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Nosso estudo iniciará com uma análise a respeito dos sentimentos que envolve as decisões mais
importante na vida de um ser humano: a escolha da pessoa com quem ele dividirá sua vida, suas
alegrias, tristezas, conquistas e fracassos.
Hoje, mais do que em qualquer outro período da história, aquele que aconselha deve estar
preparado para dar uma assistência franca, bíblica e racional aos nubentes. Numa era onde a
sociedade alterou o cerne do casamento de uma aliança para um contrato, é necessário que a
Igreja se posicione como defensora da instituição matrimonial para que o plano de Deus se
cumpra primeiramente em nossas casas, para então partirmos para a conquista de cidades e
países. Lembre-se: ministérios fortes começam com casamentos fortes!
2. O QUE É O AMOR?
O princípio fundamental ao longo de todo o nosso estudo será o de chamar a sua atenção para
um perigo muito grande para a Igreja do Senhor Jesus na terra: a sorrateira infiltração dos
conceitos mundanos na maneira de pensar dos cristãos. Como conselheiro cristão, você deve
nortear seus conceitos e conselhos SEMPRE na palavra de Deus.
um sentimento que não tem muita lógica nem segurança, pode ir embora da maneira como
chegou, explicando assim, a facilidade como os casamentos são desfeitos em nossos dias. Mas e
a Bíblia, o que diz sobre o amor?
Caro aluno olhe por um instante na figura do casal na página anterior... Caso você seja
casado, este era o seu sonho para o casamento? Vivemos desta forma em TODOS os
momentos? Para você que ainda não se casou, o que você espera do casamento? Estas
questões vão ajudar a entender o que o professor irá falar em seguida. Pode continuar
agora...
Podemos definir o amor bíblico de maneira muito simples, como sendo não apenas um
sentimento, porém uma conduta demonstrada de modo apropriado. É aquela atitude de edificar
o outro, de colocar seu interesse acima do nosso. O amor é uma atitude a qual decidimos
praticar. Isso não quer dizer que o sentimento não exista, pois a Bíblia fala do amor romântico,
basta lermos o livro de Cantares. O sentimento deve ser cultivado através de ações diárias onde
decidimos amar sem esperar nada em troca. A maior prova de amor dada à humanidade foi
aquela narrada em Jo. 3:16:
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." Leia também o capítulo 13 de 1 Coríntios
para uma definição bíblica de amor. O grande perigo ao vivermos nossos relacionamentos
pautados APENAS em sentimentos é colocar todas as expectativas de felicidades em outra
pessoa com defeitos, estando tal pessoa fadada à decepção. Paulo neste capítulo descreve o
amor prático, traduzido através de ATITUDES e não de sentimentos.
3. O QUE E É A PAIXÃO: Ao contrário do amor que, como vimos acima, é uma ação, uma
atitude daquele que se propõe a amar outra pessoa, a paixão é um sentimento avassalador com
características próprias e bastante distintas do amor bíblico.
Na verdade, a paixão se aproxima bastante do conceito secular para o amor. Lembre-se que o
papel de Satanás é deturpar tudo aquilo que o Senhor criou como uma cópia mal feita, com o
objetivo final de destruir a Criação. Vejamos alguns pontos sobre a paixão:
• Para que continue acesa, a chama da paixão necessita de uma contrapartida: enquanto o outro
me amar, enquanto a situação financeira permitir, enquanto o desejo sexual se mantiver... Na
paixão existem cláusulas a serem respeitadas para que o sentimento perdure;
• a paixão é uma palavra muito pouco utilizada na Bíblia e, em todas as vezes que ela aparece,
tem uma conotação de pecado e de carnalidade. A palavra paixão na Bíblia tem duas traduções:
Epithumio, que significa concupiscência e Pathos, que quer dizer sofrimento, paixão.
PAIXÃO
A paixão romântica é "autocentralizada" e olha para o outro como um meio de conseguir algo.
Uma pessoa apaixonada pode apaixonar- se por duas ou mais pessoas simultaneamente.
Uma pessoa apaixonada tem a tendência de possuir um sentido falso de segurança sobre o seu
relacionamento, baseado em coisas que ela gostaria que acontecessem e, às vezes, numa forte
necessidade de reafirmação.
AMOR
O amor genuíno centraliza somente em uma pessoa. O amor tem uma segurança firme porque
está baseado no relacionamento crescente de confiança, fidelidade e consideração mútua.
O amor também sonha, mas não exageradamente. Sonhos e realidade são mantidos em
equilíbrio.
Para uma pessoa que ama, a atração física não é tão importante no relacionamento total.
Depois de entender os dois conceitos e perceber que ambos são muito diferentes, você pode
achar que Deus criou o ser humano com um defeito de fabricação. Por que sentimos algo que,
aparentemente não apresenta nada de bom, como o sentimento da paixão?
A paixão faz parte da existência humana e moveu todas as civilizações em todas as épocas para
resplandecerem e conquistarem seus adversários. Uma rápida pesquisa na internet sobre o
tópico "movido pela paixão", vai mostrar muitos homens que foram considerados como
movidos pela paixão, no sentido de levarem o objeto de sua paixão às últimas consequências,
seja ela o futebol, seu trabalho, seu desejo pelo poder, dinheiro, ou mesmo por homens ou
mulheres. Podemos dizer então, que a paixão é um dos motores da humanidade, mas ela está
nos levando a um lugar melhor? Será que Deus tem um padrão mais elevado para que possamos
seguir?
O amor perdoa, se doa, não busca seu prazer ou interesse. Sempre dizemos nos cursos para
noivos, nos quais ministramos, a seguinte frase: "Você quer ser feliz no casamento?" Ao qual
vemos rostos sorrindo que nos respondem mais que depressa: "Claro que quero!" Ao ouvirmos
tal resposta, retrucamos: "Então não se casenSempre aguardamos alguns momentos para ver os
rostos perplexos de nossos noivos para então explicar tamanho contrassenso.
Não podemos pautar o relacionamento pela faísca, pois ela facilmente se apaga. Confiar na
chama é mais racional e prudente, mas ela também pode vir a se apagar. Para a chama continue
acesa sem parar, são necessários mais dois ingredientes: o combustível e o oxigênio. Nesta
nossa analogia, o combustível é o esforço contínuo do casal em manter a prioridade do
relacionamento acima das demais prioridades humanas, e o oxigênio é o papel de Deus que
forma o cordão de três dobras de Eclesiastes 4:12 no relacionamento amoroso cristão.
Nos últimos anos, muitos livros têm sido escritos sobre relacionamentos cristãos e sobre
casamento, suprindo uma lacuna dentro do conhecimento Teológico sobre o tema. Um dos mais
respeitados neste campo é o pastor Gary Chapman, que ficou mundialmente conhecido por seu
"best seller" intitulado as Cinco Linguagens do Amor.
Este livro trata em detalhes uma questão que deixa muitos casais perplexos: por que meu esposo
(a) ou noivo (a) não entende quando faço algo para agradá-lo (a)? A resposta do autor, que o
levou a ser reconhecido inclusive no meio secular, foi que cada pessoa possui uma linguagem
diversificada no tocante ao amor.
Para que você não fique curioso, as cinco linguagens do amor são as seguintes:
• Palavras de Afirmação: elogiar a pessoa amada é uma poderosa maneira de transmitir amor
através das palavras. Cuidado com a bajulação, que é totalmente distinta do elogio sincero. O
objetivo do elogio é fazer com que o outro saiba que é importante para você e que é notado por
você, enquanto o objetivo da bajulação é obter benefícios com os elogios.
• Qualidade de Tempo: esta linguagem de amor fala sobre passar tempo de qualidade juntos.
Observe que juntos, neste caso não quer dizer próximos. É possível que um casal esteja sentado
em um sofá na sala assistindo televisão sem conversarem. Eles estão próximos, porém não estão
juntos. "Estar juntos" significa não dividir a atenção do cônjuge com mais nada ou ninguém.
Isso pode ser bastante dificil ou desafiador para muitos em tempo de Internet, TV a cabo e
tantas outras facilidades de entretenimento que existem em nosso tempo, porém que tiram o
tempo de qualidade dos casais. Um rápido teste sobre como está o seu tempo de qualidade com
seu esposo (a), no caso de você ter se casado, é pensar nas últimas 3 vezes em que estiveram
juntos, e lembrar do que fizeram juntos. Você consegue? Em caso negativo, você precisa gastar
mais tempo com seu cônjuge.
• Toque Físico: na última das cinco linguagens, o importante é que a pessoa aprenda quais os
tipos de toque mais agradam seu cônjuge. Muito importante que o foco esteja no outro e não em
si mesmo, na medida em que nem sempre um toque agradável para um seja da mesma forma
receptivo pelo outro. Andar de mãos dadas, um afago nos cabelos ao deitar, um abraço forte ou
não, um beijo e relações sexuais, são exemplos de toques físicos. É importante que cada casal
descubra quais são as linguagens de amor de cada um para que possam investir seu tempo e
recursos "no alvo", pois desta forma estarão sempre agradando e valorizando um ao outro de
maneira a manter sua escalada de felicidade.
Nos próximos tópicos, falaremos de maneira mais detalhada sobre as fases do relacionamento
rumo ao altar. Não perca!
Neste tópico, veremos o que a Bíblia nos diz a respeito do namoro cristão. O primeiro e mais
importante ponto a este respeito é que não encontraremos versículos que nos falem ou nos deem
algum respaldo para o namoro. Por que isto acontece? Por duas razões bastante simples: a
cultura oriental, palco tanto para o Antigo quanto para o Novo Testamento, nunca contemplou a
possibilidade de relacionamentos onde a intenção de casamento não fosse o foco. A segunda
razão é que a expressão "namoro" é, de certa forma, um conceito bastante recente.
Vamos iniciar nossa discussão com um breve histórico do conceito de namoro e de que maneira
os conselheiros e pastores cristãos podem ajudar seus jovens de maneira clara, franca e bíblica.
Para que você possa perceber como seus colegas entendem esta polêmica questão, o professor
pode realizar um breve debate a respeito das vantagens e desvantagens do namoro ao modelo
secular, para o povo de Deus.
Se você conversar com pessoas de idade, perceberá que os relacionamentos amorosos eram
bastante diferentes deste modelo implantado nos dias de hoje em nossa sociedade. O namoro
tinha uma clara intenção pré-nupcial, do qual toda a família tinha uma participação efetiva na
formação do casal e na futura família que sairia do relacionamento. Estamos falando dos anos
60 do século passado, ou seja, em 50 anos o modelo de relacionamento tem sofrido mutações
que têm causado impactos profundos no núcleo da sociedade, ou seja, na família brasileira. A
década de 70 trouxe a revolução sexual americana para nosso país, onde o comportamento
contrário ao tradicional representava uma rebeldia ao sistema vigente, ou seja, a repressão da
Ditadura Militar no país. A chegada da pílula anticoncepcional e do preservativo pôs fim ao
maior medo dos que praticavam o sexo antes do casamento que era o de gerar filhos bastardos,
abrindo assim o caminho para a mudança de postura nos jovens de maneira geral.
A próxima geração, a chamada geração Y, tem dado mostras do que é capaz de fazer através de
modismos que nem sequer podiam passar pela cabeça de quem tem mais de 25 anos, como as
famigeradas "pulseiras do sexo" que estiveram em 2010 nos braços de crianças e adolescentes
no Brasil.'
