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São Paulo
2016
MARCELO AUGUSTO PAIVA DOS SANTOS PEREIRA
São Paulo
2016
MARCELO AUGUSTO PAIVA DOS SANTOS PEREIRA
São Paulo
2016
Dedico esse trabalho à minha avó,
Olímpia
AGRADECIMENTOS
Eis aqui o trabalho que simboliza a conclusão de uma das mais importantes etapas de minha
vida, que durante seis longos anos foi transformada pelo conhecimento. Apesar de levar
apenas meu nome em sua capa, bem como tudo o que conquistei até hoje, este estudo não
seria possível sem o apoio de terceiros, que merecem todos os meus agradecimentos.
Agradeço primeiramente aos meus pais, irmãos, tias e avó por sempre me motivarem e
apoiarem. Mas agradeço principalmente por não esperarem nada de mim, a não ser minha
felicidade.
Agradeço aos meus amigos, principalmente os Politécnicos do grupo L..., Afinal, foi junto
deles que mais aprendi ao longo desta jornada. Mas não posso esquecer de meus amigos do
Objetivo, que estiveram sempre ao meu lado.
Agradeço especialmente ao professor Dr. Eduardo Zancul por não deixar me faltar orientação
e também a todos os outros professores que de uma maneira ou outra participaram de minha
formação.
Agradeço a Alê, Marim, Durão e a todos monitores da Oficina InovaLab@POLI, em especial
ao Lucas e ao Daniel, por dividirem comigo seus conhecimentos durante esse processo de
aprendizado e confecção.
Agradeço a todos alunos e orientadores que participaram junto a mim do projeto do CNPq por
criarem a base que me permitiu desenvolver o trabalho.
Que nada nos limite, que nada nos defina, que
nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa
própria substância, já que viver é ser livre
(Simone de Beauvoir)
RESUMO
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Tecnologias de manufatura...................................................................................... 36
1 INTRODUÇÃO
1.1 Contextualização
A equipe de projeto foi composta por professores, pesquisadores e por alunos de pós-
graduação e de graduação de vários cursos de Engenharia e do curso de Design da USP. A
equipe diretamente envolvida nos trabalhos contou com a participação de sete alunos de
graduação e de um aluno de mestrado, conforme listado a seguir:
• Um lavatório acessível;
1.2 Motivação
1.3 Objetivo
Vale também salientar, que a participação do autor ocorre de maneira ativa durante o
segundo ano de vigência do projeto e de desenvolvimento da cadeira, quando este se torna o
responsável único pelo refinamento da solução e pela prototipagem da solução final. As
atividades do autor envolveram a finalização dos modelos virtuais que representam o conceito
criado no projeto, a integração final de soluções, a definição da estratégia de prototipagem e a
fabricação e montagem do protótipo final.
Este trabalho está dividido em seis capítulos, sendo o primeiro deles uma breve
introdução do trabalho. O conteúdo dos demais capítulos é apresentado a seguir:
2 REVISÃO DA LITERATURA
O presente tópico tem como seu intuito a discussão dos temas relevantes para
construção da base teórica utilizada para o desenvolvimento do projeto aqui apresentado. Tais
tópicos partem do entendimento inicial do Processo de Desenvolvimento de Produtos (PDP),
a abordagem de Design Thinking (DT) utilizada como diretriz do projeto de desenvolvimento
da cadeira de bordo, bem como um entendimento de diferentes tipos de processos de
desenvolvimento do produto e um entendimento mais completo do processo de prototipagem
dentro do contexto de desenvolvimento de produtos.
Todo e qualquer novo produto se inicia como uma ideia que evolui de um projeto para
atender as necessidades dos consumidores e de outros stakeholders dentro de um determinado
mercado (ROZENFELD et al., 2006). De sua concepção inicial até sua disponibilização para
o consumo, o produto passa por um longo processo de desenvolvimento, conhecido como
Processo de Desenvolvimento de Produto. Este processo terá um escopo e seguirá por
diferentes etapas de acordo com o grupo que o desenvolve (BAXTER, 2006). Mas de maneira
geral o PDP é tido com uma sequência de etapas, ou atividades, desenvolvidas durante a
criação de um novo produto (EPPINGER; ULRICH, 2012).
Existem diversas abordagens sobre o PDP. Mas de forma genérica, o PDP tradicional
parte da geração de ideias, e recebimento de estímulos do mercado e dos consumidores e no
seguinte refinamento destas ideias e informações de maneira racional de modo a desenvolver
um projeto e um produto, que de acordo com o cenário tecnológico vigente poder ser
reproduzido sistematicamente e posto em produção (BAXTER, 2006).
Como dito anteriormente, o PDP pode variar dependendo do time que o executa.
