Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Osvaldo Homero Garcia CORDERO
RESUMO
Este estudo tem por finalidade descrever aspectos relevantes, de caráter histórico e
cronológico, que permearam a Literatura Brasileira e Hispano-Americana, durante o
período compreendido entre o processo da colonização até o modernismo de ambas
as literaturas, apresentando semelhanças e diferenças entre os gêneros, estilos e os
representantes que se destacaram no processo de formação da identidade cultural
em América Latina. A Literatura comparada permite conhecer e comparar como as
literaturas surgem de uma vertente comum. Neste contexto, expõem-se os princípios
que norteiam os primórdios do surgimento da literatura comparada e seus princípios
epistemológicos que tornaram este componente curricular parte integrante do
currículo das universidades de Europa no século XIX. A fundamentação científica
que sustenta a literatura comparada e o aporte significativo da sistematização deste
componente feita por Van Tieghem permite realizar um breve paralelo através das
diversas escolas literárias surgidas no continente, tomando como referencia as
características da colonização espanhola e portuguesa até o processo integrador e
emancipador das diversas correntes sociais advindas desde Europa e que se
personificaram em latino América no Modernismo. Antecedentes históricos, poetas
destacados e similitude das obras produzidas nesses períodos, tentarão aproximar
as literaturas com o firme propósito de encontrar pontos em comum dentro da
história do continente sul americano.
1
Professor de Educação Física, formado pela Pontifícia Universidade Católica do Chile. Especialista
em Metodologia do Ensino Superior, docente do curso de Letras Português / Espanhol das
Faculdades Integradas de Ariquemes – FIAR.
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
COMPARATIVE STUDY OF LITERATURE OF BRAZIL AND HISPANO AMERICA
ABSTRACT
This study aims to describe the relevant aspects of a historical and chronological,
which permeated the Brazilian Literature and Hispano-American, during the period of
colonization to the process of both modernism literature, showing similarities and
differences between genders, styles and representatives who have excelled in the
training process of cultural identity in Latin America. The comparative literature to
know and compare the literatures emerges as a common strand. In this context,
presents the principles guiding the beginnings of the emergence of comparative
literature and its epistemological principles that made this discipline integral part of
the curriculum of the universities of Europe in the nineteenth century. The scientific
foundation that supports comparative literature and the significant contribution of the
systematization of this discipline made by Van Tieghem were enables a brief parallel
through the various literary schools emerged on the continent, taking as reference
the characteristics of the Spanish and Portuguese colonization until the integration
process and the emancipatory various social streams stemming from Europe and is
personified in Latin America in Modernism. Historical, poets and prominent similarity
between the works produced during these periods, try to approximate the literatures
with the firm intention of finding common ground in the history of the South American
continent.
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
Osvaldo Homero Garcia CORDERO 111
INTRODUÇÃO
1 A LITERATURA COMPARADA
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
Osvaldo Homero Garcia CORDERO 112
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
Osvaldo Homero Garcia CORDERO 114
Nas esferas ética e cultural está ainda por fazer-se o inventário da herança
colonial barroca em toda América latina. Entre os caracteres mais ostensivos
lembra-se o meufanismo verbal, com toda a seqüela de discursos familiares e
acadêmicos que acaba convivendo muito bem com o mais cego despotismo; a
religiosidade nos dias de festa;a displicência em matéria de moral;o vicio do
genealógico e do heráldico nos conservadores; culto à aparência e do
medalhão; o vezo dos títulos; a educação bacharelesca das elites; os surtos de
antiquarismo a que não escapam nem mesmo alguns espíritos superiores
( BOSI 2008, p.52).
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
Osvaldo Homero Garcia CORDERO 116
tema ideal desta literatura que vai gerar a valorização da natureza americana com
exaltação da vida rural e a presença do bucolismo”.
