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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES


Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes – DNIT

Superintendência Regional no Estado do Rio Grande do Sul

Anteprojeto de Engenharia para Recuperação Estrutural e Adequação da


Capacidade de Carga da Ponte sobre o Rio Caí, na BR-386/RS – km 426,9,
pista da direita (sentido Interior/Capital).

Rodovia: BR-386/RS

Trecho: Entr. BR-158(A) (Div. SC/RS) – Entr. BR-116(B) /BR-290 (p/ Porto
Alegre)

Subtrecho: Entr BR-470 – Entr. BR-470/116(A) (CANOAS)

Segmento: Km 401,2 - Km 446,5 – Ponte: km 426,902 – km 427,157

Código do SNV: 386BRS0330

RELATÓRIO DE ANTEPROJETO

Volume 1 – Memória justificativa do anteprojeto

JUNHO/2017
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes – DNIT

Superintendência Regional no Estado do Rio Grande do Sul

Anteprojeto de Engenharia para Recuperação Estrutural e Adequação da


Capacidade de Carga da Ponte sobre o Rio Caí, na BR-386/RS – km 426,9,
pista da direita (sentido Interior/Capital).

Rodovia: BR-386/RS

Trecho: Entr. BR-158(A) (Div. SC/RS) – Entr. BR-116(B) /BR-290 (p/ Porto
Alegre)

Subtrecho: Entr BR-470 – Entr. BR-470/116(A) (CANOAS)

Segmento: Km 401,2 - Km 446,5 – Ponte: km 426,902 – km 427,157

Código do SNV: 386BRS0330

RELATÓRIO DE ANTEPROJETO

Volume 1 – Memória justificativa do anteprojeto

JUNHO/2017
Sumário
1 APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 3
2 MAPA DE SITUAÇÃO ................................................................................................................. 5
3 ESTUDOS PARA O ANTEPROJETO DE ENGENHARIA ................................................................... 6
3.1 VISITA TÉCNICA.......................................................................................................................... 6
3.2 ESTUDOS TOPOGRÁFICOS............................................................................................................. 14
3.3 ESTUDOS DE TRAÇADO ................................................................................................................ 15
3.4 INFORMAÇÕES DE TRÁFEGO ......................................................................................................... 15
3.5 ESTUDOS GEOLÓGICOS E GEOTÉCNICOS .......................................................................................... 15
3.6 ESTUDOS HIDROLÓGICOS...........................................................................................................24
3.7 ESTUDOS DA OAE................................................................................................................... 24
3.8 ESTUDOS AMBIENTAIS.............................................................................................................. 24
3.8.1 Identificação de áreas legalmente protegidas ............................................................ 25
3.8.2 Registros dos passivos ambientais .............................................................................. 25
3.8.3 Identificação de condicionantes de eventual licença ambiental emitida .................... 26
3.9 IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS ........................................................................................... 26
3.10 IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS OCUPADAS ....................................................................................... 26
4 ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO ESTRUTUTRAL E ADEQUAÇÃO DE
CAPACIDADE DE CARGA DE OAE ..................................................................................................................... 27
4.1 ANTEPROJETO GEOMÉTRICO..................................................................................................... 27
4.2 ANTEPROJETO DE INTERSEÇÕES, RETORNOS E ACESSOS ................................................................. 27
4.3 ANTEPROJETO DE TERRAPLENAGEM........................................................................................... 27
4.4 ANTEPROJETO DE PAVIMENTAÇÃO ........................................................................................... 27
4.5 ANTEPROJETO DE DRENAGEM ..................................................................................................28
4.6 ANTEPROJETO DE SINALIZAÇÃO E OBRAS COMPLEMENTARES......................................................... 28
4.6.1 Sinalização ................................................................................................................. 28
4.6.2 Obras Complementares ............................................................................................. 29
4.7 ANTEPROJETO DE OAE – RECUPERAÇÃO.................................................................................. 29
4.7.1 Descrição da estrutura existente ............................................................................... 29
4.7.2 Descrição dos problemas estruturais da ponte ......................................................... 30
4.7.3 Soluções propostas e premissas de cálculo ............................................................... 30
4.8 REQUISITOS AMBIENTAIS ....................................................................................................... 33
4.9 INTERFERÊNCIAS .................................................................................................................. 33
4.10 DESAPROPRIAÇÃO E REASSENTAMENTO ................................................................................... 33
4.11 PLANO FUNCIONAL DO EMPREENDIMENTO............................................................................... 33
4.12 PLANO DE EXECUÇÃO E CANTEIRO DE OBRAS............................................................................ 33
5 DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA E ARTs.............................................................36
6 TERMO DE ENCERRAMENTO ....................................................................................................39

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
1 APRESENTAÇÃO

Este volume do Anteprojeto de Engenharia versa sobre a Recuperação


Estrutural e Adequação da Capacidade de Carga da Ponte sobre o Rio Caí, na
BR-386/RS – km 426,9, pista da direita.

Os principais elementos do referido Anteprojeto são os seguintes:

• Rodovia: BR- 386

• Trecho: Entr. BR-158(A) (Div. SC/RS) – Entr. BR-116(B) /BR-290


(p/ Porto Alegre)

• Subtrecho: Entr BR-470 – Entr. BR-470/116(A) (CANOAS)

• Extensão: 0,225km

• Código do SNV: 386BRS0330

• Segmento: Km 401,2 - Km 446,5 – Ponte: km 426,902 – km


427,157

Neste relatório são apresentadas as informações requeridas na Instrução


de Serviço/DG n°. 09, de 23 de maio de 2016, onde são estabelecidas as
diretrizes para elaboração, apresentação, análise e aceitação de Anteprojetos de
Engenharia e a elaboração do Termo de Referência para licitação das obras no
âmbito de RDC – no Regime de Contratação Integrada em empreendimento do
DNIT.
Neste sentido salienta-se que este Anteprojeto, tem por objetivo principal a
caracterização do objeto contratual em consonância com o Termo de
Referência e servir como elemento base para elaboração do orçamento de
referência (estimativa) que norteará o processo licitatório.

