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Nba rps
ydarv
vel

Mymw bkvr

O LIVRO DA PEDRA
E DA ROSA
ou
O LIVRO DO
CAVALEIRO CELESTE

Frater Gehenayad 155


V A.A.
Publicação em Classe C.
Imprimatur:
N. Fra. A.A.
Copyright © 2006 Instituto Aleister Crowley.
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O Livro da Pedra e da Rosa ou o Livro do Cavaleiro Celeste

1 - Introdução
“Não há nenhum outro como Deus (Nvrwy), que cavalga pelos céus em
auxílio a ti, em sua majestade sobre as nuvens. Outrora o esconderijo
de Elohê, com seus braços estendidos eternamente”.
Deuteronômio 33:26-27.

Faz o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Este é um ritual pleno do hexagrama, base de exame ao grau de Dominus Liminis 4º=7□ Major
A.A..
O fundamento cabalístico deste ritual deve ser encontrado nos textos judaicos, sobretudo, o
Sepher Yetzirah, o Sepher Bahir, o Sepher ha-Zohar, o Shaar ha-Kavanoth, o Otzar Eden, o Chaiê
Olam ha-Bah, e muitos outros que complementam a base teórica do que é explanado aqui.
O nome deste estudo é ydarv Nba rps vel Mymw bkvr (Sepher Eben va-Redi vel Rokeb
Shamaim), “O Livro da Pedra e da Rosa ou do Cavaleiro Celeste”.
ydarv Nba rps (Sepher Eben va-Redi), “O Livro da Pedra e da Rosa”, possui a gematria de
613, que é de suma importância, pois este é o total dos preceitos entregues ao homem por Deus, assim
como é também a gematria para rvah [a (ath ha-aur), “a quintessência da luz”.
Mymw bkvr (Rokeb Shamaim) possui a gematria de 612 (por kolel, também 613), que é a
numeração de [yrb (berith), “a aliança”, o pacto entre Deus e o homem.
Ambos somam 1225 que é a numeração de Nyqy[er aqy[e (atiqe ratiqin), “o ancião dos
anciões”, que é um título dos mais profundos e significativos neste ritual, que trata da permutação das
letras do nome divino hvy (IHV).
O número 1225 é um atributo de Vênus em sua identidade com Babalon, pois este número é ∑
(1 – 49), ou ∑ (1 – 7 x 7).
E sete são os caminhos que compõem o Colégio Externo, os quais conduzem o adepto às portas
do Colégio Interno, como se os sete caminhos representassem o amor (T, 7) “dividido pela chance de
união”.
O número 1225 quando dividido por 7 é igual a 175, o qual também é um número sagrado a
Vênus.
O número 49 é de especial significado neste estudo, pois veremos mais adiante como a Rosa no
centro do Cubo de seis lados forma 7 componentes, assim como a Estrela de Babalon também possui
7 lados, sendo, portanto, a soma de Babalon (a Rosa) e Therion (o Cubo).

Amor é a lei, amor sob vontade.

hnem (MA’aNH), 165, “esconderijo”, “cova”, “covil” (para leões e outros animais), “morada” (de Deus).
1

Ou ainda, “O Livro da Pedra Rosácea”. ydarv (va-Redi) provém do hebreu rabínico, significando “da rosa”, “rosáceo”,
2

“rosado”, “de natureza rósea”.

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2 - Teoria
“Ele selou acima, voltou-se para cima e o selou com vhy.
Ele selou embaixo, voltou-se para baixo e o selou com vyh.
Ele selou o leste, voltou-se para frente e o selou com hyv.
Ele selou o oeste, voltou-se para trás e o selou com yhv.
Ele selou o sul, voltou-se para a direita e o selou com hvy.
Ele selou o norte, voltou-se para a esquerda e o selou com yvh”.
Sepher Yetzirah 1:13.