Após esta rápida exposição do assunto, espero que você possa ter entendido que o que temos
visto em nossas Igrejas com jovens e adolescentes cada vez mais novos namorando não é algo
tão inocente e sem consequências como podemos imaginar num primeiro momento.
Vamos falar a respeito disto, mas mediante o que tratamos até o momento, você acha que os
conselheiros e pastores devem proibir seus jovens e adolescentes de namorarem? Pense nisto e
vamos em frente!
"sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fintes
da vida".
Falamos até agora dos aspectos negativos do namoro, segundo uma perspectiva secular, e a
pergunta que você pode se fazer neste momento é: "Devo proibir os jovens de minha Igreja de
namorarem?" Eu posso afirmar a você, através das experiências que já tivemos no
aconselhamento de casais de namorados, que você pode tentar, mas o máximo que você
conseguirá é fazer com as coisas saiam do plano visível para que seja feito às escondidas. Existe
alguma alternativa digna do cristianismo?
A boa notícia é que existe. Ela se chama corte ou namoro assistido e está ganhando força no
Brasil nos últimos anos. É importante ressaltar que esta não é a visão oficial da Igreja
Quadrangular, mas é uma alternativa bíblica e viável. Mas em que a corte difere do namoro
convencional? Vamos conhecer alguns pontos importantes sobre isto:
• na corte o relacionamento do jovem casal tem um objetivo específico e muito claro para
todos os envolvidos: o conhecimento da personalidade da pessoa, os gostos, os sonhos, os
objetivos de vida, seu relacionamento com Deus, enfim, o desenvolvimento de uma amizade
sadia, onde o casal tem em mente o noivado e o casamento.
A cultura do namoro assistido é necessária, mas implica em estruturar os envolvidos para esta
prática. Este desafio é grande quando se depara com famílias desestruturadas, disfuncionais, de
membros distanciados e feridos. Contudo, o fruto de um trabalho bem feito, de cura da família
através do namoro assistido, resultará em bênção para eles e para a igreja.
É importante que os pais de nossos adolescentes recebam instrução sobre o namoro e que a
Igreja local tome um posicionamento a este respeito, para que fique clara qual é sua visão.
Vivemos em uma era onde a informação é vasta e abundante, porém nem sempre temos acesso a
boas informações. Os pais são responsáveis pela maneira como os filhos verão o casamento.,
5. UMA PALAVRA AOS CONSELHEIROS: Todas estas informações podem nos mostrar
uma realidade bastante diferente da qual estamos lidando em nossas igrejas e até mesmo em
nossas casas, caso você tenha filhos adolescentes.
Nossa primeira reação pode ser a de querer mudar todas as coisas e consertar o que está errado.
Isso é um bom desejo e todos nós fomos separados por Deus para sermos a solução no problema
de alguém. Porém não podemos desejar consertar princípios, através da quebra de outros. A
autoridade pastoral e a liderança acima de você devem ser comunicadas a respeito do seu desejo
em ajudar os jovens de sua igreja, e todas as pessoas envolvidas com este ministério devem
estar alinhadas com os princípios e com as necessidades emocionais e espirituais dos jovens.
Mudança no pensamento é uma mudança cultural no seio de uma geração toda, portanto esta
nova mentalidade leva tempo para ser estabelecida, entretanto não desanime, persevere e confie
no Senhor, pois: "Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus
Cristo."
1. INTRODUCAO: Vamos iniciar este tópico com uma analogia bastante pertinente para o
Brasil, pois os brasileiros gostam muito de carros. Imaginemos por um momento que todos os
carros da Ford ou da Fiat que saíssem da concessionária parassem de funcionar em seguida. O
que aconteceria? Imagino que todos os proprietários correriam para as concessionárias para
consertarem seus carros, o que você acha? Então por que os casais não fazem o mesmo com
seus casamentos, quando estão com problemas? Qual é a razão de tantos divórcios e separações
mesmo dentro da Igreja? A resposta está na falta de preparo pré-nupcial de muitos jovens que
não têm um aconselhamento realista e franco com conselheiros. Esperamos que você, caro
aluno, seja uma resposta para estes casais!
Não podemos desprezar as fases de transição na vida e as cerimónias que as marcam. O noivado
é uma delas. Iniciamos mais um tópico de estudo e como meu amigo Theo acabou de dizer, os
noivos de nossos dias precisam de ajuda, pois ficam entre um mundo de fantasias e sonhos
muitas vezes pouco realistas e na facilidade que existe hoje na sociedade em terminar um
relaciona-mento e começar outro. Nosso objetivo neste tópico é ajudá-lo a auxiliar os noivos
nesta caminhado rumo ao altar.
- Vic, você sabe que também te amo muito! Qual é seu maior sonho depois de casar comigo?
- Estou me preparando para o vestibular para cursar Direito e poder trabalharem um grande
escritório internacional, ter uma vida estável e ver nossos filhos crescendo e envelhecermos
como uma família unida e feliz, sem maiores surpresas... Mas e você meu amor, qual é o seu
sonho?
-Sempre sonhei em fazer alguma coisa pelas crianças famintas na África, pensei em nos
casarmos e vivermos pela fé como missionários por onde o Senhor nos levar! Existe aventura
maior que esta?
Este é um discurso fictício, mas bem que poderia ser real. Guardadas as devidas proporções,
isso acontece muito nos relacionamentos. A paixão e os preparativos para o grande dia podem
impedir os noivos de conversarem a respeito dos sonhos e como ambos enxergam o futuro. O
conselheiro é muito importante neste ponto, para fazer com que analisem se o que ambos
esperam, vai de encontro com os anseios do outro. Se os sonhos forem muito diferentes, diga
que um sinal amarelo se acendeu e ambos devem orar para que o Senhor os mostre como podem
unificar os propósitos de cada um e transformá-lo em um novo propósito.
Você pode achar que os homens não se interessam por estes detalhes, mas o professor mostrará
porque é importante este envolvimento!
Como é possível perceber, existem muitos pontos a serem analisados e passados aos nubentes,
que excedem nosso espaço para discutir todos. Por esta razão, deixaremos uma bibliografia com
vários livros para aprofundar seus conhecimentos neste assunto. Um ponto que deve ficar muito
claro ao conselheiro, é que em uma reunião é impossível passar todos os pontos com os quais
trabalhamos aqui. Existem ministérios Inter denominacionais que oferecem cursos e
treinamento para Cursos de Noivos, com materiais muito bem estruturados que podem ajudar ao
conselheiro nesta missão de aconselhar noivos.'
Caso a liderança da igreja local não aceite a entrada destes cursos, o conselheiro pode, através
do que tratamos neste capítulo e dos livros constantes na bibliografia adicional, preparar seu
curso para os noivos de sua igreja local. Para tanto, suas conversas devem conter no mínimo os
seguintes tópicos: abordar a vida individual do casal em primeiro lugar para então passar aos
tópicos comuns aos dois; o papel da família no casamento e no noivado, as heranças familiares,
perdoando o passado, o conceito de aliança, como unir os propósitos de cada um, a intimidade
bíblica, os papéis dentro do casamento e uma abordagem breve sobre finanças.
Esperamos que você tenha se interessado pelo tema e que possa estudar mais e se aprofundar
mais sobre o aconselhamento de noivos e deseje em seu coração fazer parte desta batalha pelas
famílias de nosso país!
A rotina diária, uma agenda cheia de compromissos e horários desencontrados, muitas vezes
afastam o casal dos tempos de namoro para algo diferente que não estava nos planos de nenhum
dos dois. Certa monotonia e um progressivo afastamento, somado às constantes discussões por
motivos torpes, transformam qualquer matrimônio em um verdadeiro desastre.
Você deve saber com certeza, mas não é sua obrigação, o professor não explicou que torpe é um
motivo fútil, bobo, sem muita relevância.
Como aconselhar novos casais com problemas? O primeiro ponto importante é perguntar ao
casal com o que eles têm gastado o tempo livre. Se atividades que envolvam o casamento não
estiverem na lista, mostre que só gastamos tempo com o que é realmente importante para nós.
Podemos falar que o casamento é importante, porém se não provarmos isto através de atitudes
reais, nossas palavras serão vãs atraindo maldição para nossas vidas.f(Mt. 5:37). Para que a
chama do amor permaneça acesa, é necessário utilizarmos estratégias que afastem uma rotina e
nos forcem a gastarmos tempo de qualidade no casamento. Gosto muito da definição de "Fundo
Monetário da Paixão Eterna" ou FMPE. Estes "fundos" consistem em uma reserva financeira
para atividades que envolvam o casal e que podem ser realizadas mensalmente pelo menos.
E quando o FMPE está baixo por alguma adversidade financeira, o que podemos fazer?
Pequenas surpresas diárias que mostrem ao seu cônjuge o quanto ele é importante a você e o
quanto você o ama. Espalhar bilhetes pela casa, um telefonema apaixonado durante o dia, uma
noite conversando sobre amenidades, rir muito a dois, tudo isso aumenta a intimidade
emocional do casal e abre o caminho para uma a intimidade física do casal, a qual trataremos
em um capítulo em especial ao longo de nosso estudo.
Uma pesquisa recente com cerca de trezentos casais que se consideram muito satisfeitos com
seus relacionamentos conjugais e que estão casados a pelo menos 15 anos. O resultado desta
pesquisa mostrou que as respostas foram muito semelhantes. De maneira geral as respostas
foram as seguintes:
Apesar de casamentos felizes existirem, a realidade é que muitos têm buscado a solução de seus
problemas no divórcio ou na aceitação em viver um casamento de aparências e sem perspectivas
reais de felicidade. Como é possível ajudar estes casais através do aconselhamento matrimonial?
Em primeiro lugar, os conselheiros devem sempre lutar por seu próprio casamento, para que
seja um espelho para os demais. A autoridade a respeito de algum assunto sempre é mais bem
aceita quando aqueles que possuem problemas no casamento podem ver que o casal de
conselheiros já superou os problemas aos quais estão aconselhando. A estratégia do "faça o que
eu digo, mas não faça o que eu faço" é nitidamente contrária à Palavra de Deus. (ver Tiago
5:12). É preciso entender que a maioria dos problemas conjugais tem três causas principais das
quais todos os demais derivam: a tríade comunicação, sexo e dinheiro.
VERÃO
OUTONO
INVERNO
Clima do Relacionamento: Distante, frio, áspero, amargo. Nesta estação os casais não se
dispõem a discutir diferenças. As conversas transformam-se em discussões e os cônjuges se
afastam em silêncio. Não há o sentimento de cumplicidade. O casamento é como duas pessoas
vivendo em ambientes separados.
PRIMAVERA
A teoria de Chapman aponta para a dinâmica do casamento. Mudamos todo o tempo. Podemos
passar rapidamente de uma estação para outra, mas podemos passar muito tempo em
determinada estação e isso anular o desejo de continuar crescendo no relacionamento. Nós
escolhemos também o tempo que vamos passar no inverno ou no outono.
É fundamental, ao casal de conselheiros familiares, ouvir com atenção os relatos dos cônjuges
com dificuldade, para identificar a estação correspondente e poder ajudar através de uma
conversa franca e honesta com o casal, com o objetivo de identificar os problemas e superar as
dificuldades.
