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La competenza dei tribunali per il giudizio dei “IRDRs”: possibile incompatibilità decisionale
e l’ (obbligatorio) rinvio alle Corti Superiori
Revista de Processo | vol. 277/2018 | p. 425 - 448 | Mar / 2018
DTR\2018\8996
___________________________________________________________________________
Juliana Melazzi Andrade
Graduanda em Direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
julianamelazzi.a@gmail.com
Resumo: O presente artigo tem como escopo analisar os limites da eficácia vinculante das
teses jurídicas fixadas em Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR), no
âmbito da competência dos Tribunais Estaduais e Federais, à luz do sistema de
precedentes do CPC/2015. Objetiva-se propor uma sistemática que possa compatibilizar
os entendimentos adotados pelos tribunais em casos semelhantes, garantindo-se a
isonomia na interpretação e aplicação do direito pelos tribunais superiores, e, ao mesmo
tempo, o amadurecimento das teses dos repetitivos nas instâncias inferiores.
Sumário:
1.Introdução
O tema dos “precedentes”1 e da eficácia vinculativa das decisões passou a ser mais
fortemente discutido no Brasil após a introdução no sistema processual brasileiro, por meio
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A competência dos tribunais para julgamento de IRDRs:
possível incompatibilidade decisória e a remessa
(obrigatória) aos tribunais superiores
Não bastasse, o tema relativo à eficácia das decisões judiciais passou a ter destaque em
razão da proliferação de demandas isomórficas, o que levou Barbosa Moreira a destacar, já
há alguns anos, que seria uma matéria de necessário enfrentamento, diante das
“características da vida contemporânea”, a impor maior destaque ao processo de massa. 3
Com o CPC de 2015, passou-se a ter no sistema brasileiro um elenco ainda maior de
provimentos vinculantes e a notória valorização das decisões como fonte do direito.5
Com o objetivo de abordar um dos pontos sensíveis dessa nova sistemática processual, 8 o
presente artigo se propõe a analisar a possível incongruência que pode advir do julgamento
de casos semelhantes nos Tribunais Regionais e Estaduais, devido aos limites de
competência destes e, por conseguinte, da aplicação das teses jurídicas formadas no
âmbito de IRDRs. Nesse sentido, por meio deste breve ensaio pretende-se apresentar uma
visão crítico-contributiva sobre o tema, analisando possíveis formas de se enfrentar o
problema.
Do direito estrangeiro se extraem dois sistemas processuais que serviram como inspiração
para as primeiras propostas que culminaram no sistema do IRDR: a) o sistema adotado na
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possível incompatibilidade decisória e a remessa
(obrigatória) aos tribunais superiores
Ademais, importa frisar que, apesar de não ser referido como inspiração direta ao sistema
brasileiro, o ordenamento norte-americano previu, em 1968, no §1407 do Título 28 do seu
U.S.C. (Código Norte-Americano) o chamado Multidistrict Litigation, por meio do qual, caso
existentes ações civis sobre uma ou mais questões de fato comuns em diferentes distritos,
estas são transferidas para um único distrito e julgadas por juízes designados por um
Comitê.11
No direito brasileiro, pelo sistema criado pelo IRDR, embora haja posições divergentes,
adotamos o entendimento de parte da doutrina,12 no sentido de que é formado um
incidente processual a partir do qual não se pretenderá precipuamente o julgamento do
caso, mas sim a fixação de um entendimento sobre a questão de direito que se repete em
inúmeros processos,13 o qual deverá ser seguido pelo próprio tribunal e pelos juízos
inferiores.
O pedido de instauração do incidente poderá ser feito pelo juiz ou relator, de ofício, pelas
partes, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública e será dirigido ao presidente do
tribunal (art. 977, caput, I, II e III), cabendo ao seu regimento interno definir o órgão
colegiado incumbido de julgá-lo (art. 978).
Tanto a instauração quanto o julgamento deverão ter a mais ampla publicidade, por meio
de registro eletrônico no CNJ (art. 979), que deverá ser sempre atualizado e acompanhado
da tese jurídica, dos fundamentos determinantes adotados e das normas relacionadas (art.
979, §§ 1º e 2º).
A despeito de tal debate, uma vez admitido o incidente, devem ser suspensos os processos
no Estado ou região do tribunal sobre a matéria, requisitadas informações aos órgãos do
juízo em que tramita o processo a partir do qual surgiu o incidente e intimado o Ministério
Público (art. 982).