Considerando os objetivos deste Anteprojeto e em função da natureza do


empreendimento, que contempla exclusivamente a eliminação das patologias
existentes e a adequação da capacidade de carga para trem tipo TB-45, este
volume não apresenta alguns elementos elencados na I.S./DG Nº 09 (fase de
estudos e anteprojeto), o que não acarreta prejuízo técnico a contratação e
corrobora para a agilidade do certame, posto que em função destas patologias a
estrutura encontra-se interditada, causando restrição no número de faixas de
tráfego da rodovia.

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
3
O Anteprojeto foi dividido nos seguintes volumes:

• Volume 1 – Memória Justificativa do Anteprojeto

• Volume 2 – Pranchas de Desenho do Anteprojeto

• Volume 3 – Orçamento do Anteprojeto

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
4
2 MAPA DE SITUAÇÃO

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
5
3 ESTUDOS PARA O ANTEPROJETO DE ENGENHARIA

Neste capítulo serão apresentados os elementos técnicos e as informações


coletadas, ou disponíveis, para fundamentar o Anteprojeto de Engenharia, objeto
desse relatório.

3.1 Visita técnica

A seguir está apresentado o Relatório da Visita Técnica realizada em


04/10/2016, que consiste no primeiro elemento técnico a embasar a futura
contratação (RDCi), em conformidade com o que preconiza a IS/DG Nº09 de
23/05/2016.

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
6
7
8
9
10
11
12
13
3.2 Estudos topográficos

Os estudos topográficos constantes deste anteprojeto trataram tão


somente do levantamento das dimensões da obra de arte e seus elementos
complementares. Estes levantamentos estão apresentados no Volume 2 deste
relatório.

O Anteprojeto apresenta um perfil do terreno baseado nos cadastros do


Sistema de Gerenciamento de Obras de Arte Especiais - SGO, bem como nos
levantamentos feitos durante a intervenção realizada na ponte sobre o Rio Caí,
em 2012.

As coordenadas UTM da Ponte sobre o Rio Caí são respectivamente, no


km 426+901- N 6700942, L 0465989 (entrada da ponte, sentido interior/capital) e
km 427+157 – N 6700815, L 0466226 (saída da ponte, sentido interior capital).

De acordo com o objetivo do anteprojeto estes são os elementos mínimos


necessários à sua elaboração. Os demais elementos de topografia, como
modelagem digital do terreno e cadastros de elementos interferentes a obra serão
incluídos na contratação em tela (Projeto de Engenharia), com o objetivo de
amarração e georreferenciamento da ponte.

A seguir segue a apresentação dos principais elementos da estrutura:

PERFIL LONGITUDINAL

SEÇÃO TRANSVERSAL – TRECHO EM BALANÇO SUCESSIVO

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
14
SEÇÃO TRANSVERSAL – TRECHO EM VIGAS PRÉ-MOLDADAS

3.3 Estudos de traçado

O Anteprojeto de Engenharia sobre o qual esse relatório se debruça diz


respeito a uma recuperação de OAE, sem interferência com as características
técnicas e operacionais da rodovia. Dessa forma, o traçado não sofrerá qualquer
alteração, o que dispensa estudos sobre o mesmo.

3.4 Informações de tráfego


Não estão apresentados neste Anteprojeto informações referentes ao
tráfego, mais uma vez, em função na natureza dos serviços e da celeridade
demandada, não se justificando a realização destes estudos nesta etapa.
Para o pré-dimensionamento da camada de rolamento da OAE foi adotado
o número N 3,09 x 107 (ESALF), correspondente ao ano de 2018, obtido do
Relatório Preliminar dos Estudos – RPE (junho/2015), integrante do Contrato
DNIT PP-920/2013-00 que trata do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e
Ambiental (EVTEA) e Projeto Básico/Executivo de Engenharia para
Melhoramentos Físicos e Segurança de Tráfego na Rodovia BR-386/RS, no
segmento da Ponte do Rio Caí, elaborado pela empresa STE – Serviços Técnicos
de Engenharia S.A.

3.5 Estudos geológicos e geotécnicos

As informações aqui apresentadas, referem-se às Sondagens SP-01 e SP-


02, realizadas pelo Consórcio Hollus Astep, através da empresa Ship América
Fundações e Sondagens, em ambas as margens do Rio Caí, próximas aos pilares
P2 e P4. Estas sondagens foram utilizadas para a definição dos serviços de
reforço das fundações.

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
15
Os furos de sondagem foram executados no período de 06/02/2017 a
08/02/2017, com os critérios definidos pela NBR 6484/1980.

No Item 4.12 Plano de Execução e Canteiro de Obras, está apresentado


um croqui com a localização das fontes de materiais e respectivas DMTs em
relação ao canteiro de obras.

