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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA NEUROFUNCIONAL

ATIVIDADE AVALIATIVA DO MÓDULO DE DISARTROFONIA III


PROFA. CAROLINA ANHOQUE
ALUNOS: Alicia Moreira
Gustavo Alexandre Luppi Segovia
Lucas Rosas Campêlo
Sandra Pereira Felix

QUESTÕES:
1- Quais palavras-chave você utilizou para buscar o artigo selecionado?
Disartrofonia, Parkinson e Lsvt.

2- Título – é claro e apresenta bem o estudo?


"Intensive voice treatment (LSVT) for patients
with Parkinson’s disease: a 2 year follow up".
Título claro e apresentada bem o estudo.

3- Autores – quem são? De onde são? Fazem parte de grupos de pesquisa


na área tema do artigo?
Lorraine Ramig, formada em Speech Language Pathology, doutora em Ciência
da Fala, ocupa a vaga de professora de Fala, Linguagen e Ciências da Audição
na Universidade do Colorado-Boulder e na Universidade de Columbia e cientista
sênior no National Center for Voice and Speech. Faz parte de pesquisas nas
áreas fala, neurologia e otorrinolaringologia.
Professor Margaret Hoehn, neurologista pela Universidade de Vancouver, e
residente-chefe em Neurologia no hospital dos veteranos em Boston, e
professora de Neurologia na Universidade de Columbia. Dra. Hoehn é conhecida
internacionalmente por seu vasto trabalho em pesquisas no tratamento da
doença de Parkinson. Faleceu em 2005.
Mary O'Brien, médica especialista em Medicina Interna pela Stony Brook
University. Professora assistente na Escola Médica da Unversidade de
Massachusetts. Médica no Instituto Neurológico de Colorado. Faz muitas
pesquisas na área de neurologia.

Demais autores: não encontramos informações relevantes.

4- Resumo – estruturado, conciso e esclarecedor?


Sim, bem detalhado, inclusive.

5- Introdução – apresenta argumentos claros, relevância, objetivos e


justificativa para a pesquisa?
Apresenta bons argumentos para justificar a pesquisa. Mostram que a maioria
das estratégias para tratar a disfonia no Parkinson se baseia em métodos que
dão ênfase à articulação e que são aplicados em uma frequência máxima de 3
vezes na semana, tem apresentado resultados insatisfatórios. Em contrapartida,
tratamentos intensivos de voz, aplicados numa frequência quase que diária,
usando tarefas de esforço fonatório, apresentam resultados significantes. Isso
se explica pelo fato de pesquisas sobre a terapia intensiva para fonação-
respiração serem baseados em evidência de prática clínica em neurologia e
fisioterapia, pensando principalmente no aprendizado motor.

6- Cite os objetivos do estudo. Eles estão claros e são contemplados pelo


método?

Sobre os objetivos, os autores afirmam não haver sido estudado os efeitos nas
funções vocais do LSVT num prazo de 2 anos, sendo este o objetivo do estudo,
comparando com o RET (técnica de esforço respiratório). É um objetivo claro
que é totalmente contemplado pelo método, que além de simples, é bem
detalhado no artigo.
7- Apresentem o método do estudo – amostra, procedimentos e análise
estatística. O método está de acordo com as boas práticas em pesquisa
com seres humanos?
33 pacientes com Parkinson idiopático foram separados em dois grupos. Um
recebeu o tratamento vocal Lee Silverman e o outro recebeu tratamento com o
método RET.
O método LSVT de tratamento da voz (Lee Silverman Voice Treatment) surgiu
em 1993 nos Estados Unidos e está voltado diretamente para a doença de
Parkinson. Os portadores de DP apresentam alterações da voz, articulação e
deglutição (disfagia) como decorrência da lentidão de movimentos e rigidez que
os acometem de forma típica. Além disso, há a considerar aquilo que
tecnicamente é chamado de "disautonomia", ou seja, o distúrbio do sistema
nervoso autônomo. O método LSVT apresenta uma característica que o tornou
revolucionário: sua aplicação é rápida, com cerca de um mês de tratamento,
produzindo efeitos que podem ter duração longa (cerca dois anos).
O RET é um programa que objetiva aumentar a força muscular na atividade
respiratória na inspiração e expiração, para aumentar o volume respiratório, a
pressão subglótica e o loudness vocal. As tarefas do tratamento incluem
inspiração e expiração máximas, prolongação máxima do /s/ e do /f/ e
sustentação da pressão intraoral usando o instrumento de performance oral Iowa
(IOPI).
Os dois grupos foram comparados em seu desempenho antes, imediatamente
após os tratamentos e dois anos depois.
Os efeitos na função vocal foi medido através de análise acústica do loudness
(SPL) e mudanças na frequência fundamental (STSD).

8- Resultados - foram apresentados de forma ordenada, divididos em


tópicos, na sequência dos objetivos propostos? Foram utilizadas tabelas
apresentando a estatística, facilitando a análise?

Os resultados foram apresentados ordenadamente, porém no decorrer do


próprio texto, ainda assim de forma clara e objetiva.

As tabelas utilizadas foram em forma de Colunas, separando os itens e tópicos


analisados, bem como os testes e tarefas.

9- Discussão - todos os objetivos propostos foram alcançados? As


questões formuladas foram respondidas com resultados consistentes
entre si e com a literatura?

Os objetivos foram alcançados. Chama atenção o estudo ser internacional, com


testes consistentes e tendo em vista um Método conhecido, validado
internacionalmente e utilizado de forma efetiva.

10- Conclusão – responde aos objetivos? Como a área de estudo do seu


artigo auxilia a atuação do fonoaudiólogo?

O principal achado do estudo foi que o grupo de pacientes tratados com o


método Lee Silverman tiveram melhores resultados na função vocal no decorrer
dos dois anos em comparação ao outro grupo que foi tratado com o método RET,
o que confirma o objetivo do estudo. Isso mostra que a terapia intensiva traz
melhores resultados de aprendizado motor também para a fala.
O método Lee Silverman traz o tratamento intensivo para a terapia
fonoaudiológica do Parkinson, trazendo benefícios diretos para prosódia,
articulação, ressonância, respiração, inteligibilidade, intensidade e qualidade da
voz, assim como da deglutição e da expressividade facial, baseando-se
principalmente no auto monitoramento. Por ser um método rápido e eficaz, na
prática clínica fonoaudiológica, aumenta a aderência do paciente e da família,
diferentemente das terapias comuns, onde a frequência do tratamento é baixa e
a duração é longa, o que afasta e frusta o paciente e sua família.

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