais ao fim
visado. A razoabilidade é limitador da discricionariedade administrativa. O Judiciário poderá
intervir no ato administrativo quando este for desarrazoado.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
Por esse princípio entende-se que o serviço público, sendo a forma pela qual o Estado desem-
penha funções essenciais ou necessárias à coletividade, não pode parar. A interrupção dos
serviços sem motivo satisfatórios fere esse princípio. Vale frisar com relação ao direito de gre-
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE
É vedado ao administrador qualquer ato que implique renúncia aos direitos de receitas, mul-
tas, tributos ou tarifas, pois, estas são receitas públicas, portanto só podem ser dispensadas
por lei.
Esse princípio abrange dois aspectos: a) de um lado, a presunção de verdade, que diz respeito
à certeza dos atos; b) de outro, a presunção de legalidade, pois se a Administração se submete
à lei, presume-se, até prova em contrário, que todos os atos sejam verdadeiros e praticados
com observância das normas legais pertinentes. Apesar disso, essa presunção é relativa (juris
tantum), logo admite prova em contrário.
PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE
Para compreender melhor cada modelo é importante conhecer a evolução cronológica das
Constituições da República e o momento histórico que gerou cada constituição.
A evolução citada demonstra o quanto a Carta Magna está sujeita às mudanças na estrutura
de poder do país. Quando ocorrem transformações representativas nos grupos que detêm o
poder, normalmente, provoca a elaboração de uma nova Constituição. Assim, no Brasil, não se
pode dissociar o direito constitucional do estudo das forças políticas.
Essa evolução da Constituição é compreendida como o somatório dos fatores reais de poder
existentes em certo Estado, por exemplo, fatores econômicos, políticos, culturais, militares,
religiosos etc.
Por fim, Bresser Pereira traça um panorama geral da evolução da administração pública no
Brasil, conforme quadro a seguir:
Segundo Bresser Pereira, apesar de incluir três fases na tabela supracitada, o autor considera
que a evolução da administração brasileira passou apenas por duas fases, conforme fragmento
de texto a seguir:
Ante o exposto, observa-se que de 1821 a 1930, a sociedade brasileira era baseada na produ-
ção agrícola (café, algodão, borracha) destinada ao comércio internacional e era dirigida por
uma oligarquia patrimonialista. Essa oligarquia era composta por um pequeno grupo que se
aproveitava do Estado para conquistar vantagens pessoais.
A partir de 1930 a economia se volta para a industrialização e o governo passa a ser comanda-
do a mãos de ferro por Getúlio Vargas no Estado Novo, durante o qual se implantou no país a
administração burocrática. Após a saída de Vargas em 1945 há um período democrático, en-
tretanto em 1964 os militares retornam ao poder com um golpe militar.
Por fim, em 1985 ocorre a redemocratização, a economia entra numa era pós-industrial, em
que os serviços e a tecnologia da informação e comunicação ganham extrema importância. Na
Administração Pública Brasileira, em 1995, é lançado o Plano Diretor da Reforma do Aparelho
do Estado, que implantaria a reforma gerencial no Brasil. Porém, é necessário destacar que o
Decreto-Lei n° 200 de 1967 pode ser considerado como o primeiro momento da administração
gerencial no Brasil, pois, apresenta diversos aspectos de gerencialismo, conforme ensina Bres-
ser Pereira.
Por fim, o termo estamento burocrático foi usado para designar o grupo aristocrático-
burocrático (juristas, letrados e militares), que derivavam seu poder e sua renda do próprio
Estado. Este estamento não é mais senhorial, uma vez que a sua renda não é proveniente da
terra. É patrimonial porque a renda é retirada do patrimônio do Estado, que em parte se con-
funde com o patrimônio de cada um de seus membros. Os impostos são arrecadados das clas-
ses, particularmente da burguesia mercantil, e são usados para sustentar o estamento domi-
nante e o grande corpo de funcionários de nível médio a ele ligados por laços de toda ordem.
São utilizados os termos “sinecura” e “prebenda” para descrever os empregos públicos, já que
significa ocupação rendosa de pouco trabalho. “Sinecura” significa “sem cuidado”, ou seja, não
se tem muito esforço num cargo público. “Prebenda” também traz o conceito de “ocupação
rendosa e de pouco trabalho”. É justamente isso o que ocorre no patrimonialismo brasileiro,
em que os ocupantes de cargos públicos recebem os cargos como “presentes”, moeda de tro-
ca. É tradicional a ideia de que uma função fundamental do Estado nessa época era garantir
empregos para a classe média pobre ligada por laços de família ou de agregação aos proprietá-
rios rurais.
A elite patrimonialista imperial, embora tivesse origem principalmente nas famílias proprietá-
rias de terra, vai ganhando aos poucos autonomia na sua própria reprodução. O que a caracte-
riza é o saber jurídico formal, transformado em ferramenta de trabalho e instrumento de po-
der. São todos burocratas porque sua renda deriva essencialmente do Estado; são patrimonia-
listas porque os critérios de sua escolha não são racional-legais, e porque constroem um com-
plexo sistema de agregados e clientes em torno de si, sustentado pelo Estado, confundindo o
patrimônio privado com o estatal. Os critérios administrativos eram pessoais, e a preocupação
com a eficiência da máquina estatal, nula.
O patrimônio do Estado confunde-se com o patrimônio do soberano e os cargos são tidos co-
mo prebendas (ocupações rendosas e de pouco trabalho). A corrupção e o nepotismo são ine-
rentes a esse tipo de administração.
Os controles administrativos funcionam previamente, para evitar a corrupção. Existe uma des-
confiança prévia dos administradores públicos e dos cidadãos que procuram o Estado com
seus pleitos. São sempre necessários, por esta razão, controles rígidos em todos os processos,
como na admissão de pessoal, nas contratações do Poder Público e no atendimento às neces-
sidades da população.
A administração burocrática, embora possua o grande mérito de ser efetiva no controle dos
abusos, corre o risco de transformar o controle a ela inerente em um verdadeiro fim do Esta-
do, e não um simples meio para atingir seus objetivos. Com isso, a máquina administrativa
volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade. O
seu grande problema, portanto, é a possibilidade de se tornar ineficiente, autorreferente e
incapaz de atender adequadamente os anseios dos cidadãos.
O modelo de administração burocrática surge a partir dos anos 30 no Brasil. A reforma da ad-
ministração pública é empreendida no Governo Vargas. O objetivo era racionalizar a adminis-
tração pública, com a criação de carreiras burocráticas na administração pública e a adoção do
concurso como forma de acesso ao serviço público. Dessa forma, a implantação da administra-
ção pública burocrática é uma consequência clara da emergência de um capitalismo moderno
no país.
Nesse contexto, o DASP marca o início da criação de estatutos e normas para três áreas fun-
damentais da administração pública: Administração de Materiais; Administração de Pessoal
Administração Financeira. Essas três áreas formam o tripé da implantação da administração
burocrática no Brasil.
Por fim, podem ser citadas como as principais realizações do DASP: ingresso no serviço público
por concurso; critérios gerais e uniformes de classificação de cargos; organização dos serviços
de pessoal e de seu aperfeiçoamento sistemático; Administração Financeira e Orçamentária
(AFO); padronização das compras do Estado; racionalização geral de métodos.
Juscelino Kubitschek (JK) tomou posse em 1956 e tentou implantar no Brasil a “Administração
para o Desenvolvimento”, consubstanciada no Plano de Metas. Essa administração represen-
tou o conjunto de ideias que surgiu a partir da década de 1950 que buscava discutir os meios
administrativos necessários para alcançar as metas do desenvolvimento econômico, social e
político. Juscelino defendia que era necessário reformar o sistema administrativo para trans-
formá-lo em instrumento de modernização da sociedade. A ideia básica é a de que a adminis-
tração pública deve adaptar-se às tarefas estatais com o propósito de servir eficientemente o
desenvolvimento do país.
DECRETO-LEI N° 200/1967
No ano de 1964 o governo militar cria a Comissão Especial de Estudos da Reforma Administra-
tiva (Comestra), Hélio Beltrão é presidente da comissão e principal inspirador das inovações.
