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Índice

1.Introdução .................................................................................................................................... 2
1.1.Objectivos ................................................................................................................................. 3
1.1.1.Geral:...................................................................................................................................... 3
1.1.2.Específicos: ............................................................................................................................ 3
1.2.Metodologia .............................................................................................................................. 3
2.Animais transgénicos ................................................................................................................... 4
2.1.Historial da trangênese em animais .......................................................................................... 4
2.2.Técnicas usadas para trangénese ............................................................................................... 5
2.2.1.Microinjeção de DNA em pronúcleo (do zigoto) .................................................................. 5
2.2.2.Infecção por retrovírus ........................................................................................................... 7
2.2.3.Células embrionárias indiferenciadas (“embryonic stem cells”) ........................................... 8
2.2.4.Espermatozóides como Vetores ............................................................................................. 8
2.2.5.Biolística .............................................................................................................................. 10
2.3.Aplicações dos animais transgênicos ...................................................................................... 11
2.3.1.Na pecuária .......................................................................................................................... 11
2.3.2.Na medicina ......................................................................................................................... 11
2.3.3.Outras aplicações ................................................................................................................. 12
2.4.Riscos e benefícios da Trangénese em animais ...................................................................... 13
2.4.1.Benefícios ............................................................................................................................ 13
2.4.2.Riscos ................................................................................................................................... 13
3.Conclusão................................................................................................................................... 14
4.Bibliografia ................................................................................................................................ 15
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1.Introdução
A obtenção de uma alternativa para uma dieta alimentar saudável, formas de resisténcia a
diversas patologias bem como obtenção de formas alternativas na testagem de farmacos e seus
mecanismos de melhoramento, tem sido sonho do Homem e da engenharia genética
particularmente. Assim a labuta em leitura debruçará de uma das maneiras como esses sonhos
têm sido alcançados com vista a melhoria das necessidades do Homem isto é, na área alimentar,
médica e em geral como devemos lidar com esses produtos do resultado do desenvolvimento da
engenharia génica- a trangênese e seu impacto no sucesso da vida Humana.
A engenharia genética, através da trangenese consegui resolver, ou ao menos atenuar diversos
problemas que apoquentavam a raça Humana, porém ela não se manteu estática tal que ainda se
verificam progressos, felismente controlados pelas regras éticas internacionais que regem o
sector para evitar aventuras insultuosas ao bom senso.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral:
 Estudar as tecnicas e implicações da trangénese em animais

1.1.2.Específicos:
 Identificar as tecnicas de trangenese comumente usadas em animais
 Descrever como as tecnicas de trangenese são aplicadas em animais
 Mencionar os beneficios e riscos resultantes da trangénese

1.2.Metodologia
Com vista à elaboração do presente trabalho, o grupo recorreu à consultas bibliogaficas que
serão referenciadas em locais apropriados tendo em conta as Normas de Publicação de trabalhos
ciêntificos na Universidade Pedagógica, tendo se seguido uma interpretação dos mesmos e
posterior digitalização.
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2.Animais transgénicos
Animais transgênicos podem ser definidos como aqueles que contêm moléculas de DNA
exógeno, introduzidas por intervenção humana intencional, objetivando a expressão de novas
características (Wall apud GODARD, 2001:339).
Com o desenvolvimento muito rápido da engenharia genética, nós podemos hoje em dia,
acrescentar um gene clonado ou um fragmento de DNA ao patrimônio genético de um animal de
laboratório. Desta forma criamos um animal transgénico que adquiriu de forma estável uma
informação genética a qual não veio pelos canais naturais da evolução. Esta “manipulação” do
genoma representa o avanço mais importante da genética moderna.

2.1.Historial da trangênese em animais


Segundo GODARD (2001:340), o primeiro experimento com transgênese animal foi realizado
com células da linhagem germinativa de camundongos em 1974. O genoma inteiro do vírus
Simian foi microinjetado na cavidade blastocélica de embriões em estádio inicial do
desenvolvimento. Entretanto, a integração de DNA viral só foi detectada, em estudos
subseqüentes, quando embriões de camundongos foram microinjetados com o retrovírus da
leucemia de Moloney, gerando a primeira linhagem de camundongos transgénicos. A partir dessa
data, vários protocolos têm sido desenvolvidos, buscando-se alterar o genótipo de animais de
maneira estável.
A expressão do DNA exógeno, por sua vez, foi obtida também em camundongos, no início da
década de 80. Camundongos gigantes, gerados a partir da introdução do transgene (gene do
hormônio do crescimento humano sob o controle do promotor do gene da metalotioneína de
camundongos) em embriões de uma única célula, demonstraram que a integração foi estável e a
expressão foi correta nos tecidos do animal adulto.
Estes resultados incentivaram a aplicação das técnicas de trangénese, visando aumentar a taxa de
crescimento em animais domésticos.
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2.2.Técnicas usadas para trangénese

Várias técnicas têm sido utilizadas para a introdução de genes em células germinativas e em
células somáticas, de várias espécies animais. Para a produção de animais domésticos
transgênicos as técnicas mais utilizadas são:
 Microinjeção de DNA em pronúcleo;
 Infecção por retrovírus;
 Células embrionárias indiferenciadas (“embryonic stem cells”);
 Espermatozóides como vetores;
 Biolística.