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possível incompatibilidade decisória e a remessa
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sobre idêntica questão de direito que tramitem ou venham a tramitar na área de jurisdição
do respectivo tribunal, inclusive os juizados especiais, cabendo reclamação em caso de
descumprimento (art. 985).
O Código prevê que o IRDR seja julgado no prazo de um ano, com preferência sobre outros
processos, com exceção daqueles que envolvam réu preso e pedido de habeas corpus.
Passado esse prazo, será dada continuidade aos processos sobre a matéria, que haviam
sido suspensos, salvo decisão fundamentada do relator em sentido contrário (art. 980). 16
A tese jurídica, contudo, não é imutável, podendo ser superada pelo mesmo tribunal, de
ofício ou a requerimento dos legitimados do art. 977, III (art. 986), sendo cabível,
também, a interposição de recurso especial ou extraordinário contra o julgamento do
mérito do incidente, com efeito suspensivo (art. 987), para que o tribunal superior analise
a tese fixada.
Embora haja crítica no sentido de que o acórdão elaborado no IRDR será autonomizado da
faticidade que lhe deu origem, ou, em outras palavras, valerá como uma norma geral e
abstrata desconectada do processo-piloto, de forma análoga a uma lei,18 importa destacar
que, ainda que a análise realizada pelo Tribunal quando da fixação da tese seja
predominantemente de direito, não serão os aspectos fáticos ignorados, pois haverá uma
projeção da situação fática padrão, extraída dos processos afetados e dos que venham a
instruir o incidente, sobretudo porque a delimitação da situação fática em que a norma é
aplicada é de extrema importância para compreender a tese fixada e enquadrá-la em
demandas futuras.19
Isso significa que uma decisão é delineada a partir de fatos específicos e condições dos
casos repetitivos que se supõe resolver e, assim, a autoridade da decisão depende e está
limitada a esses fatos e condições, de modo que quando aplicados, deve-se analisar se há
similitude dentre os casos que serviram à reprodução da controvérsia e o caso em que se
pretende empregar o precedente.20
O precedente judicial consiste em uma decisão que irradia seus efeitos para além do caso
que o originou e serve de referência para o julgamento de casos futuros. 22 O que torna a
decisão judicial um precedente é justamente o seu potencial para servir de regra para
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Claro que isso não significa que a aplicação de súmula ou acórdão vinculante deva ser
mecânica e subsuntiva, dispensando a atividade interpretativa pelo julgador e a
manifestação das partes acerca da incidência do precedente.25
Não sendo o caso de superar ou distanciar o precedente, será aplicada a sua ratio decidendi
– também chamada de motivos determinantes28 – ao caso concreto, que, formada a partir
da fundamentação de uma decisão, é a generalização das “razões adotadas como passos
necessários e suficientes para decidir um caso ou as questões de um caso pelo juiz”.29
Assim, será considerado precedente o que for resultado de fundamentada e cuidadosa
análise judicial desenvolvida por meio de intenso contraditório.30 O que for pronunciado
pelo juiz no julgamento, mas que não é essencial para a decisão do caso, apesar de poder
ser citado em foros persuasivos em casos futuros,31 não integrará o dispositivo, porquanto
podem não ter sido desenvolvidos de forma integral à consideração do Tribunal,32 sendo
chamado de obiter dictum.
Definida a ratio decidendi, esta terá tanto uma direção vertical, vinculando os juízes em
grau inferior na hierarquia judicial, quanto uma direção horizontal, ao ter força persuasiva
com relação à própria Corte que pronunciou a decisão,33 como uma decisão com verdadeiro
conteúdo de enunciação de uma regra jurídica.