Embora a prática deste ritual não seja algo novo – pois ele trata, a nível cabalístico, puramente de
permutações do nome divino vhy (IHV) – a mesma nunca foi proposta anteriormente em seu pleno
desenvolvimento, conforme elaborado aqui.
Ou seja, a elaboração ritualística do Cubo tridimensional com a Rosa em seu centro, de forma a
preparar o magista para que ele se torne wdqm (MQDSh), o santuário, onde Nkw (ShKN), habitará,
seu S.A.G.
wdqm (MQDSh), o santuário, é o cubo, e, portanto, a cruz de seis quadrados que foi dobrada
sobre si própria.
A cruz dobra-se sobre si mesma quando o adepto interrompe o fluxo de pensamentos e atinge
dhāranā, quando, então, graciosamente a cruz se “fecha” aos sentidos, e não mais é a cruz plenamente
aberta, e, portanto, “fixada” nas sensações recebidas do exterior.
Nkw (ShKN), a habitação, é a Rosa no interior do Cubo. É também hnykw, Shekinah, a pre-
sença divina no interior do Tabernáculo.
A Rosa possui cinco pétalas, assim como Shekinah possui cinco letras.
Nkw (ShKN), cuja gematria é 370 – a mesma de we (A’aSh), podridão – significa “habitar”,
“residir”, “fixar residência”; “residir temporariamente”, “acampar”, “pousar”, “permanecer”, “encon-
trar-se”, “permanecer”, “deter-se”, “pousar”; “morador”, “habitante”, “vizinho”. Também, hnykw
(Shekinah), 385, simboliza, assim como hywe (A’aShYH, Assiah), cuja gematria é também 385, a
presença (Nkw) de Chokmah (hy) entre os homens. Estas são chaves para a compreensão da ordália
do Atu XV, “O Diabo”, assim como também de Liber A’ash vel Capricorni Pneumatici sub figura
CCCLXX, pois está escrito que “todas as coisas sagradas e todas as coisas simbólicas serão meus
sacramentos”.
A plena consecução do Cubo de seis quadrados e a Rosa de cinco pétalas é a chave para o Grau
de 5º=6□.
O Cubo é um símbolo da verdade, simbolizada como o S.A.G., mas uma verdade expressa no
plano físico, a condensação máxima da Grande Obra simbolizada em Therion.
A Rosa é também um símbolo da verdade, simbolizada como a Shekinah, uma verdade expressa
no plano intuitivo, a sutilização máxima da Grande Obra simbolizada em Babalon.
O Cubo é o sanctu sanctorum no qual está guardada a Arca da Aliança, a Rosa Mística.
O Cubo é, sobretudo, a Pedra, Nba (Eben), em todos seus significados mais profundos – a Pedra
rejeitada pelos construtores, a Pedra dos Filósofos, a Pedra que une o Pai, ba (Ab), e o Filho Nb
(Ben).
ba (Ab), o pai, é um título de Chokmah, a 2º Sephirah, e Nb (Ben), o filho, é um título de Tipha-
reth, a 6º Sephirah. Daí, 2 e 6 formando 26, que é a gematria de hvhy (IHVH).
Conforme veremos adiante, cada um dos seis hexagramas plenos – formados pela permutação
de hvy (IHV), cuja gematria é 21, em cada uma das seis direções do Cubo, somado a h (He), a Rosa
e Portal no centro, cuja soma é 5 – soma 26 também.

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E mais ainda. Já vimos a relação de Babalon, a Rosa, e o número 49 neste estudo, mas existe
também uma relação com Babalon e os seis hexagramas plenos com os nomes divinos em seu centro,
pois 6 x 26 = 156. Desta forma, a reunião do Cubo e da Rosa também é a completude da Taça de
Babalon, na qual o sangue dos justos é derramado até a última gota.
Como afirma o rabi Moshe Luzzatto, famoso por suas conversas com seu Maguid (anjo), em sua
obra Mesilath Yesharim (“O Caminho dos Justos”) de 1740, a qual narra um diálogo entre um adep-
to e seu Tzadik (Sábio): “a obra para se atingir a santidade [qedushah] consiste em separar-se das
coisas terrenas [ou seja, dhāranā], em todos os tempos e instantes, ligando-se a seu Deus [ou seja, o
S.A.G.]”.
A formação completa do Cubo a partir da cruz de seis quadrados é obtida através da consecução
em dhāranā.
Em Êxodo 25:22 está escrito que:“oscilarei de lá para cá, e conferenciarei contigo de cima do
Kaporeth, do meio dos dois querubes, os quais estão sobre a arca do testemunho”.

[deh Nvra le rwa Mybrkh ynw nybm [rpkh lem k[a y[rbdv Mw ql y[devnv

Os “dois querubes” são os canais (nādīs) laterais. “Kaporeth” é a placa de ouro que cobre o ta-
bernáculo, da qual são cinzelados os dois querubes, um de cada lado, e, portanto, Kaporeth é a junção
dos canais laterais no canal (nādī) central.
Somos, assim, advertidos que somente haverá “conferência”, ou seja, a Visão e a Voz, quando
formos capazes de nos manter no meio, entre os dois querubes, ou na união das nādīs laterais, osci-
lando entre um e outro.
O verbo “oscilar” aqui tem uma conotação de mediar, estar no meio, e não um significado nega-
tivo de indecisão.
As técnicas de respiração (prānāyāma) durante a permutação das letras do nome divino eram
meticulosamente praticadas pelos cabalistas, de forma que pudessem interromper (Shabath) seu alen-
to e manter-se entre os dois querubes, exatamente no centro do Kaporeth.
Em Êxodo 25:8 é dado o comando para se chegar a este estado: “e produzam para mim um san-
tuário para que eu habite no centro deles”.

