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Estruturas Cristalinas do Tipo AmBnXp:

Também é possível para os compostos cerâmicos possuírem mais do que um tipo de cátion; no caso de
dois tipos de cátions (representados por A e B).
Perovskita: Espinélio:

Cerâmicas à base de Silicatos


Os silicatos são materiais compostos principalmente por silício e oxigênio, os dos elementos mais
abundantes na crosta terrestre; assim, a maior parte dos solos, rochas, argilas e areia se enquadra na
classificação de silicatos.
Vidros à base de Sílica: a sílica também pode existir como um sólido ou vidro não-cristalino, que possui
um alto grau de aleatoriedade atômica, característico de um líquido; tal material é chamado de sílica
fundida, ou sílica vítrea. (Vidros necessariamente possuem estrutura amorfa).

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Estrutura do Carbono
O carbono existe em diversas formas polimórficas e também no estado amorfo. As estruturas do carbono
mais se aproximam na classificação de cerâmicos.
Diamante:
- À temperatura ambiente e pressão atmosférica, o diamante é um polimorfo metaestável do carbono.
- A estrutura do Diamante é similar à Blenda de Zinco.
- O Diamante possui alta Dureza e possui uma condutividade elétrica muito baixa.

Grafita:
- Um outro polimorfo do carbono é a grafita; ela possui uma estrutura cristalina que é distintamente
diferente daquela exibida pelo diamante.
- É mais estável do que o Diamante à temperatura e pressão ambientes.
- Portanto, o que diferencia o Diamante da grafita são as suas estruturas, que consequentemente
possuem propriedades diferentes.

Fulerenos:
- Outra forma polimórfica do carbono; consiste em um aglomerado esférico e oco de 60 átomos de
carbono; uma única molécula é representada por C60.
Nanotubo:
Faz com “uma camada” da grafita. Portanto, é resistente, pois a camada da grafita é bastante
resistente, mas a ligação entre as camadas é fraca (Van der Waals). Por isso, o nanotubo é muito mais
resistente que a grafita.
Grafeno:
Muito forte, leve, quase transparente. É o material mais forte demonstrado “nanotubo aberto”.

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 Imperfeições nas Cerâmicas

Defeitos Pontuais Atômicos


- São possíveis lacunas e intersticiais (como nos metais);
- Como os materiais cerâmicos contêm íons de pelo menos dois tipos, podem ocorrer defeitos para
cada espécie de íon. Porém é muito improvável ocorrer com o ânion devido ao seu tamanho.

Defeito de Frenkel: pode ser considerado como um cátion que deixa a sua posição normal e se move
para um sítio intersticial. Não existe alteração na carga, uma vez que o cátion mantém a mesma carga
positiva como um átomo intersticial.
Defeito de Schottky: pode ser considerado como tendo sido criado pela remoção de um cátion e de um
ânion do interior do cristal. Uma vez que tanto os cátions quanto os ânions possuem a mesma carga em
módulo, a neutralidade de cargas do cristal é mantida.

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Impurezas nas Cerâmicas
Como nos metais, átomos de impureza podem formar soluções sólidas (substitucional e intersticial) em
cerâmicos.

 Propriedades Materiais Cerâmicos


- Frágil: são frágeis a temperatura ambiente, mas não necessariamente a altas temperaturas.
- Baixa condutividade elétrica e térmica: os elétrons não são “livres” como nos metais.
- Resistência à compressão: materiais cerâmicos são mais resistentes à compressão do que tração.
- Resistência a ataque químico.
Os materiais cerâmicos têm a sua aplicabilidade um tanto limitada devido às suas propriedades
mecânicas, que em muitos aspectos são inferiores àquelas dos metais. A principal desvantagem é uma
propensão à fratura catastrófica de maneira frágil com muito pouca absorção de energia.