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
16
17
18
19
SHIP AMÉRICA FUNDAÇÕES E SONDAGENS

Rua Primavera, 1.931 - Bairro Rio Branco – Canoas/RS – Cep: 92.200-300


Fone/Fax: 55 (51) 3029 0380 / 3026 0354 – e-mail: ship@shipamerica.com.br
20
“Qualidade ao Seu Alcance!”
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO DO SOLO SPT

RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO AMOSTRADOR:

PROFUNDIDADE
Ø INTERNO = 34.9 mm PESO: 65 Kg

PROFUDIDADE
NÍVEL D'ÁGUA

DA CAMADA
BENTONITA

AMOSTRAS
Ø EXTERNO = 50.8 mm ALTURA DE QUEDA: 75 cm

AVANÇO
NÚMERO DE GRÁFICO
REVESTIMENTO:

(m)

(m)

(m)

(m)
GOLPES 1ae 2a penetrações
Ø 76.2 mm
2ae 3a penetrações
(golpes/cm)
10 20 30 40 DESCRIÇÃO DO MATERIAL
1a/2a 2a/3a
5 5 00
AREIA ARGILOSA, FOFA A POUCO COMPACTA, COR
MARROM
1,00 1,00
5 4 1,08
01

AREIA MÉDIA E FINA POUCO ARGILOSA, FOFA A


2,00 MUITO COMPACTA, COR CINZA
33 42 02 2,22
SILTE ARENOSO POUCO ARGILOSO, FOFO, COR
2,85 AMARELO VARIEGADO
3,00
42 48 03

30 4,00
55 15 04
CA
SILTE ARENOSO, MUITO COMPACTO, COR CINZA
30 5,00
15 - 05

58 30 6,00
29 14 6,29 6,29

7,00 IMPENETRÁVEL AO AMOSTRADOR

NOTA:
Furo paralisado conforme descrito no item 6.4.1 da norma
8,00 NBR6484:2001 - Solo - Sondagem de Simples Reconhecimento
com SPT.

9,00

10,00

11,00

12,00

13,00

14,00

15,00

16,00
N.A. INICIAL: 06/02/17 : 1,08m
N.A. FINAL: 07/02/17 : N.F.O.

17,00

18,00

19,00

20,00
NÃO FOI ENCONTRADO - NFE NÃO FOI OBSERVADO - NFO TRADO CAVADEIRA - TC TRADO HELICOIDAL - TH CIRCULAÇÃO DE ÁGUA - CA REVESTIMENTO

PERFIL N°: INÍCIO: TÉRMINO: COTA: OBS.:


RN: 0,00 Para determinação de material caracterizado como "IMPENETRAVEL A PERCUSSÃO/
SP 1 06/02/2017 06/02/2017
FURO: -1,30
LAVAGEM", somente com execução de sondagem rotativa.

ORÇAMENTO: DATA:
CLIENTE: HOLLUS SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS LTDA SPT 0130.126/17
ESCALA: DESENHO:
OBRA: BR 386 - SOB A PONTE DO RIO CAÍ - TRIUNFO - RS
1/100 SFH
RESP. APROVAÇÃO: FOLHA:
IVANDRO GASPERIN - CREA-RS : 149680
TÉCNICO:

Rua Privamera, 1.931, Rio Branco - Canoas/RS (51) 3477 2391 / 3026 0354 ship@shipamerica.com.br
21
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO DO SOLO SPT

RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO AMOSTRADOR:

PROFUNDIDADE
Ø INTERNO = 34.9 mm PESO: 65 Kg

PROFUDIDADE
NÍVEL D'ÁGUA

DA CAMADA
BENTONITA

AMOSTRAS
Ø EXTERNO = 50.8 mm ALTURA DE QUEDA: 75 cm

AVANÇO
NÚMERO DE GRÁFICO
REVESTIMENTO:

(m)

(m)

(m)

(m)
GOLPES 1ae 2a penetrações
Ø 76.2 mm
2ae 3a penetrações
(golpes/cm)
10 20 30 40 DESCRIÇÃO DO MATERIAL
1a/2a 2a/3a
27 28 00

AREIA MÉDIA A FINA, COMPACTA, COR MARROM


1,00 0,98
14 11 01

2,00 SILTE ARGILO-ARENOSO, MÉDIO A RIJO, COR


11 9 02
PRETO VARIEGADO

3,00
7 7 03 3,20

4,00
7 6 04

5,00
8 8 05 AREIA MÉDIA A FINA SILTOSA, POUCO COMPACTA A
MEDIANAMENTE COMPACTA, COR CINZA
VARIEGADO
6,00
14 10 06

7,00
10 10 07
7,40

8,00
10 10 08

9,00
12 12 09
AREIA MÉDIA E GROSSA POUCO SILTOSA,
MEDIANAMENTE COMPACTA, COR CINZA

10,00
12 13 10

10,79
11,00 11,00
16 16 11
CA

12,00 AREIA MÉDIA A FINA POUCO SILTOSA,


15 17 12
MEDIANAMENTE COMPACTA, COR CINZA

13,00
14 9 13 13,30

14,00
11 12 14

AREIA MÉDIA A GROSSA POUCO SILTOSA,


15,00 MEDIANAMENTE COMPACTA A COMPACTA, COR
15 18 15 CINZA
N.A. INICIAL: 07/02/17 : SECO ATÉ OS 2,45 m.

16,00
20 25 16 16,29
N.A. FINAL: 09/02/17 : N.F.O.
TÉRMINO DA SONDAGEM

17,00
39 49 17

30 18,00
15 - 18 SILTE ARGILOSO POUCO ARENOSO, DURO, COR
ROXO VARIEGADO

59 30 19,00
27 12 19

30
7 - 20,00 20,00 20,00
NÃO FOI ENCONTRADO - NFE NÃO FOI OBSERVADO - NFO TRADO CAVADEIRA - TC TRADO HELICOIDAL - TH CIRCULAÇÃO DE ÁGUA - CA REVESTIMENTO

PERFIL N°: INÍCIO: TÉRMINO: COTA: OBS.:


RN: 0,00 Para determinação de material caracterizado como "IMPENETRAVEL A PERCUSSÃO/
SP 2 07/02/2017 08/02/2017
FURO: -4,18
LAVAGEM", somente com execução de sondagem rotativa.