INTRODUÇÃO: Quando começo a falar com você sobre estrutura, quero dizer que toda
família, consciente ou inconscientemente, adota um estilo de vida e se organiza estruturalmente
de maneira que ela seja funcional ou disfuncional. A Bíblia nos apresenta orientações para que
tenhamos uma família cristã funcional.
Para que uma família funcione necessário que haja hierarquia, e Deus assim organizou a família,
hierarquicamente. Na hierarquia familiar cristã funcional, cada membro tem uma função e
responde por ela diante de Deus e diante de membro.
Note, quando o Senhor diz na sua palavra que o homem é o "cabeça" não está se referindo
exclusivamente a uma posição, pois o termo no grego si4pifica origem, ou seja, desde o Éden, a
mulher, e depois os filhos têm sua origem no homem, por isto a sua posição honrosa. Quando
Paulo aborda o tema: a estrutura da família em Efésios 5, e coloca o homem na posição de
cabeça, a em se deve submissão, está faiando da necessidade de comando da equipe amada
família, da funcionalidade da mesma, da responsabilidade de liderança homem em relação ao
projeto divino chamado família. O homem, como cabeça da família, dará contas a Deus pelo seu
desempenho na condução e no impulso que dá à sua família.
Não há como uma família ser funcional sem estrutura, sem respeito, e com disputa na liderança.
Pensar em estrutura nos remete à ideia de construção e no contexto deste tópico se refere às
condições para que uma família cristã seja estruturada. Foi Deus quem desenhou a construção,
foi o arquiteto da família cristã funcional. Portanto, uma família começa a ser construída a partir
seu alicerce, das suas bases.
AS BASES DO CASAMENTO CRISTÃO (GN 2.24-25): As Bases do casamento cristão
estão descritas no texto da instituição em Gn 2.18-23. Neste texto vemos o Senhor declarando a
razão geradora da família, a solidão do homem e a necessidade de companheirismo.
Se Deus teve este objetivo em mente ao criar a família, nós também devemos perceber este
sentimento de solidão em nós, e a necessidade "legítima" de encontrarmos um(a)
companheiro(a) se desejamos nos casar. Pois, o companheirismo é o que prevalecerá acima de
todas as coisas no casamento. Ele deve ser a razão básica e forte para enfocarmos a decisão de
casarmos com quem pretendemos.
As quatro bases para o casamento cristão são as colunas sob as quais o lar cristão deve ser
edificado. A não observância do cumprimento destes princípios trará consequências com as
quais todo casal não deseja conviver. Vejamos quais são estas quatro bases e seu significado.
e) É um ato público - tudo o que acontece no mundo físico repercute no mundo espiritual. Case
na igreja recebendo a benção sobre a "aliança".
c) Não significa que o mais fraco seja dominado pelo mais forte;
d) cada um continua sendo o que é, e muito mais, por ser complementado pelo outro;
b) A intimidade intelectual - pode opinar, apresentar juizos, declarar sentimentos, sem receio.
d) A intimidade física - não têm vergonha d o sexo; desenvolvem comunicação e prazer sexual.
3.1 - A HIERARQUIA
DEUS
CRISTO
O MARIDO
Sensível às necessidades da família, envolvido e influente. Bom guia, Bom Marido, Bom Pai.
A MULHER
FILHOS
Obedientes a seus pais, sendo assim treinados e preparados para a vida, e para entrarem em uma
nova cadeia de autoridade (hierarquia familiar).
Os pais devem saber que a disciplina de filho para filho é diferente, portanto é necessário que
sejam sensíveis às necessidades de seus filhos.
Os pais são a 1ª Autoridade na vida de seus filhos depois do Senhor, não devendo abusar do seu
poder. Ef. 6:4; CI.3:21; Hb.12:11; Pv.22:6
Para os filhos: a obediência gerará a sua liberdade, através da confiança adquirida no coração de
seus pais.
1.O ESPOSO
O papel do esposo está intimamente ligado aos três ofícios de Cristo, ou seja, podemos dizer
que o homem tem três deveres:
1.2 LIDERANÇA: Vamos destacar o seu papel como líder. Neste aspecto podemos dizer que
os seus maiores desafios são:
Cristo não liderou através da imposição de si mesmo, mas liderou através do amor. Seu amor
sempre ia à frente da sua liderança. Assim deve ser a liderança do marido cristão.
A esposa e os filhos têm a necessidade de uma liderança espiritual, e com relação a isto, não nos
referimos apenas ao aspecto espiritual da vida do marido, mas sim, ao marido como um todo.
Um homem de Deus liderando toda a família, administrando e atendendo a todos e a todas as
questões do lar. (1 Co 11.3)
Há muitas maneiras de liderar. O marido deve liderar com objetividade, sabendo o que quer e
aonde quer chegar, motivando e levando toda a família consigo. Deve ser modelo para a sua
família, sendo que o que ele é, e como lidera, se revela no comportamento e nas atitudes dos
membros da sua família. É um homem presente e que está comprometido com as suas
prioridades; tem percepção das necessidades do lar.
• a espiritualidade (sacerdote);
1.3 O AMOR: A Bíblia ensina como o marido deve amar a sua esposa: "como Cristo amou a
Igreja e se entregou por ela..."(Ef.5:25), portanto é necessário que o marido conheça o amor de
Cristo, que experimente esse amor em sua vida, e assim poderá, através deste referencial, amar
sua esposa. As características do Amor Verdadeiro já foram destacadas anteriormente, consulte-
as novamente para entender como Cristo ama com amor "ágape" — I Co. 13:4-7.
2. A ESPOSA
2.1 A SUBMISSÃO: A Palavra de Deus traz vários textos que ajudam a entender um dos
deveres da esposa que é a "submissão". Este termo deve ser entendido corretamente. Não é
submeter-se de maneira a subjugar-se, mas sim, é render :ima obediência inteligente e humilde a
uma pessoa, na qual Deus tem investido poder e autoridade. Isto quer dizer que a opinião da
esposa tem valor e deve ser expressada, também quer dizer que ela não é empregada do seu
marido.
Às vezes, a mulher se rebela contra este princípio bíblico, que é dever dela, mas entenda, seu
marido não pediu autoridade e poder, Deus lhe deu. A submissão não é escolha da mulher, é
parte da sua natureza. Seus lhe deu.
Deus deu os deveres ao marido para que ele satisfizesse as necessidades de sua esposa, e vice-
versa. A mulher que respeita e obedece ao marido terá da parte dele o amor. O marido que ama
a sua esposa terá da °arte dela o respeito e a obediência. Por quê? Porque a primeira necessidade
do homem é ser respeitado e a primeira necessidade da mulher é ser amada.
A palavra submissão deve ser dividida ao meio para que seja entendida:
Os benefícios da submissão são: proteção; realização; segurança; harmonia no lar; exemplo aos
filhos; a não difamação da Palavra de Deus (Tt.2:5); e é o modo pelo qual Deus pode trabalhar
na vida do marido (Pv.21:1)
Este é o segundo dever que a Bíblia descreve para a esposa cristã. Além dos cuidados normais
relativos à sua beleza exterior; a sua principal preocupação deve estar no desenvolvimento da
sua beleza interior, que nunca envelhece (1 Pe 3.3-6).
Complementando este conceito, Provérbios ajuda a esposa cristã descrevendo seus deveres que
a fazem virtuosa. Leia Pv. 31:10-31.
• Aceitação Mútua e Incondicional: Não tente mudar seu cônjuge, aceite-o primeiramente
como ele é. Ame-o incondicionalmente, assim como você faz ou fará com seus filhos.
• Procure entender seu cônjuge: Conheça a herança familiar que ele(a) traz, pois é ela um dos
principais fatores que gera comportamentos, ações, reações, atitudes, discursos, princípios etc.
• Não critique ou acuse seu cônjuge: Comunique-se rápido, em amor, de forma adulta, sem
manipular, exagerar ou chantagear. Só expresse uma crítica ao que a pessoa fez ou faz, se você
tiver uma solução para apresentar.
• Não tente mudar seu cônjuge, conheça-o, respeite-o, não o aborreça: Ninguém muda
ninguém, bem como, ninguém é tão limitado que não possa aprender coisas novas. Não faça
coisas que você sabe que irritam ou desagradam a ele(a), mesmo que sejam "brincadeirinhas".
Procure saber qual é a maneira certa, ou melhor, para lidar com ele(a). Não force, adapte-se.
Você só deve insistir em mudar hábitos e comportamentos que estejam afetando o bem-estar
geral da família.
• Reconheça que todos têm limites e valores pessoais: Esses limites são verdadeiras cercas de
"arame farpado", com a placa "não ultrapasse, cão bravo". Evite se meter em encrencas
desnecessárias. Não force o limite. Nisto está um dos maiores desafios na convivência do casal,
e é tão bom quando o casal entende e pratica este "respeito mútuo".
• Separe aceitação de aprovação: Esses limites aos quais nos referimos acima, talvez, jamais
mudarão. Não sabemos se ele(a) vai abrir mão daquela forma de ser ou de pensar. Nesta hora é
que cabe a aceitação da pessoa. Não significa que haverá uma aprovação quanto ao que ela faz,
ou pensa, mas que ela é amada e aceita como é.
• Separe a emoção da razão ao se comunicar: Misturar a razão com a emoção nos leva à falta
de objetividade e às vezes até à irracionalidade. Cuidado! Se você não tem esse equilíbrio
emocional, faça o compromisso de falar sobre a situação ou assunto assim que você estiver em
condições.
• Lembre-se:
Há algumas situações que representam grande dificuldade para a família, como por exemplo:
• um filho rebelde;
• situações imprevisíveis;
Todas estas situações são desagradáveis e ninguém está imune a elas. Na verdade ninguém se
prepara para enfrentá-las, sempre esperamos o melhor da vida, de tudo e de todos. Refletir sobre
estas situações não é nada em relação a vivê-las. Viver tais situações tem uma intensidade
completamente diferente. Se não acontecer conosco, certamente alguém cruzará o nosso
caminho e precisará da nossa compreensão e ministração. E se acontecer, precisaremos muito
do Senhor e do corpo de Cristo para nos apoiar e abençoar.
Deus deve estar envolvido em todas estas situações, nós devemos colocá-lo nelas. Precisamos
entregar a ele a direção na hora em que nos sentimos confusos, desorientados e inseguros. A
Palavra de Deus oferece orientação para todas as coisas e o nosso Senhor conhece bem o
assunto da dor, da humilhação, do sofrimento, da morte, da traição etc. Ele enfrentou tudo isto,
passou por tudo isto, e VENCEU! Com ele poderemos vencer também, pois nos guiará "no
caminho das pedras", pelo qual já trilhou. Com o Senhor, a nossa perspectiva futura é sempre de
colher o melhor que suas mãos podem derramar. Toda a sua obra para conosco é e será fruto do
seu amor. Só ele pode processar qualquer dor, o inesperado e qualquer tragédia ou drama em
restauração completa. A verdade bíblica deve estar, neste caso, especialmente sobre cada
situação, e deve ter prioridade sobre todas as pessoas envolvidas, quer sejam os que sofrem ou
os que causam o sofrimento, voluntária ou involuntariamente. Todos nós reagimos ao choque do
imprevisível e inesperado. No primeiro momento sentimos a angústia, o peso da situação, sua
grandeza, a dor da ofensa, a indignação por ela, e geralmente rejeitamos tudo isto e "negamos"
(não é possível, não posso acreditar, não é verdade etc.). Em seguida travamos uma luta com
Deus, uma luta teológica, uma luta com o nosso conhecimento e entendimento bíblico,
questionamos, e alguns tentam fazer uma barganha com Deus (se o Senhor fizer isto, então eu
farei aquilo...) até que encaramos e aceitamos a realidade dos fatos. É a partir daí que Deus
começa o trabalho de restauração completa do nosso ser e de toda a situação e das demais
pessoas nela envolvidas.