Contudo, as metodologias do PDP tradicional aparecem estruturadas em fases macro e então
subdivididas em fases ou atividades mais capilares (ROZENFELD et al., 2006). Em geral as
fases ocorrem de maneira sequencial, mas podem se sobrepor durante a execução de algumas
atividades. Para o entendimento deste trabalho escolheu-se estudar o modelo apresentado por
Rozenfeld et al. (2006) (Figura 1):
Figura 1: PDP segundo Rozenfeld
Esta é a macro fase inicial e precede a própria aprovação e início do projeto em si.
Lança um foco nas considerações iniciais para validação da própria existência do projeto,
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Durante esta fase são gerados uma série de diferentes conceitos, que são então
avaliados. Os conceitos devem ser uma descrição simplificada do que será o produto e
características como forma e funcionalidades podem já ser avaliadas. O foco durante as
atividades deve ser mantido sobre os princípios e não nos detalhes, uma vez que solução
eficaz e duradoura provem de uma escolha acertada de princípios de funcionamento e não de
uma concentração exacerbada de detalhes. No fim desta fase, um ou mais conceitos gerados
devem ser escolhidos para dar continuidade ao processo de desenvolvimento (ROZENFELD
et al., 2006).
De maneira geral, dois caminhos podem ser seguidos durante a geração dos conceitos:
um projeto incremental ou um projeto completamente novo. O projeto completamente novo
requer o desenvolvimento de um produto completamente diferente daqueles já trabalhados
pela equipe ou companhia, enquanto um projeto incremental se baseia em projetos já
existentes e segue para a implementação de melhorias e novas funcionalidades
(ROZENFELD et al., 2006).
2.1.2.2 Projeto conceitual
É importante atentar que durante esta faze, ao avaliar diferentes ideias de sistemas e
combinar diferentes solução para os subsistemas pode revelar pontos fracos que podem ser
trabalhados e eliminados para a obtenção do melhor conjunto (ROZENFELD et al., 2006).
2.1.2.3 Projeto detalhado
Este é um processo gradual que em geral tem suas atividades iniciadas anteriormente
mas apenas implementadas durante esta etapa. São desenvolvidos os processos de apoio à
produção e comercialização do produto, como venda, distribuição assistência técnica e
atendimento ao cliente. Durante esta etapa outros times, que não o de desenvolvimento de
produtos são envolvidos e é feita uma transição para o final do projeto de maneira gradual
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para garantir que a linha de produção tem total acesso ao time de desenvolvedores e que assim
quais quer problemas possam ser abordados e sanados (ROZENFELD et al., 2006).
Tanto para Eppinger e Ulrich (2012) quanto para Rozenfeld et al. (2006) e Baxter
(2006), as primeiras etapas do PDP tradicional são cruciais para o desenvolvimento de novos
produtos. Pois são nelas que se concentra definição do projeto de fato, onde são trabalhadas o
maior número de incertezas e por consequência são comprometidos a principal parte dos
custos do novo produto. Assim, a boa execução das primeiras etapas é crucial para o
desenvolvimento seja eficiente e o produto tenha sucesso (Figura 2).
Figura 2: Evolução dos custos no PDP
Esses fundamentos primordiais são tidos como a base para diversas metodologias que
vêm sido utilizados ao redor do globo para a aplicação do DT em diferentes projetos e de
diferentes formas. Fazendo que atualmente, o DT seja mais associado à aplicação de uma
metodologia específica e no processo de desenvolvimento do que na concepção inicial do
design como uma maneira de pensar e se articular. (MARTIN, 2009)
2.2.1 O Design Thinking como é concebido atualmente
O DT como uma metodologia tem suas bases na Universidade de Stanford nos Estados
Unidos da América, onde foi inicialmente as possibilidades de integrar processos criativos
dentro da engenharia mecânica. A ideia é então difundida dentro da instituição, onde o
professor David M. Kelley, fundador da IDEO, começa a utilizar tais métodos dentro de sua
companhia e os utiliza como base para a criação do Instituto Hasso Plattner de Design em
Stanford, a d.school. Desde então muitas outras universidades e empresas começaram a
também adotar e desenvolver tal metodologia, gerando uma série de diferentes abordagens
para a aplicação do DT (BROWN, 2010).
A metodologia apresentada pela d.school (2010) é dividida em cinco fases (Figura 3).
O processo não é linear, mas interativo e tal interatividade é essencial para o bom
desenvolvimento da metodologia. Existe um movimento entre as diferentes fases do processo;
se no final do ciclo de prototipagem não é obtida uma solução satisfatória para o problema
deve-se voltar uma ou duas fases para se repensar nas ideias criadas, agregando desta fez os
aprendizados da fase de prototipagem e testes.
Figura 3: Etapas em um cilco de Design Thinking
Empatia
É importante também que seja feita uma síntese das informações coletadas, de modo a
torna-las mais objetivas e gerenciáveis. Para tanto se faz uso de diagramas e fluxogramas e
blueprint.
(Re)Definir
A partir das informações coletadas durante a fase de empatia é realizada uma profunda
análise para que todos os achados sejam transformados em necessidades e/ou descobertas
relevantes. Os principais objetivos desta fase são o entendimento profundo os usuários e
principalmente a criação do “ponto de vista” do projeto. Ou seja, uma declaração de problema
que guiará o desenvolvimento do projeto.