Mkv[b y[nkwv wdqm yl vwev

O “santuário” é wdqm (Meqadosh), e a “habitação” é hnykw (Shekinah).


O versículo em Êxodo 25:17 é uma instrução em prānāyāma para que se atinja esta junção das
nādīs laterais na nādī central: “E produzirás uma cobertura de puro ouro [Kaporeth]: dois côvados e
meio de cumprimento, e um côvado e meio de largura”.

hbxr yjxv hmav hkra yjxv My[ma bhz rvht [rvpk [ywev

Em hebraico kra (ARK) significa “alongado”, “prolongado”, “retido”, “demorado” – por isso,
usado para a retenção do alento (kūmbhaka). A palavra bxr (RChB) significa “expandir”, “alargar”,
“escancarar” – e, por isso, usada para a liberação do alento (rēchaka). Ou seja, o que é proposto neste
versículo é que, através de uma técnica de prānāyāma, na qual o kūmbhaka (hkra) é de 2:5 para um
rēchaka (hbxr) de 1:5, se obtenha o Kaporeth. O surpreendente é que a relação kūmbhaka/rēchaka
é 2:5/1:5, ou seja, 1,66666666666666!
Por isso, este ritual dos hexagramas plenos é indicado para que, através dele, seja produzido o
santuário (o Cubo) onde habitará a presença divina (a Rosa).
A consecução na prática de interrupção (Shabath) do alento (Ruach) está plenamente descrita no
Gênesis 2:3: “e abençoou Elohim o dia sétimo, e santificou-o; pois que neste descansou toda a obra
que criara Elohim em sua produção”.

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[vwel Myhla arb rwa lkm [bw Nb yk v[a wdqyv yeybwh Mvy hta Myhla krbyv

O “sétimo dia” é um símbolo do ājñācakra, ou ainda do sahasrāra (dependendo do método uti-


lizado). Quando o adepto atinge o kūmbhaka no ājñācakra, ele atinge o repouso (Shabath) no sétimo
dia (yom ha-shebiai), ou ainda um estado de dhāranā de nível muitíssimo elevado.
Da mesma forma, quando o adepto é capaz de se projetar para o interior do Cubo, com os he-
xagramas e as permutações do nome divino plasmados em cada uma de suas seis direções, o próprio
adepto sendo a Rosa Mística em seu interior – o h (He) completando as permutações de vhy (IHV)
–, ele terá atingido um estado de dhāranā profundo.
Na verdade, ambos são mutuamente inclusivos, pois sem dhāranā não há sucesso em plasmar o
Cubo e a Rosa, assim como o sucesso no mesmo levará a dhāranā.
No sistema hindu, o Cubo e a Rosa são símbolos da reunificação, por meio da kūmbhaka, dos
seis cakras (um em cada lado do Cubo) com o sétimo cakra em seu interior (a Rosa). Note que o
sahasrāra é representado por um lótus de mil pétalas – a Rosa.
Deve-se notar que existem variações nas permutações aplicadas a cada uma das seis direções.
Mas esta pareceu, na prática, a mais adequada. Note-se também que nesta formulação é a letra v (Vau)
que determina o eixo da direção, pois v (Vau) é Tiphareth, a bússola do adepto, conforme abaixo.

Acima – vhy (YHV)


Abaixo – vyh (HYV)
Leste – hyv (VYH)
Oeste – yhv (VHY)
Sul – hvy (YVH)
Norte – yvh (HVY)

Existem também variações deste ritual.


