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MEDIDA URGENTE
MANDADO DE SEGURANÇA
COM PEDIDO LIMINAR INAUDITA ALTERA PARS
contra ato do EXMº. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS, a ser
notificado na na Praça da Liberdade s/ nº, Bairro Funcionários, CEP 30.140-912,
Belo Horizonte - MG, pelos fundamentos de fato e de direito que a seguir expõe:
II - DOS FATOS:
2. Conforme se desume da documentação em anexo, o Impetrante participou do
concurso público de provas para provimento de cargos das carreiras de gestor e de
analista ambiental do sistema estadual do meio ambiente, nos termos e condições
previstos no Edital SEPLAG/MEIO AMBIENTE N º 04/2005 publicado em 17 e
republicado em 29 de novembro do ano de 2005 (cópia integral do Edital desta
republicação anexa), com validade inicial de 02 (dois) anos a partir da homologação,
e possibilidade de prorrogação por igual período.
3. Concorreu o impetrante ao cargo da carreira de ANALISTA AMBIENTAL NÍVEL I –
Área de conhecimento CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PARA A REGIONAL DA ZONA DA MATA,
que conforme consta do ANEXO II–B do referido Edital SEPLAG/MEIO AMBIENTE N º
04/2005, previa a existência de 05 (cinco) vagas, sendo certo que o impetrante foi
classificado para o cargo e região acima apontados em 6º (sexto) lugar, conforme
consta do RESULTADO FINAL publicado no DOEMG em 24/03/2006, Caderno do
Executivo pg.42-53 (cópia anexa), tendo referido concurso sido homologado em
25/04/06 (cópia da homologação anexa).
5. Por sua vez, a SEPLAG respondeu o ora impetrante no DIA 02/05/2006 também via
e-mail (andreza.freitas@planejamento.mg.gov) encaminhado pela funcionária
(Andreza Bueno) do setor próprio da SEPLAG (Superintendência Central de Gestão de
Recursos Humanos) – DOC. ANEXO -, onde a SECRETARIA DE ESTADO PLANEJAMENTO E
GESTÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS – SEPLAG assim informou ao ora Impetrante, in
verbis:
“Prezado Arthur,
Em resposta a sua solicitação, informo-lhe que o Concurso
Seplag/ Meio Ambiente foi homologado, conforme ato
publicado em 25 de abril do corrente.
· Para novas vagas surgidas, ou para as vagas lançadas no
Edital em questão e não providas, poderão ser convocados
novos candidatos aprovados e classificados, no decorrer do
prazo de validade do concurso público.
6. Diante da orientação supra transcrita, o impetrante acessou ao referido site
(www.planejamento.mg.gov.br), e, passando o mouse sobre a seta indicativa para
baixo no campo ‘destaques’ visualizado à esquerda da tela, clicou, tão logo surgiu na
tela, no ícone ‘concursos públicos’, quando então, ao abrir uma nova tela, clicou no
ícone ‘Sistema Meio Ambiente’, onde, na referência ao ano da publicação do Edital
objeto da lide (Ano 2005), já constava efetivamente as publicações já efetivadas que
correspondiam ao referido Edital (dentre elas o próprio Edital, o Resultado Final e a
Homologação).
8. Vale consignar inclusive que dias após tal instrução recebida via e-mail, foi
disponibilizado no referido site (tela do Sistema Meio Ambiente), o AVISO Nº 01/06
(cópia anexa), em que, RATIFICANDO A INFORMAÇÃO RECEBIDA PELO IMPETRANTE VIA
E-MAIL, informou expressamente que os candidatos aprovados e classificados
deveriam AGUARDAR A PUBLICAÇÃO DOS ATOS DE NOMEAÇÃO, que tão logo
publicados, ESTARIAM DISPONÍVEIS NA PÁGINA DESTA SEPLAG:
www.planejamento.mg.gov.br ‘link’ CONCURSOS PÚBLICOS => SISTEMA MEIO
AMBIENTE.
9. E tal fato se comprova pelas cópias anexas das impressões das telas do referido
site, inclusive seu caminho desde a abertura do site, passando pelo ícone “concursos
públicos” até o último “Sistema Meio Ambiente”, em que se verifica a listagem de
todas (exceto uma, como se verá abaixo) as publicações referente ao Edital nº 04 (Ano
2005).
10. Registre-se que através do referido site, o Impetrante tomou conhecimento
inclusive da PRORROGAÇÃO DO PRAZO de validade inicial do concurso, levada à efeito
em 25/04/08 (doc. anexo) tendo a sua vigência mantida até 25 de abril de 2010.
