O método de política comparada em âmbito nacional é bastante complexo, seja

pela dificuldade metodológica de definir estudo de cunho "comparado” sendo que não
a um rigor metodológico para tal avaliação (SOARES, 2005) em outro aspecto o tema
de abrangência internacional causou uma divisão nas ciências políticas quando foi
criada a associação brasileira de relações internacionais em 2005. Por certa forma
considerar um estudo como política comparada no Brasil requer bastante flexibilidade
nos quesitos de avaliação. Entendendo como política comparada o estudo “da política
de outros povos e testar hipóteses fundadas em âmbito nacional” (NETO, VER ANO
p.322) o autor considerou artigos publicados nas principais revistas nacionais no
período de ano que vai de 1966 a 2009 levando em consideração o método colocado
acima, e considerando estudos com assuntos políticos ou econômicos de autores que
moram exclusivamente no Brasil independente de sua nacionalidade (NETO, VER
ANO p. 325).
O autor faz uma análise dos artigos de modo geral e rastreia nesses estudos
“uma certa hostilidade em relação aos métodos quantitativos (SOARES, 2005 p.27) e,
diga-se de passagem, os quesitos para considerar trabalho quantitativo é bastante
simples, exigia apenas uma tabela estatística.
Referente aos temas dos estudos considerados como “política comparada” a
um verdadeiro divisor de águas, que tem como condicionante a conjuntura política do
país, ou seja, entre 1966 a 1987 o Brasil estava no regime militar (ditadura militar) os
principais, ou melhor, dizendo os temas que mais foram escolhidos girava em torno
das instituições militares e autoritarismo, após 1988 os temas mudam drasticamente
se destacando temas como democracia e democratização refletindo a realidade
“democrática” que o país vive.
O estudo de política comparada no Brasil carece de mais rigor metodológico
ate mesmo para sua própria caracterização e diferenciação de outros tipos de estudo,
sendo que ainda caminha para uma consolidação futura.