2.2.1.Microinjeção de DNA em pronúcleo (do zigoto)


A maioria dos animais transgênicos estudados hoje em dia, foi produzida por microinjeção de
DNA em zigotos.

Antes de microinjeção, os ovócitos são removidos cirurgicamente do genitor femenino e são


fertilizados in vitro.

O DNA é então microinjectado no pró-núcleo masculino (o núcleo haploide contribuído pelo


espermatozóide, antes da fusão nuclear) do ovócito fertilizado por meio de uma agulha de vidro
com uma ponta muito fina.

Geralmente, centenas a milhares de cópias do gene de interesse são injectados em cada ovócito
fertilizado, e em geral pode ocorrer várias integrações. Surprendetimente, quando várias cópias
se integram ao genoma,em geral o fazem e tendem, em um único sítio cromossomico.

Como o DNA é injectado no ovócito fertilizado, a integração das moléculas de DNA injectadas
geralmente ocorre cedo durante o desenvolvimento embrionário. Como resultado, algumas
células da linhagem germinativa podem levar o transgene e outras não.

Os animais que se desenvolvem de ovócitos injectados, referidos como geração GO, são quase
sempre mosáicas levando o transgene e outras não.
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Assim os animais transgênicos iniciais (G0) devem ser cruzados, sendo que atraves da prole G1
produzida passe a se obter animais em que todas as células levão o transgene.

Fig.1: Técnica de Microinjeção do DNA no pronucleo do zigoto

Fonte: CAMPOS (s/d).


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2.2.2.Infecção por retrovírus


Genes exogenos podem ser inseridos no genoma de retrovírus e, estes podem ser, então,
mutilizados como vetores de DNA. Ao contrário da técnica de microinjeção de DNA em
pronúcleos, os retrovírus integram o gene exógeno, por um mecanismo precisamente definido,
no genoma da célula hospedeira. Somente uma cópia do vírus é inserida em determinado sítio do
cromossomo e nenhum rearranjo no genoma é induzido, exceto para uma pequena duplicação de
uma seqüência do genoma no sítio de integração. A infecção por retrovírus pode ocorrer por
exposição das células a alta concentração do vírus, por co-cultura em monocamada de células
infectadas com o retrovírus ou, no caso de aves, pela microinjeção do retrovírus diretamente no
blastodisco.

Fig.2: Técnica de infeção por retrovírus


Fonte: CAMPOS (s/d).
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2.2.3.Células embrionárias indiferenciadas (“embryonic stem cells”)


As células embrionárias indiferenciadas (ES) são estabelecidas in vitro, a partir do cultivo de
células oriundas do botão embrionário de embriões em estádio de blastocisto. Estas células
mantêm sua característica de pluripotência e conservam seu cariótipo normal, quando em cultura
genes podem ser eficientemente introduzidos nestas células por transferência direta de DNA ou
por meio de retrovírus.
Quando injetadas em um blastocisto hospedeiro, as células ES transformadas podem colonizar o
embrião e contribuir para a formação da linhagem germinativa, originando um animal quimérico
para o gene exógeno. A possibilidade de seleção prévia, in vitro, de um genótipo particular, antes
da introdução das células no embrião, constitui o maior benefício desta técnica. Ademais, este
método permite inserção sítio-específica do transgene, por meio de recombinação homóloga.
Em animais domésticos, células ES foram desenvolvidas em bovinos, suínos e ovinos no entanto,
nenhuma destas células contribuíram para a formação da linhagem germinativa. Em porcos,
quimeras foram gerados através da injecção de células ES ou células germinativas primordiais
(PGC = progenitores de oocitos e espermatozóides). Bovinos quiméricos também foram obtidos
com células ES, no entanto, nenhuma célula germinativa continha o transgene. Camundongos
são, ainda, os únicos animais transgénicos derivados de células embrionárias indiferenciadas.