1 Do mesmo modo, mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não
obedece à palavra, seja ganho sem palavras, pelo procedimento de sua mulher,
3 A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias
de ouro ou roupas finas.
4 Ao contrário, esteja no ser interior que não perece, beleza demonstrada num espírito
dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus.
5 Pois era assim que também costumavam adornar-se as santas mulheres do passado, que
colocavam sua esperança em Deus. Elas se sujeitavam cada uma a seu marido,
6 como Sara, que obedecia a Abraão e o chamava senhor. Dela vocês serão filhas, se
praticarem o bem e não derem lugar ao medo.
7 Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-
nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida, de forma
que não sejam interrompidas as suas orações.
(1 Pe 3.1-7 - NVI)
Marido e Mulher não poderão desfrutar de um bom relacionamento e nem caminharão para o
desenvolvimento maior de seu relacionamento sem a comunicação, ela é uma chave.
Sem dúvida, quando Deus criou e uniu o primeiro casal, os criou para serem companheiros. Na
mente e no coração de Deus estava o propósito de que tivessem uma comunicação crescente,
verdadeira e profunda. Não é diferente conosco hoje em dia.
"A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto" (Pv
18.21)
Então, vida e morte, felicidade ou infelicidade, todas essas coisas, dependem de sua disposição e
capacidade de comunicar-se.
São eles:
1. o conteúdo da mensagem.
NÍVEIS DE COMUNICAÇÃO
Nível 5 Conversa Superficial: Como vai você?; Bom Dia!; Que sol hein? Gostei de seu
vestido! Estão protegidos atrás de suas defesas.
Nível 4 Relatando fatos sobre os outros: Narrativas e mexericos compartilhados, mas não nos
comprometemos contando como nos sentimos a respeito dos fatos.
Nível 3 Minhas ideias e julgamentos: Arrisca-se a contar algumas de suas ideias e decisões.
Há cautela ainda. Se perceber que o que está dizendo não está sendo aceito, se retrai.
Comunicação Real
Nível 2 Meus sentimentos e emoções: Nos expomos. Partilhamos impressões sobre os fatos,
ideias e julgamentos. Há sentimentos revelados
Quando o casal quebra a sua comunicação, ou seja, não conversam, não tem diálogo, não
chegam a um entendimento, se sujeitam aos seguintes perigos:
3. Quebra-se a comunhão espiritual com nosso Pai — ninguém de bom senso, que esteja em
briga, desentendimento e conflito com seu cônjuge, consegue com naturalidade e liberdade,
adorar, louvar e orar a Deus.
Por isso precisamos resolver logo os conflitos, aprender a lidar com o cônjuge, de maneira que o
respeitemos e saibamos qual é a maneira de agir que realmente ajuda o outro a superar as crises.
Retire o melhor das crises, aprenda com elas e através delas. Em tudo Deus tem um propósito
bom e edificante para nós.
Um Lembrete:
CRESCIMENTO E INTENSIFICAÇÃO.
Quando ouvimos outra pessoa não ficamos pensando naquilo que iremos dizer quando ela parar
de falar. Não nos preocupamos em formular nossa resposta. Concentramo-nos naquilo que está
sendo dito. Ouvir é também uma completa aceitação do que está sendo falado e de como se está
falando. Às vezes falhamos em ouvir a mensagem porque não gostamos dela ou não gostamos
do tom de voz. Assim, perdemos o significado do que está sendo partilhado.
Em geral, as pessoas têm muita dificuldade para resolver os conflitos e mesmo os casais mais
maduros e experientes podem enfrentá-los. O problema na verdade não é o conflito em si, ou
seja, nossas diferenças de ideias, crenças, atitudes, sentimentos e conduta, mas a maneira como
lidamos com elas.
O conflito é um choque de interesses, ideias etc. E ele ocorre porque somos seres humanos
imperfeitos. Temos nossos próprios desejos, vontades, necessidades e metas, sempre que
alguma destas coisas difere das do outro, podem ocorrer conflitos.
Não podemos dizer que um casal que não se confronta é bem sucedido. O medo de criar
desagrados é uma proteção que não traz profundidade e real crescimento no relacionamento. O
problema não se desfaz só porque estamos disfarçando. É inevitável, em muitas situações, um
confronto saudável para procurar resolver os dilemas, impasses e conflitos.
Há certas ocasiões em que os dois estão dispostos a resolver um conflito, mas ao tocarem no
assunto surgem reações que atrapalham a boa comunicação e o processo de resolução, ou seja,
ela chora, ou fica em silêncio, ou grita, ele ignora a esposa, ou grita, ou fica emburrado, ou
demonstra raiva. O que eles estão fazendo com isto? Estão intensificando o conflito e criando
obstáculos entre si. Estas reações não levam a resolução do problema.
Damos glória a Deus porque ele sabe quais são as nossas dificuldades e fraquezas, e apesar
disto, ele é poderoso para nos ajudar a resolvê-las.
Se buscarmos o Senhor e sua palavra, sempre e diligentemente, ele estará disposto a derramar
sobre nossas vidas a tão necessária sabedoria, para cooperarmos com ele, fazendo a nossa parte,
para a solução de cada conflito.
A teimosia, o orgulho, as exigências da realização da vontade pessoal exclusiva farão com que
não se possa resolver nenhum tipo de conflito.
No início do casamento, e até certo período de tempo, a maioria dos casais não tem habilidade
para lidar com os conflitos e precisam de orientação e pastoreio.
Muitas vezes os conflitos não precisam ser completamente resolvidos. Um exemplo pode ser a
discordância sobre filosofia política. Esse tipo de desentendimento pode continuar
indefinidamente sem precisar destruir o relacionamento.
Geralmente quando estamos em conflito experimentamos a "ira", e ela nos surge por três razões
básicas: mágoa, medo e frustração. Quando estes sentimentos afloram podemos ter dificuldade
para decidir como lidar com o conflito. Muitas pessoas têm dificuldade para tratar abertamente
de seus conflitos porque nunca lhe ensinaram como fazê-lo, especialmente de forma positiva.
Todos devem saber que conflitos não resolvidos e enterrados ressurgem, interferindo no
progresso e na satisfação do relacionamento.
Temos algumas escolhas para tratar dos conflitos, observe os cinco modos sugeridos a seguir:
2. Vitória — Fazer prevalecer a sua vontade custe o que custar, o relacionamento pessoal vem
em segundo plano.
4. Acordo — Fazer concessões — 50% x 50%; você não quer ser sempre o vencedor, mas não
quer que a outra pessoa o seja.
Qual o modo usado porJesus para enfrentar conflitos? Que formas encontramos nas Escrituras?
Leiamos os relatos dos conflitos contidos nos textos abaixo, e determinaremos o método
empregado, os vários estilos registrados:
Gn. 4;
I Sm. 20:30-34;
Mt. 15:10-20;
Mc. 11:11-19;
Lc. 23:18-49;
Jo. 8:1-11;
Jo.11:11-19
6. PERDÃO
• Não é esquecer.
• Não é exigir mudanças por parte da outra pessoa antes de perdoar. (Hb 12.14,15).
• É entregar-se.
Nosso relacionamento com nossos pais e sogros é muito importante. O casamento tem um
contexto de união das famílias.
É nosso dever buscar honrar nossos pais e sogros como a Bíblia recomenda: "honra a quem tem
honra".
No período de namoro, noivado, preparação para o casamento, e nos anos de convivência com
eles após o casamento, temos experiências positivas e negativas. Temos que ter cuidado para
não criar uma atmosfera de rejeição, acepção e de pecados familiares, também nesse nível de
relacionamento familiar.
Fica a pergunta: "Como a Palavra de Deus pode me ajudar, me orientar nesta questão?"
Deus disse que o homem e a mulher tem que deixar mãe e pai. Este é um "deixar emocional".
Ambos assumem novo papel e nova função, o cordão umbilical deve ser cortado. Não significa
que os filhos vão cortar o contato com seus pais, nem vão abandoná-los ou ignorá-los, mas vão
se desligar emocionalmente da dependência dos pais. Se o "deixar" não acontecer o "unir-se"
será prejudicado. Um bom presente que os pais pode dar aos seus filhos no dia do casamento é a
LIBERTAÇÃO. Este presente deve ser uma expressão verbal, comunicada pelos pais aos filhos.
É uma forma positiva e singular de participarem na concretização do novo relacionamento. O
"deixar" é uma das responsabilidades mais difíceis para os pais, e também o é para os filhos,
mas é mais fácil para estes, por isso a Bíblia ordena aos filhos deixarem pai e mãe.
Muitos cônjuges, erradamente, fazem comparações de seu esposo e esposa com seu pai ou mãe.
Lembre-se: seu marido é seu marido e não seu pai, sua esposa é sua esposa e não sua mãe. Toda
a comparação levanta defesas, obstáculos e rejeição no relacionamento entre genro e sogro, nora
e sogra.
6. De vez em quando, expresse verbalmente seus sentimentos positivos para com os seus pais.
8. Procure demonstrar amor para com seus pais e sogros. Eles também têm a sua linguagem de
amor.
A vida espiritual, em termos da própria constituição humana, quanto da própria fé, é a área de
nossa vida mais importante, visto sermos seres imortais e possuirmos um espírito à imagem e
semelhança de Deus. Damos muita atenção a várias áreas importantes da vida, e devemos fazê-
lo, mas a área espiritual está relacionada à nossa eternidade, portanto é a mais importante de
todas.
A vida espiritual do casal, desenvolvida por ambos, é a base fundamental para a edificação do
lar cristão e para o sucesso do casamento e de toda a família.
Se o casal não cria hábitos espirituais antes do casamento, provavelmente não o farão na sua
vida conjugal. Será uma batalha e um grande exercício de autodisciplina para desenvolverem
este hábito após o casamento. Mas devem fazê-lo.
O inimigo de nossas almas sabe que a união espiritual do casal determina a sua vitória, portanto
lutará para que o casal não tenha o hábito de orar juntos, concordarem em oração, lerem a Bíblia
juntos etc.
Ele tenta amarrar o "valente" da casa, ou seja, o marido, ou a pessoa responsável pela liderança
de uma família, e assim atingir a família e saquear a casa. Cuidado, não despreze a vida
espiritual do casal e da família. Não se deixe amarrar. A posição do crente é de ataque e não
somente de defesa.
Já intercedia pela sua família, confessava os possíveis pecados familiares, oferecia sacrifícios,
preocupado com o que seus filhos pudessem ter feito de errado entre si e diante de Deus, quando
estavam reunidos em sua casa. Siga este exemplo!