11. Assim, ao longo de todo este período, o Impetrante vem acompanhando
sistematicamente o site da SEPLAG na exata forma da orientação recebida pelo dito
órgão, seja via e-mail (supra transcrito), seja pelo Aviso nº 01/06, em que inclusive
verificou a nomeação dos 05 (cinco) primeiros aprovados numa única chamada, pelo
que o próximo a ser nomeado, se fosse o caso, seria o próprio impetrante, daí seu
interesse em acompanhar os atos disponíveis no referido site.
12. Certo ainda é que, demonstrando sua atitude ativa, o impetrante sempre
verificava a existência de eventual novidade, sendo que, em Março/2009, diante da
ausência de qualquer informação no site da SEPLAG quanto à sua possível nomeação,
o impetrante tomou a liberdade de postar carta registrada (documento anexo) ao
responsável pelo IEF (órgão pertencente ao Estado de MG), demonstrando
expressamente seu interesse em assumir o cargo, sendo certo que, todavia, não
obteve resposta, pelo que reiterou a comunicação de interesse ao cargo, desta vez
encaminhando em 09/06/2009 ao responsável pelo Edital do Meio Ambiente via e-mail
(cópia anexa).
13. Continuando sua insistente pesquisa no site da SEPLAG, na expectativa de um
dia visualizar o link disponibilizado na tela “Sistema Meio Ambiente” com sua
nomeação, qual não foi a SURPRESA do Impetrante quando, de uma de suas consultas
rotineiras junto ao site (www.planejamento.mg.gov.br), TOMOU CONHECIMENTO DO
CANCELAMENTO DA SUA NOMEAÇÃO, TORNANDO-A SEM EFEITO, bem como da
nomeação de outra candidata, Danielle de Paiva Souza, esta aprovada em 7º (sétimo)
lugar para o mesmo cargo de ANALISTA AMBIENTAL NÍVEL I – CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
PARA A REGIONAL DA ZONA DA MATA {ou seja, mesmo cargo e região em que o
impetrante se classificou em 6º (sexto) lugar}, ambos os atos praticados no mesmo dia
pela autoridade coatora, conforme constam da referida tela do “Sistema Meio
Ambiente” do site da SEPLAG, nos link’s “25/09/2009 - ato torna sem efeito
analista” e “25/09/2009 - ato nomeação analista” (cópias anexas).
14. Conforme colocado alhures, o ora Impetrante ao longo dos vários meses
passados da data da homologação do concurso, acompanhou SISTEMATICAMENTE o
site da SEPLAG (www.planejamento.mg.gov.br) para informar-se acerca de todos os
atos do concurso na exata forma da orientação recebida pelo dito órgão, tanto via
e-mail (supra transcrito) quanto através do Aviso nº 01/06 disponibilizado no site;
CONTUDO JAMAIS constou no referido site QUALQUER ATO DE NOMEAÇÃO DO ORA
IMPETRANTE, AO CONTRÁRIO DE TODOS OS OUTROS (em nítida violação ao
princípio da isonomia), TENDO CONSTADO DO IMPETRANTE SOMENTE O ATO QUE
TORNOU SEM EFEITO A SUA NOMEAÇÃO, CONSTANDO LOGO EM SEGUIDA O ATO
QUE NOMEOU A CANDIDATA COLOCADA NA POSIÇÃO IMEDIATAMENTE INFERIOR
(repita-se, o que não ocorreu com o impetrante, ou seja, não constou o ato de
nomeação deste), conforme comprova as impressões (documentos anexos) de todos
os link’s de atos de nomeação do IEF/Analista Ambiental que constam na listagem
supra mencionada referente à tela “Sistema Meio Ambiente” do site da SEPLAG, em
que se verifica todas as publicações de nomeação quanto ao Edital nº 04 (Ano 2005),
EXCETO, como dito, A NOMEAÇÃO DO IMPETRANTE.