Em um deles o magista pode plasmar no centro dos hexagramas, em cada uma das seis direções,
o símbolo dos planetas respectivos àquelas direções (acima = W; abaixo = R; leste = V; oeste = S; sul
= T; norte = U), o próprio magista sendo, portanto, Q.
Noutra variação, mais adequada a principiantes, os hexagramas (O) são substituídos por hexa-
gramas unicursais (P) no centro dos quais são plasmados o sigilo da Besta (Y), ou o Seu número,
666. A maestria nesta variação da prática deve ser conquistada antes que o magista se lance à realiza-
ção da técnica completa.
O magista deve esforçar-se por obter a maestria neste ritual em seus três planos – físico, com a
realização do mesmo no templo físico; astral, com a realização do mesmo no templo astral; e mental,
quando o Cubo e Rosa são instantaneamente plasmados por um único comando mental proveniente
da vontade fortalecida do magista.
A prática em sua forma completa pode, também, ser utilizada pelo magista para se obter o “Sono
de Shiloam”.
Ao deitar-se, à noite, o magista deve reter sua concentração na visualização de seu corpo de luz
como o h (He) de cor rubra no centro do cubo de fogo formado pelos seis hexagramas nas seis di-
reções. Ele deve manter esta visualização até adormecer, quando, então, deve despertar no estado de
sono de forma lúcida.
Além disso, o magista deve esforçar-se por obter a maestria de passar do estado de vigília ao
estado de sono sem interrupção de sua consciência, ou seja, sem adormecer e sem perder a sua visu-
alização como o h (He) no centro do Cubo – isto irá trazer-lhe, mais adiante, a mesma consecução
obtida por yogis praticantes de svapnayoga, a consecução “do corpo ilusório puro e, então, da luz
clara da mente”.
Existe um aperfeiçoamento deste ritual, conforme Sepher Yetzirah 5:2 e o Sepher Bahir, no qual
o Cubo é formado pelas doze letras elementares, ou simples, projetadas três a três em cada lado do

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Cubo, partindo-se sempre de cima para a direita, da direita para baixo, e de baixo para a esquerda – o
que irá formar uma letra b (Beth) em cada um dos 4 lados ou direções (norte, sul, leste, oeste) – o que
equivale dizer que a criação foi feita com a letra b (Beth).
Neste caso as duas direções (acima-abaixo) são automaticamente formadas pelas letras “de-cima-
para-a-direita”, e o magista deve visualizar a si mesmo como a letra a (Aleph) no centro do Cubo.
A letra b (Beth) equivale ao número 2, e, portanto, tem-se 2 x 4 = 8, que é x (Cheth), a Taça no
interior da qual está toda a criação.
Por isso o Bahir declara que “nestas doze direções diagonais está toda a Árvore da Vida”.
A numeração total das doze letras simples é 445, que por kolel é, também, 444 – wdqm, Maqo-
desh, o santuário. E a letra a (Aleph) no centro do santuário é a Shekinah.

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3 - Prática

“Tu confortarás o coração da pedra secreta com o sangue quente”.


Liber Stellae Rubeae, sub figura LXVI.

0. O Templo físico deve estar preparado para o grau a que pertença o Magista.

1. Sobre o Altar estarão, pelo menos, as quatro armas elementais: o Pantáculo, a Espada, a Taça
e a Baqueta, além do Sagrado Livro da Lei.

2. O Magista deve realizar os rituais de banimento e invocação que ele creia mais eficazes.

3. O Magista deve, então, dirigir-se a seu templo mágico por meio de seu corpo de luz.

4. Tendo realizado os rituais de banimento e invocação no interior de seu templo mágico, o Ma-
gista toma a baqueta e se posta no centro de seu círculo, voltado para o seu altar, ao leste.

5. (Acima) O Magista, no centro de seu círculo mágico, voltado em direção ao leste, eleva-se
com sua baqueta e traça com ela no topo um hexagrama em fogo chamejante – O, enquanto exclama:
vhy (YHV), projetando o nome divino, com suas letras também em fogo chamejante, no meio do
hexagrama acima de si. Ele retorna com sua baqueta ao centro do círculo, formando com a mesma
uma linha reta de fogo, desde o hexagrama com os nomes divinos acima até seu próprio corpo de luz,
o qual deve ser visualizado como um h (He) da cor rubra mais intensa que puder imaginar.

6. (Abaixo) O Magista, no centro de seu círculo mágico, voltado em direção ao leste, abaixa-se
com sua baqueta e traça com ela no fundo um hexagrama em fogo chamejante – O, enquanto excla-
ma: vyh (HYV), projetando o nome divino, com suas letras também em fogo chamejante, no meio do
hexagrama abaixo de si. Ele retorna com sua baqueta ao centro do círculo, formando com a mesma
uma linha reta de fogo, desde o hexagrama com os nomes divinos abaixo até seu próprio corpo de luz,
o qual deve ser visualizado como um h (He) da cor rubra mais intensa que puder imaginar.

7. (Leste) O Magista, no centro de seu círculo mágico, voltado em direção ao leste, avança com
sua baqueta adiante e traça com ela à sua frente um hexagrama em fogo chamejante – O, enquanto ex-
clama: hyv (VYH), projetando o nome divino, com suas letras também em fogo chamejante, no meio
do hexagrama à sua frente. Ele retorna com sua baqueta ao centro do círculo, formando com a mesma
uma linha reta de fogo, desde o hexagrama com os nomes divinos adiante até seu próprio corpo de
luz, o qual deve ser visualizado como um h (He) da cor rubra mais intensa que puder imaginar.