Por fim, a tecnocracia moderna passou a coexistir com a forma tradicional da burocracia cen-
tral. Ressalta-se que esse padrão persistiu no País até os anos 90.
Observa-se que essa nova reforma iniciada em 1979 apresentou três seguimentos principais:
desburocratização da administração direta; desestatização (papel suplementar do Estado no
campo da iniciativa privada); maior controle das empresas estatais.
Modelo atual do Brasil, iniciado com a Constituição Federal de 1988. A implementação do es-
tado gerencial ocorreu em 1995, com Fernando Henrique Cardoso, o então Presidente da Re-
pública, que propõe uma reforma gerencial para a administração pública brasileira. Essa re-
forma compreende o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE).
Por outro lado, apesar deste retrocesso, a CF/88 também trouxe coisas boas, uma delas foi a
descentralização política que fortaleceu os municípios, dando-lhes autonomia.
O Plano Diretor, de 1995, buscou traçar um panorama da administração pública, e com esse
diagnóstico, identificar as mudanças necessárias. O primeiro tema apontado é que o resultado
do retrocesso burocrático de 1988 foi um aumento representativo do custeio da máquina ad-
ministrativa (gastos com pessoal, bens e serviços), além do aumento da ineficiência dos servi-
ços públicos. A reforma tinha dois objetivos principais:
1) Curto prazo: facilitar o ajuste fiscal, particularmente nos estados e municípios, onde
existe um claro problema de excesso de agentes públicos;
2) Médio prazo: tornar mais eficiente e moderna a administração pública, voltando-a pa-
ra o atendimento dos cidadãos.
Para facilitar o entendimento desse plano segue o conceito das palavras eficiência, eficácia e
efetividade:
1) Eficiência: fazer certo todas as coisas. Utilizar os recursos da melhor maneira possível,
fazendo mais (produtos) com menos (insumos, mão de obra, recursos financeiros),
sem desperdícios. É ser produtivo, ter bom desempenho.
2) Eficácia: fazer a coisa certa. É fazer o que é certo para se alcançar um objetivo. É o al-
cance dos objetivos.
3) Efetividade: fazer o que tem que ser feito. É causar o melhor impacto possível com as
ações. Além de atingir o resultado, é preciso gerar benefícios à sociedade.
Governo digital refere-se ao uso de tecnologias digitais, como parte integrada das estratégias
de modernização governamentais, para gerar benefícios para a sociedade. É baseado em um
ecossistema governamental digital composto de atores de governo, empresas, organizações da
sociedade civil e indivíduos que apoiam a produção e o acesso a dados, serviços e conteúdos
mediante interações com o governo (OECD, 2014).
1) Foco em resultados;
2) Ideias de Margaret Thatcher trazidas pelo Ministro Bresser Pereira ao Brasil;
3) Eficiência, Efetividade e Eficácia;
4) Redução de custos;
5) Autonomia dos Administradores;
6) Descentralização.
ATO ADMINISTRATIVO
É a manifestação unilateral de vontade do Estado que, atuando em supremacia, tem por finali-
dade constituir, extinguir, modificar, resguardar ou declarar direitos ou ainda impor obrigações
aos particulares. O ato administrativo representa o poder extroverso do Estado. O ato admi-
nistrativo é diferente de fato administrativo. Fato administrativo representa a atividade públi-
ca material desprovida de conteúdo jurídico.
As características do ato administrativo são as seguintes: o ato é unilateral; o Estado atua com
supremacia; o ato é regido pelo direito público; o ato produz efeitos jurídicos, ou seja, ele é um
ato jurídico.
O ato administrativo é uma espécie de ato jurídico, isto é, apresenta consequência no mundo
jurídico. Esse ato jurídico tem como característica as seguintes:
1) Agente capaz;
2) Objeto lícito;
3) Forma prescrita ou não defesa em lei;
4) Exemplo: comprar um livro.
Por outro lado, o ato discricionário tem como características, as seguintes: há liberdade previs-
ta em lei, com escolha do mérito administrativo (motivo e objeto); é praticado avaliando a
conveniência e a oportunidade. O Poder Judiciário não poderá valorar o mérito administrativo,
salvo em relação ao princípio da proporcionalidade e razoabilidade.
Competência
É o poder conferido pela lei ao agente para o desempenho de suas atividades. A competência
é de exercício obrigatório e por isso é irrenunciável e imprescritível, entretanto em certos ca-
sos poderá ser delegada ou avocada. Ressalta-se que quando o agente público extrapola sua
competência estará configurado o abuso de poder na espécie excesso de poder.
1) Requer subordinação;
2) É excepcional;
3) É temporária.
Finalidade
Salienta-se que todo ato administrativo dever buscar o interesse público. Quando o agente
público, atuando no âmbito de sua competência, busca finalidade diversa da prevista em lei
estará configurado o abuso de poder na espécie desvio de finalidade. Destacam-se as princi-
pais características da finalidade:
Forma
Destaca-se que em regra os atos administrativos são formais, pois devem seguir uma forma
pré-determinada em lei. A seguir, são apresentadas as principais características da forma:
Motivo
Objeto
O objeto é o próprio conteúdo do ato, ou seja, os efeitos que o ato deseja produzir. A seguir,
são apresentadas as principais características do objeto:
Presunção de Legitimidade
Presunção de Veracidade
Na presunção de veracidade presume-se que os fatos alegados pela Administração Pública são
verdadeiros. A principal característica é que o ato administrativo praticado pela Administração
Pública é verídico quanto aos fatos alegados pela própria Administração (fatos).
Imperatividade
Autoexecutoriedade
Tipicidade
A tipicidade representa que o ato deve corresponder a um fato típico previsto em lei. A princi-
pal característica da tipicidade é que o ato administrativo praticado pela Administração Pública
deve ter previsão legal, para produzir seus efeitos.
2) QUANTO AO ALCANCE:
Interno: produzem efeitos no âmbito da própria administração. Exemplo: circular, re-
gimento interno;
Externo: produzem efeitos fora da administração. Exemplo: decreto, lei.
3) QUANTO AO OBJETO:
Império: o Estado utiliza de sua supremacia. Exemplo: interdição de atividades, desa-
propriação;
Gestão: o Estado não utiliza sua supremacia. Exemplo: alienação de bens;
Expediente: ato interno utilizado na rotina do órgão. Exemplo: memorando.
4) QUANTO AO REGRAMENTO:
Vinculado: está de acordo com a lei (existe apenas uma opção);
Discricionários: escolhe a melhor opção (a lei contém opções).
5) QUANTO À FORMAÇÃO:
Ato simples: vontade de um. Exemplo: sentença;
Ato complexo: conjugação de vontades. Exemplo: acórdão, consórcio;
Ato composto: vontade de um que se aperfeiçoa com a vontade de outro. Exemplo:
nomeação de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) requer a indicação pelo Pre-
sidente da República mais a aprovação do Senado Federal.
6) QUANTO Á EFICÁCIA:
Válido: ato legal;
Nulo: ato que não existe;
Anulável: ato que pode ser anulado.
Revogação
Anulação
Convalidação
A seguir será apresentado um quadro com as principais características dos institutos da revo-
gação, convalidação e anulação.
Poder de Polícia
O Estado busca organizar a convivência social. Para tanto, usa o poder de polícia para restringir
o conteúdo de determinados direitos e condutas individuais em favor do interesse geral, ou
seja, do interesse público. Esse poder tem fundamento no princípio da supremacia do interes-
se público sobre o particular. O poder de polícia visa em tese que um mal não se reproduza a
partir de ações praticadas por particulares.
O poder de polícia administrativo não se confunde com as entidades policiais, que são as poli-
cias judiciárias, segue um quadro comparativo entre esses institutos distintos;
Poder Disciplinar
Esse poder caracteriza-se pela existência de graus de subordinação entre os diversos órgãos e
agentes. Através do poder hierárquico, a Administração tem a prerrogativa de ordenar, fiscali-
zar e controlar as atividades dos diversos órgãos e agentes. Se as ordens forem legais, o subor-
dinado deve atendê-las em obediência ao poder hierárquico, no entanto ordens ilegais não
devem ser atendidas, além de ter o servidor o dever de representar contra a ordem ilegal.