15. INDIGNADO, DIANTE DO ABSURDO E ILEGAL CANCELAMENTO DA SUA NOMEAÇÃO
PARA O CONCURSO PÚBLICO E CONSEQUENTE SUBVERSÃO DA ORDEM DE NOMEAÇÃO
DO CERTAME (já que em momento algum constou sua nomeação no site da seplag), O
IMPETRANTE imediatamente entrou em contato com a Secretaria de Estado
Planejamento e Gestão - SEPLAG via e-mail (link fale conosco do site
www.planejamento.mg.gov.br) para esclarecer e resolver a questão, contudo a
SEPLAG, por sua vez se limitou a assim responder ao Impetrante em e-mail datado de
28/09/09 (doc. anexo):
“Bom dia,
Arthur,
16. Em atenção ao referido e-mail, o impetrante acessou ao site do Diário Oficial
de Minas Gerais, e pôde constatar, aí sim –isto é, após mais de 02 (dois) anos-, a
publicação de sua nomeação (cópia da publicação do Diário Oficial anexa), QUE,
TODAVIA, FRISE-SE UMA VEZ MAIS, NÃO FOI DISPONIBILIZADO NO SITE DA SEPLAG, QUE
ATÉ A PRESENTE DATA NÃO CONSTA TAL NOMEAÇÃO (conforme se verifica da lista de
link’s anexa de atos de nomeação acima mencionada).
17. Verifique este D. Juízo que o Impetrante, não obstante ter sido expressamente
orientado pela SEPLAG para acompanhar os atos do concurso junto ao site
www.planejamento.mg.gov.br, o que de fato fez sistematicamente ao longo de anos a
fio, repita-se, FACE À EXPRESSA ORIENTAÇÃO DA SEPLAG, não teve ciência
justamente do ato da sua nomeação à época própria (TENDO TOMADO
CONHECIMENTO DESTA SOMENTE MAIS DE DOIS ANOS DEPOIS, QUANDO
PUBLICOU-SE ATO TORNANDO SEM EFEITO A NOMEAÇÃO), vez que DO REFERIDO
SITE NÃO CONSTOU JUSTAMENTE O ATO DA SUA NOMEAÇÃO, muito embora tenha
constado TODOS os outros atos do concurso, dentre eles o que tornou “sem efeito” a
sua nomeação, bem os de nomeação de outros candidatos (doc. anexos), em nítida
violação ao princípio da isonomia.
18. Assim, certo é que o ato perpetrado pela autoridade coatora publicado no
Órgão Oficial do Estado de Minas Gerais do dia 25 de setembro de 2009 (cópia da
publicação do Diário Oficial anexa), que tornou sem efeito a nomeação do
Impetrante, foi gerado com base na afronta direta dos princípios constitucionais que
instruem o direito público e que são condicio sine qua non da legalidade do ato
administrativo, motivo pelo que deve ser o referido ato devidamente ANULADO,
mormente porque violou frontalmente o DIREITO LÍQUIDO E CERTO do ora
Impetrante Á NOMEAÇÃO PARA CARGO PÚBLICO,CONSUBSTANCIADO PELA QUEBRA
DA ORDEM CLASSIFICATÓRIA DO CONCURSO.
(...)
20. Corroborando a flagrante violação ao DIREITO LÍQUIDO E CERTO do ora
Impetrante à NOMEAÇÃO PARA CARGO PÚBLICO, CONSUBSTANCIADO PELA QUEBRA DA
ORDEM CLASSIFICATÓRIA DO CONCURSO, mister se faz consignar que inclusive após a
nomeação da 7ª (sétima) colocada [cujo ato foi publicado no mesmo dia em que
tornou-se sem efeito a nomeação do ora impetrante, 6º (sexto) colocado], JÁ FOI
NOMEADA A 8ª (OITAVA) COLOCADA (PAULA ALVARENGA MAGALHÃES), cujo ato está
disponibilizado no site da SEPLAG, na referida tela do “Sistema Meio Ambiente”, no
link “20/11/2009 ato nomeação analista” (cópia anexa, conforme acima dito com a
juntada de todos atos disponibilizados no site), o que, uma vez mais, demonstra a
desigualdade da qual o impetrante foi tratado, já que somente seu ato de nomeação
não foi disponibilizado no site da SEPLAG.
21. Estes os fatos pertinentes à causa de pedir próxima, cujo conhecimento
permite constatar a violação a direito líquido e certo da impetrante, caracterizando
assim o interesse processual imediato desta.
22. Estabelece com clareza solar, o caput do art. 37 da Constituição Federal de
1988, que a Administração Pública Direta e Indireta de quaisquer Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência;estes sãos os
princípios chamados EXPLÍCITOS (OU EXPRESSOS) DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
23. Contudo, o que se verifica in casu é que face ao desrespeito/desvirtuação aos
princípios constitucionais que norteiam a Administração Pública, o Impetrante TEVE
LESADO SEU DIREITO LIQUIDO E CERTO Á NOMEAÇÃO PARA O CARGO PÚBLICO AO QUAL
FOI APROVADO NO CONCURSO PÚBLICO, vez que foi expressamente orientado pela
Administração Pública a acompanhar todos os atos pertinentes ao certame junto
ao site www.planejamento.mg.gov.br , SENDO CERTO, CONTUDO, QUE, À EXCEÇÃO
DO ATO DE NOMEAÇÃO DO IMPETRANTE, TODOS OS DEMAIS ATOS DO CONCURSO
(INCLUINDO OS ATOS DE NOMEAÇÃO DOS DEMAIS CANDIDATOS – CONFORME
COMPROVAM OS DOCUMENTOS ANEXOS) FORAM DEVIDAMENTE ANUNCIADOS NO
REFERIDO SITE.