2.2.4.Espermatozóides como Vetores


Espermatozóides podem ser utilizados, como vetores, para a introdução de genes exógenos no
núcleo de ovócitos, no momento da fecundação.
FELTOSA (s/d:9), refere que esta técnica ocorre basicamente em tres etapas, nomeadamente a
incubação dos espermatozóides, a lipofeção e a electroporação.

Incubação dos espermatozóides com o DNA exógeno.


Após a lavagem do sêmen para a retirada do plasma seminal contendo o fator de inibição IF-1, as
moléculas de DNA exógeno se ligam a proteínas ligadoras de DNA (PLDNA) presentes na
membrana do espermatozóide, o que ativa a internalização do DNA exógeno mediada por
moléculas de CD4, representada pelo complexo DNA/PLDNA/CD4.
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Lipofecção
Na lipofecção, a carga positiva do lipossomo interage com a carga negativa do DNA exógeno
formando lipoplexos que sofrem endocitose sendo carreados para o núcleo.

Eletroporação
Pulsos elétricos alternados na eletroporação abrem poros na membrana plasmática do
espermatozóide facilitando a internalização do DNA exógeno.
Camundongos e suínos transgênicos foram produzidos, a partir da incubação dos
espermatozóides, em um meio contendo o DNA exógeno, e com a subsequente utilização destes
espermatozóides para a fecundação in vitro ou inseminação no oviduto. Trabalhos adicionais
demonstraram a presença de genes exógenos em embriões, feto e animais adultos de coelho,
bovinos suínos e galinhas. No entanto, a integração estável dos genes exógenos no genoma de
animais adultos é um evento raro e a eficiência de produção de animais transgénicos é baixa.
Evidências sugerem que mudanças na molécula de DNA ocorrem principalmente dentro dos
oocitos, representando um passo limitante na produção de animais transgénicos, utilizando
espermatozóides como vectores de DNA.

Fig.3: Tecnica do uso de espermatozoides como vectores


Fonte: FELTOSA (s/d:9)
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2.2.5.Biolística
Para GODARD (2001:340), a biolística é um método físico para a introdução de ácidos
nucléicos e outras substâncias no interior de células e tecidos intactos, pela aceleração de
micropartículas de metal a alta velocidade.
O bombardeamento é realizado através de gás hélio, pólvora ou descargas elétricas, o aparelho
usado para gerar o bombardeamento é chamado de acelerador de micropartículas, após o
processo de bombardeamento, que ocorre em uma câmara sob vácuo, o DNA inserido se dissocia
das partículas e se integra ao genoma. A técnica de biobalística é versátil, simples e rápida.
Este processo tem sido descrito de diferentes formas e denominado de várias maneiras:
bombardeamento de partículas, bombardeamento de micropartículas, aceleração de partículas,
biobalística, “gene gun”, entre outros. Os inventores deste processo, para uniformizar os
diferentes termos e aparatos associados ao disparo de materiais biológicos no interior de células-
alvos, denominaram-no biolística.

Fig.4: Tecnica trangenica de Biolistica


Fonte: FELTOSA (s/d:9)
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2.3.Aplicações dos animais transgênicos


Os produtos transgéncios são implantados na agricultura, pecuária e até na medicina, tendo
várias aplicações para uso quotidiano e investigação.

2.3.1.Na pecuária
Introduzem-se novos genes com o fim de que os animais sejam mais resitentes a doenças e
aumentar a produção de hormonas, os peixes tem um melhor desenvolvimento corporal. São
maiores, com elevada massa corporal, tendo vantagens para os produtores na sua
comercialização.

 Possibilitam rápido e melhor desenvolvimento dos animais:

São implantandos genes em animais que fazem aumentar a produção de hormonas nos
organismos, podendo assim ter este progresso, para que estes tenham um maior desenvolvimento
a nível corporal, como aumento da massa e menor tempo de crescimento. Exemplo, gado bovino,
suino, entre outros.

 Rendimento de leite:

No ovino trangénico com gene da proteína ATT (alfa-1-antitripsina)no seu leite, faz aumentar a
produção desta proteina no nosso organismo (para elasticidade dos pulmões).

Avaca Rosie, produz leite com proteína humana lactoalbumina mais nutritivo para humanos que
o leite natural, e poderia ser introduzido na alimentação de crianças com carência de nutrientes
específicos.

 Produção de gordura que faz bem para o coração (apartir de suínos transgênizados em
laboratório).