1) Criar regulamentos;
2) Não cria leis;
3) É regra, é geral, é abstrata e é obrigatória;
4) Exemplo: portarias; decretos.
Poder Discricionário
1) Escolha da Administração;
2) Avalia conveniência e oportunidade;
3) Razoabilidade é o limitador.
Poder Vinculado
É o poder que dispõe a Administração pública para a prática de atos vinculados. O administra-
dor não dispõe de liberdade de ação, pois a lei estabelece todos os requisitos ou elementos do
ato administrativo. Está limitada a reproduzir os mandamentos da Lei.
ABUSO DE PODER
O abuso de poder ocorre quando se retira o foco do interesse público e coloca o interesse par-
ticular em primeiro lugar. Esse abuso de poder representa o gênero, o qual comporta duas
espécies:
Dessa forma, surge a seguinte pergunta: “Quem pode prestar o serviço público?” A resposta é
simples. Tanto a Administração Pública como quem receba a delegação para fazê-lo podem
prestar o serviço público. A titularidade na prestação de um serviço público é intransferível, ou
seja, nunca sai das mãos da Administração. O que pode ser transferido aos particulares é a
execução do serviço público, mas nunca a titularidade. Assim, sendo o Poder Público titular do
serviço público, pode estabelecer regras para a execução do serviço público, ou seja, pode
aplicar sanções; pode retomar o serviço por interesse público; pode retomar quando mal utili-
zado, entre outros.
Observa-se que há duas formas básicas de organização e atuação do Estado, para a prestação
de serviços públicos: administração direta e administração indireta.
Administração direta, segundo Carvalho Filho, é o conjunto de órgãos que integram as pessoas
federativas (União, estados, Distrito Federal e municípios), aos quais foi atribuída a competên-
cia para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado. Assim, a
prestação do serviço público aos administrados ocorre de forma direta, ou seja, pelo próprio
titular do serviço público.
Quanto ao plano municipal a administração direta constitui-se dos serviços integrados na es-
trutura administrativa da Prefeitura e das Secretarias Municipais. Já a administração indireta
observa a mesma regra do art. 4º do Decreto-Lei nº 200/1967.
O Estado, ainda, pode delegar serviços públicos para particulares por meio de contrato (con-
cessão e permissão) ou por ato administrativo (autorização). Essa modalidade é entendida
como descentralização por colaboração.
A partir desses conceitos, como exemplo de centralização na União, representada pela Presi-
dência da República (PR). Quando a Presidência da República “cria” o Ministério do Meio Am-
biente (MMA), ocorre exemplo de desconcentração. Porém, quando o Ministério do Meio
Ambiente “cria” o IBAMA, ocorre um exemplo de descentralização. Por fim, quando o IBAMA
“cria" um departamento, ocorre o exemplo de desconcentração. Observe a representação
gráfica desse exemplo, com as setas indicando a ocorrência de centralização, desconcentração,
descentralização.
Centralização
PR
Desconcentração
MMA
Descentralização
IBAMA
Desconcentração
Departamento
De acordo com o professor Hely Lopes Meirelles, a administração direta é representada pelo
conjunto de órgãos, sendo estes “centros de competência instituídos para o desempenho de
funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que
pertencem”. A criação e extinção de órgãos dependem de lei de iniciativa do Chefe do Executi-
vo.
A principal característica dos órgãos é a falta de personalidade jurídica. Estes não respondem
por seus atos, suas ações são imputadas ao ente criador. Os órgãos são meros instrumentos de
ação das pessoas jurídicas que integram.
1) Desconcentração de poder;
2) Subordinação ao ente criador;
3) Hierarquia ao ente criador;
4) Não possui personalidade jurídica.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Autarquias: pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadminis-
tração, para o desempenho de serviços públicos descentralizados, mediante controle adminis-
trativo exercido nos limite da Lei (Di Pietro, 2004). As autarquias possuem autonomia adminis-
trativa, econômica e financeira, além de personalidade jurídica própria. Logo, têm capacidade
processual própria para ser parte em processos judiciais.
Fundações Públicas: São entidades administrativas autorizadas por lei específica, cuja área de
atuação será definida por lei complementar. As fundações públicas podem ter:
Empresas Públicas: São pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei específica, com
capital exclusivamente público e sob qualquer forma jurídica, constituídas para exploração de
Sociedades de Economia Mista (SEM): São pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas
por lei específica, com capital público e privado e sob a forma jurídica exclusiva de S.A, consti-
tuída para exploração de atividades econômicas ou prestação de serviços público. Exemplo:
Banco do Brasil, Petrobrás.
1) Descentralização de poder;
2) Vinculação ao órgão supervisor;
3) Controle finalístico (tutela) pelo órgão supervisor;
4) Possuem personalidade jurídica.
ENTIDADES PARAESTATAIS
As entidades paraestatais são entes privados que NÃO integram a administração pública direta
ou indireta, mas que exercem atividades de interesse público sem finalidade lucrativa. Elas
integram o chamado terceiro setor (associações, fundações, ONGs).
Essas entidades paraestatais não fazem parte do Estado, mas estão ao lado do Estado, rece-
bem recursos (financeiro e não financeiros) do Estado e executam atividades de Estado. Essas
Os Serviços Sociais Autônomos (SSA) são entes privados criados por lei para o desempenho de
atividades assistenciais a determinadas categorias profissionais, bem como fomentar determi-
nadas atividades econômicas. Temos como exemplo, o chamado sistema “S”: SESC, SENAI,
SESI, SENAC, SEST.
Organizações Sociais
As Organizações Sociais (OS) são entes privados instituídos pela vontade dos particulares que,
após receberem a devida qualificação podem ter acesso a recursos estatais para o desempe-
nho de suas atividades. Essas organizações atuam nas áreas de saúde, educação e outras.
Dessa forma, as OS’s são Pessoas Jurídicas privadas sem fins lucrativos. Para receber a qualifi-
cação de Organização Social essas entidades precisam solicitar esse fato ao Ministério da sua
área de atuação. A qualificação é ato discricionário do respectivo Ministério, nos termos da Lei
nº 9.637/1998.
As Organizações Sociais para receber recursos estatais necessitam, após a devida qualificação
como OS, devem realizar um CONTRATO DE GESTÃO com o respectivo Ministério de sua área
de atuação. Esse contrato possui duas premissas básicas: definir o montante de recursos e
fixar metas para a OS.
Quanto as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pode-se dizer que são
entes privados instituídos pela vontade dos particulares. Também são Pessoas Jurídicas priva-
das sem fins lucrativos. Essas entidades se qualificam como OSCIP no Ministério da Justiça.
Ressalta-se que essa qualificação é ato vinculado, pois caso a organização preencha os requisi-
tos da lei, o Ministério deverá conceder a respectiva qualificação. Como exemplo de OSCIP,
podem-se citar as Organizações Não Governamentais (ONGs).
As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público para receber recursos estatais necessi-
tam, após a devida qualificação como OSCIP, realizar um TERMO DE PARCERIA com o respecti-
vo Ministério da área de atuação, nos termos da Lei nº 9.790/1999. Esse instrumento possui
duas premissas básicas: definir o montante de recursos e fixar metas para a OSCIP.
A administração pública tem como escopo atender o interesse público. Para a realização deste
objetivo, a Administração necessita de serviços e bens oferecidos por terceiros. Dessa forma, é
necessária a realização de contratos com os particulares para o fornecimento de bens, para
execução de serviços, realização de obras etc.
Por essa razão o legislador inseriu no ordenamento jurídico a Lei nº 8.666/1993, que estabele-
ce normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços,
inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
A Constituição Federal no art. 22, XXVII, estabelece que compete privativamente à União legis-
lar sobre as normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades para as admi-
nistrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, estados, Distrito Federal e
municípios, obedecidos o disposto no art. 37, XXI (regulamentado pela Lei nº 8.666/1993), e
para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III
(regulamentado pela Lei nº 13.303/2016).