ORÇAMENTO: DATA:
CLIENTE: HOLLUS SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS LTDA SPT 0130.126/17
ESCALA: DESENHO:
OBRA: BR 386 - SOB A PONTE DO RIO CAÍ - TRIUNFO - RS
1/100 SFH
RESP. APROVAÇÃO: FOLHA:
IVANDRO GASPERIN - CREA-RS : 149680
TÉCNICO:

Rua Privamera, 1.931, Rio Branco - Canoas/RS (51) 3477 2391 / 3026 0354 ship@shipamerica.com.br
22
SONDAGEM DE RECONHECIMENTO DO SOLO SPT

RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO AMOSTRADOR:

PROFUNDIDADE
Ø INTERNO = 34.9 mm PESO: 65 Kg

PROFUDIDADE
NÍVEL D'ÁGUA

DA CAMADA
BENTONITA

AMOSTRAS
Ø EXTERNO = 50.8 mm ALTURA DE QUEDA: 75 cm

AVANÇO
NÚMERO DE GRÁFICO
REVESTIMENTO:

(m)

(m)

(m)

(m)
GOLPES 1ae 2a penetrações
Ø 76.2 mm
2ae 3a penetrações
(golpes/cm)
10 20 30 40 DESCRIÇÃO DO MATERIAL
1a/2a 2a/3a
20,07
CA
30 - 20,07
7 SILTE ARGILOSO POUCO ARENOSO, DURO, COR

21,00 IMPENETRÁVEL AO AMOSTRADOR

NOTA:
Furo paralisado conforme descrito no item 6.4.1 da norma
22,00 NBR6484:2001 - Solo - Sondagem de Simples Reconhecimento
com SPT.

23,00

24,00

25,00

26,00

27,00

28,00

29,00

30,00

31,00

32,00

33,00

34,00

35,00

36,00

37,00

38,00

39,00

40,00
NÃO FOI ENCONTRADO - NFE NÃO FOI OBSERVADO - NFO TRADO CAVADEIRA - TC TRADO HELICOIDAL - TH CIRCULAÇÃO DE ÁGUA - CA REVESTIMENTO

PERFIL N°: INÍCIO: TÉRMINO: COTA: OBS.:


RN: 0,00 Para determinação de material caracterizado como "IMPENETRAVEL A PERCUSSÃO/
SP 2 07/02/2017 08/02/2017
FURO: -4,18
LAVAGEM", somente com execução de sondagem rotativa.

ORÇAMENTO: DATA:
CLIENTE: HOLLUS SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS LTDA SPT 0130.126/17
ESCALA: DESENHO:
OBRA: BR 386 - SOB A PONTE DO RIO CAÍ - TRIUNFO - RS
1/100 SFH
RESP. APROVAÇÃO: FOLHA:
IVANDRO GASPERIN - CREA-RS : 149680
TÉCNICO:

Rua Privamera, 1.931, Rio Branco - Canoas/RS (51) 3477 2391 / 3026 0354 ship@shipamerica.com.br
23
3.6 Estudos hidrológicos

Não foram efetuados estudos hidrológicos para este Anteprojeto. Os


mesmos foram incluídos no escopo da contratação (RDCi) do Projeto Executivo
de Engenharia, com o objetivo de respaldar e/ou embasar futuras intervenções no
segmento.

Ressalte-se que os estudos hidrológicos, conforme descrito na Instrução de


Serviço/DG n° 09, não integraram este relatório, pois não serão executados
serviços que demandem dimensionamento hidráulico para a ponte do Rio Caí,
que não terá seu dimensionamento alterado nesta contratação.

Esta decisão foi tomada em função da necessidade de se reestabelecer o


tráfego o mais breve possível sobre a estrutura, executando tão somente os
serviços de recuperação estrutural e adequação da capacidade de carga.

Também, corroboram para esta definição as informações contidas no


relatório da vistoria técnica, que indica a ausência de indícios de grandes cheias
no local, bem como de registro histórico de grandes elevações da cota do rio, as
quais poderiam comprometer a estabilidade da ponte.

No entanto, caso os estudos a serem elaborados pela Contratada apontem


para a necessidade de alteração na geometria da ponte (p.ex. a borda livre), a
recuperação estrutural e a adequação da capacidade carga serão executadas da
mesma forma e a adequação hidráulica será objeto de uma futura intervenção,
em tempo e situação oportunos.

3.7 Estudos da OAE

Os itens referentes à fase de estudos desta OAE, como os dados das


inspeções e as considerações quanto às necessidades de intervenções na
estrutura, estão apresentados no item 4.7, Anteprojeto da OAE.

3.8 Estudos ambientais

A Instrução de Serviço/DG n° 09, que define as diretrizes para elaboração,


apresentação, análise e aceitação de Anteprojetos de Engenharia, no âmbito de
RDC, no que tange os estudos ambientais, define que deverão ser abordadas as
seguintes questões:

• identificação de áreas legalmente protegidas;

• registros dos passivos ambientais;

• identificação de condicionantes de eventual licença ambiental


emitida.

