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A amarga vida das filhas de Marx
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Karl Marx (direita) e Friedrich Engels, com as filhas do primeiro. Da esquerda para a direita, Jenny, Laura e
Eleanor. / MARKA / UIG / GETTY IMAGES

23 NOV 2018 - 17:42 CET


Jenny morreu jovem. Laura e Eleanor se suicidaram.
Viveram à sombra dos homens, sem dúvida no século
errado

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Era uma vez três irmãs, as únicas que atingiram a idade adulta das
sete crianças que seus pais tiveram. Eram três irmãs, Jenny, Laura e
Eleanor. A primeira morreu de câncer aos 38 anos, as outras duas
cometeram suicídio. Laura, com seu marido, Paul Lafargue, um dos
introdutores do marxismo na Espanha e autor do famoso O Direito à
Preguiça. O casal chegou à conclusão de que a vida não valia a pena
a partir da idade em que a pessoa não pode desfrutar dos prazeres da
existência e se torna um fardo para os outros.

A mais nova, Eleanor, se envenenou aos 43, talvez enojada e


desanimada com os enganos de seu companheiro, o socialista
Edward Aveling, de que cuidara durante uma longa doença, embora
soubesse de suas infidelidades. Aparentemente, ela não pôde
suportar a descoberta de que Aveling se casara secretamente com
uma amante.

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Todos elas passaram por fases de autêntica miséria – não apenas na


infância – e de perseguição política. As três se casaram ou viveram
com ativistas de esquerda. Mas o interesse por essas três irmãs não
se deve somente ou principalmente às suas vicissitudes pessoais,
mas a sua contribuição para o desenvolvimento do movimento
operário e a seu trabalho intelectual.

Um detalhe revelador sobre Jenny: quando fez 13 anos, sua irmã


Laura lhe deu um diário e, em vez de dedicá-lo a criancices,
começou a escrever um ensaio sobre a história da Grécia. Em 1870,
publicou vários artigos sobre o tratamento dado aos presos políticos
irlandeses, outro sobre os abusos da polícia francesa quando foi
presa com sua irmã Eleanor. Ela também era secretária do pai na
Associação Internacional dos Trabalhadores.

Laura teve uma vida particularmente difícil, passando por fases de


depressão, talvez por causa da morte prematura de seus três filhos.
Oprimida pela pobreza, trabalhou como professora de línguas e
acompanhou o marido em vários países, fugindo da polícia e
colaborando com movimentos socialistas. Essa mulher, que tinha
ajudado o pai com pesquisas para ele, escreveu artigos políticos
(sobre o socialismo na França, por exemplo), mas não chegou a ter
uma obra notável, ficando sempre à sombra de dois homens: o pai e
o marido.

Eleanor, que queria ser atriz, foi a mais intelectual das três: escreveu
inúmeros artigos, alguns de interpretação da obra de seu pai, outros
sobre diferentes questões de importância política e social: um dos
mais interessante é o que escreveu sobre a situação das mulheres
tiranizadas pelo capitalismo e pelos homens. Considerava que a
chegada do socialismo as tornaria livres e iguais aos homens.
Poliglota, foi uma dura crítica do colonialismo e defensora fervorosa
da escolaridade obrigatória.

As três, filhas de Karl Marx e Jenny von Westphalen, sentiam


adoração pelo pai. A mãe, como elas, ficaria na obscuridade e
relegada a um mundo de homens. O socialismo e o feminismo
estavam longe de serem equivalentes.

Agora que se aproxima o final das comemorações do bicentenário do


nascimento de Karl Marx (com magníficas exposições em sua cidade
natal, Tréveris, com conferências e celebrações em sua
homenagem), é um bom momento para lembrar destas três irmãs,
que, em uma época mais igualitária teriam se destacado na vida
política e intelectual de qualquer país e não seriam citadas quase
exclusivamente como apêndices dos homens que estiveram por
perto delas.

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