A família também deve ter seus encontros divinos para dividirem as cargas uns com os outros,
pedirem e receberem oração, meditarem na palavra juntos. Esta prática é conhecida como culto
doméstico, mas poderíamos chamá-la de encontro da família também.
2. orem juntos sempre que se encontrarem, inclusive na mesa das refeições. A oração em
conjunto entre vocês promove, restaura e fortalece a unidade espiritual do casal e da família; 3.
cantem com sua família; 4. ouçam músicas cristãs, assistam a filmes cristãos, e DVDs de
mensagens e estudos bíblicos juntos.
Textos Bíblicos referentes ao assunto deste capítulo: SI. 127; SI. 128.
2. TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
2.1 BASE BÍBLICA: Embora um dos seguimentos evangélicos que mais crescem nos últimos
anos sejam os ministérios voltados à teologia da prosperidade, não é possível encontrar respaldo
bíblico para os argumentos que vemos todos os dias ao ligarmos o televisor. A impressão que
podemos ter é de que o Criador do Universo pudesse se tornar um refém das ofertas estipuladas
e fosse, de certa maneira, "obrigado" a restituir aquilo que o fiel depositou como confiança,
esperando receber a benção desta forma. Uma base bíblica para a soberania divina pode ser
encontrada em Hb 11:32-40, onde todos os heróis da fé foram igualmente fiéis, sendo que
alguns viram o cumprimento da promessa e foram recompensados, enquanto outros
permaneceram aguardando este cumprimento, embora fossem tão dignos quanto os demais. A
vontade soberana do Senhor é que move Seu querer e faz Aquilo que Ele quer, em Seu tempo e
não no nosso/
Isso não quer dizer que você não deva ofertar ao Senhor, muito pelo contrário! O Senhor ama
quem dá com alegria (H Co 9:7) e mais bem-aventurado é dar do que receber. (At 20:25), O
problema está, muitas vezes, na motivação das ofertas. Devemos ofertar por aquilo que o
Senhor já fez, como gratidão por tudo aquilo que Ele tem feito por nós. Quando agimos assim, o
Senhor acrescenta riquezas para que possamos administrá-las como mordomos fiéis Dele.
Prosperidade (do latim prosperitate) refere-se à qualidade ou estado de próspero, que, por sua
vez, significa ditoso, feliz, venturoso, bem-sucedido, afortunado (Novo Dicionário Eletrônico
Aurélio, versão 5.0, e Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001.).1
2.2 SERVO OU SENHOR: Observe a cédula de cem reais acima. A nota por si só é boa ou
má? Existe pecado nesta nota? De maneira bastante realista o dinheiro não tem o poder de fazer
com que você seja bom ou mau. O grande segredo que Jesus nos revelou, está nos poderes
espirituais que disputam pela vida das pessoas. O Senhor nos revelou que existem dois sistemas
financeiros que regem a população mundial e por consequência, suas maneiras de enxergar e
utilizar o dinheiro. Jesus nos disse:
"Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há
de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." (Lc 16.13)
Neste texto, o Senhor está falando a respeito da administração das riquezas de origem terrena e
das riquezas espirituais, quando repentinamente coloca os dois senhores que são adorados
através da administração financeira: Deus e Mamom. Você sabe a quem Jesus está se referindo
quando diz Mamom? Theo, por favor, me ajude.
O que quer que seja Mamom, foi colocado em oposição total a Deus. Jesus não diz que é errado
seguir a Deus E a Mamom, mas que é impossível servir aos dois. Como oposição ao Senhor,
Mamom é uma força de natureza espiritual e contrária ao Senhor. Pois bem, Mamom era um
conhecido deus pagão de origem Cananeia ao lado de Astarote, Dagom, Baal, Moloque entre
outros. Podemos entender então que Mamom é um espírito demoníaco que desde a Antiguidade
têm levado pessoas a adorarem ao dinheiro e abandonarem os caminhos do Senhor. Caso você
queira maiores informações a respeito deste assunto, leia o capítulo intitulado "O Poder Atrás do
Dinheiro" que está no livro Bens, Riquezas e Dinheiro de Craig HW e Earl Pitts. A referência
completa está na Bibliografia!
Theo, você me surpreendeu agora! A administração financeira é muito mais séria do que parece,
você não acha? Envolve um fator espiritual muito grande. Segundo o apóstolo Paulo, o amor ao
dinheiro é a raiz de todos os males (1Tm 6:10). De acordo com o sistema espiritual ao qual
adorarmos, teremos o dinheiro influenciando nossas vidas de duas formas: no sistema de Deus,
o dinheiro é nosso servo, somos nós quem o dominamos; enquanto no sistema de Mamom, o
dinheiro é nosso senhor e desta forma, nos domina. Pense um pouco em sua situação atual e na
maneira como tem lidado com o dinheiro. Ele tem sido o seu servo ou seu senhor?
2.3 MORDOMOS FIÉIS: Outro conceito que devemos entender para uma boa administração
financeira é o conceito de mordomia das finanças.
Mordomia vem de mordomo! Sempre me recordo de filmes onde o mordomo é aquela pessoa
sempre bem vestida que permanece na casa daquele milionário ou pessoa muito bem de vida e
organiza todos os detalhes da rotina da casa, para que o dono da casa não precise se preocupar
com nada...Será que é isso professor Eduardo?
Muito bem Theo! Você pensou muito bem! Para simplificar para nosso aluno, vamos imaginar o
seguinte: o mordomo é um gerente. Paulo nos diz em 1 Co 4:2: Além disso, requer-se dos
mordomos que cada um se ache fiel. Se o Senhor deseja que os mordomos sejam encontrados
fiéis, e nós somos os mordomos de Deus, o que temos que cuidar para nosso Senhor? Para
responder a esta pergunta precisamos entender que na verdade, não possuímos nada. Analise os
versículos abaixo:
"Eis que, os céus e os céus dos céus são do SENHOR teu Deus, a terra e tudo o que nela
há." (Dt 10.14)
"Do SENHOR é a terra e sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam" (S1 24.1)
Se tudo o que existe pertence ao Senhor, inclusive os que habitam na terra, então tudo o que
achamos que temos, na verdade pertence ao Senhor, inclusive nossas finanças e todo o dinheiro
que você obtiver em sua vida. Portanto, você deve ser um mordomo fiel dos recursos que Ele
colocou em suas mãos para administrar.
Neste sentido, devemos transferir para Deus o título de proprietário de tudo aquilo que
possuímos, na medida em que Jesus nos diz em Lucas 14:33:
"Assim, pois, todo aquele que dentre vás não renuncia a tudo (manto tem não pode ser
meu discípulo."
Isso não quer dizer que você deve entregar tudo o que tem a outras pessoas e viver na miséria. O
Senhor sempre se preocupou com o nosso coração. O que devemos renunciar é ao direito de
posse de tudo o que temos, pois nada pode tomar o lugar do Senhor em nossas vidas. Se alguma
coisa atrapalha nosso relacionamento com Jesus, Ele nos pedirá, pois é o dono verdadeiro de
tudo o que temos. O maior exemplo desta renúncia que o Senhor pedirá de Seus filhos é o
pedido que Ele fez a Abraão para que sacrificasse seu filho (Isaque (Gn 22.12).
Mas como entregar a posse de tudo o que temos a Deus pode nos ajudar a lidar com as finanças?
O mais importante é que esta maneira de pensar vai afetar diretamente seu contentamento com
aquilo que você possui. Conheci um irmão em Cristo que dizia o seguinte: "Com muito custo
conseguimos comprar um carro para irmos para a Igreja de maneira mais confortável. Após
algum tempo, sofremos um acidente a porta do carro ficou amassada. Orei ao Senhor: Bom
Deus, se o Senhor quer um carro com a porta amassada, para mim está tudo bem".
Podemos nos apegar as coisas e nos esquecer das pessoas, mas as pessoas são muito mais
importantes que as coisas. Esta nova maneira de pensar a respeito do dinheiro pode nos libertar
e nos trazer contentamento para vivermos felizes com aquilo que possuímos.
As dívidas são responsáveis indiretos pelos problemas conjugais, pois trazem altos níveis de
irritabilidade, estresse, falta de sono, insatisfação, vergonha e sensação de fracasso, quando não
se consegue administrar as contas e as cobranças começam. As dívidas também anulam o
princípio da mordomia fiel que vimos no primeiro tópico, na medida em que não fomos capazes
de administrar os recursos que o Senhor nos confiou.
As dívidas afetam nossas amizades, pois quando devemos para um amigo e não pagamos,
normalmente a relação de amizade não será mais a mesma.
Por fim, as dívidas afetam também nosso testemunho cristão diante dos homens, pois
dificilmente alguém a que devamos vai nos ver como um servo fiel do Senhor. A Palavra de
Deus nos diz em 2 Tm 2.15:
"Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade."
Mas e então professor, as dívidas são terríveis! Na verdade, eu estou com algumas contas que
não posso pagar, será que o senhor pode me ajudar a me livrar delas? A impressão que tenho é
que estou preso pelas dívidas e não consigo mais sair.
Bom Theo, eu, por mim mesmo, nada posso fazer. as existem algumas dicas práticas para ajudá-
lo nesta jornada em direção à liberdade financeira. Vamos discutir em primeiro lugar o que as
Escrituras nos falam sobre as dívidas para então entender como podemos sair e nos livrar delas.
2. O QUE É DÍVIDA?
O Governo Brasileiro nunca liberou tanto dinheiro para crédito em toda a sua história. Nunca foi
tão fácil comprar qualquer coisa por causa do crédito. As lojas de varejo oferecem
eletrodomésticos em parcelas cada vez maiores, as concessionárias já financiam carros em 7
anos para pagar. Porém as taxas de juros no Brasil são as mais altas em todo o mundo chegando
a níveis elevadíssimos, fazendo com as pessoas paguem muito apenas pela sua falta de
paciência em guardar o dinheiro e comprar o que quiser a vista. Com isso, um número cada vez
maior de pessoas está devendo e sofrendo com as consequências destas atitudes.
O que a Bíblia nos fala sobre as dívidas? Vejamos Provérbios 22:7 na versão da Bíblia Viva:
"Assim como os pobres são dominados pelos ricos, quem pede dinheiro emprestado se
torna escravo de quem empresta".
A Bíblia trata da dívida como escravidão, pois nos tempos bíblicos, os devedores eram presos
até que a família ou alguém pagasse toda a dívida e a pessoa pudesse ser solta de seu cativeiro.
Em nossos dias pessoas comuns não vão para uma cadeia por não pagarem suas contas, mas um
cativeiro mental se forma através das preocupações, com as ligações de instituições de cobrança
que ligam a cada dia, com os juros aumentando o montante do valor devido e o desespero e
angústia que tudo isto gera na família, afetando outras áreas do matrimônio como a
comunicação e a área sexual. As Escrituras também retratam as dívidas como uma maldição.
Deuteronômio capítulo 28, trata das bênçãos que o povo receberia caso obedece aos estatutos e
mandamentos do Senhor. O versículo 12 nos fala que: "emprestarás a muitas gentes, porém
tu não tomarás emprestado". O mesmo capítulo, porém, nos mostra as maldições pela
desobediência do povo e nos versículos 43 e 44 os falam sobre a maldição da dívida:
O estrangeiro, que está no meio de ti, se elevará muito sobre ti, e tu mais baixo descerás;
Ele te emprestará a ti, porém tu não emprestarás a ele; ele será por cabeça, e tu serás por
cauda."
