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Sumário:
Lasers: noções básicas
EB EB
EA EA
EXCITAÇÃO DESEXCITAÇÃO
Figura 32.1
1
O Princípio de incerteza impede-nos de pormenorizar o estado cinemático de uma partícula quântica já
que, de acordo com a Mecânica Quântica, não é possível obter simultaneamente valores precisos de
posição e de momento linear. Esta impossibilidade não é tecnológica; é lógica.
1
Trata-se de um processo onde, evidentemente, há conservação de energia. O electrão
tem inicialmente energia EA e, depois da interacção com o fotão de energia hν , passa a
ter energia
E B = E A + hν . (32.1)
hν
hν
B electrão B
A + A +
núcleo
EXCITAÇÃO DESEXCITAÇÃO
Figura 32.2
2
Quando um electrão está num estado de energia alta acabará, mais tarde ou mais
cedo, por “decair” radiativamente para um estado de energia mais baixa. Ora, o tempo
de vida dos estados excitados não é sempre o mesmo. Podem os estados excitados
“viver” pouco tempo − tempos da ordem de 10−8 s − ou tempos muito grandes − da
ordem de alguns milissegundos. Os estados excitados com longos tempos de vida − da
ordem de 10−3 s − são designados meta-estáveis.
Já dissemos que se um fotão de energia apropriada é absorvido por um electrão,
induz uma transição deste para um estado de energia mais alta. Ora, também um fotão
do mesmo tipo pode provoca (ou estimula) a imediata desextitação de um átomo que se
encontre num estado meta-estável! Concretamente, se o átomo com o electrão no estado
B absorver radiação electromagnética de frequência ν , desexcita imediatamente com
emissão de um fotão idêntico ao que levou à excitação, como se mostra na Fig. 32.2.
hν
radiação
incidente
radiação (estimulada)
emergente
B
A + hν
hν
Figura 32.3
3
estimulada seja efectiva: neste caso, a grande maioria dos decaimentos dá-se
espontaneamente.
Há, porém, estados que vivem muito mais tempo − da ordem do centésimo de segundo
− o que lhes confere condições para que possam participar em emissão laser.
Uma maneira de criar inversão de população entre um estado fundamental A e
um estado com potencialidade de emissão laser B, é através de um terceiro estado C que
viva pouco tempo. Por colisões ou descargas eléctricas pode excitar-se o átomo para o
estado C que é um típico estado instável com tempo médio de vida muito curto. A
escolha deste estado é determinada por ele decair rapidamente e predominantemente
para o estado meta-estável B, como se mostra na parte esquerda da Fig. 32.4. Quando
um fotão de energia hν = E B − E A incide no átomo no estado B dá-se a emissão laser
(lado direito da Fig. 32.4).
EC EC
EB EB
emissão laser
EA EA
Figura 32.4
4
luz branca que permite a excitação provém de uma lâmpada de flash. No caso do laser
de rubi a radiação tem comprimento de onda 693,4 nm.
ED
EC
EB
emissão laser
EA
Figura 32.5
Há muitos materiais − sólidos, líquidos ou gases − que, tal como o rubi têm
capacidade de emissão laser. O laser de hélio-néon que também emite no vermelho com
comprimento de onda 632,8 nm, usa um processo diferente do descrito para o rubi. Uma
corrente eléctrica permite a excitação de átomos de hélio do estado fundamental A para
o estado excitado B. Quando um átomo de hélio neste estado colide com um de néon no
estado fundamental A’, deixa-o num estado excitado C’ que tem acção laser quando
decai para um estado intermédio B’, como mostra o esquema da Fig. 32.6.
colisão
B C' emissão laser
B' λ = 632,8 nm
excitação
por impacto
de electrões
He Ne
A A'
Figura 32.6