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Também é possível para os compostos cerâmicos possuírem mais do que um tipo de cátion; no caso de
dois tipos de cátions (representados por A e B).
Perovskita: Espinélio:
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Estrutura do Carbono
O carbono existe em diversas formas polimórficas e também no estado amorfo. As estruturas do carbono
mais se aproximam na classificação de cerâmicos.
Diamante:
- À temperatura ambiente e pressão atmosférica, o diamante é um polimorfo metaestável do carbono.
- A estrutura do Diamante é similar à Blenda de Zinco.
- O Diamante possui alta Dureza e possui uma condutividade elétrica muito baixa.
Grafita:
- Um outro polimorfo do carbono é a grafita; ela possui uma estrutura cristalina que é distintamente
diferente daquela exibida pelo diamante.
- É mais estável do que o Diamante à temperatura e pressão ambientes.
- Portanto, o que diferencia o Diamante da grafita são as suas estruturas, que consequentemente
possuem propriedades diferentes.
Fulerenos:
- Outra forma polimórfica do carbono; consiste em um aglomerado esférico e oco de 60 átomos de
carbono; uma única molécula é representada por C60.
Nanotubo:
Faz com “uma camada” da grafita. Portanto, é resistente, pois a camada da grafita é bastante
resistente, mas a ligação entre as camadas é fraca (Van der Waals). Por isso, o nanotubo é muito mais
resistente que a grafita.
Grafeno:
Muito forte, leve, quase transparente. É o material mais forte demonstrado “nanotubo aberto”.
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Imperfeições nas Cerâmicas
Defeito de Frenkel: pode ser considerado como um cátion que deixa a sua posição normal e se move
para um sítio intersticial. Não existe alteração na carga, uma vez que o cátion mantém a mesma carga
positiva como um átomo intersticial.
Defeito de Schottky: pode ser considerado como tendo sido criado pela remoção de um cátion e de um
ânion do interior do cristal. Uma vez que tanto os cátions quanto os ânions possuem a mesma carga em
módulo, a neutralidade de cargas do cristal é mantida.
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Impurezas nas Cerâmicas
Como nos metais, átomos de impureza podem formar soluções sólidas (substitucional e intersticial) em
cerâmicos.
Para tensões de compressão, não existe qualquer amplificação de tensões associada a qualquer defeito
existente. Assim, as cerâmicas frágeis exibem resistências muito maiores em compressão do que em
tração.
Para melhorar a resistência à fratura de uma cerâmica frágil é possível utilizar: Mecanismos de
Tenacificação (que impede a trinca de se propagar o máximo possível) e adicionar compostos duros, por
exemplo.
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Comportamento Tensão-Deformação
Resistência à Flexão
O comportamento tensão-deformação das cerâmicas frágeis não é geralmente avaliado através de um
ensaio de tração, por 3 razões: 1. É difícil preparar e testar amostras que possuam a geometria exigida.
2. É difícil prender materiais frágeis sem fraturá-los. 3. As cerâmicas falham após uma deformação de
apenas 0,1%, o que exige que os corpos-de-prova de tração estejam perfeitamente alinhados para evitar
a presença de tensões de flexão.
Dessa forma, na maioria das vezes é empregado um ensaio de flexão transversal mais adequado, onde
um corpo-de-prova na forma de uma barra com seção transversal circular ou retangular é flexionado até
a fratura, utilizando uma técnica de carregamento em 3 ou 4 pontos
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Capítulo 14
MP -> moagem/homogeneização -> conformação -> secagem -> sinterização -> Produto Cerâmico
Moagem/homogeneização: As matérias-primas extraídas tem, em geral, que ser submetidas a uma
operação de moagem ou trituração, onde os tamanhos das partículas são reduzidos.
Conformação:
Conformação Hidroplástica: Os minerais à base de argila, quando misturados com água, se
tornam altamente plásticos e flexíveis, e podem ser moldados sem a formação de trincas;
entretanto, eles possuem limites de escoamento extremamente baixos.
A técnica de conformação hidroplástica mais comum é a extrusão, onde uma massa cerâmica
plástica rígida é forçada através de um orifício de uma matriz que possui a geometria desejada
da seção transversal. (Ex: Tijolos, tubos.)
Fundição em Suspensão: Um outro processo de conformação usado para composições à base
de argila é a fundição em suspensão, ou seja, argila e/ou outros materiais não plastificáveis
suspensos em água. Quando derramada dentro de um molde poroso (feito em geral de gesso-
de-paris), a água de suspensão é absorvida pelo molde, deixando uma camada sólida sobre a
parede do molde, cuja espessura irá depender do tempo. Na medida em que a peça fundida seca
e se contrai, ela se separa (ou se libera) da parede do molde; nesse momento, o molde pode ser
desmontando e a peça fundida pode ser removida.
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Prensagem de Pós (Conformação – Compactação)
Um outro método de conformação. Essencialmente, uma massa pulverizada contendo geralmente
uma pequena quantidade de água ou outro aglutinante é compactada na forma desejada por aplicação
de pressão.