-As dívidas presumem o futuro, na medida em que achamos que teremos emprego e recursos
para pagar aquilo que compramos. A Palavra de Deus nos diz que não sabemos o que nos
acontecerá amanhã. (Tiago 4: 13-15). Não podemos supor que o mercado de ações e o valor dos
imóveis continuarão se valorizando eternamente. Um exemplo recente disto pode ser visto na
crise imobiliária americana de 2009 que fez com que os preços dos imóveis caíssem a níveis
semelhantes aos da Grande Depressão de 1930, onde muitos perderam seus bens pela
impossibilidade de pagar por ele.
As dívidas podem fazer com que percamos uma oportunidade de sermos abençoados por Deus.
Quando precisamos de algo, que é nossa necessidade, a saída mais fácil é contrair uma dívida
para conseguir pagar por esta necessidade. Com isso não permitimos que o Senhor nos dê urna
saída criativa para resolver a questão.
Pode parecer fácil falar professor, mas como podemos comprar as coisas sem usar os cartões de
crédito, ou empréstimos bancários? Sinceramente não vejo muita saída para o meu caso.
Em nosso país, fomos educados numa cultura de dívida. Vivemos mais de dois séculos com a
escravidão sendo tolerada em nosso território e ainda hoje, quase duzentos anos após o fim da
escravidão, muitos são escravos, mas não habitam mais em senzalas, mas sim em apartamentos
e casas, as quais não conseguem pagar. Concordo que é muito difícil adquirir uma casa ou um
carro sem o financiamento ou empréstimo bancário. Responda a algumas perguntas e verifique
se este é ou não um bom negócio.
Não compre. Vejamos o exemplo de um carro no valor de R$ 30.000,00 adquirido sem entrada
em 60 vezes a uma taxa de juros de 2% ao mês. O valor futuro da dívida, sem considerar as
taxas bancárias e da concessionária, será de R$ 98.430,00! Mais que o triplo do valor do carro.
Quando terminar de pagar o carro após 5 anos, o veículo já terá desvalorizado cerca de 40%
valendo em torno de R$ 18.000,00, dependendo do estado do veículo. Uma entrada é sempre
uma boa maneira de baratear os custos finais. Um bem que se enquadra neste critério é um
imóvel, na medida em que a tendência natural é de valorização ao passar do tempo e tendo em
vista a impossibilidade de muitos em comprar uma casa ou apartamento à vista.
Não compre. Nunca devemos nos esquecer de que o tempo não irá parar porque você comprou
algo que desejava tanto. Vejamos outro exemplo. Digamos que o salário de alguém seja de R$
600,00 ao mês. Esta pessoa imaginária, pois é claro que ninguém faz uma coisa dessas, vai
passear no shopping e encontra um tênis ou uma bota ao qual esta pessoa muito desejava. O
custo do calçado é de R$ 500,00 e ela compra a prazo em cinco parcelas de R$ 100,00. No mês
seguinte a mesma pessoa volta para renovar seu guarda-roupa e faz outra compra de R$ 600,00
parcelada em 6 vezes de R$ 100,00. Como a tendência desta pessoa é não calcular as demais
despesas que possui ao longo do mês, é bastante provável que em breve ela comece a pagar o
valor mínimo de seu cartão de crédito que possui uma taxa de juros mensal em torno de 15% e
aí a famosa bola de neve se iniciará.
Muitas vezes ficamos maus com Deus por não conseguirmos adquirir aquilo que queremos.
Precisamos entender que as Escrituras nos falam sobre atender nossas necessidades, não nossos
desejos. O que são necessidades? É tudo aquilo que é necessário para nossa sobrevivência, ou
seja, o que vestir e o que comer e onde morar. Veja bem que aquela coleção de sapatos, ou
almoços diários no restaurante mais caro da cidade não estão incluídos neste pacote. A mídia e
as propagandas nos fazem confundir o que é necessidade e o que é desejo, pois a TV nos diz que
precisamos de tudo para fazer parte da moda, para ser feliz etc.
Para a alegria do THEO e das pessoas que você irá aconselhar-. Existem passos práticos que
podem ajudá-lo nesta missão. Extraímos estes 10 passos para o Dia D, o Dia sem dívidas da
apostila o Curso de Finanças Crown.
4.1 ORE: O passo mais importante é orar. Pedir perdão a Deus e se arrepender por não ter sido
um mordomo fiel dos recursos que Ele concedeu. Através da Oração, peça que o Senhor ilumine
as negociações das dívidas e quebrante o coração dos credores para que aceitem as condições de
pagamento que você montar e estabelecer. Temos presenciado, através dos casais que nos
procuram sobre finanças, sobre descontos sobrenaturais e até perdão total de dívidas antigas.
Tudo isso acontece quando nos preparamos e agimos para resolver a situação. Podemos ter
certeza que nunca estaremos sozinhos. O Senhor estará conosco!
4.3 ALISTE TUDO O QUE VOCÊ POSSUI: Avalie os bens que você possui e verifique se
você tem condições de vender alguma coisa para ajudá-lo a sair de suas dívidas. Avalie se é
possível vender um carro de um valor elevado e adquirir um de menor valor para que você
possa utilizar a diferença para quitar dívidas.
4.4 LISTE SUAS DÍVIDAS: Muitas pessoas não querem nem falar em suas dívidas, por terem
medo de verem o tamanho dela. Isso acontece porque é de nossa natureza humana evitar aquilo
que nos incomoda, pois assim talvez ela vá embora. É fundamental que você saiba o valor de
cada dívida para que possa aplicar o próximo passo.
Como podemos saber qual dívida podemos pagar primeiro? Comece pelas menores. Quando
eliminamos dívidas pequenas duas coisas acontecem: ficamos felizes por termos uma dívida a
menos, e temos mais dinheiro para nos ajudar a pagar as dívidas maiores.
4.6 CONSIDERE UMA RENDA ADICIONAL: Caso a renda familiar não seja suficiente
para quitar as dívidas, pense numa renda adicional temporária para quitar as dívidas. Caso
resolva fazer isso, dois fatores devem ser considerados: os ganhos desta nova renda devem ser
utilizados para pagar dívidas, e esta renda extra não deve atrapalhar seu relacionamento com o
Senhor nem tampouco com sua família.
4.7 NÃO FAÇA NOVAS DÍVIDAS: Parece óbvio, porém a tendência é a de no início nos
comprometer com o projeto de quitar as dívidas, mas com o passar do tempo, temos a tendência
natural de relaxar um pouco e pensar: "Estou trabalhando tanto, eu mereço alguma coisa pelo
meu trabalho". E com isto passamos a gastar novamente e fazendo novas dívidas.
Você pode pensar que rebaixar seu estilo de vida temporariamente pode ser um motivo de
vergonha, porém é uma atitude sábia e espiritual. Nada se compara a liberdade de estar sem
dívidas. E nunca se esqueça que fazer algo assim, se mudar para uma casa menor, ou comprar
um carro num valor menor é temporário. O Senhor recompensa a fidelidade de seu povo.
4.10 NÃO DESISTA! Ao longo de sua caminhada você se sentirá tentado a desistir. O esforço
é tremendo e envolve toda a família, caso contrário está fadado ao fracasso. Mas a liberdade
vale todo o esforço, se o fardo estiver difícil, procure seu pastor, que pode indicar irmãos
maduros em Cristo que possam ajudar neste processo.
Vamos indicar bons livros que podem ampliar seu entendimento sobre as dívidas e como se
aperfeiçoar nas finanças.
Neste sentido, a prosperidade financeira acontece em nossas vidas, não porque a buscamos, mas
porque queremos crescer no conhecimento do Senhor. Desta forma a prosperidade financeira
possui 4 propósitos específicos:
• em primeiro lugar, Deus nos prospera simplesmente porque somos Seus filhos (Mt. 7:9-11);
• em segundo lugar, Deus deseja que sejamos libertos da preocupação das coisas (Dt. 8:17);
• em terceiro lugar, o Senhor nos prospera para praticarmos a generosidade com os outros. (2 Co
9:7);
2. DÍZIMO: O Dízimo deve ser a primeira utilização para o dinheiro em nossas mãos. Mas por
que devemos dizimar? Na verdade, a Palavra de Deus nunca nos obriga a nada. Podemos pensar
que somos obrigados a dar dízimos e ofertas, mas na verdade o objetivo final de Deus com a
humanidade é que todos nós fôssemos filhos semelhantes a Jesus. Para isso precisamos
obedecer por amor e não por obrigação.
Quando o Senhor institui uma vereda antiga como o Dízimo, por exemplo, de acordo com Jr
6:16, o objetivo de Deus é nos mostrar um caminho mais excelente que os nossos próprios
caminhos. Por isso sempre temos escolha: dizimar e receber as bênçãos pela obediência, ou não
obedecer e receber as consequências pela nossa escolha em não seguir ou trilhar o caminho do
Senhor na área financeira.
Dízimo é a tradução da palavra hebraica "maaser" e significa simplesmente "dez por cento".
Qual é o valor de nosso dízimo? Exatamente isto que você pensou: 10 por cento de sua renda.
Não se deve dizimar 12%, 8% ou qualquer outra quantia que não seja 10%.
O que acontece quando dizimamos? O ato em crer, pela fé na provisão divina, através do dar,
antes de receber, libera o poder sobrenatural sobre as finanças.
Existe diferença entre estar dizimando e ser dizimista? Sim, existe uma diferença, pois o que o
Senhor busca não é dinheiro e sim corações. A atitude pessoal no ato de dizimar é fundamental.
Devemos buscar uma atitude de gratidão e alegria quando realizamos este ato mês após mês.
Existem muitas pessoas que dizimam há anos, mas ainda não se tornaram dizimistas, pois não
tomaram parte ativa no ato de dizimar.
Onde devemos entregar nosso dízimo? Na Casa do Tesouro do Senhor, ou seja, na igreja ou
congregação onde você é alimentado e abençoado.
O último aspecto está na santidade do dízimo. Dízimo é uma parte do seu salário bruto que é
SEPARADO para que seja devolvido ao Senhor. SEPARADO possui a mesma raiz hebraica
para a palavra SANTO. Portanto, sempre que deixamos de entregar o dízimo tomamos posse de
algo sagrado que não nos pertence. Por esta razão, somos amaldiçoados, na medida em que
estamos roubando do Senhor conforme Malaquias 3:8.
OFERTAS: Ofertas apresentam um aspecto distinto dos dízimos. As ofertas são sementes
financeiras as quais plantamos conforme a direção que recebemos do Senhor. Com uma
explicação bastante clara: não se pode colher bananas, plantando sementes de maçã. O sistema
econômico do Senhor funciona de maneira distinta do sistema do mundo. Enquanto no mundo a
economia funciona através do rendimento de juros, no sistema divino, recebemos conforme
nossa disposição em ajudar e abençoar e resolver problemas financeiros de outras pessoas. Para
isso, busque direção do Senhor, com relação à quantia que deve ser ofertada.
Temos a garantia que cada semente financeira plantada por meio das ofertas alçadas,
multiplicará a 30, 60 e 100 por um. (Mt. 13:8).