Desse modo, nota-se que a ideologia do sistema de precedentes possui como finalidades a
integridade do Direito e o tratamento isonômico,34 minimizando, na medida do possível, as
divergências interpretativas acerca das normas, de modo a colaborar para a proteção da
previsibilidade e, por conseguinte, da segurança jurídica.35
Prevê o art. 926 do CPC (LGL\2015\1656) que deve jurisprudência ser mantida estável,
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íntegra e coerente pelos tribunais. Conjuntamente com o art. 927, foi instituído um regime
de eficácia vinculativa para algumas das decisões judiciais proferidas pelos Tribunais
Estaduais, Regionais e pelos Tribunais Superiores.36
A jurisprudência estável indica que linhas de decisões constantes e uniformes sobre uma
matéria não podem ser abandonadas ou modificadas arbitrária e discricionariamente;
jurisprudência íntegra significa que, ao ser proferida decisão, deve-se levar em conta toda
a evolução histórica das decisões proferidas anteriormente sobre o mesmo tema; por fim,
jurisprudência coerente significa que aos casos análogos deve ser assegurada uma
aplicação principiológica e normativa isonômica.37
Dessa forma, as Cortes Supremas e as Cortes de Justiça não poderão variar frivolamente
os seus padrões decisórios, tendo o dever de observar, interpretar e aplicar os precedentes
e a jurisprudência vinculante, quando suas conclusões se amoldarem ao caso (arts. 926,
927, 489, § 1º, IV, V e VI).41
Isso significa que, definida a tese em determinado tribunal, não é impositiva a sua
aplicação em tribunal de competência diversa, uma vez que a competência delimita o
quadro jurídico de atuação de uma unidade organizacional.42
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No âmbito do direito brasileiro, é importante pontuar que tribunais distintos podem ter
atuações similares quando se analisa a competência em razão do território e da matéria,
havendo distinção apenas quando observada a pessoa envolvida.
Por isso é que, por exemplo, Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais podem
processar paralelamente as mesmas ações de direito bancário, como ações revisionais,
ajuizadas por consumidores que residem na mesma comarca, diferenciando sua atuação
apenas conforme se trate de uma instituição de direito privado ou não.
Entre esses conflitos, cita-se, a título de exemplo, a questão afetada para julgamento no
TRF da 4ª Região, em regime de IRDR, relativa à necessidade de somar parcelas vincendas
ao valor da causa para fins de definir a competência dos Juizados Especiais Federais. 44
Semelhante tema é discutido em Tribunais Estaduais, tendo em vista a existência de
Juizados Especiais Estaduais.45
Do mesmo modo, no TJSP foi instaurado e admitido IRDR (Tema n. 3), sobre a
possibilidade de ajuizamento de ação de prestação de contas sem o indicativo dos
lançamentos reputados indevidos e/ou duvidosos,46 mas, do mesmo modo, tal questão
também é discutida em âmbito federal.47 Com efeito, as causas de natureza bancária são
um bom exemplo acerca dessa sobreposição de competências, uma vez que há demandas
absolutamente idênticas ajuizadas contra Bancos privados (nos Tribunais Estaduais) e, de
outro lado, a Caixa Econômica Federal (na Justiça Federal).
Outro exemplo discutido tanto em âmbito federal quanto estadual é o primeiro tema de
IRDR instaurado no TJSC, no qual se discutiu a “necessidade ou não de comprovação de
hipossuficiência do autor do pleito de dispensação de medicamento ou terapia no âmbito
da assistência à saúde”. Admitido e julgado, fixou-se tese estabelecendo requisitos
imprescindíveis à concessão judicial de fármaco ou procedimento padronizado e não
padronizado pelo SUS.48
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Considerando a separação por competências no Brasil, não seria possível que um único
Tribunal fosse responsável por decidir a uniformização de matérias vinculando os juízos
independentemente de sua competência, uma vez que a legitimidade para que os juízes
atuem em uma causa está limitada à sua “área de atuação”.50
No que tange à disciplina do IRDR, é verdade que o art. 982, § 3º, do CPC
(LGL\2015\1656) prevê a possibilidade de ser requerido ao STF ou STJ que sejam
suspensos “todos os processos individuais ou coletivos em curso no território nacional que
versem sobre a questão objeto do incidente já instaurado”. No mesmo sentido, o art. 987
dispõe que caberá recurso extraordinário ou especial do julgamento do mérito do
incidente, com efeito suspensivo, do qual advirá tese jurídica de aplicação em todo o
território nacional sobre processos individuais ou coletivos sobre idêntica questão de
direito. Tais dispositivos poderiam, em tese, resolver o problema da compatibilização de
entendimentos apresentadas nas linhas anteriores.
Desse modo, tendo em vista que a função paradigmática dos Tribunais Superiores é
justamente proferir decisões responsáveis por moldar o ordenamento jurídico, 51 evitando
posicionamentos incompatíveis entre os tribunais sobre matéria constitucional ou
infraconstitucional federal, poderia se cogitar de sistemática semelhante à remessa
necessária (art. 496) quando verificada incompatibilidade de entendimentos com relação a
outro tribunal de competência diversa.