A seguir são apresentados os incisos XXI, do art. 37, e o III, § 1º, do art. 173 da Carta Magna,
os quais fundamentam as Lei nº 8.666/1993 e Lei nº 13.303/2016:
CONCEITO
Observe o que consta no art. 3º da Lei em estudo, “a licitação destina-se a garantir a observân-
cia do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a admi-
nistração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável (...)”.
PRINCÍPIOS
Assim, alguns dos princípios constantes no art. 3º, da Lei n. 8.666/1993 são princípios que nor-
teiam toda atividade administrativa. Os princípios específicos do processo licitatório são: vin-
culação ao instrumento convocatório e ao julgamento objetivo. Contudo, há outros princípios
inerentes ao processo de licitação, a saber: competitividade, o do procedimento formal, o do
sigilo das propostas e o da adjudicação compulsória. A seguir são apresentados os conceitos de
vários princípios da licitação.
Princípio do Formalismo
O procedimento licitatório caracteriza-se como ato administrativo formal, seja ele praticado
em qualquer esfera (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) da Administração Pública
(direta e indireta). Esse princípio impõe a vinculação da licitação às prescrições legais que a
regem. Essas prescrições decorrem não só da lei, mas também do regulamento, do caderno de
obrigações e até do próprio edital ou carta-convite, que complementa as normas superiores,
tendo em vista a licitação a que se referem.
Dispõe o art. 3º, § 3º, da Lei de Licitações “A licitação não será sigilosa, sendo públicos e aces-
síveis os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva
Esse princípio propõe a igualdade entre os licitantes. O art. 37, XXI, da Constituição Federal de
1988 impõe à obrigatoriedade do princípio a igualdade nos seguintes termos:
Dessa forma, o princípio da igualdade ou da isonomia deve orientar todo o processo licitatório.
O § 3º, do art. 3º, estabelece: “a licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao pú-
blico os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva
abertura”. Assim, a violação do sigilo das propostas acarretará a nulidade do certame, pois o
licitante violador saberá o valor das propostas oferecidas pelos concorrentes, dessa forma,
esse concorrente poderia ofertar valores abaixo da menor proposta fraudando à competitivi-
dade do procedimento.
O edital é a lei interna da licitação. Assim dispõe o art. 41 da Lei: “Administração não pode
descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada”.
Estabelecidas às regras do certame, tornam-se inalteráveis para aquela licitação, durante todo
o procedimento. Se no decorrer da licitação a Administração verificar sua inviabilidade, deverá
invalidá-la e reabri-la em novos moldes, mas, enquanto vigente o edital ou convite, não poderá
desviar-se de sua prescrição, quer quanto à tramitação, quer quanto ao julgamento (MEIREL-
LES, 2008, p. 278).
Princípio da Padronização
A Lei 8.666/1993, em seu art. 15, I, traz de forma imperativa que a Administração em suas
contratações deve atenção ao princípio da padronização. Observe a redação do referido inciso:
“atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técni-
cas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistên-
cia técnica e garantia oferecidas”.
Padronizar significa dizer que os produtos a serem adquiridos deverão atender a característi-
cas técnicas uniformes estabelecidas pela Administração. Padronização constitui o uso de pa-
drões, modelos ou critérios preestabelecidos.
Segundo Hely Lopes Meirelles (2008, p. 278) o princípio da adjudicação compulsória ao vence-
dor impede que a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribua a outrem que
não o legítimo vencedor. A adjudicação é o instrumento pelo qual a Administração declara que
se for celebrar contrato relativo ao objeto da licitação, o fará com o vencedor do certame.
Contudo, é possível que a Administração não celebre o contrato por motivos de ilegalidade
(anulação da licitação) ou por razões de interesse público.
O art. 90, da Lei de Licitações estabelece detenção de dois a quatro anos, e multa, para quem
frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter
competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, van-
tagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação. O processo de licitação é caracteriza-
do pela competição entre os licitantes. Essa competição traz benefícios para Administração,
pois, por meio do caráter competitivo da licitação, o Poder Público poderá obter proposta mais
vantajosa para a Administração.
OBRIGATORIDADE DE LICITAR
Dessa forma, em regra, deve haver licitação nas contratações realizadas pelo Poder Público.
No entanto, pode-se ocorrer contratação direta nas seguintes hipóteses previstas expressa-
mente nas Leis nº 8.666/1993 e nº 13.303/2016:
Na licitação dispensada, a lei relaciona casos de alienação de bens móveis e imóveis pela Ad-
ministração. Na licitação dispensável, a lei enumera os casos em que o procedimento é possí-
vel, mas não obrigatório. Já nas hipóteses de inexigibilidade de licitação, a lei prevê algumas
situações em que a competição entre os licitantes não é possível, seja em razão da singulari-
dade do objeto contratado ou da existência de um único profissional a realizar determinado
serviço. Assim, a contratação direta ocorre em três situações bem específicas. A inexigibilidade
é autorizada quando há impossibilidade jurídica de competição. Já o gênero dispensa de licita-
ção possui duas espécies, a saber:
O instituto da inexigibilidade dispõe que não se exige a licitação quando houver inviabilidade
de competição. A competitividade realizada entre os licitantes no processo de licitação é pres-
suposto lógico do processo. Entretanto, em algumas situações, a lei permite que a Administra-
ção contrate diretamente com o particular sem a necessidade de licitação, isso se dá nos casos
em que a competição é impossível. O art. 25 da Lei nº 8.666/1993 disciplina a matéria da se-
guinte forma:
Por fim, cabe destacar que esse rol do art. 25 (fornecedor exclusivo; artista consagrado; e tra-
balho especializado) é exemplificativo, ou seja, o Administrador Público no caso concreto irá
verificar a possibilidade de adequação (competitividade) a esse procedimento.
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
O art. 24 da Lei de Licitações enumera taxativamente (não pode haver nenhuma outra) as hi-
póteses de licitação dispensável. Nesse tipo de licitação, existe a possibilidade de competição
entre os licitantes. No entanto, a Administração, segundo critério de conveniência e oportuni-
dade (ato discricionário), não realiza o certame licitatório contratando com o particular dire-
tamente. Assim, nos casos em que a lei permite a não realização de licitação (licitação dispen-
sável), não há obrigatoriedade de não licitar, mas faculdade de não realizar o certame.
Observe algumas situações nas quais a licitação é dispensável, conforme disposto no art. 24 da
referida Lei de Licitações, que compreende 35 situações previstas:
LICITAÇÃO DISPENSADA
A licitação é dispensada pela própria lei de licitações. Na licitação dispensada, embora exista a
possibilidade de competição, a própria lei ordena que não se realize o procedimento licitatório
(ato vinculado). Vimos que na licitação dispensável, a competição entre os licitantes é possível.
Entretanto, a Administração em face de determinada circunstância, quando autorizada, não
realiza o certame, contratando diretamente. Por outro lado, na licitação dispensada a própria
lei estabelece a não realização da licitação.
As hipóteses de licitação dispensada estão taxativamente previstas no art. 17, I e II, e em regra,
referem-se a alguns casos específicos de alienação de bens públicos (móveis e imóveis):
TIPOS DE LICITAÇÃO
Assim o art. 45, § 1º, da Lei 8.666/93 explica a respeito dos tipos de licitação:
Por fim, cabe frisar que em caso de empate será realizado sorteio. Assim, seguem as caracte-
rísticas de cada tipo de licitação:
1) Menor preço: o fator decisivo para o julgamento é o menor preço ofertado, mesmo
sendo a diferença mínima. Pode ser utilizada quando a Administração pretende con-
tratar obras, serviços, compras, locação e fornecimento. Por exemplo, compra de pa-
pel e água mineral.
2) Melhor técnica: esse critério é utilizado para selecionar o vencedor do certame, que
apresentar o material, o serviço, o equipamento mais eficiente, mais moderno, mais
rentável, mais adequado, para a Administração. Nesse tipo de licitação, o julgamento
recairá sobre a técnica e não sobre o preço. Por exemplo, compra de computador e
software de computador.