Para que o ponto de vista criado seja efetivo, ele deve ser capas de delinear o
problema, inspirar os membros da equipe, fornecer modelos de referência, alimentar e guiar
as sessões de brainstorming e orientar o time envolvido em como cada parte pode se
desenvolver individualmente no projeto.
Ideação
Uma vez que um número considerável de ideias é gerado, elas são então discutidas e
então selecionadas de acordo como a equipe as julga segundo viabilidade, aplicabilidade e
grau de inovação.
Prototipagem
O processo de prototipagem ocorre em ciclos, cada qual com a construção de protótipos com
finalidades diferentes, conforme se avança no desenvolvimento do projeto e na convergência
das ideias.
Testar
A fase derradeira do ciclo de DT tem como objetivo o teste dos protótipos gerados
junto ao grupo de potenciais usuários encontrados a fim de se obter um entendimento se as
soluções propostas de fato atendem às necessidades dos usuários. A partir dos retornos
obtidos nos testes pode-se realizar ajustes e melhorias no projeto.
2. Protótipo Azarão (Darkhorse): Parte das funções críticas identificadas para uma
visão mais abrangente e divergente, permitindo o surgimento de uma variedade de
soluções potenciais. Permite a experimentação de soluções de alto risco ou
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4. Protótipo Funcional: É marcado pela definição da solução final a ser adotada para
o desenvolvimento do projeto. O protótipo deve trazer as funções básicas do
conjunto de solução escolhida para interação com os futuros usuários.
Alinhando cada uma destas dimensões em um eixo, Chua et al. (2010) apresenta um
diagrama de ilustrativo apresentado na Figura 5 que ilustra diferentes tipos de protótipos.
Figura 5: Dimensões da prototipagem segundo Chua et al. (2010)
A criação de modelos físicos ainda é capaz de reduzir a design fixation (fixação de que
as primeiras ideias tidas são as melhores e suficientes, bloqueando o processo criativo,
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Os protótipos virtuais surgem com uma alternativa para redução de custos e tempo de
desenvolvimento nos estágios iniciais do PDP. Os métodos utilizados variam de rascunhos e
“renders” a modelos computacionais 3D detalhados. Na indústria, ainda, o processo de
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prototipagem virtual pode ser complementado por modelos físicos que se utilizam de técnicas
de prototipagem rápida, como impressoras 3D (DESIGN COUNCIL 2007).
• Visualização;
Em seu estudo, Christie et al. (2012) também aponta para a necessidade da utilização
de boas práticas para que o processo de prototipagem seja bem sucedido. Sendo elas:
Christie et al. (2012) concorda com Dunlap et al. (2014) sobre a criação de uma
estratégia única por projeto e pautada na definição de aspectos-chave. Contudo, o autor
ressalta a importância de outros fatores para a definição de uma estratégia consistente para a
prototipagem. Os fatores adicionais são:
que parte do modelo tradicional mas adiciona um maior foco na interação com o usuário
durante a fim de ter uma utilização tanto técnica como para entendimento comercial; e o
modelo “Periódico”, está estratégia foca na construção de um protótipo com um sistema de
alta performance e para tanto depende de um trabalho intensivo de engenharia durante seu
desenvolvimento.
3 METODOLOGIA
• Segunda fase: essa fase é desenvolvida apenas pelo autor deste Trabalho de
Formatura e consta da interação por mais um ciclo de prototipagem dentro
da metodologia do DT. Dessa vez, com o objetivo de refinar as propostas
de solução e ter como resultado prático um protótipo final da cadeira de
rodas de bordo para aeronaves.
Uma vez que a segunda metade do projeto consta com uma limitação de equipe,
apenas o autor do trabalho, e todas as consequentes limitações de capacitações técnicas e de
tempo que isso implica, notou-se a necessidade de uma adaptação do ciclo de prototipagem
para que o projeto pudesse ser concluído de maneira satisfatória.
Desta forma, a metodologia desenvolvida para a execução deste trabalho parte das
duas macro fases apresentadas e subdivide-se em cinco diferentes etapas (Figura 7). A
primeira fase foca-se na etapa inicial de desenvolvimento do produto aqui estudado, nos
ciclos executados e nos resultados gerados, como resultado obtido pela equipe de alunos da
iniciação científica.
Após esse primeiro entendimento, parte-se para execução da segunda metade projeto.
Dentro dessa segunda fase, têm-se um detalhamento do ciclo de prototipagem, partindo do
início de um novo ciclo no processo de DT. Dando continuidade ao desenvolvimento, a etapa
de prototipagem é dividida em duas, sendo a primeira o desenvolvimento de um planejamento
e estratégia estruturada para a execução e otimização do ciclo de prototipagem e a segunda a
própria execução de tal plano.
Dunlap (2012) e Whellwright e Clark (1992) para o modelo tradicional de PDP associado
com as particularidades da metodologia do DT para o desenvolvimento de produtos (Figura
9).