Embora seja a (tradicional) remessa necessária bastante criticada por alguns autores, que
a veem como um privilégio anti-isonômico, ao existir em razão da pessoa e não em razão
da relevância pública da matéria,52 ou como um obstáculo à efetivação da razoável duração
do processo,53 uma utilização analógica do instituto garantiria a harmonização das
decisões dos tribunais, ao obrigar que, verificadas incompatibilidades capazes de
prejudicar a coerência da interpretação de normas jurídicas, seja a questão levada à
tribunais hierarquicamente superiores.
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Não se ignora a possibilidade de se afirmar, então, que melhor seria que os IRDRs fossem
instaurados logo perante os Tribunais Superiores, evitando-se essa primeira etapa
“provisória”. Embora a crítica mereça atenção, pensamos que não afasta a remessa ora
cogitada, conquanto com o processamento do IRDR no Tribunal Estadual ou Regional se
garantirá o amadurecimento da questão, com a prática dos atos de instrução, quais sejam,
as audiências públicas, a manifestação do Ministério Público, das partes do processo que
deu origem ao incidente, de órgãos ou entidades com interesse na controvérsia, de
pessoas com experiência e conhecimento na matéria, sobretudo a apresentação de teses
divergentes. O processamento perante os tribunais de segunda instância pode servir como
etapa de instrução e amadurecimento da tese, extraindo-se os benefícios de que os
tribunais superiores funcionem como uma instância revisora necessária, que partirá de
discussão já aprofundada, com manifestações das partes e votos judiciais.
Ademais, desse modo não será necessário sobrecarregar ainda mais tribunais que já
recebem milhares de processos ao ano.54-55
Embora não se possa resolver o problema da falta de coerência e integridade das decisões
simplesmente por meio da adoção de um “sistema de precedentes obrigatórios” no
ordenamento brasileiro, como aponta notória doutrina, 56 a verdade é que as mudanças
instituídas pelo Código se propõem, na linha de modificações legislativas anteriores, a
reduzir a enxurrada de processos isomórficos nos tribunais, possibilitando a prolação de
decisões que garantam, sobretudo, a isonomia entre os jurisdicionados.
Não se pode ignorar, contudo, que a multiplicidade de recursos não se dá apenas no âmbito
de um único tribunal, podendo haver questões semelhantes sendo debatidas, ao mesmo
tempo, em Tribunais Regionais e Estaduais. É possível que haja decisões conflitantes em
âmbito de IRDRs instaurados perante tribunais distintos.
Desse modo, pode a remessa obrigatória aos Tribunais Superiores servir à efetiva
coerência no Judiciário brasileiro, como pretende o CPC/2015 (LGL\2015\1656). Por meio
da remessa, pretende-se a harmonização da hermenêutica jurídica em casos isomórficos,
garantindo-se, ao mesmo tempo, a preservação do amadurecimento do debate sobre o
tema perante os tribunais de segunda instância.
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2 “A eficácia erga omnes de uma ação direta de inconstitucionalidade estaria restrita à sua
parte dispositiva, apesar de corrente em contrário, atingindo a eficácia geral e abstrata da
norma objeto do controle, atingindo a todos os potenciais destinatários, inclusive os órgãos
do Poder Judiciário e o próprio Supremo Tribunal Federal. Já o efeito vinculante é um plus
em relação à eficácia erga omnes e obriga a Administração Pública e os órgãos do
Judiciário, excluindo-se o Supremo Tribunal, a submeter-se à decisão proferida na ação
direta. Na prática, significa que o Poder Judiciário (demais juízes e tribunais), mesmo no
controle difuso de constitucionalidade e a Administração Pública direta e indireta, deve
observar o que ficou decidido, sob pena de afrontar a autoridade do Supremo Tribunal
Federal, dando ensejo à Reclamação. [...] A Emenda Constitucional n. 3, de 16 de março de
1993, que deu origem à Ação Declaratória de Constitucionalidade, [...] [estabeleceu] a
eficácia erga omnes e vinculante, com base no direito alemão. [...] A decisão da ação direta
de inconstitucionalidade, em sede cautelar ou definitiva, possui eficácia vinculante apta a
excluir do mundo jurídico determinado dispositivo desconforme à Constituição da
República, podendo gerar normatização pela adoção da técnica da declaração de
inconstitucionalidade com ou sem redução de texto” (CARNEIRO JÚNIOR, Amilcar Araújo.