Existem três procedimentos básicos para a prensagem de pós: prensagem uniaxial, prensagem isostática
(ou hidrostática) e prensagem a quente.
Em uma prensagem uniaxial, o pó é compactado em uma matriz metálica mediante uma
pressão aplicada em uma única direção A peça conformada assume a configuração da matriz e
da punção através da qual a pressão é aplicada. Esse método está restrito a formas
relativamente simples; entretanto, as taxas de produção são altas e o processo é barato.
Tanto para o procedimento uniaxial quanto para o isostático é necessária uma operação de cozimento
após a operação de prensagem. Durante o cozimento, a peça conformada se contrai e apresenta uma
redução de porosidade e uma melhora na sua integridade mecânica (sinterização).
Na prensagem a quente, a prensagem de pós e o tratamento térmico são realizados simultaneamente.
O procedimento é usado para materiais que não formam uma fase líquida, exceto em temperaturas
muito elevadas. Porém, é uma técnica de fabricação cara.
Secagem e Cozimento
Uma peça cerâmica que tenha sido conformada retém uma porosidade significativa e possui uma
resistência insuficiente para a maioria das aplicações práticas. Além disso, ela pode conter algum líquido.
Esse líquido é removido durante o processo de secagem; a massa específica e a resistência são
melhoradas como resultado de um tratamento térmico à alta temperatura, ou procedimento de cozimento.
Um corpo que tenha sido conformado e seco, mas que não tenha sido cozido, é denominado cru. As
técnicas de secagem e de cozimento são críticas, uma vez que defeitos que normalmente tornam a peça
imprestável (ex: trincas) podem ser introduzidos durante a operação.
Secagem: À medida que um corpo cerâmico à base de argila seca, ele também apresenta alguma
contração. Nos estágios iniciais da secagem, as partículas de argila estão virtualmente envolvidas e
separadas uma das outras por uma fina película de água. Conforme a secagem progride e a água é
removida, a separação entre as partículas diminui, o que se manifesta como contração.
Cozimento: Após a secagem, um corpo é geralmente cozido em uma temperatura entre 900 e 1400C.
Durante a operação de cozimento, a massa específica é aumentada ainda mais (com uma consequente
diminuição na porosidade) e a resistência mecânica é melhorada.
Quando materiais à base de argila são aquecidos até temperaturas elevadas, ocorrem algumas reações
consideravelmente complexas e intrincadas. Uma dessas reações é a vitrificação, que consiste na
formação gradual de um vidro líquido que flui para o interior e preenche parte do volume dos poros. A
vitrificação aumenta na medida em que a temperatura de cozimento aumenta.
Queima X Sinterização
A Queima possui 3 estágios: 1. Processos Pré-sinterização 2. Sinterização 3. Resfriamento
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Capítulo 15
Moléculas Poliméricas
As moléculas nos polímeros são gigantescas em comparação às moléculas de hidrocarbonetos até aqui
discutidas; devido aos seus tamanhos, elas são chamadas frequentemente de macromoléculas.
Essas longas moléculas são compostas por entidades estruturais chamadas de unidades repetidas (ou
mero), as quais se repetem sucessivamente ao longo da cadeia. O termo monômero se refere à pequena
molécula a partir da qual um polímero é sintetizado.
Quando todas as unidades repetidas ao longo de uma cadeia são do mesmo tipo, o polímero resultante
é chamado de homopolímero. Quando composta por duas ou mais unidades repetidas diferentes é
denominado copolímero.
Peso Molecular
Pesos moleculares extremamente elevados são observados nos polímeros com cadeias muito longas.
Durante o processo de polimerização, nem todas as cadeias poliméricas crescem até o mesmo
comprimento; isso resulta em uma distribuição de comprimentos de cadeias ou de pesos moleculares. (Aí
tem as fórmulas champz)
Estruturas Poliméricas
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Polímeros Termoplásticos e Polímeros Termofixos
Polímeros Termoplásticos: amolecem quando são aquecidos e endurecem quando resfriados,
processos que são totalmente reversíveis e que podem ser repetidos.
Obs: a maioria dos polímeros lineares e aqueles que possuem algumas estruturas ramificadas com
cadeias flexíveis são termoplásticos.
Polímeros Termofixos: eles se tornam permanentemente duros durante a sua formação e não
amolecem com um aquecimento subsequente. Os polímeros termofixos são, em geral, mais duros e mais
resistentes do que os termoplásticos e possuem uma melhor estabilidade dimensional.
Obs: os polímeros com ligações cruzadas e em rede, os quais incluem as borrachas vulcanizadas, os
epóxis, etc, são predominantemente termofixos.
Cristais Poliméricos
Foi proposto que um polímero semicristalino consiste em pequenas regiões cristalinas (cristalitos), as
estão entremeadas por regiões amorfas.
Muitos polímeros que são cristalizados a partir de uma massa fundida são semicristalinos e forma a
estrutura esferulita. A esferulita consiste em um agregado de cristalitos com cadeias dobradas em
formato de fita (lamelas).