Figura 9: Metodologia de prototipagem)
4 DESENVOLVIMENTO
4.1.1 O Projeto
• desenvolver uma cadeira de rodas para uso no interior de aeronaves que permita o
acesso facilitado ao assento do avião e a mobilidade no interior de aeronaves
quando necessário.
Além disso, outro ponto crucial para o entendimento do trabalho aqui apresentado é o
processo de desenvolvimento da cadeira foi dividido em duas etapas:
O resultado deste estudo foi uma cadeira de bordo que facilita o embarque e
desembarque, além de prover maior controle e independência e segurança ao usuário, através
do conceito de troca de assentos entre a cadeira de bordo e a poltrona do avião.
Figura 10: Cadeira Embracess
• Leg Wrap Positioning Aid – São fitas que aumentam o controle do usuário
durante a transferência;
Para completar o processo de benchmark foi feita uma pesquisa das soluções
conceituais já elaboradas dentro do mesmo campo de mobilidade. Foi utilizada a internet para
levantar projetos já publicados. O resultado foram outros nove objetos de comparação:
• Skycare Chair – É uma cadeira de bordo de avião que permite autonomia para
o cadeirante já que é ele quem controla a cadeira;
• O2Gen – É uma cadeira com design futurista e com uma proposta diferente
para o suporte anatómico das costas do usuário.
Após este mergulho inicial no problema e nas variáveis que o cercam, deu-se início
aos ciclos de prototipagem que caracterizam a metodologia de DT defendida pela d.school
(2010).
4.1.3 Primeiro ciclo de prototipagem: Protótipo de Função crítica
Foram, também, realizadas visitas técnicas à Embraer e outra à TAM, para a obtenção
um maior entendimento do ambiente de uma aeronave e o processo de desenvolvimento de
produtos para este setor.
4.1.3.2 (Re)Definir – Função crítica
Nome: Horácio
Sexo: Masculino Idade: 46
Altura: 1,76m Peso: 81kg
Estado Civíl: Casado Profissão: Conssultor, Professor
Paraplégico com mobilidade total dos membros
Deficiência:
superiores
Pussui independência para sair e entrar na cadeira
Grau de independência:
sozinho
Duas cadeiras, uma para o dia-a-dia e uma dobrável,
Cadeira de Rodas:
para viagens
Experiência com cadeira: 25 anos
Uma viagem a trabalho por mês e uma viagem a lazer
Habitos de Viagem:
por semestre
Classe de viagem: Econômica
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Nome: Aline
Sexo: Feminino Idade: 32
Altura: 1,63m Peso: 50kg
Estado Civíl: Solteira Profissão: Desempregada
Paraplégico com mobilidade total dos membros
Deficiência:
superiores
Pussui independência para sair e entrar na cadeira
Grau de independência:
sozinho
Cadeira de Rodas: Possui uma cadeira convencional
Experiência com cadeira: 1 ano
Duas viagens por mês para tratamento em um grande
Habitos de Viagem:
centro
Classe de viagem: Econômica
• Massa de modelar;
• Palitos de sorvete;
• Arame.
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Nesse projeto, após passarem por uma avaliação pelo grupo, o resultado mais
significativo dessa etapa é o entendimento que a falta de conhecimento das necessidades reais
dos usuários foi um entrave para a geração de ideias. Resultando em buscas pelo
aprofundamento do entendimento das necessidades do usuário.
4.1.4 Segundo ciclo de prototipagem: Protótipo Funcional
Como visto no capítulo três, o modelo de desenvolvimento adotado pelo grupo, seja
pelas limitações de tempo hábil para o projeto, ou pelas necessidades encontradas no próprio
escopo inicial do projeto, não abordou o desenvolvimento dos ciclos de prototipagem Azarão
(Darkhorse) e Integrado (Funktional). Dessa maneira, o segundo ciclo de prototipagem
realizado foi o ciclo do protótipo funcional.
Também foi feita uma visita ao modelo de cabine aérea localizado no Departamento de
Engenharia Mecânica da Universidade de São Paulo. Durante a visita, a equipe teve um
melhor entendimento da experiência de voo do usuário cadeirante e também se realizou as
medidas das dimensões da poltrona (Figura 15) e da cabine, como a largura de corredor. A
observação e estudo deste ambiente permitiu um melhor entendimento das barreiras a serem
transpostas por cadeirantes durante uma viagem aérea.
Figura 15: Modelo de poltrona
Foram realizadas novas sessões de brainstorm, dessa vez focando-se nos requisitos
dos usuários definidos durante as etapas anteriores. Tanto as novas ideias geradas, quanto as
antigas foram aproveitadas e associadas à tabela de requisitos do usuário (Quadro 5) na busca
de um conjunto de soluções que atenda de maneira mais completa os usuários e que esteja
contida no escopo do projeto (Quadro 6).
