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Resolução CNE/CES N.3, de 7 de novembro de 2001.

A presente resolução institui as diretrizes curriculares nacionais do curso de


Graduação em Enfermagem, a serem observadas na organização curricular das
instituições do Sistema de Educação Superior do País.
Definem os princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação de
enfermeiros, estabelecidas pela Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação.
O curso de Graduação em Enfermagem tem como perfil do formando
egresso/profissional um enfermeiro, com formação generalista, humanista, crítica e
reflexiva. Um profissional qualificado capaz de conhecer e intervir sobre os
problemas/situações de saúde/doença, sobre o perfil epidemiológico, dando ênfase na
usa região de atuação. Formar um enfermeiro com licenciatura em Enfermagem
capacitado para atuar na Educação Básica e na Educação Profissional em Enfermagem.
A formação do enfermeiro tem por objetivo dotar o profissional dos
conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades
gerais:
 Atenção à saúde: os profissionais de saúde, dentro de seu âmbito
profissional, devem estar aptos a desenvolver ações de prevenção,
promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual
quanto coletivo. Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos
mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo
em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com
ato técnico, mas sim com a resolução do problema de saúde, tanto
coletivo como individual;
 Tomada de decisões: o trabalho dos profissionais de saúde deve estar
fundamentado na capacidade de tomar decisões, devem possuir
competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir as
condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas;
 Comunicação: os profissionais de saúde devem ser acessíveis, mantendo
a comunicação verbal, não-verbal e habilidades de escrita e leitura com
os profissionais de saúde e o público em geral;
 Liderança: no trabalho em equipe multiprofissional, os profissionais de
saúde deverão estar aptos a assumir posições de liderança, sempre tendo
em vista o bem-estar da comunidade;
 Administração e gerenciamento: os profissionais devem estar aptos a
tomar iniciativas, fazer gerenciamento e administração tanto da força de
trabalho quanto dos recursos físicos e materiais e de informação, devem
ser empreendedores, gestores, empregadores ou líderes de equipes de
saúde; e
 Educação permanente: os profissionais devem ser capazes de aprender
continuamente, tanto na sua formação, quanto na sua prática.
A formação do enfermeiro tem por objetivo dotar o profissional dos
conhecimentos requeridos para os exercícios das seguintes competências e habilidades
especificas: atuar profissionalmente, compreendendo a natureza humana; incorporar a
ciência/arte do cuidar como instrumento de interpretação profissional; estabelecer novas
relações com o contexto social; desenvolver formação técnico-científica que confira
qualidade ao exercício profissional; compreender a política de saúde, reconhecer os
perfis epidemiológicos; reconhecer a saúde como direito e condições dignas de vida e
atuar de forma a integralidade da assistência; atuar nos programas de assistência
integral à saúde da criança, do adolescente, da mulher, do adulto e do idoso; ser capaz
de diagnosticar e solucionar problemas, de comunicar-se, tomar decisões, intervir no
trabalho da equipe; reconhecer as relações de trabalho e sua influência na saúde; atuar
como sujeito no processo de formação de recursos humanos; responder as
especificidades regionais de saúde; reconhecer-se como coordenador do trabalho da
equipe de enfermagem; assumir o compromisso ético-humanístico e social com o
trabalho multiprofissional em saúde; promover estilo de vida saudável, tanto dos seus
pacientes como da comunidade; usar adequadamente as tecnologias para o cuidar da
enfermagem; atuar nos diferentes cenários da prática profissional; identificar as
necessidades individuais e do coletivo; intervir no processo saúde doença, promovendo
prevenção, proteção e reabilitação a saúde; coordenar o processo de cuidar em
enfermagem; prestar cuidado de enfermagem analisando as diferentes necessidades;
compatibilizar as características profissionais dos agentes da equipe de enfermagem às
diferentes demandas dos usuários; integrar as ações de enfermagem as ações
multiprofissionais; gerenciar o processo de trabalho em enfermagem com os princípios
de ética e de bioética; planejar, implementar e participar dos programas de formação e
qualificação; planejar e implementar programas de educação e promoção à saúde;
desenvolver, participar e aplicar pesquisas; respeitar os princípios éticos, legais e
humanísticos da profissão; interferir na dinâmica de trabalho institucional; utilizar os
instrumentos que garantem a qualidade do cuidado de enfermagem e da assistência a
saúde; participar da composição das estruturas consultivas e deliberativas do sistema da
saúde; assessorar órgãos, empresas e instituições em projetos de saúde; cuidar da
própria saúde física e mental e buscar seu bem-estar como cidadão e como enfermeiro; e
reconhecer o papel social do enfermeiro para atuar em atividades de politico e
planejamento em saúde.
A formação do enfermeiro deve atender as necessidades sociais da saúde, com
ênfase no SUS e assegurar a integralidade da atenção e a qualidade e humanização do
atendimento.
Os conteúdos essenciais para o Curso de Graduação em Enfermagem devem
estar relacionados com todo o processos saúde-doença do cidadão, da família e da
comunidade. Os conteúdos devem contemplar as Ciências Biológicas e da Saúde,
Ciência Humanas e Sociais, e Ciência da Enfermagem.
Os conteúdos curriculares, as competências e as habilidades a serem assimilados
e adquiridos no nível da graduação do enfermeiro devem conferir-lhe terminalidade e
capacidade acadêmica e/ou profissional.
Este conjunto de competências, conteúdos e habilidades deve promover no aluno
e no enfermeiro a capacidade de desenvolver intelectual e profissional autônomo e
permanente.
Na formação do Enfermeiro, além dos conteúdos teóricos e práticos ficam os
cursos obrigados a incluir no currículo o estágio supervisionado em hospitais gerais e
especializados, ambulatórios, rede básica de serviços de saúde e comunidades nos dois
últimos semestres do curso.
No estágio supervisionado, será assegurado a efetiva participação dos
enfermeiros do serviço de saúde. A carga horária mínima do estágio deverá totalizar 20
% da carga horária total do curso.
O PPC do curso devera contemplar atividades complementares e as IES deverão
criar mecanismos de aproveitamento de conhecimentos adquiridos pelo estudante,
através de estudos e práticas independentes, presenciais e/ou a distância, a saber:
monitorias e estágios; programas de iniciação científica; programas de extensão; estudos
complementares e cursos realizados em outras áreas afins.
O curso de enfermagem deve ter um projeto pedagógico constituído
coletivamente, tendo o aluno como sujeito de aprendizagem e apoiado pelo professor.
As diretrizes curriculares e o PPC devem orientar o currículo do curso para um
perfil acadêmico e profissional do egresso.
As diretrizes curriculares deverão contribuir para a inovação e qualidade do
PPC.
Para a conclusão do curso, o aluno deverá elaborar um trabalho sob orientação
docente.
A formação de professores por meio de Licenciatura Plena segue Pareceres e
Resoluções específicos da Câmera de Educação Superior e do Pleno do Conselho
Nacional de Educação.
As avaliações dos alunos deverão basear-se nas competências, habilidades e
conteúdos curriculares desenvolvidos, tendo como referência as Diretrizes Curriculares.
O Curso de Graduação em Enfermagem deverá utilizar metodologias e critérios
para acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem e do próprio curso,
em consonância com o sistema de avaliação e a dinâmica curricular definidos pela IES à
qual pertence.
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 6 DE ABRIL DE 2009.
Ficam instituídas, na forma do Parecer CNE/CES nº 213/2008, as cargas
horárias mínimas para os cursos de graduação em Biomedicina, Ciências Biológicas,
Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e
Terapia Ocupacional, bacharelados, na modalidade presencial.
Os estágios e as atividades complementares dos cursos de graduação referidos
no caput não deverão exceder a 20% (vinte por cento) da carga horária total do curso,
salvo nos casos de determinações específicas contidas nas respectivas Diretrizes
Curriculares.
As Instituições de Educação Superior, para o atendimento ao art. 1º, deverão
fixar os tempos mínimos e máximos de integralização curricular por curso, bem como
sua duração, tomando por base as seguintes orientações: a carga horária total dos cursos,
ofertados sob regime seriado, por sistema de crédito ou por módulos acadêmicos,
atendidos os tempos letivos fixados na Lei nº 9.394/96, deverá ser dimensionada em, no
mínimo, 200 (duzentos) dias de trabalho acadêmico efetivo; a duração dos cursos deve
ser estabelecida por carga horária total curricular, contabilizada em horas (60 minutos),
passando a constar do respectivo Projeto Pedagógico; os limites de integralização dos
cursos devem ser fixados com base na carga horária total, computada nos respectivos
Projetos Pedagógicos do curso, observados os limites estabelecidos nos exercícios e
cenários apresentados no Parecer CNE/CES nº 8/2007.
Limite mínimo para integralização de 6 (seis) anos.
As Instituições de Educação Superior devem ajustar e efetivar os projetos
pedagógicos de seus cursos aos efeitos do Parecer CNE/CES nº 213/2008 e desta
Resolução, até o encerramento do primeiro ciclo avaliativo do SINAES, nos termos da
Portaria Normativa nº 1/2007, bem como atender ao que institui o Parecer CNE/CES nº
261/2006, referente à hora-aula, ficando resguardados os direitos dos alunos advindos
de atos acadêmicos até então praticados.
As disposições desta Resolução devem ser seguidas pelos órgãos do MEC nas
suas funções de avaliação, verificação, regulação e supervisão, no que for pertinente à
matéria desta Resolução.
Carga horária mínima dos cursos de graduação considerados da área de saúde,
bacharelados, na modalidade presencial Curso Carga Horária Mínima Biomedicina
3.200 Ciências Biológicas 3.200 Educação Física 3.200 Enfermagem 4.000 Farmácia
4.000 Fisioterapia 4.000 Fonoaudiologia 3.200 Nutrição 3.200 Terapia Ocupacional
3.200.
RESOLUÇÃO N 1, 17 DE JUNHO DE 2010(NDE).