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Capítulo 16
Comportamento Tensão-Deformação
Tipicamente, são encontrados três tipos diferentes de comportamento tensão-deformação para os
materiais poliméricos. A curva A ilustra o comportamento tensão-deformação para um polímero frágil,
mostrando que este fratura enquanto se deforma elasticamente. O comportamento de um material plástico,
curva B, é semelhante ao de muitos materiais metálicos; a deformação inicial é elástica, e esta é seguida
pelo escoamento e por uma região de deformação plástica. Finalmente, a deformação exibida pela curva
C é totalmente elástica; essa elasticidade típica da borracha (grandes deformações que podem ser
recuperadas) é exibida por uma classe de polímeros denominada elastômeros.
As características mecânicas dos polímeros são muito mais sensíveis a mudanças de temperatura do que
dos metais, por exemplo. O aumento da temperatura produz (1) uma diminuição no módulo de
elasticidade, (2) uma redução no limite de resistência à tração, (3) uma melhora na ductilidade.
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Fatores que influenciam as propriedades mecânicas dos Polímeros
- Peso molecular: caso aumente, também aumento o limite de resistência à tração.
- Grau de Cristalinidade: Maior grau de cristalinidade -> Maior Resistência -> material se torna mais
frágil.
- Pré-Deformação por Estiramento: Em termos comerciais, uma das técnicas mais importantes
utilizadas para aprimorar a resistência mecânica e o módulo de tração consiste em se deformar o
polímero permanentemente em tração.
- Tratamento Térmico: tratamento térmico (ou recozimento) de polímeros semicristalinos leva a
modificações no tamanho e na perfeição dos cristalitos, bem como na estrutura esferulita.
Deformação Viscoelástica
Um polímero amorfo pode se comportar como um vidro em temperaturas baixas, como um sólido com
as características de uma borracha em temperaturas intermediárias [acima da temperatura de transição
vítrea] e como um líquido viscoso, para temperaturas altas.
Em temperaturas intermediárias, o polímero é um sólido com as características de uma borracha, que
exibe características mecânicas que são uma combinação desses dois extremos; essa condição é
denominada viscoelasticidade.
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Módulo de Relaxação Viscoelástico
O comportamento viscoelástico dos materiais poliméricos dependem tanto do tempo quanto da
temperatura.
O comportamento log Er(10) versus temperatura para materiais poliestirênicos tendo várias configurações
moleculares. A curva para o material amorfo (curva C) é a mesma da Figura 16.12. Para um poliestireno
atático com ligações cruzadas numa leve extensão (curva B), a região elastomérica forma um patamar
que se estende até à temperatura na qual o polímero se decompõe. Para mais extensas ligações cruzadas,
a magnitude do valor Er(10) do patamar também aumentará. Materiais de borracha ou elastoméricos
exibem este tipo de comportamento e são ordinariamente utilizados em temperaturas dentro desta faixa
de patamar.
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Também mostrado na Figura 16.13 está a dependência em relação à temperatura para um poliestireno
isotático cristalino (Curva A). O decréscimo em Er(10) em Tg é muito menos pronunciado do que aquele
de outros materiais poliestirênicos e o módulo de relaxação é mantido num valor relativamente alto com
o aumento da temperatura até que a sua temperatura de fusão Tm seja aproximada.
Deformação de Elastômeros
Uma das propriedades fascinantes dos materiais elastoméricos é a sua elasticidade semelhante à de uma
borracha. Ou seja, eles possuem habilidade de serem deformados a deformação bastante grandes e
então retornarem elasticamente, tais como molas, às suas formas originais.
Em um estado sem tensões, um elastômero será amorfo e composto por cadeias moleculares com
ligações cruzadas que são altamente torcidas, dobradas e espiraladas. A deformação elástica, mediante
a aplicação de uma carga de tração, é simplesmente o alinhamento parcial e o resultante alongamento
das cadeias na direção da tensão. Com a liberação da tensão, as cadeias se enrolam novamente,
voltando as conformações que existiam antes da aplicação da tensão.
Parte da força motriz para a deformação elástica é um parâmetro termodinâmico chamado de entropia,
quando esticado, um elastômero apresenta um aumento na temperatura.
Para que um polímero seja elastomérico: (1) Ele não deve cristalizar com facilidade; (2) as rotações
das ligações da cadeia devem ser relativamente livres; (3) O surgimento da deformação plástica deve ser
retardado; (4) O elastômero deve estar acima de sua temperatura de transição vítrea.
Obs: abaixo da sua Tg (Tv), um elastômero se torna frágil.
Vulcanização
O processo de formação de ligações cruzadas nos elastômeros é chamado de vulcanização e é
realizado por uma reação química irreversível, conduzida normalmente em uma temperatura elevadas.
Métodos de conformação: Moldagem por compressão, moldagem por transferência, moldagem por
injeção, moldagem por extrusão, moldagem por insuflação.
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