Quadro 6: Soluções e requisitos
Requisitos Soluções
Adaptável Regulagem de largura e altura do encosto; ajuste para pernas
Apoio para transferência Aproveitar pontos de apoio da poltrona do avião ou base da
cadeira
Sustentação na Apoio lateral; apoio frontal
transferência
Facilidade de Automatização; tábua de transferência; assento deslizável
transferência
Auxílio para os Puxador ergonômico; travamento de rodas
comissários
Apoio de costas Almofada ergonômica; gomos ajustáveis
Apoio para os pés Cintos; barra para segurar pernas; retrátil; ajustável
Segurança lateral Sem cantos vivos; apoio retrátil; tábuas laterais
Superar Obstáculos Roda grande; roda 360 graus
Estabilidade Roda traseira > roda dianteira; 3 rodas; mais pontos de base
Sustentação do tronco Apoio de cabeça; trava de montanha russa; encosto até a cabeça
Armazenamento Compactável; desmontável; modular; minimalista
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O foco nesta etapa foi a integração de todas as ideias geradas ao longo do projeto a fim
de se obter um sistema de solução para o problema apresentado. Foram então desenvolvidos
desenhos (rascunhos) inicias para a representação do agrupamento dessas ideias.
Durante a fase de ideação também foi criado, um guia de utilização para a cadeira de
bordo.
4.1.4.4 Prototipagem – Protótipo Funcional
Diferindo das etapas anteriores, que tiveram seu foco na fase de protótipo de conceito,
pela definição do escopo do projeto, o resultado desta etapa deveria ser um protótipo
equivalente ao da fase Funcional.
Sendo assim a prototipagem foi dividida em duas etapas: protótipo virtual e protótipo
físico com escala 1:1. Para o desenvolvimento do modelo virtual foram utilizados os
softwares Autodesk Inventor e Rhinoceros (Figura 16).
Figura 16: Modelo Virtual - Protótipo Funcional
Depois de finalizado o modelo virtual deu-se início à confecção do modelo físico com
escala 1:1. Para o modelo físico foi utilizado:
• MDF;
• Tubos de PVC;
• Rodas de borracha;
• Modelo virtual.
Com o ciclo de prototipagem funcional concluído, o projeto segue para mais um ciclo
de desenvolvimento.
4.1.5.1 Análise crítica do modelo criado
Para que fosse obtido um entendimento total do modelo proposto, e assim utilizá-lo para
o prosseguimento do projeto, foi feito um estudo crítico do modelo gerado pelo grupo na fase
funcional.
A análise se deu sobre o modelo virtual criado, que se mostrava como o mais completo
agrupamento das soluções propostas.
• Avaliação da montagem.
Desta maneira, para a continuação do projeto será seria necessária a criação de um novo
modelo virtual que contemple todas as funcionalidades propostas e que esteja dentro das
especificações da cabine.
Uma vez compreendidos os resultados dos ciclos, dá-se início à próxima etapa no
processo de desenvolvimento do produto, o ciclo de prototipagem final.
Nesta proposta, que será estudada na prática pelo trabalho aqui apresentado, a fase de
prototipagem é organizada em duas etapas distintas:
• Desenvolvimento do protótipo.
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Além disso, foi realizada uma nova visita ao modelo de cabine de um avião,
localizado no departamento de Engenharia Mecânica da EPUSP. Durante esta visita foram
registradas as especificações da cabine.
Uma vez que após o estudo dos resultados obtidos na primeira fase do projeto foi
observado uma falha na definição e indicação de uma solução concreta para o travamento da
base do assento na estrutura tanto da cadeira de bordo quanto na poltrona do avião, decidiu-se
por focar o processo de ideação na solução deste problema em específico.
Como, durante esta etapa, a equipe de execução do projeto se limitou a apenas o autor
deste trabalho, a utilização de técnicas de brainstorming ficam prejudicadas. Contudo, para
tentar tornar o processo de geração e seleção de ideias menos enviesado utilizou-se a seguinte
estrutura:
Foi feita uma busca por mecanismos de travas, por meio da internet bem como
consultas a especialistas na área de engenharia mecânica, para a obtenção de um melhor
entendimento das alternativas de solução. Considerando as dimensões e questões de
complexidade, procurou-se por modelos que poderiam ser adaptados de maneira eficaz para o
conjunto da cadeira. Os modelos de trava encontrados estão expostos no Quadro 8.
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Para a composição das ideias de solução, após a inspiração das soluções já existentes,
foi feita uma sessão individual de brainstorming e sketching. Foram obtidos três conceitos
para a solução do problema de travamento do assento:
Dentro de cada um destes critérios foi estabelecido o melhor e o pior colocado, onde o
índice um indica o melhor colocado e o três o pior colocado. O resultado é exibido na Tabela
2.
Tabela 2: Critérios de seleção
Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3
Facilidade de ativação 2 1 3
Facilidade de desativação 2 1 3
Estabilidade 2 2 1
Complexidade 3 2 1
Desta forma, a ideia campeã e que será inserida no conjunto de solução para a cadeira
de bordo foi o modelo 2, a Trava Guarda-chuva sobe e desce.