Fratura Frágil das Cerâmicas


Na temperatura ambiente, tanto as cerâmicas cristalinas quanto as não-cristalinas quase sempre fraturam
antes que qualquer deformação plástica possa ocorrer em resposta à aplicação de uma carga de tração.
O processo de fratura frágil consiste na formação e na propagação de trincas ao longo da seção
transversal de um material, em uma direção perpendicular à da carga aplicada.
O grau de amplificação da tensão depende do comprimento da trinca e do raio de curvatura da
extremidade da trinca. A tensão atua sobre uma estrutura que contém uma trinca, a tensão contribuirá
para tornar a trinca maior.
A medida da habilidade cerâmico em resistir à fratura quando uma trinca está presente é especificado em
termos da tenacidade à fratura. A tenacidade à fratura em deformação plana, KIC.

Para tensões de compressão, não existe qualquer amplificação de tensões associada a qualquer defeito
existente. Assim, as cerâmicas frágeis exibem resistências muito maiores em compressão do que em
tração.
Para melhorar a resistência à fratura de uma cerâmica frágil é possível utilizar: Mecanismos de
Tenacificação (que impede a trinca de se propagar o máximo possível) e adicionar compostos duros, por
exemplo.

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 Comportamento Tensão-Deformação

Resistência à Flexão
O comportamento tensão-deformação das cerâmicas frágeis não é geralmente avaliado através de um
ensaio de tração, por 3 razões: 1. É difícil preparar e testar amostras que possuam a geometria exigida.
2. É difícil prender materiais frágeis sem fraturá-los. 3. As cerâmicas falham após uma deformação de
apenas 0,1%, o que exige que os corpos-de-prova de tração estejam perfeitamente alinhados para evitar
a presença de tensões de flexão.
Dessa forma, na maioria das vezes é empregado um ensaio de flexão transversal mais adequado, onde
um corpo-de-prova na forma de uma barra com seção transversal circular ou retangular é flexionado até
a fratura, utilizando uma técnica de carregamento em 3 ou 4 pontos

 Mecanismos de Deformação Plástica


Embora à temperatura ambiente a maioria dos materiais cerâmicos sofra fratura antes do início da
deformação plástica. A deformação plástica é diferente nas cerâmicas cristalinas e não-cristalinas.
Cerâmicas Cristalinas
No caso das cerâmicas cristalinas, a deformação plástica ocorre, como nos metais, pelo movimento de
discordâncias. Uma razão para a dureza e a fragilidade desses materiais é a dificuldade do
escorregamento (ou do movimento das discordâncias). Ou, pelo número limitado de sistemas de
escorregamento operacionais.
Cerâmicas Não-Cristalinas
Nas cerâmicas não-cristalinas, a deformação plástica não ocorre pelo movimento de discordâncias, uma
vez que não existe uma estrutura atômica regular. Em vez disso, esses materiais se deformam por
escoamento viscoso, que é a mesma maneira pela qual os líquidos se deformam.
A propriedade característica de um escoamento viscoso, a viscosidade, é uma medida da resistência de
um material não-cristalino à deformação.
Ex: os vidros possuem viscosidades extremamente elevadas à temperatura ambiente.

 Considerações Mecânicas Diversas


Influência da Porosidade
A porosidade tem um efeito negativo sobre a resistência à flexão por dois motivos: (1) os poros reduzem
a área da seção transversal através da qual uma carga é aplicada e (2) eles também atuam como
concentradores de tensão – para um poro esférico isolado, uma tensão de tração aplicada é amplificada
por um fator de 2.
A influência da porosidade sobre a resistência é bem drástica; por exemplo, não é incomum que uma
porosidade de 10%vol reduza em 50% a resistência à flexão em relação ao valor medido para o material
sem porosidade.
Obs: Muitos corpos cerâmicos contêm porosidade residual, que é negativa tanto para os seus módulos
de elasticidade quanto para as suas resistências à fratura. Além de sua fragilidade inerente, os materiais
cerâmicos são especialmente duros.

