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05/12/2018 Testes diagnósticos

Testes diagnósticos
Os anticorpos contra o HIV aparecem no soro ou plasma de indivíduos
infectados, em média, 3 a 12 semanas após a infecção. Em crianças com até 18
meses, o resultado dos testes são de difícil interpretação, já que freqüentemente
os anticorpos detectados contra o vírus são decorrentes da transferência passiva
de anticorpos maternos. Nesses casos, os testes imunológicos não permitem a
caracterização da infecção.
Os testes para detecção da infecção pelo HIV podem ser divididos em quatro
grupos: testes de detecção de anticorpos, testes de detecção de antígenos,
técnicas de cultura viral e testes de amplificação do genoma do vírus.
As técnicas usualmente empregadas no diagnóstico da infecção pelo HIV se
baseiam na detecção de anticorpos contra o vírus e são usadas para triagem inicial.
Detectam a resposta do hospedeiro ao vírus, e não o vírus.
Os testes de detecção de anticorpos são:
· o ELISA (Enzime Linked Immunosorbent Assay, ou ensaio de
imunoadsorção ligado á enzima), que é o mais usado, por sua facilidade
de automação, custo relativamente baixo e elevada sensibilidade e
especificidade,
· a Imunofluorescência indireta, utilizada na confirmação sorológica,
· o Western-blot, considerado "padrão ouro" para confirmação do
resultado na etapa de triagem. Tem alta especificidade e sensibilidade
mas seu custo é alto.
· os Testes rápidos e testes simples que dispensam equipamentos para a
sua realização, sendo de fácil execução e leitura visual. Aplica-se em
inquéritos epidemiológicos. A sensibilidade é comparável à dos testes de
ELISA.
· Testes de detecção do vírus ou suas partículas, são mais complexos e
caros e por isso restritos a ensaios clínicos e pesquisas. Alguns são
empregados na rotina de tratamento e acompanhamento do doente e não
para diagnóstico. Dentre estes os principais são:
· Testes de amplificação do genoma do vírus (carga viral): é a análise
quantitativa da carga viral por técnicas baseadas na amplificação de
ácidos nucléicos, amplificação de DNA em cadeia ramificada e
amplificação seqüencial de ácidos nucleicos. Têm alta sensibilidade,
permitindo o acompanhamento da resposta à terapêutica anti-retroviral.
· contagem de TCD4+ em sangue periférico: a contagem de células TCD4+
em sangue periférico mede a imunocompetência celular; é útil no
acompanhamento de soropositivos.
Habitualmente, o teste ELISA é o primeiro exame de sangue feito para
verificar se a pessoa está infectada com HIV. Se este teste der positivo, outro
teste mais específico, normalmente teste WESTERN BLOT, é feito para confirmar
os resultados.
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05/12/2018 Testes diagnósticos

 
Testes diagnósticos: quando e onde fazer
Qualquer pessoa que passou por uma situação de risco pode submeter-se ao
teste, que é sigiloso e gratuito, e está disponível nos Centro de Saúde.
É importante lembrar que o teste detecta a presença de anticorpos contra o
HIV e não o HIV, por isso é necessário que decorra algum tempo entre o contato de
risco e a formação de anticorpos. Só haverá anticorpos circulantes no sangue
depois de decorrido este período, chamado janela biológica, varia de três a doze
semanas (1½ mês a 3 meses, com média de aproximada de 2,1 meses) após a
exposição de risco e aquisição do vírus.
Se quiser pode também solicitar no Centro de Saúde um aconselhamento
sobre fazer ou não o teste e como enfrentar um resultado positivo. Procure um
serviço público ou se informe no Disque-AIDS.
Lembre-se este exame só pode ser feito com o consentimento da pessoa.
Estes testes, são obrigatórios apenas em  doadores de sangue ou de órgãos  e
gestantes, de preferência no início do acompanhamento pré-natal.
 
Diagnóstico Sorológico da Infecção pelo HIV
Resultado positivo
Resultado positivo significa que a pessoa é portadora do vírus, é um
soropositivo e pode ou não estar com AIDS. A procura de tratamento médico é
necessária pois a infecção é controlável.
Portadores assintomáticos podem transmitir o vírus para outras pessoas,
razão pela qual é importante comunicar o resultado aos parceiros que devem
também realizar o teste anti-HIV.
É necessária a adoção de práticas seguras para a redução de riscos de re-
infecção pelo HIV e outras DST.
Resultados falso-positivos decorrem de problemas técnicos ou alterações
biológicas no indivíduo que determinam reatividade, independente da condição
investigada. Os de origem técnica são: contaminação de ponteiras ou da reação por
soros vizinhos fortemente positivos, troca de amostras, ciclos repetidos de
congelamento e descongelamento, pipetagens de baixa acerácea, inativação da
amostra a 56°C e transporte ou armazenamento inadequado das amostras ou kits.
Como causas biológicas de resultados falso-positivos são, entre outras,
semelhanças antigênicas entre microrganismos, doenças auto-imunes, infecções por
outros vírus, uso de drogas endovenosas, aquisição passiva de anticorpos anti-HIV.
Nem todas as reações falso-positivas têm causa definida ou podem ser evitadas.
Resultado negativo:
O resultado negativo significa que a pessoa não está infectada ou que foi
infectada tão recentemente que ainda não produziu anticorpos necessários para
detecção pelo teste utilizado e é, neste caso um falso-negativo.
Influem nos resultados falso-negativos, a sensibilidade do teste, em função
das diferentes capacidades de detecção dos kits, da ocorrência do período de
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janela imunológica ou da variabilidade na constituição antigênica dos conjuntos de


diagnóstico. Entre os fatores de ordem técnica que levam a resultados falso-
negativos, estão: troca da amostra, uso de reagentes fora do prazo de validade,
equipamentos desajustados, pipetagem incorreta e transporte ou armazenamento
inadequado das amostras ou dos kits.
É importante destacar que um resultado negativo não significa imunidade.
Resultado indeterminado
Um resultado indeterminado pode significar um falso-positivo devido a razões
biológicas ou um verdadeiro positivo de infecção recente que ainda não desenvolveu
anticorpos.
 
Janela imunológica:
É o tempo compreendido entre a aquisição da infecção e a soroconversão
(também chamada de janela biológica). Varia de seis a doze semanas (um mês e meio
a três meses) após a aquisição do vírus, com o período médio de aproximadamente
2,1 meses. Os testes utilizados apresentam geralmente níveis de até 95% de
soroconversão nos primeiros 5,8 meses após a transmissão.
 
Soroconversão:
É a positivação da sorologia para o HIV, que ocorre entre 6 a 12 semanas após
o contágio (período conhecido como janela imunológica). Como os testes
diagnósticos detectam a presença de anticorpos para o HIV, só devem ser
realizados após este período.
 

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