2.3.2.Na medicina
Dá se em conta a utilização de animais geneticamente modificados:
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 Como modelos para o estudo das causas, da progressão, dos estágios e sintomas de
doenças cardiovasculares, auto-imunes, neurológicas e outras;
 Para a produção pioneira do medicamento de antitrombina humana

Para este caso usa-se cabras transgênicas como biorreatores (produção de proteínas
recombinantes humanas de grande interesse biológico e comercial, como enzimas, hormônios e
fatores de crescimento)

 Produzir cabras transgênicas expressando no leite o fator de estimulação de colônias de


granulócitos (G-CSF),

Estaproteína é utilizada para estimular a produção de glóbulos brancos e recrutar células-tronco


da medula óssea. A G-CSF é usada no tratamento de pacientes com sistema imunológico
debilitado.

Camundongos transgênicos

São produzidos roteiramente em laboratórios de todo mundo, onde servem de ferramentas


valiosas para se estudar a expressão gênica em mamíferos e um excelente sistema modelo com o
qual pode testar vários vectores de transparência de genes.

Pesquisas ainda estão em curso voltadas para a produção de leite transgênico contendo as
proteínas necessárias para o tratamento de doenças como fenilcetonúria, enfisema hereditário e
fibrose cística.

2.3.3.Outras aplicações
Introduziram-se genes responsáveis pela produção de proteínas de teia de aranha nas células das
glândulas mamárias de cabras lactentes. As cabras começaram então a produzir a seda no leite e,
através da extração e manufatura dos fios de polímeros do leite, desenvolveu-se um material
leve, flexível e resistente que poderia ser utilizado na confecção de uniformes militares, fios de
microssutura para cirurgia e cordas de raquete de tênis.
Em geral, citamos a geração de vacas transgênicas que dão mais leite ou leite com menos lactose
ou com menos colesterol, porcos e bovinos que produzem mais carne, ovelhas com mais lã,
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desenvolver porcos e outros animais resistentes a doenças como a gripe influenza. No entanto,
conhecem-se poucos genes que conferem resistência a doenças em animais domésticos.

2.4.Riscos e benefícios da Trangénese em animais


A tecnologia transgênica em animais encontra-se ainda em fase experimental, mas com tempo,
ela poderám e tornar uma atividade comercialmente vantajosa. Nesta fase experimental é
possível ver tanto benefícios potenciais quanto predizer riscos que podem ocorrer à medida que
essas novas técnicas vão sendo praticadas.
As características desejadas para um animal podem ser escolhidas com muito maior precisão e as
características adicionais indesejadas podem ser reduzidas ao mínimo.

2.4.1.Benefícios
Velocidade
 Uma característica desejada pode ser estabelecida em apenas uma geração, enquanto
através da reprodução convencional dos animais são necessárias muitas gerações.
Flexibilidade
 Existe a possibilidade de criar novas características (cruzamento de espécies).
Economia
 Pode-se introduzir características desejadas em animais para que os mesmos tenham uma
necessidade menor de suplementos alimentares e de tratamento veterinário.

2.4.2.Riscos
Saúde animal
 A inserção de um transgene pode perturbar a expressão de genes do genoma e
consequentemente, as funções destes genes no animal.
Transferência de vírus
 Este é tema que causa bastante preocupação no caso dos animais transgênicos gerados
para servirem como doadores de tecidos e órgãos para o xenotransplante.
Disseminação
 O transgene pode ser transferido para populações selvagens através da reprodução não
controlada entre animais transgênicos e selvagens (GARVIN, 1998:5).
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3.Conclusão
Feito o trabalho, concluiu-se que pelos demais mecanismos usados e resultados obtidos pela
engenharia génica, a produção de animais transgênicos em concreto, tem trazido benefícios ao
Homem em particular, permitindo obtenção de resultados da criação animal e seus produtos em
pouco tempo e em alta qualidade, uso destes animais para examinação de doenças e formas de
correcção ao invéz de efectuar-se em ser humano (evitando-se danos possíveis em caso de
alguma falha), produção de animais resistentes a agentes patológicos, assim a aplicação deste
mecanismo (transgênese) ainda tem prespectivas a concretizar como futuro da transgênese, sendo
assim tambéme grande papel o uso destes produtosaltamente enriquecidos nas nossas dietas.
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4.Bibliografia
Artigo consultado em WWW.folhaonline.com no dia 27 de Abril de 2014 pelas 15 horas e 30
minutos.

CAMPOS, Agostinho. Tecnicas de trangenese em Animais. 4ª ed, São Paulo.S/d.

FELTOSA, Weber B at al. Transferência Gênica Mediada por Espermatozóides. São Paulo. S/d.

GARWIN, Wilbert. Animais Trangenicos: Iniciativa Europeia para o Ensino de Biotecnologia.


1998.

GODARD, Ana Lúcia. Manipulação de Animais. 5ª ed. São Paulo. 2001.

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