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
24
Além das questões abordadas pela Instrução de Serviço/DG n° 09, na
elaboração deste Anteprojeto foi prevista a destinação dos resíduos inertes
(Classe II), resultantes dos serviços de demolição e das sobras de materiais de
construção, para a Central de Resíduos Sólidos Industriais – Destinação Final
(Classes I. IIA e IIB) da Empresa Multti Serviços Tecnologia Ambiental Ltda,
localizada no munícipio de Nova Santa Rita/RS distante 1,0 km da BR-386/RS no
km 431, com distância aproximada 5,0 km da obras.

Para o revestimento de CBUQ a ser removido da OAE, foi adotado o


processo fresagem contínua, com objetivo de facilitar a destinação do mesmo,
que desta forma poderá ser reaproveitado pelo próprio DNIT e/ou Prefeituras em
serviços de melhorias na faixa de domínio e acessos públicos.

3.8.1 Identificação de áreas legalmente protegidas

Segundo a Instrução de Serviço/DG n°. 09, as áreas legalmente protegidas


são: Terras Indígenas, Comunidades Quilombolas, Sítios Arqueológicos e Bens
Tombados, Cavernas, Unidades de Conservação e áreas de Preservação
Permanente.

Como os serviços a serem executados, referem-se a uma estrutura já


implantada, e que tem sua operação regulamentada pelo PROFAS, este item da
IS não se aplica.

3.8.2 Registros dos passivos ambientais

Segundo a Instrução de Serviço/DG n° 09, o registro de passivos


ambientais consiste na identificação das áreas degradadas que se situam no
interior da faixa de domínio e suas áreas lindeiras. Ainda segundo a instrução,
são considerados passivos ambientais: (a) problemas ambientais decorrentes da
existência da rodovia (erosão, assoreamentos, inundações, deslizamento,
ausência de mata ciliar, outros) e (b) áreas antigas de uso (acampamentos,
usinas, pedreiras, outras ocorrências de materiais) não recuperados
anteriormente.

Com base nas inspeções de campo e na observação de imagens de


satélite mais recentes, não foram identificados passivos ambientais próximos à
ponte. Ocorre apenas, nas margens do Rio Caí sob a estrutura da ponte alguns
pequenos depósitos de lixo doméstico, provavelmente deixados por transeuntes
que se utilizam eventualmente do local para pratica de pesca.

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
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3.8.3 Identificação de condicionantes de eventual licença ambiental
emitida

A Rodovia está inserida no Programa de Rodovias Federais


Ambientalmente Sustentáveis – PROFAS, através do Termo de Compromisso
celebrado entre o DNIT e o IBAMA em 22/12/2014 que visa compatibilizar a
necessidade de operação e manutenção da rodovia às normas ambientais
vigentes. Deste Termo de Compromisso e da Portaria Interministerial MMA/MT
Nº 288/2013 e a Portaria MMA Nº 289/2013 que institui o PROFAS se define
que os serviços a serem executados, conforme definido na MMA/MT Nº
288/2013, Art. 2º, §2º, Inciso IX - recuperação de obras de arte especiais, tais
como pontes, viadutos, passarelas, túneis e cortinas de concreto; e estão
autorizados e deverão seguir as premissas estabelecidas no Termo de
Compromisso supracitado.

3.9 Identificação de interferências

Como não existem no local da obra equipamentos ou serviços públicos


visíveis (aparentes) que necessitem ser removidos e/ou remanejados, não foram
feitos registros nesse sentido.

Saliente-se que o Rio Caí, no segmento em que a ponte o atravessa,


constitui-se em uma hidrovia em operação, com gabarito de navegação em
ambas as pontes, das pistas direita (a que será recuperada) e esquerda, os quais
não serão alterados.

3.10 Identificação de áreas ocupadas

Não existem no local da obra áreas passíveis de desapropriação e/ou


reassentamento.

VOLUME 1 – MEMÓRIA ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO E ADQUAÇÃO


JUSTIFICATIVA DO DE CAPACIDADE CARGA DE OAE NA RODOVIA BR-386/RS
ANTEPROJETO
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4 ANTEPROJETO DE ENGENHARIA PARA RECUPERAÇÃO
ESTRUTUTRAL E ADEQUAÇÃO DE CAPACIDADE DE CARGA DE OAE

Baseado nas informações dos estudos realizados até aqui, abaixo serão
discorridas as premissas do Anteprojeto de Engenharia para Recuperação
Estrutural e Adequação da Capacidade de Carga da Ponte sobre o Rio Caí, na
BR-386/RS – km 426,9, pista da direita.

4.1 Anteprojeto geométrico

Visto que o projeto em questão não se trata de implantação, adequação ou


duplicação da rodovia e sim de uma obra de recuperação de OAE, não haverá
alteração alguma no traçado da rodovia. Assim sendo, não foi elaborado um
Anteprojeto Geométrico.

Os desenhos das seções transversais, contendo as dimensões da ponte,


resultantes dos levantamentos realizados na estrutura, estão apresentados no
Volume 2 – Pranchas e Desenhos do Anteprojeto.

4.2 Anteprojeto de interseções, retornos e acessos

Não se aplica.

4.3 Anteprojeto de Terraplenagem

Não se aplica.

4.4 Anteprojeto de Pavimentação

O Anteprojeto de Pavimentação deste relatório trata somente do


dimensionamento da camada final de rolamento, construída em concreto asfáltico,
aplicado sobre a estrutura.

A opção foi pela utilização de pavimento flexível, preconizando a


continuidade do pavimento da rodovia e a disponibilidade de equipamentos
adequados.