Existem exceções de pessoas separadas pelo Senhor que deixam tudo e vivem uma vida
ascética. Esse foi o caso de Francisco de Assis, que abandonou tudo e toda sua riqueza e fundou
uma ordem chamada mendicante, mais conhecida como Franciscanos, no século XIII.
Mas a grande maioria de nós não será chamada para viver desta forma. Então, como podemos
ter uma vida humilde neste tempo de egoísmo de ostentação? Jesus em Seu Sermão do Monte
mostra que os humildes são bem-aventurados, pois deles é o Reino dos Céus (Mt 5:3).
Humildade fala a respeito de uma vida simples, no sentido de estar contente com o que se
possui e focar sua existência em buscar o Reino de Deus. Uma vida humilde NÃO é sinônima
de uma vida na miséria ou na pobreza. Ser humilde é manter uma postura de servidão ao
Senhor, entendendo que não podemos ostentar os bens que temos, pois eles são do Senhor e não
nossos. Uma figura interessante é a do motorista que anda o dia todo com carros luxuosos de
seu patrão, porém estes carros não pertencem a ele. O motorista usufrui do benefício dos carros,
mas nunca deve se esquecer de que os carros pertencem a seu patrão. Assim nós, devemos
usufruir dos benefícios que o Senhor nos conceder, nunca nos esquecendo de que nada disso é
nosso. Esta visão faz toda a diferença caso isso se faça realidade em nossas vidas.
Devemos entender que a maneira como lidamos com o dinheiro tem um componente muito
mais espiritual que terreno. A maneira como lidamos com o dinheiro revela como é nossa vida
espiritual e como adoramos a Deus e o que Ele representa para nossas vidas.
5. HONESTIDADE: Honestidade é uma qualidade cada vez mais rara em nossos dias. Numa
sociedade em que o que mais importa é chegar ao topo e onde os fins justificam os meios, ser
honesto é tido como algo ultrapassado e fora de moda.
Na Palavra de Deus, porém, a honestidade é uma qualidade básica daqueles que se dizem Filhos
de Deus. As Escrituras são claras e não deixam dúvidas a este respeito: "Não furtareis, nem
mentireis, nem usarei de falsidade cada um com o seu próximo" (Lv. 19.11) "O Senhor detesta
todo tipo de mentira e desonestidade" (Pv. 20.23) A honestidade deve permear todas as áreas de
nossas vidas. Na área financeira todos serão tentados em nossa honestidade, seja em um erro na
somatória de uma conta de restaurante, seja no preenchimento de um cartão ponto, marcação de
horas extras, solicitação valor de notas fiscais para reembolso, enfim, precisamos aprender que
qualquer ato desonesto de nossa parte, visando nosso benefício, trará malefício para outra
pessoa. Alguém será prejudicado, caso você busque levar vantagem sobre alguma situação. Não
é possível desenvolver uma vida de intimidade com Deus sendo desonesto, mesmo nas
pequenas coisas.
Eu não consigo cuidar muito bem das finanças. Quando o salário cai na conta, após alguns dias
já não tenho mais dinheiro! É aí que entra em cena meu cartão de crédito, que complementa
minha renda até o mês seguinte. Confesso que preciso de ajuda na administração prática de
minhas finanças. Espero que nenhum aluno que esteja estudando conosco precise. Se alguém,
porém precisar, preste muita atenção neste tópico!
É fundamental que todos tenham organização e disciplina no trato com o dinheiro. Você sabe
dizer para onde foi o dinheiro que você ganhou no mês passado? A resposta para esta pergunta é
fundamental para que seus gastos do próximo mês possam ser organizados. O critério de muitas
famílias é gastar todo o dinheiro para parar apenas quando nada resta.
Por isso, é muito importante que o conselheiro oriente seus aconselhandos a buscarem um
controle maior dos gastos para programar suas contas.
Um dos itens mais utilizados nos dias de hoje e um dos maiores responsáveis pelo descontrole
financeiro das famílias brasileiras é o cartão de crédito. É permitido utilizar este "dinheiro de
plástico" em nossas finanças?
Em nossa opinião, o cartão de crédito em si, assim como o dinheiro, não é bom nem mau. A
maneira como utilizamos este item é que faz com que seja um benefício ou um malefício. Os
três maiores problemas que envolvem o cartão de crédito são os seguintes:
• a falta de controle do consumidor, que muitas vezes possui inúmeros cartões, faz com que as
faturas sejam muitas vezes uma surpresa para a pessoa;
• passar o cartão em uma loja não é a mesma coisa que entregar o dinheiro, pois não vemos o
dinheiro saindo da conta;
• para as operadoras de cartões, não é interessante que você pague toda a fatura, pois o lucro
destas empresas está na cobrança de juros que acontece quando o pagamento mínimo é feito.
Existem algumas dicas para uma utilização racional do cartão de crédito que podem ser úteis
para aqueles que desejam fazer um bom uso deste instrumento:
o centralize as compras em um único cartão de crédito para que o controle da fatura seja melhor
e não existem outras contas mensais a pagar com este tipo de instrumento;
• evite os cartões de lojas de departamentos onde o pagamento da fatura só pode ser feitos no
próprio estabelecimento. A estratégia da loja é que você se sinta tentado a comprar novamente e
fique continuamente preso às faturas. Isto é bastante comum em grandes lojas de roupas;
• na primeira vez em que você não for capaz de pagar a fatura total, pegue uma tesoura e corte o
cartão, pois você estará a um passo do abismo da dívida do cartão de crédito;
• se o casal tem um dos cônjuges mais controlado e outro mais liberal no uso do dinheiro,
entrem em acordo sobre quem deve administrar as contas e também controlar os cartões de
crédito da família.
De acordo com este texto bíblico, nosso entendimento a respeito do trabalho secular deve ser
alterado. O seu trabalho deve ser encarado como um canal através do qual o Senhor provê a
provisão a você e sua família. Em última instância seu patrão é o próprio Senhor. Este
entendimento muda a maneira como você enxerga seu trabalho? Se todos entendessem que
trabalham para o Senhor, seu trabalho seria muito melhor e eficiente, murmurariam menos e
com isso cresceriam profissionalmente.
Muitas famílias entram em colapso quando o chefe da família perde o emprego ou alguma
eventualidade como uma doença ou um gasto com a manutenção do carro ou da casa. O que
aconteceria se esta família tivesse uma reserva financeira para estas ocasiões? É muito
importante guardar uma parte dos rendimentos mensais para formar uma poupança. O valor
desta poupança pode ser de seis meses da renda familiar. Em caso de uma demissão, a família
tem seis meses de manutenção de seu padrão de vida até que outro emprego seja alcançado.
Uma poupança pode ser útil também para a aquisição de produtos a vista onde descontos podem
ser negociados. A compra à vista favorece o poder de compra e o fornecimento de descontos, na
medida em que o valor parcelado "sem juros" na verdade esconde os juros deste parcelamento,
pois nos dias de hoje praticamente ninguém compra nada à vista e não é necessário fornecer
descontos. Para concluir, gostaria de dizer aos conselheiros que por ventura também tenham
problemas financeiros e tenham que aconselhar pessoas. O problema pessoal pode prejudicar o
aconselhamento através da acusação em não ter autoridade sobre um assunto sobre o qual ainda
precisa crescer. É fundamental buscar uma saúde financeira para que sirva de exemplo para
outras famílias, porém, não devemos negligenciar a ajuda para os que nos procuram.
CAPÍTULO 4 - ELES CHEGARAM! E AGORA?
1. INTRODUÇÃO
Este capítulo irá abordar a respeito da herança do Senhor aos pais, ou seja, os filhos. De forma
alguma esgotamos o assunto neste capítulo, você deve buscar pesquisar e estudar a respeito.
Para iniciarmos este capítulo sugiro a leitura dos textos bíblicos: Ef. 6.4; Ci. 3.21
A Educação de Pais, mais do que a Educação de Filhos é uma área muito importante a ser
abordada na orientação familiar, pois os filhos não nascem com manuais e são entregues com
certificados de garantia. Parece irônico, mas é uma analogia real.
Muitos pais ficam confusos, surpresos e perdidos diante das reações dos seus filhos, e diante de
todos os desafios que a criação e a educação dos filhos nos apresentam.
Este capítulo pretende trazer algumas orientações básicas para os pais, a fim de que possam
entender sua responsabilidade, papel e privilégio e ter recebido a herança de Deus aos pais -
SEUS FILHOS.
Há três termos bíblicos importantes, acerca da educação de filhos, que temos que entender:
- Tenha certeza de ter comunicado o que você quer e o que você não quer.
- Quando há desobediência explique ao seu filho que a disciplina vem por causa da
desobediência específica.
G. Incoerência na disciplina - num dia disciplina por uma certa desobediência, noutro dia não.
• Observe os resultados da disciplina e da educação na vida dos filhos são diferentes levando em
conta os exemplos de Samuel (I Sm 1.11; 2,26) e os filhos de Eli (1 Sm 2.12-17; 22-25; 3.11-
14).
• Se conscientemente diante de Deus você fez e deu o melhor para os seus filhos e os resultados
não foram os melhores não se culpe por isto. Lembre-se que seu filho é uma pessoa não um
computador programado.
• Os filhos são treinados pelos pais nas diversas áreas da vida (espírito. alma e corpo) para
assumirem a vida adulta.
• Os pais devem treinar seu filho para que ele receba direção do Senhor. (Hb 12.11)
• A disciplina faz parte do treinamento. A criança não pode crescer sem limites, nem o
adolescente por viver sem eles. A falta de limites deforma, gera insegurança e dificulta a
formação da identidade do filho.
• A disciplina começa pelo amor, não há disciplina eficiente sem amor. Procure conhecer a
linguagem de amor do seu filho para transmitir e receber amor e para conseguir uma boa
comunicação.
• Conheça mais sobre o desenvolvimento infantil, pré-adolescente e adolescente para que você
consiga compreender melhor o seu filho, interagir com ele, evitando conflitos desnecessários.
1. Como pai, você ama o Senhor seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de toda a
sua força? (v.5)
3. Como pai, você natural e espontaneamente conversa com seu filho sobre as coisas de Deus?
(v.7)
4. Como pai, você está diligentemente instruindo, admoestando seu filho na Palavra do Senhor?
(v.7)
5. Quando?
( ) "ao deitar-se" - orar com seu filho antes de dormir, repetir versículos
6. Como pai, você já apresentou o plano de salvação para o seu filho e o levou a receber a Cristo
como Senhor e Salvador de sua vida?
7. Como pai, você já atestou a maturidade espiritual de seu filho, verificou se ele está pronto
para o batismo, e o incentivou a cumprir esta ordenança bíblica?
1. INTRODUÇÃO
• Atividade Fetal e ritmo cardíaco - variável de bebê para bebê mediante estímulos
• Sono regular
• Sono irregular
• Inatividade alerta
• Audição
• Olfação: primeira maneira de reconhecer o Papai e a Mamãe
• Paladar
• Sensibilidade à temperatura
• Dor
1. Alimentação
2. Uso do toilete
3.Locomoção
4.Escola
5.Relacionamento de Pares
6. Relacionamento de Amor
7. Progenitura e Criação
a) Hereditariedade x Status-Econômico;
b) nutrição;
5. Não deixe de ligar para o seu médico ou para o pediatra, mesmo que você ache que a
pergunta é ridícula ou sem importância.