O Núcleo Docente Estruturante (NDE) de um curso de graduação constitui-se de


grupos de docentes, com atribuições acadêmicas de acompanhamento, atuante no
processo de concepção, consolidação e contínua atualização do PPC.
O NDE deve ser constituído por membros do corpo docente do curso, que
exerçam liderança acadêmica no âmbito do mesmo.
As atribuições são, entre outras, contribuir para a consolidação do perfil
profissional do egresso do curso; zelar pela integração curricular interdisciplinar entre
as diferentes atividades de ensino constantes no currículo; identificar formas de
incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão; zelar pelo cumprimento
das diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação.
As IES, por meio dos seus colegiados superiores, devem definir as atribuições e
os critérios de constituições do NDE, atendidos, no mínimo, os seguintes: ser
constituídos por no mínimo 5 professores pertencentes ao corpo docente do curso; ter
pelo menos 60 % de seus membros com titulação acadêmica obtida em programas de
pós-graduação stricto sensu; ter todos os membros em regime de trabalho de tempo
parcial ou integral sendo pelo menos 20 % em tempo integral; assegurar estratégia de
renovação parcial dos integrantes do NDE de modo a assegurar continuidade no
processo de acompanhamento do curso.
FACULDADE IEDUCARE (FIED)

PARLANAHINE PASSOS

INTRODUÇÃO A UNIVERSIDADE
Resoluções

Tianguá
2016

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