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Concorrência
Essa modalidade é utilizada para a contratação de obras, serviços e compras de qualquer valor,
para os contratos de concessões públicas, para alienação de bens imóveis, para concessão de
direito real de uso e para licitações internacionais. Essa modalidade exige habilitação prelimi-
nar dos licitantes, logo se não for habilitado o licitante não passará às fases posteriores.
Por fim, a modalidade concorrência será obrigatória em função dos seguintes limites, confor-
me disposto no art. 23, I e II, da referida Lei, bem como os valores dispostos no Decreto nº
9.412/2018:
Tomada de Preços
Nesse contexto, a modalidade tomada de preços será determinada em função dos seguintes
limites, conforme dispõe o art. 23, I e II, bem como os valores dispostos no Decreto nº
9.412/2018:
Convite
Essa é a única modalidade em que não há edital. A carta-convite, que é o instrumento convo-
catório, é enviada aos interessados e será afixada cópia em local apropriado para que os de-
mais cadastrados não convidados possam participar, habilitando-se até vinte e quatro horas
antes do prazo para a entrega das propostas.
Salienta-se que essa modalidade pode ser utilizada nas licitações internacionais desde que o
bem ou serviço não seja produzido ou prestado no país. Assim, a modalidade convite será de-
terminada em função dos seguintes limites, previstos no art. 23, I e II, bem como os valores
dispostos no Decreto nº 9.412/2018:
No caso do concurso, o julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pesso-
as de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públi-
cos ou não, de acordo com o disposto no art. 51, § 5º. O concurso exaure-se (é concluído) com
a classificação dos trabalhos e o pagamento dos prêmios.
Leilão
Nessa modalidade o tipo de licitação será o de maior lance ou oferta. Será conduzido por um
leiloeiro oficial ou por um servidor designado para essa finalidade.
Por fim, para a venda de bens móveis avaliados ou globalmente, em quantia não superior a R$
1.430.000,00, a Administração poderá utilizar-se da modalidade leilão. Dessa forma, se forem
avaliados acima desse valor, não poderá a Administração utilizar-se da modalidade leilão, mas
apenas a modalidade concorrência.
FASES DA LICITAÇÃO
O procedimento licitatório possui duas fases distintas, uma fase chamada interna e outra cha-
mada externa.
Na fase interna, o procedimento de licitação será iniciado com a abertura do processo admi-
nistrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva,
indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, ao qual serão juntados
oportunamente todos os atos da administração e dos licitantes, conforme art. 38, Lei nº
8.666/1993.
Nessa fase é elaborada a minuta do contrato, bem como do edital, os quais são submetidos a
exame e aprovação por assessoria jurídica da Administração. Em regra, serão realizados os
seguintes atos: delimitação do objeto; elaboração de projeto básico (quando necessário); rea-
lização estimativa de valor (orçamento), previsão de recursos orçamentários; apresentação de
análise da viabilidade de competição (juntando-se coleta de preços e identificando se há em-
presas no ramo); escolha do tipo e modalidade de licitação; definição do cronograma; instau-
Logo após abertura da licitação serão realizadas as seguintes fases: habilitação; julgamento e
classificação; homologação; e adjudicação. A seguir são apresentadas as principais característi-
cas:
O pregão é uma modalidade de licitação regulamentada pela Lei nº 10.520/2002, que estabe-
lece normas gerais sobre essa modalidade. Essa Lei prevê, ainda, que serão utilizadas subsidia-
riamente as normas da Lei nº 8.666/1993. O pregão está dividido em pregão presencial e ele-
trônico. Esse último é regulamentado pelo Decreto nº 5.450/2005. Assim como a Lei nº
8.666/1993 o pregão (Lei nº 10.520/2002) aplica-se a todos os entes federados (União, esta-
dos, Distrito Federal e municípios) e todos os poderes (Legislativo, Judiciário e Executivo).
Ainda, o art. 2º, § 1º, do Decreto nº 5.450/2005, assim disciplina sobre bens e serviços co-
muns: “Consideram-se bens e serviços comuns, aqueles cujos padrões de desempenho e qua-
lidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais do
mercado”.
Salienta-se que a modalidade pregão pode ser utilizada para contratos de qualquer valor, dife-
rentemente das outras modalidades (concorrência, tomada de preços e convite), nas quais são
utilizadas de acordo com a respectiva faixa de valor.
Quanto às fases do pregão (Lei 10.520/02), elas são as mesmas e com os mesmos procedimen-
tos da Lei 8.666/93, conforme sequência listada a seguir:
1) Aviso (edital)
2) Classificação
3) Habilitação
Entretanto, com relação às fases classificação e habilitação, no pregão elas são invertidas em
relação à Lei nº 8.666/1993. Tendo em vista que primeiro classifica os licitantes, para depois
habilitar apenas o licitante vencedor, o que torna o processo mais célere (rápido). Já em rela-
ção às fases de adjudicação (entrega do objeto ao licitante vencedor) e homologação (confir-
mação dos procedimentos licitatórios), há também a inversão de fases em relação a Lei nº
8.666/1993. Assim, primeiro adjudica, para depois então, homologar todo o procedimento
licitatório.
Por fim, cabe destacar que o tipo de licitação utilizado no pregão sempre será o menor preço.
O Contrato administrativo, na abalizada lição de Hely Lopes Meirelles, “é o ajuste que a Admi-
nistração Pública, agindo nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade administra-
tiva para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela
própria Administração”.
Já para Maria Sylvia Zanella Di Pietro contrato administrativo “é o ajuste que a Administração,
nessa qualidade, celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para a conse-
cução de fins públicos, segundo regime de direito público”.
Dessa forma, pode-se definir contrato administrativo como a avença em que a Administração
Pública, agindo como tal, estabelece com o particular ou com outro ente público, para a con-
secução de interesse público. Percebe-se que se utiliza de definição mais restritiva na medida
em que nem todo contrato firmado pela Administração é considerado contrato administrativo.
A corrente majoritária tem o entendimento de que, de forma ampla, a Administração firma
diversas espécies de contratos, denominados contratos da administração, sendo espécie des-
tes os contratos regidos pelo direito privado (contratos administrativos atípicos), e os regidos
pelo direito público (contratos administrativos típicos).
Por outro lado, nos contratos submetidos ao Direito Privado, a Administração atua em posição
de igualdade com o particular, ou seja, a administração age sem supremacia. Porém, ainda que
se diga regido pelo direito privado, os contratos privados da administração, qualquer que seja
ele, sempre terá a influência das normas de Direito Público, conforme expressa o art. 62, da Lei
de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666/1993).
CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO
CLÁUSULAS EXORBITANTES
Pode-se dizer que cláusulas exorbitantes são aquelas que não seriam comuns ou que seriam
ilícitas em contrato firmados entre particulares, por conferirem benefícios a uma das partes (a
Administração) em relação à outra. Assim, essas cláusulas colocam a Administração em posi-
ção de supremacia/superioridade sobre o contratado. A seguir, são apresentadas algumas
espécies de cláusulas exorbitantes:
1) Exigência de garantia: serve para que o Estado possa ser ressarcido de possíveis preju-
ízos causados pelo contratado. Poderão ser oferecidas as seguintes modalidades:
a) Caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública;
b) Seguro-garantia;
c) Fiança bancária.
2) Poder de alteração unilateral do contrato: por motivo de interesse público a adminis-
tração poderá alterar a quantidade ou a qualidade do objeto nos seguintes limites:
a) Até 25% para acréscimos ou supressões de obras, serviços ou compras;
b) Até 50%, apenas para acréscimo, no caso de reforma de edifício ou de equipa-
mento.
3) Poder de rescisão unilateral do contrato: a Administração poderá rescindir o contrato
unilateralmente, desde que seja garantindo o direito de defesa ao contratado.