24. Certo á que não obstante o princípio da legalidade (vinculação ao edital), o
Impetrante FOI DILIGENTE A TODO TEMPO, tendo adotado as providências que lhe
eram exigíveis para manter-se informado acerca dos atos do concurso, inclusive
observando a orientação expressa da SEPLAG (tanto via e-mail quanto através do
Aviso disponibilizado no site) de que deveria seguir os atos do concurso via site
(www.planejamento.mg.gov.br), muito embora tenha a mesma SEPLAG, após ser
questionada pelo mesmo Impetrante, também via e-mail (doc.anexo), “retirado o
corpo fora” (por certo ciente da GRAVIDADE da informação prestada ao Impetrante),
ao se limitar a informá-lo que cabia ao Impetrante acompanhar as publicações no
Diário Oficial de acordo com o que reza o Edital.
- (I) DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA, que é mais amplo do que o princípio
legalidade, e preceitua que é juridicamente exigível dos agentes públicos uma
atuação ética, dentro de um padrão de conduta considerado probo pela generalidade
das pessoas (no caso concreto o ora Impetrante teve o seu direito á nomeação
preterido, enquanto que outro(a) candidato(a) de classificação pior fora beneficiada
com a sua nomeação);
26. Em suma, FACE À NÃO DISPONIBILIZAÇÃO DE SEU ATO DE NOMEAÇÃO NO SITE
DA SEPLAG, AO CONTRÁRIO DOS DEMAIS APROVADOS, verifique-se que o direito do
Impetrante à nomeação está COMPROVADO DE PLANO, E É SUBJETIVO, vez que restou
demonstrado no caso concreto a ABSURDA E ILEGAL QUEBRA DA ORDEM
CLASSIFICATÓRIA do concurso, na medida em que o ora Impetrante teve ANULADO O
ATO DA SUA NOMEAÇÃO, COM A CONSEQUENTE NOMEAÇÃO DE CANDIDATA COM
CLASSIFICAÇÃO MAIS BAIXA, em manifesta LESÃO AO DIREITO LÍQUIDO E CERTO DO
IMPETRANTE, matéria inclusive já sumulada pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal,
conforme redação da redação de sua Súmula 15:
27. Ad cautelam, apenas em atenção ao princípio da eventualidade processual,
caso este D. Juízo entenda pela obrigação do Impetrante de acompanhar os atos do
concurso via Diário Oficial, o que admite-se tão somente por argumentar, vez que
consoante colocado alhures, o Impetrante foi expressamente orientado a
acompanhá-los via site, ainda sim a deve a SEGURANÇA SER DEFERIDA.
30. OUTRA CONCLUSÃO NÃO HÁ SENÃO A DE QUE NÃO É RAZOÁVEL IMPUTAR AO
APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO A RESPONSABILIDADE DE ADQUIRIR E
ACOMPANHAR DIARIAMENTE AS PUBLICAÇÕES DO DIÁRIO OFICIAL.
31. É evidente que ninguém, a não ser por dever de ofício, lê, diariamente o
Diário Oficial, sendo certo que a convocação por edital só seria razoável se o Edital do
concurso trouxesse expresso o calendário completo do certame, com datas e todas as
etapas do concurso, o que não ocorreu in casu.
32. Certo é que a modalidade de publicação de atos de concurso exclusivamente
pelo Diário Oficial pode abrir frentes à favorecimentos espúrios, desvios de finalidade
e imoralidades na administração pública.
33. Repita-se que no caso em tela a nomeação se deu quase dois anos da
realização do concurso, motivo pelo qual resta claro à luz do direito administrativo
que a publicação exclusivamente por edital é insuficiente por afrontar os princípios
que regem a Administração Pública, na forma acima apontada.