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 Capítulo 14

 Tipos e Aplicações das Cerâmicas


Embora à temperatura ambiente a maioria dos materiais cerâmicos sofra fratura antes do início da
deformação plástica. A deformação plástica é diferente nas cerâmicas cristalinas e não-cristalinas.
Produtos à base de argila
Uma das matérias-primas cerâmicas mais amplamente utilizadas é a argila. Esse insumo é muito barato
e os produtos à base de argila podem ser facilmente conformados; quando misturados nas proporções
corretas, a argila e a água formam uma massa plástica muito suscetível à modelagem.
Refratários
As propriedades relevantes desses materiais cerâmicos incluem a capacidade de suportar temperaturas
elevadas sem se fundir ou se decompor e a capacidade de permanecer não-reativos e inertes quando
expostos a ambientes severos. Além disso, a habilidade de proporcionar isolamento térmico.

 Fabricação e Processamento dos Produtos à Base de Argila


Essa classe de materiais inclui os produtos estruturais à base de argila e as louças brancas. Além da
argila, muitos desses produtos também contêm outras matérias-primas Depois de conformadas, na
maioria dos casos, as peças devem ser submetidas a operações de secagem e cozimento; cada uma das
matérias-primas influencia as mudanças que ocorrem durante esses processos e as características da
peça acabada.
As características das argilas
Em primeiro lugar, quando é adicionada água com argila, eles se tornam muito plásticos, uma condição
denominada hidroplasticidade. Essa propriedade é muito importante durante as operações de
conformação.
Técnicas de fabricação

MP -> moagem/homogeneização -> conformação -> secagem -> sinterização -> Produto Cerâmico
Moagem/homogeneização: As matérias-primas extraídas tem, em geral, que ser submetidas a uma
operação de moagem ou trituração, onde os tamanhos das partículas são reduzidos.
Conformação:
 Conformação Hidroplástica: Os minerais à base de argila, quando misturados com água, se
tornam altamente plásticos e flexíveis, e podem ser moldados sem a formação de trincas;
entretanto, eles possuem limites de escoamento extremamente baixos.
A técnica de conformação hidroplástica mais comum é a extrusão, onde uma massa cerâmica
plástica rígida é forçada através de um orifício de uma matriz que possui a geometria desejada
da seção transversal. (Ex: Tijolos, tubos.)
 Fundição em Suspensão: Um outro processo de conformação usado para composições à base
de argila é a fundição em suspensão, ou seja, argila e/ou outros materiais não plastificáveis
suspensos em água. Quando derramada dentro de um molde poroso (feito em geral de gesso-
de-paris), a água de suspensão é absorvida pelo molde, deixando uma camada sólida sobre a
parede do molde, cuja espessura irá depender do tempo. Na medida em que a peça fundida seca
e se contrai, ela se separa (ou se libera) da parede do molde; nesse momento, o molde pode ser
desmontando e a peça fundida pode ser removida.

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Prensagem de Pós (Conformação – Compactação)
Um outro método de conformação. Essencialmente, uma massa pulverizada contendo geralmente
uma pequena quantidade de água ou outro aglutinante é compactada na forma desejada por aplicação
de pressão.

Existem três procedimentos básicos para a prensagem de pós: prensagem uniaxial, prensagem isostática
(ou hidrostática) e prensagem a quente.
 Em uma prensagem uniaxial, o pó é compactado em uma matriz metálica mediante uma
pressão aplicada em uma única direção A peça conformada assume a configuração da matriz e
da punção através da qual a pressão é aplicada. Esse método está restrito a formas
relativamente simples; entretanto, as taxas de produção são altas e o processo é barato.

 Em uma prensagem isostática, o material pulverizado está contido em um invólucro de borracha


e a pressão é aplicada por meio de um fluído. São possíveis formas mais complicadas do que
aquelas obtidas a partir de uma prensagem uniaxial; entretanto, a técnica isostática demanda
mais tempo e é mais cara

Tanto para o procedimento uniaxial quanto para o isostático é necessária uma operação de cozimento
após a operação de prensagem. Durante o cozimento, a peça conformada se contrai e apresenta uma
redução de porosidade e uma melhora na sua integridade mecânica (sinterização).
Na prensagem a quente, a prensagem de pós e o tratamento térmico são realizados simultaneamente.
O procedimento é usado para materiais que não formam uma fase líquida, exceto em temperaturas
muito elevadas. Porém, é uma técnica de fabricação cara.