4) Poder de aplicação direta de punições: desde que seja garantido o direito de defesa
será possível aplicar as seguintes punições ao contratado:
a) Advertência;
b) Multa no valor definido no contrato;
A extinção dos contratos é o fim do vínculo obrigacional existente entre as partes. Pode ocor-
rer nas seguintes hipóteses:
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL
Observa-se que o contratado responde subjetivamente por todos os danos que causar ao Es-
tado ou a terceiros. Segundo o art. 71 da Lei nº 8.666/1993 o contratado é responsável pelo
pagamento de todos os encargos civis, comerciais, previdenciários, trabalhistas e tributários
decorrentes da execução do contrato.
Observa-se que de acordo com o estatuto de licitações é vedado/proibido o contrato com pra-
zo de vigência indeterminado. Em regra, os contratos administrativos terão duração vinculada
à vigência dos respectivos créditos orçamentários, ou seja, um ano, contudo tem algumas ex-
ceções:
A inexecução dos contratos ocorre quando o contratado deixa de executá-lo total ou parcial-
mente, com ou sem culpa. Nesse contexto, são apresentadas algumas hipóteses de inexecução
de contrato sem culpa do contratado:
Ante o exposto, segue um quadro resumo composto pelas modalidades, finalidades, valores,
prazos mínimos, instrumento necessário e exigência de contrato:
Na literatura, há dois sentidos da palavra “política”, para entender o conceito de política públi-
ca faz-se necessário entender esses dois sentidos. Nos países de língua inglesa, estes conceitos
são diferenciados, com a utilização das palavras politics e policy, observe as definições a seguir:
Ante o exposto, pode-se resumir os sentidos da palavra política, que estão em sentidos dife-
rentes, conforme figura a seguir:
POLITICS X POLICY
Por fim, o conceito de políticas públicas está relacionado com o segundo sentido de política
(policy), ou seja, o sentido de ações públicas e o de decisões. A seguir, observam-se vários con-
ceitos de “política pública”, de acordo com diversos autores:
A principal função da política pública pode ser descrita como sendo uma orientação para re-
solver um problema considerado público e relevante. Entretanto, faz-se necessário entender o
que é exatamente um problema público. Em tese, um problema público é uma situação insa-
tisfatória (deve ser percebida como um problema) que afeta a coletividade de modo relevante
(afete o público em geral). O problema representa a diferença entre a situação atual e uma
situação futura ideal, ou seja, existe uma situação atual que pode ser melhorada com a política
pública, observe a representação gráfica:
Situação fu-
tura ideal
Situação
atual Problema Público
Para esclarecer o entendimento sobre problema público observe, por exemplo: quando em um
local isolado de um município falta saneamento básico para uma única casa existente naquele
lugar, isso não é um problema público. Porém, quando falta saneamento básico em um bairro
com diversas moradias, agora o problema torna-se público.
De acordo com Enrique Saravia, as fases das políticas públicas obedecem a um ciclo das políti-
cas. As políticas correspondem a um período deliberativo, é formado por vários estágios e
acaba constituindo um processo dinâmico e de aprendizado. O ciclo de políticas subdivide as
políticas públicas em fases parciais do processo político-administrativo de resolução de pro-
blemas.
Essas etapas formam um ciclo de políticas públicas, que é iniciado na formação da agenda.
Esse ciclo é realizado com auxílio da ferramenta de qualidade do Ciclo PDCA (Planejamento,
Desenvolvimento, Controle e Ação Corretiva), conforme figura a seguir:
A trajetória recente das políticas sociais no Brasil tem sido marcada por mudanças que vêm
introduzindo modificações importantes no perfil do Estado Social brasileiro herdado do regime
autoritário, e vêm permitindo avanços no cumprimento dos princípios de responsabilidade, de
transparência e de parceria Estado/sociedade, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econô-
mica Aplicada (IPEA).
6) Inovações sociais: ainda muito restritas, e que têm em comum a ocorrência em locais
como ponto privilegiado para impulsionar um desenvolvimento mais sustentável. Es-
sas inovações são voltadas para a busca de processos de participação democrática. Es-
sas experiências mais pontuais têm procurado rearticular o espaço social no qual se
processam as políticas, promovendo uma mudança nos modos de produzir e distribuir
os bens e serviços sociais. São exemplos: as propostas como a Agenda 21 Local, os
programas de desenvolvimento local impulsionado pelo Banco do Nordeste ou pelo
Ministério do Desenvolvimento Agrário, os programas de renda mínima e as experiên-
cias municipais de orçamento participativo.
8) Progressiva elevação do gasto social federal: desde os anos 90, o gasto com progra-
mas sociais tem aumentado em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Ante o exposto, o IPEA considera essas dimensões de políticas públicas como sendo os princi-
pais elementos das políticas públicas nacionais, observe a representação gráfica, na figura a
seguir:
Participação da
Inovações sociais
sociedade
maximizar
Descentralização ELEMENTOS eficiência e
eficácia
DAS
POLÍTICAS elevação do
Universalização PÚBLICAS gasto social
federal
Em relação à origem, o controle pode ser interno, externo ou popular. A seguir são apresenta-
das as principais características dessas origens:
Nesse contexto, a previsão da possibilidade de controle dos atos do Poder Executivo pelo Po-
der Legislativo encontra-se no art. 49, X, CF:
Nessa fiscalização há previsão de um controle interno, exercido pelo próprio Poder, que esteja
gerindo determinado recurso público objeto do controle. E por outro lado, existe um controle
externo, exercido pelo Poder Legislativo com auxílio dos Tribunais de Contas. O controle inter-
no é pleno, de legalidade, conveniência, oportunidade e eficiência; já o controle externo é
Quanto à responsabilidade pelo controle, depende da origem orçamentária primária dos re-
cursos. Assim, se o recurso for federal, o responsável será federal; se o recurso for estadual, o
responsável será estadual; se o recurso for municipal, o responsável será municipal. A seguir
são apresentados os responsáveis pelo controle externo, inclusive com o órgão técnico que
presta auxílio, isto é, o tribunal de contas respectivo:
1
União Congresso Nacional TCU
2
Estados Assembleias Legislativas TCE
3
Distrito Federal Câmara Legislativa TCDF
4
TCM dos Municípios (órgãos
Municípios da BA, CE, GO e PA Câmaras Municipais
estaduais)
5 6
TCM-RJ e TCM-SP (órgãos
Rio de Janeiro e São Paulo Câmaras Municipais
municipais)
Por fim, o controle judiciário ou judicial é realizado pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os
atos administrativos praticados pelos Poderes Executivo, Legislativo ou pelo próprio Judiciário,
quando realiza atividades administrativas.
O controle judicial, em regra, é exercido a posteriori (depois) e referente à legalidade dos atos
administrativos. Antes de tudo, o controle judicial é um meio de preservação de direitos indi-
viduais dos administrados. Dessa forma, é diferente do controle político, exercido pelo Legisla-
tivo.
O Poder Judiciário, no exercício de sua atividade jurisdicional, sempre age mediante provoca-
ção do interessado ou do legitimado. São exemplos desse controle: ação popular; ação civil
pública; habeas corpus; habeas data; mandado de injunção; mandado de segurança.
O orçamento público está inserido no estudo dos Direitos Financeiro e Tributário. Assim, para
compreendê-lo faz-se necessário conhecer algumas definições de orçamento público, de acor-
do com dois autores:
1) O orçamento público é o ato pelo qual o Poder Executivo prevê e o Poder Legislativo
autoriza, por certo período de tempo, a execução das despesas destinadas ao funcio-
namento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política econômica ou geral
do País, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei (Aliomar Baleeiro).
2) O orçamento anual constitui-se em instrumento, de curto prazo, que operacionaliza os
programas setoriais e regionais de médio prazo, os quais, por sua vez, cumprem o
marco fixado pelos planos nacionais em que estão definidos os grandes objetivos e
metas, os projetos estratégicos e as políticas básicas, de acordo com o modelo de inte-
gração entre planejamento e orçamento (Giacomoni).
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Os princípios são os pilares dos diversos ramos do direito. Nesse sentido, os Direitos Financeiro
e Tributário devem observar os princípios orçamentários. Esses princípios visam estabelecer
regras básicas, com o objetivo de conferir racionalidade, eficiência e transparência aos proces-
sos de elaboração, execução e controle do orçamento público.