Para que seja elaborada uma proposta consistente se faz necessário o entendimento da
etapa de prototipagem dentro da metodologia do DT e também das práticas de definição de
estratégia dentro do PDP tradicional. A partir destas duas bases será feito um cruzamento para
a elaboração de um plano único e que possa traduzir de maneira satisfatória as necessidades
do projeto.
4.3.1 Peculiaridades da prototipagem em Design Thinking
A importância da prototipagem é tanta que uma das etapas mais cruciais do ciclo de
desenvolvimento de DT é destinada apenas para essa atividade. Não obstante, os próprios
ciclo da metodologia proposta pela d.school são baseados nos diferentes resultados esperados
na fase de prototipagem. Desta forma é estimulada a produção de diversos protótipos físicos e
virtuais, em diferentes fases e com diferentes funcionalidades.
72
• Geração de ideias;
• Comunicar;
• Interagir;
• Comece construindo: Mesmo que não se esteja seguro do que se está fazendo,
o ato de confeccionar e estar em contato com diferentes materiais e
ferramentas são essenciais para se estimular o processo criativo;
• Construa o protótipo com o usuário em mente: Uma vez que a própria razão de
existir do protótipo e do próprio desenvolvimento recai sobre a satisfação de
necessidades específicas dos usuários, é fundamental que ele seja considerado
durante o processo de criação do protótipo.
4.3.2 Planejamento e estratégias no processo de prototipagem do PDP
Para Eppinger e Ulrich (2012) a etapa inicial do processo de prototipagem deve partir
de um planejamento prévio. Dessa forma é criado uma mentalidade voltada à obtenção do
protótipo e se cria um ambiente propício à prototipagem. Os quatro aspectos base no
planejamento de um processo de prototipagem são:
Dunlap et al (2014) e Wheelwright e Clark (1992) vão ainda mais a fundo em suas
metodologias para o desenvolvimento de protótipos e propõe modelos estratégicos para a
prototipagem. Enquanto o primeiro autor traz uma abordagem mais contemporânea e
genérica, propondo um “framework” de construção da metodologia baseado em seis pilares e
que tem um resultado único para cada projeto. Wheelwright e Clark (1992) apresentam uma
visão mais pautada em processos industriais e definem três modelos estratégicos específicos
para a prototipagem em engenharia.
Uma vez que a metodologia de DT traz uma ideia intrínseca de liberdade criativa e
agilidade no fazer, a implementação de um plano estruturado durante a etapa de prototipagem
pode aparecer como um entrave ao próprio desenvolvimento do projeto e sua fluidez.
Dessa forma, o protótipo aqui apresentado deve ser desenvolvido de maneira muito
mais assertiva, tanto para atingir as expectativas de funcionalidade e semelhança com o
produto final, quanto para ser factível dentro do escopo do trabalho e suas limitações de
tempo, orçamento e equipe. Sendo assim, a aplicação de uma metodologia de prototipagem
aparenta ser um passo importante para a otimização do ciclo de prototipagem final do projeto.
• Objetivo do protótipo;
• Funcionalidades e Subsistemas;
• Escolha de materiais;
Seguindo ainda o modelo proposto por Epplinger e Ulrich (2012), cada uma destas
atividades será colocada sobre um cronograma, a fim de se obter um entendimento do
temporal do ciclo de prototipagem.
Objetivo do protótipo
• Qual o resultado esperado para o ciclo de Design Thinking? – Uma vez que o
protótipo a ser criado está inserido no ciclo Final do DT é esperado que ele
apresente tanto as funcionalidades para solução dos problemas identificados
quanto uma aproximação de forma e aparência ao projeto do produto final.
• São necessários protótipos virtuais? – Dado o fato que o modelo criado nos
ciclos anteriores pela equipe de alunos de iniciação científica apresenta
algumas inconsistências, se faz necessária a confecção de um novo modelo
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Funcionalidades e Subsistemas
Escolha de materiais
Com a definição dos requisitos do projeto, foi feita a quebra do processo prático de
prototipagem em grupos de atividades:
• Seleção de materiais – uma vez que o modelo virtual esteja concluído, antes do
início da confecção do protótipo em si é necessário fazer um estudo do que
deverá ser modelado de fato. Para tanto, são necessárias as seguintes etapas:
• Confecção do modelo físico – uma vez que tanto o projeto quanto a matéria
necessária para sua confecção estão disponíveis, é dado o início do processo de
construção do modelo físico. Dentro daquilo que será o projeto definiu-se o
enfoque na construção das funcionalidades de rolagem e travamento. Como os
sistemas não são dependentes, resolveu-se por dividir a protótipo em três
partes principais a estrutura da cadeira de maneira genérica, o assento de
rolagem e a base para travamento. Uma vez entendido os objetivos do
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• Testes: Uma vez pronto o modelo físico, serão realizados testes para validar as
funcionalidades de deslizamento e trava da cadeira.