A pronúncia deve ser feita utilizando-se a vogal natural da letra correspondente, que é a primeira vogal encontrada no
1

próprio nome da letra. Assim, tem-se h (He) = e (Tzerê); v (Vau) = a (Kametz); y (Yod) = o (Cholem). Daí que YHV deve
ser pronunciado “YoHeVa”. HYV é “HeYoVA”. VYH é “VaYoHe”. VHY é “VaHeYo”. YVH é “YoVaHe”. E, finalmente,
HVY é “HeVaYo”.

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8. (Oeste) O Magista, no centro de seu círculo mágico, voltado em direção ao leste, volta-se para
trás com sua baqueta e traça com ela atrás de si um hexagrama em fogo chamejante – O, enquanto ex-
clama: yhv (VHY), projetando o nome divino, com suas letras também em fogo chamejante, no meio
do hexagrama atrás de si. Ele retorna com sua baqueta ao centro do círculo, formando com a mesma
uma linha reta de fogo, desde o hexagrama com os nomes divinos atrás de si até seu próprio corpo de
luz, o qual deve ser visualizado como um h (He) da cor rubra mais intensa que puder imaginar.

9. (Sul) O Magista, no centro de seu círculo mágico, voltado em direção ao leste, volta-se à direi-
ta com sua baqueta e traça com ela, à sua direita, um hexagrama em fogo chamejante – O, enquanto
exclama: hvy (YVH), projetando o nome divino, com suas letras também em fogo chamejante, no
meio do hexagrama à direita. Ele retorna com sua baqueta ao centro do círculo, formando com a mes-
ma uma linha reta de fogo, desde o hexagrama com os nomes divinos à direita até seu próprio corpo
de luz, o qual deve ser visualizado como um h (He) da cor rubra mais intensa que puder imaginar.

10. (Norte) O Magista, no centro de seu círculo mágico, voltado em direção ao leste, volta-se à
esquerda com sua baqueta e traça com ela, à sua esquerda, um hexagrama em fogo chamejante – O,
enquanto exclama: yvh (HVY), projetando o nome divino, com suas letras também em fogo chame-
jante, no meio do hexagrama à esquerda. Ele retorna com sua baqueta ao centro do círculo, formando
com a mesma uma linha reta de fogo, desde o hexagrama com os nomes divinos à esquerda até seu
próprio corpo de luz, o qual deve ser visualizado como um h (He) da cor rubra mais intensa que puder
imaginar.

11. (Shabath be-Eben va-Redi) O Magista, no centro de seu círculo mágico, voltado em di-
reção ao leste, deverá ter formulado todo o Cubo de fogo, com um hexagrama em cada uma das seis
direções deste, e sua respectiva permutação do nome divino no centro de cada um destes, os quais
estarão ligados, por trilhas de fogo, ao h (He) de cor rubra no meio exato do Cubo formado pelos seis
hexagramas.
Ele deve manter toda a visualização em seus mínimos detalhes o máximo de tempo que puder,
recriando-a detalhe por detalhe toda vez que sua concentração se desfizer. Ele deve “residir” no êxtase
gerado pela visualização completa, sentindo as chamas e o h (He) rubro purificando e fortalecendo
seu corpo de luz até não mais conseguir prosseguir na prática.
Quando isto ocorrer, ele deve fechar seu templo mágico, retornar ao seu templo físico, e fechá-lo
igualmente, encerrando a prática com os rituais que ele creia mais adequados.
Mas que ele persista mais e mais, pois este ritual, quando for obtido nele a plena consecução, lhe
revelará a Harmonia e Beleza do Universo, assim como seu papel eterno (sua Verdadeira Vontade)
nesta engrenagem, de forma a manter esta Beleza e Harmonia.

Assim, está completo este estudo da Pedra e da Rosa.


Possa o mérito da revelação deste texto ser maior do que a profanação do Sagrado-Que-Habita-
Em-Mim ao torná-lo público.
Possa o proveito daqueles que o leiam ser maior do que as eventuais artimanhas de meu ego em
desejar fazer-se ouvido e elogiado pelas palavras aqui escritas.
Possa eu ter o Supremo Mérito de residir aos pés da Besta! Sim, aos pés da Besta!
Explicit. AUM HA.

O Repouso no interior da Pedra e da Rosa. Esta é a consecução a ser atingida – a permanência eterna no Santuário, Ma-
1

qodesh (o Cubo), no interior do qual reside a Presença Divina, Shekinah (a Rosa).

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