Esses princípios orçamentários são válidos para todos os poderes (Legislativo, Executivo e Judi-
ciário) e para todos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), são
estabelecidos e disciplinados tanto por normas constitucionais e infraconstitucionais quanto
pela doutrina. A seguir, é apresentada uma lista desses princípios:
Segundo esse princípio, o orçamento deve ser uno, isto é, deve existir apenas um orçamento, e
não mais que um para cada ente da Federação (União, Estados, Distrito Federal e Municípios)
em cada exercício financeiro. Objetiva eliminar a existência de orçamentos paralelos. Por
exemplo: o Distrito Federal tem um orçamento anual; o Estado de Goiás tem um orçamento; o
Município de Luziânia tem um orçamento; a União tem um orçamento.
Destaca-se que o princípio do orçamento bruto veda (proíbe) que as despesas ou receitas se-
jam incluídas no orçamento nos seus montantes líquidos. Note que a diferença entre universa-
lidade e orçamento bruto é que apenas este último determina que as receitas e despesas de-
vam constar do orçamento pelos seus totais, sem quaisquer deduções. Assim, facilita a trans-
parência e o controle.
Princípio da Exclusividade
O princípio da exclusividade surgiu para evitar que o orçamento fosse utilizado para aprovação
de matérias sem nenhuma pertinência com o conteúdo orçamentário, em virtude da celerida-
de (rapidez) do seu processo. Assim, ele determina que a Lei Orçamentária não poderá conter
matéria estranha à previsão das receitas e à fixação das despesas. Exceção se dá para as auto-
rizações de créditos suplementares e operações de crédito (empréstimos), inclusive por Ante-
cipação de Receita Orçamentária (ARO). O princípio da exclusividade tem o objetivo de limitar
o conteúdo da Lei Orçamentária, impedindo que nela se inclua normas pertencentes a outros
campos jurídicos, como forma de tirar proveito de um processo legislativo mais rápido.
O princípio da proibição do estorno determina que o administrador público não pode transpor,
remanejar ou transferir recursos sem autorização. Quando houver insuficiência ou carência de
recursos, deve o Poder Executivo recorrer à abertura de crédito adicional ou solicitar a trans-
posição, remanejamento ou transferência, o que deve ser feito com autorização do Poder Le-
gislativo. Observe que é proibido, por exemplo, o Executivo retirar recurso da saúde e incluir
na segurança, sem a respectiva autorização do Legislativo.
Princípio da Publicidade
O art. 37 da Constituição Federal cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Admi-
nistração Pública, que são legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. O
princípio da publicidade também é orçamentário, pois as decisões sobre orçamento só têm
validade após a sua publicação em órgão da imprensa oficial (Diário Oficial). Assim, é condição
de eficácia do ato, a divulgação em veículos oficiais de comunicação para conhecimento públi-
co, de forma a garantir a transparência na elaboração e execução do orçamento.
Princípio da Legalidade
Todas as leis orçamentárias: Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei
Orçamentária Anual (LOA) e também de créditos adicionais são encaminhadas pelo Poder Exe-
O art. 37 da CF/88 cita os princípios gerais que devem ser seguidos pela Administração Pública,
que são legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Para ser legal, a
aprovação do orçamento deve observar o processo legislativo. Em matéria orçamentária, a
Administração Pública subordina-se às prescrições legais.
Princípio da Programação
O Princípio do equilíbrio orçamentário visa assegurar que as despesas autorizadas não serão
superiores à previsão das receitas. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), em seu art. 4º, inciso
I, “a”, determina que a lei de diretrizes orçamentárias trate do equilíbrio entre as receitas e
despesas.
O princípio da não vinculação de receitas dispõe que nenhuma receita de impostos poderá ser
reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas
constitucionais. Pretende-se, com isso, evitar que as vinculações reduzam o grau de liberdade
do planejamento, porque receitas vinculadas a despesas tornam essas despesas obrigatórias. A
principal finalidade do princípio em estudo é aumentar a flexibilidade na alocação das receitas
de impostos.
Princípio da Clareza
Fundamentado nesse princípio, o orçamento deve ser apresentado em linguagem clara e com-
preensível a todas as pessoas que, por força do ofício ou interesse, precisam manipulá-lo.
Ademais, dispõe que o orçamento dever ser expresso de forma clara, ordenada e completa.
Embora diga respeito ao caráter formal, tem grande importância para tornar o orçamento um
instrumento eficiente de governo e administração.
O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual
(LOA) são as leis que regulam o planejamento e o orçamento dos entes públicos (Federal, es-
taduais, Distrito Federal e municipais). No âmbito de cada ente, essas leis constituem etapas
distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações
governamentais.
PLANO PLURIANUAL
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também surgiu por meio da Constituição Federal de
1988, almejando ser a ligação entre o planejamento estratégico (Plano Plurianual) e o plane-
jamento operacional (Lei Orçamentária Anual – LOA). Sua relevância reside no fato de ter con-
seguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as leis orçamentárias anuais, as quais
dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes
antes da CF/1988.
Por fim, a Lei Orçamentária Anual (LOA) é o instrumento pelo qual o Poder Público prevê a
arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. A LOA é o
orçamento por excelência, ou seja, o orçamento propriamente dito.
Essa lei deve conter apenas matérias atinentes à previsão das receitas e à fixação das despe-
sas, sendo liberadas, em caráter de exceção, as autorização para créditos suplementares e
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita orçamentária. Trata-se do princípio
orçamentário constitucional da exclusividade.
CICLO ORÇAMENTÁRIO
ELABORAÇÃO APROVAÇÃO
LOA
LDO
CONTROLE PPA
EXECUÇÃO
E AVALIAÇÃO
Por crédito orçamentário inicial ou ordinário entende-se aquele aprovado pela lei orçamentá-
ria anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos das empre-
sas estatais. O orçamento anual consignará importância (recursos) para atender determinada
despesa a fim de executar ações que lhe caiba realizar. Essa importância é denominada de
dotação orçamentária.
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão consignadas dota-
ções. O crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categorias classificatórias e contas
que especificam as ações e operações autorizadas pela lei orçamentária, a fim de que sejam
executados os programas de trabalho do Governo, enquanto a dotação é o montante de re-
cursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. O crédito orçamentário é portador
de uma dotação e esta constitui o limite de recurso financeiro autorizado.
O ato que abrir o crédito adicional, o qual pode ser um decreto, uma medida provisória ou
uma lei, de acordo com sua classificação, deve indicar a importância, a espécie e a classificação
da despesa até onde for possível.
CRÉDITOS ADICIONAIS
Ante o exposto, o quadro a seguir apresenta as principais características de cada uma das clas-
sificações dos créditos adicionais:
CRÉDITOS
SUPLEMENTARES ESPECIAIS EXTRAORDINÁRIOS
ADICIONAIS
Destinados a despesas
Reforço de dotação orça-
para as quais não haja Destinados a despesas
FINALIDADE mentária já prevista na
dotação orçamentária urgentes e imprevisíveis.
LOA.
específica.
Independe de autorização
É anterior à abertura do
É anterior à abertura do legislativa prévia. Após a
crédito. São autorizados
AUTORIZAÇÃO crédito. São autorizados sua abertura deve ser
por lei (podendo ser já na
LEGISLATIVA por Lei específica (não dado imediato conheci-
própria LOA ou em outra
pode ser na LOA). mento ao Poder Legislati-
lei específica).
vo.
Abertos por decreto do Abertos por Medida Pro-
Poder Executivo. Na Uni- Abertos por decreto do visória (MP), no caso
ão, para os casos em que Poder Executivo. Na União federal e de entes que
haja necessidade de outra são considerados autori- possuem previsão deste
ABERTURA
lei específica, são conside- zados e abertos com a instrumento; e por decre-
rados autorizados e aber- sanção e publicação da to do Poder Executivo,
tos com a sanção e publi- respectiva lei. para os demais entes que
cação da respectiva lei. não possuem MP.