A contribuição dos precedentes judiciais para a efetividade dos direitos fundamentais.
Brasília: Gazeta Jurídica, 2012. p. 209-210).
5 ZANETI JR., Hermes. O valor vinculante dos precedentes. Salvador: JusPodivm, 2015. p.
329-330.
6 LIMA, Tiago Asfor Rocha. Primeiras impressões sobre os precedentes judiciais no Projeto
de Novo Código de Processo Civil. Revista de Informação Legislativa, Brasília, n. 190, ano
48, abr.-jun. 2011. p. 281. Nas palavras de Aluísio Gonçalves de Castro Mendes e Larissa
Clare Pochmann: “O ponto de equilíbrio do novo diploma está na conjugação de três
fatores (a) evitar a profusão de decisões divergentes proferidas e de caráter meramente
persuasivo no que toca tanto aos precedentes, como à súmula e à jurisprudência; (b)
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7 MENDES, Aluísio Gonçalves de Castro; SILVA, Larissa Clare Pochmann da. Precedente e
IRDR: algumas considerações. In: DIDIER JR., Fredie et al. (Coord.). Coleção Grandes
Temas do novo CPC. Salvador: JusPodivm, 2015. v. 3. p. 575-576.
12 CÂMARA, Alexandre Freitas. O novo processo civil brasileiro. São Paulo: Atlas, 2015. p.
479; CUNHA, Leonardo Carneiro da; DIDIER JR., Fredie. Recursos contra decisão proferida
em incidente de resolução de demandas repetitivas que apenas fixa a tese jurídica. In:
DIDIER JR., Fredie (Coord.) et al. Coleção Grandes Temas no novo CPC. julgamento de
casos repetitivos. Salvador: JusPodivm, 2016. v. 10. p. 316-318; CABRAL, Antonio do
Passo. Comentários aos arts. 976 a 987. In: CABRAL, Antonio do Passo; CRAMER, Ronaldo
(Coord.). Comentários ao novo Código de Processo Civil. Rio de Janeiro: Forense: 2015. p.
1422.
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possível incompatibilidade decisória e a remessa
(obrigatória) aos tribunais superiores
17 Sobre o tema, v.: PEIXOTO, Ravi. Superação do precedente e segurança jurídica. 2. ed.
rev., ampl. e atual. Salvador: JusPodivm, 2016.
20 RE, Edward D. Stare decisis – Education and training series. Federal Judicial Center,
1975. p. 6.
21 Nota-se, com isso, uma diferença com relação ao instituto existente no ordenamento
norte-americano, no qual, caso as questões em comum sejam predominantemente de
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23 MEDINA, José Miguel Garcia; FREIRE, Alexandre; FREIRE, Alonso Reis. Para uma
compreensão adequada do sistema de precedentes no Projeto do novo Código de Processo
Civil brasileiro. In: FREIRE, Alexandre et al. (Org.). Novas tendências do processo civil:
estudos sobre o Projeto do novo Código de Processo Civil. Salvador: JusPodivm, 2013. p.
687.
24 RE, Edward D. Stare decisis – Education and training series. Federal Judicial Center,
1975. p. 2.
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30 NERY JUNIOR, Nelson; ABBOUD, Georges. Stare decisisvs direito jurisprudencial. In:
FREIRE, Alexandre et al. (Org.). Novas tendências do processo civil: estudos sobre o
Projeto do novo Código de Processo Civil. Salvador: JusPodivm, 2013. p. 498. Em crítico
posicionamento com relação ao sistema de precedentes introduzido pelo CPC/15,
acrescentam os autores: “[...] não se pode justificar a instituição desmedida da
jurisprudência com efeito vinculante, sob o argumento de que estaria sendo introduzido
em nosso ordenamento o sistema do stare decisis. Em consonância com o que afirmamos,
não se deve nunca perder de vista que ostare decisis é mais do que a aplicação da regra
de solução análoga para casos iguais, pois essa seria uma visão muito mais simplificada de
um procedimento altamente complexo que, por séculos, estruturou-se naquelas
comunidades. A doutrina do stare decisis, em sua acepção técnica, surgiu apenas mais
tarde, mediante uma sistematização das decisões, que distinguia a elaboração/construção
(holding) do caso que consistiria no precedente e seria vinculante para casos futuros, e
o dictum, que consistia na argumentação utilizada pela Corte, dispensável à decisão e,
desse modo, não vinculante. Essa argumentação demonstra o quão diferente é a mecânica
dos sistemas de precedente em relação a nossa técnica de utilização da solução paradigma
para processos repetitivos. A utilização do precedente para solucionar o caso concreto
exige intensa interpretação e realização de contraditório entre as partes. Já o uso dos arts.