Secagem e Cozimento
Uma peça cerâmica que tenha sido conformada retém uma porosidade significativa e possui uma
resistência insuficiente para a maioria das aplicações práticas. Além disso, ela pode conter algum líquido.
Esse líquido é removido durante o processo de secagem; a massa específica e a resistência são
melhoradas como resultado de um tratamento térmico à alta temperatura, ou procedimento de cozimento.
Um corpo que tenha sido conformado e seco, mas que não tenha sido cozido, é denominado cru. As
técnicas de secagem e de cozimento são críticas, uma vez que defeitos que normalmente tornam a peça
imprestável (ex: trincas) podem ser introduzidos durante a operação.
Secagem: À medida que um corpo cerâmico à base de argila seca, ele também apresenta alguma
contração. Nos estágios iniciais da secagem, as partículas de argila estão virtualmente envolvidas e
separadas uma das outras por uma fina película de água. Conforme a secagem progride e a água é
removida, a separação entre as partículas diminui, o que se manifesta como contração.
Cozimento: Após a secagem, um corpo é geralmente cozido em uma temperatura entre 900 e 1400C.
Durante a operação de cozimento, a massa específica é aumentada ainda mais (com uma consequente
diminuição na porosidade) e a resistência mecânica é melhorada.
Quando materiais à base de argila são aquecidos até temperaturas elevadas, ocorrem algumas reações
consideravelmente complexas e intrincadas. Uma dessas reações é a vitrificação, que consiste na
formação gradual de um vidro líquido que flui para o interior e preenche parte do volume dos poros. A
vitrificação aumenta na medida em que a temperatura de cozimento aumenta.

Queima X Sinterização
A Queima possui 3 estágios: 1. Processos Pré-sinterização 2. Sinterização 3. Resfriamento

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 Capítulo 15

 Moléculas Poliméricas
As moléculas nos polímeros são gigantescas em comparação às moléculas de hidrocarbonetos até aqui
discutidas; devido aos seus tamanhos, elas são chamadas frequentemente de macromoléculas.
Essas longas moléculas são compostas por entidades estruturais chamadas de unidades repetidas (ou
mero), as quais se repetem sucessivamente ao longo da cadeia. O termo monômero se refere à pequena
molécula a partir da qual um polímero é sintetizado.
Quando todas as unidades repetidas ao longo de uma cadeia são do mesmo tipo, o polímero resultante
é chamado de homopolímero. Quando composta por duas ou mais unidades repetidas diferentes é
denominado copolímero.
 Peso Molecular
Pesos moleculares extremamente elevados são observados nos polímeros com cadeias muito longas.
Durante o processo de polimerização, nem todas as cadeias poliméricas crescem até o mesmo
comprimento; isso resulta em uma distribuição de comprimentos de cadeias ou de pesos moleculares. (Aí
tem as fórmulas champz)

 Estruturas Poliméricas

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 Polímeros Termoplásticos e Polímeros Termofixos
Polímeros Termoplásticos: amolecem quando são aquecidos e endurecem quando resfriados,
processos que são totalmente reversíveis e que podem ser repetidos.
Obs: a maioria dos polímeros lineares e aqueles que possuem algumas estruturas ramificadas com
cadeias flexíveis são termoplásticos.
Polímeros Termofixos: eles se tornam permanentemente duros durante a sua formação e não
amolecem com um aquecimento subsequente. Os polímeros termofixos são, em geral, mais duros e mais
resistentes do que os termoplásticos e possuem uma melhor estabilidade dimensional.
Obs: os polímeros com ligações cruzadas e em rede, os quais incluem as borrachas vulcanizadas, os
epóxis, etc, são predominantemente termofixos.