INDICAÇÃO
DA ORIGEM
Obrigatória Obrigatória Facultativa
DOS RECUR-
SOS
Vigência limitada ao exercício em que forem autoriza-
Vigência limitada ao exer- dos, salvo se o ato de autorização for promulgado nos
VIGÊNCIA cício em que forem autori- últimos quatro meses daquele exercício, casos em que,
zados. reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger
até o término do exercício financeiro subsequente.
A palavra receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para evidenciar a variação
positiva da situação líquida patrimonial resultante do aumento de ativos ou da redução de
passivos de uma entidade. A receita pública pode ser definida em sentido lato (amplo) e em
sentido stricto (restrito), as diferenças dessas definições estão a seguir:
1. Receita pública em sentido amplo (lato sensu) ou ingresso público: são todas as en-
tradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer título, em certo período de tempo,
em que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou não se incorporar ao
seu patrimônio e independente de haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas
tributárias, operações de créditos, operações de créditos por antecipação de receita,
cauções e outras.
2. Receita pública em sentido estrito (stricto sensu): são todas as entradas ou ingressos
de bens ou direitos, em certo período de tempo, que se incorporam ao patrimônio pú-
blico sem compromisso de devolução posterior. Exemplos: alienação de bens, receita
de contribuições, receitas industriais etc.
As classificações orçamentárias de receitas e despesas são de fundamental importância para a
transparência das operações constantes de um orçamento. Toda informação orçamentária é
organizada e veiculada segundo um tipo de classificação, dividido em níveis. A seguir será
apresentada a classificação quanto à Categoria Econômica (1º nível) e quanto à Origem (2º
nível).
Esta classificação por natureza obedece ao critério econômico. Assim, é utilizado para mensu-
rar o impacto das decisões do Governo na economia nacional (formação de capital, custeio,
investimentos etc.). Essa classificação está subdividida da seguinte forma:
A classificação quanto à origem é a subdivisão das categorias econômicas que tem por objetivo
identificar a origem das receitas no momento em que estas ingressam no patrimônio público.
Ela identifica a procedência dos recursos públicos, em relação ao fato gerador dos ingressos
das receitas. Observa a divisão a seguir:
Despesa pública é a “aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da autoridade ou agen-
te público competente, dentro de uma autorização legislativa, para execução de um fim a car-
go do governo”, conforme explica Aliomar Baleeiro (1997).
Da mesma forma como a receita, este nível da classificação por natureza obedece ao critério
econômico. Permite analisar o impacto dos gastos públicos na economia do país. A despesa é
classificada em duas categorias econômicas:
1. DESPESAS CORRENTES: classificam-se nessa categoria todas as despesas que não con-
tribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital;
2. DESPESAS DE CAPITAL: classificam-se nessa categoria aquelas despesas que contribu-
em, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Assim como ocorre com as receitas, para que se realize uma despesa do Poder Público ela
deve passar por estágios, os quais devem ser seguidos com rigor. A doutrina majoritária consi-
dera que os estágios da despesa são os seguintes:
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo Descomplicado. 26ª ed. São Paulo:
Método, 2018.
BRASIL. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Secretaria do Tesouro Nacional, MF. 4ª ed.
Brasília. 2012.
BRASIL. Manual Técnico de Orçamento. Secretaria do Tesouro Nacional, MF. Brasília, 2014.
CAVALCANTE FILHO, João Trindade. Roteiro de Direito Constitucional. 4ª Ed. Gran Cursos. Brasília,
2011.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública: provas e concursos. 3ª ed. Manole. São Paulo,
2012.
CRUZ, Vítor. Vou ter que estudar Direito Constitucional. E Agora? Método. São Paulo, 2011.
DI PRIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 21ª Ed. Atlas. São Paulo, 2008.
GRANJEIRO, J. Wilson e CARDOSO, Rodrigo. Direito Administrativo Simplificado. 3ª Ed. Gran Cursos.
Brasília, 2011.
GRANJEIRO, J. Wilson e CARDOSO, Rodrigo. Direito Administrativo Simplificado. 4ª Ed. Gran Cursos.
Brasília, 2012.
LIMA, Luiz Henrique. Controle Externo: teoria, jurisprudência e mais de 500 questões. 5ª ed. Elsevier –
Campus. Rio de Janeiro, 2013.
MENDES, Sérgio. Administração Financeira e Orçamentária: teoria e questões. Brasília: 3ª Ed. Método.
São Paulo, 2012.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional Descomplicado. 17ª ed. São Paulo:
Método, 2018.
PAVIONE, Lucas. Direito Administrativo: coleção resumos para concursos. JusPodivm. Salvador, 2016.
PEREIRA, Luiz Carlos Bresser. A administração Pública Gerencial: estratégia e estrutura para um novo
Estado. Disponível em: www.buscalegis.ufsc.br/busca.php?acao=abrir&id=28718. Acesso em: 16 ago.
2014.
Desenvolvimento:
1) Formar grupos com até 3 componentes cada para responder questões referentes aos te-
mas: Teoria do Estado; e Princípios da Administração;
2) Cada grupo irá discutir e entrar em um consenso sobre a resposta de cada questão;
3) Cada grupo deverá responder apenas 3 questões conforme distribuído pelo professor;
4) O tempo para cada grupo transcrever as resposta será de 15min;
5) As respostas deverão ser entregues por escrito e apresentadas pelo grupo para o restante
da turma.
Questões
Desenvolvimento:
1) Formar grupos com até 3 componentes cada para responder questões referentes aos te-
mas: Evolução da Administração Pública; e Atos e Poderes da Administração;
2) Cada grupo irá discutir e entrar em um consenso sobre a resposta de cada questão;
3) Cada grupo deverá responder apenas 3 questões conforme distribuído pelo professor;
4) O tempo para cada grupo transcrever as resposta será de 15min;
5) As respostas deverão ser entregues por escrito e apresentadas pelo grupo para o restante
da turma.
Questões
Desenvolvimento:
1) Formar grupos com até 3 componentes cada para responder questões referentes aos te-
mas: Licitação; e Contratos Administrativos;
2) Cada grupo irá discutir e entrar em um consenso sobre a resposta de cada questão;
3) Cada grupo deverá responder apenas 3 questões conforme distribuído pelo professor;
4) O tempo para cada grupo transcrever as resposta será de 15min;
5) As respostas deverão ser entregues por escrito e apresentadas pelo grupo para o restante
da turma.
Questões
Desenvolvimento:
1) Formar grupos com até 3 componentes cada para responder questões referentes aos te-
mas: Políticas Públicas; e Controle da Administração Pública;
2) Cada grupo irá discutir e entrar em um consenso sobre a resposta de cada questão;
3) Cada grupo deverá responder apenas 2 questões, conforme distribuído pelo professor;
4) O tempo para cada grupo transcrever as resposta será de 15min;
5) As respostas deverão ser entregues por escrito e apresentadas pelo grupo para o restante
da turma.
Questões
Desenvolvimento:
1) Formar grupos com até 3 componentes cada para responder questões referentes aos te-
mas: Conceitos de Orçamento Público; Orçamento na CF/88; e Ciclo orçamentário;
2) Cada grupo irá discutir e entrar em um consenso sobre a resposta de cada questão;
3) Cada grupo deverá responder apenas 3 questões, conforme distribuído pelo professor;
4) O tempo para cada grupo transcrever as resposta será de 15min;
5) As respostas deverão ser entregues por escrito e apresentadas pelo grupo para o restante
da turma.
Questões
Desenvolvimento:
1) Formar grupos com até 3 componentes cada para responder questões referentes aos te-
mas: Créditos Adicionais; Receita Pública; e Despesa Pública;
2) Cada grupo irá discutir e entrar em um consenso sobre a resposta de cada questão;
3) Cada grupo deverá responder apenas 3 questões, conforme distribuído pelo professor;
4) O tempo para cada grupo transcrever as resposta será de 15min;
5) As respostas deverão ser entregues por escrito e apresentadas pelo grupo para o restante
da turma.
Questões