Conforme definição dos estudos de tráfego, o número “N” (número de


operações do eixo padrão) utilizado para esta finalidade será o de 3,09 x 107
(ESALF). A partir desta definição, utilizando-se o Manual de Projetos de Obras-
de-Arte Especiais – DNER 698/96 que define a espessura do revestimento

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ANTEPROJETO
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flexível em função deste número, e fixa um valor de 7cm de espessura para N >
106 , adotamos 7,0 para de revestimento em CBUQ.

Para fins de orçamento foi utilizado ligante asfáltico modificado por


polímero elastomérico do tipo 60/85-E – de acordo com a Norma DNIT 129/2011
– EM.

4.5 Anteprojeto de Drenagem

Não estão previstos dispositivos de drenagem no escopo deste


Anteprojeto. Cabe ressaltar mais uma vez que no escopo da futura contratação
(RDCi) serão incluídos os estudos hidrológicos, porém sem inclusão de obras de
drenagem ou adequação de dispositivos de drenagem.

4.6 Anteprojeto de Sinalização e Obras Complementares

4.6.1 Sinalização

Foi elaborado um Anteprojeto de Sinalização com base nas Normas e


Especificações vigentes, cujas plantas encontram-se no Volume 2 deste relatório.

Este Anteprojeto visa basicamente reestabelecer a sinalização padrão das


rodovias, em segmentos de OAEs, implantando a pintura horizontal de faixas com
tinta acrílica - espessura de 6,0 mm (NBR 11862/92), e contemplando ainda a
implantação de defensas metálicas, placas de sinalização totalmente refletivas e
elementos refletivos – tachas monodirecionais.

A seguir está apresentado o Quadro Resumo com os quantitativos de


Sinalização.

RESUMO SINALIZAÇÃO

ITEM UNIDADE QUANTIDADE CÓDIGO SICRO 3

Defensa semi-maleável simples (forn./ impl.) m 148,000 3713604


Ancoragem defensa semi-maleável simples (forn/imp) m 16,000 3713605
Defensa semi-maleável dupla (forn./ impl.) m 492,000 3713606
Ancoragem defensa semi-maleável dupla (forn/ impl) m 16,000 3713603
Pint. faixa-tinta base acríl. e=0,6mm-NBR 11862/92 m² 292,875 5213401
Forn. e colocação de tacha reflet. Monodirecional und. 94,000 5213359
Forn. e implantação placa sinaliz. tot.refletiva m² 5,225 5213572

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ANTEPROJETO
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4.6.2 Obras Complementares

Foi prevista a demolição dos guarda-rodas, a fim de permitir o reforço


estrutural da laje do tabuleiro da ponte, bem como foi prevista sua reconstrução
dentro dos padrões atuais estipulados pelo DNIT.

4.7 Anteprojeto de OAE – Recuperação

O Anteprojeto de Recuperação e Adequação da Capacidade de Carga da


Ponte sobre Rio Caí na BR-386/RS tem por objetivo a correção dos problemas
apresentados pela estrutura, basicamente através do reforço das fundações, da
eliminação dos dentes Gerber e do aumento da seção transversal, tanto das vigas
pré-moldadas, quanto da laje da mesma.

4.7.1 Descrição da estrutura existente

A Ponte da pista direita sobre o Rio Caí, foi projetada e construída no final
da década de 1960 pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do
Estado do Rio Grande do Sul – DAER/RS.

Pela época do projeto e da construção e também pelas características de


geometria transversal permite-se identificar que a mesma foi dimensionada para o
trem tipo Classe 36 tf, vigente na época.

A Classe de dimensionamento da estrutura é presumida pelos fatores


citados anteriormente, pois não foi encontrado o Projeto Final de Engenharia da
OAE. Esta informação foi evidenciada em consulta realizada ao DAER pelo DNIT
no ano de 2012, descrita no Processo DNIT 50610.002087/2012-91, que trata de
uma vistoria e problemas detectados na estrutura naquele ano.

A Ponte possui uma extensão total de 256,73 m e 10,20 m de largura. A


seção transversal da obra existente possui 8,23 m de pista, mais dois guarda-
rodas de 0,42 m e um passeio de 1,13 m totalizando os 10,20 m.

O tabuleiro é composto por uma laje de concreto armado, coberta por uma
capa de rolamento de CBUQ, com espessuras de 16,0 cm e 7,0 cm,
respectivamente.

A superestrutura pode ser dividida em dois trechos, cada um contendo


quatro vãos. No primeiro, dos pilares P1 a P5, a superestrutura é formada por
avanços sucessivos de aproximadamente 15 m para cada lado dos pilares, onde
são apoiadas vigas pré-moldadas de 20 m de comprimento, com o auxílio de
dentes Gerber, nas extremidades. A mesoestrutura constitui-se de pilares de
concreto armado em elemento único ao longo de toda a seção transversal. A
infraestrutura é composta por estacas metálicas, unidas por um bloco de
coroamento em concreto armado.

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ANTEPROJETO
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O Segundo trecho dos pilares P5 ao encontro P9, é composto por quatro
vãos de 20 m, com vigas pré-moldadas apoiadas sobre uma viga travessa. A
mesoestrutura é formada por pilares retangulares de concreto armado unidos no
topo pela viga travessa e a infraestrutura é composta por estacas pré-moldadas
de concreto, unidas por um bloco de coroamento em concreto armado.

No trecho 1, a estrutura possui aparelhos de apoio em Neoprene, nos


dentes Gerber, assim como no trecho das vigas pré-moldadas, onde a estrutura
apresenta também, na junção dos vãos, juntas físicas do tipo Jeene.

Não existe dispositivos de proteção dos pilares contra impactos da


navegação.