Sendo assim o processo de prototipagem deve ser iniciado pela criação do modelo
virtual, seguindo para seleção e compra dos materiais e a então confecção dos modelos
físicos.
Já para as funções de renderização foi escolhido o uso do software Key Shot, uma vez
que ele permite uma seleção mais acurada de materiais e gera imagens com melhor definição
e contraste, além de possuir uma interface mais intuitiva. Sua escolha também foi baseada na
experiência prévia do autor.
4.4.1.2 Modelo Virtual
Estrutura e Rodas
Apoio de pés
A cadeira apresenta apoio para os pés e duas alças para a colocação de uma cinta, caso
seja necessária, para a locomoção do usuário da cadeira (Figura 23).
Figura 23: Detalhe - Apoio de pé
Sistema de rolagem
O sistema de rolamento é feito dentro de uma base que contém fileiras de rolamentos,
totalizando 8 peças de rolagem. Esta base é acoplada a um assento especial com almofada
contra escaras. Este assento móvel tem a capacidade de deslizar tanto sobre a poltrona quanto
a base da cadeira (Figura 24 e Figura 25).
Figura 24: Detalhe – Assento
Uma vez criado o modelo virtual, deu-se início a segunda etapa do plano de
prototipagem, a seleção de materiais. Esse processo se inicia com o entendimento daquilo que
se deve construir. Inicia-se portanto da decomposição do projeto em suas peças, a seleção do
que será fabricado e o que será terceirizado e então decisão de compra.
4.4.2.1 Bill of Materials (BOM)
Tabela 3: BOM
Como se pode perceber, a listagem de peças excluiu o modelo de forma. Isso acontece
porque ele será feito através de técnicas de manufatura aditiva, por impressão 3d.
4.4.2.2 Escolha e listagem do material
Após a análise dos fatores para cada uma das partes listadas do protótipo foi definida a
seguinte lista de materiais, Quadro 12: Lista de materiais:
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Peça Material
Base Lateral (Pernas) mdf
Roda traseira borracha
Rodízio dianteiro nylon/borracha
Eixo para roda traseira poliacetal
Descanso de pés mdf
Base de descanso
(traseira) mdf
Barra de ligação mdf
Estofado de encosto espuma e tecido
Apoio de braço mdf
Rolamentos 20 mm aço
Estrutura rolamento aço
Pino rolamento aço
"Caixa" de rolamentos mdf
Tampa de rolamentos mdf
Estofado de assento espuma e tecido
Base de rolamento mdf
Tampa da base mdf
Trava aço
Haste de ligação aço
Haste de acionamento aço
Mola de acionamento aço
Guia de alinhamento mdf
Associando-se estes fatores a cada uma das partes do protótipo foi então realizada a
opção de compra ou execução, a tabela de análise completa pode ser encontrada no Apêndice
A, e de maneira geral o resultado final das escolhas é encontrado na Quadro 13.
Quadro 13: Comprar x Fazer
Percebe-se que foi feita a opção por confeccionar a grande maioria das peças de
geometria e caráter próprios do projeto. Sendo divididas em dois grupos as partes a serem
compradas:
Durante esta etapa deu-se uma maior atenção para a obtenção de orçamentos para as
peças a serem terceirizadas por serralherias. Esse processo se deu nas seguintes etapas:
Durante a etapa de obtenção de orçamentos foram visitadas oito serralherias, seis delas
na região central da cidade de São Paulo e duas no interior de Minas Gerais. Durante estas
consultas notou-se dois principais pontos:
Assim foi possível dar início ao processo de construção do modelo físico sem que
todos os ciclos de compra fossem concluídos.
Para obter uma versão visual mais refinada do modelo optou-se pela criação de um
modelo de prototipagem rápida, construído através de impressão 3d. Para a confecção de um
modelo com a aparência mais aproximada do modelo final foi escolhida a impressão em
gesso.
Uma vez que a impressão aconteceu em escala 1:12, não seria possível a impressão de
pequenos detalhes. Assim, foi necessário se fazer uma adaptação do modelo para conjuntos
completos. Para isso o modelo final foi dividido em partes que combinavam um maior
número de peças, denominadas de conjuntos. Estes conjuntos foram então impressos e em
seguida montados, para a obtenção do modelo final, como pode ser observado na Figura 31.
93
Para que seja utilizado o processo de corte a laser é necessário que todo o projeto seja
transportado para arquivos bidimensionais que possam ser lidos pela cortadora. Dessa forma,
na fase inicial do processo de confecção do protótipo foi dividida nas seguintes etapas:
4.4.4.2 Confecção das peças da estrutura / assento de rolagem/ base para travamento
As peças cortadas são então combinadas para a formação dos subsistemas que
comporão a cadeira. Como especificado no plano de prototipagem, esta etapa foi dividida em
ciclos para a composição de três subsistemas:
4.4.4.3 Acabamento
Para que o protótipo construído possuísse uma aparência mais próxima do produto
final, se faz necessária a aplicação de técnicas de acabamento. Assim as peças passam a ter
uma aparência mais refinada. Durante o processo de acabamento foram realizadas atividades
de:
• Selagem da madeira;
• Pintura;
97
• Costura de tecidos.