No Brasil surge o grupo mineiro em defesa da função social da literatura com
o novo paradigma do bem e o mal decretando o fim do pensamento barroco dando
uma aparência moderna e objetiva aos problemas históricos e sociais da época,
sendo considerado o primeiro estilo literário tipicamente brasileiro. Não se pode
comentar o neoclassicismo em hispano-américa sem estar associado à figura de
Andrés Bello, considerado o pai intelectual das republicas americanas, onde sua
função educadora se estende pelo novo continente, sua influência ajuda a formar a
consciência cultural de América, fundamentada na amplitude da autonomia
intelectual. Sua imagem é associada aos generais que comandaram a
independência da maioria das nações sob o domínio espanhol. Aqui também surge
a gramática castelhana em 1947 a incursão da poesia gauchesca exaltando
atitudes políticas de liberdade e o culto às armas, entre outras.
No século XIX explodem as independências das colônias na América
espanhola. Neste período observar-se a inter-relação existente entre a literatura e a
história através do retrospecto histórico da pós-independência do Novo Mundo,
cujas nações recém-libertas buscavam-se estabilizar como países autônomos.
Sendo assim, surge um novo movimento literário, que a partir da década de 1830
começa a tomar força em América hispana, o Romantismo, imitação da corrente
europeia, que procurava à independência hispano-americana da Espanha, a
autonomia e a instauração de uma identidade cultural.
Com a situação histórica existente, acelera-se a criação de uma literatura
autóctone, que perseguia inspiração no próprio tema e no sentimento da natureza,
decerto, o artista proclama a liberdade de expressão. O Romantismo coincidiu com a
afirmação do Brasil como nação e identificou-se com a forma de ser do povo
brasileiro, empapado por um acentuado sentimentalismo nacional. Para Jozef
(1982, p.66) “O Brasil há a valorização do passado nacional através do indianismo e
florescimento da corrente individualista, dos estados mórbidos de melancolia e a
reivindicação da linguagem brasileira”.
É neste período que se considera o verdadeiro nascimento da literatura
brasileira porque o forte desejo da construção de uma pátria inspira a abandonar a
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
Osvaldo Homero Garcia CORDERO 117
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
Osvaldo Homero Garcia CORDERO 118
Toda agitação espiritual que marcou Europa nos começas do século, vai
repercutir no Brasil com características próprias [...] Prenuncia-se a ruptura
cultural. E quem assume a iniciativa dos novos rumos é um grupo de
intelectuais e artistas conscientes da situação e conhecedores do que se
passava em terras europeias.
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
Osvaldo Homero Garcia CORDERO 120
Rio de Janeiro. O jovem poeta Oswald de Andrade que apresenta a língua sem
arcadismos, sem erudição e natural, exalta o progresso e o presente.
Outros poetas como Manuel Bandeira e Mario de Andrade fazem parte deste
período literário. Na segunda fase do Modernismo, em 1930 a literatura brasileira
começa a caminhar para seu amadurecimento, com poetas que fixam seu olhar para
os temas concernentes à vida social do nordestino e a temática social urbana. Assim
alguns os escritores como: Graciliano Ramos, Érico Veríssimo, Carlos Drumonnd de
Andrade, Cecília Meireles entre outros, formam parte deste período.
Enquanto se vivia o Modernismo no Brasil, em Hispano-América vivia-se a
Vanguarda, que teve inicio em 1920 e que se inicia o processo de diluição, com
crítica de toda experiência poética anterior e do próprio poema. A modernidade
institui uma nova escritura e nova visão do mundo. Amplia-se o repertório global do
homem. Na obra moderna. A pluralidade de significados é maior, e o autor, altera as
estruturas dos gêneros e das linguagens, para alcançar seus propósitos.
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
Osvaldo Homero Garcia CORDERO 121
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)
Osvaldo Homero Garcia CORDERO 122
Revista Fiar: Revista do Núcleo de Pesquisa e Extensão Ariquemes, v.2 n. 1, p. 111-122, 2013
ISSN 2317-1359 (on-line)