No Volume 2 – Pranchas de Desenho do Anteprojeto, estão apresentadas


todas as características citadas acima.

4.7.2 Descrição dos problemas estruturais da ponte

O principal problema da OAE em questão é o movimento pendular


excessivo dos pilares P2, P3 e P4, na direção longitudinal da estrutura, causando
o deslocamento dos vãos Gerber. Este movimento pendular é causado,
basicamente, pela ineficiência das armaduras dos referidos pilares, frente ás
solicitações atuais impostas por veículos de carga muito mais pesados, que os da
época da construção da ponte.

Como podemos ver nas fotografias do relatório de visita, os vão Gerber


estão sendo efetivamente deslocados, inclusive com a expulsão dos aparelhos de
apoio da estrutura.

As juntas estão danificadas e os pilares já apresentam trincas importantes.

4.7.3 Soluções propostas e premissas de cálculo

Primeiramente, em termos de geometria, a solução proposta para a Ponte


sobre o Rio Caí manterá os atuais 10,20 m de largura da seção transversal, com
a substituição dos Guarda-Rodas, adequando-os ao atual padrão do DNIT. A
ponte não será alargada.

Para a solução dos problemas estruturais e adequação da capacidade de


carga da Ponte sobre o Rio Caí, estão propostas as seguintes intervenções:

Reforço da infraestrutura junto aos pilares P2, P3 e P4, através da


execução de 12 estacas injetadas de concreto por bloco (tipo estaca
raiz) e do envelopamento de cada um destes blocos;

Reforço dos mesmos pilares (P2, P3 e P4), através de um


encamisamento de 20,0 cm, para cada lado de cada pilar, a fim de
comportar a armadura necessária ao referido reforço;

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Eliminação dos dentes Gerber, através da solidarização dos mesmos,
com o uso de barras Dywidag e eliminação das juntas físicas de
dilatação no trecho construído em avanços sucessivos;

Reforço da vigas pré-moldadas, através do aumento da área da seção


transversal com concreto armado e incremento das armaduras;

Substituição das juntas Jeene por laje elática, no trecho construído em


vigas pré-moldadas, entre os pilares P6 e P8;

Substituição dos aparelhos de apoio das vigas pré-moltadas;

Reforço da laje do tabuleiro, aumentando sua espessura com uma


nova camada de concreto armado.

Quanto às premissas de cálculo, em primeiro lugar foi feita uma retro


análise da estrutura existente. As cargas consideradas são as relativas à ponte
existente: peso próprio, pavimento, guarda-rodas, guarda-corpo e cargas
variáveis. Este modelo foi submetido ao trem tipo TB-36, veículo de 36tf e carga
de multidão de 0,5 tf/m² conforme metodologia descrita no “Manual de inspeção
de pontes rodoviárias”.

Para a situação pós-reforço, as cargas consideradas são as relativas à


ponte reforçada: peso próprio, pavimento, guarda-rodas, guarda-corpo e cargas
variáveis. Este modelo foi submetido ao trem tipo TB-45, veículo de 45tf e carga
de multidão de 0,5 tf/m² conforme metodologia descrita também no “Manual de
inspeção de pontes rodoviárias”.

A área de implantação da Ponte sobre o Rio Caí está localizada em região


rural, próximo ao município de Nova Santa Rita. Dessa forma, a obra foi
classificada na Classe de Agressividade II – Moderada, já que, a localização
implica pequeno risco de deterioração da estrutura.

Definida a Classe de Agressividade Ambiental, foram estabelecidos os


requisitos de qualidade do concreto e de cobrimento da armadura. Deve ser
garantida a resistência do concreto correspondente à Classe de Agressividade,
independente da capacidade da estrutura absorver valores menores, quando da
verificação de concreto não conforme.

Os materiais empregados para a ampliação e reforço são os seguintes:

• Concreto estrutural:

Lajes: Fck ≥ 35 MPa (A/C=0,60)

Infraestrutura: Fck ≥ 35 MPa (A/C=0,60)

• Graute:

Vigas: Fck ≥ 35 MPa

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Mesoestrutura: Fck ≥ 35 MPa

• Aço:

CA-50: fyk=500 MPa

Aço CP 85/105

Deverão ser respeitados os cobrimentos segundo a Classe de


Agressividade Ambiental II:

• Cobrimento:

Lajes: 25mm

Vigas: 30mm

Pilares: Fundações:30mm

Todo concreto/graute a ser empregado, será moldado no local com


resistência à compressão (fck) igual ao disposto acima, garantindo as perfeitas
condições de transporte, lançamento, adensamento e cura. As formas serão do
tipo convencional de madeira. O aço a ser empregado para as armaduras
passivas será do tipo CA-50, e para as armaduras de protensão (Dywidag) do tipo
CP 85/105, conforme especificado acima.

Os elementos a serem reforçados por envelopamento ou aumento de


espessura serão precedidos pela preparação do concreto existente, através do
apicoamento, limpeza e tratamento com produto específico em toda superfície.

Serão ainda instalados chumbadores em toda superfície tratada para a


perfeita ligação do concreto existente ao concreto/graute novo. Os chumbadores
serão executados através da perfuração do concreto existente, preenchido com
resina à base de epóxi e inserção dos conectores em aço CA-50. O diâmetro dos
furos estão especificados no projeto.

Para o reforço das fundações optou-se pela indicação de estaca injetada,


em função do perfil geotécnico encontrado e também com intuito de evitar
impactos sobre a fundação existente.

NORMAS UTILIZADAS

NBR 6118/14 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento. NBR


6122/10 - Projeto e Execução de Fundações.