Figura 39: Materiais utilizados no acabamento
4.4.4.4 Montagem
Estrutura:
Para o braço de apoio com abertura regulável, foi feita uma adaptação com a adoção
de uma abertura por rotação do eixo horizontal, e não vertical como em projeto (Figura 44).
Figura 44: Braço de apoio
No apoio para os pés foi inserida uma barra de conexão para assegurar uma maior
estabilidade para a cadeira, uma vez que o material utilizado em sua confecção é deverás mais
frágil do que o metal que seria utilizado no produto real ().
Figura 45: Apoio para os pés
A base para deslizamento possui três canaletas para guiar os rolamentos do assento,
permitindo o deslizamento unidimensional com entrada pelo lado esquerdo da cadeira.
Também é encontrada na base uma guia que limita o avanço do assento (Figura 46 e Figura
47).
101
O sistema de travas é constituído por duas travas que são desativadas com a entrada do
assento na base e então ativadas quando esse encontra o apoio de braço, limitador de
movimento. As travas são desativadas ao se pressionar uma alavanca lateral, permitindo a
saída do assento da cadeira (Figura 48: Sistema de travas).
102
Assento móvel:
O assento móvel é composto por uma base deslizante e uma almofada ergonômica
para melhor acomodar o usuário. Ele pode ser movimentado entre diferentes superfícies,
como a cadeira e a poltrona e então ser engatado (Figura 49).
Figura 49: Assento móvel
4.5.1 Testes
Tal como definido no plano de prototipagem, o protótipo deve ser submetido ao teste
de deslizamento sobre as superfícies e de trava do assento sobre a cadeira de bordo.
4.5.1.1 Teste de deslizamento
Durante este teste foram realizadas provas de rolagem do assento sobre uma superfície
lisa e contínua e também na transferência de uma superfície para a cadeira de bordo.
Resultados:
Durante esta sessão de testes foi avaliada a capacidade de travamento do banco sobre a
cadeira.
Resultados:
Após a realização do teste cabe uma ‘breve análise final do protótipo desenvolvido.
Ele atendeu às necessidades de execução das funcionalidades propostas e também apresentou
uma grande proximidade com o modelo virtual projetado.
Desta forma, pode-se dizer que o processo foi bem executado e que os objetivos
definidos antes de sua construção foram cumpridos, vide a semelhança com o modelo virtual
criado (Figura 50) e a aprovação nos testes aos quais o protótipo foi submetido.
104
Mesmo que ainda não se possa chegar a uma resposta conclusiva sobre a validade da
aplicação desta metodologia de ciclo de prototipagem em outros casos, na defesa dos
resultados obtidos pelo estudo conduzido e aqui apresentado, elaborou-se um quadro resumo
com os principais resultados obtidos com a aplicação da metodologia.
Quadro 15: Vantagens e desvantagens da aplicação do plano de prototipagem
Vantagens Limitações
Melhor entendimento do processo de Maior tempo de execução do ciclo de
prototipagem prototipagem
Menor liberdade criativa durante a
Melhor gerenciamento de tempo confecção do protótipo
Processo de aprendizagem
acentuado ao longo do processo
Foco no resultado final
O registro desta experiência pode então ser expandido para a realidade de outros
alunos e por tanto sugere-se o estudo da adoção de metodologias análogas durante o
desenvolvimento de disciplinas como PRO2715, no intuito de promover as habilidades e
competências dos alunos durante o processo de prototipagem.
107
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Manufacture, Vol. 217, No.4, pág. 513-530, 2003.
111
Sistema Peça Quantidade Material Existe no mercado Técnicas de manufatura Domínio da técnica Comprar x Fazer
Corte a laser, serragem,
Estruturra Base Lateral (Pernas) 2 mdf N Parcial Fazer
fresa, Impressão 3d
Estruturra Roda traseira 2 borracha N N/A - Comprar
Estruturra Rodízio dianteiro 2 nylon/borracha S N/A - Comprar
CNC, Torno, Impressão
Estruturra Eixo para roda traseira 2 poliacetal S Parcial - CNC:Nulo Fazer (ajuda monitores)
3d
Corte a laser, Impressão
Estruturra Descanço de pés 2 mdf N Parcial Fazer
3d
Corte a laser, serragem,
Estruturra Base de descanço (traseira) 1 mdf N Parcial Fazer
fresa, Impressão 3d
Corte a laser, serragem,
Estruturra Barra de ligação 3 mdf N Parcial Fazer
fresa, Impressão 3d
Estruturra Estofado de enconsto 1 espuma e tecido N Corte e costura Baixo Fazer
Corte a laser, serragem,
A – Estudo das peças a serem construídas
8.1
Base de rolagem Guia de alinhamento 1 mdf N Parcial Fazer
Impressão 3d
8
112