543-B e 543-C do CPC dispensaria nova argumentação das partes – até mesmo porque o
processo em que elas atuam estaria sobrestado – para que o juiz decidisse imediatamente
a lide a partir do que ficou estabelecido na decisão paradigma (piloto) proferida pelo STF ou
STJ” (p. 499-505).
31 COSTA NETO, José Wellington Bezerra da. Precedentes no Código de Processo Civil de
2015: somos ainda civil law? Revista de Processo, São Paulo, v. 258, p. 387-418, ago.
2016. Também sobre o tema: NERY JR, Nelson; ABBOUD, Georges. Stare decisisvs. direito
jurisprudencial. In: FREIRE, Alexandre et al. (Org.). Novas tendências do processo civil:
estudos sobre o Projeto do novo Código de Processo Civil. Salvador: JusPodivm, 2013. p.
491.
32 FINE, Tomi M.O uso do precedente e o papel do princípio do stare decisis no sistema
legal norte-americano. Revista dos Tribunais, São Paulo, v. 782, p. 90-96, dez. 2000.
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A competência dos tribunais para julgamento de IRDRs:
possível incompatibilidade decisória e a remessa
(obrigatória) aos tribunais superiores
35 MARINONI, Luiz Guilherme. Precedentes obrigatórios. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Ed.
RT, 2011. p. 126. Acrescenta ainda o autor que “Pouco adiantaria ter legislação estável e,
ao mesmo tempo, frenética alternância das decisões judiciais. Para dizer o mínimo, as
decisões judiciais devem ter estabilidade porque constituem atos de poder. Ora, os atos de
poder geram responsabilidade àquele que os instituiu. Assim, as decisões não podem ser
livremente desconsideradas pelo próprio Poder Judiciário” (p. 130).
37 CÂMARA, Alexandre Freitas. O novo processo civil brasileiro. São Paulo: Atlas, 2015. p.
427-432.
39 ZANETI JR., Hermes. Comentários ao art. 926. In: CABRAL, Antonio do Passo; CRAMER,
Ronaldo (Coord.). Comentários ao novo Código de Processo Civil. 2. ed. rev., atual. e ampl.
Rio de Janeiro: Forense, 2016. p. 1311.
40 ZANETI JR., Hermes. Comentários ao art. 926. In: CABRAL, Antonio do Passo; CRAMER,
Ronaldo (Coord.). Comentários ao novo Código de Processo Civil. 2. ed. rev., atual. e ampl.
Rio de Janeiro: Forense, 2016. p. 1318-1319.
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A competência dos tribunais para julgamento de IRDRs:
possível incompatibilidade decisória e a remessa
(obrigatória) aos tribunais superiores
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A competência dos tribunais para julgamento de IRDRs:
possível incompatibilidade decisória e a remessa
(obrigatória) aos tribunais superiores
rel. Des. Manuel Maia (convocado), j. 10.10.2016; TRF-4ª Reg., Ap e Remessa Necessária
5026291-43.2014.4.04.7200, 4ª T., rel. Des. Salise Monteiro Sanchotene, j. 04.08.2015.
49 Como bem elucida Toni M. Fine: “Um sistema legal baseado no precedente judicial
tende a influenciar profundamente os cidadãos por meio de um senso de estabilidade e
confiança no regime legal. Se as regras de direito são constantemente reformuladas e
aplicadas de maneira inconsistente, o sistema como um todo dá a impressão de
instabilidade. A aplicação de princípios bem fundamentados inspira confiança nas regras de
direito e nas instituições que as promovem” (FINE, Toni M. O uso do precedente e o papel
do princípio do stare decisis no sistema legal norte-americano. Revista dos Tribunais, São
Paulo, v. 782, p. 90-96, dez. 2000).
50 CÂMARA, Alexandre Freitas. O novo processo civil brasileiro. São Paulo: Atlas, 2015. p.
47.
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possível incompatibilidade decisória e a remessa
(obrigatória) aos tribunais superiores
em: 24.03.2017).
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