 Cristalinidade dos Polímeros


O grau de cristalinidade dos polímeros pode variar desde completamente amorfo até quase totalmente
cristalino (mas, nunca chega a ser totalmente cristalino – polímeros semicristalinos); como comparação,
amostras metálicas são quase sempre inteiramente cristalinas, enquanto muitos cerâmicos são ou
totalmente cristalinos ou totalmente não-cristalinos.
Para polímeros lineares, a cristalização é obtida com facilidade, pois existem poucas restrições para
prevenir o alinhamento das cadeias. Quaisquer ramificações laterais interferem na cristalização, de modo
que os polímeros ramificados nunca são altamente cristalinos; de fato, muitas ramificações podem
prevenir por completo a cristalização. A maioria dos polímeros em rede e com ligações cruzadas é quase
totalmente amorfa, pois as ligações cruzadas previnem que as cadeias poliméricas se rearranjem e se
alinhem em uma estrutura cristalina. Uns poucos polímeros com ligações cruzadas são parcialmente
cristalinos.
Em relação aos estereoisômeros, os polímeros atáticos são difíceis de cristalizar; no entanto, os polímeros
isotáticos e sindiotáticos cristalizam muito mais facilmente, pois a regularidade da geometria dos grupos
laterais facilita o processo de ajuste das cadeias adjacentes.
Para os copolímeros, como regra geral, quanto mais irregulares e aleatórias forem os arranjos das
unidades repetidas (meros), maior será a tendência para o desenvolvimento de um material não-cristalino.

 Cristais Poliméricos
Foi proposto que um polímero semicristalino consiste em pequenas regiões cristalinas (cristalitos), as
estão entremeadas por regiões amorfas.
Muitos polímeros que são cristalizados a partir de uma massa fundida são semicristalinos e forma a
estrutura esferulita. A esferulita consiste em um agregado de cristalitos com cadeias dobradas em
formato de fita (lamelas).

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 Capítulo 16

 Comportamento Tensão-Deformação
Tipicamente, são encontrados três tipos diferentes de comportamento tensão-deformação para os
materiais poliméricos. A curva A ilustra o comportamento tensão-deformação para um polímero frágil,
mostrando que este fratura enquanto se deforma elasticamente. O comportamento de um material plástico,
curva B, é semelhante ao de muitos materiais metálicos; a deformação inicial é elástica, e esta é seguida
pelo escoamento e por uma região de deformação plástica. Finalmente, a deformação exibida pela curva
C é totalmente elástica; essa elasticidade típica da borracha (grandes deformações que podem ser
recuperadas) é exibida por uma classe de polímeros denominada elastômeros.

As características mecânicas dos polímeros são muito mais sensíveis a mudanças de temperatura do que
dos metais, por exemplo. O aumento da temperatura produz (1) uma diminuição no módulo de
elasticidade, (2) uma redução no limite de resistência à tração, (3) uma melhora na ductilidade.

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 Fatores que influenciam as propriedades mecânicas dos Polímeros
- Peso molecular: caso aumente, também aumento o limite de resistência à tração.
- Grau de Cristalinidade: Maior grau de cristalinidade -> Maior Resistência -> material se torna mais
frágil.
- Pré-Deformação por Estiramento: Em termos comerciais, uma das técnicas mais importantes
utilizadas para aprimorar a resistência mecânica e o módulo de tração consiste em se deformar o
polímero permanentemente em tração.
- Tratamento Térmico: tratamento térmico (ou recozimento) de polímeros semicristalinos leva a
modificações no tamanho e na perfeição dos cristalitos, bem como na estrutura esferulita.

 Deformação Viscoelástica
Um polímero amorfo pode se comportar como um vidro em temperaturas baixas, como um sólido com
as características de uma borracha em temperaturas intermediárias [acima da temperatura de transição
vítrea] e como um líquido viscoso, para temperaturas altas.
Em temperaturas intermediárias, o polímero é um sólido com as características de uma borracha, que
exibe características mecânicas que são uma combinação desses dois extremos; essa condição é
denominada viscoelasticidade.