34. Destarte, de todos os ângulos que se possa enxergar, certo é que, UMA VEZ
CONSUBSTANCIADA A VIOLAÇÃO AO DIREITO LÍQUIDO E CERTO do ora Impetrante à
nomeação para cargo público, CONSUBSTANCIADO PELA QUEBRA DA ORDEM
CLASSIFICATÓRIA DO CONCURSO, deve a segurança ser concedida para anular o ato
que tornou sem efeito a nomeação do impetrante, mediante abertura de prazo
para que o mesmo providencie o disposto no item 15 do edital, com o consequente
reestabelecimento da ordem classificatória do concurso.
35. O conhecimento dos fatos acima narrados, de per si, já configuram com
nitidez a violação a direito líquido e certo do Impetrante, porém, para que fique mais
evidenciado, se faz necessário proceder ao enquadramento jurídico dos atos
praticados pela autoridade coatora ora impetrada para que seja, ao final, atendidos
os pedidos elaborados.
37. Nesse sentido, para que se vislumbre tal requisito, nunca é demais relembrar
a lição do ilustre jurista Hely Lopes Meirelles, para quem:
"Direito líquido e certo é o que se apresenta manifesto na sua existência,
delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração.
Por outras palavras, o direito invocado, para ser amparável por mandado de
segurança, há de vir expresso em norma legal e trazer em si todos os requisitos e
condições de sua aplicação ao impetrante" (Mandado de Segurança,17.ª ed., São
Paulo: Malheiros, 1996, p. 28).
40. O direito do impetrante, enfim, tem apoio claro e expresso em norma legal;
está comprovado de plano; é subjetivo; inexistem condições suspensivas ou óbices ao
seu exercício; e independe de dilação probatória.
41. Todos os requisitos para a impetração do mandamus, estão, pois, atendidos,
restando para o impetrante tão somente ser-lhe concedida a reparação do mal
sofrido, com a imediata obediência às normas legais.
42. Quanto ao perigo da demora, diante do que preceitua a lei, mostra-se de
toda a conveniência observar que a segurança ora impetrada constitui um dos casos
específicos de concessão liminar, visto que, além da relevância dos fundamentos
invocados, o prolongamento dos efeitos do ato coator está a gerar graves danos ao
Impetrante, se ao mesmo não for concedida inaudita altera pars, por si só já se
materializará, de forma irreversível, o dano e a violação ao direito do impetrante.
43. Tal afirmação se faz pertinente porque a ordem classificatória do concurso
poderá sofrer nova subversão (com a chamada de outros aprovados, como aliás já
ocorrido com a 8ª colocada, como denunciado acima), restando nítido o perigo de
dano irreparável, e, em assim sendo, urge a concessão de medida liminar, já que
configurados o "fumus boni juris" e o "periculum in mora".
44. A concessão de liminar, pondera-se, é sempre devida quando existir a mais
remota chance de dano irreparável ao direito da impetrante, caso a ordem judicial
venha a ser concedida somente por ocasião do julgamento de mérito na ação
mandamental.
45. A apreciação do pedido liminar não importa, desta feita, no julgamento
prematuro do substrato da ação; trata-se pura e simplesmente da aferição da
possibilidade de prejuízo irreparável do direito da impetrante, não podendo,
portanto, se negar o juízo de concedê-la ao vislumbrar seus pressupostos.
46. Nesse sentido, Hely Lopes Meirelles, preleciona:
50. Nestas condições, espera e requer o Impetrante à V. Exª., contando com v.
áureos suplementos:
C) A NOTIFICAÇÃO da autoridade coatora impetrada para prestar as informações que
julgar necessárias, no prazo legal, ouvindo-se, em seguida, o Ministério Público, tudo
segundo as exigências legais
D) o prosseguimento do feito até final decisão, para AO
FINAL confirmar a liminar initio litis, concedendo a segurança pleiteada em
definitivo, PARA ANULAR O ATO QUE TORNOU SEM EFEITO A NOMEAÇÃO DO
IMPETRANTE, E TORNAR DEFINITIVA A SUA POSSE NO CARGO APROVADO,
REESTABELECENDO-SE EM DEFINITIVO A ORDEM CLASSIFICATÓRIA DO CONCURSO,
por ser medida de direito e justiça!!!
51. Atribui-se à causa, para meros fins de alçada, o valor de R$ 5.000,00 (cinco
mil reais).
Termos em que,
Pede Deferimento.
Belo Horizonte, 23 de novembro de 2009.
P.p. P.p.
RUNO SANTOS LAWALL
B MATEUS MACHADO
FERREIRA
OAB/MG 78.888 OAB/MG 84.465
P.p. .p.
P
GUILHERME L. MÜLLER PESSOA LUIS ALBERTO CORTES
OAB/MG 61.316 OAB/MG
86.474