7. Não fume, não coma coisas ácidas, cuidado com os temperos fortes durante a gravidez e
amamentação.
9. O exame de tipagem sanguínea dos pais deve ser feito para saber acerca da incompatibilidade
do sangue da mãe e do filho. E quaisquer outros, atuais, recomendados pelo médico.
10. Consulte o médico para saber acerca de defeitos de nascença transmitidos pelo pai.
11. Evite o stress pós-parto através do excesso de visitas e assistência inadequada de mãe, sogra
ou outros assistentes da nova mãe.
12. Condições ambientais influenciam o estado do recém-nascido, não estresse o bebê, respeite
seus horários.
13. O lugar do bebê, à noite, após os 2 meses de vida é no berço e no quarto ou espaço dele, tire-
o de perto da cama do casal.
14. Aos 10 meses de idade o bebê chorará, à noite só para ver os pais, para saber se estão por
perto.
15. O pediatra deve ser da confiança da mãe. Faça acompanhamento pediátrico regular do
desenvolvimento do seu bebê.
16. A nutrição do bebê no primeiro ano é fundamental para toda a sua vida.
17. Até os 7 anos de idade, a criança tem a sua personalidade e o seu caráter moldados, dos 7
aos 14 anos são reforçados, após os 14 anos estarão sedimentados (rocha) Pv 22.6; sejam sábios
para investir em seus filhos no tempo certo.
18. Para que se alcance o diálogo com seu filho adolescente, construa uma ponte favorável
desde a infância.
20. O treinamento da toilette requer paciência, deve ser um momento que pais e filho curtam
juntos, celebrem as conquistas. Tire a fralda primeiro durante o dia, depois de um tempo
também à noite.
21. Quando vier a primeira menstruação de sua filha dê-lhe flores num lindo jantar em casa, e
quando ele fizer a primeira barba dê-lhe uma cópia da chave da casa num gostoso jantar em
casa.
1. Destine um tempo para cada um de seus filhos. Almoce com um deles, caminhe com o outro,
ou mesmo saia com cada um deles separadamente. É importante que você faça com que cada
um dos filhos se sinta amado individualmente, sem comparação com os irmãos. Se eles se
sentirem comparados, tentarão competir pela atenção dos pais; neste caso, um ou mais deles
poderia isolar-se e se sentir inseguro sem que você saiba disto!
3. Comemore suas conquistas diárias, como por exemplo, um almoço especial porque seu filho
entrou para o time de futebol ou porque sua filha teve boas notas nos exames. Isto fará com que
cada um deles sinta que você está interessado em suas vidas e conquistas. Nunca seja assim
apenas com um deles mesmo que os outros não consigam nada. Se você procurar bem sempre
encontrará alguma conquista dentro deles. Certifique-se de que você aja simbolicamente para
que eles não se rivalizem agressivamente em lugar de serem felizes com as conquistas dos
outros.
4. Ensine seus filhos a pensarem positivamente. Assim, em vez de se queixar que seu filho
voltou sujo da escola e se sentou para almoçar sem lavar as mãos, diga-lhe: "Parece que você se
divertiu hoje na escola".
5. Pegue o álbum de fotografias de seus filhos de quando eram bem pequenos e conte-lhes
algumas histórias desta época de suas vidas e que eles não se lembram.
6. Fale de algumas coisas que você aprendeu com eles e lembre-lhes de como eles o ajudaram.
7. Diga-lhes como é maravilhoso ser pai deles e como você aprecia vê-los crescer.
8. Faça com que seus filhos escolham suas próprias roupas. Agindo assim, você estará
demonstrando como respeita a decisão deles.
9. Interaja com seus filhos quando estiver brincando com eles, como, por exemplo, suje suas
mãos com barro ou aquarela, etc.
10. Conheça a carga horária escolar de seus filhos, seus professores e amigos para que você não
pergunte a eles quando voltam da escola: "o que você fez hoje?" e sim: "então, o que seu amigo
(dizer o nome do amigo) fez hoje ou o que o seu professor disse a você?" Isto fará com que as
crianças sintam que você conhece suas vidas em detalhe e que você se importa com eles.
11. Quando seu filho pedir alguma coisa, não fale com ele/ela enquanto você estiver ocupado
com alguma coisa, como quando as mães falam com os filhos enquanto estão cozinhando ou
vendo TV, mas dê a eles total atenção e olhe direto em seus olhos quando estiverem falando
com você.
12. Almoce com sua família pelo menos uma vez por semana e discuta com todos as questões
da última semana. Lembre-se de não só ouvir mas, também tentar participar, contando-lhes
alguma coisa que lhe tenha acontecido na última semana também.
13. Escreva palavras amorosas e encorajadoras, orações e até piadas em pequenos pedaços de
papel para seus filhos e coloque-os próximo à cama deles ou em suas mochilas se você sai mais
cedo do que eles. Isto fará com que sintam que você pensa neles todo o tempo.
14. Faça seus filhos ouvirem você enquanto estiverem em outro cômodo da casa. Diga alto o
quanto você os ama e como você se orgulha deles.
15. Quando seus filhos fizerem suas pinturas, coloque-as em um canto especial da casa e faça
com que sintam o orgulho que você sente deles.
16. Não trate seus filhos da mesma forma que você foi tratado por seus pais, o que poderia
destruí-los psicologicamente.
17. Quando seu filho fizer algo errado, em vez de censurá-lo "Você fez isto errado" diga "Por
que você fez isso assim?" e ensine a ele a forma correta.
18. Crie uma senha ou símbolo que mostre seu amor por cada um de seus filhos e certifique-se
de que ninguém mais tenha conhecimento disto.
19. Tente começar um novo dia sempre buscando perdoar e perdoar-se em relação à educação
de filhos e à vida do lar. Busque esquecer os erros passados como se cada novo dia trouxesse
uma nova oportunidade de amar seus filhos mais do que antes e descubra novos dons neles.
20. Beije seus filhos todos os dias, abrace-os, e diga-lhes que você os ama. Independente do
número de vezes que você faça isto, eles sempre precisarão saber de sua paixão por eles em
cada etapa da vida deles. Mesmo quando forem adultos ou quando se casarem e tiverem seus
próprios filhos.
Para que possamos colocar limites nos nossos filhos, precisamos ter nossos próprios limites
internalizados.
É aquela história: a gente dá o que tem. Quem não tem limites, não tem como colocar limites
para o outro.
Vocês aqui são jovens, ainda não começaram a falar como eu... mas, anotem aí: o primeiro
indício de que a gente está ficando velho é começar a dizer: na minha época... pois bem, na
minha época, a gente ganhava presente no aniversário, no dia das crianças e no natal. E tinha
algumas condições, o presente tinha de estar dentro do orçamento familiar, tinha de me
comportar, ser boa aluna, passar de ano, aquelas coisas todas... me lembro que era assim lá em
casa.
Hoje, muitas vezes, pediu, ganhou. Não se conquista nada, tudo passou a fazer parte do direito
deles como filhos e nosso dever como pais. Muitas vezes compensamos o filho por nossa
ausência.
Os filhos hoje, não podem ser frustrados, não sabem esperar, não se sentem realizados, estão
sempre insatisfeitos.
A falta de desejo está ligada à depressão, o sujeito deprimido não deseja. O bipolar, na mania,
não tem esperança, o presente o controla. É impressionante o quanto tem aumentado os casos de
distúrbios bipolares, depressivos e hiperativos nas clínicas: pessoas afetadas em sua capacidade
de lidar com as dimensões da administração do tempo...
• Os pais precisam falar a mesma linguagem (um não pode invalidar o outro, senão, o filho
esperto, usa isso em seu favor)
• O que é um privilégio
• Quais os princípios da minha família (o que rege a família, onde essa família quer chegar, seus
valores, em que acredita...) Isso se aprende no dia a dia, nas conversas do cotidiano, à medida
que as coisas acontecem, ou numa oportunidade criada...
• É preciso mostrar ao filho a consequência de suas escolhas: quando se erra o alvo, perde-se um
privilégio. Mas o filho precisa saber qual é o alvo, como acertar. Precisa saber que as
consequências podem ser maiores ou menores, que certas perdas são reversíveis, que
determinados privilégios podem ser reconquistados.
Exemplo: um alvo estabelecido é que o filho faça primeiro o dever de casa para depois jogar
vídeo game. Isso já foi ensinado e ele sabe qual será a consequência se errar o alvo... mas
mesmo assim, joga a tarde toda e se esquece do dever de casa. Os pais conversam com ele e
explicam porquê vai perder o privilégio de jogar por determinado tempo (porque vídeo game
não é direito, é privilégio). Não existe receita de bolo, mas há princípios imprescindíveis na hora
de disciplinar.
2. DISCIPLINA X CASTIGO
Disciplina nos faz crescer, ser uma pessoa melhor, um cidadão, desenvolve a autoestima, a
ética, o senso de justiça.
Uma coisa é castigar, outra, disciplinar. Castigar, qualquer um pode disciplinar é um trabalho
longo, moroso, que exige antes de tudo muito amor, paciência, determinação, autoconhecimento
e conhecimento do sujeito à ser disciplinado.
ALGUNS PRINÍPIOS
• 1º) Amor: fale sempre com amor. "Você é meu filho, eu te amo..." Deixe claro que o que você
não aceita, o que você rejeita é o ato, não seu filho.
• 2º) Ética: nossos atos falam mais alto que nossas palavras. Fale sempre a verdade em amor,
isso gera confiança. Você ensina seu filho mentir, mentindo prá ele ou perto dele.
• 3º) Compromisso: cumpra sua palavra. Não cumprir promessas gera insegurança,
desconfiança, descrédito e estimula a falta de compromisso do outro, claro. Não diga: se fizer
isso, vai acontecer aquilo. Tenha cuidado, não prometa o que não pode cumprir. Exemplo: se
chamar seu irmão de idiota, vou te deixar um ano sem TV. Promessa absurda porque não vai
cumprir e porque a consequência é inadequada para a ação.
• 4º) Respeito: respeito a gente não ganha, conquista. Não dê shows em público, não discipline
seu filho na frente dos outros, não exponha seu filho, ainda que ele faça isso. Fale com seu filho
a sós, olhando nos olhos, sem gritaria, sem ira...
• 5º) Conhecimento: "Conheça-te a ti mesmo" e ao teu filho. Conheça suas virtudes, seus
defeitos, seus limites, seu temperamento... Valorize o que é bom o que é bonito. Saiba
reconhecer seus erros, não passe uma idéia de perfeição. Saiba pedir perdão.
• 6º) Por onde começar: reúna a família, conversem, estabeleçam metas, alvos mensuráveis,
alcançáveis a curto, médio e longo prazo. Orem juntos.
• 7º) Não desista: a superação dos problemas só será possível se os pais tiverem desejo e
vontade de mudar aspectos pessoais. Desejo significa energia para planejar, necessidade de
buscar. Vontade significa a energia necessária para a ação, o movimento indispensável para a
busca. Só havendo a decisão individual é que a tarefa de reorganizar a família, definir novas
regras de funcionamento, aprender outras formas de comunicação e relacionamento é possível.