NBR 6123/88 – Forças devidas ao vento em edificações - Procedimento.

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NBR 7187/03 - Projeto e Execução de Pontes em Concreto Armado e
Protendido.

NBR 7188/13 - Carga Móvel em Ponte Rodoviária e Passarela de Pedestre


- Procedimento. NBR 9062/06 - Projeto e Execução de Estruturas de Concreto
Pré-moldado.

4.8 Requisitos ambientais

Não se aplica.

4.9 Interferências

Conforme já discutido no Item 3.9, não há na região interferências visíveis


com equipamentos e/ou serviços públicos. Por essa razão não foram feitas
observações nesse sentido.

4.10 Desapropriação e reassentamento

Não se aplica

4.11 Plano funcional do empreendimento

O plano funcional descreve as informações gráficas do Anteprojeto, em


outras palavras, as pranchas de desenho.

As pranchas serão apresentadas em volume específico e único,


denominado de Volume 2 – Pranchas de Desenho e Anteprojeto.

4.12 Plano de Execução e Canteiro de Obras

No Volume 3 – Orçamento do Anteprojeto estão apresentadas algumas


premissas da execução dos serviços, adotadas com objetivo de respaldar o
orçamento de referência.

Neste sentido, foi utilizada uma força de trabalho em função do prazo


desejado para a execução dos serviços, que no caso em tela são 270 dias
consecutivos.

No Volume -3 estão às estimativas de prazo para as diferentes etapas da


construção bem como os respectivos serviços e equipamentos de apoio.

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O Canteiro de obras foi estimado de acordo com o Manual de Custos de
Infraestrutura de Transportes - Volume 07 - Canteiros de Obras, do Novo
SICRO, as dimensões e os tipos de canteiros obedecem as Normas da NR-18 e
são definidos em função do tipo de obra, porte da mesma e número de
funcionários necessários para a execução.

De acordo com essas premissas, que são utilizadas como dados de


entrada de tabelas e fórmulas, são calculados os custos dos canteiros.

A metodologia proposta para definição dos custos de referência para


instalação dos canteiros de obras no padrão provisório e permanente pode ser
sintetizada por meio da seguinte equação matemática:

onde:

CCC representa o custo total do canteiro de obras exclusivamente em


contêiner;
k2 representa o fator de mobiliário;
k3 representa o fator de ajuste da distância do canteiro aos centros
fornecedores;
QCn representa a quantidade de contêineres propostas no canteiro;
CCn representa o custo dos contêineres;
AT representa a área total do terreno;
FEAT representa o fator de equivalência de áreas totais;
CMCC representa o custo médio da construção civil por metro quadrado.

A seguir segue apresentado um Croqui com a indicação das fontes de


matérias e respectivas DMTs, utilizado para elaboração deste Anteprojeto.

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CROQUI - FONTE DE MATERIAIS E DMTs

BR-386/RS
PEDREIRA E
NOVA PETRÓPOLIS
USINA CBUQ DESCARTE
TONIOLLO S/A RESÍDUOS
PONTE SOBRE O RIO CAÍ CLASSE II
(KM 426,9 - KM 427,157)
PEDREIRA E PRÓ-
PEDREIRA
USINA CBUQ AMBIENTAL
COESUL LTDA
16,00 Km
AREIAL RS-118
SAN DR O
PEDREIRA M A C IE L Km 251+780

18,53 Km

KM413+030

Km 440+000
AREIA
0,600 Km
0,10 Km
Km 415+100 Km 432+000
LAJEADO
CANOAS
0,10 Km
0,10 Km
Km392+130

KM427+540

Km434+700
FILLER F. TRECHO BR-116/RS
MADEIRA DESCARTE
13,15 Km AÇO RESÍDUOS Km 446+500 Km 261+600
CIMENTO CLASSE II 0,69 Km

ASA MATERIAIS
DE Multti AREIA BR-116/RS
AREIA CONSTRUÇÃO Tecnologia
Am biental BEM ACO M AT.
AREIAL CONSTRUÇÃO
PROGRESSO

PORTO ALEGRE

RESUMO - FORNECEDORES ADOTADOS


ORIGEM MATERIAL DMT COORDENADA
Toniollo Busnello S/A Brita e CBUQ 26,13 475.100,00 6.711.600,00
Sandro Da Conceição Areia 0,30 476.048,75 6.695.307,70
Asa Materiais de Construção Madeira/Cimento/Aço 11,90
Multti Tecnologia Ambiental Resíduos Classe II 5,00

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5 DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA E ARTs

Declaramos, sob as penalidades cabíveis, que participamos da execução


dos serviços, tomamos ciência e conferimos os dados apresentados no presente
anteprojeto.

Eng. Gilberto Gheller


CREA\RS: 087153
Hollus Serviços Técnicos Especializados Ltda.

Eng. Marcos Rogerio Pacheco Ribeiro


CREA\RS: 145.658
Hollus Serviços Técnicos Especializados Ltda.

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6 TERMO DE ENCERRAMENTO

O Consórcio Hollus/Astep apresenta o Volume 1 do Anteprojeto, referente


a Recuperação Estrutural e Adequação da Capacidade de Carga da Ponte sobre
o Rio Caí, na BR-386/RS – km 426,9, pista da direita. Este volume contém 39
páginas numeradas sequencialmente.

São Leopoldo, 26 de junho de 2017.

Eng. Gilberto Gheller


CREA\RS: 087153
Hollus Serviços Técnicos Especializados Ltda.

Eng. Marcos Rogerio Pacheco Ribeiro


CREA\RS: 145.658
Hollus Serviços Técnicos Especializados Ltda.

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