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 Módulo de Relaxação Viscoelástico
O comportamento viscoelástico dos materiais poliméricos dependem tanto do tempo quanto da
temperatura.

O comportamento log Er(10) versus temperatura para materiais poliestirênicos tendo várias configurações
moleculares. A curva para o material amorfo (curva C) é a mesma da Figura 16.12. Para um poliestireno
atático com ligações cruzadas numa leve extensão (curva B), a região elastomérica forma um patamar
que se estende até à temperatura na qual o polímero se decompõe. Para mais extensas ligações cruzadas,
a magnitude do valor Er(10) do patamar também aumentará. Materiais de borracha ou elastoméricos
exibem este tipo de comportamento e são ordinariamente utilizados em temperaturas dentro desta faixa
de patamar.

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Também mostrado na Figura 16.13 está a dependência em relação à temperatura para um poliestireno
isotático cristalino (Curva A). O decréscimo em Er(10) em Tg é muito menos pronunciado do que aquele
de outros materiais poliestirênicos e o módulo de relaxação é mantido num valor relativamente alto com
o aumento da temperatura até que a sua temperatura de fusão Tm seja aproximada.

 Deformação de Elastômeros
Uma das propriedades fascinantes dos materiais elastoméricos é a sua elasticidade semelhante à de uma
borracha. Ou seja, eles possuem habilidade de serem deformados a deformação bastante grandes e
então retornarem elasticamente, tais como molas, às suas formas originais.

Em um estado sem tensões, um elastômero será amorfo e composto por cadeias moleculares com
ligações cruzadas que são altamente torcidas, dobradas e espiraladas. A deformação elástica, mediante
a aplicação de uma carga de tração, é simplesmente o alinhamento parcial e o resultante alongamento
das cadeias na direção da tensão. Com a liberação da tensão, as cadeias se enrolam novamente,
voltando as conformações que existiam antes da aplicação da tensão.

Parte da força motriz para a deformação elástica é um parâmetro termodinâmico chamado de entropia,
quando esticado, um elastômero apresenta um aumento na temperatura.
Para que um polímero seja elastomérico: (1) Ele não deve cristalizar com facilidade; (2) as rotações
das ligações da cadeia devem ser relativamente livres; (3) O surgimento da deformação plástica deve ser
retardado; (4) O elastômero deve estar acima de sua temperatura de transição vítrea.
Obs: abaixo da sua Tg (Tv), um elastômero se torna frágil.

 Vulcanização
O processo de formação de ligações cruzadas nos elastômeros é chamado de vulcanização e é
realizado por uma reação química irreversível, conduzida normalmente em uma temperatura elevadas.

 Fenômenos da Cristalização, Fusão e Transição Vítrea em Polímeros


Três fenômenos que são importantes em relação ao projeto e ao processamento dos materiais
poliméricos são a cristalização, a fusão e a transição vítrea. A cristalização é o processo segundo o qual,
durante o resfriamento, uma fase cristalina é produzida a partir de um líquido fundido que possui uma
estrutura molecular altamente aleatória. A fusão é o processo inverso, que ocorre quando um polímero é
aquecido. O fenômeno da transição vítrea ocorre com os polímeros amorfos ou que não podem ser
cristalizados, os quais, quando são resfriados a partir de um líquido fundido, se tornam sólidos rígidos.

 Síntese e Processamento de Polímeros


As grandes macromoléculas dos polímeros comercialmente úteis devem ser sintetizadas a partir de
substâncias que possuem moléculas menores, em um processo denominado polimerização. Além
disso, as propriedades de um polímero podem ser modificadas e aprimoradas através da inclusão de
aditivos.
- Polimerização por adição (só adiciona)
- Polimerização por condensação (envolve mais de uma espécie monomérica e existe usualmente um
subproduto de pequena massa molar tal como a água, que é eliminado).

Métodos de conformação: Moldagem por compressão, moldagem por transferência, moldagem por
injeção, moldagem por extrusão, moldagem por insuflação.

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